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Departamento de Desenvolvimento Profissional ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Adriana Valente e-mail: [email protected] 1º semestre de 2018. 22/01/2018 ______________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 Centro Rio de Janeiro/RJ Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 [email protected] www.crc.org.br

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Departamento de Desenvolvimento Profissional

ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES

CONTÁBEIS

Adriana Valente

e-mail: [email protected]

1º semestre de 2018.

22/01/2018

______________________________________________________________________________________________

Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000

Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 [email protected] – www.crc.org.br

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O presente material foi desenvolvido para aplicação de aula, única e

exclusivamente, no Conselho Regional de Contabilidade do Estado do

Rio de Janeiro - CRCRJ. Os textos foram extraídos dos Pronunciamentos

emitidos pelo CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, da

legislação societária, Lei 6.404/1976 e de bibliografias consagradas

sobre os temas abordados. Os exercícios propostos, para fixação da

exposição teórica, foram extraídos de provas de concursos públicos e

bibliografias, com adaptações ou não.

Bom Estudo!!

Para obter o material com as resoluções, após o término do curso,

acessar:

E-mail: [email protected]

Senha: 28042017

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1 Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação do

Relatório Contábil

4-11

2 Apresentação das Demonstrações Contábeis 12-16

3 Pronunciamentos do CPC 17-21

3 Balanço Patrimonial 22-36

4 Demonstração do Resultado do Exercício 37-53

5 Destinação do Resultado, Distribuição de Dividendos e

Juros Sobre Capital Próprio

54-78

6 Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados e

Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido

79-86

7 Demonstração do Fluxo de Caixa 87-106

8 Demonstração do Valor Adicionado 107-123

9 Notas Explicativas 124

10 Relatório da Administração 125

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1 ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO DO

RELATÓRIO CONTÁBIL FINANCEIRO – CPC 00

OBJETIVO DO PRONUNCIAMENTO

Servir como fonte dos conceitos básicos e fundamentais a serem

utilizados na elaboração e na interpretação dos Pronunciamentos

Técnicos, na preparação e utilização das demonstrações contábeis das

entidades comerciais, industriais e outras de negócios e também para a

elaboração de outros relatórios.

Características Qualitativas Fundamentais

Relevância Apresentação Fidedigna

A influência de uma

informação contábil na

tomada de decisões. Faz

diferença nas decisões

econômicas dos usuários.

A Relevância depende da

natureza e também da

materialidade (tamanho)

do item em discussão.

Três atributos: completa, neutra e livre de erro.

Precisa conter

o necessário

para que o

usuário

compreenda o

fenômeno

sendo retratado

Precisa estar

desprovida de

viés na seleção

ou na

apresentação,

não podendo

ser distorcida

para mais ou

para menos.

Livre de erro

não significa

total exatidão,

mas sim que o

processo para

obtenção da

informação

tenha sido

selecionado e

aplicado livre

de erros.

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Características Qualitativas de Melhoria

Comparabilidade

Compreensibilidade

Tempestividade

Verificabilidade

As expectativas de investidores, credores por empréstimos e outros credores em termos de retorno dependem da

avaliação destes quanto ao montante, à tempestividade e às incertezas associados aos fluxos de caixa futuros de

entrada para a entidade.

E... o quão eficiente e efetivamente a administração tem cumprido com suas responsabilidades no uso dos recursos

da entidade.

Permite a identificação e compreensão de

similaridades e diferenças entre os itens. Diferente da consistência que significa aplicação

dos mesmos métodos para os mesmos itens. Comparabilidade implica também em fazer com

que coisas diferentes não pareçam iguais ou coisas iguais não pareçam diferentes.

A informação disponível a tempo de

influenciar o usuário em sua decisão.

Diferentes observadores poderem chegar a

um consenso sobre o retrato de uma

realidade econômica.

Compreensibilidade significa que a

classificação, a caracterização e a

apresentação da informação são feitas com

clareza e concisão, tornando-a

compreensível. Presunção de que o usuário

tem conhecimento razoável de negócios e

que age diligentemente.

Primariamente aos Seguintes Usuários Externos: Investidores

Financiadores Outros credores

Sem hierarquia

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Entretanto, relatórios contábil-financeiros de propósito geral não

atendem e não podem atender a todas as informações de que

investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentes e

em potencial, necessitam. Esses usuários precisam considerar

informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições

econômicas gerais e expectativas, eventos políticos e clima político, e

perspectivas e panorama para a indústria e para a entidade.

Relatórios contábil-financeiros de propósito geral não são elaborados

para se chegar ao valor da entidade que reporta a informação; a rigor,

fornecem informação para auxiliar investidores, credores por

empréstimo e outros credores, existentes e em potencial, a estimarem

o valor da entidade que reporta a informação.

Usuários primários individuais têm diferentes, e possivelmente

conflitantes, desejos e necessidades de informação. Este Comitê de

Pronunciamentos Contábeis, ao levar à frente o processo de produção

de suas normas, irá procurar proporcionar um conjunto de informações

que atenda às necessidades do número máximo de usuários primários.

Contudo, a concentração em necessidades comuns de informação não

impede que a entidade que reporta a informação preste informações

adicionais que sejam mais úteis a um subconjunto particular de

usuários primários.

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Continuidade

As demonstrações contábeis normalmente são elaboradas tendo como

premissa que a entidade está em atividade (going concern assumption)

e irá manter-se em operação por um futuro previsível. Desse modo,

parte-se do pressuposto de que a entidade não tem a intenção, nem

tampouco a necessidade, de entrar em processo de liquidação ou de

reduzir materialmente a escala de suas operações. Por outro lado, se

essa intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis

podem ter que ser elaboradas em bases diferentes e, nesse caso, a

base de elaboração utilizada deve ser divulgada.

Os relatórios contábil-financeiros são em larga escala baseados em

estimativas, julgamentos e modelos, e não em descrições ou retratos

exatos. A Estrutura Conceitual estabelece os conceitos que devem amparar

tais estimativas, julgamentos e modelos. Assim como a maioria dos

objetivos, a visão contida na Estrutura Conceitual do que sejam a

elaboração e a divulgação do relatório contábil-financeiro ideal é improvável

de ser atingida em sua totalidade, pelo menos no curto prazo, visto que se

requer tempo para a compreensão, aceitação e implementação de novas

formas de analisar transações e outros eventos. Recursos econômicos,

reivindicações e suas mudanças.

Ativo

É um recurso controlado pela entidade como resultado de

eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.

Deve ser reconhecido quando for provável que benefícios

econômicos futuros dele provenientes fluirão para a

entidade e seu custo ou valor puder ser mensurado com confiabilidade.

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Passivo

É uma obrigação presente da entidade, derivada de

eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na

saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios

econômicos.

Patrimônio Líquido

É o interesse residual dos ativos da entidade depois de

deduzidos todos os seus passivos.

Receitas

São aumentos nos benefícios econômicos durante o período

contábil sob a forma da entrada de recursos ou do aumento

de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em

aumentos do patrimônio líquido e que não estejam

relacionados com a contribuição dos detentores dos

instrumentos patrimoniais (proprietários da entidade).

Despesas

São decréscimos nos benefícios econômicos durante o

período contábil sob a forma da saída de recursos ou da

redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam

em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam

relacionados com distribuições aos detentores dos

instrumentos patrimoniais (distribuição de resultado ou

devolução de capital aos proprietários da entidade).

Deve ser reconhecido quando for provável que uma saída

de recursos detentores de benefícios econômicos seja

exigida em liquidação de obrigação presente e o valor pelo

qual essa liquidação se dará puder ser mensurado com confiabilidade.

A receita deve ser reconhecida quando resultar em aumento

nos benefícios econômicos futuros relacionado com aumento

de ativo ou com diminuição de passivo, e puder ser

mensurada com confiabilidade.

A despesa deve ser reconhecida quando resultar em

decréscimo nos benefícios econômicos futuros relacionado

com o decréscimo de um ativo ou o aumento de um

passivo, e puder ser mensurada com confiabilidade.

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(a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos montantes pagos

em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos

entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são

registrados pelos montantes dos recursos recebidos em troca da

obrigação ou, em algumas circunstâncias (como, por exemplo,

imposto de renda), pelos montantes em caixa ou equivalentes de

caixa se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso

normal das operações.

(b) Custo corrente. Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa

ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos

ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço.

Os passivos são reconhecidos pelos montantes em caixa ou

equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam

necessários para liquidar a obrigação na data do balanço.

(c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos

são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que

poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos

são mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos

montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que

se espera serão pagos para liquidar as correspondentes obrigações no

curso normal das operações.

Reconhecimento dos Elementos Patrimoniais

Custo

Histórico

Custo

Corrente

Valor realizável ou valor presente dos

futuros Benefícios

econômicos.

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(d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente,

descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa que se

espera seja gerado pelo item no curso normal das operações. Os

passivos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos

futuros de saídas líquidas de caixa que se espera serão necessários

para liquidar o passivo no curso normal das operações.

O conceito de manutenção de capital está relacionado com a forma pela

qual a entidade define o capital que ela procura manter. Ele representa

um elo entre os conceitos de capital e os conceitos de lucro, pois

fornece um ponto de referência para medição do lucro; é uma condição

essencial para distinção entre o retorno sobre o capital da entidade e a

recuperação do capital; somente os ingressos de ativos que excedam

os montantes necessários para manutenção do capital podem ser

considerados como lucro e, portanto, como retorno sobre o capital.

Portanto, o lucro é o montante remanescente depois que as despesas

(inclusive os ajustes de manutenção do capital, quando for apropriado)

tiverem sido deduzidas do resultado. Se as despesas excederem as

receitas, o montante residual será um prejuízo.

Conceito de Capital

Quando o relevante é a manutenção

do capital financeiro (monetário),

lucro é o que excede o capital

financeiro aportado pelos

proprietários. Esse conceito leva,

normalmente, à adoção do custo

histórico para os elementos

patrimoniais (principalmente os não

monetários) e à inclusão, no

resultado, das variações de preços de

determinados elementos.

Quando o relevante é a manutenção

do capital físico, lucro é o que

excede à manutenção da capacidade

física ou operacional inicial do

período. Nesse caso, as variações de

preços dos ativos, por exemplo, são

consideradas ajustes ao capital, e

não lucros, como é o caso das

reavaliações de ativos destinados ao

uso.

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O conceito de manutenção do capital físico requer a adoção do custo

corrente como base de mensuração. O conceito de manutenção do

capital financeiro, entretanto, não requer o uso de uma base específica

de mensuração. A escolha da base conforme este conceito depende do

tipo de capital financeiro que a entidade está procurando manter.

A principal diferença entre os dois conceitos de manutenção de capital

está no tratamento dos efeitos das mudanças nos preços dos ativos e

passivos da entidade. Em termos gerais, a entidade terá mantido seu

capital se ela tiver tanto capital no fim do período como tinha no início,

computados os efeitos das distribuições aos proprietários e seus

aportes para o capital durante esse período. Qualquer valor além

daquele necessário para manter o capital do início do período é lucro.

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2 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Principais pontos do Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) Apresentação

das Demonstrações Contábeis.

OBJETIVO

É definir a base para a apresentação de demonstrações contábeis,

inclusive as separadas e consolidadas, para assegurar a comparabilidade.

Um conjunto completo de demonstrações contábeis inclui, como regra:

balanço patrimonial;

demonstração do resultado;

demonstração do resultado abrangente;

demonstração das mutações do patrimônio líquido;

demonstração das mutações do patrimônio líquido;

demonstração dos fluxos de caixa;

demonstração do valor adicionado quando exigida legalmente;

notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas

contábeis significativas e outras informações explanatórias.

As demonstrações contábeis devem ser apresentadas pelo menos

anualmente e devem apresentar apropriadamente a posição

patrimonial e financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa da

entidade.

Em praticamente todas as circunstâncias, a representação adequada é

conseguida pela conformidade com as práticas contábeis brasileiras

ensejadas pelos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações do CPC.

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Na ocasião da elaboração de demonstrações contábeis, a

Administração deve exercer julgamento acerca da capacidade da

entidade continuar em operação no futuro previsível.

As demonstrações contábeis devem ser elaboradas no

pressuposto dessa continuidade, a menos que a Administração

pretenda liquidar a entidade ou cessar seus negócios, ou não tenha

alternativa realista senão fazer isso.

O regime de competência, o respeito à relevância e à

materialidade das informações, a não compensação de valores que

não possam legal ou contratualmente ser compensados, a adoção

consistente dos mesmos critérios ao longo do tempo e o

seguimento a todos os demais preceitos estabelecidos na Estrutura

Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro

devem sempre estar presentes nas demonstrações que devem ser

apresentadas pelo menos anualmente.

A entidade deve apresentar os ativos e os passivos segregados em

circulantes e não circulantes exceto quando uma apresentação

baseada na liquidez proporcionar informação confiável e mais relevante,

como é o caso de certas instituições financeiras. Os tributos diferidos

ativos e passivos não devem ser classificados entre os valores

circulantes.

Quando a entidade não cumprir um compromisso segundo acordo de

empréstimo de longo prazo até a data do balanço, com o efeito de o

passivo se tornar vencido e pagável à ordem do credor, o passivo é

classificado como circulante mesmo que o credor tenha concordado,

após a data do balanço e antes da data da autorização para emissão das

demonstrações contábeis, em não exigir pagamento antecipado como

consequência do descumprimento do compromisso. O passivo deve ser

classificado como circulante porque, à data do balanço, a entidade não

tem direito incondicional de diferir a sua liquidação durante pelo menos

doze meses após essa data.

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A participação dos não-controladores deve ser apresentada como

parte do patrimônio líquido no balanço consolidado, após o subtotal do

patrimônio líquido dos proprietários da entidade controladora. O

resultado do período e o resultado abrangente do período devem

evidenciar a parcela dos proprietários da entidade controladora e a

parcela dos não controladores.

Todos os itens de receitas e despesas reconhecidos no período

devem ser incluídos no resultado do exercício a menos que um

Pronunciamento, uma Interpretação ou uma Orientação o exija de outro

modo, como no caso das circunstâncias específicas em que ocorre o

ajuste de avaliação patrimonial diretamente no patrimônio líquido.

A demonstração do resultado abrangente deve, no mínimo, incluir

as seguintes rubricas: o resultado líquido do período, cada item dos

outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza, a

parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas

reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial; e o

resultado abrangente. Em suma, essa demonstração abrange todas as

mutações do patrimônio líquido que não sejam representadas pelas

operações entre os proprietários agindo nessa condição de proprietários

e a entidade.

A demonstração do resultado abrangente deve ser apresentada

separadamente da demonstração do resultado, em função da lei

brasileira.

A entidade não deve apresentar rubricas ou itens de receitas ou

despesas como itens extraordinários ou não operacionais, quer

na demonstração do resultado abrangente, quer na demonstração do

resultado do período, quer nas notas explicativas.

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A entidade deve divulgar, no resumo das políticas contábeis

significativas ou outras notas, os julgamentos exercidos na

elaboração das demonstrações contábeis, os principais pressupostos

relativos ao futuro, as principais fontes da incerteza das

estimativas à data do balanço patrimonial que ensejem risco

significativo de provocar modificação material no próximo

exercício nos valores consignados nas demonstrações contábeis.

As notas explicativas devem apresentar as informações requeridas

pelos Pronunciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações aplicados

que não tenham sido apresentadas nas demonstrações contábeis,

prover informação adicional que CPC_26_R1 seja relevante para sua

compreensão, passivos contingentes e compromissos contratuais não

reconhecidos, divulgações não financeiras, por exemplo, os objetivos e

políticas de gestão do risco financeiro da entidade, as bases de

mensuração utilizadas (por exemplo, custo histórico, custo corrente,

valor realizável líquido, valor justo ou valor recuperável) o domicílio e a

forma jurídica da entidade, descrição da natureza das operações da

entidade e das suas principais atividades; nome da entidade

controladora e a entidade controladora do grupo em última instância e

todas as demais notas exigidas legalmente e normativamente.

Relatório da Administração

Lei 6.404/1976, Art. 133. Apresentação

I - o relatório da administração sobre os negócios sociais e os principais

fatos administrativos do exercício findo;

II - a cópia das demonstrações financeiras;

III - o parecer dos auditores independentes, se houver.

IV - o parecer do conselho fiscal, inclusive votos dissidentes, se houver;

(...)

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Sociedades de Grande Porte

A Lei nº 11.638, de 28.12.2007, publicada na Edição Extra do Diário

Oficial da União de 28.12.2007, trouxe relevantes alterações na

legislação contábil e, em especial, na Lei nº 6.404, de 15.12.1976, a

conhecida "Lei das S/A".

Neste comentário cuidaremos especificamente da obrigatoriedade de

escrituração e elaboração de demonstrações financeiras por "sociedades

de grande porte".

Conforme prevê a Lei nº 11.638/2007 - Art. 3º:

Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a

sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no

exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00

(duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior

a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).

Abaixo, os Pronunciamentos, as Interpretações e Orientações emitidos

pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC. Reprodução do Site

em 30/12/2017.

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Pronunciamentos

Documento Título Data

Aprovação

Data

Divulgação

CPC 00

Estrutura Conceitual para Elaboração e

Divulgação de Relatório Contábil-

Financeiro

02/12/2011 15/12/2011

CPC 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos 06/08/2010 07/10/2010

CPC 02

Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio

e conversão de demonstrações contábeis

03/09/2010 07/10/2010

CPC 03 Demonstração dos Fluxos de Caixa 03/09/2010 07/10/2010

CPC 04 Ativo Intangível 05/11/2010 02/12/2010

CPC 05 Divulgação sobre Partes Relacionadas 03/09/2010 07/10/2010

CPC 06 Operações de Arrendamento Mercantil 06/10/2017 21/12/2017

CPC 07 Subvenção e Assistência Governamentais 05/11/2010 02/12/2010

CPC 08

Custos de Transação e Prêmios na Emissão

de Títulos e Valores Mobiliários

03/12/2010 16/12/2010

CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 30/10/2008 12/11/2008

CPC 10 Pagamento Baseado em Ações 03/12/2010 16/12/2010

CPC 11 Contratos de Seguro 05/12/2008 17/12/2008

CPC 12 Ajuste a Valor Presente 05/12/2008 17/12/2008

CPC 13

Adoção Inicial da Lei nº. 11.638/07 e da

Medida Provisória nº. 449/08

05/12/2008 17/12/2008

CPC 14

Instrumentos Financeiros:

Reconhecimento, Mensuração e

Evidenciação (Fase I) - Transformado em

OCPC 03

CPC 15 Combinação de Negócios 03/06/2011 04/08/2011

CPC 16 Estoques 08/05/2009 08/09/2009

CPC 17

Contratos de Construção (revogado a

partir de 1º/01/2018)

19/10/2012 08/11/2012

CPC 18

Investimento em Coligada, em Controlada

e em Empreendimento Controlado em

Conjunto

07/12/2012 13/12/2012

CPC 19 Negócios em Conjunto 09/11/2012 23/11/2012

CPC 20 Custos de Empréstimos 02/09/2011 20/10/2011

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CPC 21 Demonstração Intermediária 02/09/2011 20/10/2011

CPC 22

Informações por Segmento

26/06/2009 31/07/2009

CPC 23

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa

e Retificação de Erro

26/06/2009 16/09/2009

CPC 24 Evento Subsequente 17/07/2009 16/09/2009

CPC 25

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos

Contingentes

26/06/2009 16/09/2009

CPC 26

Apresentação das Demonstrações

Contábeis

02/12/2011 15/12/2011

CPC 27 Ativo Imobilizado 26/06/2009 31/07/2009

CPC 28 Propriedade para Investimento 26/06/2009 31/07/2009

CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola 07/08/2009 16/09/2009

CPC 30

Receitas (revogado a partir de

1º/01/2018)

19/10/2012 08/11/2012

CPC 31

Ativo Não Circulante Mantido para Venda e

Operação Descontinuada

17/07/2009 16/09/2009

CPC 32 Tributos sobre o Lucro 17/07/2009 16/09/2009

CPC 33 Benefícios a Empregados 07/12/2012 13/12/2012

CPC 34

Exploração e Avaliação de Recursos

Minerais (Não editado)

CPC 35 Demonstrações Separadas 31/10/2012 08/11/2012

CPC 36 Demonstrações Consolidadas 07/12/2012 20/12/2012

CPC 37

Adoção Inicial das Normas Internacionais

de Contabilidade

05/11/2010 02/12/2010

CPC 38

Instrumentos Financeiros: Reconhecimento

e Mensuração (revogado a partir de

1º/01/2018)

02/10/2009 19/11/2009

CPC 39 Instrumentos Financeiros: Apresentação 02/10/2009 19/11/2009

CPC 40 Instrumentos Financeiros: Evidenciação 01/06/2012 30/08/2012

CPC 41 Resultado por Ação 08/07/2010 06/08/2010

CPC 42

Contabilidade e Evidenciação em Economia

Altamente Inflacionária (Não editado)

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19

19

CPC 43

Adoção Inicial dos Pronunciamentos

Técnicos CPCs 15 a 41

03/12/2010 16/12/2010

CPC 44 Demonstrações Combinadas 02/12/2011 02/05/2013

CPC 45

Divulgação de Participações em outras

Entidades

07/12/2012 13/12/2012

CPC 46 Mensuração do Valor Justo 07/12/2012 20/12/2012

CPC 47 Receita de Contrato com Cliente 04/11/2016 22/12/2016

CPC 48 Instrumentos Financeiros 04/11/2016 22/12/2016

CPC PME

Contabilidade para Pequenas e Médias

Empresas com Glossário de Termos

04/12/2009 16/12/2009

Interpretações Interpretações

Documento Título Data

Aprovação

Data

Divulgação

ICPC 01 Contratos de Concessão 02/12/2011 15/12/2011

ICPC 02

Contrato de Construção do Setor

Imobiliário (revogado a partir de

1º/01/2018)

04/12/2009 24/12/2009

ICPC 03

Aspectos Complementares das Operações

de Arrendamento Mercantil

04/12/2009 24/12/2009

ICPC 04

Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10

- Pagamento Baseado em Ações

ICPC 05

Pronunciamento Técnico CPC 10 -

Pagamento Baseado em Ações -

Transações de Ações do Grupo e em

Tesouraria

ICPC 06

Hedge de Investimento Líquido em

Operação no Exterior (revogado a partir de

1º/01/2018)

04/12/2009 24/12/2009

ICPC 07 Distribuição de Lucros in Natura 04/12/2009 04/12/2009

ICPC 08

Contabilização da Proposta de Pagamento

de Dividendos

01/06/2012 30/08/2012

ICPC 09

Demonstrações Contábeis Individuais,

Demonstrações Separadas, Demonstrações

Consolidadas e Aplicação do Método de

Equivalência Patrimonial

26/09/2014 27/11/2014

ICPC 10 Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao 04/12/2009 24/12/2009

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20

Ativo Imobilizado e à Propriedade para

Investimento dos Pronunciamentos

Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43

ICPC 11

Recebimento em Transferência de Ativos

de Clientes (revogado a partir de

1º/01/2018)

04/12/2009 24/12/2009

ICPC 12

Mudanças em Passivos por Desativação,

Restauração e Outros Passivos Similares

04/12/2009 24/12/2009

ICPC 13

Direitos a Participações Decorrentes de

Fundos de Desativação, Restauração e

Reabilitação Ambiental

08/07/2010 06/08/2010

ICPC 14

Cotas de Cooperados em Entidades

Cooperativas e Instrumentos Similares

05/11/2010

ICPC 15

Passivo Decorrente de Participação em um

Mercado Específico - Resíduos de

Equipamentos Eletroeletrônicos

08/07/2010 06/08/2010

ICPC 16

Extinção de Passivos Financeiros com

Instrumentos Patrimoniais

03/12/2010 16/12/2010

ICPC 17 Contratos de Concessão: Evidenciação 02/12/2011 15/12/2011

ICPC 18

Custos de Remoção de Estéril (Stripping)

de Mina de Superfície na Fase de Produção

01/02/2013 19/09/2013

ICPC 19 Tributos 26/09/2014 27/11/2014

ICPC 20

Limite de Ativo de Benefício Definido,

Requisitos de Custeio (Funding) Mínimo e

sua Interação

26/09/2014 27/11/2014

ICPC 21

Transação em Moeda Estrangeira e

Adiantamento

07/07/2017 21/12/2017

S

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Orientações

Documento Título Data

Aprovação

Data

Divulgação

OCPC 01 Entidades de Incorporação Imobiliária 05/12/2008 17/12/2008

OCPC 02

Esclarecimentos sobre as Demonstrações

Contábeis de 2008

30/01/2009 30/01/2009

OCPC 03

Instrumentos Financeiros:

Reconhecimento, Mensuração e

Evidenciação (CPC 14 R1) (revogado a

partir de 1º/01/2018)

02/10/2009 19/11/2009

OCPC 04

Aplicação da Interpretação Técnica ICPC

02 às Entidades de Incorporação

Imobiliária Brasileiras

03/12/2010 16/12/2010

OCPC 05 Contratos de Concessão 03/12/2010 29/12/2010

OCPC 06

Apresentação de Informações Financeiras

Pro Forma

02/12/2011 02/05/2013

OCPC 07

Evidenciação na Divulgação dos

Relatórios Contábil-Financeiros de

Propósito Geral

26/09/2014 11/11/2014

OCPC 8

Reconhecimento de Determinados Ativos

e Passivos nos Relatórios Contábil-

Financeiros de Propósito Geral das

Distribuidoras de Energia Elétrica

emitidos de acordo com as Normas

Brasileiras e Internacionais de

Contabilidade

28/11/2014 09/12/2014

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3 BALANÇO PATRIMONIAL MODELO SIMPLIFICADO DE BALANÇO PATRIMONIAL Em 31-12-X1 (Em R$)

ATIVO PASSIVO

1. ATIVO CIRCULANTE 1. PASSIVO CIRCULANTE

1.1 DISPONÍVEL Caixa e Equivalentes de Caixa 1.2 CRÉDITOS Cliente (-) Perdas Estimadas Adiantamentos a Empregados Tributos a Recuperar 1.3 ESTOQUES 1.4 DESPESAS ANTECIPADAS Prêmios de Seguros a Vencer Encargos Financeiros a Vencer

Fornecedores Obrigações Trabalhistas Obrigações Fiscais e Sociais a Recolher Adiantamento de Clientes Empréstimos e Financiamentos Arrendamento Mercantil Aluguéis Lucros e Dividendos Debêntures Provisões Trabalhistas

2. ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Clientes (-) Perdas Estimadas Títulos a Receber Créditos de Sócios e Diretores Créditos de Coligadas e Controladas Adiantamentos a Terceiros Participações Societárias 2.2 INVESTIMENTOS Participações Societárias Obras de Arte Imóvel Não de Uso (-) Provisões para Perdas 2.3 IMOBILIZADO Terrenos – Construções – Instalações - Veículos Máquinas e Equipamentos - Móveis e Utensílios (-) Depreciações Acumuladas Benfeitorias em Imóveis de Terceiros (-) Amortizações Acumuladas Construções em Andamento 2.4 INTANGÍVEL Marcas e Patentes

2. PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.1 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Empréstimos e Financiamentos Títulos a Pagar Debêntures Provisões para Riscos Fiscais Receitas de Exercícios Futuros (-) Custos e Despesas de Exercícios Futuros 3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.1 Capital Social Capital Social (-) Capital a Integralizar 3.2 Reservas de Capital Ágio na Emissão de Ações Partes Beneficiárias Bônus de Subscrição 3.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial 3.4 Reservas de Lucros Reserva Legal Reserva Estatutária Reservas de Contingência Reserva de lucros a realizar Reserva de Retenção de Lucros Reserva de Incentivos Fiscais 3 5 (-) Ações em Tesouraria 3.6 (-) Prejuízos Acumulados

TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

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Exercícios de Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado

do Exercício

1. A contabilidade é um sistema de informação. Compreende-se por

sistema de informações um conjunto articulado de dados, técnicos de

acumulação, ajustes e editagens de relatórios que permite tratar as

informações de natureza repetitiva com o máximo possível de

relevância e o mínimo de custo e dar condições, para por meio da

utilização de informações primárias constantes do arquivo básico,

juntamente com técnicas derivadas da própria contabilidade e (ou) de

outras disciplinas, que sejam elaborados relatórios de exceção com

finalidade específica, em oportunidades definidas ou não.

Nesse contexto, julgue os itens abaixo em certos ou errados:

a) Os acionistas e financiadores são exemplos clássicos de usuários

externos dos sistemas de informações contábeis que requerem

informações dentro dos princípios de contabilidade.

b) Os gerentes são usuários internos dos sistemas de informações

contábeis e requerem informações que podem nada ter a ver com a

obediência aos princípios de contabilidade.

c) Os dados das transações modificativas (alteram patrimônio líquido) e

permutativas (não altera o patrimônio líquido) são exemplos de

entradas do sistema de informação contábil.

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2. A evidenciação é um compromisso inalienável da contabilidade com

seus usuários e com os próprios objetivos. As formas de evidenciação

podem variar, mas a essência é sempre a mesma: Apresentar

informação quantitativa e qualitativa de maneira ordenada, deixando o

menor número possível de informações fora de demonstrativos formais,

a fim de propiciar uma base adequada de informação para o usuário.

(Sérgio de Iudícibus - com adaptações)

Julgue os Itens abaixo em certos ou errados

a) No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do

patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar tanto o

conhecimento quanto a análise da situação financeira da companhia.

b) Para efeito de classificação das contas no balanço, consideram-se de

curto prazo os elementos patrimoniais realizáveis ou exigíveis até o final

do exercício subsequente e de longo prazo aqueles que vencem após

esse prazo. No entanto, caso a empresa tenha um ciclo operacional

maior que o exercício social, a definição desses prazos terá por base a

duração desse ciclo.

3. Assinale abaixo a única opção que expressa uma afirmativa errada.

a) As demonstrações financeiras são parte integrante das informações

contábeis elaboradas e divulgadas por uma entidade.

b) O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações

sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as

mudanças na posição financeira da entidade que sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de

decisão econômica.

c) As informações sobre a posição patrimonial e financeira da entidade

são principalmente fornecidas pelo balanço patrimonial.

d) As informações sobre o desempenho da entidade são basicamente

fornecidas na demonstração do resultado.

e) As informações sobre as mutações na posição financeira da entidade

são fornecidas nas demonstrações contábeis por meio de uma

demonstração em separado.

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4. As demonstrações contábeis, quando corretamente elaboradas, satisfazem as necessidades comuns da maioria dos seus usuários, uma

vez que quase todos eles as utilizam para a tomada de decisões de ordem econômica.

Sob esse aspecto, pode-se dizer que, entre outras finalidades, os

usuários baseiam-se nas demonstrações contábeis para praticar as seguintes ações, exceto:

a) decidir quando comprar, manter ou vender um investimento em

ações.

b) avaliar a capacidade da entidade de pagar seus empregados e

proporcionar-lhes outros benefícios.

c) determinar a distribuição de lucros e dividendos.

d) regulamentar as atividades das entidades.

e) fiscalizar a lisura dos atos administrativos.

5. As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. Para

satisfazer a seus objetivos, as demonstrações contábeis proporcionam informação da entidade acerca do seguinte:

a) ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas, alterações

no capital próprio e fluxos de caixa.

b) ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas, alterações no capital próprio e valor adicionado.

c) ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas, alterações no capital de giro e fluxos de caixa.

d) ativos, passivos, patrimônio líquido, resultados do período,

alterações no capital de giro, fluxos de caixa e valor adicionado.

e) ativos, circulantes e não circulantes, passivos, circulantes e não circulantes, patrimônio líquido, resultados do período, ganhos e

perdas, alterações no capital de giro próprio, fluxos de caixa e valor adicionado.

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6. A empresa Comercial de Bolas e Balas Ltda. mandou elaborar um balancete de verificação com as seguintes contas e saldos constantes

do livro Razão Geral:

C o n t a s S a l d o s

Caixa 13.000,00

Depreciação Acumulada 2.000,00

Títulos a Pagar 80.000,00

Salários e Ordenados 1.600,00

Bancos – Conta Movimento 74.000,00

Receitas de Serviços 14.400,00

Computadores e Periféricos 16.000,00

Despesas de Transporte 700,00

Salários a Pagar 1.000,00

Capital Social 160.000,00

Perdas com Crédito P 600,00

Capital a Realizar 18.000,00

Duplicatas Descontadas 10.000,00

Provisão p/FGTS P 800,00

Aluguéis Passivos a Vencer A 1.500,00

Imóveis 110.000,00

Clientes 34.000,00

Elaborada referida peça contábil de acordo com a solicitação, foi

constatado o fechamento do balancete com o seguinte saldo total:

a) R$ 537.600,00

b) R$ 268.800,00 c) R$ 223.300,00

d) R$ 233.300,00 e) R$ 134.400,00

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CONTAS DEBITO CREDITO

7. Em 31/12/2015, as contas da CIA BALANCEADA apresentaram os seguintes saldos:

CONTAS SALDO ($)

Receitas de Vendas 280.000

Custo das Mercadorias Vendidas 216.000

Estoques 280.000

Fornecedores 240.000

Títulos a Receber 240.000

Bancos 80.000

Despesas de Salários 40.000

Contas a Pagar 40.000

Móveis e Utensílios 24.000

Veículos 8.000

Capital 320.000

Lucros Acumulados 21.600

Despesas Diversas 13.600

Considerando esses dados, um balancete de verificação que apresentasse apenas o resultado do exercício contábil teria um saldo

de:

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CONTAS DEBITO CREDITO

Receitas de Vendas

Custo das Mercadorias Vendidas

Estoques

Fornecedores

Títulos a Receber

Bancos

Despesas de Salários

Contas a Pagar

Móveis e Utensílios

Veículos

Capital

Lucros Acumulados

Despesas Diversas

SALDOS

(A) $ 559.600; (B) $ 621.600; (C) $ 632.000; (D) $ 891.000;

(E) $ 901.600.

8. A Comercial de Papéis S/A, em dezembro de 2015, praticou os

seguintes atos:

• venda de veículo do Imobilizado, para acionista, por R$ 80.000,00, vencimento 30/06/16;

• venda de condicionador de ar do Imobilizado, para empregado, por R$ 50.000,00, vencimento 30/06/16;

• venda de mercadoria, para sociedade controlada, por R$ 120.000,00,

vencimento 30/06/16;

• adiantamento de R$ 60.000,00 a empregados, a título de 13º salário,

vencimento 20/11/16;

• adiantamento de R$ 40.000,00 a diretores, vencimento 20/11/16;

• venda de imóvel do Ativo Permanente/Investimentos, para sociedade

coligada, para pagamento em 4 parcelas de R$ 250.000,00, com vencimento para 30/06/16; 30/12/16; 30/06/17 e 30/12/17.

Considerando, exclusivamente, as informações recebidas e as

determinações da Lei das Sociedades por Ações, no balanço de 31/12/16, os direitos a receber, classificados no Ativo Realizável a

Longo Prazo, atingiram, em reais, o montante de

(A) 500.000,00 (B) 620.000,00 (C) 1.120.000,00

(D) 1.240.000,00 (E) 1.290.000,00

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Lei 6.404/1976

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em

despesas do exercício seguinte;

II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o

término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou

controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na

exploração do objeto da companhia;

III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no

ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.

9. A empresa Comercial de Elementos S/A apresentou as seguintes

contas em 31 de dezembro de 2015, antes de contabilizar a apuração do resultado do exercício:

Caixa R$ 540,00

Contas a Receber R$ 18.360,00 Mercadorias R$ 2.000,00

Fornecedores R$ 10.180,00 Contas a Pagar R$ 15.620,00

Máquinas e Equipamentos R$ 7.500,00

Depreciação Acumulada R$ 1.260,00 Terrenos R$ 16.880,00

Empréstimos longo prazo R$ 12.000,00 Capital Social R$ 6.300,00

Lucros Acumulados R$ 2.720,00 Vendas de Mercadorias R$ 99.760,00

Despesas Administrativas e Gerais R$ 10.000,00 Despesas Comerciais R$ 10.720,00

Depreciação R$ 640,00 Despesas Financeiras R$ 4.000,00

Compras de Mercadorias R$ 77.200,00

Observações: 1 - O estoque de mercadorias ao final do período foi de R$ 9.200,00.

2 - Não considerar implicações de ordem fiscal e tributária, nem

distribuições de lucro.

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Considerando as contas e saldos acima, podemos dizer que:

a) o ativo patrimonial é de R$ 52.480,00. b) o passivo patrimonial é de R$ 25.800,00.

c) o patrimônio líquido da empresa é de R$ 9.020,00. d) o lucro operacional bruto foi de R$ 8.400,00.

e) o lucro líquido alcançado no período foi de R$ 4.400,00.

ATIVO PASSIVO

Circulante Circulante

Caixa Fornecedores

Contas a Receber Contas a Pagar

Mercadorias

NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE

Máquinas e

Equipamentos

Empréstimos

Depreciação

Terrenos Capital Social

Lucros Acumulados

Lucro do Período

TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO

DRE

Vendas de Mercadorias

CMV

Lucro Bruto

Despesas Administrativas e Gerais

Despesas Comerciais

Depreciação

Despesas Financeiras

LUCRO DO PERÍODO

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10. A partir dos saldos abaixo, oriundos do balancete da empresa Coimbra S/A, calcule o valor do Patrimônio Líquido (Em R$):

Caixa 100,00

Fornecedores 2.500,00

Capital 4.000,00

Veículos 1.000,00

Impostos a Pagar 700,00

Salários a Pagar 800,00

Imóveis 10.000,00

Despesas Administrativas 75,00

Custo das Mercadorias Vendidas 700,00

Reserva de Capital 190,00

Despesas de Vendas 25,00

Estoques 300,00

Duplicatas a Pagar 1.000,00

Lucros Acumulados 100,00

Reserva de Lucros 1.000,00

Depreciação Acumulada 1.000,00

Receita Financeira 10,00

Bancos 300,00

Receita de Vendas 1.700,00

Duplicatas a Receber 500,00

PL

CAPITAL SOCIAL

RESERVAS DE CAPITAL

RESERVAS DE LUCROS

LUCROS ACUMULADOS

RESULTADO DO PERIODO

TOTAL DO PL

Receita de Vendas

Custo das Mercadorias Vendidas

LUCRO BRUTO

Despesas Administrativas

Despesas de Vendas

Receita Financeira

LUCRO

(A) R$ 4.000,00; (B) R$ 4.290,00; (C) R$ 4.910,00; (D) R$ 6.200,00;

(E) R$ 7.200,00.

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11. A Cia. Comercial Campo Grande S.A. apresentou, em 31.12.X5, o seguinte balanço patrimonial:

Caixa 50,00 Fornecedores 100,00

Bancos Conta Movimento 150,00 Salários a pagar 30,00

Duplicatas a Receber 100,00 empréstimos a pagar 80,00

Estoques 80,00 Duplicatas descontadas 20,00

Seguros a Vencer 20,00 Provisão p/ devedores duvidosos 5,00

ATIVO CIRCULANTE 400,00 Provisão para Imposto de Renda 15,00

Contas a receber 50,00 PASSIVO CIRCULANTE 250,00

Capital a realizar 200,00 empréstimos a pagar 100,00

Ações em tesouraria 100,00 EXIGÍVEL A L. P. 100,00

REALIZÁVEL L.P. 350,00 Capital social 1.500,00

Investimentos 800,00 Reserva de capital 100,00

Móveis e utensílios 300,00 Reserva de lucros 100,00

Máquinas e equipamentos 200,00 Depreciação acumulada 200,00

Veículos 100,00 Lucros Acumulados 600,00

Edificações 700,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.500,00

ATIVO PERMANENTE 2.100,00

TOTAO DO ATIVO 2.850,00 TOTAL DO PASSIVO 2.850,00

ATIVO PASSIVO

Do ponto de vista dos princípios contábeis e considerando-se os aspectos legais, o balanço patrimonial acima apresenta alguns erros de

classificação. Feitas as correções necessárias, os totais do ativo e do passivo passariam a ser, em reais, de:

a) 2.650,00 b) 2.345,00 c) 2.425,00 d) 2.350,00

e) 2.325,00

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12. Da leitura atenta dos balanços gerais da Cia. Emile, levantados em 31.12.16 para publicação, e dos relatórios que os acompanham,

podemos observar informações corretas que indicam a existência de:

Capital de Giro no valor de R$ 2.000,00

Capital Social no valor de R$ 5.000,00

Capital Fixo no valor de R$ 6.000,00

Capital Alheio no valor de R$ 5.000,00

Capital Autorizado no valor de R$ 5.500,00

Capital a Realizar no valor de R$ 1.500,00

Capital Investido no valor de R$ 8.000,00

Capital Integralizado no valor de R$ 3.500,00

Lucros Acumulados no valor de R$ 500,00

Prejuízo Líquido do Exercício no valor de R$ 1.000,00

A partir das observações acima, podemos dizer que o valor do Capital

Próprio da Cia. Emile é de

Capital Social no valor de

Capital a Realizar no valor de

Capital Integralizado no valor de

Lucros Acumulados no valor de

Prejuízo Líquido do Exercício no valor de

TOTAL

a) R$ 5.500,00 b) R$ 5.000,00 c) R$ 4.000,00 d) R$ 3.500,00

e) R$ 3.000,00

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13) Quando da constituição da sociedade anônima, um dos acionistas subscreveu 1.150.000 ações, com valor nominal de R$ 1,00, para

Integralização em equipamentos aos quais ele atribuiu, em documento endereçado à Assembleia Geral, o valor de R$ 1.145.000,00.

A Assembleia Geral de subscritores nomeou uma empresa especializada

que, em laudo fundamentado, avaliou o conjunto de equipamentos em

R$ 1.160.000,00.

A Assembleia Geral aprovou o valor dos equipamentos em R$

1.148.000,00.

Considerando as determinações da Lei no 6.404/76, com nova redação

dada pelas Leis nos 9.457/97 e 10.303/01, a integralização do capital

deve ser considerada pelo valor, em reais, de

(A) 1.145.000,00, atribuído pelo subscritor.

(B) 1.148.000,00, aprovado pela assembleia geral.

(C) 1.150.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, ressarcida ao

subscritor.

(D) 1.150.000,00, sendo esse valor atribuído aos equipamentos, não

havendo ressarcimento.

(E) 1.160.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, considerada

como ágio na subscrição.

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Lei 6.404/1976 - Art. 8º A avaliação dos bens será feita por 3 (três)

peritos ou por empresa especializada, nomeados em assembleia-geral dos subscritores, convocada pela imprensa e presidida por um dos

fundadores, instalando-se em primeira convocação com a presença de subscritores que representem metade, pelo menos, do capital social, e

em segunda convocação com qualquer número.

§ 1º Os peritos ou a empresa avaliadora deverão apresentar laudo

fundamentado, com a indicação dos critérios de avaliação e dos elementos de comparação adotados e instruído com os documentos

relativos aos bens avaliados, e estarão presentes à assembleia que conhecer do laudo, a fim de prestarem as informações que lhes forem

solicitadas.

§ 2º Se o subscritor aceitar o valor aprovado pela assembleia, os bens incorporar-se-ão ao patrimônio da companhia, competindo aos

primeiros diretores cumprir as formalidades necessárias à respectiva transmissão.

§ 3º Se a assembleia não aprovar a avaliação, ou o subscritor não aceitar a avaliação aprovada, ficará sem efeito o projeto de constituição

da companhia.

§ 4º Os bens não poderão ser incorporados ao patrimônio da

companhia por valor acima do que lhes tiver dado o subscritor.

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14. O estatuto de uma companhia que quer expandir seus negócios,

mediante emissão de novas ações, estabelece que as ações terão valor

nominal, fixando esse valor em R$ 3,00. Prevendo dificuldades para

colocar as ações pelo valor nominal fixado no estatuto, as novas ações

são emitidas com o valor de face de R$ 2,00, preço este tido como de

forte apelo para o mercado. Considerando as determinações da Lei

6.404/76, com a nova redação dada pelas Leis no 9.457/97, de 5/5/97;

no 10.194/01, de 14/2/2001 e no 10.303/01, de 31/10/2001, esta

Companhia deverá:

(A) registrar, como Capital, o valor de face das novas ações vezes a

quantidade de ações negociadas.

(B) registrar, como Capital, o valor de face das novas ações vezes a

quantidade de ações negociadas e, como Reserva de Ágio, a diferença

entre o valor nominal das ações e o valor de face da nova emissão

vezes a quantidade negociada.

(C) registrar, como Capital, o valor de face das novas ações vezes a

quantidade de ações negociadas e, como Deságio, a diferença entre o

valor nominal das ações e o valor de face da nova emissão vezes a

quantidade negociada.

(D) registrar, como Capital, o valor de face das novas ações vezes a

quantidade de ações negociadas e, como Despesa do Exercício, a

diferença entre o valor nominal das ações e o valor de face da nova

emissão vezes a quantidade negociada.

(E) suspender a emissão das novas ações, pois a Lei Societária veda a

emissão de ações por preço inferior ao de seu valor nominal.

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Ações com Valor Nominal

Art. 13. É vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor

nominal.

§ 1º A infração do disposto neste artigo importará nulidade do ato ou

operação e responsabilidade dos infratores, sem prejuízo da ação penal que no caso couber.

§ 2º A contribuição do subscritor que ultrapassar o valor nominal

constituirá reserva de capital (artigo 182, § 1º).

15. A Companhia Capcap de Negócios apresenta os seguintes valores relacionados ao capital próprio:

Capital Autorizado R$ 100.000,00

Capital Subscrito R$ 90.000,00

Capital Integralizado R$ 70.000,00 Lucros Acumulados R$ 20.000,00

Reserva de Ágio na Venda de Ações R$ 19.000,00 Reserva para Contingências R$ 17.000,00

Bônus de Subscrição R$ 16.000,00 Reservas Estatutárias R$ 15.000,00

Reservas para Investimento R$ 14.000,00 Reserva Legal R$ 13.000,00

Ajuste de Avaliação Patrimonial R$ 12.000,00

CAPITAL SUBSCRITO

(-) A Integralizar

(=) Capital Integralizado

Reservas de Capital

Ágio na Emissão de Ações

Bônus de Subscrição

Ajuste de Avaliação Patrimonial

Reservas de Lucros

Legal

Estatutária

Contingência

Investimento

Lucros Acumulados

TOTAL DO PATRIMONIO LIQUIDO

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Agrupando corretamente os títulos acima, encontraremos

a) Capital Social no valor de R$ 100.000,00 b) Capital a Realizar no valor de R$ 30.000,00

c) Reservas de Lucros no valor de R$ 59.000,00 d) Reservas de Capital no valor de R$ 47.000,00

e) Patrimônio Líquido no valor de R$ 216.000,00

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4 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

ESTUTURA SIMPLIFICADA DA DRE Em 31-12-X1 (Em R$)

1. RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS

Receitas de Comercialização

Receitas de Venda de Serviços

2. (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Vendas Canceladas Abatimentos e Descontos

Impostos sobre Vendas Descontos Incondicionais

3. (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

4. (-) CUSTOS DAS VENDAS

Custo dos Produtos Vendidos (CPV)

Custo dos Serviços Prestados (CSP) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)

5. (=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO (LUCRO BRUTO)

6. (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com Vendas

Despesas Administrativas e Despesas Gerais (+/-) Outras Receitas ou Despesas

7. (=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO

8. (+/-) RESULTADO FINANCEIRO Despesas Financeiras Receitas Financeiras

9. (=) RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (LAIR)

Provisão para Contribuição Social Provisão para Imposto de Renda

10. (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO APÓS IMPOSTO DE RENDA (LADIR)

11. (-) PARTICIPAÇÕES

Debêntures

Empregados Administradores

Partes Beneficiárias

12. LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Lucro Líq. do Exercício por ação do Cap. Social

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1. As contas abaixo representam um grupo de receitas e despesas e, embora distribuídas aqui aleatoriamente, compõem a demonstração do

resultado do exercício de X1 da empresa Boapermuta S/A.

Contas R$

Receita venda imobilizado 2.000

Provisão para Contribuição Social 1.500

Juros Recebidos 1.500

Depreciação 700

Participação de Administradores 800

Impostos e Taxas 500

Propaganda e Publicidade 1.800

Vendas Canceladas 20.000

PIS/PASEP 600

Despesas Bancárias 800

Estoque Inicial 30.000

Comissões sobre Vendas de Mercadorias 3.000

Descontos Incondicionais Concedidos 20.000

Descontos Condicionais Concedidos 2.000

Participação de Debenturista 500

Juros Pagos 500

Vendas de Mercadorias 100.000

COFINS 2.000

Salários e Encargos - Administrativo 3.000

Água e Energia 200

Provisão para Imposto de Renda 3.000

ICMS sobre Vendas 7.200

CMV 43.000

Descontos Obtidos 15.000

Salários e Encargos – venda 5.000

Apure o lucro líquido ordenando as contas acima adequadamente e em conformidade com as regras de elaboração da Demonstração do

Resultado do Exercício.

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Memória de Cálculo:

Impostos sobre vendas

Despesas Vendas Despesas Administrativas

Receitas Financeiras Despesas Financeiras

Outras receitas /Despesas

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Demonstração do Resultado do Exercício

DRE X1

Receita Bruta

(-) vendas Canceladas

(-) Descontos Incondicionais

(-) Impostos Sobre Vendas

(=) Receita Líquida

(-) CMV

(=) LUCRO BRUTO

(-) Despesas Operacionais

Vendas

Administrativas

Outras receitas/despesas

(=) LUCRO OPERACIONAL

Receitas Financeiras

Despesas Financeiras

Resultado Financeiro Líquido

Resultado antes da CSLL/IR

Provisão CSLL

Provisão IR

Resultado antes das Participações

(-) Debenturistas

(-) Administradores

(=) LUCRO DO PERÍODO

Lucro por Ação

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2. A empresa Struturas & Modelos S/A, no fim do exercício social, apresentou as seguintes contas e saldos:

C o n t a s S a l d o s

Caixa 690,00

Receita de Vendas 8.000,00

Fornecedores 2.700,00

Bancos conta Movimento 1.200,00

Aluguéis Ativos 200,00

Duplicatas a Pagar 1.600,00

Clientes 1.700,00

Salários e Ordenados D 800,00

Empréstimos Bancários 4.900,00

Duplicatas a Receber 2.300,00

Aluguéis Passivos 240,00

Provisão p/FGTS P 90,00

Duplicatas Descontadas 700,00

Custo das Mercadorias Vendidas 4.300,00

Provisão p/Imposto de Renda 110,00

Mercadorias 3.000,00

ICMS a Recolher 230,00

Provisão p/Ajuste de Estoques A 80,00

Capital Social 5.300,00

Perdas com Crédito 110,00

Capital a Realizar 300,00

Juros Passivos 220,00

Despesas Antecipadas 400,00

Reserva Legal 300,00

Móveis e Utensílios 2.900,00

Reservas Estatutárias 280,00

Veículos 5.700,00

ICMS sobre Vendas 1.500,00

Depreciação D 900,00

Juros Ativos 150,00

Depreciação Acumulada 1.400,00

Do resultado do exercício, a empresa destinou R$ 190,00 para imposto de renda e o restante para reservas de lucros.

Contabilizado o resultado do exercício e a distribuição do lucro, pode-se

dizer que das contas apresentadas surgirá um patrimônio líquido de

a) R$ 5.580,00

b) R$ 5.770,00 c) R$ 5.780,00

d) R$ 5.880,00 e) R$ 5.970,00

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ATIVO PASSIVO

Circulante Circulante

TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO

DRE

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3. A empresa Modelos & Struturas S/A, no fim do exercício social, apresentou as seguintes contas e saldos:

C o n t a s S a l d o s

Receita de Vendas 8.000,00

Fornecedores 2.700,00

Bancos conta Movimento 1.800,00

Aluguéis Ativos 200,00

Duplicatas a Pagar 1.600,00

Clientes 1.700,00

Salários e Ordenados 800,00

Empréstimos Bancários 4.900,00

Duplicatas a Receber 2.300,00

Aluguéis Passivos 240,00

ICMS sobre Compras 1.200,00

Provisão p/FGTS P 200,00

Duplicatas Descontadas 700,00

Compras de Mercadorias 6.000,00

Depreciação Acumulada 1.400,00

Mercadorias - estoque inicial 2.500,00

ICMS a Recolher 230,00

Provisão p/Ajuste de Estoques A 80,00

Capital Social 5.300,00

Perdas Estimadas Clientes A 110,00

Capital a Realizar 300,00

Juros Passivos 200,00

Despesas Antecipadas 400,00

Reserva Legal 580,00

Móveis e Utensílios 2.900,00

Juros Ativos 150,00

Veículos 5.700,00

ICMS sobre Vendas 1.500,00

Depreciação 900,00

O inventário de mercadorias no fim do exercício acusou um estoque final de mercadorias de R$ 3.000,00.

Do resultado do exercício, a empresa destinou R$ 190,00 para imposto de renda e o restante para reservas de lucros.

Após a contabilização, a Demonstração do Resultado do Exercício

evidenciará um

a) Custo da mercadoria vendida de R$ 5.500,00. b) Lucro operacional bruto de R$ 3.700,00.

c) Lucro operacional líquido de R$ 2.200,00. d) Lucro líquido de exercício de R$ 410,00.

e) Lucro líquido de exercício de R$ 220,00.

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ATIVO PASSIVO

Circulante Circulante

TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO

DRE

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4. A Demonstração do Resultado do Exercício da empresa Gama

apresentava as seguintes contas e valores (em reais) em 31/12/2015:

Contas Valores

Receita Bruta de Vendas 12.000,00

Custo das Mercadorias Vendidas 6.500,00

ICMS sobre Vendas 2.200,00

Lucro na Venda de Imobilizado 1.100,00

Despesas Financeiras 900,00

Vendas Canceladas 800,00

DRE Valores

Receita Bruta

(-) Vendas Canceladas

(-) ICMS sobre vendas

(=) Receita Liquida

(-) CMV

(=) Lucro Bruto

(-) Despesas Operacionais

Despesa Financeiras

Outas receitas

(=) Lucro Operacional

Os valores, em reais, do Lucro Bruto e do Lucro Operacional,

respectivamente, são:

(A) 2.500,00 e 500,00 (B) 2.500,00 e 1.600,00

(C) 2.500,00 e 2.700 (D) 3.300,00 e 1.600,00

(E) 5.500,00 e 500,00

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5. Num determinado período do exercício social, a Companhia Comercial apresentou as seguintes informações:

Venda de Mercadorias 250.000,00 Compra de Mercadorias 80.000,00

Devolução de Vendas 10.000,00 Estoque Inicial Mercadorias 5.000,00

ICMS a Recuperar 14.400,00 Estoque Final Mercadorias 10.000,00

Abatimento sobre Vendas 6.000,00 ICMS a Recolher 43.200,00

A receita líquida da Companhia, em reais, no aludido período do exercício social, foi:

VENDAS DE MERCADORIAS

(-) Devoluções de vendas

(-) Abatimentos sobre Vendas

(-) ICMS a Recolher

(=) Receita Líquida

(A) 115.800,00 (B) 176.400,00 (C) 190.800,00 (D) 196.800,00 (E) 206.800,00

6. Considere os saldos abaixo:

Estoque Final – R$ 600,00 Compras – R$ 1.000,00

Estoque Inicial – R$ 9.000,00

Devolução de Compras – R$ 200,00

Sabendo-se que do total das vendas, correspondente a R$ 10.000,00, houve devoluções na ordem de R$ 250,00, pode-se dizer que foi

apurado:

(A) resultado nulo; (B) prejuízo de R$ 550,00

(C) lucro de R$ 550,00; (D) prejuízo de R$ 800,00;

(E) lucro de R$ 800,00.

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7. Na determinação da receita líquida de vendas:

(A) o Imposto de Renda deve ser deduzido; (B) devem ser deduzidos o IR, o ICMS e o IPI;

(C) devem ser deduzidos o ICMS e valores não pertencentes à empresa;

(D) o ICMS deve integrar a receita; (E) abatem-se os descontos condicionais

8. A firma Linhas de Comércio Ltda. tem no livro razão uma conta intitulada “Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa” com saldo

credor de R$ 9.000,00, oriundo do balanço patrimonial de 2015, mas que permanece inalterado ao final do exercício de 2016. No balanço

patrimonial, que será elaborado com data de 31.12.2016, a empresa deverá demonstrar as contas “Duplicatas a Receber” e “Clientes”, com

saldo devedor de R$ 350 mil e R$ 200 mil, respectivamente. Considerando-se que está comprovada a expectativa de perda provável

de 3% dos créditos a receber, a empresa deverá contabilizar uma

provisão. Este fato, aliado às outras informações constantes do enunciado, fará com que o lucro da empresa, referente ao exercício de

2016, seja reduzido no valor de:

a) R$ 7.500,00. b) R$ 9.000,00. c) R$ 16.290,00. d) R$ 16.500,00. e) R$ 25.500,00.

9. A empresa Modistas da Moda S/A, tem um histórico de perdas no

recebimento de seus créditos, por isto, não costuma negligenciar a utilização de provisão para riscos de crédito. Sob esse aspecto,

verificamos que do balanço patrimonial de 2014 constou a conta Provisão para Devedores Duvidosos com saldo de R$ 2.300,00.

Ao longo do exercício de 2015 foram comprovadas perdas efetivas no recebimento de créditos, no valor de R$ 1.100,00, e a estimativa de

perdas que se faz para 2016, monta a R$ 1.800,00.

Com base nessas informações, pode-se dizer que a empresa deverá lançar na Demonstração do Resultado do Exercício, relativa a 2015,

uma despesa provisionada para risco de crédito no montante de

a) R$ 3.000,00 b) R$ 2.900,00

c) R$ 1.800,00 d) R$ 1.100,00

e) R$ 600,00

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10. A demonstração do resultado do exercício (DRE) deve ser apresentada de forma dedutiva, a começar pelo detalhamento de

receitas, custos, despesas, ganhos e perdas, finalizando-se com a definição do resultado (lucro ou prejuízo) líquido do exercício, conta em

que se faz a distribuição ou a alocação do resultado. ( V ) ou ( F )

Lucro

Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer

participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto

sobre a Renda.

Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente

absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e

pela reserva legal, nessa ordem.

Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores

e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa

ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a

participação anteriormente calculada.

11. A Companhia Anuncia S/A apresentou as seguintes informações,

referentes ao exercício findo em 31/12/2015, em reais:

Prejuízo acumulado (exercício anterior) 700.000,00 Lucro antes do Imposto de renda 2.878.400,00

Imposto de renda normal 429.000,00 Imposto de renda adicional 262.000,00

CSLL 257.400,00

A companhia paga participações de 10% para cada um dos seguintes

beneficiários: (1) Administradores;

(2) Debêntures; (3) Empregados.

Considerando somente as informações acima, o lucro líquido do exercício, em reais, após as participações, foi e:

(A) 651.000,00 (B) 896.670,00 (C) 1.351.000,00

(D) 1.561.000,00 (E) 1.596.670,00

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DRE ($)

Lucro antes do Imposto de renda

CSLL

Imposto de renda normal

Imposto de renda adicional

Lucro Antes das Participações

Debenturistas

Empregados

Administradores

Lucro Líquido do Período

MEMÓRIA DE CÁLCULO

Base de Cálculo

(-) Compensação Prejuízo

(=) Base de Cálculo

Debenturistas – 10%

Base de Cálculo

Empregados – 10%

Base de Cálculo

Administradores – 10%

12. Informações parciais apresentadas, em reais, pela Companhia Percentual S.A. de capital fechado.

Exercício de 2014

Patrimônio Líquido 1.300.000,00

Capital Social 1.500.000,00 Prejuízo Acumulado (200.000,00)

Exercício de 2015

Lucro Operacional 1.000.000,00 Provisão para Imposto de Renda 201.000,00

Participações Estatutárias Administradores 10%

Empregados 10% Partes Beneficiárias 10%

Considerando-se exclusivamente as informações apresentadas pela

Companhia e as determinações da Lei Societária, o Lucro Líquido da Percentual, no exercício social de 2015, em reais, é

(A) 799.000,00 (B) 636.671,00 (C) 559.300,00 (D) 499.300,00 (E) 436.671,00

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DRE ($)

Lucro Operacional

Provisão para Imposto de Renda

Lucro Antes das Participações

Empregados

Administradores

Partes Beneficiárias

LUCRO LIQUIDO DO PERIODO

MEMÓRIA DE CÁLCULO

LAP

(-) Prejuízos

(=) Base de Cálculo

Empregados

Base de Cálculo

Administradores

Base de Cálculo

Partes Beneficiárias

13. Considere apenas as informações a seguir, da empresa Correta S/A,

fornecidas em 31 de dezembro de 2015.

Capital Social Realizado R$ 15.000,00 Lucro antes das participações R$ 65.000,00

Participações de Empregados 20% Participações de Administradores 10%

Participações de Debenturistas 10% Participações de Partes Beneficiárias 5%

Conforme dispõe a Lei 6.404/76 acerca da destinação do resultado do exercício, tem-se que o

Lucro antes das participações

Debenturistas

Empregados

Administradores

Partes beneficiárias

Lucro Líquido

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MEMÓRIA DE CÁLCULO

Lucro antes das participações

Debenturistas – 10%

Base de Cálculo

Empregados – 20%

Base de Cálculo

Administradores – 10%

Base de Cálculo

Partes beneficiárias -

(A) montante da participação dos administradores é R$ 5.200,00.

(B) montante da participação dos debenturistas é R$ 5.850,00. (C) valor a ser constituído de Reserva Legal é R$ 3.250,00.

(D) valor a ser constituído de Reserva Legal é superior a R$ 2.000,00 e está dentro do limite estabelecido na lei.

(E) valor do lucro líquido é R$ 42.120,00, pois a participação de partes

beneficiárias não é dedutível.

14. O prejuízo do exercício será absorvido:

(A) Conforme deliberado pela Assembleia Geral Ordinária;

(B) Lucros Acumulados, Reservas de Lucros e Reserva Legal, nesta ordem;

(C) Ações em Tesouraria, Lucros Acumulados e Dividendos a Distribuir; (D) Lucros Acumulados, Reserva de Lucros e Reserva de Capital;

(E) Pelos lucros não distribuídos.

15. No balancete de verificação final, antes do levantamento do

Balanço, em 31 dez. 2014, foram apuradas as seguintes informações,

relativas aos saldos das contas. Em reais

Capital Social 1.250.000,00

Reserva Legal 125.000,00

Reserva Estatutária 100.000,00

Lucros Acumulados 75.000,00

Total 1.550.000,00

No mesmo exercício social de 2014, na Demonstração do Resultado do Exercício, foi apurado o prejuízo de R$ 515.200,00.

No balanço encerrado em 2014, a Conta Prejuízo Acumulado deverá apresentar, em reais, o saldo devedor de:

(A) 215.200,00 (B) 315.200,00 (C) 340.200,00 (D) 440.200,00

(E) 515.200,00

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16. Em 2016, quando do encerramento do exercício social, uma Companhia de capital fechado apurou e evidenciou, na Demonstração

do Resultado do Exercício, um prejuízo de R$ 200.000,00. No levantamento do Balanço, antes do registro contábil da transferência do

prejuízo acima informado para a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, foi comprovada a existência do Patrimônio Líquido, em

reais, apresentado a seguir.

Capital Social 2.000.000,00 Reserva Legal 70.000,00

Reserva Estatutária 20.000,00

Retenção de Lucros 10.000,00

Sabe-se que: • o saldo inicial de lucros acumulados é 0 (zero);

• nenhum ajuste de exercício anterior foi feito; • não houve reversão de nenhuma reserva anteriormente constituída;

• não houve distribuição de dividendos fixos. O valor do prejuízo evidenciado no Balanço Patrimonial, na conta

Prejuízos Acumulados, depois de realizados todos os ajustes obrigatórios em tais situações é, em reais, de

(A) 200.000,00 (B) 190.000,00 (C) 180.000,00 (D) 170.000,00

(E) 100.000,00

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5 DESTINAÇÃO DO RESULTADO E DISTRIBUIÇÃO DE

DIVIDENDOS

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social

Capital Subscrito

Autorizado

A Subscrever (valor ainda não integralizado)

Reservas de Capital

Ágio na Emissão Ações

O produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição

Prêmio Recebido na Emissão de debêntures (revogado pela Lei 11.638/07)

Doações e Subvenções para investimentos (revogado pela Lei 11.638/07)

Ajuste de Avaliação Patrimonial

Reservas de Lucros

Reserva Legal

Reserva Estatutária

Reserva para Contingência

Reservas de Incentivos Fiscais (Incluída pela Lei 11.638/07)

Reservas de Lucros a Realizar

Reservas para Investimentos

Ações em tesouraria

Lucros ou Prejuízo Acumulados

TOTAL DO PAPTRIMÔNIO LÍQUIDO

Reservas de Lucros de acordo com a Lei 6.404/1976:

Reserva Legal – Art. 193 Reserva Estatutária – Art. 194 Reserva para Contingência – Art. 195

Reserva de Incentivos Fiscais – Art. 195-A – Introduzido pela Lei 11.638/2007

Retenção de Lucros – Art. 196 Reservas de Lucros a realizar – Art. 197

Reserva Especial para dividendos obrigatórios não distribuídos – Art. 202 § 5º

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Reservas e Dividendos

Reserva Legal

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão

aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da

reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital

social.

§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no

exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das

reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30%

(trinta por cento) do capital social.

§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do

capital social e somente poderá ser utilizada para compensar

prejuízos ou aumentar o capital.

Limite legal: Será destinado do lucro 5% para reserva legal, limitado a

20% do capital social.

Limite facultativo: a companhia poderá deixar de constituir a reserva

legal, quando a soma dessa reserva acrescida das reservas de capital

ultrapassarem a 30% do capital social.

Reserva Estatutária

Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:

I - indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade;

II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; e

III - estabeleça o limite máximo da reserva.

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No estatuto deverá indicar:

a) Sua finalidade (resgate de debêntures, aumento de capital,

amortização de ações, resgate de partes beneficiárias)

b) Critérios para determinar a parcela

c) Obedeça o limite máximo permitido pela legislação

Reserva de Contingência

Art. 195. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da

administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva

com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do

lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser

estimado.

§ 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da

perda prevista e justificar, com as razões de prudência que a

recomendem, a constituição da reserva.

§ 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir

as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a

perda.

Art. 195-A. A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de

administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do

lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais

para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do

dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei).

Tem por objetivo a equalização dos dividendos em virtude da

probabilidade de em períodos futuros a empresa reduzir sua

rentabilidade.

Essa reserva envolve incerteza em relação a perdas futuras que possam

causar a diminuição do resultado da companhia.

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A assembleia geral de acionista pode, por proposta dos órgãos da

administração, destinar parte do lucro para a formação dessa reserva,

com a finalidade de compensar, em exercícios futuros, a diminuição do

lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser

estimado, em virtude de:

√ Geadas, secas e enchentes

√ Paralisação das atividades devido a substituições anormais de

equipamentos

√ Desapropriação

√ Perspectivas de escassez de matéria-prima

Retenção de Lucros

Art. 196. A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos da

administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício

prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado.

§ 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a

justificação da retenção de lucros proposta, deverá compreender todas

as fontes de recursos e aplicações de capital, fixo ou circulante, e

poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de

execução, por prazo maior, de projeto de investimento.

§ 2o O orçamento poderá ser aprovado pela assembleia geral ordinária

que deliberar sobre o balanço do exercício e revisado anualmente,

quando tiver duração superior a um exercício social.

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Sua finalidade é a manutenção, no patrimônio da empresa, de parte do

lucro líquido, para que seja aplicado em projetos de investimentos.

A assembleia geral de acionista pode, por proposta dos órgãos da

administração, deliberar reter parte do lucro liquido do exercício

previsto no orçamento (plano de investimentos)

Não pode prejudicar a distribuição de dividendos conforme a reserva

estatutária.

Reserva de Lucros a Realizar

Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório,

calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela

realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia geral poderá, por

proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição

de reserva de lucros a realizar.

§ 1o Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do

lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores:

I - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial; e

II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou

contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de

realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte.

§ 2o A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada

para pagamento do dividendo obrigatório e, para efeito do inciso III

do art. 202, serão considerados como integrantes da reserva os lucros a

realizar de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados em

dinheiro.

Tem como finalidade evitar que a companhia pague dividendos sobre

lucros ainda não realizados financeiramente.

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Art. 198. A destinação dos lucros para constituição das reservas de que

trata o artigo 194 e a retenção nos termos do artigo 196 não poderão

ser aprovadas, em cada exercício, em prejuízo da distribuição do

dividendo obrigatório (artigo 202).

Limite das Reservas

Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para

contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não

poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembleia

deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento

do capital social ou na distribuição de dividendos.

Utilização das Reservas de Capital

Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas

para:

I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as

reservas de lucros (artigo 189, parágrafo único);

II - resgate, reembolso ou compra de ações;

III - resgate de partes beneficiárias;

IV - incorporação ao capital social;

V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa

vantagem lhes for assegurada (artigo 17, § 5º).

Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de

partes beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

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Dividendos

Art. 201. A companhia somente pode pagar dividendos à conta de lucro

líquido do exercício, de lucros acumulados e de reserva de lucros; e à

conta de reserva de capital, no caso das ações preferenciais de que

trata o § 5º do artigo 17.

§ 1º A distribuição de dividendos com inobservância do disposto neste

artigo implica responsabilidade solidária dos administradores e fiscais,

que deverão repor à caixa social a importância distribuída, sem prejuízo

da ação penal que no caso couber.

§ 2º Os acionistas não são obrigados a restituir os dividendos que em

boa-fé tenham recebido. Presume-se a má-fé quando os dividendos

forem distribuídos sem o levantamento do balanço ou em desacordo

com os resultados deste.

Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo

obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no

estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo

com as seguintes normas:

I – 50% - metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido

dos seguintes valores:

a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e

b) importância destinada à formação da reserva para contingências

(art. 195) e reversão da mesma reserva formada em exercícios

anteriores;

II - o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I

poderá ser limitado ao montante do lucro líquido do exercício que tiver

sido realizado, desde que a diferença seja registrada como reserva de

lucros a realizar (art. 197);

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III - os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando

realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios

subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado

após a realização.

§ 1º O estatuto poderá estabelecer o dividendo como porcentagem do

lucro ou do capital social, ou fixar outros critérios para determiná-lo,

desde que sejam regulados com precisão e minúcia e não sujeitem os

acionistas minoritários ao arbítrio dos órgãos de administração ou da

maioria.

§ 2o Quando o estatuto for omisso e a assembleia geral deliberar alterá-

lo para introduzir norma sobre a matéria, o dividendo obrigatório não

poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido

ajustado nos termos do inciso I deste artigo.

§ 3o A assembleia geral pode, desde que não haja oposição de qualquer

acionista presente, deliberar a distribuição de dividendo inferior ao

obrigatório, nos termos deste artigo, ou a retenção de todo o lucro

líquido, nas seguintes sociedades:

I - companhias abertas exclusivamente para a captação de recursos por

debêntures não conversíveis em ações;

II - companhias fechadas, exceto nas controladas por companhias

abertas que não se enquadrem na condição prevista no inciso I.

§ 4º O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercício

social em que os órgãos da administração informarem à assembleia

geral ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da

companhia. O conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer

sobre essa informação e, na companhia aberta, seus administradores

encaminharão à Comissão de Valores Mobiliários, dentro de 5 (cinco)

dias da realização da assembleia geral, exposição justificativa da

informação transmitida à assembleia.

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§ 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º

serão registrados como reserva especial e, se não absorvidos por

prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser pagos como

dividendo assim que o permitir a situação financeira da companhia.

§ 6o Os lucros não destinados nos termos dos arts. 193 a 197

deverão ser distribuídos como dividendos.

Art. 203. O disposto nos artigos 194 a 197, e 202, não prejudicará o

direito dos acionistas preferenciais de receber os dividendos fixos ou

mínimos a que tenham prioridade, inclusive os atrasados, se

cumulativos.

Antecipação dos Dividendos

Art. 204. A companhia que, por força de lei ou de disposição

estatutária, levantar balanço semestral, poderá declarar, por

deliberação dos órgãos de administração, se autorizados pelo estatuto,

dividendo à conta do lucro apurado nesse balanço.

§ 1º A companhia poderá, nos termos de disposição estatutária,

levantar balanço e distribuir dividendos em períodos menores, desde

que o total dos dividendos pagos em cada semestre do exercício social

não exceda o montante das reservas de capital de que trata o § 1º do

artigo 182.

§ 2º O estatuto poderá autorizar os órgãos de administração a declarar

dividendos intermediários, à conta de lucros acumulados ou de reservas

de lucros existentes no último balanço anual ou semestral.

Art. 205. A companhia pagará o dividendo de ações nominativas à

pessoa que, na data do ato de declaração do dividendo, estiver inscrita

como proprietária ou usufrutuária da ação.

§ 1º Os dividendos poderão ser pagos por cheque nominativo remetido

por via postal para o endereço comunicado pelo acionista à companhia,

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ou mediante crédito em conta-corrente bancária aberta em nome do

acionista.

§ 2º Os dividendos das ações em custódia bancária ou em depósito nos

termos dos artigos 41 e 43 serão pagos pela companhia à instituição

financeira depositária, que será responsável pela sua entrega aos

titulares das ações depositadas.

Prazo para pagamento dos Dividendos

§ 3º O dividendo deverá ser pago, salvo deliberação em contrário da

assembleia geral, no prazo de 60 (sessenta) dias da data em que for

declarado e, em qualquer caso, dentro do exercício social.

Ações Ordinárias

Art. 16. As ações ordinárias de companhia fechada poderão ser de

classes diversas, em função de:

I - conversibilidade em ações preferenciais;

II - exigência de nacionalidade brasileira do acionista; ou

III - direito de voto em separado para o preenchimento de determinados cargos de órgãos administrativos.

Parágrafo único. A alteração do estatuto na parte em que regula a

diversidade de classes, se não for expressamente prevista, e regulada,

requererá a concordância de todos os titulares das ações atingidas.

Ações Preferenciais

Art. 17. As preferências ou vantagens das ações preferenciais podem

consistir:

I - em prioridade na distribuição de dividendo, fixo ou mínimo;

II - em prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele; ou

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III - na acumulação das preferências e vantagens de que tratam os incisos I e II.

§ 1o Independentemente do direito de receber ou não o valor de

reembolso do capital com prêmio ou sem ele, as ações preferenciais

sem direito de voto ou com restrição ao exercício deste direito, somente

serão admitidas à negociação no mercado de valores mobiliários se a

elas for atribuída pelo menos uma das seguintes preferências ou

vantagens:

I - direito de participar do dividendo a ser distribuído, correspondente a,

pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido do exercício,

calculado na forma do art. 202, de acordo com o seguinte critério:

a) prioridade no recebimento dos dividendos mencionados neste inciso

correspondente a, no mínimo, 3% (três por cento) do valor do

patrimônio líquido da ação; e

b) direito de participar dos lucros distribuídos em igualdade de

condições com as ordinárias, depois de a estas assegurado dividendo

igual ao mínimo prioritário estabelecido em conformidade com a alínea

a; ou

II - direito ao recebimento de dividendo, por ação preferencial, pelo

menos 10% (dez por cento) maior do que o atribuído a cada ação

ordinária; ou

III - direito de serem incluídas na oferta pública de alienação de

controle, nas condições previstas no art. 254-A, assegurado o dividendo

pelo menos igual ao das ações ordinárias.

§ 2o Deverão constar do estatuto, com precisão e minúcia, outras

preferências ou vantagens que sejam atribuídas aos acionistas sem

direito a voto, ou com voto restrito, além das previstas neste artigo.

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§ 3o Os dividendos, ainda que fixos ou cumulativos, não poderão ser

distribuídos em prejuízo do capital social, salvo quando, em caso de

liquidação da companhia, essa vantagem tiver sido expressamente

assegurada.

§ 4o Salvo disposição em contrário no estatuto, o dividendo prioritário

não é cumulativo, a ação com dividendo fixo não participa dos lucros

remanescentes e a ação com dividendo mínimo participa dos lucros

distribuídos em igualdade de condições com as ordinárias, depois de a

estas assegurado dividendo igual ao mínimo.

§ 5o Salvo no caso de ações com dividendo fixo, o estatuto não pode

excluir ou restringir o direito das ações preferenciais de participar dos

aumentos de capital decorrentes da capitalização de reservas ou lucros

(art. 169).

§ 6o O estatuto pode conferir às ações preferenciais com prioridade na

distribuição de dividendo cumulativo, o direito de recebê-lo, no exercício

em que o lucro for insuficiente, à conta das reservas de capital de que

trata o § 1o do art. 182.

Redução do Capital Social - Art. 173. A assembleia geral poderá

deliberar a redução do capital social se houver perda, até o montante

dos prejuízos acumulados, ou se julgá-lo excessivo.

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Exercícios de Destinação do Resultado, Distribuição de Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio

1) Ao registrar a proposta de destinação dos resultados do exercício, o

setor de Contabilidade da empresa deverá contabilizar:

a) a formação da reserva legal, a débito da conta de Apuração do

Resultado do Exercício.

b) a formação da reserva legal, a crédito da conta de Lucros ou

Prejuízos Acumulados.

c) a distribuição de dividendos, a débito da conta de Lucros ou Prejuízos

Acumulados.

d) a distribuição de dividendos, a crédito de conta do Patrimônio

Líquido.

e) a distribuição de dividendos, a débito de conta do Passivo Circulante.

2. A Nova redação da Lei no 6.404/76, dada pela Lei no 11.638/07, estabelece as seguintes reservas de lucros:

I - Reserva Legal

II - Reserva Estatutária

III - Reserva para Contingências IV- Reserva de Incentivos Fiscais

V - Reserva de Lucros a Realizar VI - Retenção de Lucros

A Lei estabelece, igualmente, que o saldo das reservas de lucros não

poderá ultrapassar o capital social, EXCLUINDO desse total APENAS as reservas identificadas acima como:

(A) I, II e III (B) I, III e V (C) II, III e IV (D) III, IV e V

(E) IV, V e VI

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3. Quando o total das reservas de lucros, de acordo com o determinado pela Lei no 6.404/76, com nova redação dada pela Lei no 11.638/07,

atingir o limite do capital social, compete à Assembleia deliberar sobre a aplicação do excesso, somente, para

(A) aumento do capital social, pagamento de dividendos e investimento

em ativos imobiliários.

(B) aumento de capital social, integralização do capital social e investimento em participações societárias.

(C) integralização do capital social, pagamento de dividendos e aplicação em novos ativos.

(D) integralização de capital social, aumento do capital social e

pagamento de dividendos.

(E) integralização de capital social, aumento do capital social, pagamento de dividendos e investimento em novos ativos.

4. De acordo com o artigo 199 da Lei das Sociedades Anônimas, após alterações introduzidas pela Lei no 11.638/2007, o limite do saldo das

reservas de lucros, excetuando-se as reservas para contingências, incentivos fiscais e lucros a realizar, NÃO poderá ultrapassar o valor

do(a)

(A) Capital Autorizado.

(B) Capital a Realizar. (C) Capital Social.

(D) Ajuste de Variação Patrimonial. (E) Reserva Legal

5. A Companhia Irmãos Flores S/A apresentou as seguintes informações relativas ao exercício social encerrado em 31.12.2015:

Em reais

Capital Social Realizado 8.000.000,00

Patrimônio Líquido 10.800.000,00

Lucro Líquido do Exercício 1.600.000,00

Ações Ordinárias 600.000

Ações Preferenciais 400.000

Dividendos Propostos 480.000,00

Cotação Média das Ações 6,40

Considerando, exclusivamente, as informações recebidas, a representatividade de cada ação (valor patrimonial), em reais, é

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(A) 1,60 (B) 8,00 (C) 10,80 (D) 18,00 (E) 27,00

6. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da Empresa Lua

Cheia apresentava os seguintes saldos, em reais, no final do exercício de 2013:

Capital 1.000,00

Reserva de Ágio na emissão de Ações 100,00

Reserva Legal 200,00

Lucros Acumulados 300,00

Total 1.600,00

Ocorreram os seguintes fatos, com valores em reais, no exercício de 2014:

• Lucro Líquido do Exercício 400,00 • Ajuste Positivo de Exercícios Anteriores 40,00

Sabe-se que o estatuto da empresa define o pagamento de dividendos de 40% sobre o Lucro Líquido, após a destinação da reserva legal.

Considerando as regras definidas na Lei 6.404/76, afirma-se corretamente que o valor do Patrimônio Líquido da Empresa Lua Cheia,

no final do exercício de 2014, em reais, será:

(A) 1.851,00 (B) 1.864,00 (C) 1.868,00 (D) 1.880,00 (E) 1.888,00

7. As Reservas criadas para postergar o pagamento relativo a lucros

economicamente existentes, mas financeiramente não realizados, são chamadas de:

(A) Reservas de Lucros a Realizar;

(B) Reservas para Futuros Dividendos; (C) Reservas de Lucros Inflacionários;

(D) Reservas de Lucros Diferidos; (E) Reserva de Lucros Econômicos.

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8. A Cia. Moderna apresentou o seguinte resultado, em reais, no final do ano de 2015:

LUCRO OPERACIONAL 5.000,00

(+) Resultado Não Operacional 200,00

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 5.200,00

(-) Imposto de Renda (1.700,00)

LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 3.500,00

(-) Participações de Empregados nos Lucros (300,00)

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 3.200,00

A empresa tem saldo de prejuízos acumulados de R$ 100,00, referente

a prejuízo apurado no ano anterior. Assim, a Reserva Legal (5%) a ser calculada, conforme a legislação societária, em reais, é de:

(A) 155,00 (B) 160,00 (C) 175,00 (D) 250,00 (E) 260,00

9. Julgue os itens em certos ou errados:

a) A princípio todo resultado do exercício deve ser distribuído aos acionistas, a não ser que existam fortes razões para não fazê-lo.

Nesse caso, as razões para a retenção do lucro devem ser suficientes para justificar a não-distribuição, além de serem devidamente

evidenciadas em nota explicativa.

b) As parcelas do lucro destinadas à constituição de reservas, que podem decorrer de determinação legal ou estatutária, ou ainda de

proposta da administração, devem ser aprovadas pela Assembleia Geral e mostradas, em conjunto, na DLPA, sendo, nesse caso, dispensável a

divulgação de informações gerenciais, tais como as razões específicas

que justificaram a retenção.

c) A evidenciação do lucro por ação e do dividendo por ação é obrigatória por lei, bastando, para atender à norma, a exposição dos

valores calculados para esses itens, exclusiva e diretamente nas respectivas demonstrações financeiras, ou seja, na DRE e na DMPL ou

na DLPA.

10. Considere a seguinte situação hipotética

Uma empresa apresentava PL compostos das seguintes contas: capital

no valor de R$ 800.000,00; reserva legal R$ 160.000,00; reserva estatutária igual a R$ 27.000,00 e lucros acumulados no valor de R$

90.000,00. Após o IR e a CSLL, a empresa apurou um lucro de R$ 30.000,00.

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Nessa situação, a empresa deve destinar, obrigatoriamente, 5% do resultado do período para a reserva legal. (V) ou (F)?

11. O Art. 202, da Lei 6.404/76, diz: “Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a

parcela dos lucros estabelecida no estatuto”. Caso o estatuto da empresa seja omisso, os acionistas têm direito a um percentual

do lucro ajustado no montante de:

(A) 25% (B) 30% (C) 40% (D) 50% (E) 100%

12. O estatuto da Comercial S/A determina como pagamento de dividendos o percentual mínimo obrigatório. A empresa obteve um

Lucro Líquido do Exercício de $ 16.000, e decidiu constituir as seguintes Reservas: Legal, Contingência no valor de $ 3.000 e Estatutária em

10% do Lucro Líquido do Exercício.

O valor do Dividendo a Pagar evidenciado no Balanço Patrimonial dessa empresa será de:

(A) $ 8.000; (B) $ 6.100; (C) $ 5.300; (D) $ 3.050; (E) $ 2.650.

13. Determinada Companhia apurou um ganho na alienação de Ações

em Tesouraria. Este ganho será reconhecido contabilmente no

(A) Patrimônio Líquido, a débito da conta Reserva de Lucros.

(B) Patrimônio Líquido, a débito da conta Capital.

(C) Patrimônio Líquido, a crédito da conta Reserva de Capital.

(D) Resultado do Exercício, como receita não operacional.

(E) Resultado do Exercício, como receita operacional.

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14.Considere as informações a seguir, extraídas da contabilidade da Cia. Pérola.

Lucro Líquido do Exercício R$ 475.000,00

Reversão de Reserva de Contingência R$ 32.150,00 Valor destinado à Reserva Legal R$ 23.750,00

Sabendo-se que o estatuto social da Cia. Pérola é omisso em relação à

distribuição de dividendos e atendendo a legislação societária, o valor do dividendo obrigatório a ser distribuído pela Cia. Pérola, em reais,

será

(A) 209.550,00 (B) 225.625,00 (C) 237.500,00 (D) 241.700,00

(E) 265.450,00

15. Em relação ao Patrimônio Líquido, pode-se afirmar que:

(A) é composto pelo capital social, reservas, provisões técnicas e os

lucros acumulados;

(B) as reservas de contingências se destinam a dar cobertura a perdas ou despesas já incorridas e ainda não desembolsadas;

(C) as reservas de reavaliação compreendem as contrapartidas de

aumentos de valores atribuídos a elementos do passivo em virtude de

novas avaliações dos bens, com base em laudo aprovado pela assembleia geral;

(D) a utilização da reserva legal está restrita a aumentos do capital

social;

(E) as reservas de capital se caracterizam por valores recebidos pela companhia e que não transitam pelo resultado como receitas, por se

referirem a valores destinados a reforço de seu capital, sem terem como contrapartida qualquer esforço da empresa em termos de entrega

de bens ou de prestação de serviços.

16.A Cia. LWP possui seu capital formado, exclusivamente, por ações

ordinárias, e prevê, em seu Estatuto Social, a destinação integral do Lucro Líquido do Exercício. O referido Estatuto contempla, ainda, a

distribuição de dividendos obrigatórios de 25% do lucro líquido do exercício, ajustado conforme o art. 202 da Lei 6.404/76, com nova

redação introduzida pela Lei 10.303/01.

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Em 31/12/X1 a Cia. LWP apresentou um Lucro Líquido do Exercício de R$ 800,00. Integravam esse lucro a Receita de Equivalência

Patrimonial, no montante de R$ 500,00, e um lucro não realizado em vendas de longo prazo de R$ 170,00.

Sabendo que a Cia. LWP constituiu a Reserva de Lucros a Realizar pelo

limite permitido pela Lei 6.404/76, o montante do dividendo obrigatório a ser distribuído no exercício é de:

(A) R$ 90,00; (B) R$ 130,00 (C) R$ 65,00;

(D) R$ 190,00; (E) R$ 147,50.

17.Considere as seguintes informações extraídas da contabilidade da

Cia Moinho de Ouro, relativas ao exercício findo em 31.12.2015:

Lucro Líquido do Exercício 340.000,00 Resultado positivo na equivalência patrimonial 169.000,00

Lucro com realização financeira a ocorrer em 2018 13.000,00

Se o dividendo obrigatório da companhia, calculado de acordo com o disposto na Lei das Sociedades por Ações, for de R$ 166.000,00, ela

poderá constituir reserva de lucros a realizar no valor de, em R$

A) 1.000,00

B) 4.500,00 C) 8.000,00

D) 16.500,00 E) 21.000,00

18. A Cia. Comercial SST terminou o exercício social com lucro líquido de R$ 120.000,00, devendo constituir a reserva legal nos termos da lei,

para fins de elaboração de suas Demonstrações Financeiras.

O Patrimônio Líquido da referida empresa tem o valor de R$ 224.000,00

e é composto das seguintes contas:

Capital Social R$ 200.000,00 Capital a Integralizar R$ 50.000,00

Reservas de Capital R$ 21.000,00 Ajuste de Avaliação Patrimonial R$ 6.000,00

Reserva Legal R$ 35.000,00 Reservas Estatutárias R$ 1.000,00

Lucros Acumulados R$ 11.000,00

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Com base na situação supra descrita, a empresa deverá contabilizar na conta Reserva Legal:

a) R$ 6.000,00, pois deverá ser constituída com destinação de 5% do

lucro líquido do exercício. b) R$ 5.000,00, pois não deverá ultrapassar 20% do capital social.

c) R$ 4.000,00, pois somada às reservas de capital, não deverá ultrapassar 30% do capital social.

d) R$ 3.000,00, pois somada às outras reservas de lucro e às reservas de capital, não deverá ultrapassar 30% do capital social.

e) R$ 0,00, pois a reserva legal não deverá ultrapassar 20% do capital

social realizado.

19. A constituição da Reserva de Lucros a Realizar é facultativa e tem como objetivo evidenciar a parcela de lucros não realizada

financeiramente. São considerados lucros a realizar, para fins de constituição dessa reserva:

(A) as receitas não operacionais e os dividendos recebidos de

sociedades coligadas. (B) as receitas não operacionais e os ganhos de capital sobre alienação

de bens do ativo permanente, realizáveis até o término do exercício seguinte.

(C) I - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial; e II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de

ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte.

(D) os prêmios recebidos na emissão de debêntures e o produto de

alienação de partes beneficiárias. (E) os dividendos recebidos de sociedades coligadas e as reversões de

provisões para crédito de liquidação duvidosa.

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20. Quando da Realização da Reserva de Lucros a Realizar, esta deve ser revertida para:

a) lucros ou prejuízos acumulados, quando o evento realizar-se

economicamente. b) lucros ou prejuízos acumulados, quando o evento realizar-se

financeiramente. c) reserva de capital destinada diretamente para distribuição de

dividendos. d) resultado do exercício, quando o evento econômico realizar-se

financeiramente.

e) resultado do exercício, quando o evento financeiro realizar-se economicamente.

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76

JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO - Lei nº 9.249/95 art. 9º

Art. 9º A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos da apuração do

lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular,

sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio,

calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação,

pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP (Instrução

Normativa nº 1.700/2017 artigo 75) e calculados, exclusivamente,

sobre as seguintes contas do patrimônio líquido:

capital social;

reservas de capital;

reservas de lucros;

ações em tesouraria; e

prejuízos acumulados.

A Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP tem período de vigência de um

trimestre-calendário e é fixada pelo Conselho Monetário Nacional e

divulgada até o último dia útil do trimestre imediatamente anterior ao

de sua vigência.

Limite

O montante dos juros remuneratórios passível de dedução não poderá

exceder o maior entre os seguintes valores:

I – 50% (cinquenta por cento) do lucro líquido do exercício antes da

dedução dos juros, caso estes sejam contabilizados como despesa; ou

II – 50% (cinquenta por cento) do somatório dos lucros acumulados e

reservas de lucros.

O lucro será aquele apurado após a dedução da CSLL e antes da

dedução do IRPJ.

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A dedução dos juros sobre o capital próprio só poderá ser efetuada no

ano-calendário a que se referem os respectivos limites;

A utilização do valor creditado, líquido do imposto incidente na fonte,

para integralização de aumento de capital na empresa, não prejudica o

direito à dedução dos juros.

O valor dos juros pagos ou creditados pela pessoa jurídica, a título de

remuneração do capital próprio, poderá ser imputado ao valor dos

dividendos de que trata o art. 202 da Lei nº 6.404, de 1976, sem

prejuízo da incidência do IRRF.

Considera-se creditado individualizadamente o valor dos juros sobre o

capital próprio, quando a destinação, na escrituração contábil da pessoa

jurídica, for registrada em contrapartida a conta de passivo exigível,

representativa de direito de crédito do sócio ou acionista da sociedade

ou do titular da empresa individual, no ano-calendário da sua apuração.

Instrução Normativa nº 1.700

Dos Juros sobre o Capital Próprio

Art. 75. Para efeitos de apuração do lucro real e do resultado

ajustado a pessoa jurídica poderá deduzir os juros sobre o capital

próprio pagos ou creditados, individualizadamente, ao titular, aos sócios

ou aos acionistas, limitados à variação, pro rata die, da Taxa de Juros

de Longo Prazo (TJLP) e calculados, exclusivamente, sobre as seguintes

contas do patrimônio líquido:

I - capital social;

II - reservas de capital;

III - reservas de lucros;

IV - ações em tesouraria; e

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V - prejuízos acumulados.

§ 1º Para fins de cálculo da remuneração prevista neste artigo:

I - a conta capital social, prevista no inciso I do caput, inclui

todas as espécies de ações previstas no art. 15 da Lei nº 6.404, de

1976, ainda que classificadas em contas de passivo na escrituração

comercial da pessoa jurídica;

II - os instrumentos patrimoniais referentes às aquisições de

serviços nos termos do art. 161 somente serão considerados depois da

transferência definitiva da sua propriedade.

§ 2º O montante dos juros remuneratórios passível de dedução

nos termos do caput não poderá exceder o maior entre os seguintes

valores:

I - 50% (cinquenta por cento) do lucro líquido do exercício

antes da dedução dos juros, caso estes sejam contabilizados como

despesa; ou

II - 50% (cinquenta por cento) do somatório dos lucros

acumulados e reservas de lucros.

§ 3º Para efeitos do disposto no inciso I do § 2º, o lucro será

aquele apurado após a dedução da CSLL e antes da dedução do IRPJ.

§ 4º A dedução dos juros sobre o capital próprio só poderá ser

efetuada no ano-calendário a que se referem os limites de que tratam o

caput e o inciso I do § 2º.

§ 5º A utilização do valor creditado, líquido do imposto incidente

na fonte, para integralização de aumento de capital na empresa, não

prejudica o direito à dedução dos juros de que trata este artigo.

§ 6º O montante dos juros sobre o capital próprio passível de

dedução nos termos deste artigo poderá ser excluído na Parte A do e-

Lalur e do e-Lacs, desde que não registrado como despesa.

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§ 7º Os juros ficarão sujeitos à incidência do imposto sobre a

renda retido na fonte à alíquota de 15% (quinze por cento), na data do

pagamento ou crédito ao beneficiário.

§ 8º O imposto retido na fonte de que trata o § 7º:

I - no caso de beneficiário pessoa jurídica submetida ao regime

de tributação com base no lucro real, será considerado antecipação do

imposto devido no período de apuração ou poderá ser compensado com

o que houver retido por ocasião do pagamento ou crédito de juros, a

título de remuneração do capital próprio, a seu titular, sócios ou

acionistas;

II - no caso de beneficiário pessoa jurídica submetida ao regime

de tributação com base no lucro presumido ou com base no lucro

arbitrado será considerado antecipação do imposto devido no período

de apuração; e

III - no caso de beneficiário pessoa física ou pessoa jurídica não

tributada com base no lucro real, presumido ou arbitrado, inclusive

isenta do IRPJ, será considerado definitivo.

§ 9º O valor dos juros pagos ou creditados pela pessoa jurídica,

a título de remuneração do capital próprio, poderá ser imputado ao

valor dos dividendos de que trata o art. 202 da Lei nº 6.404, de 1976,

sem prejuízo da incidência do imposto de que trata o § 7º.

§ 10. Para efeitos do disposto no caput, considera-se creditado

individualizadamente o valor dos juros sobre o capital próprio, quando a

destinação, na escrituração contábil da pessoa jurídica, for registrada

em contrapartida a conta de passivo exigível, representativa de direito

de crédito do sócio ou acionista da sociedade ou do titular da empresa

individual, no ano-calendário da sua apuração.

Art. 76. Os juros sobre o capital próprio, inclusive quando

imputados aos dividendos, auferidos por beneficiário pessoa jurídica

submetida ao regime de tributação com base no lucro real e no

resultado ajustado, serão registrados em conta de receita financeira,

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observado o regime de competência, e integrarão o lucro real e o

resultado ajustado.

Parágrafo único. Alternativamente, a pessoa jurídica poderá

registrar os juros de que trata o caput em conta que não seja de receita

financeira e, nessa hipótese, caso a conta não seja de receita, o

montante dos juros sobre o capital próprio deverá ser adicionado na

Parte A do e-Lalur e do e-Lacs.

ICPC 08 R1

Juros sobre o capital próprio (JCP) 10. Os juros sobre o capital próprio

JCP são instituto criado pela legislação tributária, incorporado ao

ordenamento societário brasileiro por força da Lei 9.249/95. É prática

usual das sociedades distribuirem-nos aos seus acionistas e imputarem-

nos ao dividendo obrigatório, nos termos da legislação vigente. 11.

Assim, o tratamento contábil dado aos JCP deve, por analogia, seguir o

tratamento dado ao dividendo obrigatório. O valor de tributo retido na

fonte que a companhia, por obrigação da legislação tributária, deva

reter e recolher não pode ser considerado quando se imputam os JCP ao

dividendo obrigatório.

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Exercícios de Juros Sobre o Capital Próprio

1. Julgue os itens em certos ou errados

a) Mesmo mantendo uma situação líquida patrimonial negativa, não

há impedimento para aproveitar a dedutibilidade de juros sobre capital próprio para fins de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro

líquido, se a sociedade decidir pelo seu pagamento.

2.

Juros sobre capital próprio

Patrimônio líquido – valor médio anual R$ 500.000.000,00

TJLP média anual 10%

Reservas de lucros e lucros acumulados – média anual

R$ 150.000.000,00

Lucro líquido anual R$ 50.000.000,00

A respeito de juros sobre o capital próprio e considerando os elementos

apresentados no quadro acima, relativos a determinada empresa, julgue os itens seguintes.

a) Os juros sobre o capital próprio são considerados despesas

dedutíveis, dentro de certos limites, para fins de imposto de renda e

contribuição social sobre o lucro líquido, e podem ser imputados ao valor do dividendo devido pela empresa anualmente.

b) Um valor igual ou inferior a R$ 50.000.000,00 poderia ser

distribuído como juros sobre o capital próprio pela empresa cujos dados são apresentados no quadro acima.

c) Em uma companhia aberta, do ponto de vista contábil e societário,

os juros sobre capital próprio são vistos como despesas financeiras normais e afetam a demonstração do resultado anual.

d) Mesmo quando há lucros acumulados e reservas de lucros em

valores relevantes e suficientes, a empresa não pode distribuir juros sobre capital próprio com prejuízo no exercício do crédito ou da

distribuição.

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Art. 9º A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos da apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio,

calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP.

§ 1º O efetivo pagamento ou crédito dos juros fica condicionado à

existência de lucros, computados antes da dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior

ao valor de duas vezes os juros a serem pagos ou creditados. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 9.430, de 27/12/1996)

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6 DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS E

DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Conforme Art. 186, da Lei 6.404/1976, a demonstração de lucros ou

prejuízos acumulados discriminará:

I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a

correção monetária do saldo inicial;

II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;

III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros

incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.

§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas

os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da

retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que

não possam ser atribuídos a fatos subsequentes.

§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar

o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser

incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se

elaborada e publicada pela companhia.

A Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido é obrigatória para as

companhias abertas, por meio da Deliberação CVM nº 676 de

13/12/2011 – CPC 26(R1), que trata da Apresentação das

Demonstrações Contábeis.

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Diferença entre a DMPL e DLPA

DMPL

Evidencia toda movimentação ocorrida no patrimônio líquido

DLPA Evidencia apenas a movimentação ocorrida na conta Lucros ou

Prejuízos Acumulados.

Exemplos:

√ Aumento de capital social com incorporação de reservas de capital afeta a DMPL, mas não afeta a DLPA.

√ Aumento de capital social com incorporação de lucros acumulados: afeta a DMPL e a DLPA.

√ Aumento de capital social em dinheiro ou bens: afeta a DMPL, mas não afeta a DLPA.

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1) Com base nas informações abaixo, elabore a DMPL e DLPA.

Saldo em 31 de dezembro de 2014 R$

Capital Social Realizado 225.000

Ágio na Emissão de Ações 30.000

Reserva Legal 15.000

Reserva Estatutária 5.000

Reserva para Contingência 25.000

Lucros Acumulados 0

Total do PL 300.000

Eventos em 2015

Lucro Líquido do Exercício 100.000

Proposta da Administração para Distribuição do Lucro

Reserva Legal 5%

Reserva Estatutária 10%

Reserva para investimentos 35.000

Dividendos Propostos 50.000

Saldo em 31 de dezembro de 2015 350.000

Eventos em 2016

Reversão da Reserva de Contingência 20.000

Aumento de Capital Social:

Aporte de recursos pelos sócios 50.000

Ágio na emissão de ações 30.000

Lucro Líquido do Exercício 120.000

Proposta da Administração para Distribuição do Lucro

Reserva Legal 5%

Reserva Estatutária 10%

Reserva para Investimentos 42.000

Dividendos Propostos 80.000

Saldo em 31 de dezembro de 2016 440.000

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DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMONIO LIQUIDO

DATA

CAPITAL

SOCIAL RESERVAS DE CAPITAL AAP RESERVAS DE LUCROS

L/P

ACUMULADOS

TOTAL

PL

CM ÁGIO BONUS LEGAL ESTAT. CONTING. INCENTI

LUCROS A

REALIZ

RETENÇÃO/

INVESTIMENTO

Saldo 31/12/2014

Lucro Líquido

2015

Proposta

p/Distribuição

do Lucro

Legal

Estatutária

Investimento

Dividendos

SALDO EM

31/12/2015

Eventos

ocorrido em 2016

Reversão da

Reserva de

Contingência

Aumento de

CS

Aporte

Ágio

Lucro Líquido

Proposta de Distribuição

do Lucro

Legal

Estatutária

Investimento

Dividendos

SALDO EM

31/12/2016

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Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados

Saldo da Conta L/P Acumulados Valores

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88

2. A Cia. Sigma, em fase de elaboração de sua Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido correspondente ao exercício findo

em 31/12/2014, deparou-se com a seguinte situação, em reais:

Itens Capital

Social

Reserva de

Capital

Reservas de Lucros Lucro

Acumulado

Total PL

Legal Estatutária Contingência

Saldo 31/12/14 200.000 150.000 25.000 45.000 50.000 60.000 530.000

Aumento de Capital 100.000 (100.000) -

Reversão de Reservas (50.000) 50.000

Lucro Líquido 100.000 100.000

Transferências para Reservas

Dividendos Propostos

Saldo 31/12/15

A proposta da administração para distribuir o resultado do exercício é a

seguinte:

I – Reserva Legal 5% do valor do lucro do exercício

II - Reserva Estatutária 15% do valor do lucro do exercício III – Reserva para Contingência R$ 35.000,00

IV – Dividendos Propostos 25% do lucro líquido ajustado

Com base nesses dados, o saldo da coluna Total, na Demonstração das

Mutações do Patrimônio Líquido, que corresponde ao saldo do grupo

“Patrimônio Líquido”, após a elaboração da aludida Demonstração, em reais, é de:

a) 560.000,00 b) 575.000,00 c) 615.000,00 d) 602.500,00

e) 700.000,00

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3. Informação parcial da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da Cia. Gama S/A, referente aos saldos finais apresentados no

grupo do Patrimônio Líquido, no Balanço de 31/12/15.

Capital Reserva de Capital

Reservas de lucros Lucro/Prejuízos Acumulado

Total PL

Legal Estatutária Contingência

Saldo em 31/12/2015

2.000.000

1.050.000

200.000

250.000

150.000

15.000

3.665.000

Eventos em 2016

Aumento Capital

Reversão Reserva

LL exercício

Proposta de Distribuição do Lucro

Dividendos

Saldo em 31/12/2016

Durante o exercício de 2016 ocorreram as seguintes situações:

• aumento de capital proveniente de transferência de reservas de

capital no valor de R$ 500.000,00 e aporte de capital por parte dos sócios de R$ 500.000,00;

• Reversão de reserva de contingência estabelecida em função de

perdas possíveis em matéria-prima que efetivamente ocorreram no exercício de 2015 no valor de R$ 100.000,00;

• Lucro Líquido do exercício no montante de R$ 300.000,00;

Distribuição de lucros em forma de reserva:

• Reserva legal = percentual determinado pela lei • Reserva estatutária = 120.000,00

• Reserva para contingência = 80% do valor da reserva revertida • proposta para dividendos = R$ 0,08 por ação.

Sabendo-se que a Cia. Gama S/A só possui ações ordinárias, cujo valor

nominal em 31/12/16 era de R$ 1,20, o saldo da coluna Lucros ou Prejuízos Acumulados, em 31/12/16, considerando exclusivamente as

informações recebidas, em reais, é

(A) 15.000,00 (B) 0,00 (C) 35.000,00 (D) 40.000,00

(E) 115.000,00

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7 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Art. 176 da Lei 6.404/1976 determina que ao fim de cada exercício

social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da

companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão

exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as

mutações ocorridas no exercício: (...) IV – demonstração do fluxo de

caixa.

§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço,

inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à

elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.

Deliberação CVM nº 641 de 07/10/2010 - Pronunciamento Técnico CPC

03 (R2) do Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as

demais demonstrações contábeis, proporciona informações que

permitem que os usuários avaliem as mudanças nos ativos líquidos da

entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e

sua capacidade para mudar os montantes e a época de ocorrência dos

fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e

oportunidades.

Definições aplicadas ao tema:

Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancário

disponíveis.

Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de

alta liquidez, que são prontamente conversíveis em montante

conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de

mudança de valor.

Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de

caixa.

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Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de

receita da entidade e outras atividades que não são de investimento e

tampouco de financiamento.

Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda

de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos

equivalentes de caixa.

Atividades de financiamento são aquelas que resultam em

mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no capital

de terceiros da entidade.

Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a

compromissos de caixa de curto prazo e, não, para investimento ou

outros propósitos.

Para que um investimento seja qualificado como equivalente de caixa,

ele precisa ter conversibilidade imediata em montante conhecido de

caixa e estar sujeito a um insignificante risco de mudança de valor.

Portanto, um investimento normalmente qualifica-se como equivalente

de caixa somente quando tem vencimento de curto prazo, por exemplo,

três meses ou menos, a contar da data da aquisição.

Os investimentos em instrumentos patrimoniais (de patrimônio líquido)

não estão contemplados no conceito de equivalentes de caixa, a menos

que eles sejam, substancialmente, equivalentes de caixa, como, por

exemplo, no caso de ações preferenciais resgatáveis que tenham prazo

definido de resgate e cujo prazo atenda à definição de curto prazo.

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Empréstimos bancários são geralmente considerados como atividades

de financiamento. Entretanto, saldos bancários a descoberto,

decorrentes de empréstimos obtidos por meio de instrumentos como

cheques especiais ou contas correntes garantidas que são liquidadas em

curto lapso temporal compõem parte integral da gestão de caixa da

entidade. Nessas circunstâncias, saldos bancários a descoberto são

incluídos como componente de caixa e equivalentes de caixa. Uma

característica desses arranjos oferecidos pelos bancos é que

frequentemente os saldos flutuam de devedor para credor.

A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa

do período classificados por atividades operacionais, de investimento e

de financiamento.

A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa advindos das

atividades operacionais, de investimento e de financiamento da forma

que seja mais apropriada aos seus negócios. A classificação por

atividade proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o

impacto de tais atividades sobre a posição financeira da entidade e o

montante de seu caixa e equivalentes de caixa. Essas informações

podem ser usadas também para avaliar a relação entre essas

atividades.

Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais

de uma atividade. Por exemplo, quando o desembolso de caixa para

pagamento de empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a

parte dos juros pode ser classificada como atividade operacional, mas a

parte do principal deve ser classificada como atividade de

financiamento.

Atividades Operacionais

Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são

basicamente derivados das principais atividades geradoras de receita

da entidade. Portanto, eles geralmente resultam de transações e de

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outros eventos que entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo.

Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais

são:

recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação

de serviços;

recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários,

comissões e outras receitas;

pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;

pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;

recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice;

pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a

menos que possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e

recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para

negociação imediata ou disponíveis para venda futura.

Algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem

resultar em ganho ou perda, que é incluído na apuração do lucro líquido

ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de

caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto,

pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos

mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos,

conforme descrito no item 68A do Pronunciamento Técnico CPC 27 -

Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades

operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes

de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais.

Atividades de investimento

A divulgação em separado dos fluxos de caixa advindos das atividades

de investimento é importante em função de tais fluxos de caixa

representarem a extensão em que os dispêndios de recursos são feitos

pela entidade com a finalidade de gerar lucros e fluxos de caixa no

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futuro. Somente desembolsos que resultam em ativo reconhecido nas

demonstrações contábeis são passíveis de classificação como atividades

de investimento. Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades

de investimento são:

(a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado,

intangíveis e outros ativos de longo prazo. Esses pagamentos incluem

aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados e aos

ativos imobilizados de construção própria;

(b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado,

intangíveis e outros ativos de longo prazo;

(c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais

ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações

societárias em Ls (exceto aqueles pagamentos referentes a títulos

considerados como equivalentes de caixa ou aqueles mantidos para

negociação imediata ou futura);

(d) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos

patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades e

participações societárias em joint ventures (exceto aqueles

recebimentos referentes aos títulos considerados como equivalentes de

caixa e aqueles mantidos para negociação imediata ou futura);

(e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto

aqueles adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira);

(f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou

amortização de empréstimos concedidos a terceiros (exceto aqueles

adiantamentos e empréstimos de instituição financeira);

(g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e

swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação

imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados como

atividades de financiamento; e

(h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e

swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação

imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados como

atividades de financiamento.

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Quando um contrato for contabilizado como proteção (hedge) de

posição identificável, os fluxos de caixa do contrato devem ser

classificados do mesmo modo como foram classificados os fluxos de

caixa da posição que estiver sendo protegida.

Atividades de financiamento

A divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das atividades de

financiamento é importante por ser útil na predição de exigências de

fluxos futuros de caixa por parte de fornecedores de capital à entidade.

Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento

são:

(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos

patrimoniais;

(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade;

(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas

promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos;

(d) amortização de empréstimos e financiamentos; e

(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento mercantil financeiro.

Apresentação dos fluxos de caixa das atividades operacionais

A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades operacionais, usando alternativamente:

(a) o método direto, segundo o qual as principais classes de

recebimentos brutos e pagamentos brutos são divulgadas; ou

(b) o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efeitos de transações que não envolvem caixa, pelos

efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por competência

sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa

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associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento.

Juros, Dividendos e Juros

Sobre Capital Próprio

Classificação

Os juros pagos e recebidos

Dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos

pPodem ser classificados como fluxos de caixa operacionais, porque eles

entram na determinação do lucro

líquido ou prejuízo.

Aalternativamente

Os juros pagos

e os juros os dividendos e

os juros sobre o capital próprio recebidos

PPodem ser classificados,

respectivamente, como fluxos de caixa de financiamento e fluxos de

caixa de investimento, porque são custos de obtenção de recursos

financeiros ou retornos sobre investimentos.

,

Os dividendos e os juros

sobre o capital próprio pagos pPodem ser classificados como fluxo

de caixa de financiamento porque são custos da obtenção de recursos

financeiros.

Aalternativamente

Os dividendos e os juros

sobre o capital próprio pagos pPodem ser classificados como

componente dos fluxos de caixa das atividades operacionais, a fim de

auxiliar os usuários a determinar a capacidade de a entidade pagar

dividendos e juros sobre o capital próprio utilizando os fluxos de caixa

operacionais.

A CVM encoraja fortemente CClassificação

Os juros, recebidos ou pagos.

E os dividendos e juros sobre o capital próprio

recebidos.

CComo fluxos de caixa das atividades operacionais.

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Os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos.

CComo fluxos de caixa das atividades de financiamento.

Exercício Sobre Fluxo de Caixa

1. Elabore a Demonstração do Fluxo de Caixa pelo método Direto

e Indireto.

Balanço Patrimonial

CONTAS 31/12/2015 31/12/2016 VARIAÇÃO

Caixa e Equivalentes de

Caixa

31.000 39.100 8.100

Duplicatas a Receber 10.000 15.000 5.000

Estoques 4.000 1.000 (3.000)

Imobilizado 15.000 15.000

Depreciação Acumulada (1.000) (2.000) 1.000

TOTAL ATIVO 59.000 68.100

Fornecedores 12.000 20.000 8.000

Salário a Pagar 3.000 4.000 1.000

Encargos Sociais 2.000 5.000 3.000

Dividendos 3.000 4.000 1.000

Empréstimo 18.000 13.000 5.000

Capital 20.000 20.000

Lucros Acumulados 1.000 2.100 1.100

TOTAL DO PASSIVO 59.000 68.100

Demonstração do Resultado do Exercício em 2016

Venda 55.000

CMV (29.000)

Lucro Bruto 26.000

Despesas com salários (9.000)

Encargos sociais (8.000)

Outras despesas (3.000)

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Depreciação (1.000)

Receitas financeiras 500

Despesas financeiras (400)

Lucro Líquido 5.100

Fluxo de Caixa - Método Direto – Ano 2016

-

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Fluxo de Caixa - Método Indireto – Ano 2016

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2. A nova redação da Lei Societária extinguiu a Demonstração de

Origens e Aplicações de Recursos e criou a Demonstração dos Fluxos de Caixa.

A legislação estabeleceu, igualmente, que a Demonstração dos Fluxos

de Caixa deve segregar as alterações de caixa e equivalentes de caixa em três fluxos: 1 - das operações; 2 - dos financiamentos; e 3 - dos

investimentos.

Um exemplo da atividade de financiamento é o recebimento de

(A) integralização do capital social

(B) receitas financeiras

(C) venda de ativos intangíveis

(D) venda de ativos imobilizados

(E) dividendos de sociedades investida

3. Analise as informações a seguir, em reais, dadas pela Companhia Financeira S/A.

Aumento de capital 25.000,00

Compras de Imobilizado 15.000,00

Despesas pagas Antecipadamente 5.000,00

Distribuição de Dividendos 14.000,00

Duplicatas Descontadas 20.000,00

Pagamento a Fornecedores 104.000,00

Recebimento de Clientes 180.000,00

Venda de Imobilizado 40.000,00

Na Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), feita pelo método direto, o

caixa líquido gerado pelas atividades operacionais, em reais, é de:

a) 11.000,00 b) 25.000,00 c) 76.000,00 d) 91.000,00

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a) 96.000,00

4. A Demonstração do Fluxo de Caixa apresenta as variações que ocorreram no disponível em um determinado período.

Uma transação que aumenta o saldo de Caixa (disponível) é

(A) compras à vista (B) venda de itens do ativo não circulante

(C) provisão para devedores duvidosos (D) aquisição de um bem para o imobilizado

(E) acréscimo de um ativo avaliado pelo método de equivalência patrimonial

5. A elaboração da demonstração do fluxo de caixa das atividades operacionais pode ser divulgada, utilizando o método direto ou indireto.

Pelo método indireto, o fluxo de caixa das operações é derivado a partir

do(a)

(A) lucro líquido ou prejuízo do exercício

(B) lucro bruto do exercício (C) saldo anterior do ativo

(D) receita líquida do exercício (E) receita bruta do exercício

6. Considere as informações apresentadas pela Cia. Energética em 31 dez. 2014, em reais:

Custo das Mercadorias Vendidas 5.700,00

Estoque no início do exercício 2.800,00

Estoque final 2.200,00

Saldo inicial de Fornecedores 1.600,00

Saldo final d Fornecedores 1.900,00

Elaborando a Demonstração do Fluxo de Caixa pelo método direto, o

valor pago a fornecedores de mercadorias, em reais, foi:

(A) 4.800,00 (B) 5.100,00 (C) 5.400,00 (D) 5.700,00

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(E) 6.000,00

7. A Cia. União é uma empresa comercial e apresentava os seguintes

dados, em reais, em 2014:

. Saldo inicial de Estoque 350,00

. Saldo final de Estoques 500,00

. Saldo inicial de Fornecedores 450,00

. Saldo final de Fornecedores 500,00

. Receita Bruta de Vendas 2.800,00

. Lucro Bruto 700,00

. Devoluções de Vendas 250,00

Considerando apenas estas informações, pode-se afirmar que as compras desembolsadas no ano, informadas na Demonstração do Fluxo

de Caixa pelo método direto, atingiram, em reais:

(A) 1.850,00 (B) 1.950,00 (C) 2.100,00 (D) 2.200,00

(E) 2.650,00

8. Considere os dados abaixo para a elaboração da Demonstração do

Fluxo de Caixa, em reais, de uma determinada empresa. Examinando

os dados apresentados, conclui-se que o caixa líquido consumido nas

atividades operacionais da empresa, em reais, pelo Método Indireto,

será

Lucro Líquido do Exercício 12.000,00

Resultado positivo de Participações em Controladas (MEP) 1.500,00

Despesa com Depreciação no Período 800,00

Ganho na venda de Imobilizado 1.000,00

Redução do saldo da conta Duplicatas a Receber 3.000,00

Aumento do saldo da conta Estoques 1.200,00

Aumento do saldo da conta Adiantamento de Clientes 500,00

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Redução do saldo da conta Fornecedores 1.100,00

Aumento do saldo da conta de Impostos a Pagar 900,00

Examinando os dados apresentados, conclui-se que o caixa líquido

consumido nas atividades operacionais da empresa, em reais, pelo

Método Indireto, será:

FLUXO DE CAIXA PELO METODO INDIRETO

ATIVIDADES OPERACIONAIS R$

(A) 8.200,00 (B) 11.400,00 (C) 12.400,00 (D) 13.800,00

(E) 14.400,00

9. A Cia. Bacias Petrolíferas S/A apresentou, em reais, seus

Balanços Patrimoniais, a saber:

ATIVO 2014 2015 PASSIVO 2014 2015

Caixa 30.000 100.000 Fornecedores 120.000 180.000

Bancos 180.000 240.000 Impostos a Pagar 125.000 175.000

DR / Clientes 165.000 260.000 Salários a Pagar 90.000 100.000

Estoques 180.000 250.000 Dividendos a Pagar 150.000 175.000

Ativo Circulante 555.000 850.000 Passivo Circulante 485.000 630.000

Contas a Receber 200.000 200.000 Empréstimos a Pagar 250.000 200.000

Realizável LP 200.000 200.000 Exigível LP 250.000 200.000

Coligadas 600.000 750.000 Capital Social 1.800.000 2.600.000

Imobilizado Líquido 2.100.000 2.550.000 Reserva de Capital / Ágio 200.000 200.000

Intangível Líquido 200.000 250.000 Reserva Legal 170.000 196.250

Reserva Estatutária 150.000 202.500

Reserva Contingência 150.000 100.000

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Lucros Acumulados 450.000 471.250

Ativo Permanente 2.900.000 3.550.000 Patrimônio Líquido 2.920.000 3.770.000

TOTAL ATIVO 3.655.000 4.600.000 TOTAL PASSIVO 3.655.000 4.600.000

Informações adicionais referentes ao exercício de 2015, já inclusas nos

respectivos balanços, em reais. Despesa de Depreciação: 280.000,00

Despesa de Amortização do Intangível: 100.000,00

Resultado do Método de Equivalência Patrimonial (positivo):

50.000,00

Aumento de Capital, como segue:

_ Transferência de Lucros Acumulados 300.000,00

_ Aporte de Recursos Novos 500.000,00

Reversão de Reservas de Contingências 100.000,00

Lucro Líquido do Exercício 525.000,00

Proposta da Diretoria para Distribuição do Lucro Líquido

_ Reserva Legal 26.250,00

_ Reserva Estatutária 52.500,00

_ Reserva para Contingência 50.000,00

_ Dividendos 175.000,00

Com base nas informações acima, pode-se dizer que a empresa apurou:

a) Pelas Atividades Operacionais R$ 800.000,00 b) Pelas Atividades de Investimentos R$ 710.000

c) Pelas Atividades de Financiamentos R$ 175.000 d) Pelas Atividades de Investimentos R$ 980.000

e) Nenhuma das respostas anteriores

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FLUXO DE CAIXA PELO METODO INDIRETO

ATIVIDADES OPERACIONAIS R$

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106

10. Considere os seguintes dados para responder às questões

abaixo:

Balanço Patrimonial da Cia. Americana

ATIVO 31/12/X2 31/12/X3 Caixa e Bancos 15.000 25.000

AF Liquidez imediata 80.000 14.000

Clientes 200.000 250.000 (-) Prov. Para Devedores Duvidosos (6.000) (6.300) Estoques 400.000 320.000 Seguros a Vencer 20.000 20.000 Participações Societárias 10.000 20.000 Máquinas (REAVALIADO) 90.000 140.000 Depreciação Acumulada (20.000) (35.000) Terrenos 10.000 15.000

Total do Ativo 799.000 762.700

PASSIVO 31/12/X2

1222222222222222

222222

31/12/X3 Fornecedores 100.000 70.000 Provisão para Imposto de Renda 20.000 15.000 Salários a Pagar 40.000 57.000 Contas a Pagar 50.000 60.000 Empréstimo de Longo Prazo 125.000 50.000 Capital 300.000 350.000 Reservas de Reavaliação - 10.000 Lucros Acumulados 164.000 150.700 Total do Passivo 799.000 762.700

Demonstração do Resultado do Exercício, em 31/12/X3

Contas R$

Vendas 500.000 CMV (3 80.000) Lucro Bruto 120.000 Despesas de Salários (60.000) Depreciação (15.000) Despesas Financeiras (10.000) Provisão para Devedores Duvidosos (6.300) Reversão de P. p/ Devedores Duvidosos 6.000 Despesas Gerais (18.000) Receitas Financeiras 5.000 Ganhos com Equivalência Patrimonial 5.000 Lucro Antes do IR/CS 26.700 Provisão para Imposto de Renda (15.000) Lucro Líquido 11.700

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Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido

Reservas Capital Lucros

Acumulados

TOTAL

Saldo em 31/12/X2 0 300.000 164.000 464.000

Reserva de

Reavaliação

10.000

10.000

Aumento de Capital 50.000 50.000

Lucro Líquido 11.700 11.700

Dividendos Pagos (25.000) (25.000)

Saldo em 31/12/X3 10.000 350.000 150.700 510.700

Outras informações: (1) foram pagos R$ 25.000,00 de dividendos, sendo uma parte referente ao ano de 20X2 que estava sem destinação;

(2) as despesas financeiras foram pagas; (3) as aplicações financeiras são resgatáveis em 30 dias; (4) todas as operações de venda e compra

de mercadorias foram realizadas a prazo. (5) As receitas financeiras foram recebidas.

Com base nas informações disponibilizadas, elabore o fluxo de caixa

pelo método indireto.

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FLUXO DE CAIXA PELO METODO INDIRETO

R$

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11. De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade e conforme o Pronunciamento Técnico – CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de

Caixa, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, constantes na Deliberação CVM 547/08 e na Resolução do CFC n.º 1.125/08, a

entidade deve divulgar os fluxos de caixa das atividades operacionais, usando:

( )_O método indireto, segundo o qual as principais classes de

recebimentos brutos e pagamentos brutos são divulgadas.

( F)_O método direto, segundo o qual o lucro líquido ou prejuízo é ajustado pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou outras apropriações

por competência sobre recebimentos ou pagamentos operacionais

passados ou futuros.

( )_O método direto, segundo o qual o lucro líquido ou prejuízo é ajustado pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com

fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento.

A) V, V, F. B) V, V, V. C) F, V, V. D) F, F, F. E) F, F, V.

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8 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Art. 176 da Lei 6.404 determina que ao fim de cada exercício social, a

diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da

companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão

exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as

mutações ocorridas no exercício: (...) V – se companhia aberta,

demonstração do valor adicionado.

Deliberação CVM Nº 557, de 12/11/2008 – CPC 09

A entidade deve elaborar a DVA e apresentá-la como parte integrante

das suas demonstrações contábeis divulgadas ao final de cada

exercício social.

A elaboração da DVA consolidada deve basear-se nas demonstrações

consolidadas e evidenciar a participação dos sócios não controladores

conforme o modelo anexo.

A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis

informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinado

período e a forma como tais riquezas foram distribuídas.

Definições Aplicadas ao Tema

Valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de forma

geral medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos

adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado recebido em

transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade.

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Receita de venda de mercadorias, produtos e serviços representa os

valores reconhecidos na contabilidade a esse título pelo regime de

competência e incluídos na demonstração do resultado do período.

Outras receitas representam os valores que sejam oriundos,

principalmente, de baixas por alienação de ativos não circulantes, tais

como resultados na venda de imobilizado, de investimentos, e outras

transações incluídas na demonstração do resultado do exercício que não

configuram reconhecimento de transferência à entidade de riqueza

criada por outras entidades.

Diferentemente dos critérios contábeis, também incluem valores que

não transitam pela demonstração do resultado, como, por exemplo,

aqueles relativos à construção de ativos para uso próprio da entidade

(conforme item 19) e aos juros pagos ou creditados que tenham sido

incorporados aos valores dos ativos de longo prazo (normalmente,

imobilizados).

No caso de estoques de longa maturação, os juros a eles incorporados

deverão ser destacados como distribuição da riqueza no momento em

que os respectivos estoques forem baixados; dessa forma, não há que

se considerar esse valor como outras receitas.

Insumo adquirido de terceiros representa os valores relativos às

aquisições de matérias-primas, mercadorias, materiais, energia,

serviços, etc. que tenham sido transformados em despesas do período.

Enquanto permanecerem nos estoques, não compõem a formação da

riqueza criada e distribuída.

Depreciação, amortização e exaustão representam os valores

reconhecidos no período e normalmente utilizados para conciliação

entre o fluxo de caixa das atividades operacionais e o resultado líquido

do exercício.

Valor adicionado recebido em transferência representa a riqueza que

não tenha sido criada pela própria entidade, e sim por terceiros, e que a

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ela é transferida, como por exemplo receitas financeiras, de

equivalência patrimonial, dividendos, aluguel, royalties, etc. Precisa

ficar destacado, inclusive para evitar dupla-contagem em certas

agregações.

Características das informações da DVA

A DVA está fundamentada em conceitos macroeconômicos,

buscando apresentar, eliminados os valores que representam dupla-

contagem (CMV/CPC), a parcela de contribuição que a entidade tem na

formação do Produto Interno Bruto (PIB). Essa demonstração

apresenta o quanto a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos

de terceiros e que são vendidos ou consumidos durante determinado

período.

Para os investidores e outros usuários, essa demonstração proporciona

o conhecimento de informações de natureza econômica e social e

oferece a possibilidade de melhor avaliação das atividades da entidade

dentro da sociedade na qual está inserida.

Riqueza criada pela própria entidade

A DVA, em sua primeira parte, deve apresentar de forma detalhada a

riqueza criada pela entidade. Os principais componentes da riqueza

criada estão apresentados a seguir nos seguintes itens:

Receitas

Venda de mercadorias, produtos e serviços - inclui os valores dos

tributos incidentes sobre essas receitas (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e

COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento bruto,

mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos estejam

fora do cômputo dessas receitas.

Outras receitas - da mesma forma que o item anterior, inclui os

tributos incidentes sobre essas receitas.

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Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Constituição/Reversão -

inclui os valores relativos à constituição e reversão dessa provisão.

Insumos adquiridos de terceiros

Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos - inclui os

valores das matérias-primas adquiridas junto a terceiros e contidas no

custo do produto vendido, das mercadorias e dos serviços vendidos

adquiridos de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio.

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros - inclui valores

relativos às despesas originadas da utilização desses bens, utilidades e

serviços adquiridos junto a terceiros.

Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos,

materiais, serviços, energi,a etc. consumidos, devem ser

considerados os tributos incluídos no momento das compras

(por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), recuperáveis ou não.

Esse procedimento é diferente das práticas utilizadas na

demonstração do resultado.

Perda e recuperação de valores ativos - inclui valores relativos a

ajustes por avaliação a valor de mercado de estoques, imobilizados,

investimentos, etc. Também devem ser incluídos os valores

reconhecidos no resultado do período, tanto na constituição quanto na

reversão de provisão para perdas por desvalorização de ativos,

conforme aplicação do CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de

Ativos (se no período o valor líquido for positivo, deve ser somado).

Depreciação, amortização e exaustão - inclui a despesa ou o custo

contabilizados no período.

Valor adicionado recebido em transferência

Resultado de equivalência patrimonial - o resultado da equivalência

pode representar receita ou despesa; se despesa, deve ser considerado

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como redução ou valor negativo.

Receitas financeiras - inclui todas as receitas financeiras, inclusive as

variações cambiais ativas, independentemente de sua origem.

Outras receitas - inclui os dividendos relativos a investimentos

avaliados ao custo, aluguéis, direitos de franquia, etc.

Distribuição da riqueza

A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a

riqueza obtida pela entidade foi distribuída. Os principais componentes

dessa distribuição estão apresentados a seguir:

Pessoal – valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na

forma de:

Remuneração direta - representada pelos valores relativos a

salários, 13º salário, honorários da administração (inclusive os

pagamentos baseados em ações), férias, comissões, horas

extras, participação de empregados nos resultados, etc.

Benefícios - representados pelos valores relativos a assistência

médica, alimentação, transporte, planos de aposentadoria etc.

FGTS – representado pelos valores depositados em conta

vinculada dos empregados.

Impostos, taxas e contribuições - valores relativos ao imposto de

renda, contribuição social sobre o lucro, contribuições aos INSS

(incluídos aqui os valores do Seguro de Acidentes do Trabalho) que

sejam ônus do empregador, bem como os demais impostos e

contribuições a que a empresa esteja sujeita. Para os impostos

compensáveis, tais como ICMS, IPI, PIS e COFINS, devem ser

considerados apenas os valores devidos ou já recolhidos, e

representam a diferença entre os impostos e contribuições incidentes

sobre as receitas e os respectivos valores incidentes sobre os itens

considerados como “insumos adquiridos de terceiros”.

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Federais – inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles

que são repassados no todo ou em parte aos Estados,

Municípios, Autarquias etc., tais como: IRPJ, CSSL, IPI, CIDE,

PIS, COFINS. Inclui também a contribuição sindical patronal.

Estaduais – inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive

aqueles que são repassados no todo ou em parte aos

Municípios, Autarquias etc., tais como o ICMS e o IPVA.

Municipais – inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive

aqueles que são repassados no todo ou em parte às

Autarquias, ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e

o IPTU.

Remuneração de capitais de terceiros - valores pagos ou creditados aos

financiadores externos de capital.

Juros - inclui as despesas financeiras, inclusive as variações

cambiais passivas, relativas a quaisquer tipos de empréstimos

e financiamentos junto a instituições financeiras, empresas do

grupo ou outras formas de obtenção de recursos. Inclui os

valores que tenham sido capitalizados no período.

Aluguéis - inclui os aluguéis (inclusive as despesas com

arrendamento operacional) pagos ou creditados a terceiros,

inclusive os acrescidos aos ativos.

Outras - inclui outras remunerações que configurem

transferência de riqueza a terceiros, mesmo que originadas

em capital intelectual, tais como royalties, franquia, direitos

autorais, etc.

Remuneração de capitais próprios - valores relativos à remuneração

atribuída aos sócios e acionistas.

Juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos - inclui os

valores pagos ou creditados aos sócios e acionistas por conta

do resultado do período, ressalvando-se os valores dos JCP

transferidos para conta de reserva de lucros. Devem ser

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incluídos apenas os valores distribuídos com base no resultado

do próprio exercício, desconsiderando-se os dividendos

distribuídos com base em lucros acumulados de exercícios

anteriores, uma vez que já foram tratados como “lucros

retidos” no exercício em que foram gerados.

Lucros retidos e prejuízos do exercício - inclui os valores

relativos ao lucro do exercício destinados às reservas,

inclusive os JCP quando tiverem esse tratamento; nos casos

de prejuízo, esse valor deve ser incluído com sinal negativo.

As quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de

Juros sobre o Capital Próprio – JCP, independentemente de

serem registradas como passivo (JCP a pagar) ou como

reserva de lucros, devem ter o mesmo tratamento dado aos

dividendos no que diz respeito ao exercício a que devem ser

imputados.

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117

Modelo I - Demonstração do Valor Adicionado – Empresas em geral - Em milhares de reais

DESCRIÇÃO 20X1 20X0

1 – RECEITAS

1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços

1.2) Outras receitas = VENDA DE ATIVO FIXO

1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios

1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão / (Constituição)

2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

(inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS)

2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos

2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros

2.3) Perda / Recuperação de valores ativos

2.4) Outras (especificar)

3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)

4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO

5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)

6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

6.1) Resultado de equivalência patrimonial

6.2) Receitas financeiras

6.3) Outras

7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)

8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*)

8.1) Pessoal

8.1.1 – Remuneração direta

8.1.2 – Benefícios

8.1.3 – F.G.T.S

8.2) Impostos, taxas e contribuições

8.2.1 – Federais

8.2.2 – Estaduais

8.2.3 – Municipais

8.3) Remuneração de capitais de terceiros

8.3.1 – Juros

8.3.2 – Aluguéis

8.3.3 – Outras

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118

8.4) Remuneração de Capitais Próprios

8.4.1 – Juros sobre o Capital Próprio

8.4.2 – Dividendos

8.4.3 – Lucros retidos / Prejuízo do exercício

8.4.4 – Participação dos não-controladores nos lucros retidos (só p/ consolidação)

(*) O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7.

ORIGEM = APLICAÇÃO

Exercício de Demonstração do Valor Adicionado

1. Determinada empresa comercial apresentou os seguintes dados

referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015:

Demonstração do Resultado do Exercício Valores em R$ mil

Receita Bruta (vendas de mercadorias) 650

(-) ICMS incidente sobre as vendas (117)

Receita Líquida 533

(-) Custos das Mercadorias Vendidas – CPV = MOD /

DEPRECIAÇÃO

(280)

Lucro Bruto 253

(-) Despesas Operacionais

Vendas (*2) (90)

Administrativas (*3) (80)

Despesas financeiras (43)

Ganho venda imobilizado 10

Lucro Operacional 50

(-) Contribuição social sobre o lucro (4)

(-) Imposto de Renda (8)

Lucro Líquido 38

1 – O ICMS destacado na compra de mercadorias montou a R$ 48.

*2 – Composição: Provisão para devedores duvidosos – R$ 13; Frete e

propaganda – R$ 25; Comissões de Vendedores (Pessoas Físicas,

empregados da empresa) – R$ 52.

*3 – Composição: Despesas de pessoal – R$ 35; Despesas com tributos

– R$ 8; Despesa com depreciação – R$ 12; Despesas com infra-

estrutura (Energia, Telefone, Gás e outros) - R$ 25.

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Considerando apenas os dados informados, o Valor Adicionado Total a

distribuir da empresa analisada, em milhares de reais, será:

(A) 210 (B) 227 (C) 247 (D) 257 (E) 305

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO R$

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2. O pronunciamento técnico CPC 09 do Comitê de Pronunciamentos

Contábeis, aprovado pela Deliberação CVM no 557, de 12 de novembro de 2008, apresenta o seguinte conceito:

De forma geral é a medida da diferença entre o valor das vendas e os

insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade.

Tal conceito, de acordo com o CPC 09, indica o

(A) valor adicionado

(B) valor adicionado ampliado

(C) valor agregado recebido em transferência (D) montante do resultado operacional bruto

(E) total da receita líquida de mercadorias, produtos e serviços

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3) Dados para elaboração da DVA

A Companhia Drica S/A apresentou as seguintes demonstrações

contábeis, em milhares de reais:

Balanço Patrimonial, em milhares de reais

ATIVO 2015 2016 PASSIVO 2015 2016

CIRCULANTE 3.126 3.936 CIRCULANTE 2.125 3.032

Caixa 111 125 Fornecedores 1.181 1.676

Clientes 2.275 3.096 Imposto de Renda 81 225

Duplicatas Descontadas 550 770

Estoques 1.290 1.485 Dividendos 160 520

Empréstimos 703 611

EXIGÍVEL LP 1.012 912

NÃO CIRCULANTE 1.408 1.983 Financiamentos 1.012 912

Investimentos 637 359

Imobilizado 1.395 2.496 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.397 1.975

(-) Depreciação (624) (872)

Capital 1.200 1.365

Reserva Legal 32 87

Lucros Acumulados 165 523

TOTAL DO ATIVO 5.084 6.689 TOTAL DO PASSIVO 5.084 6.689

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Demonstração do Lucro (Prejuízo)

acumulado, em 31/12/2016

em milhares de

reais

Saldo Inicial 165

(+) Lucro do exercício 1.098

(=) Valor à disposição da AGO 1.263

(-) Incorporação ao capital (165)

(-) Reserva Legal (55)

(-) Dividendos (520)

Dividendo por ação = 0,08667

(=) Saldo Final 523

Demonstração do Resultado do Exercício

31/12/2016

em milhares

de reais

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 5.544

(-) Custo das Mercadorias Vendidas (3.283)

(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO 2.261

(-) DESPESAS OPERACIONAIS (970)

Água e Luz (136)

Salários (375)

Despesas de vendas (124)

Depreciação (248)

Despesas Financeiras líquidas (87)

(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 1.291

(-) Imposto de Renda (193)

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(=) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.098

Lucro líquido por ação 0,182467

Demonstração do Valor Adicionado – EMPRESAS EM GERAL

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO R$

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a) Em 2016, na Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), elaborada pelo

método direto, o valor pago a fornecedores, no fluxo das atividades

operacionais, em reais, é

(A) 1.181.000,00 (B) 2.983.000,00 (C) 3.283.000,00

(D) 3.478.000,00 (E) 4.723.000,00

b) Em 2016, as operações com duplicatas descontadas na

Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), elaborada pelo método

indireto, provocaram no caixa líquido das atividades operacionais, em

reais, um(a)

(A) aumento de 770.000,00

(B) aumento de 550.000,00

(C) aumento de 220.000,00

(D) redução de 220.000,00

(E) redução de 550.000,00

c) Em 2016, o valor adicionado líquido, produzido pela Companhia

Drica, na Demonstração do Valor Adicionado (DVA), em reais, é

(A) 1.098.000,00 (B) 1.753.000,00 (C) 2.001.000,00

(D) 3.543.000,00 (E) 5.544.000,00

4. Na demonstração do valor adicionado, a diferença entre a receita de

bens e serviços e os materiais e serviços adquiridos de terceiros corresponde à (ao):

(A) geração bruta de caixa.

(B) geração operacional de caixa. (C) lucro bruto.

(D) valor adicionado a distribuir.

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(E) valor adicionado bruto

5. Acerca da demonstração do valor adicionado (DVA) e da DRE, julgue

os itens que se seguem.

A) A reversão da provisão para devedores duvidosos deve ser apresentada no grupo das receitas e saldo deve ser positivo.

B) O valor adicionado bruto, um dos itens de totalização da DVA, deve contemplar a depreciação, a amortização e a exaustão do

período.

C) O valor dos insumos adquiridos de terceiros, tais como materiais, energia e água, deve ser apresentado na DVA pelo valor total,

sem dedução de PIS, COFINS e outros tributos.

D) Os juros sobre capital próprio (JCP) contabilizados como reserva devem ser evidenciados na DVA no item relativo a lucros retidos.

6. Analise as afirmações a seguir em relação às Demonstrações do

Fluxo de Caixa (DFC) e do Valor Adicionado (DVA).

I – A DFC pode ser feita nos métodos direto e indireto, sendo que as

atividades de financiamento e de investimento apresentam a mesma composição nos dois métodos.

II – Na DVA, a depreciação deve ser considerada como distribuição do

valor adicionado, referente ao capital imobilizado.

III – A DFC pelo método direto apresenta a reconciliação do lucro líquido com o caixa gerado nas operações, sendo também chamado de

método da reconciliação.

Está(ão) correta (s) apenas a (s) afirmação(ões):

(A) I

(B) II (C) I e II

(D) I e III (E) II e III

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7. De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade e conforme o

Pronunciamento Técnico – CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, constantes na Deliberação

CVM 557/08 e na Resolução do CFC n.º 1.138/08, atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção

que contenha a sequência CORRETA:

( )_Valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de

forma geral medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado

recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade.

( )_Valor adicionado recebido em transferência representa a riqueza

que não tenha sido criada pela própria entidade, e sim por terceiros, e que a ela é transferida, como, por exemplo, receitas financeiras, de

equivalência patrimonial, dividendos, aluguel, royalties etc. Precisa ficar destacado, inclusive para evitar dupla-contagem em certas agregações.

( )_A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como

a riqueza obtida pela entidade foi distribuída. Um dos principais

componentes dessa distribuição são os gastos com pessoal – valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na forma de

remuneração direta, benefício, como o FGTS.

A) V, V, F. B) V, V, V. C) F, V, V. D) F, V, F. E) F, F, V.

8. Pela legislação vigente, qual tipo de empresa está obrigada a publicar a Demonstração do Valor Adicionado?

(A) Sociedade anônima com capital fechado

(B) Sociedade limitada (C) Empresa individual

(D) Sociedade civil

(E) Sociedade anônima com capital aberto

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9 NOTAS EXPLICATIVAS

As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e

outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para

esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

As notas deverão indicar:

a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,

especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização

e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos,

e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de

elementos do ativo;

b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes;

c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas

avaliações;

d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias

prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou

contingentes;

e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das

obrigações a longo prazo;

f) o número, espécies e classes das ações do capital social;

g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no

exercício;

h) os ajustes de exercícios anteriores;

i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que

tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação

financeira e os resultados futuros da companhia. = CPC 24

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10 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Não faz parte das demonstrações financeiras propriamente ditas, mas a

legislação em seu art. 133 exige a apresentação desse relatório, que

deve evidenciar os negócios sociais e os principais fatos administrativos

do exercício findo.

Por não existir uma padronização desse relatório, existe um consenso

preliminar quanto à sua forma de apresentação, que não significa

padronização para não prejudicar a flexibilidade que esse relatório deve

apresentar.

Podemos destacar:

√ eventos externos incomuns que tenham afetado o desempenho do

grupo e suas perspectivas;

√ mudanças de estratégias e resultados globais;

√ atividades de pesquisas e desenvolvimento;

√ informações sobre estrutura organizacional;

√ programa de investimento;

√ projeções futuras;

√ análise setorial;

√ situação de liquidez e fonte de capital;

√ etc.