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Departamento de Desenvolvimento Profissional
Análise das Demonstrações Contábeis
Armando Madureira Borely
Rio de Janeiro
Janeiro de 2016
Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000
Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 [email protected] – www.crc.org.br
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SIMBOLOGIA UTILIZADA
AC ATIVO CIRCULANTE
PC PASSIVO CIRCULANTE
RLP REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
PC PASSIVO CIRCULANTE
ELP EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
PL PATRIMONIO LÍQUIDO
LC LIQUIDEZ CORRENTE
LS LIQUIDEZ SECA
Rt RECEITA TOTAL
VB VENDAS BRUTAS
VV VENDAS À VISTA
CR CONTAS A RECEBER
F FORNECEDORES
CPV CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
E ESTOQUE
ARLP ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
LG LIQUIDEZ GERAL
PE PASSIVO EXIGÍVEL
AT ATIVO TOTAL
LB LUCRO BRUTO
RB RECEITA BRUTA
LL LUCRO LÍQUIDO
RLE RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
RLEd RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO APÓS O IMP. RENDA
PL PATRIMÔNIO LÍQUIDO
C COMPRAS
RA ROTAÇÃO DO ATIVO
RL RECEITA LÍQUIDA
CFC CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE
IBRACON INSTITUTO DE AUDITORES INDEPENDENTES DO BRASIL
SUMÁRIO
CAPÍTULO
I INTRODUÇÃO
II A CONTABILIDADE COMO FONTE DE DADOS
III DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
IV RECLASSIFICAÇÃO DAS DEM.CONTÁBEIS
V ANÁLISE DAS DEM.CONTÁBEIS
VI DADOS ABSOLUTOS E RELATIVOS
VII ANÁLISE FINANCEIRA
VIII ANÁLISE ECONÔMICA
IX ÍNDICES DE ATIVIDADES
X ENDIVIDAMENTO
XI ANÁLISE DE INDICADORES COMBINADOS
XII CONCLUSÃO
XIII BIBLIOGRAFIA
XIV EXERCÍCIOS
I. INTRODUÇÃO
A Contabilidade é um sistema de informações. Sua dinâmica acontece
no processo de transformações de fatos econômicos e financeiros das entidades
em demonstrações que se prestam à análise e interpretação da situação das
empresas, com vistas à tomada de decisão.
O citado processo obedece às seguintes etapas:
Planificação
Escrituração
Demonstrações Contábeis
Análise e interpretação das Demonstrações Contábeis
Tomada de decisão
O programa tem início com a apresentação do Balanço Patrimonial,
Demonstração de Resultados do Exercício, Demonstração do Fluxo de Caixa e a
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). Em seguida,
calculamos uma série de indicadores e discutimos seus significados. Por fim,
estabelecemos associação lógica de indicadores no termômetro da saúde do
negócio, através do modelo de Kanits, considerado como ferramenta útil ao
tomador de decisões. Convém ressaltar, a existência de outros estudiosos da
matéria, como por exemplo: Altman, Elizabetsky, Matias e Pereira.
No Brasil, somente a partir de 1970 a análise das Demonstrações
Contábeis começou a ser aplicada de forma mais consistente e, mesmo assim,
restrita a determinados segmentos. Ressalte-se que na chamada “Revisão
Analítica” os auditores muito se utilizam deste recurso como forma de
conhecimento mais amplo da organização sob exame.
A Análise das Demonstrações Contábeis surgiu por motivos
eminentemente práticos e, mostrou-se desde logo, instrumento de grande
utilidade.
Este trabalho está planejado para construirmos o conhecimento da
matéria em questão, com exercícios práticos, sem que se esgotem em si mesmos,
porém, facilitando o acesso ao estudo da análise das demonstrações contábeis
para aqueles que desejarem mais conhecimentos nesse assunto.
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II. A CONTABILIDADE COMO FONTE DE DADOS
Entende-se a Contabilidade na sua forma mais simples, como a ciência
capaz de produzir relatórios que sirvam a cada classe de usuário, para tomada de
decisões.
Qualquer empreendimento com finalidade lucrativa ou entidade que
presta serviços sociais à coletividade, constitui o campo de aplicação da
Contabilidade.
Aplicando seus fundamentos teóricos (princípios, normas,
procedimentos, métodos e técnicas), a Contabilidade cumpre a função de captar,
registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam a situação
patrimonial de uma entidade, a fim de oferecer informações sobre sua composição
e variação, bem como sobre o resultado decorrente de suas atividades.
II. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE O Comitê de Pronunciamentos Contábeis aprovou a Estrutura Conceitual para
a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis estabelecendo os
conceitos que fundamentam a preparação e apresentação de demonstrações
contábeis destinadas a usuários externos.
A estrutura aborda:
O objetivo das demonstrações contábeis.
As características qualitativas que determinam a utilidade das informações
contidas nas demonstrações contábeis.
A definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos que
compõem as demonstrações contábeis; e
Os conceitos de capital e de manutenção de capital.
As Demonstrações Contábeis são preparadas com os seguintes pressupostos
básicos:
Utilização do regime de competência; e
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Continuidade.
Objetivos:
Fornecer informações sobre posição, desempenho e mudanças na posição
patrimonial e financeira da entidade.
Resultado da atuação da administração na gestão da entidade e sua
capacitação na prestação de contas quanto aos recursos que foram
confiados.
Características Qualitativas:
Compreensibilidade (Prontamente entendidas pelos usuários).
Relevância (Influenciam as tomadas de decisões dos usuários).
o Materialidade
Confiabilidade (Livres de erros ou vieses relevantes e representar
adequadamente aquilo que se propõe a representar).
o Primazia da essência sobre a forma
o Imparcialidade
o Prudência
o Integridade
Comparabilidade (Comparação ao longo do tempo).
o Tempestividade
o Equilíbrio entre custo e benefício
o Equilíbrio entre as características qualitativas
Segundo o CFC (Res. 750/93 e alterada pela Res. CFC 1.282 de 28/05/2010) os Princípios de Contabilidade são os seguintes:
Entidade (PF x PJ)
Continuidade (Registros contábeis efetuados como se a empresa fosse operar por prazo indeterminado)
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Oportunidade (As transações contábeis devem ser efetuadas para que
os componentes patrimoniais produzam informações íntegras e
tempestivas)
Registro pelo valor original (Os componentes do patrimônio devem
ser registrados pelos valores originais das transações, expressos em
moeda do País). O registro deve ser pelo custo histórico ou suas
variações: custo corrente, valor realizável, valor presente, valor justo,
atualização monetária.
Obs.: Atualização monetária (Os efeitos da alteração do poder aquisitivo
da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através
do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes
patrimoniais).
Competência (Os eventos reconhecidos devem ser incluídos no
período em que ocorrerem, independente do recebimento ou
pagamento).
Prudência (Pressupõe o emprego de certo grau de precaução no
exercício de julgamentos necessários, a fim de que os ativos e receitas
não sejam superestimados e que os passivos e as despesas não sejam
subestimadas. Ou seja: Menor valor para o ativo e maior valor para o
passivo)
III. DEMOSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A lei das Sociedades Anônimas (Lei 11.638/07), aplicável às demais
sociedades de grande porte, bem como o CFC estabelecem base para conceito,
estrutura, conteúdo e nomenclatura das Demonstrações Contábeis em entidades
não financeiras.
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As demonstrações são extraídas de livros, registros e documentos que
compõem o sistema contábil das entidades, observando os Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
No conjunto das citadas demonstrações destacam-se o Balanço
Patrimonial, Demonstração de Resultado de Exercício e a Demonstração do Fluxo
de Caixa que serão objeto do nosso estudo.
1. BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial destina-se a evidenciar, em determinada data, a
posição patrimonial e financeira da entidade. É constituído pelo Ativo (aplicação
de recursos em bens e direitos), Passivo (origem dos recursos representados por
obrigações com terceiros) e Patrimônio Líquido (diferença do Ativo sobre o
Passivo).
Sua representação gráfica é a seguinte:
EMPRESA
Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/2008 e 31/12/2009
ATIVO
Circulante
Disponibilidades
Créditos
Investimentos Temporários
Estoques
Despesas Antecipadas
Não Circulante
Real. a longo prazo
(Incluem valores a receber de sócios, diretores, empresas colig./controladas)
Investimentos Temporários
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Imobilizado
Bens em arrendamento
Bens em operação
Bens para futura operação
Intangível
PASSIVO
Circulante
Não circulante
Exigível a longo prazo
Receita Diferida
(-) Custo/desp.diferido
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social
(-) Capital não realizado
Reservas de capital
Ajustes de avaliação patrimonial
Reservas de lucros
( - ) Ações em Tesouraria
( - )Prejuízos acumulados
Obs.: O prazo de 365 dias (ou até o final do exercício seguinte) que limita o
circulante (ativo ou passivo) do longo prazo varia em função do ciclo operacional
de cada empresa. Por exemplo: empresa de construção naval tem ciclo
operacional superior a um exercício.
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CIRCULANTE
Agrupam-se no Circulante os elementos do Ativo (Bens + Direitos) e do
Passivo (Obrigações) com prazo de realização e pagamento, respectivamente,
situados no curso do exercício subseqüente à data do balanço.
NÃO CIRCULANTE
Agrupam-se no Longo Prazo os elementos do Ativo (Bens e Direitos) e
do Passivo (Obrigações) com prazos de realização e pagamentos,
respectivamente, situados após o término do exercício subseqüente à data do
Balanço.
Os ativos não destinados à transformação direta em meios de
pagamento e cuja perspectiva de permanência da empresa, ultrapasse um
exercício, são divididos em:
a) Investimentos – Participações em outras sociedades, além de bens e direitos
que não se destinem à manutenção da atividade fim.
b) Imobilizado – Bens e Direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na consecução
da atividade fim.
c) Intangível – os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo
de comércio adquirido.
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2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) destina-se a
evidenciar, em determinado período de operações, a composição do resultado em
seus vários níveis mediante confronto entre as receitas e os correspondentes
custos e despesas, observando o princípio da competência.
Compreenderá:
a) As receitas e os gastos do período,
b) os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos.
Sua apresentação é a seguinte:
Receita Bruta
(-) Deduções
(-) Tributos
Receita Líquida
(-) CMV / CPV
Lucro Bruto
Despesas
Vendas
Despesas gerais e administrativas
Outras despesas operacionais
Result. Líquido antes do result. Financeiro, IR/CSSL/Participações
Financeiras
( - ) Receitas Financeiras
Result. Líquido após o Result. Financeiro e antes do IR/CSSL e Participações
IR/CSSL
Resultado Líquido do exercício após o IR/CSSLe antes de participações
Participações
Resultado Líquido Final
Result. Líquido por ação
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3. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Fornece a movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas
contas do Patrimônio Líquido (PL); faz clara indicação do fluxo de uma conta para
outra, bem como a origem e o valor de cada acréscimo ou redução do Patrimônio
Líquido (PL) durante o exercício. Complementa os dados constantes do Balanço
Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício.
Nada mais é que um resumo das contas do Patrimônio Líquido extraído do Razão.
Capital Res. de Capital
Ajustes Aval.Pat.
Res. de Lucros
Ações Tes.
Prej. Acumul.
Total
SALDOS EM 31/12/2008
Ajustes de exerc.ant.
Aumento de capital
Com lucros
Por subscrição
Reversão de reservas
De Contingências
De lucros a realiz.
Lucro Líquido do Exerc.
Dest. Lucro Líq.
Transf.p/Reservas
Res.Legal
Res. Estatutária
Res. de lucros
Juros s/Cap.Próp. a pagar
Divid. a distribuir
SALDOS EM 31/12/2009
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4. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC)
A DFC provê informações relevantes sobre os pagamentos e
recebimentos em dinheiro de uma empresa, ocorridos durante um determinado
período.
Quando analisada em conjunto com as demais Demonstrações
Contábeis permitem avaliar:
a) a capacidade da empresa gerar futuros fluxos líquidos positivos de caixa.
b) A capacidade da empresa em honrar seus compromissos e pagar
dividendos.
c) Liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa.
d) Taxa de conversão do lucro em caixa.
e) Grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa.
f) Efeitos sobre a posição financeira da empresa, das transações de
investimentos e de financiamentos.
O Fluxo de Caixa pode ser elaborado através de dois modelos: o
modelo direto e o modelo indireto.
O modelo direto evidencia os recebimentos e pagamentos, enquanto
que o modelo indireto parte do resultado do exercício conciliando-o com o saldo
de caixa para o mesmo exercício. Em qualquer dos modelos o fluxo de caixa deve
ser segregado em três partes: o fluxo das atividades operacionais, das atividades
de investimentos e das atividades de financiamentos.
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Método DiretoAtiv. Operacionais
Rec.Clientes 29.500
Receb. Juros 5.300
Pagamentos
Fornec.mercadorias (10.000)
Impostos (2.000)
Salários (21.000)
Juros (3.600)
Caixa Líq.ativ.operac. (1.800)
Ativ. Investimentos
Rec.Venda Imobilizado 15.000
Pag.aquis.Imobilizado (20.000)
Caixa Líq.Investimentos (5.000)
Ativ.de Financiamentos
Aumento Capital 20.000
Distrib.dividendos (1.500)
Caixa Líq.Financ. 18.500
Aumento Líq.Caixa 11.700
Saldo anterior caixa 5.600
Saldo final de caixa 17.300
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Método IndiretoAtividades Operacionais
Lucro líquido 3.900
Mais: depreciação 1.500
Menos: Lucro venda imobil. (3.000)
Lucro ajustado 2.400
Aumento dup.receber (10.700)
Aumento estoques (3.000)
Aumento fornecedores 16.500
Redução salários a pagar
Caixa Líq.Ativ.Operacionais
(7.000) (4.200)
(1.800)
Atividades de Investimentos
Receb.venda imobilizado
Pagamento aquis.imobilizado
15.000
(20.000)
(5.000)
Atividades de Financiamento
Aumento de capital
Distribuição dividendos
20.000
(1.500) 18.500
Aumento líq.disponibilidades 11.700
Saldo anterior caixa 5.600
Saldo final de caixa 17.300
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5. DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
Apesar de não ser obrigatória a sua divulgação, de acordo com a lei
11.638/07, mas, considerando a importância da DOAR na análise financeira e
econômica das empresas, apresentaremos breve resumo do que vem a ser essa
demonstração.
A DOAR tem por objetivo apresentar de forma ordenada e sumariada,
principalmente, as informações relativas às operações de financiamentos e
investimentos da empresa durante o exercício,e evidenciar as alterações na
posição financeira.
Os financiamentos são as origens de recursos e os investimentos as
aplicações de recursos. Ressalte-se que o significado de recurso não é de
disponibilidade, mas, sim de Capital Circulante Líquido (CCL) que é a diferença
entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante (AC – PC) e, portanto, mais amplo.
Seguindo uma tendência mundial, o Brasil deverá substituir a DOAR
pela demonstração do “Fluxo de Caixa”, considerando-se que esta última é de
mais fácil entendimento por parte dos usuários.
CÁLCULO DO C.C.L.
31/12/2002 31/12/2001 Variação
Ativo Circulante
Passivo Circulante
CCL
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DOAR
I. ORIGEM DOS RECURSOS Ano atual Ano anterior
Das operações
Lucro Líquido do Exercício
Mais: Depreciação e amortizações
Variações Monet. de emp. E financ. a l.prazo
Menos: Part.lucro de controlada
Lucro na venda de imobilizado
Lucro ajustado
Dividendos recebidos
Dos Acionistas
Integralização de capital
De terceiros
Novos empréstimos
Baixa de bem do imobilizado (valor de venda)
TOTAL
II. APLICAÇÃO DE RECURSOS
Pagamento do Pas. Exig. L.Prazo
Reclassificação p/Pas.Circulante
Redução do Patrimônio Líquido
Distrib. De dividendos
TOTAL
III. AUMENTO DO CCL
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IV. RECLASSIFICAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
Significa uma nova classificação, um novo reagrupamento de algumas
contas nas DCs, principalmente no BP e na DRE. O objetivo é melhorar a
eficiência da análise.
Eis os seguintes casos principais de reclassificação:
1. Duplicatas Descontadas
São classificadas subtrativamente em Duplicatas a Receber no Ativo
Circulante. Deverão ser reclassificadas no Passivo Circulante, pois, pelas
peculiaridades das operações, ainda há o risco da empresa reembolsar o dinheiro
obtido se o seu cliente não liquidar a dívida com o banco.
2. Despesa do Exercício Seguinte
No Ativo Circulante é o único grupo de contas que não se converterá em
dinheiro e, portanto, não servirá para pagar as dívidas da empresa.
Esta despesa reduzirá o resultado no próximo exercício e,
conseqüentemente, o Patrimônio Líquido. Por isto, os analistas preferem , na
ocasião da análise, já deduzir do PL aquela despesa futura (excluindo-a do Ativo
Circulante).
3. Receitas Diferidas
O montante constante deste grupo é lucro, ainda que estimado,
resultante de receita recebida, se houver absoluta certeza de que aquela receita
não será devolvida. Ou seja: é um lucro líquido e certo que será incorporada ao
Patrimônio Líquido no ano seguinte. Dessa forma, o grupo de Receitas Diferidas
será eliminado para efeito de análise, sendo reclassificado no Patrimônio Líquido,
conforme o risco de devolução da parcela recebida antecipadamente.
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V. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
1. CONCEITO
A determinação das causas dos fenômenos patrimoniais é função de
análise. Conhecidas essas causas, podemos dar interpretação aos fatos.
A análise das Demonstrações Contábeis é uma técnica contábil que visa
fornecer elementos para que se realize a interpretação dos fenômenos
patrimoniais.
Analisar uma demonstração é decompô-la nas partes que a formam,
para melhor interpretar seus componentes.
Quando realizamos a análise de relatórios contábeis devemos observar
os fatos que concorreram para a formação daquela estrutura e que também
poderão advir dela, uma vez que não podemos admitir que o patrimônio tenha
estagnado a partir do levantamento daqueles dados.
Antes de se iniciar a análise, as Demonstrações Contábeis devem ser
cuidadosamente revisadas e, se possível auditadas. Esse exame consiste
numa crítica às contas das demonstrações, bem como na transcrição delas
para um modelo previamente definido. A esta atividade dá-se o nome de
padronização ou reestruturação das Demonstrações Contábeis para efeito de
análise.
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Os objetivos básicos da padronização são os seguintes:
Simplificação.
Comparabilidade.
Adequação aos objetivos da análise.
Precisão nas classificações das contas.
Ajustes e reclassificações de valores.
Conhecimento das Demonstrações Contábeis.
2. ESTRUTURA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2.1. COLETA DE DADOS
As Demonstrações Contábeis fornecem elementos quantitativos
necessários e básicos para estudo. Entretanto, o acesso a outras informações
internas e externas pode melhorar a qualidade da análise (inventários,
documentos, média setorial).
2.2. CRÍTICA DOS DADOS
Significa ajustar, por meio de reclassificações, os elementos que
distorceriam os indicadores.
Especial atenção deve ser dada a valores fictícios, como: bens em
desuso sem valor comercial, ativo permanente superavaliado, cheques sem
fundos, duplicatas incobráveis.
2.3. APURAÇÃO DOS DADOS
É a totalização dos valores monetários estruturados de forma padronizada,
selecionando-se os indicadores de acordo com o tipo de análise que se pretende
fazer (financeira, econômica, estrutura).
2.4. APRESENTAÇÃO DOS DADOS
Para facilitar o entendimento, os dados são apresentados em quadros
que resumem as observações (tabelas).
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2.5. ANÁLISE DE RESULTADOS
É o estudo de desempenho – histórico ou esperado – das diversas
atividades empresariais (vendas, produção e estoque) e sua representação
monetária registradas nas demonstrações contábeis, transformadas em
indicadores.
2.6. TOMADA DE DECISÃO
As fases anteriores permitem conhecer a situação da empresa de modo
racional e organizado. Assim sendo, pode-se identificar obstáculos às metas
traçadas, desvios de padrões e fraco desempenho diante da concorrência,
ponderando-se alternativas de solução ou manutenção do ritmo observado. As
decisões podem ser estratégicas e operacionais.
VI. DADOS ABSOLUTOS E RELATIVOS 1. DADOS ABSOLUTOS
São os dados coletados diretamente do Balanço Patrimonial e da
Demonstração de Resultado do Exercício
ATIVO ANO 1 ANO 2
AC 3.610 4.300
RLP 200 260
AP 1.820 2.200
TOTAL 5.630 6.760
2. DADOS RELATIVOS São os resultados de comparações por quociente (razão) que se estabelecem entre dados absolutos, facilitando a leitura, como é o caso da análise de estrutura (ou vertical) e índice. 2.1) ESTRUTURA (VERTICAL) – Realça a participação de cada parte no todo a que pertence. É utilizada para análise das tendências de determinada conta ou grupo de contas em uma série histórica.
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ATIVO ANO-VALOR 1 %
ANO-VALOR 2 %
AC 3.610 4.300
RLP 200 260
AP 1.820 2.200
TOTAL 5.630 100 6.760 100
2.2) EVOLUÇÃO (HORIZONTAL) – Corresponde ao estudo das variações
ocorridas em períodos de tempo consecutivos nos itens que compõem as
Demonstrações Contábeis.
Adota-se o índice 100 (cem) como representativo dos valores
monetários do ano que serve para confronto com os valores dos demais períodos.
Pela regra de três simples calcula-se os índices correspondentes aos períodos
que serão confrontados com o período-base.
A inflação prejudica a comparação de balanços sucessivos. Para se
obter conclusão adequada é necessária eliminar as variações devidas à inflação,
convertendo-se todos os valores à moeda da mesma data (por exemplo: moeda
do último exercício).
É utilizada para análise de tendências de determinada conta (ou grupo
de contas) em uma série histórica.
2.3) ÍNDICE – São razões entre componentes dos demonstrativos, sendo que
um não inclui o outro, escolhendo-se um para base de confronto.
ATIVO VALOR-ANO 1 %
VALOR-ANO 2 %
AC 3.610 100 4.300 119
RLP 200 260
AP 1.820 2.200
TOTAL 5.630 6.760
2.4) QUOCIENTE – São razões entre valores heterogêneos, de natureza
diferente, indicando quantas vezes um contém o outro. Uma associação lógica é
relacionar o AC com PC, obtendo o grau de Liquidez Corrente, por exemplo.
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ATIVO PASSIVO
AC 3.610 PC 2.390
RLP 200 ELP 440
AP 1.820
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.800
TOTAL 5.630 TOTAL 5.630
VII. ANÁLISE FINANCEIRA Para esta análise utilizaremos o quociente, a fim de obter os seguintes
indicadores:
1. Liquidez Corrente Indica a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo. Ativo Circulante AC LC = -------------------------- = -------- Passivo Circulante PC 2. Liquidez Seca Indica a capacidade de pagamento, excluindo os estoques. Ativo Circulante - Estoques AC - E LS = ----------------------------------------- = ----------------- Passivo Circulante PC 3. Liquidez Geral Indica a capacidade de pagamento da empresa, no curto e longo prazo. AC + RLP LG = -------------------------- PE 4. Liquidez Imediata Indica a capacidade imediata de pagamento das dívidas de curto prazo. DISP PC
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VIII. ENDIVIDAMENTO É por meio desses indicadores que podemos apreciar a Quantidade e a Qualidade
da dívida.
1. Participação do Capital de terceiros (Quantidade) 2. Garantia do Capital próprio
PC + ELP PL E 1 = ------------------------ E 2 = ----------------- PC + ELP + PL PC + ELP 3. Endividamento Curto Prazo (Qualidade) 4. Endividamento longo prazo (Qualidade) PC ELP E 3 = ---------------- E 4 = ______________ PC + ELP PC + ELP Indica quanto do capital de terceiros vencerão no curto ou longo prazo.
IX. ANÁLISE DE RENTABILIDADE 1. Rotação do Ativo (Giro do Ativo) Expressa o número de vezes em que as vendas reproduzem o montante de recursos aplicados no Ativo Operacional. VL RA = ------------ A 2. Margem Bruta LB x 100 MARGEM BRUTA = ------------------- RL
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3. Margem Líquida LL x 100 MARGEM LÍQUIDA = ---------------------- RL 4. Rentabilidade do Capital Próprio (Taxa de retorno sobre o P.L.) Indica a taxa que os sócios obtiveram de retorno sobre seus investimentos. LL TRPL = -------------------- PL 5. Taxa de Retorno sobre Investimentos
Significa o retorno, medido através do lucro, que a empresa está
obtendo através da aplicação de seus ativos.
Lucro Líquido TRI = ---------------------- A
Conforme DuPont, a rentabilidade da empresa é obtida através da
conjugação do Preço e Quantidade (Fórmula de DuPont). Ou seja:
Lucro Líquido Vendas
TRI = Margem de lucro x giro do ativo = ----------------------- x ----------------------
Vendas Ativo total
Desta forma, o “pay back” (retorno do investimento) é obtido: 100% / TRI
OBS.: Outros fatores (índices) podem ser criados especificamente atendendo a
segmentos da economia.
Por exemplo: FEL (Fator de Eficiência Local) que é a divisão das
Vendas Líquidas Locais por Despesas Operacionais. É aplicado em algumas
afiliadas da TV Globo.
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X. ÍNDICES DE ATIVIDADES 1. Prazo Médio de Recebimento das Vendas
Indica em quantos dias, na média, recebe suas vendas a prazo. PMRV = 360 x DUP. RECEBER ------------------------------------------------ VENDAS 2. Prazo Médio de Pagamento de Compras Indica em quantos dias, na média, a empresa paga suas compras a prazo. PMPC = 360 x FORNEC. ------------------------------------------ COMPRAS 3. Prazo Médio de Renovação dos Estoques Indica em quantos dias, na média, a empresa renova seus estoques. EF x 360 PMRE = -------------------------------- CPV 4. Ciclo Operacional PMRE + PMRV 5. Ciclo Financeiro Indica a folga financeira da empresa. Ou seja: após vender e receber, quantos dias a empresa aguardará para pagar suas dívidas. PMRE + PMRV - PMPC= Ciclo Finac Exemplos:
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PRAZOS DIAS DIAS
PMRE 130 90
PMRV CO
90
220
40
130
PMPC <180>
+40
<180>
<50>
6. Necessidade de Capital de Giro Conceito:
É o montante de que a empresa necessita tomar para financiar o Ativo
Circulante Operacional em decorrência das atividades de comprar, produzir e
vender.
Ativo Circulante Operacional (ACO) Passivo Circulante Operacional (PCO)
Compra matéria-prima e gera Fornecedores
Transfere matéria prima em estoque e gera Salários a pagar
Vende a prazo e gera Impostos a recolher
NCG = Duplicatas a receber + Estoque - (Fornecedores + Tributos a
recolher + Salários a pagar, ou
NCG = ACO - PCO
As fontes de financiamento da NCG são:
Passivo circulante próprio
Financiamento bancário a longo prazo
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Financiamento bancário a curto prazo
Duplicatas descontadas
A seguinte estrutura gráfica exemplifica a NCG:
Ou seja:
PMRE PMRV 74 dias 63 dias = 137 dias
PMPC Ciclo financeiro 85 dias 52 dias
Alguns índices para análise do fluxo de caixa:
a) Cobertura de juros: Caixa gerado nas operações (Líquido) = 15.000 = 3,0 Juros 5.000 A cada $ 1,00 pago de juros foram gerados $ 3,00 de caixa na atividade
operacional. A empresa trabalha 4 meses (12/3) para gerar caixa referente aos
juros.
Duplicatas a Receber Fornecedores
Tributos
Estoques
Salários
NCG
26
b) Capacidade de quitar dívidas:
Caixa gerado nas oper. (após os impostos, juros e dividendos) = 7.000 = 0,25
Passivo exigível total 28.000 A empresa gerou recursos para pagar 25% da dívida. A quitação plena se dará
em 4 anos ( 100/25).
c) Nível de recebimento das vendas: Caixa Bruto gerado das vendas = 24.000 = 0,80
Vendas 30.000 80% das vendas foi recebido.
XI. ANÁLISE DE INDICADORES COMBINADOS
Podemos fazer múltiplas combinações de indicadores. Devemos
selecionar os indicadores que se prestam a finalidades específicas, respondendo
a algumas questões básicas: Por que preciso de indicadores ? Quais indicadores
deverei selecionar ?
De modo geral, pretendemos saber nossa posição no ranking do setor.
Para tanto e como fonte de informações temos publicações especializadas que
fornecem estudos que podem ser utilizados como parâmetros de competitividade
dos negócios que nos interessam.
Outra aplicação prática é atender a lei de licitações e contratos
administrativos, cuja comissão julgadora tem interesse em saber a capacidade
financeira dos licitantes, antes da contratação.
Neste sentido, há o trabalho intitulado “Fator de Insolvência”, elaborado
pelo Prof. Stephen Kanitz (USP), que é tratado neste tópico, onde o autor
relaciona alguns indicadores e pesos para construir-se a seguinte tabela:
-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
INSOVÊNCIA PENUMBRA SOLVÊNCIA
27
FATOR DE INSOLVÊNCIA = 0,05 X1 + 1,65 X2 + 3,55 X3 - 1,06 X4 – 0,33 X5
VARIÁVEIS DO FATOR DE INSOVÊNCIA
INDICADORES PARCIAIS FÓRMULA EXPLICAÇÕES PESOS
X 1 Rentabilidade do Capital Próprio
RL PLm
Resultado Líq. Exercício após I.R Patrimônio Líquido Médio
+ 0,05
X 2 Liquidez Geral AC + RLP PE
Ativo Circ. + Realizável a L. Prazo Passivo Exigível
+ 1,65
X 3 Liquidez Seca AC – E PC
Ativo Circulante – Estoques Passivo Circulante
+ 3,55
X 4 Liquidez Corrente AC PC
Ativo Circulante Passivo Circulante
- 1,06
X 5 Endividamento PE PL
Passivo Exigível Patrimônio Líquido
- 0,33
XII. RELATÓRIO (EXEMPLO – MARION)
Uma proposta de Relatório Final seria:
Analisamos o quadro clínico da empresa .....................................nos
anos ................, ...... e ................
Dos anos analisados, notamos, com o quadro clínico, que a tendência
da liquidez corrente foi ..................(estabilizar, piorar, melhorar) e que o conceito,
em relação à mediana do setor, é ...................(bom, ruim, razoável) para o último
ano. A liquidez seca é de ....................................
O endividamento da empresa é .......................... (alto, baixo, médio)
quando comparado com ...............................(média brasileira, economia
internacional).
A qualidade do endividamento da empresa é ................. (satisfatória,
boa, insatisfatória), todavia, possivelmente ela .................. (tem, não tem)
problemas de pagamento de sua dívida, visto que a liquidez corrente é
................... (baixa, alta).
28
Notamos que a rentabilidade da empresa .....................(subiu, caiu) de
um ano para outro, contudo, ainda continua (positiva e boa, negativa e ruim) em
relação à média do setor.
De maneira geral, a situação da empresa ainda é
.....................(insatisfatória, satisfatória), mesmo tendo ...................(melhorado,
piorado) a Margem Líquida e a rentabilidade do ano ........... para o ano ..............
Analisando os índices combinados do tripé da empresa (liquidez,
endividamento e rentabilidade) as notas foram, respectivamente, ......, ........., .........
(vide fator de insolvência) nos anos .......,...... e...........
Em termos de sugestões e propostas, consideramos que cada vez mais
o mercado fica competitivo, a empresa ........................................ em análise
poderia concentrar seus esforços no aumento ............................. (do capital de
terceiros, de produtividade) e, conseqüentemente, na redução de seus
................... (custos de produção, compromissos de curto prazo).
(Fonte: MARION, 2009)
29
XIII. CONCLUSÃO
Através deste trabalho, que não tem a pretensão de esgotar o assunto,
constatamos a importância da análise e interpretação das Demonstrações
Contábeis, bem como sua integração direta com a Contabilidade.
Esta ferramenta que pode ser considerada estratégica, é útil em
diversas etapas da vida empresarial, tais sejam:
Decisão sobre aquisição de empresas.
Posicionamento da empresa perante seus concorrentes e/ ou o mercado
que atua.
Análise, por parte de instituições financeiras para a concessão de
empréstimos.
Estudo da performance interna da empresa.
Análise por parte de potenciais investidores.
Análise para participações em licitações diversas.
30
XIII. BIBLIOGRAFIA
CFC – Res. 750/93 de 31-12-1993 – Princípios Fundamentais de
Contabilidade
CFC Res. 1.282/09 de 02-06-2010 – Atualiza e consolida a Resolução
750/93.
CFC 1.374/11 de 16-12-2011 – Estrutura Conceitual para Elaboração e
Divulgação dos Relatórios Contábil-Financeiro
IUDÍCIBUS, Sérgio, Martins, Eliseu e Gelbcke, Ernesto Rubens. Manual de
Contabilidade Societária – 2ª edição, Ed. Atlas, 2013.
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis:
Coufab. Empres. SP. Ed.Atlas, 7ª edição, 2012.
MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços – Abordagem
Gerencial. São Paulo. Ed.Atlas. 7ª ed. 2010.
Iudícibus. Análise de Balanço. 10ª ed. Ed. Atlas- SP- 2009
Martins, Eliseu of all. Análise Avançada das DCS: Uma Abord. Ptlos. Ed.
Atlas. 1º ed. SP. 2012
Neto, Alexandre Assaf. Estrutura e Análise de Balanço, um Enfoque
Econômico- Financeiro. 10ª ed. Ed- Atlas- SP- 2012.
31
XIV. EXERCÍCIOS 1. Com base nas demonstrações contábeis a seguir, efetue os exercícios indicados:
BALANÇO PATRIMONIAL
CONTAS 1 2 3 4
Ativo Circulante 134.168 192.276 270.534 443.244
Disponível 15.394 16.048 19.488 122.322
Títulos negociáveis - 52 - -
Clientes 88.490 112.868 148.626 219.286
(-) Duplicatas descontadas (38.188) (51.248) (59.028) (156.162)
Estoques 61.978 108.718 144.716 244.522
Outros valores a receber 6.494 5.838 16.732 13.276
Ativo Não Circulante
Realizável a Longo Prazo 13.344 18.248 18.476 20.992
55.888 106.292 116.876 151.074
Participação em empresa coligada
11.710 14.826 17.354 20.022
Imobilizado 44.178 91.466 99.522 131.052
TOTAL 203.400 316.816 405.886 615.310
Passivo Circulante 72.632 99.828 140.154 294.672
Fornecedores 28.070 35.850 62.862 118.404
Outra Obrigações a pagar 44.562 63.978 77.292 176.268
Passivo Não Circulante
Passivo Exigível a L. Prazo 40.726 102.338 136.816 161.704
Patrimônio Líquido 90.042 114.650 128.916 158.934
Capital Social 69.228 91.788 99.364 116.184
Reservas de Capital 20.814 22.862 29.552 42.750
TOTAL 203.400 316.816 405.886 615.310
Nota: Patrimônio Líquido no início do ano 1:
Capital Social: 46.236 Reserva de Capital: 19.936 66.172
32
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
COMPONENTES 1 2 3 4
Receita Líquida 223.312 328.630 390.272 584.778
Custo de Produtos Vendidos 123.978 180.456 217.956 354.958
Lucro Bruto 99.334 148.174 172.316 229.820
Despesas 73.696 105.360 124.658 178.176
Outras Receitas 6.198 8.972 10.282 44.156
Outras Despesas 13.166 26.450 50.154 78.872
Lucro Líq. Exerc. (antes I.R.) 18.670 25.336 7.786 16.928
Imp. Renda 2.918 4.130 210 108
Lucro Líq. Exerc. (após I.R.) 15.752 21.206 7.576 16.820
Preencher os seguintes quadros: Liquidez Corrente:
PERÍODO AC PC SETOR LC
1 172.356 110.820 1,73
2 1,90
3 1,74
4 1,60
Liquidez Seca:
PERÍODO AC E PC SETOR LS
1 172.356 61.978 110.820 1,26
2 0,80
3 0,75
4 0,60
Rotação de Contas a Receber e Prazo médio:
PERÍODO VENDAS CONTAS A RECEBER
ROTAÇÃO PRAZO MÉDIO/dias
TOTAIS INÍCIO FINAL
2 328.630 88.490 112.868
3
4
33
Rotação e prazo médio de renovação de fornecedores:
PERÍODO COMPRAS FORNECEDOR ROTAÇÃO P.MÉDIO/dias
Totais Início Final
2 227.196 28.070 35.850
3
4
Rotação e prazo médio de renovação dos estoques:
PERÍODO CPV ESTOQUE ROTAÇÃO P.MÉDIO/dias
Inicial Final
2 180.456 61.978 108.718
3
4
Liquidez Geral:
PERÍODO AC RLP PASSIVO EXIGÍVEL LG
PC ELP
1 172.356 13.344 110.820 40.726
2
3
4
Endividamento:
PERÍODO PEt Pet +PL E1 PL PEt E2
1 151.546 241.588 0,63 90.042 113.358 0,79
2
3
4
Lucratividade Operacional Bruta:
PERÍODO LOB ROL Taxa
1 99.334 223.312
2
3
4
34
Lucratividade Operacional Líquida:
PERÍODO LOL ROL Taxa
1 25.638 223.312
2
3
4
Lucratividade Final:
PERÍODO REL ROL Taxa SETOR
1 18.670 223.312 11,3
2 10,9
3 8,4
4 8,1
Rentabilidade do Capital Próprio:
PERÍODO RELd PLi PLf R
1 15.752 66.172 90.042
2
3
4
Análise Vertical:
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
COMPONENTES 1 % 2 % 3 % 4 %
Receita Líquida 223.312 100 328.630 100 390.272 100 584.778 100
Custo de Produtos Vendidos
123.978 180.456 217.956 354.958
Lucro Bruto 99.334 148.174 172.316 229.820
Despesas 73.696 105.360 124.658 178.176
Lucro Líquido 25.638 42.814 47.658 51.644
Outras Receitas 6.198 8.972 10.282 44.156
Outras Despesas 13.166 26.450 50.154 78.872
Lucro Líq. Exerc. (antes I.R.)
18.670 25.336 7.786 16.928
Imp. Renda 2.918 4.130 210 108
Lucro Líq. Exerc. (após I.R.)
15.752 21.206 7.576 16.820
35
Fator de Insovência:
Indicadores Fórmula Peso 1 2 3 4
Bal. Pond. Bal. Pond. Bal. Pond. Bal. Pond.
Rent. Capital Próprio
+ 0,05
Liquidez Geral + 1,65
Liquidez Seca +3,55
Liquidez Corrente
-1,06
Endividamento -0,33
2. Admita uma empresa com a seguinte situação:
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponível 9.000 Fornecedores 20.000
Duplicatas a Receber
30.000 Impostos a Recolher 12.000
Estoques 11.000 Outras Dívidas 8.000
Total 50.000 Total 40.000
Pede-se:
a) Calcular o Índice de Liquidez Corrente. b) Melhorar este índice passando-o para 1,40, comentando a sua decisão.
3. Admita uma empresa com a seguinte situação:
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponível 1.000 Fornecedores 2.000
Duplicatas a Receber
6.000 Imp. A Recolher 6.000
Estoque 2.000 Empréstimos 7.000
Outras Dívidas 3.000
Total 9.000 Total 18.000
Pede-se:
a) Calcular o Índice de Liquidez Corrente. b) Calcular o Índice de Liquidez Seca
36
c) Se adquirirmos R$ 8.000 de estoques a curto prazo, para quanto passaria o Índice de Liquidez Seca?
4. Em épocas de inflação alta é interessante ter um Índice de Liquidez Imediata elevado? Por quê? 5 . Indique a relação correta, considerando a seguinte simbologia: AC – Ativo Circulante; PC – Passivo Circulante; CCL – Capital Circulante Líquido; LC – Liquidez Corrente ( ) LC = CCL + AC PC ( ) LC = AC – PC CCL ( ) LC = PC + CCL AC ( ) LC = 1 + CCL PC
6. Uma empresa tem Ativo Circulante de R$ 1.800.000 e Passivo Circulante de R$ 700.000. Se fizer uma aquisição extra de mercadorias, a prazo, na importância de R$ 400.000, seu índice de Liquidez Corrente será de: ( ) 3,10 ( ) 1,60 ( ) 4,60 ( ) 2,00
7. A Diretoria Financeira da Cia. Itamaracá estabelece como política: manter o
capital circulante líquido da empresa sempre positivo e acompanhar
continuamente o desempenho dos seus índices de liquidez. Para colocar em
prática essa determinação, a empresa efetua a quitação de 50% do saldo do
passivo circulante, que venceria em até 120 dias. Quais as alterações que o
registro desse evento produz no Capital Circulante Líquido (CCL) e no Índice de
Liquidez Corrente (LC) ? Simular valores e discriminar os cálculos.
CCL LC
( A ) Não altera Não altera
38
8. Com base nas Demonstrações Financeiras a seguir, calcular os Índices de Liquidez (quatro) para 2003.
BALANÇO PATRIMONIAL CIA. BOA DE PAPO
ATIVO PASSIVO E PAT. LÍQUIDO
31-12-2002 31-12-2003 31-12-2002 31-12-2003
Circulante Circulante
Caixa 10.000 28.000 Fornecedores 5.000 5.000
Dupl. A Receber 15.000 50.000 Contas a pagar 4.000 4.000
Estoques 30.000 15.000 Imp. Renda 8.000 2.000
Total Circulante 55.000 93.000 Total Circulante
17.000 26.000
Não Circulante Não Circulante
C/C Empresas Coligadas
12.000 5.000 Financiamentos 0 30.000
5.000 0 30.000
Pat.Líquido
Investimentos Coligadas
8.000 15.000 Capital 72.000 87.000
Imobilizado 20.000 40.000
(-) Dep.Acumulada (6.000) (10.000) Total P.Líquido 72.000 87.000
34.000 45.000
Total 89.000 143.000 89.000 143.000
9. Com base nos índices seguintes, preencha os espaços em branco:
ATIVO PASSIVO E PL
Circulante Circulante
Caixa e Bancos Diversos a pagar
Dupl. A receber
Estoques Não Circulante
Circulante total Financiamento
Não Circulante Pat.Líquido
Investimentos 20.000 Capital 100.000
Imobilizado 40.000 Reservas
Intangível Pat.Líquido total
Total 200.000 Total
a) A Liquidez Corrente é igual a 1,60 b) 40% do Ativo são financiados com Capital de terceiros c) A Liquidez Geral é igual a 1,40 d) A Liquidez Imediata é igual a 0,2857... (arredondar) e) A Liquidez Seca é igual a 1,00
39
10. Comparemos a Empresa Prosperidade com a Cia. Conservadora:
Prosperidade
Ativo Passivo
Circulante 4.200 Circulante 3.100
Imobilizado 5.800 ELP 2.900
PL 4.000
Total 10.000 Total 10.000
Analise os Índices de Endividamento (três) de ambas as empresas fazendo comentários comparativos. 11. O Banco Enjoadinho dispõe em seu Manual de Normas que o limite de crédito para seus clientes será estipulado de maneira que o Capital de Terceiros não ultrapasse 60% dos recursos totais antes da concessão do empréstimo. Seu cliente, A Rainha da Massagem, apresenta o seguinte Balanço Patrimonial resumido:
ATIVO PASSIVO E PL
Circulante 180.000 Circulante 400.000
Realizável L.Prazo 320.000 Exigível L.Prazo 200.000
Imobilizado 700.000 Pat.Líquido 600.000
Total 1.200.000 Total 1.200.000
O limite de crédito dessa empresa será: ( ) 720.000 ( ) 360.000 ( ) 120.000 ( ) 60.000
12. Quando uma empresa substitui dívidas de longo prazo por dívidas de curto prazo, o que acontece com o seu endividamento (quantidade e qualidade da dívida)? 13. Calcule os índices de atividades para 2003 (três) da Cia. Moderna (PMRV, PMRE, PMPC), além da NCG – em dias e valor. Considerar apenas os saldos finais de 2003.
BALANÇO PATRIMONIAL
31-12- X3 31-12- X3
Ativo Circulante Passivo Circulante
Caixa 1.000 Fornecedores 1.000
C.Receber 1.000 Comissões a pagar 200
Estoques 1.800 Pró-labore a pagar 200
Desp.Antecipadas 200 Sal. A pagar 500
Conservadora
Ativo Passivo
Circulante 4.200 Circulante 4.000
Imobilizado 5.800 PL 6.000
Total 10.000 Total 10.000
40
Total do Ativo Circulante
4.000 Juros a pagar 1.500
Emp.Bancários 3.000
Total P.Circulante 6.400
Vendas Líquidas 12.000
Estoque inicial 1.000
Compras 5.000
14. Uma empresa com PMRE (Prazo Médio de Renovação de Estoques) igual a 20 dias e PMRV (Prazo Médio de Recebimento de Vendas) igual a 45 dias terá um ciclo operacional igual a: ( ) 25 dias ( ) 65 dias ( ) 35 dias 15. Sabendo-se que o estoque final de 2003 da empresa XYZ é de R$ 9.836.400 e que a empresa demora, em média, 90 dias para vender seus estoques e 60 dias para recebe-los (vendas a prazo), que o custo da mercadoria vendida representa 60% das vendas, qual será o valor das Duplicatas a Receber para 2003? 16. A Cia. XYZ possui ciclo operacional igual a 88 dias e PMPC (Prazo Médio de Pagamento de Compras) igual a 90 dias. Nesse caso temos que: ( ) O ciclo financeiro dessa empresa será de 178 dias ( ) A empresa terá que se financiar em 2 dias ( ) A Cia. Tem uma folga financeira de 2 dias ( ) O Ciclo Financeiro da empresa é de 218 dias 17. Calcule os índices de atividades (três) da Cia. Playboy:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO 31-12-X2 31-12-X3 31-12-X4
Circulante
Disponível 1.000 1.400 2.000
Dup. A Receber 10.000 12.000 15.000
Estoques 6.000 7.150 8.370
Circulante total 17.000 20.550 25.370
Fornecedores 1.000 1.600 2.000
41
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
Receita Bruta 50.000 80.000 140.000
(-) Deduções (5.000) (8.000) (14.000)
Receita Líquida 45.000 72.000 126.000
(-) CPV (23.000) (36.800) (64.400)
Lucro Bruto 22.000 35.200 61.600
Compras 10.000 15.000 21.000
18. Considere as demonstrações contábeis a seguir:
Ativo
Disponível 500
Dup. A Receber 2.500
Estoques 2.000
Imobilizado 4.000
Ativo Total 9.000
Passivo/PL
Circulante (Fornecedores) 2.000
Exig. Longo prazo 1.000
Patrimônio Líquido 6.000
9.000
DRE
Vendas 7.000
CMV (4.400)
Lucro Operacional Bruto 2.600
Despesas Operacionais (2.000)
Lucro Operacional Líquido 600
Obs.: Compras do ano: $ 6.000 Calcule os seguintes indicadores, evidenciando os cálculos:
a) Endividamento total b) Margem Líquida c) Retorno do patrimônio líquido d) Capital de terceiros e) Ciclo Operacional
19. Considerando que a margem de lucro é de 12%, o valor das vendas líquidas $ 10.000 e o ativo total de $ 4.000, pede-se calcular o Lucro líquido, a Rotação do Ativo e a taxa de retorno do Investimento.
42
20. Considere as demonstrações contábeis a seguir:
Passivo
Circulante (Fornecedores) 2.000
Exig. Longo prazo 1.000
Patrimônio Líquido 6.000
9.000
DRE
Vendas 7.000
CMV (4.400)
Lucro Operacional Bruto 2.600
Despesas Operacionais (2.000)
Lucro Operacional Líquido 600
Calcule os seguintes indicadores, evidenciando os cálculos: a) Índice de Liquidez Corrente b) Endividamento total c) Margem Líquida d) Retorno sobre Investimentos e) Pay Back Investidores (mercado)
21. Considere os balanços e as DREs da questão anterior, além de: Estoque inicial = 2.400 Calcule: a) PMRV b) PMRE c) PMPC d) Ciclo operacional e ciclo de caixa e) NCG (valor)
BALANÇO
Ativo
Circulante
Disponível 500
Dup. A Receber 2.500
Estoques 2.000
5.000
Permanente 4.000
9.000
43
22. Se a Taxa de Retorno sobre Investimentos da empresa é de 14,30%. O
“payback” será de:
( ) 5 anos ( ) 7 anos ( ) 9 anos ( ) 11 anos 23. O Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido mostra quanto a empresa imobilizou de recursos do seu Patrimônio Líquido. O que podemos dizer quando este índice é igual a 15%? 24. Uma empresa possui imobilizado de R$ 20.000 e Patrimônio Líquido de R$ 15.000. Os acionistas estão pretendendo aumentar o capital com integralização a ser feita em bens móveis, a fim de reduzir o atual quociente de imobilização. Considerando X como o aumento de capital, qual o seu valor para que o quociente de imobilização passe a ser de 110%? ( ) 15.000 ( ) 25.000 ( ) 35.000 ( ) 20.000