Índice. crónica. ficheiro de revistas. recensões

Revista Filosófica de Coimbra

Publicação semestral do Instituto de Estudos Filosóficos da Faculdade de Letras

da Universidade de Coimbra

Director : Miguel Baptista Pereira

Coordenação Redactorial : António Manuel Martins e Mário Santiago Carvalho

Conselho de Redacção: Alexandre F. O. Morujão, Alfredo Reis, Am^mdio

A. Coxito, Anselmo Borges, António Manuel Marlinti. António Pedro Pila,

Carlos Pitta das Neves, Diogo Falcão I'crrer, Edmundo Ilalscmáo I'irrs,

Fernanda Bernardo, Francisco Vieira Jordão t, Henrique .lados Riheiro,

João Ascenso André, Joaquim das Neves Vicente, José Encarnação Reis,

José M. Cruz Pontes, Luísa Portocarrero F. Silva, Marina Ramos Thcniudo,

Mário Santiago de Carvalho, Miguel Baptista Pereira

As opiniões expressas são da exclusiva responsabilidade dos Autores

Toda a colaboração é solicitada

Distribuição e assinaturas:

Fundação Eng. António de Almeida

Rua Tenente Valadim, 331

P-4100 PortoTel. 6067418; Fax 6004314

Redacção:

Revista Filosófica de CoimbraInstituto de Estudos FilosóficosFaculdade de LetrasP - 3049 Coimbra CodexTel. 4109900; Fax 36733E-Mail: [email protected]

Preço (IVA incluído):

Assinatura anual 1997: 4.000$00 (Portugal) • 5.500$00 (Estrangeiro)Número avulso: 2.200$00 (Portugal) • 3.000$00 (Estrangeiro)

REVISTA PATROCINADA PELA FUNDAÇÃO ENG. ANTÓNIO DE ALMEIDA

Revista Filosófica de Coimbra

Publicação semestral

Vol. 6 • N.° 12 • Outubro de 1997

ISSN 0872-0851

Artigos

Miguel Baptista Pereira - Prolegómenos a uma Leitura Actual doPensamento de M. Heidegger ..................................................... 231

Jeffrey Andrew Barash - Mémoire et Immémorial chez Lévinas . 287

António Pedro Pita - Constituição da Problemática Filosófica deMikel Dufrenne ............................................................................. 297

Estudos

José Manuel Fernandes Gonçalves -A Via da Religação no Pensa-mento de Xavier Zubiri ................................................................ 315

José Reis - O Tempo em Plotino ..................................................... 381

Nota

Desidério Murcho - Epistemologia da Modalidade em DavidHume ............................................................................................. 441

Crónica ................................................................................................ 451

Ficheiro de Revistas ........................................................................... 455

Recensões ............................................................................................ 463

CRÓNICA

Nos dias 24 e 25 de Setembro de 1997 , realizou- se, em Coimbra , um Encon-tro sobre Temas de Filosofia Política , organizado pelo Instituto de Estudo Filosó-ficos da Universidade de Coimbra com a colaboração do Department of MoralPhilosophy da Universidade de St-Andrews (Escócia). Nestes dois dias realiza-ram-se as seguintes actividades:

Dia 24, 11 horas : conferência: John Haldane , "Philosophy and Public Affairs:the role and history of the Centre for Philosophy and Public Affairs at StAndrews".

15 - 17 h: seminário: John Haldane e David Archard : " Political philosophyand the nation-state: current work within English - speaking political philosophy."

Dia 25 de Setembro 97: 10.30 h : Mesa redonda : António Manuel Martins,John Haldane e David Archard: "Philosophy Today: the notion of English-speaking philosophy (and discussion concerning philosophy in the U. K. andPortugal )".

No dia 16 de Outubro de 1997, no âmbito do programa PIC 3901/08, oDoutor Cristoph Asmuth, da Universidade de Bochum , proferiu, na Sala DoutorVictor Matos, uma conferência subordinada ao tema "Die Wissenschaftslehre beiJohann Gottlieb Fichte".

Nos dias 5 e 6 de Março de 1998, realizar- se-á, em Lisboa , um SeminárioInternacional sobre Francisco Suárez, organizado pelo Centro de Filosofia daFaculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, com a colaboração doInstituto de Estudos Filosóficos da Faculdade de Letras da Universidade deCoimbra. Entre os conferencistas que tomarão parte neste encontro contam-se:Pierre Aubenque (Sorbonne), Jean-François Courtine (ENS,Paris-X), MarianoAlvarez Gomez (Salamanca), Miquel Beltrán (CSIC , Madrid ), Jose Pereira(Fordham Univ.), Robert Fastiggi (St Edwards), J. Cerqueira Gonçalves , LeonelRibeiro Santos, Adelino Cardoso (Centro de Filosofia), José Enes (Univ. Aberta),Amândio A. Coxito, António Manuel Martins , Mário A. Santiago de Carvalho(Universidade de Coimbra), António Braz Teixeira.

Nos dias 4-6 de Março de 1998 realizar-se-á em Coimbra, no Auditório daReitoria, o XII Encontro de Filosofia, promovido pela Associação de Professoresde Filosofia, subordiando ao tema "A filosofia do outro lado do século".

Revista Filosófica de Coimbra-,i.° 12 (1997) pp. 451-453

452 Revista Filosófica de Coimbra

De 5 a 7 de Fevereiro de 1998 terá lugar o Fourth Barcelona Logic Meeting

cujos temas abrangem "algebraic logic", "model theory", "set theory". Para mais

informações contactar: Centre de Recerca Matematica, Apartat 50, 08193 Bella-

terra, Espanha.

De 27 de Fevereiro a 1 de Março de 1998 terá lugar em Potsdam, um encontro

sobre o papel de Portugal e Espanha na Europa do século XVIII: " Spanien und

Portugal im Zeitalter der Autklãrung. Dic Stellung Spaniens und Portugals ir]]

Europa des 18. Jahrhunderts". Mais informações: Cristoph Frank, Forschungs-

zentrum Europãischc Aulklãrung, Gregor-Mcndcl Str? 1 /22, D-14469 Potsdani.

A Academia Evangélica Loccum organiza, nos dias 10-12 de Abril de 1998,

um encontro subordinado ao tema: "Dic Gegensátze schlicl.icn cinander nicht aos,

sondem verweisen aufeinander. Ernst Cassircrs philosophisclic Symboltlicoric und

die Frage nach Pluralismus und Diferenz". Pretendem os organizadores reflectir

sobre a actualidade da filosofia das formas simbólicas de Cassirer no âmbito das

dimensões éticas, políticas e teológicas abrindo, assim, caminhos para repensar

os problemas contemporâneos do pluralismo e da diferença. Mais informações:

Dr. Wolfgang Vógele, Evangelische Akademie Loccum, Postfach 2158, D-31545

Rehburg-Loccum.

De 24 a 25 de Abril de 1998, terá lugar cm Buffalo (USA) unia "Marvin

Farber Conference on Law and Institutions in Society" subordinada ao tema

Ontologia Aplicada . Entre os temas incluem-se os seguintes: "Ontology oflaws, norms and rules; ontology of speech acts; ontology of land and real

estate; ontology of crime und punishment; ontology of cyberspace; ontology ofhuman genome project". Haverá também um simpósio especial sobre o livro deJohn Searle The Construction of Social Reality. Mais informações: Farber

Conference, Department of Philosophy, SUNY Buffalo, NY 14260. E-mail:

[email protected]

De 24 a 26 de Abril de 1998 terá lugar em Kiel o Encontro anual daSociedade para uma Nova Fenomenologia subordinado ao tema "Symptom undPhãnomen". Neste encontro em que participarão , para além de filósofos,psiquiatras , historiadores da medicina , psicoterapeutas, musicoterapeutas epsicanalistas . Mais informações : Gesellschaft für Neuc Phãnomenologie c.V.,Andreas Kuhlman , Wilhelmshavenerstr. 4, D-24105 Kiel.

De 30 de Abril a 4 de Maio de 1998 realizar-se-á em Heidelberg umcongresso internacional subordinado ao tema "Ways of Worldmaking - TheReality of Constructivism II", organizado pelo Heidelberger Institut fürsystemische Forschung, Internatuionale Gesellschaft für systemische Therapie(IGST) e Institut für empirische Literatur- und Medienforschung der UniversitãtSiegen(LUMIS). O congresso pretende promover a discussão das aplicaçõespráticas e desenvolvimentos do pensamento construtivista nos diferentes domíniosda ciência e reflecti-los criticamente amplificando o discurso transdisciplinar que

pp. 451 -453 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 12 (1997)

Crónica 453

começou em Heidelberg com o I Congresso sobre a Realidade do Construtivismoem 1992. Participarão, entre outros , Francisco J. Varela, Hilary Putnam , GünterAbel, Karl Acham, Catherine Z. Elgin , Nelson Goodman , Peter Janich, ErnstPõppel, Luc Steels, Chris Lorenz, Jerome Barkow, Paul Watzlawick. Mais infor-mações: secretariado do congresso: email : konstrukt@heidelberger - gruppe.com

De 8-10 de Maio realizar- se-á na Suiça o Symposium 1998 da Sociedadesuiça de Filosofia subordinado ao tema : " Demokratie, Zivilgesellschaft,Globalisierung". Mais informações : Prof. Dr. Anton Hügli , St. Galler Ring 25,CH-4055 Basel.

De 27 a 30 de Maio de 1998, o Institut für Religionsphilosophie daHochschule für Philosophie, Munique, organiza um Congresso Internacional sobreFilosofia da Religião subordinado ao tema: The Rationality of Theistic Belief.Com a participação de: W. Alston, Philip Clayton, R. Gale, Lorenz B. Puntel, W.Pannenberg, A. Plantinga, M. Sudduth, R. Swinburne, F. Ricken, E. Runggaldier,P. van Inwagen, F. von Kutschera, R. Wimmer e L. Zagzebski. Mais informação:e-mail: Godchard Brü[email protected]

Em 11 de Junho de 1998 realizar - se-á em Viena uma Jornada Internacional

sobre o conceito de político: "Zum Begriff des Politischen - Hannah Arendt, HansKelsen, Carl Schmitt, Eric Voegelin ". Entre os conferencistas contam-se: ClemensJabloner, Sonja Puntscher- Riekmann e Hans Sluga . Mais informações : Institut

Wiener Kreis, Museumstr. 5/2/19, A-1070 Wien.

De 25 a 30 de Junho de 1999 realizar-se-á em Nova Iorque o 19th IVR World

Congress promovido pela "International Association for Philosophy of Law and

Social Philosophy" e subordinado ao tema : "The Transformation of Legal Systems

and Economics in a Age of Regional and Global Interdependence". Mais

informação: IVR- 99, Dow Hall, Pace University, Briarcliff Manof, New York

10510; E-mail: [email protected]

Revias, Filusril'ica de Coimbra n." 12 (1997) pp. 451-453

FICHEIRO DE REVISTAS

Agora - Santiago de Compostela - 15 (1996):N° 2: S. Termini: Paradigmas evolutivos de algunas disciplinas científicas

nuevas. (Dos ejemplos: Ia cibernética y Ia teoria de los fuzz), sets) (9-27); M.Vásconez & L. Pena: ¿Qué es una ontologia gradual? (29-48); L. Godo: Valoresde verdad borrosos (49-62); C. Alsina: ¿Quê son Ias conjunciones y disyuncionesbarrosas? (63-70); A. R. de Soto & E. Trillas: ¿Qué es un condicional aproxi-mado? (71-81); R. Marín & M. Taboada: ¿ Qué es el razonamiento temporalbarroso? (83-96); C. Ulises Moulines: Aproximación estructural en Ia física(97-102); L. M. Peris-Vinè: Caracterización de Ias nociones básicas de Iagramática de Chomsky (105-124); L. García Soto: Leituras de Barthes V. Abscón-dita filosofia? (125-142); A. Beck: Paradojas clásicas en el contexto de Ia Lógicano monótona (145-152); L. Rodríguez Camarero: Darwin: evolución y contin-gencia (153-163); A. Branco Salgueiro : El significado de «significado mental»(165-172). Recensiones. Noticias.

Análise - Lisboa - 19 (1996):M. S. Marques: Aspectos do Acto Médico: Natureza e Legitimação (5-51);

0. Lourenço: A crítica narrativa da Teoria Moral de Kohlberg: Espere unimomento, Senhor Pós-Modernista!... (53-80); C. Roldán : Qué heredaron Ia Éticay Ia Filosofía de Ia Historia del laberinto leibniziano de Ia Libertad (81-96);Q. Racioncro: A Objectividade da Verdade em Leibniz e a Recusa do Subjecti-vismo Moderno (97-119); M. S. Marques : Uni Galo para Asclépio : Aproximaçõesd Hipótese da Passividade Originária (121-137); L. P. Morais : A experiênciacausal em Alfred North Wliitehead (141-150); R. A. Branco: A vocação da crençaem David Hunie (151-173); M. J. Ceboleiro: Estatísticas Quânticas e LógicasIndutivas (175-194). Recensões e Notas de leitura.

Analogía Filosófica - México, D. F. - 9 (1995):N° 2: Felipe Flores: Entre Ia identidad y Ia inconmensurabilidad , Ia diferen-

cia. Aristóteles v Freud: e l caso de Ia analogia (3-26); W. R. Darós : El sentidofilosófico de la finalidad y su analogia aplicada al proceso educativo (27-70);

M. L. Costa: Emnianuel Lévinas: Ia hermenéutica en el paso de Ia ontologia a

la ética (71-95); B. Mayer: La metafísica: permanentemente a ser excedida,pernianenteniente a perdurar (97-116); J. A. Bonetti: Estado y pueblo en el jovenMar.r. La crítica de la filosofía hegeliana del estado (117-134); A. Marino:

Re icla Filn.u;/ha de Coimhra - w` 12 (/997) pp. 455-462

456 Resista Filosófica de Coimhra

Retórica y política en 'Más allá del bien ' del mal ' (135-154)

'S. Arriarán: La

tradieión y el cambio según Gadamer (155-168); A. Munõz Garcia: De Brios.

signos y lógicos (notas sobre rui ejemplo lógico ntediet'al) (169-193). Resmas.

11 (1997)

N° 1: D. Ginev : Entre epistemología y retórica (3-18): M. Luis Costa: Feno-

menologia y corporalidad en Ia ética de E. Lérinas: )ceifo-a dc Dc- n( É,

à l'existant ' (19-43); M. M. Romero R.: Ideas estéticas cn I'Icron i-15-72^;

J. Velásquez Delgado : Estado, soberania t democracia (73-S5), A Asila del

Palacio : Reflexiones en torno al ori,Qen dc los rnimeros aritnrtic , ( 87- 10,x;

M. R. Palazón Mayoral : La literatura corno ¡ue'o ( IOc)-1251: S. Knahcnschuh de

Porta : Maniobras doctrinales de un tomi.ta colorriul tirrnpo t )açor Ot Li)!? Soeu!;

de Urbina (127-149); C. Trueba Aticnza: !-ór ica filosó/icu nrcdrerul. San lnsclnro

y Guillermo de Occam (151-166); J. Martíncz Barrera: I'.ticolo^ia dc hi li/si , ias.!

política en Aristóteles (comentario de 'Política'. 1, 4- 1. ;) (1 6,- 1 S5),

M. García Berger : La concepción tt irtgensteirüuna de 1)o obicto, cri c 1 ' Tr,n ato

(187-196); E. Escalante : Consideraciones acerca de Ia icica de retórica t rr llan^-

Georg Gadamer (197.-207); F. Pifion G.: Sociologia t tipolo'ia clc1 lcnomeno

religioso (209-218). Reservas.

Cadernos de Filosofia - Lisboa - 1 (1997):

N° 1: Nota de Apresentação (5-6): H. Parret:.-1 Inquirição Caritativa da

Verdade-Valor (7-31); M. J. V. Pinto: Linguagem e térdade. .-1 discusçãn da

correcção dos nomes na Sofística (33-49): Recensões. Programa e Actividades

do Instituto de Filosofia da Linguagem (1997/1999).

Cuadernos Azafea- Salamanca - I (1996):N° 1: Prólogo (5-6); J. R. Alonso Sarró: Hacia una recuperación meridional

de Ia filosofia (7-15); P. L. Baraza Ruiz: Teotilwacán, un misterio histórico de

Ia América antigua (17-28); J. C. Cipos Escudero: Estética ^ nihilismo èn lanarrativa contemporânea (23-39); A. Morena Ramos: El concepio de pi rsona cnXavier Zubiri (41-53); A. I. Ramos López: El futuro dei socialismo (55-50):R. Ranz Torrejón : El lenguaje en Lévinas (61-72): J. Sánchez Mifiambres: El tema

de nuestro tiempo : una encrucijada posmoderna 17_3-82), A. M. Seone Pardo:Gorgias , o lafilosofía more rhetorico (83-92): J. Teira Latuente: La pseudoniinia

en Ia obra de Kierkegaard (93-105); G. Trespaderne Arnaiz:.-lleunas considera-ciones sobre Ia democracia (107-118); J. A. Vega Coso: Las Matemáticas en elpensamiento de Leibniz (119-125).

Convivium- Barcelona - 10 (1997):L. Bredlow : De lo eterno a lo infinito : un intento de reconstrucción dei

argumento de Meliso (B2-4D-K) (1-16); B. Forteza Pujol: TELEMA. Hipólito deRonha y Ia fìlosofía dei siglo 11 (17-51); A. Grau i Arau: La fiunció crítica de Ia'inventio ' i el 'iudicium ' en Ia Dialèctica de Petrus Ramos (52-60): O. Piulats:Las ideas de 'Weltbürgertum ' y 'Ewige Friede' en Ia 'Metafísica de iascostumbres ' (61-87); C. Revilla : La recuperación de Ia palabra. Perspectivashermenéuticas sobre Ia cuestión dei lenguaje (88-110); A. Wagner de Reyna:Recordando a M. Heidegger (111-129). Crítica de )libres.

pp. 455 -462 Revista Filosófica de Coimbra - n." 12 (1 997)

Ficheiro de revistas 457

Discurso - São Paulo - 27(1996):J.-F. Courtine: As Investigações Lógicas de Martin Heidegger; da Teoria do

Juízo à Verdade do Ser (7-35); R. Bolzani Filho: A Epokhé Cética e seus Pressu-postos (37-60); V. Knoll: Sobre a Questão da Mimesis (61-81); M. L. Müller:A Dialética Negativa da Moralidade e a Resolução Especulativa da Contradiçãoda Consciêcia Moral Moderna (83-116); J. Grespan: A Desmedida da Crise(117-137); A. R. de Barros: O Conceito de Soberania no Methodus de Jean Bodin(139-155); R. H. de S. Pereira : Intencionalidade e Ceticismo (157-179); M. C.Dias: O Conceito de Pessoa (181-199).

Educação e Filosofia - Uberlândia - 10 (1996):N° 20: C. E. S. Andrade: "El Amor a Ia Sabiduria" como fundamento didác-

tico (7-14); C. C. Crúz-Reyes: La Escuela de Primeras Letras en el Reino deGuatemala: el Caso de Ia Provincia de Honduras (15-35); A. E. Bonella: A Éticade Kant (37-50); D. Gatti Júnior: Fernando de Azevedo: Marcos Conservadoresde uma Ação Reformista (51-65); A. J. Severino: A Filosofia da Educação:Buscando o Sentido Histórico e Social da Educação (67-75); B. I. Borges:Homenagem a Engels no Centenário de Sua Morte (77-91); E. C. Martins: OsHumanismos e a sua Re-ligação ao Homem (93-113); D. B. Catani: A ImpresnsaPeriódica Educacional: as Revistas de Ensino e o Estudo do Campo Educacional(115-130); M. L. F. Guelfi: Literatura Infantil -fantasia que Constrói Realidades(131-154); A. J. de M. Neto: Participação e Educação: o caso das PolíticasSociais em Minas Gerais (155-167); S. P. da Silva: Perfis de Homem, Formas

de Conhecimento e Reflexão Pedagógica (169-184); J. C. S. Araújo et al.: Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de Uberlândia e sua Clientela(185-201); A. Del Prette et al.: Psicologia, Identidade Social e Cidadania: oEspaço da Educação e dos Movimentos Sociais (203-223). Comunicações.Entrevistas. Resenhas.

Estudios Filosoficos - Valladolid - XLVI (1997):N°131: A. Martínez Casado: La filosofia áulica de Lope de Barrientos (7-38);

M. C. López Sáenz: Roland Barthes a Ia luz de Ia filosofia hermenéutica

(39-64); J. Martínez Velasco: La construcción de Ia nueva ontologia en M. Mer-

leau-Ponty (65-116); F. Soria Heredia: Dos libros sobre Lope de Barrientos

(117-151); B. Tremblay: Alberto Magno: La mano y lapalabra, signos de Ia uni-

versalidad de Ia inteligencia (153-173). Bibliografía.

N° 132: V. Sanz Santacruz: Filosofía y religión en Spinoza (217-255); J. A.

Estrada: De Ia teodicea a Ia muerte de Diós: La propuesta de Nietzsche

(257-285); L. Rensoli Laliga: Pascal y Leibniz: Razón y sentimiento (287-303);

M. Suances Marcos: Análisis fenomenológico y contextua [ del misticismo en

Bergson (305-324); E. Romerales: Lafundamentación última de Ia necesidad en

Descartes (325-353). Bibliografia.

Études Philosophiques (Les) - Paris - 1997:

N° 2: P.-F. Moreau: Présentation (145-148); Ch. Jaquet: La perfection de Ia

durée (147-156); Y. Prélorentzos: Le temps chez Descartes et chez Spinoza (157-

Revista Filosófica de Coimbra - n.o 12 (1997) pp. 455-462


-170); J. Médina: Le temps chez Hobbes (171-190); A. Stilianou: Spinoza et le

temps historique (191-200); A. Suhamy: Comment parler de l'éternité? Les joies

de la Ve Partie de l'«Éthique» (201-221); P.-F. Moreau: L'éternité dans le «Traité

théologico -politique» (223-230); A. Matheron: L'amour intellectuel de Dieu,

partie éternelle de l'«amour erga Deum» (231-248); Y. Prélorentzos: Biblio-

graphie: Les concepts de durée-temps.éternité et les problématiques connexes

(mort, destruction , vie, histoire, etc) chez Spinoza (249-261); Cl. da Silva:

Merleau -Pontu, «Seus et non-sens» (263-269). Analyses et comptes rendus.

Manuscrito - Campinas - XIX (1996):N° 2: T. Dartnall: Illuminating lhe Chinese Room (13-43); F. Migura:

Información y Bases de Datos Situados (45-91); M. H. Sabatés: Kim on the

Metaphysics of Explanation (93-110); A. Cupani: lnconmensurabilidad: Proble-

mas y Fecundidad de una metáfora (111-143); C. R. R. Araújo: Hume on Virtues

and Rights (145-164); D. I. Pérez: Variedades de Superveniencia (165-199);

N. F. de Oliveira: The Worldhood of lhe KOSMOS in Heidegger's Reading of

Heraclitus (201-222). Book Reviews and Discussions. Notícias.

Philosophical Quaterly (The) - St-Andrews - 47 (1997):N° 186: H. O. Mounce: Philosophy, Solipsism and Thought (1-18); J. R.

Cameron: Knowing-Attributions as Endorsements (19-37); D. Mackie: The

Individuation of Actions (38-54); J. H. Sobel: Hunie's Utilitarian Theonv of Right

Action (55-72); A. W. Collins: Personal Identity and lhe Coherence of Q-Memory

(73-80); S. Feldman: Second-Person Scepticism (80-84); H. Ben-Yami: AgainstCharacterizing Mental States as Propositional Attitiudes (84-89); I. Landau:Mendus on Philosophy and Pervasiveness (89-93), Book Reviews.

N° 187: D. Lewis: Finkish Dispositions (143-158); D. Houghton: MentalContent and External Representations (159-177); D. Robb: The Properties ofMental Causation (178-194); S. Barker: Material Implication and GeneralIndicative Conditionals (195-211); M. Thalos: Conflict and Co-ordination in lheAftermath of Oracular Statements (212-226); P.J. Graham: What is Testimony?(227-232); E. P. Brandon : California Unnatural: on Fines natural OntologicalAttitude (232-135). Book Reviews.

N° 188: P. M. S. Hacker: Davidson on First-Person Authority (285-304);J. Ladyman et al.: A Defence of van Fraassen's Critique of Abductive Inferente:Reply to Psillos (305-321); M. W. Rowe: Lamarque and Olsen on Literature andTruth (322-341); H. Schwyzer: Subjectivity in Descartes and Kant (342-357);U. Steinhoff: Truth vs. Rorty (358-361); C. Vereggen: Davidson's Second Person(361-369); S. Psillos : How not to Defend Constructive Empiricism: a Rejoinder(369-372); P. van Inwagen : Fischer on Moral Responsability (373-381). BookReviews.

N° 189: D. M. M. Lopes: Art Media and lhe Sense Modalities: TactilePictures (425-440); R. Hopkins : El Greco's Eyesight: Interpreting Pictures andlhe Psychology of Vision (441-458); C. Janaway: Kant's Aesthetics and lhe 'EmptyCognitive Stock' (459-476); A. Norman: Regress and lhe Doctrine of EpistemicOriginal Sin (477-494); J. Hohwy: Quietism and Cognitive Command (495-500);

pp. 455-462 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 12 (1 997)


A. Rudd: Two Types of Externalism (501-507); B. Garrett : Anscombe on '1' (507--511); M. P. Lynch: Minimal Realism or Realistic Minimalism ? (512-518). BookReviews.

Philosophica - Lisboa - 9 (1997):M. C. Pimentel: Elementos para uma fenomenologia literária do texto

filosófico (7-31); I. Borges-Duarte: Filosofia e Estilo literário em Heidegger eem Platão. Um exemplo (33-57); J. T. Santos: Platão, o Amor e a Retórica (59--76); J. Paisana: Discurso científico e poético na filosofia de Aristóteles (77-93);L. R. dos Santos: 'Ideia Poética' e 'Ideia Filosófica'. Sobre a Relação entrePoesia e Filosofia na obra de Antera de Quental (95-121); C. J. Correia: ThomasMann e 'A Montanha Mágica' (123-131); C. Beckert: O Outro literário: afilosofia da Literatura em Levinas (133-143); F. Henriques: É legítimo u uso daLiteratura no processo de transmissão da Filosofia (145-167); C. d'Orey:A Identidade de Vénus ou as Vantagens da extensionalidade (169-187); M. J.Rodrigues: A obra como facto comunicativo (189-205); C. V. Simão: 'Mens sanain corpore sano?' Reflexões sobre o enigma do corpo (207-223); M. J. do C.Ferreira: O mais antigo problema de sistema do Idealismo Alemão (225-237);.Memória e Prospectiva.

Recherches de Théologie et Philosophie Médiévale - Leuven - LXIV(1997):

N° 1: Avix aux lecteurs (1-2); R. Hissette: L'implication de Thomas d'Aquindans les censures parisiennes de 1277 (3-3 1); J. A. Aertsen & A. Speer: Die Philo-sophie Bonaventuras und die Transzendentalienlehere (32-66); M. Dreyer:Veritas-rectitudo- iustitia . Grundbegriffe ethischer Reflexion bei Anselm vonCanterbury (67-85); C. Steel & G. Guldentops: An Unknown Treatise ofAverroesagainst the Avicenians on the First Cause. Edition and Translation (86-135);G. Vuillemin-Diem & M. Rashed: Burgundio de Pise et ses manuscrits grecsd'Aristote: Laur. 87.7 et Laur. 81.18 (136-198); M. Pickavé: Zur Verwendung derSchriften des Aristoteles in den Fragmenten der "quaternuli" des David vonDinant (199-221); K. Braun: Forschungsbericht anlã,^iilich des 4. "SymposiumAverroicum" in Kdln (222-229); J. Decorte: Studies on Henry of Ghent. TheRelevance of Henrys Concept of Relation (230-238); D. G. Michiels: Livres reçusà la rédaction (239-242).

Revista Crítica de Ciências Sociais - Coimbra - (1995):N° 43: C. Fortuna: Sociologia e Práticas de Lazer (5-10); C. Fortuna:

Turismo, Autenticidade e Cultura Urbana (11-45); J. Urry & C. Crawshaw:

Turismo e Consumo Visual (47-68); P. Abreu: Turismo Internacional de Jovens

(69-91); C. Ferreira: Estilos de Vida, Práticas e Representações Sociais dosTermalistas (93-122); E. Estanque: O Lazer e a Cultura Popular (123-145);

P. Peixoto: A Sedução do Consumo (147-170); M. L. de Faria: Museus: Educação

ou Divertimento? (171-195).N° 44: 1. Wallerstein: Mudança Social? (3-23); J. Reis: Estado, Instituições

e Economia (25-58); L. Coelho: Iberização Dependente (59-84); J. Tolda: Econo-

mia Regional de Inovação (85-100); M. C. M. dos Santos: Conversa não inocente

Revista Filosófica de Coimbra - n.° 12 (1997) pp. 455-462


com Donna Haraway (101-123); M. Ribeiro: Histórias de Vida e PesquisaSociológica (125-141).

Revista Espaãola de Filosofia Medieval - Saragoça - 4 (1997):E. Rivera de Ventosa: A los orígenes del pensamiento medieval espanol sobre

Ia historia: Prudencio, Orosio, san Isidoro (7-22); J. M. Ayala: Escritores

eclesiásticos del siglo VII: Braulio y Tajón de Zaragoza (23-34); M. Brasa Díez:

Métodos y cuestiones filosóficas en Ia Escuela de Traductores de Toledo (35-49);

S. Trlas Mercant: Las claves hernienéuticas del pensantienlo de Ranuín Llull

(51-64); S. Fernández Burillo: Las 'Disputationes metafLcicas' de F. Suáre;. S. J.,

su inspiración y algunas de sus líneas maestras. En el /V Centenario de la primem

edición (1597-1997) (65-86); J. A. Tellkantp: Actitudes proposicionale.v v Cnnnri-

meiento sensible en Tomás de Aquino (87-102); A. Pércz Estcvcr: Ciencia v

docencia en Agustín y Tomás de Aquino (Del maestro agttstiniann (1l ntaesnn

tomista ) (103-114); M' S. Fernández García: La pérdida del carácter transcen-

dental de Ia belleza en el 'De pulchro' de Agostino Nifo (115-122); F. H. Llano

Alonso: La influencia dei jusnaturalisnio racionalista en Ia génesis de la moral

cristiana pre-evangélica (123-129); M. A. S. de Carvalho: Conspecto do Desen-

volvimento da Filosofia em Portugal (Séculos XIII-XVI) (131-155); J. L. Fucrtes

Herreros: Lógica, ciencia y flosofa en Vicente Muiiioz Delgado (1922-1995) (157-

-173); C. Rafia Dafonte: Vicente Mufloz Delgado y Ángel Anior Ruibal (175-187);

A. Escobar Chico: La pervivencia del corpus teológico ciceroniano en Espana

(189-201); A. Bravo García: Aristóteles en Ia Espana del siglo XVI. Antecedentes,

alcance y matices de su influencia (203-249). Crítica de Libros.

Revista da Faculdade de Letras - Porto - 12-13 (1995-96):E. A. de Soveral: Sobre a Douta Ignorância (11-22); E. A. de Soveral: O na-

cionalismo metafísico de Teixeira de Pascoaes e a saudade portuguesa (23-31);M' C. M. Pacheco: Intelecto prático e vontade em D. Duarte, rei de Portugal (33--42); A. J. de Brito: Imanência e transcendência em Blondel (43-56); Ma J. P.Cantista: O tema de Deus em Husserl (57-73); A. D. de Carvalho: Esboço de untafundamentação antropológica do sentido da Utopia (75-101); L. A. Malho: A ana-tomia dos céus - sobre o "Mensageiro das Estrelas" de Galileu (103-157); L. deAraújo: José Luis Aranguren - In Memoriani (159-174); A. Melo: Análise Semió-tica do Ser (175-213); L. H. C. de Almeida: O pensamento cosniológico deDescartes e o seu projecto prático-teórico (215-228); D. Alcoforado: A propósitode DADA. Breves Reflexões (229-245); J. Ma C. Macedo: Anselmo e a astúciada Razão (247-315); C. Morujão: "Unverstellte Anwesen ": algumas notas sobreo problema da percepção em Martin Heidegger (317-332); E. A. de Soveral: Asposições filosóficas de Farias Brito - breve comentário crítico (333-346); L. deAraújo: Forum - Nótula sobre a Tolerância (349-352); Recensões Críticas.

Revue Philosophique - Paris - CLXXXVII (1997):N° 1: P.-F. Moreau: Philosophie et Théologie en Anglaterre autour de 1700

(3-4); J. Lagrée: «Arianisme mitigé» ou apologétique nouvelle? (5-8); F. Brugère:Shaftesbury: esquisse d'un manifeste théiste (9-19); S. Hutton: La philosophiecomme `ancilla theologiae ' chez Stillingfleet (21-3 1); M. Sina: L'apologétique de

pp. 455 -462 Revista Filosófica de Coimbra - n.' 12 (1997)


Samuel Clarke (33- 44); J.-M. Vienne: Les rapports entre raison et foi à Ialumière de Ia métaphore de Ia vision (45-58); D. Leduc-Fayette: De l'identitéspéculaire (à propos de Jean-François Marquet, 'Miroirs de l'identité' (59-62).Analyses et Comptes Rendues.

N° 3: C. Chauviré: Peirce, Wittgenstein, les signes et le mental (275-283);R. Daval: Société humaine et communication significative selon G. H. Mead (285-304); D. Lapoujade: William James: le pragmatisme et Ia libération du mouve-ment (305-313); J.-M. Le Lannou: Rorty ou Ia pragmatique du paradis (315-335);C. Tiercelin: Sur 1'idéalisme de C. S. Peirce (337-352). Analyses et ComptesRendus.

Télos - Santiago de Compostela - V (1996):N° 1: J. Montoya: Bentham y los derechos humanos (9-24); E. Guisán: Las

personas en serio (Los derechos humanos y el Bienestar) (27-46); J. Harsanyi:Funciones no lineales de Bienestar social: ¿Tienen los economistas dei Bienestaruna exención especial de racionalidad bayesiana? (55-78); A. K. Sen: Desigual-dades de Bienestar y axiomática rawlsiana (79-102); J. Harsanyi: Funciones deBienestar social no lineales: una réplica ai profesor Sen (103-106); A. K. Sen:Funciones de Bienestar social no lineales : una réplica ai profesor Harsanyi (107--112). Entrevista al Prof. Harsanyi. Recensiones.

Thémata - Sevilla - 16 (1996):B. Segura: La Roma que acogió a Séneca (13-20); B. Clavero: Exilados en

su propria tierra. Los indígenas americanos (21-29); J. Arana: El desarraigo delos intelectuales (31-41); P. Arnau & J. V. Arregui: Bases antropológicas de Iaestética de Gracián: Naturaleza, cultura y gusto (45-64); R. Corazón: Presu-puestos de Ia noción de creación continuada. Existencia y tiempo en Descartes(65-84); A. González: Los tres espacios (tiempos) de Kant (85-109); F. J. Ortega:Los planteamnietos teológicos de K. Barth y X. Zubiri como alternativa a Iamodernidad (111-146); J. M. Panea: Ética y tragedia. A propósito dei 'Ayax' deSófocles (147-164); T. Bejarano: Libertad moral e inteligencia (167-178);R. Crespo: Economia, naturaleza y libertad (179-188); T. Gil: La ciencia, comofornia cultural de acción (189-198); J. Choza: Pueden Ias máquinas creer enDiós? Dúplica a Juan Arana (201-228); J. Hernández Pacheco: Fe y Reflexión.Réplica a Jacinto Choza y Juan Arana (229-242); J. Mufioz: Los limites de Iacreencia (243-250); F. Rodríguez Valls: ¿Sabiduría o locura ? Apuntes para una

polémica sobre Ia fe y Ia razón (251-270); A. Segura: Theos y Yod-He-Waw-He

(271-286); F. von Hardenberg: «Novalis», Fe y amor o el rey y Ia reina . Aforismos

políticos (289-320): Sección Bibliográfica. Noticias y Comentarios.

Trans/Form/Ação - São Paulo - 5 (1996):N° 19: R. Sayre & M. Lõwy: O Romantismo como visão feminista: a busca

de Christa Wolf (9-33); P. Piozzi: Entre utopia libertária e realismo político:

Godwin e Shellev diante da revolução (35-46); Me E. de Oliveira: A figura dopoeta ent Friedrich von Hardenberg (Novalis) e Gaston Bachelard: algumas

considerações (47-59); C. Alves: Álvares de Azevedo e o drama romântico (61-

-74); M. F. Bolognesi: A mercadoria cultural (75-86); S. Lessa: Lukács: ontologia

Revivia Filos6Jìca de Coimbra - n.° 12 (1997) pp. 455-462


e historicidade (87-101); S. N. C. Caponi: La ciencia y Ia condición humana (103-

-114); L. A. P. Martins & R. de A. Martins: A metodologia de Lamarck (115-140);

J. R. C. Piqueira: Biomatemática: método e limitações (141-149); H. R. C. Júnior:

A origem do conceito de multiplicidade segundo Gilles Deleuze (151-161); Ma

de F. S. Francisco: Pensamento e ação em Hannah Arendt (163-175); P. F. B. de

Lima: Discursos nus, discursos vazios (177-183); E. P. Santos: A relação entre

Suppositio e Significatio na Summa Logicae de Guilherme de Ockham (195-203);

C. A. R. do Nascimento: O caminho intermediário: alguns limites do conheci-

mento intelectual humano, segundo Tomás de Aquino (205-2 10); J. A. Abreu:

Sobre o De magistro de Santo Agostinho (211-219); J. C. S. P. da Silva: Dialética

e retórica em Pedro Abelardo (221-230); P. R. Martincs: A interpretação do

Proslogion por Karl Barth (231-239). Tradução: João Duns Escoro - Oo princípio

de individuação (241-250). Resenhas.

Veritas - Porto Alegre - 42 (1997):N° 2: J. B. R. Desaulniers: Formação e pesquisa: condições e resultados

(183-204); R. Panceri: Instituição assistencial e cidadania (205-216); T. Venturin:

Processo de institucionalização da mulher no século XIX (217-222); D. P. Ghiggi:A rua: um lugar de formação (223-234); E. C. Andrade: Formação e

competência: os desafios do Serviço Social (235-245); I. A. da Silva: Competência

e cidadania no mundo do trabalho (247-264); M. P. de Arruda: Construção decompetência : uma demanda emergente (265-271 ); P. Amado: A formação pelainformação (273-275); E. L. Z. Júnior: Informação e novas feramentas à pesquisa(277-281); N. B. Fischer: Cidadania e ação social (283-290); M. Stephanou: Uniaforma de formação: médicos na escola profissional (291-306); F. O. C. Werle:Escola complementar como espaço deformação (307-316); J. B. R. Desaulnicrs:Formar o cidadão: uma proposta da escola católica (317-331); R. M. B. Fischer:A mídia como espaço formador do sujeito adolescente (333-348); E. C. Martins:Proteção e reeducação dos menores abandonados e delinquentes - Portugal 1871--1962 (349-364); T. Hamel & M. Morisset: Agricultores e frequência escolarobrigatória (365-384); L. Tanguy: Formação: uma atividade em vias de defini-ção? (385-410); J.-P. Faguer & G. Balazs: Uma nova forma de gerenciamento:a avaliação (411-426).

Volubilis - Melilla - 4 (1996):Octubre : P. Pefialver Gómez: Desconstrucción y Judaísmo (7-21); J. L.

Molinuevo : Cohen y el pueblo de los pensadores y poetas (22-34); L. Sáez Rueda:Segregación o domesticación de Ia experiencia prerreflexiva (35-53); F. Vidarte:Morir por el secreto (54-65); "A. de Illescas": El Qadi de doble lengua. Averroes(66-77); A. Castro Cuadra : El poeta y el nombre (78-86); M. E. Vásquez:Naturaleza y texto en Goethe (87-113); B. Arias García: Genio y genialidad segúnMusil (114-131); J. Santos Guerrero : Desvios de Ia fatalidad en Crónica de unaMuerte Anunciada (132-152); J. L. Fernández de Ia Torre: Filosofia y Poesia:Notas sobre el Yo y el Silencio en Solitudine , de Miguel Fernández (153-173); J.Betegón : El concepto de persona en el debate entre liberales y comunitaristas(174-187).

pp. 455 -462 Revista Filosófica de Coimbra - ii.° 12 (1997)

RECENSÕES

NASCIMENTO, Carlos Arthur R. do - De Tomás de Aquino a Galileu(Coleção Trajetória 2), Campinas: Instituto de Filosofia e CiênciasHumanas, 1995, 217 p.

O professor Carlos do Nascimento é mal conhecido no nosso País embora oreconheçam os especialistas da filosofia medieval . Doutorado pelo Instituto de EstudosMedievais da Universidade de Montreal , actualmente leccionando na Universidade deCampinas após passagem docente pelo Studium Generale Dominicano e pela PontifíciaUniversidade Católica de São Paulo, a leitura deste seu livro far-nos-á deparar com alguémperfeitamente adaptado à seriedade da investigação exigível no âmbito da FilosofiaMedieval . Trata-se, é certo, de um volume que colige oito artigos redigidos num espaçode quase vinte e cinco anos , de 1967 a 1991, mas , salva a necessária actualizaçãobibliográfica a fazer, o conjunto da obra é ainda perfeitamente legível dado o rigor e asistematicidade que o autor imprimiu à sua investigação . Estamos perante um trabalho,oscilando amadurecidamente entre a divulgação e a pesquisa , que interessa à epistemologiamoderna e medieval , e será escusado insistirmos na sua importância , pelo facto de ser tãoescassa a produção em português atinente a esse domínio . Acresce a nítida preocupaçãocom uma escrita acessível e meticulosa . Para além de um ponderado exame ao estatutodas ciências intermediárias em Tomás de Aquino ( 13-97), tema de tese de mestrado noI.E.M. canadiano , e de quatro artigos relativos ao estudo das relações de Galileu com asconcepções medievais ( 171-217), sobressaiem fundamentalmente , a nosso ver, os trêscapítulos dedicados a Rogério Bacon , autor que foi objecto da sua tese de doutoramento,sob o título Une théorie des opérations naturelles fondée sur l'optique : le De multipli-catione specierum de Roger Bacon (1976). No nosso meio , e dispensando , naturalmente,as alusões datadas de Latino Coelho no século passado, só conhecíamos a relevância dadaa Bacon , e particularmente à species , por Fernando Gil em Mimésis e Negação . Trata-seporém de duas observações não especializadas e a primeira delas só terá interessearqueológico. Revelando - se um bom conhecedor da problemática das «espécies» emBacon , o A. que recenseamos consegue dar-nos uma síntese introdutória perfeita, da qualressalta a tese, naturalmente questionável , de que o estudo daquela problemática é, paraBacon, a própria chave da filosofia e da teologia (p. 136). Na esteira do tema da suadissertação doutoral parece -nos compreensível esse relevo, mas nada melhor do que umconvite para que o leitor interessado confronte uma tal hipótese pelo menos com a daquelaque julgamos ser actualmente a obra de referência sobre Bacon , da autoria de Boadas iLlavat, Roger Bacon : subjectivitat i ética (Barcelona , 1996). No livro ora recenseadodeparamo-nos com a apresentação da doutrina do De multiplicatione ( 101-116), o seusignificado no conjunto da obra baconina (117-140), o estudo das fontes (141-162) e da

Revista Filosófica de Coimbra - n.° 12 (1997) pp. 463-467


metodologia (163-170), além de uma oportuna tradução portuguesa do Prólogo (154-161)

a partir da edição crítica de Lindberg (Oxford 1983). Recordemos que o A. carrega consigoum significativo capital no campo das traduções filosóficas medievais para o idioma deCamões. Dado que o conjunto destas investigações remete-nos para o ano de 1976, cabelembrar- se aqui que o tema medieval das «espécies» acaba de merecer a atenção alargadade L. Spruit, Species Intelligibilis, em obra lançada em Leida (E. J. Brili). Relativamenteao outro autor medieval estudado, São Tomás, a legítima e coerente leitura que o A. fazdo estatuto das ciências intermédias, as mais desprezadas quando se estuda a epistemologado teólogo, insiste particularmente quer no facto de elas testemunharem crescenteaproximação entre física e matemática quer no facto de o problema ter sido ocasião paraque o Aquinate expusesse a sua teoria da subalternização (p. 88). É totalmente acertado ohorizonte de interpretação do A., embora pudessemos questionar uma ou outra tençãointerpretativa , designadamente a relativa ao estatuto das demonstrações matrm:íucas, asquais , no Aquinate , nos parecem ainda muito mais relevantes. Dado o nosso público leitor,talvez não fosse também desprovido de interesse uma breve menção à temáticaepistemológica para que este livro de Nascimento nos remete. O que são ciênciasintermédias ou médias? Tentemos uma explicação breve, mas precisa e informativa: noséculo XIII as quatro ciências do quadriuiutn eram concebidas no interior de uma hierar-quia tal, que fazia com que a música dependesse da aritmética e a astronomia (e depois aóptica) da geometria; as ciências dependentes, às quais se agregaram mais tarde a mecânicae a estática, configuravam as ciências médias, dado o simples facto topológico de sesituarem algures entre as matemáticas e a filosofia natural. Vale a pena talvez pôr em relevoque ainda no séc. XV (apesar de conspícuo interregno no séc. XIV) a temática das ciênciasmédias parece levantar o interesse dos filósofos (cf. Lindberg, D. C. (ed.) - Science in lheMiddle Ages, Chicago, 1978, 206-64). Com efeito, a questão não era meramente de cariztaxinómico ou topológico porquanto quer na Física quer sobretudo nos AnalíticosPosteriores, Aristóteles tinha aberto a porta ao que poderia ter sido uma profícuainterrogação sobre a natureza das demonstrações matemáticas no interior das ciênciasmédias. Grosseteste, Alberto Magno e Tomás de Aquino no séc. XIII pegaram, diferen-temente embora, no problema, e é seguramente aqui que a posição deste, que insiste maisdo que os anteriores no papel das matemáticas, carece de estudo ainda por fazer (cf. Laird,W. R. - «Robert Grosseteste on the Subalternate Sciences», Traditio 43: 1987, 147-69);basicamente, tudo parece indicar que se nos deparam duas inflexões, uma ligada mais àimportância das demonstrações pelas causas naturais (Grosseteste e Alberto) outra pelasmatemáticas, apesar da restrição da sua aplicação às causas remotas (Aquino). Felizmenteque agora passamos a possuir em português uma introdução a este interessante e relevanteproblema, mas aproveitaríamos a ocasião para informar que também sobre a temática dasciências o leitor lusitano possui agora um comentário ao De reducrione de S. Boaventura(Porto, 1996). Tal como aí se insistia , a epistemologia no séc. XIII caracteriza-se por umainvulgar variedade de propostas (pense-se ora na consideração da Teologia como ápice dasciências ora na atribuição de idêntico lugar v. g. para a medicina, na proposta de PedroHispano: cf. Bulletin de Philosophie Médiévale, 1996, p. 53 sg). No que diz respeito agoraa Galilei, importa só distinguir que o dossier aberto por Duhem, restringido por A. Maier,foi depois precisado por autores tão pregnantes, e díspares nas suas teses, como W. A.Wallace, A. Carugo, A. C. Crombie, Ch. B. Schmitt, Ch. Lewis, E. D. Sylla ou S. Drake,isto é dizer, que a questão «die Vorlãufer Galileis» está longe de estar encerrada. Sendocerto que não aplaudiríamos um programa de investigação relativo à questão da ciênciamoderna dedicado exclusivamente a Galileu (o que começa por fazer problema é oadjectivo historiográfico; vd. nosso artigo, neste mesmo lugar, in 1992, p. 352 sg.), nãohesitaríamos porém em recomendar a leitura dos capítulos dedicados ao cientista italiano

pp. 463-467 Revista Filosófica de Coimbra-,i.° 12 (1997)

Recensões 465

(p. 171-217) a todos aqueles que entre nós aprenderam ou aprendem ainda a cesura ouruptura epistemológica exclusivamente à luz, desfocada , dos anteriores programas deFilosofia do Ensino Secundário, dada a ênfase posta pelo A. na necessidade de situar aprodução galilaica no seu próprio tempo. Sabe -se, por exemplo , como reportationes doscursos dados no Collegio Romano foram influentes no conhecimento , por Galileu, daslições revolucionárias de filosofia natural dos mestres parisienses do séc. XIV; tambémse conhece a utilização que o sábio italiano deu aos trabalhos jesuítas no seu juvenil acessoaos Analíticos Posteriores, bem como a importância dos comentários daqueles sobreO Céu e A Geração na determinação da teoria galilaica do movimento , mas convirá nãocuidar exclusivamente da filosofia como se ela só pudesse ser salva pela história. Enfim,é neste total e harmonioso percurso de investigação que importa reler Nascimento, cujainiciativa da edição gostaríamos de saudar devidamente . Infelizmente , a obra apresenta--se-nos sem qualquer índice temático ou onomástico . Se o A . tem o bom hábito de traduzirsempre os textos primários que compulsa , ao menos nos casos mais delicados estaríamosà espera de poder confrontar a sua versão com os textos originais . Isto , naturalmente, sempormos sequer em causa a sua maturada competência de tradutor.

Mário Santiago de Carvalho

CASTRO, José Acácio de - O Simbolismo da Natureza em SantoAntónio de Lisboa (Biblioteca Humanística e Teologia: 11), Porto:Universidade Católica Portuguesa/Fundação Eng. António de Almeida,1997, 251 p.

Trata-se do texto de uma tese de doutoramento em Filosofia defendida pelo A. naFaculdade de Filosofia de Braga, sob orientação da prestigiada antonianista Maria CândidaPacheco (FLUP). Tanto quanto sabemos, esta será a segunda dissertação doutoral que nonosso meio se ocupa do pensamento filosófico -teológico de Santo António de Lisboa,havendo Francisco da Gama aberto esta senda num trabalho ímpar a muitos títulos, queem boa hora acaba de ser reeditado pela INCM . No caso agora em apreço , procura-se"captar como mesmo numa análise exegética , de carácter simbólico , podem discernir-sejá os sinais reveladores de uma mentalidade outra , que dará à natureza uma novaconsciência " (p. 8). Após um trabalho de leitura exaustivamente estrutural, o A. chegaráa concluir que a abordagem da Natureza pelo nosso Santo se apresenta "como uma propostainovadora entre as múltiplas concepções naturalistas do século XIII " (p. 237 ). Saudandoo valor do trabalho de Acácio de Castro e a iniciativa editorial, queremos associar-nosàqueles que reclamam maior atenção à obra sermonária de Santo António de Lisboa.

M. S. C.

AGRA ROMERO, Maria Xosé (Coordenadora) - Corpo de Muller. Dis-

curso , poder, cultura . Santiago de Compostela: Edicións Laiovento,

1997), 249 p.

Os textos deste volume resultam, em grande parte , das actividades de investigaçãolevadas a cabo por um grupo de investigadoras e docentes universitárias da Universidade

Revisor Filosófica de Coimbra - n.° 12 (1997) pp. 463-467


de Santiago de Compostela , apoiado pela Xunta de Galicia. Já existia em Espanha desde

1985 o texto de Celia Amorós Hacia una crítica de Ia razón patriarcal que marcou um

passo importante na divulgação do trabalho teórico inspirado pelo feminismo. Quando a

teoria feminista se começou a desenvolver a partir dos finais dos anos sessenta, surgiram

logo os primeiros esboços de uma crítica feminista da razão. O grande tema era a pretensão

de objectividade das ciências . Numa multidão de estudos de casos procurou mostrar-se

que, nas diferentes ciências, os resultados da investigação estavam frequentemente

distorcidos por uma visão "masculina" . O feminismo começou como movimento político,

como uma praxis . A teoria feminista é o conjunto de discursos que exprimem a dimensão

reflexiva do movimento . Movimento extremamente complexo e poliforme quer nas suas

manifestações , pressupostos e orientações. Assim, encontramos dentro da tendência

dominante no mundo anglo - americano feminismo liberal, feminismo socialista, feminismo

radical , feminismo libertário, etc . O feminismo de origem francesa e italiana, mais voltado

para um confronto com modelos teóricos psicanalíticos ou pós- estruturalistas segue

caminhos paralelos nem sempre convergentes . A adjectivação usada por cada tipo de

feminismo pretende fornecer uma primeira indicação da diferença e marcar a cspecitïcidadc

do caminho que se quer trilhar . Também a reflexão feminista condensada nos trabalhos

editados por Maria Xosé Agra Romero é adjectivada. Neste caso, propõe-se-nos um

feminismo crítico no sentido de que se concebe o compromisso das mulheres com a teria

e com a história com algo que "é tanto cítico coma constructivo, isto é, a mais de entender-se coma um proxecto de oposición e de "desconstrucción" dos discursos patriarcais, tentadesenvolver- se coma proxecto positivo, de "reconstrucción", de reconceptualización dos

sistemas e os métodos de coflecemento. A neutralidade da categorización, a invisibilidade

das mulleres coma obxectos e suxeitos do discurso filosófico, teórico e o processo poloque a Filosofia e a Teoria social ou a Ciencia se lexitimam a si mesmas considéranse

interrelacionadas e son agora o centro de atención" (8-9). Não admira, portanto, que osestudos coordenados por Maria Xosé Agra Romero se enquadrem num contexto maispróximo daquelas autoras americanas que procuram integrar na teoria feminista oselementos da teoria crítica. A publicação destes textos pretende assumir-se como respostaao desafio teórico deste projecto reconstrutivo e sinal de afirmação face à Academia e àcomente principal não só no âmbito da filosofia como das mais diversas disciplinas namedida em que elas persistem em ignorar ou relegar para segundo plano a investigaçãofeminista.

O primeiro estudo, da autoria de Maria Luz Pintos Peflaranda, "Corpo de muller - Rup-tura e Nova Identidade" (15-57), desenvolve-se em torno de dois focos de análise, umretrospectivo e outro prospectivo . Servindo-se de elementos da análise lógica da práticaquotidiana levada a cabo por Pierre Bourdieu em Le sens pratique, Maria Luz Penarandacomeça por analisar como surgiu e se manteve, no passado, a oposição masculino-feminino.Partindo do suposto de uma radical e originária igualdade ontológica entre todos oshumanos, quer sejam homens ou mulheres , parte a autora para um segundo momento dasua análise em que se discutem as possibilidades de provocar um a ruptura dos mecanismostradicionais de modo a chegar uma situção de efectiva igualdade "conseguindo, cada vezmais, unha forma digna e humana para tódolos homes e mulleres, e de calquera condiciónsocial , idade , raza ou crenzas culturais" (56).

Alicia H. Puleo, da Universidade de Valladolid, reflecte em "Filosofía e xénero"(61-78) sobre algumas das manifestações mais características do sistema género-sexo nafilosofia . Na linha geral do volume salientam-se as potencialidades emancipatórias dodiscurso filosófico apresentado a obra da filósofa australiana Val Plumwood como ummodelo de reflexão crítica integradora designadamente pela superação de traçosessencialistas de certo ecofeminismo.

pp. 463 -467 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 12 (1997)

Recensões 467

María Luísa Femenías analisa em "Apuntamentos sobre a posmodernidade e oproblema suxeito -mulher" ( 81-94), os traços comuns o feminismo norte - americano e o"posmodernismo". Convocar a análise de Foucault sobre os mecanismos do poder, por sisó, não esclarece de modo minimamente satisfatório o contributo possível das "ferramentasposmodernas" para a melhor compreensão da situação das mulheres (93).

Cristina Caruncho e Purificación Mayobre procuram, em "Aprender a vivir senfundamentos" (97-132) fazer uma síntese retrospectiva da evolução mais recente da teoriafeminista. Tarefa que as autoras sabem ser complexa e muito difícil pela própria polissemiaassociada ao termo feminismo bem como à variedade de correntes existentes. Sabendo osriscos que correm , limitam - se a comentar alguns dos tópicos mais relevantes na produçãoliterária feminista com maior implatação no mundo académico.

Rosa Cobo, expõe em "A democracia moderna e a exclusión das mulleres" (135-152)aquilo que é um traço comum do contratualismo moderno e da democracia ateniense, aexclusão da mulher da vida pública. Os autores mais visados são Hobbes, Locke eRousseau . A justificação da desiguldade e da exclusão seria feita a partir de uma ontologiae de uma noção acrítica de direito natural.

Maria Xosé Agra Romero procura em "Liberalismo, antiesencialismo e xustiza"(155-182) analisar alguns desafios da teoria feminista às teorias da justiça e muitoparticularmente às de inspiração rawlsiana. Tomando como ponto de partida os escritosde S. M. Okin, Y. M. Young , Seyla Benhabib, Ruth A. Putnam, Agra Romero explora aspossibilidades de reformulação do esquema conceptual de Rawls em ordem a dar umaresposta aceitável às críticas formuladas por estas autoras, entre outras . Tomando umaposição bastante crítica face ao último Rawls, Agra Romero caba por concluir este breveapontamento dizendo que "a teoria feminista puxo de manifesto 6 longo destes últimosanos que o problema do xénero e da xustiza non é só un problema de distribución, é taménunha cuestión política" ( 182). A questão , contudo , passa precisamente pela compreensãodo político e pelos modelos analíticos a que se dá preferência.

Raquel Osborne , em "A politización do sexo : a dimensión da sexualidade para adiscriminación de xénero" (185-213), parte da multiplicidade de discursos sobre asexualidade na década dos sessenta para examinar como é que o feminismo reavaliou asexualidade enquanto terreno de acção política.

Esta colectânea termina com um interessante estudo de Beatriz F. Herrero sobre "Fadase bruxas como arquetipos morais femininos nos contos " (217-249).

Com todas as divergências que poderíamos eventualmente explicitar relativamente acada um dos ensaios, parece-nos mais importante salientar o tom positivo dominante nestacolectânea. Não se trata apenas de discutir questões relativas à invisibilidade emarginalização das mulheres mas de criar condições para que o sexo não seja factor dediscriminação ou exclusão.

A. M. Martins

Revista Filosófica de Coimbra - ti.' 12 (1997) pp. 463-467

ÍNDICE 1997

Artigos

António Manuel Martins - Modelos de Democracia ..................... 85

António Pedro Pita - Constituição da Problemática Filosófica deMikel Dufrenne ............................................................................. 297

Jeffrey Andrew Barash - Mémoire et Immémorial chez Lévinas 287

Maria Luísa Portocarrero F. Silva - Filosofia, Praxis e Herme-nêutica: a Perspectiva de H.-G. Gadamer ................................. 63

Miguel Baptista Pereira - Fenomenologia e Transcendência.A propósito de Emmanuel Lévinas ( 1906-1995) ....................... 3- Prolegómenos a uma Leitura Actual do Pensamentode M. Heidegger ........................................................................... 231

Documento

Amândio Coxito - Um Texto de Luís A. Vernei contra o (mate-rialismo de Berkeley .................................................................... 101

Estudos

Fernanda Bernardo -A morte segundo Emmanuel Levinas: Limite--Limiar do Eu inter-essado .......................................................... 119

José Manuel Fernandes Gonçalves - A Via da Religação no Pensa-mento de Xavier Zubiri ................................................................ 315

José Reis - 0 Tempo em Plotino ....................................................... 381

Nota

Desidério Murcho - Epistemologia da Modalidade em DavidHume ............................................................................................. 441

Crónica ........................................................................................ 205, 451

Ficheiro de Revistas ............... .................................................... 209, 455

Recensões .................................................................................... 217, 463

Execução gráfica

da

TIPOGRAFIA LOUSANENSE, LDA.

Depósito legal n .° 51135/92

Índice. crónica. ficheiro de revistas. recensões

Documents