demanda por moeda keynes

Upload: thiago-cavalcante

Post on 12-Jul-2015

43 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 5/11/2018 Demanda Por Moeda Keynes

    1/10

    separados, nem mesmo mentalrnente, alern do mais, certa soma reservada princi-palmente para urn fim e de modo secundario para outro pode ser, na realidade,destinada de modo diverse. Portanto, e licito considerar a demand a total de moeda,em termos do individuo ou da empresa, em determinadas circunstancias, comouma decisao (mica, para a qual concorrem varies motivos diferentes". Todavia,para fins de analise economica, e legitime considerar independentemente essesmotives, para que, afinal, se possa agrega-los e entao construir uma funcao tfpicada demanda de moeda, que resulte da influencia dos fatores subjacentes a cada urndeles.

    2.2.2 A DEMANDA DE MOEDA NA VERSAO KEYNESIANAA partir dos tres motivos que levam a retencao de ativos monerarlos, Keynesconstituiu uma funcao de demanda de moeda constitufda de dois componentes

    distintos. 0 primelro, englobando os motive-s transacao e precaucao, varia grossomodo proporcionalrnente a renda rnonetaria. 2 0 segundo, derivado do motivo-es-peculacao, varia inversamente com a taxa de [uros,o desdobrarnento desses dais componentes da demanda de moeda leva a se-guinre expressao:

    onde L indica a demanda total de moeda para atender as [re S finalidades basicasque levarn os agentes economicos a reter ati vas rnonetarios: II indica a demandapara fins transacionais e precaucionais, a qual, como j a assinalamos, e funcao darenda moneta ria y; L~.indica a demanda par 1especulacao, admitida como funcaoda taxa de juros t.

    Para melhor ordenamento da analise dessa funcao, vamos focalizar separada-mente cada urn de seus dais componentes. Iniciarernos pela demanda para transa-< ;OCS .

    Demanda deMoeda para Transacoes. Este componente foi exaustivamen-te examinado na versao classica. Nao houvesse 0 componente especulativo, a ver-.sao keynesiana estaria bastante proxima daclassica, dada a similaridade do enten-dimento das duas versoes quanta a retencao de ativos monetarios para fins transa-cionais, Em ambas, essa demanda, ern nfvel agregado, expande-se em proporcaoao montante da renda monetaria da econornia, A Figura 2.4.,que reproduz a de-ruanda agregada para transacoes na versao keynesiana, L t, revela a proxirnidadedas duas versoes, Como ali se observa, os deslocarnentos dessa dernanda s6 ocor-

    2. Para simplificar a analise, vamos admitir as preco: como constantes, Neste caso, as conceitos derenda real e de renda nominal se tornam iguais,70 ECO\lOMLA. MONETARIA

  • 5/11/2018 Demanda Por Moeda Keynes

    2/10

    rem a medida que se observarem desJocamentos no montante do rendimento agre-gado.

    F IGURA 2.4 Demanda agregada de moeda para transacoes, Lf1 na uersaokeynesiana .. Em (a), eoidencia-se que esta demanda varia emJunr;iio da renda monetdria. Sendo esta demanda independente dataxa deJuras} euidencia-se em (b) que 0montante I[ se desloca ii me-dida que ocorrem deslocacoes no montante da renda.

    Cabe, no entanto, registrar, no que se refere a versao keyneslana, os seguintespontos difereneiais:

    o Em epoca de desemprego, tratando-se de uma econornia modema regi-da por contratos, as precr IS e os salaries nao estao livres para variar au-tomaticamente e assim promover 0 reajustamento natural do sistema. econornlco. 0 que na realidade ocorre, segundo Keynes, e que asquantidades produzidasse ajustam aos niveis cia demanda efetiva. Isrosignifica que os simples ajustamentos no nivel dos precos, resultantesc ia interacao da oferta e da demanda monetarias, nao sao condicoes su~ficientes para qu.e a economia opere em situacao permanentementepr6xima do plena emprego.

    D Na versao keynesiana a velocidade da moeda e considerada como va-navel, 0 que a distingue :l a versao dos economistas classicos, para asquais essa velocidade era admitida como constante a curto prazo,Keynes chega a essa conclusao pela lntroducao da demanda de moedapara especulacao, L;

    A DEMANDA DE \10F.DA: lIMA SfNTESE DAS PRINCIPAlS VERSOES 71

  • 5/11/2018 Demanda Por Moeda Keynes

    3/10

    D No ambito dos rnotivos transacionais e precaucionais Keynes insere apossibilidade de retencao de moeda para 0 atendirnento de deterrnina-das despesas planejadas e nao apenas para fazer face a s despesas cor-rentes doperiodo. Isto significa que podem ocorrer aumentos na quan-tidade demandada de moeda para transacoes, precedidos de expansaono montante do rendimento agregado. Neste ponto levanta-se 0 pro-blema do sentido da causalidade entre moeda e atividade economica.

    Demanda de Moeda para Especula~ao. Este segundo cornponente dafun-cao agregada da demanda de moeda na versao keynesiana varia, conforme ja assi-nalamos, inversamente a s expectativas sabre 0 comportarnento futuro da taxa dejuros, Embora a s intluencias da incerteza e da taxa die juros sabre a clemanda agre-gada de moeda ja houvessem sido abordadas par Alfred Marshall (em Principles ofeconomics, de 1890, e, particularmente, em Money, credit andcommerce, de 1923),s6 com Keynes e que essas condicionantes sao analisadas com maior propriedade ecom mais profundidade, tornando-se alvo de urn tratarnento multo mais formal doque simplesmente intuitive.

    As ideias de Keynes sobr.e 0 rnotivo-especulacao sao de facil entendimento eassimilacao, No entanto, pam a sua exposicao formal, torna-se indispensavel 0au-xilio de algumas expressoes exrraidas da maternatica financeira. 0 ponto funda-mental em que sc ap6ia a versao keynesiana esta em admitir nao ser de modo al-gum irracional que os agentcs econornicos retenham ativos monetarios ociosos, es-perando que os precos dos titulos se alterem QU, 0 que e a mesma coisa, que as ta-xas de juros mudem. Aexpectativa da queda dos precos dos titulos e a consequenteelevacao da taxa de juros possibilitam ganhos ilicitos que, embora especulativos,podem contribuir positivamente para a expansao da riqueza dos agentes economi-cas que tenham tido a oportunidade de adquirir titulos nas fases de queda de seusprecos, vendendo-os posteriormente a precos mais altos. Esse tipo de operacao im-plica ganhos decorrentes da previsao correta dos movirnentos futuros das taxas dejuros,

    Arelacao entre a taxa de juros e 0 preco dos titulos pode ser facilmente expli-cirada, Suponharnos que um agente adquira urn titulo de longo prazo e de rend afixa, cujo valor nominal seja de R$ 100.000,00, pagando juros de 3% ao mes em rela-cao ao valor nominal, 0que possibilita urn rendimento fixo mensal de R$ 3.000,00.Se, por flutuacoes manifessadas no mercado Iinanceiro, decorrentes da natural insta-bilidade dos negocios, esse mesrno titulo venha a ser negociado em varias ocasioesdiferentes, a precos superiores e inferiores ao seu valor nominal, e evidente que astaxas de juros efetivamente recebidas pelos diferentes compradores esrarao rela-cionadas, como mostram as diversas hip6teses reproduzidas na Tabela 2.2;.aos pre-cos pagos pelos titulos quando esses foram transacionados no mercado financeiro,Como se verifica nas diferentes hip6teses assumidas, falar em elevacao dos precosdos tirulos e equivalente a falar em queda nas raxas de [uros, inversamente, quando72 ECON01l.1lA MONETAIHA

  • 5/11/2018 Demanda Por Moeda Keynes

    4/10

    ocorrem quedas nos precos dos titulos ha equivalentes elevacoes nas taxas de jurosefetivamente pagas aos seus detentores. Isto e uma decorrencia direta do fato dostitulos serem de renda fixa e a longo prazo, como eram os consols, titulos existentesno mercado flnanceiro Ingles a epoca em que Keynes publicou a Teorta geral.

    TABELA 2.2 Relacoes entre osprecos de mercado e as correspondentes taxas de Ju-ros de urn titulo de renda fixa.

    A linha de raclocmio seguida par Keynes esta fundamentada ness a relacaosimples entre os precos de mercado dos titulos de renda fixa e as correspondentestaxas de juros auferidas pelos dctentores. A atencao de Keynes concentrou-se nasexpectativas sobre 0comportamento futuro desses precos e de suas corresponden-tes texas, correlacionando-as com a demanda de moeda para especulacao, Admi-tindo que os agentes econ6micos manteriam seus excedentes de renda em relacaoa s suas necessidades de consumo (isto e , suas poupancas) soh a forma de ativosmonetarios ou de titnlos adquiridos no mercado financeiro, Keynes observou que,quando os precos dos titulos estavam altos e as taxas de juros baixas, os agenteseconomicos revelavam, de uma forma geral, forte propensao a manter aqueles ex-cedentes sob a forma de ativos monetarios na expectatioa de que as precos cats-seme ensejassem, se adquiridos quando entao se encontrassem em queda, rnaioresganhos especulativos. Inversamente, estando baixos os precos dos tfrulos e altas astaxas de juros, a rnanutencao de saldos monetarios para fins especulativos tendia ase reduzir, dada a preferencia que entao se estabelecia por aplicacoes em titulos, naexpectatiua de que seus precos se elevassern, ensejando rnaiores ganhos especula-tivos,se vendidos quando entao se encontrassern em alta. Aqui, cabe registrar queKeynes explicitamente admitiu que os substitutos para a moeda, como reserva devalor, eram as titulos de longo prazo e renda fixa. Os hens ffsicos nao foram adrniti-

    A DEMAI\"T)A DE MOEDA; UMA SiNTFSE DAS PRINCIPAlS VERSOES 73

  • 5/11/2018 Demanda Por Moeda Keynes

    5/10

    dos como bons substitutes pard a rnoeda, na cornposicao do portfolio dos agenteseconomicos, pelo faro de esses hens nao possuirem urn mercado amplo e organiza-do para as suas transacoes e) consequentemente, nao poderem ser transformadosem moeda rapidarnente e sem perda substancial de valor. 0eduzido grau de liqui-dez desses tipos de hens e que teria levado Keynes a raciocinar em term os de moe-da ou titulos.

    A forca dessas expectativas sobre 0comportamento futuro da taxa de juros emrelacao ao rendimento fixo dos tftulos de valor nominal pode ser apresentada demodo mais formal com 0auxilio de algumas das mais simples expressoes da mate-matica financeira. Assirn, admitindo que 0 prec;o que urn agente esta disposto a pa-gar por urn titulo corresponds ao valor atual dos rendimentos futuros que ele espe-ra auferir desse titulo e que a serie desses rendimentos seja relativarnente longa econstante em termos absolutes, temos:PT =VA= RTi

    onde PT e 0preco do titulo que 0agente esra disposto a pagar; VA eo valor atualcia serie de rendimentos ensejados pelo titulo; RT e0rendimento fixo do titulo porunidade de tempo; e i a taxa de juras. Esta expressao evidencia formalmente 0que ja haviamos mostrado anteriormente quanta a relacao existente entre PT e i.A expansao (ou reducao) da taxa de juros implica a reducao (ou expansao) do pre-(0do titulo. Estes dois componentes variam inversamente.Mas, para 0 equacionarnento complete da versao keynesiana da demanda demoeda para especulacao, cabe ainda explicit.ir como e que se formam as expectati-vas sobre as variacoes futuras dos precos dos tirulos ou das taxas de juros, Quandoa este aspecto, Keynes assumiu, alias, engenhosarnente, a hiporese de que os agen-tes econ6micos deveriarn ter em mente alguma coisa paredda com uma taxa nor-mal de Juras - lima especie de media ponderada das taxas de juros passadas, ex-perirnenralmente registradas no historico das aplicacoes financeiras de cada agen-te. Quando a taxa de juros de mercado se encontrava muito afastada deste conceitoindividual de taxa normal, a expectativa sabre 0comportarnento futuro da taxa demercado era a sua volta a situacao admitida como de normalidade. Assim, se a taxade juros de mercado estivesse acima da taxa adrnitida como normal, 0que se apre-sentava como mais provavel, em termos de previsao quanta ao futuro, era umaqueda na taxa de mereado e 0 consequente aumento do preco dos titulos. 0 inver-so aconteceria, segundo as expectativas Individuals, quando a taxa de juros de mer-cada estivesse abaixo da taxa admit ida como normal; neste caso, as expectativasseriam no sentido de uma alta na taxa de jUTO$) equivalente a uma queda no precodos titulos. Como Keynes assinalou, "a nao ser que existam razoes multo fortes paracrer que a experiencia futura sera. muito difcrente da passada, uma taxa de Jurasmuito baixa gera expectativas de rendiment corrente que mal bastam para com-74 fC:ONOMIAMONETARIA

  • 5/11/2018 Demanda Por Moeda Keynes

    6/10

    pensar os ternores pelos riscos assumidos: mas se a taxa de juros dos titulos a longoprazo estiver alta, hi vantagern em sacrificar a liquidez monetaria, a nao ser que umbalance de probabilidades faca esperar que ela se eleve ainda mais" > Ao assumiressa linha de raciocfnio, fundada em expectarivas sobre cornportamentos futures,Keynes foi ainda alern, ao admitir expl icitamente: "Torna-se portanto evidente que,vista sob este angulo, a taxa de juros rcsulta de componentes fortemente psicologi-cos."

    Admitindo estas hipoteses basicas, vamos entao considerar 0 tipo de racioci-nio adotado por um agente economico que disponha de determinado excedentede renda em relacao as suas necessidades de consume. De acordo com a linhakeynesiana, sua decisao sera sobre a alocacao desse excedente - se sob a forma de sal-dos monetarios ou sob a forma de titulos. Ao decidir se a alocacao sera em tftulos, 0agente economico procurara medir 0 retorno total do titulo, Rt"!', que sera dadopela soma dos [uros, i, mals os possiveis ganhos previstos de capital, g.

    Sendo, como ja vimos:PT = RTi

    os juros pod em ser expresses par:RT-~PT

    J a 0 segundo componente do retorno total dotltulo, os ganhos de capital, po-dera ser expresso, em termos percenruais, por:

    PV -PTg ~ PT

    onde PV' " e 0 preco de venda esperado do titulo.Assim sendo, por definicao inicial, 0 retorno total do titulo e dado por:

    RTT = i +gDadas essas deflnicoes, vamos procurar agora reduzir os ganhos de capital a

    termos da taxa de juros de mercado e c ia taxa de juros esperada, no sentido de queo retorno total possa ser expresso em iermos de uma unica variavel=- as [uros. Comesse objetivo, partindo da expressao inicial de ge procedendo a s substituicoes pos-sivels, temos:

    A DEMANDA DE .!l.rOEDA: liMA SINTESE lJAS PRINC IPAl S V f. :H S ()l< : S 75

  • 5/11/2018 Demanda Por Moeda Keynes

    7/10

    RT RT RT RT RTR = PV * __ PT = .i:__ . : . . i _ ; . : : : - _i_*__ _ _ _ L . = _ 1 _ *_ _ , 1

    PT RT RT RT RTi i i i

    OU, simplificando:ig =--1i *

    Logo, expressando 0retorno total do titulo em funcao das taxas de mercado eesperada de juros, temos.RTT = i + _ ! . - - 1

    i Nestes termos, se a taxa de juros esperada, r. for maior que a taxa de juroscorrente no rnercado, 0 retorno total do titulo sen'! menor que zero; neste caso, aoassumir esta expectativa, 0agente econornico preferira reter saldos monetarios. Nocaso inverso, se a taxa de juros esperada, i~ for menor que a taxa de juros de mer-cado, 0 retorno sera positive e 0 agente, atuando racionalmente, retera titulos. En-tre as duas hipoteses assumidas, ha uma terce ira possibilidade - a de a taxa de juros

    esperada ser igual a taxa de juros de mercado. Neste caso, 0agente sed. indiferenteentre a retencao de saldos rnonetarios e a a([uisicao de titulos.Ha, assim, 0que se poderia chamar de taxa critica de juros, ic - a taxa queiguala 0 retorno total do titulo a zero, E com base nessa taxa que 0 agente tornarasua decisao. Preferira titulos se a sua taxa critica estiver abaixo da taxa de mercado;se estiver acima 0 agente preferira moeda, Ern terrnos graficos, esse comportamen-to individual resulta uma relacao descontinua como a reproduzida na Figura 2.5(a). Como se observa, 0ponto de descontinuidade, que representa ser 0agente in-diferente a titulos au moeda, ocorre quando a taxa de juros de mercado esta ao ni-

    vel da taxa critica de juros, t e .Esse raciocinio, ate aqui baseado no comportamento individual, e de faciltransposicao para a economia agregativamenre considerada, E evidente que, sendoas taxas esperadas de jUfOS resultantes de expectativas individuals, sempre existiraoem dado momento diferentes expectativas e diferentes taxascriticas: cada agenteeconornico, ern funcao de suas experiencias passadas e de seus sentimentos pre-sentes, tern a sua pr6pria taxa crftica. Todavia, e de se esperar quel estando a taxacorrente de juros multo baixa, a maioria dos indivlduos estara com a sua taxa criticaacima da taxa de rnercado; neste caso, a maio ria dos agentes preferira moeda a titu-los. Caso contra rio, estando a taxa de mercacto em nfveis reconhecidamente altos,estes estarao, para a maioria dos agentes, aci-na de suas taxas crfticas pessoais, fa-76 ECONOMIA MONETARIA

  • 5/11/2018 Demanda Por Moeda Keynes

    8/10

    zenda com que os individuos prefiram titulos a saldos monetarios. Exernplificando,como rnostramos na Figura 2.5 (b), qualquer taxa de juros que se imaginar dividiraa distribuicao de frequencias fic em duas areas. Suponhamos cluas diferentes taxasde juros - uma baixa, iI, e uma aim i2. Para . taxas de juros baixas, como ill amaloria dos individuos tern a taxa cntica acima da taxa de mercado, logo; prevale-cendo taxas de juros baixas como ill a maioria dos individuos prefcrira moeda a ti-tulos, Para taxas de juros altas, como ~, a maioria dos indtviduos tern a taxa criticaabaixo de mercado; logo, nesta situacao, preferira titulos a moeda. Sendo assim, fa-zenda variar a taxa de juros, pode ser tracada uma funcao de demanda de moedapara fins especulativos, como a da Figura 2.6. Em nivel agregativo, quando as taxasde juros estao altas, a demanda de moeda para especulacao, L S I e baixa, expandin-do-se a medida que as taxas de juros demercado se reduzem.

    F IGURA 2 .5 A decisao individual de reter moeda ou de aplicar em titulos Ii ado-tada a partir de expectauuas sobre 0 comportamento da taxa de ju-ros, Em (a), sendo ic a taxa critica de juros, 0agente economico de-cide reter moeda para especulaaio para quaisquer taxas abaixo deiei para taxas superiores, preferird titulos ..No ponte de descontinui-dade dessa funcao, 0agente sera indiferente quanta a destinacdo desua riqueza. Em (b), como cada indioiduo tem a sua taxa critica. e.x-plicada em cada caso por udrios tipos de fatores, a distribuicdo dastaxas criticas tende para uma "curua norma!". Os ualores das taxascriticas tendem a se concentrar em lorna de urn valor media, t;

    Embora revele a existencia de urna relacao inversa entre a taxa de juros e a de-manda de moeda para especulacao, a funcao L s apresenta urn segmento perfeita-mente elastico em relacao a i. Neste segrnento, geralmente conhecido POf arma-dilba da iiquidez, os que possuem ativos monetarios sao unanimes quanta a ex-

    A DEMANDA DE \10EOA: UM..4.SINTESE DAS PRINCIPAlS VERSGES 77

  • 5/11/2018 Demanda Por Moeda Keynes

    9/10

    pectativa de que a taxa de juros ja se encontra tID baixa que nao seria possfvel bal-xar aindamais - isto equivale a dizer que ninguem espera que os pl!e~os dos tftulosse elevern ainda rnais. Estando a funeao nesse segmento, estabelece-se uma verda-deira armadilha para as autoridades monetarias, no sentido de que estas nao Iogra-rao exitb se, nesse instante, desejarem baixar ainda mais a taxa de juros via expan-sao da oferta monetaria.

    I

    'Sl."

  • 5/11/2018 Demanda Por Moeda Keynes

    10/10

    As Demandas para T'ransa~i< e Especulaeao Reunidas. Por fim, cabe re-tornar a funcao da demanda de moed 1dada por Keynes e reunir as dernandas paratransacao e para espec ulacao, vistas separadarnenre par razoes formais. Essa jun-~aoesta graflcarnente 'epresentada ra Figura 2.7.

    F IGURA 2 .7 A. (unfit,) de demanda agregada de moeda, L) na versiio eeynesiana,resuita da soma das funcies das demandas agregadas para tran-sacoes, Jt, e especuiac.io, 4,. A primeira e inelastica em relacdo ataxa de .uros; a segunda descreue uma funcdo continua, tornando-se perfeit amente elastica a essa taxa apartir doporno em que esta caia niuel cidmitido come minima pelos agentes economicos.

    Retornandr ao ponto inicial, a d(manda de moeda na versao keynesiana e ex-pressa por dais camponentes distintos: urn inteiramente inelastico em relacao ataxa de juros, pois deriza do nivel da renda monetaria, outro, agregatlvamente ex-presso como uma func.io continua, e apresentado como influenciavel pela taxa dejuros, Para chegarmos ~ dernanda total de moeda, devemos, como foi formahnentedado de inicio, s.omar estes dais con.ponentes, expresses par:L =L (Y) + Ls (I)

    Na Figura 2.7 esta soma esta gf