decomtec 1 departamento de competitividade e tecnologia a situação econômica atual do brasil e as...

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DECOMTEC 1 DECOMTEC Departamento de Competitividade e Tecnologia A situação econômica atual do Brasil e as expectativas para a indústria em 2015 SEESP - Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo 22 / 06 / 2015 Renato Corona Fernandes Gerente

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DECOMTECDepartamento de Competitividade e TecnologiaA situao econmica atual do Brasil e as expectativas para a indstria em 2015SEESP - Sindicato dos Engenheiros no Estado de So Paulo22 / 06 / 2015Renato Corona FernandesGerenteDECOMTECn12Federao das Indstrias do Estado de So Paulo - FIESPPRESIDENTEPaulo Skaf

Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTECDIRETOR TITULARJos Ricardo Roriz CoelhoDIRETOR TITULAR ADJUNTOPierangelo RossettiDIRETORIAAlmir Daier AbdallaCassio Jordo Motta VecchiattiCludio GrinebergCludio Sidnei MouraDenis Perez MartinsEduardo Berkovitz FerreiraEduardo Camillo PachikoskiElias Miguel HaddadFernando BuenoFrancisco Florindo Sanz EstebanJorge Eduardo Suplicy FunaroLuiz Carlos TripodoManoel Canosa MiguezMarcelo Jos MedelaMarco Aurlio MilitelliMario William EsperMauricio Marcondes Dias de AlmeidaOlvio Manuel de Souza vilaRafael Cervone NettoRobert Willian Velsquez Salvador (Representante do CJE)Ronaldo da RochaTarsis AmorosoWalter BartelsEQUIPE TCNICA Departamento de Competitividade e TecnologiaGERENTERenato Corona FernandesEQUIPE TCNICAAdriano Giacomini MoraisAlbino Fernando ColantuonoAndr Kalup VasconcelosCaio de Paiva GarzeriClia Regina MuradDaniele Nogueira MilaniDbora Bellucci MdoloEgdio Zardo Juniorrica Marques MendonaFernando Momesso PelaiJuliana de SouzaLus Menon JosLuiz Fernando CastelliPaulo Sergio Pereira da RochaSilas Lozano PazVinicius Rena PereiraESTAGIRIOGustavo Dimas de Melo PimentaGustavo Manzotti Simes

APOIOMaria Cristina Bhering Monteiro Flores

ObjetivosDemonstrar os determinantes da importncia da indstria de transformao para o desenvolvimento econmicoExpor as causas e consequncias do Custo Brasil e da sobrevalorizao cambial na indstria de transformaoAbordar perspectivas para a economia brasileira nos prximos anosDECOMTECn3Estrutura1Comparativos internacionais: Indstria e Desenvolvimento2Desempenho recente da ind. transformao brasileira3Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos4Consequncias do Custo Brasil5Expectativas para 2015DECOMTECn4Estrutura1Comparativos internacionais: Indstria e Desenvolvimento2Desempenho recente da ind. transformao brasileira3Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos4Consequncias do Custo Brasil5Expectativas para 2015DECOMTECn5Por que a Indstria importante para o desenvolvimento?

Os pases desenvolvidos se desindustrializaram naturalmente, quando o PIB per capita atingiu um valor mdio de US$19,5 mil (PPC a preos constantes de 2005). A desindustrializao no Brasil comeou, em 1985, com um PIB per capita de US$7,6 mil (PPC a preos constantes de 2005).DECOMTECn6Por que a Indstria importante para o desenvolvimento?Fontes: Banco Mundial, FMI e IBGE. Elaborao DECOMTEC/FIESP

DECOMTECn7Por que a Indstria importante para o desenvolvimento?

Fontes: Banco Mundial, FMI e IBGE. Elaborao DECOMTEC/FIESPDECOMTECn81Comparativos internacionais: Indstria e Desenvolvimento2Desempenho recente da ind. transformao brasileira3Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos4Consequncias do Custo Brasil5Expectativas para 2015DECOMTECnDe 1995 a 2014, o PIB da indstria transformao cresceu menos da metade do crescimento do PIB TotalPIB indstria de transformao = 30,6% (somente 1,4% a.a.)PIB total = 73,2% (2,9% a.a.)

Fonte: Sistema de Contas Trimestrais. Ref. 2010. (IBGE). Elaborao: DECOMTEC/FIESP.Evoluo do PIB Total e do PIB da Indstria de Transformao. 1995-2014Base 100: 1995DECOMTECnO incremento do consumo interno foi abastecido majoritariamente por importaes... E no foi acompanhado pela produo industrialDe 2003 a 2014, o volume das vendas no comrcio aumentou 110,5%, enquanto a produo fsica da indstria de transformao cresceu somente 15,7%Nem mesmo o dinamismo do consumo foi capaz de recuperar a produo industrial ...Participao dos importados no crescimento do consumo de bens industriais:2008 e 2010 = 40%2011 = 100%2013 = 89,3%

Fonte: Banco Central do Brasil - Relatrio de inflao: junho/2012, e Derex/FIESP -Coeficientes de Exportao e Importao, fev./2014.Fonte: PIM; PMC - Srie dessazonalizadas. (IBGE). Elaborao: DECOMTEC/FIESP.

Base: mdia de 2003 = 100DECOMTECn11Indstria de Transformao Coeficiente de penetrao das importaesA produo nacional est sendo substituda pelas importaes, ou seja, perdendo o mercado internoFonte: FUNCEX

Em 2003, a cada dez produtos industriais vendidos no Brasil, um e meio era importadoEm 2014, a cada dez produtos industriais vendidos no Brasil, dois foram produzidos fora do pasDECOMTECnFonte: FUNCEX. The Economist. Elaborao DECOMTEC/FIESP.A indstria tambm perdeu participao nas exportaes do pasAs exportaes da Indstria passaram de 86% da pauta em 2000 para 64% em 2014

DECOMTECnImpacto do Custo Brasil e do Cmbio Sobrevalorizado no comrcio de manufaturados

Em 2008, o dficit de manufaturados era de US$ 39,8 bilhes.Em 2013, o dficit de manufaturados foi de US$ 105,0 bilhes, decorrente de anos seguidos com elevado Custo Brasil e cmbio sobrevalorizado.Fonte; SECEX(MDIC). Custo Brasil(DECOMTEC/FIESP). Elaborao: DECOMTEC/FIESP

Em 2014: dficit de US$ 109,4 bilhes no comrcio de produtos manufatu-radosDECOMTECnA indstria de transformao tambm apresentou queda de participao no emprego da economiaEm trinta anos, o emprego industrial perdeu mais de 10 pontos percentuais de participao no total de empregos da economia, passando de 27,7% em 1986 para 16,6% em 2014

DECOMTECn

Fonte: IBGE; elaborao: FIESP/DECOMTEC, DEPECONComo resultado de anos de cmbio apreciado e do Custo Brasil, a participao da Indstria no PIB caiu para 10,9% em 2014, e poder chegar em 10,6% em 2015, o menor patamar nos ltimos 68 anos.Se nada for feito, a participao da indstria poder reduzir ainda mais, e chegar a apenas 5,2% do PIB em 2029....com isso, a indstria de transformao perdeu participao no PIB desindustrializao

Industrializao

Desindustrializao

Projeo p/ 2029, perante o cenrio atual de perda de competitividade

2013 = 11,5 2014 = 10,9 2015 = 10,5 2016 = 10,0 DECOMTECnPor que a Indstria importante para o desenvolvimento?DECOMTECn17Estrutura1Comparativos internacionais: Indstria e Desenvolvimento2Desempenho recente da ind. transformao brasileira3Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos4Consequncias do Custo Brasil5Expectativas para 2015DECOMTECn181. Custo BrasilSo custos vigentes na economia brasileira decorrentes de deficincias em diversos fatores relevantes competitividade, que so menos expressivos quando se analisa o ambiente de negcios em outras economias.Independe de estratgias das empresas, pois decorre de deficincias em fatores sistmicos, que somente podem ser mitigadas com polticas de Estado.

2. Sobrevalorizao CambialDesestimula as exportaes e ao mesmo tempo incentiva as importaes, pois torna o produto importado mais barato do que o nacional.ApresentaoDECOMTECn19O Custo Brasil e a sobrevalorizao cambial so responsveis pelo diferencial de preos entre os produtos da indstria nacional e os produtos importados.ApresentaoDECOMTECn20O Custo Brasil composto por seis grupos de fatores do ambiente de negcios (fatores sistmicos), que so relevantes para a competitividade, e tm potencial de melhoria por polticas pblicasTributao (Carga e Burocracia)CustoBrasilCustos de energia e matrias primasCusto de capital de giroCustos de servios non tradablesCustos da infraestrutura logsticaCustos extras de servios a funcionriosCusto Brasil: fatores do ambiente de negciosFatores do Custo BrasilDECOMTECnNo faz sentido um Custo Brasil vs. Nepal, Costa Rica, Ucrnia, etc.

21A anlise no contempla outros elementos que favoreceram, de forma espria e no isonmica a reduo dos preos de produtos importados no mercado interno:Subsdios e outras medidas de incentivo produo e exportao dos pases de origem das importaesDesvios das taxa de cmbio dos pases de origem das importaes Incentivos ilegais concedidos por estados brasileiros, que agem como redutores da tributao para importadosAspectos no considerados DECOMTECn22O Custo Brasil calcula a diferena entre o custo de se produzir no pas em comparao com o custo dos principais pases parceiros comerciais, que respondem, em mdia, por 75% da pauta de importao de bens industrializados (semimanufaturados e manufaturados).Alemanha, Argentina, Canad, Chile, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Frana, ndia, Itlia, Japo, Mxico, Reino Unido e SuaPases selecionados como benchmarkDECOMTECnNo faz sentido um Custo Brasil vs. Nepal, Costa Rica, Ucrnia, etc.

23Parceiros: Alemanha, Argentina, Canad, Chile, China, Coria do Sul, Espanha, EUA, Frana, ndia, Itlia, Japo, Mxico, Reino Unido e Sua.

Desenvolvidos: Alemanha, Canad, Coria do Sul, Espanha, EUA, Frana, Itlia, Japo, Reino Unido e Sua.

Emergentes: Argentina, Chile, China, ndia e Mxico.

China: principal pas na pauta de importaoPases selecionados como benchmarkDECOMTECnNo faz sentido um Custo Brasil vs. Nepal, Costa Rica, Ucrnia, etc.

241Comparativos internacionais: Indstria e Desenvolvimento2Desempenho recente da ind. transformao brasileira3Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos4Consequncias do Custo Brasil5Expectativas para 2015EstruturaCusto Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos3.1Tributao (carga e burocracia)3.2Capital de giro3.3Energia e matrias primas3.4Infraestrutura logstica 3.5Custos extras de servios a funcionrios3.6Servios non tradables3.7Diferencial de PreosDECOMTECn25O Custo Brasil com a Tributao constitudo por trs elementos:

Tributos diretos1 na produo, referente a carga mais elevada de IRPJ, CSLL, INSS, dentre outros.

Tributos irrecuperveis na indstria: tributos que se acumulam devido s restries de aproveitamento de crditos.

Burocracia para pagar tributos: gastos com preparao e recolhimento de tributos.3.1 Tributao: carga e burocracia1 Os tributos considerados so os incidentes sobre o lucro e sobre a folha de pagamentos. A alquota dos tributos de cada um dos pases parceiros teve como fontes o Banco Mundial (Doing Business) e o relatrio Worldwide corporate tax guide 2013 da Ernst & Young. DECOMTECn26Fonte: DECOMTEC/FIESP.A Tributao o principal item do Custo Brasil. Os trs componentes da tributao (carga dos tributos diretos e irrecuperveis, e burocracia para preparar e pagar tributos) geraram um acrscimo de 13,8% nos preos dos produtos nacionais em 2013.3.1 Tributao - Total

Impacto da tributao no Custo Brasil (2013), de acordo com o conjunto de pasesDECOMTECn27Estrutura1Comparativos internacionais: Indstria e Desenvolvimento2Desempenho recente da ind. transformao brasileira3Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos4Consequncias do Custo Brasil5Expectativas para 2015Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos3.1Tributao (carga e burocracia)3.2Capital de giro3.3Energia e matrias primas3.4Infraestrutura logstica 3.5Custos extras de servios a funcionrios3.6Servios non tradables3.7Diferencial de PreosDECOMTECn283.2 Capital de GiroO custo de capital de giro no Brasil o mais alto dentre os principais parceiros comerciais do pas.

Isso se deve, em parte, taxa de remunerao dos depsitos (cuja referncia a taxa bsica de juros: Selic) e, especialmente, ao spread bancrio.A taxa de juros exerce efeito fundamental na operao das empresas industriais: Trata-se de fator determinante no crescimento de longo prazo das empresas, estimulando ou inibindo investimentos.A taxa de juros tambm impacta diretamente a atividade das empresas no curto prazo, ao afetar tanto o custo do capital de giro proveniente de terceiros (financiamento bancrio, por exemplo), quanto o custo de oportunidade do capital prprio.

DECOMTECn29O custo de capital de giro gerou acrscimo de 4,1% nos preos dos produtos nacionais em 2013.Fonte: DECOMTEC/FIESP.3.2 Custo de capital de giro

Impacto do custo de capital de giro no Custo Brasil (2013), de acordo com o conjunto de pasesDECOMTECn301Comparativos internacionais: Indstria e Desenvolvimento2Desempenho recente da ind. transformao brasileira3Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos4Consequncias do Custo Brasil5Expectativas para 2015EstruturaCusto Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos3.1Tributao (carga e burocracia)3.2Capital de giro3.3Energia e matrias primas3.4Infraestrutura logstica 3.5Custos extras de servios a funcionrios3.6Servios non tradables3.7Diferencial de PreosDECOMTECn313.3 Energia e matrias primasFonte: DECOMTEC/FIESP.

A ampla dotao de recursos naturais do Brasil poderia assegurar oferta a preos competitivos de insumos e matrias primas indstria nacional, o que favoreceria a agregao de valor no pas. Todavia, isso no acontece.O custo com matrias primas e energia gerou um acrscimo de 3,0% nos preos dos produtos nacionais em 2013.Impacto da energia e matrias primas no Custo Brasil (2013), de acordo com o conjunto de pasesDECOMTECn321Comparativos internacionais: Indstria e Desenvolvimento2Desempenho recente da ind. transformao brasileira3Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos4Consequncias do Custo Brasil5Expectativas para 2015EstruturaCusto Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos3.1Tributao (carga e burocracia)3.2Capital de giro3.3Energia e matrias primas3.4Infraestrutura logstica 3.5Custos extras de servios a funcionrios3.6Servios non tradables3.7Diferencial de PreosDECOMTECn33As deficincias da infraestrutura logstica do pas geraram um acrscimo de 1,5% nos preos dos produtos nacionais em 2013. 3.4 Infraestrutura LogsticaFonte: DECOMTEC/FIESP.

Impacto da infraestrutura logstica no Custo Brasil (2013), de acordo com o conjunto de pasesDECOMTECn341Comparativos internacionais: Indstria e Desenvolvimento2Desempenho recente da ind. transformao brasileira3Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos4Consequncias do Custo Brasil5Expectativas para 2015EstruturaCusto Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos3.1Tributao (carga e burocracia)3.2Capital de giro3.3Energia e matrias primas3.4Infraestrutura logstica 3.5Custos extras de servios a funcionrios3.6Servios non tradables3.7Diferencial de PreosDECOMTECn35Apesar da elevada carga tributria, diversos servios pblicos tm oferta insuficiente ou com qualidade inadequada. Por isso, muitas empresas suprem com recursos prprios alguns servios cujo provimento pelo Estado precrio (servios de sade, previdncia, assistncia, dentre outros).O custo com servios extras aos funcionrios geraram um acrscimo de 0,7% no preo do produto nacional em 2013.3.5 Custos extras de servios a funcionrios Fonte: DECOMTEC/FIESP.

Impacto dos custos extras de servios a funcionrios no Custo Brasil (2013), de acordo com o conjunto de pasesDECOMTECn1Comparativos internacionais: Indstria e Desenvolvimento2Desempenho recente da ind. transformao brasileira3Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos4Consequncias do Custo Brasil5Expectativas para 2015EstruturaCusto Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos3.1Tributao (carga e burocracia)3.2Capital de giro3.3Energia e matrias primas3.4Infraestrutura logstica 3.5Custos extras de servios a funcionrios3.6Servios non tradables3.7Diferencial de PreosDECOMTECn37A indstria uma grande demandante de servios, cujos preos so elevados no Brasil em comparao com os principais parceiros comerciais: Aluguis, Arrendamentos e Servios prestados por terceiros (consultoria, auditoria, advocatcios, contabilidade, despachante, limpeza, vigilncia, informtica, etc).O preo desses servios foi comparado com o dos pases selecionados com base nos dados do Competitive Alternatives da KPMG, apontando um acrscimo de 0,3% no preo do produto nacional.3.6 Servios non tradablesFonte: DECOMTEC/FIESP.

Impacto dos custos dos servios non tradables no Custo Brasil (2013), de acordo com o conjunto de pasesDECOMTECnEstrutura1Comparativos internacionais: Indstria e Desenvolvimento2Desempenho recente da ind. transformao brasileira3Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos4Consequncias do Custo Brasil5Expectativas para 2015Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos3.1Tributao (carga e burocracia)3.2Capital de giro3.3Energia e matrias primas3.4Infraestrutura logstica 3.5Custos extras de servios a funcionrios3.6Servios non tradables3.7Diferencial de PreosDECOMTECn39A sobrevalorizao do real no terminouApesar da desvalorizao ocorrida desde meados de 2011, o real segue sobrevalorizado

Fonte: The Economist.DECOMTECn40Para calcular o diferencial de preos entre o produto nacional e o importado necessrio acrescentar o efeito que a sobrevalorizao cambial acarreta nos preos dos produtos estrangeiros.O desalinhamento de cmbio foi ajustado pelo ndice Big Mac, que calculado periodicamente pela revista The Economist, que registrou uma sobrevalorizao de 16% do real em relao ao dlar em julho de 2013. Impacto da Sobrevalorizao CambialDECOMTECn41Produto nacional:ICMS, IPI, PIS/COFINS

Produto Importado:ICMS, IPI, PIS/COFINSCustos de Importao:Fretes e segurosImposto de Importao, com alquota mdia de:10,2% para pases Parceiros;11,1% para os pases Desenvolvidos;8,4% para os pases Emergentes;12,6% para a China.Demais componentes do Preo: Tributos indiretos e Custos de ImportaoDECOMTECn

Diferencial de PreosDiferencial de preos entre o produto nacional e o importados devido ao Custo Brasil e Sobrevalorizao CambialICMS, IPI, PIS/COFINS, II, Fretes e SegurosICMS, IPI, PIS/COFINSCusto Brasil23,4Preo sem Custo Brasil = 100Grupo de pasesBrasilPreo COM desvio do cmbio brasileiro 86,2Diferencial de PreosDECOMTECnNo faz sentido um Custo Brasil vs. Nepal, Costa Rica, Ucrnia, etc.

43Os componentes do diferencial de preos entre o produto industrializado nacional e o importado dos principais Parceiros comerciais indicam que o Custo Brasil e a Sobrevalorizao Cambial reduzem a competitividade da indstria de transformao nacional.

Componentes do Custo Brasil com os principais Parceiros ComerciaisDiferencial de Preos(Em %)1 Custo Brasil23,41.1 Tributao: Carga e Burocracia13,81.2 Juros sobre Capital de Giro 4,11.3 Energia e matrias primas3,01.4 Infraestrutura Logstica1,51.5 Custos extras de servios a funcionrios0,71.6 Servios non tradables0,32 Sobrevalorizao Cambial16,03 Outros componentes*-5,7Total33,7Fonte: DECOMTEC/FIESP.* Compreende os Custos de Importao (Imposto de Importao, fretes e seguros), e a diferena entre a tributao indireta (ICMS, IPI e PIS/COFINS) proveniente da aplicao de frmulas distintas de apurao entre o produto industrializado no pas e o importado e de suas diferentes bases de clculo.

Diferencial de preos: pases PARCEIROS - 2013DECOMTECnOs componentes do diferencial de preos entre o produto industrializado nacional e o importado dos principais Parceiros comerciais indicam que o Custo Brasil e a Sobrevalorizao Cambial reduzem a competitividade da indstria de transformao nacional.

Componentes do Custo Brasil com os principais Parceiros ComerciaisDiferencial de Preos(Em %)1 Custo Brasil23,41.1 Tributao: Carga e Burocracia13,81.2 Juros sobre Capital de Giro 4,11.3 Energia e matrias primas3,01.4 Infraestrutura Logstica1,51.5 Custos extras de servios a funcionrios0,71.6 Servios non tradables0,32 Sobrevalorizao Cambial16,03 Outros componentes*-5,7Total33,7Fonte: DECOMTEC/FIESP.* Compreende os Custos de Importao (Imposto de Importao, fretes e seguros), e a diferena entre a tributao indireta (ICMS, IPI e PIS/COFINS) proveniente da aplicao de frmulas distintas de apurao entre o produto industrializado no pas e o importado e de suas diferentes bases de clculo.

Em 2013, a indstria de transformao contribuiu com mais de 30% da carga tributria, apesar de representar apenas 11,5% do PIBDiferencial de preos: pases PARCEIROS - 2013DECOMTECnOs componentes do diferencial de preos entre o produto industrializado nacional e o importado dos principais Parceiros comerciais indicam que o Custo Brasil e a Sobrevalorizao Cambial reduzem a competitividade da indstria de transformao nacional.

Componentes do Custo Brasil com os principais Parceiros ComerciaisDiferencial de Preos(Em %)1 Custo Brasil23,41.1 Tributao: Carga e Burocracia13,81.2 Juros sobre Capital de Giro 4,11.3 Energia e matrias primas3,01.4 Infraestrutura Logstica1,51.5 Custos extras de servios a funcionrios0,71.6 Servios non tradables0,32 Sobrevalorizao Cambial16,03 Outros componentes*-5,7Total33,7Fonte: DECOMTEC/FIESP.* Compreende os Custos de Importao (Imposto de Importao, fretes e seguros), e a diferena entre a tributao indireta (ICMS, IPI e PIS/COFINS) proveniente da aplicao de frmulas distintas de apurao entre o produto industrializado no pas e o importado e de suas diferentes bases de clculo.

Em jul./2014, o spread bancrio brasileiro era 9,9 vezes maior que o spread mdio da Itlia, Japo, Chile, Noruega e Malsia 21,38 p.p. ante 2,14 p.p.Diferencial de preos: pases PARCEIROS - 2013DECOMTECnParceiros = 33,7% Fonte: DECOMTEC/FIESP.

Diferencial de preos: pases PARCEIROS - 2013DECOMTECnParceiros = 33,7% Fonte: DECOMTEC/FIESP.Diferencial de preos mdio de 2008 a 2013 foi de 34,4%

Diferencial de preos: pases PARCEIROS - 2013DECOMTECn48Fonte: DECOMTEC/FIESP.Desenvolvidos = 29,9%

Diferencial de preos: pases DESENVOLVIDOS - 2013DECOMTECn49Fonte: DECOMTEC/FIESP.Emergentes = 36,9%

Diferencial de preos: pases EMERGENTES - 2013DECOMTECn50Fonte: DECOMTEC/FIESP.China = 32,3%

Diferencial de preos: CHINA - 2013DECOMTECn51Estrutura1Comparativos internacionais: Indstria e Desenvolvimento2Desempenho recente da ind. transformao brasileira3Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos4Consequncias do Custo Brasil5Expectativas para 2015DECOMTECn52

vendas no mercado internoDevido ao Custo Brasil e ao Cmbio Sobrevalorizado a Indstria de transformao brasileira est perdendo participao no mercado interno e, simultaneamente, apresenta reduo em suas exportaes. Exportaes LucrosQueda nas vendas (internas e externas) reflete no resultado da indstriaDECOMTECnQueda das margens de lucro da indstria, 2008 - 2012A margem lquida apresenta queda desde 2009, reduzindo o lucro lquido por unidade de receita, o que reduz disponibilidade de recursos para novos investimentos, alm de influir negativamente nas expectativas dos empresrios

A margem lquida de 2,6% do ano de 2012 praticamente trs vezes menor do que a de 2010 o pior desempenho na srie, sendo inferior margem de 2008.DECOMTECn

Investimentos* da Indstria de Transformao sobre a receita lquida de vendas (RLV)As quedas da rentabilidade e da margem de lucro foram acompanhadas pela reduo dos investimentos em relao RLVFonte: Pesquisa Industrial Anual (IBGE). Elaborao DECOMTEC/FIESP* Investimentos lquidos provenientes da soma entre as aquisies e melhorias, deduzindo-se as baixas.

Segundo a Pesquisa FIESP de Inteno de Investimento 2015, o investimento total da indstria de transformao cair 32,7% nesse anoDECOMTECnPode ser ressaltada a estabilidade dos investimentos em P%D, que se mantiveram estveis, o que pode ser interpretado como uma estratgia conservadora das empresas.Segundo o IPEA (2011), as empresas com liderana tecnolgica em seus respectivos setores (3,5% do total da indstria) so 2,6 vezes mais produtivas.55De 2008 a 2012, o retorno acumulado da indstria foi de 47%, inferior ao do mercado financeiro. Por exemplo, a Renda Fixa gerou rendimentos de 62% no mesmo perodo.Em 2012, a rentabilidade da indstria foi inferior, inclusive, rentabilidade de 2008, ano de incio da crise financeira internacional na economia brasileira.

Consequncias sobre o retorno sobre o investimento industrialAs informaes do ROE constantes neste relatrio foram extradas da DIPJ (Declarao de Informaes Econmico-fiscais da Pessoa Jurdica) pela Receita Federal do Brasil. Sendo assim, os valores consideram informaes de PL atualizadas.DECOMTECnR$ 469milhesR$ 624milhes

Retorno na IndstriaRetorno Renda FixaInvestimentoR$ 1 bilho

Fonte: RFB. ANBIMA. Elaborao DECOMTEC/FIESP.Valores nominais: no considera a inflao de 32%, segundo o IPCA.Rentabilidade lquida acumulada entre 2008 e 2012InvestimentoR$ 1 bilho47%62%DECOMTECn Produtividade

Custo Brasil

Sobrevalorizao Cambial Importaes vendas internas e exportaes Rentabilidade e margem Recursos disponveis Queda nas expectativas

P&DGestoMquinas e Equipamentos

Em sntese, o Custo Brasil e a sobrevalorizao cambial prejudicam o desempenho das vendas, reduzindo os investimentos e a produtividade da indstria Investimentos da Indstria de TransformaoValor adicionadoPessoal ocupadoDECOMTECn59Crescimento % anual mdio da produtividade do trabalho (VA/PO) na ind. transformao (2004 a 2012, US$ preos constantes)Mdia = 2,6% a.a. *****Fonte: FIESP/DECOMTEC com base em PNAD, OCDE, OIT e UN. *PEDs: Pases em desenvolvimento. Os demais pases em desenvolvimento tiveram crescimento da produtividade industrial, em mdia, de 3,2% ao ano.

A produtividade industrial nos demais pases cresceu em mdia 2,6% a.a, mas no Brasuk, ficou estagnada (+0,1% a.a.)

DECOMTECnEstrutura1Comparativos internacionais: Indstria e Desenvolvimento2Desempenho recente da ind. transformao brasileira3Custo Brasil, Sobrevalorizao Cambial e Diferencial de Preos4Consequncias do Custo Brasil5Expectativas para 2015DECOMTECn60Resultados observados e expectativas de mercado (Boletim Focus)

DECOMTECnBOLETIM FOCUS (expetativas de mercado)A divulgao das primeiras expectativas de mercado do Boletim Focus (BACEN) revelam otimismo ou pessimismo em relao ao ano corrente e/ou ao prximo ano;

De modo geral, ainda que no acertem exatamente os nmeros, as expectativas indicam a tendncia.DECOMTECnFonte: IBGE, Banco Central; elaborao: FIESP/DECOMTEC; (*) srie nova PIB Total e PIB IndustrialExpectativa versus Efetivo

DECOMTECn63Fonte: IBGE, Banco Central; elaborao: FIESP/DECOMTECInflao e Taxa SelicExpectativa versus Efetivo

DECOMTECn64Fonte: Banco Central, MDIC; elaborao: FIESP/DECOMTEC.Taxa de Cmbio e Saldo da Balana ComercialExpectativa versus Efetivo

DECOMTECn65Banco CentralExpectativas de Mercado para 2015 e 2016DECOMTECnFonte: Banco Central/Sistema de Expectativas de Mercado; elaborao: FIESP/DECOMTEC.PIB Total e PIB Industrial: expectativas pessimistas e em deterioraoObs.: no existe expectativa de mercado para o PIB da Indstria de Transformao.

DECOMTECn67Inflao e da Taxa Selic: expectativas de alta em 2015Fonte: Banco Central/Sistema de Expectativas de Mercado; elaborao: FIESP/DECOMTEC.

DECOMTECn68Balana Comercial: em 2015, recuo nas exportaes menor (-10% em 12/06) que o recuo nas importaes (-14% em 12/06)Fonte: Banco Central/Sistema de Expectativas de Mercado; elaborao: FIESP/DECOMTEC.

DECOMTECn69Taxa de CmbioFonte: Banco Central/Sistema de Expectativas de Mercado; elaborao: FIESP/DECOMTEC.

DECOMTECn70Efeitos da desvalorizao cambial de 32,6% esperada para 2015: encarece os produtos importados, mas seu impacto nos preos da ind. transformao nacional menor, contribuindo para a recuperao da sua competitividadePreos no mercado interno (em R$)

= + 6,2%Fonte: IBGE, Funcex, Banco Central do Brasil. Elaborao: DECOMTEC/FIESP.Estima-se que a desvalorizao esperada para 2015 aumente preos da indstria de transformao nacional em 5,5%, no agregado do setor, uma vez que somente 9,9% dos custos so de bens importados;O efeito da desvalorizao muito maior nos preos dos produtos importados: 32,6%;Por isso, o produto nacional que tinha desvantagem de preo de 6,2%, passa a ser mais barato que o importado em 15,4%;Logo, a desvalorizao cambial favorece a recuperao da indstria local, ao devolver parte da competitividade comprometida pela sobrevalorizao de anos anteriores;Entretanto, a desvalorizao no elimina ou diminui o Custo Brasil, portanto, no d isonomia competitiva para a produo nacional.

= - 15,4% 2014 - com cmbio R$ 2,35/US$Hiptese: produto nacional de R$ 250 6,2% mais caro que importado de US$ 1002015 com cmbio R$ 3,12/US$O mesmo produto nacional se torna 15,4% mais barato que importado de US$ 100

DECOMTECnAlguns fatos observados que contribuem para a deteriorao das expectativas para os prximos anosInflao em elevao (aumento dos preos dos insumos, tais como energia eltrica);Altas taxas de juros;Taxa de desemprego em crescimento;Consumo interno em queda;Valor das exportaes continuam menores (preos das commodities em baixa e perda de competitividade dos produtos manufaturados nacionais), apesar da desvalorizao do real;Divergncias polticas aumentam as dificuldades do governo e retardam a implementao das medidas de ajuste fiscal que visem a retomada do crescimento econmico (contingenciamento de R$ 69,9 bi do Oramento da Unio foi aprovado somente no final de maio);Efeitos negativos decorrentes da Operao Lava-Jato.

DECOMTECn72Atividades inovativas e emprego nas reas de engenharia na indstria de transformaoApndiceDECOMTECnO gasto per capita em P&D da I.T. brasileira proporcionalmente alto considerando o V.A. industrial per capita do pas, isto , se o Brasil investisse em P&D o montante proporcional ao seu V.A. industrial per capita, o gasto em P&D per capita seria 73% menor, equivalente ao do Mxico

Fonte: Banco Mundial, FMI, IBGE. Elaborao: DECOMTEC/FIESP.DECOMTECnEmprego industrial nas reas de engenharia no BrasilDesde 1996 a indstria mais do que dobrou os empregos em engenharia, de modo que a rea aumentou em 25% sua participao no emprego total do setor

Fonte: RAIS/MTE. Elaborao: DECOMTEC/FIESP.DECOMTECnEmprego industrial nas reas de engenharia no BrasilO crescimento na intensidade de uso da mo de obra engenheira pela indstria tambm perceptvel pelo crescimento na proporo de engenheiros por estabelecimento

Fonte: RAIS/MTE. Elaborao: DECOMTEC/FIESP.DECOMTECnEmprego industrial nas reas de engenharia no BrasilA participao da engenharia na massa salarial da indstria atingiu 3,9% em 2013, um aumento de 35% desde 1996 (10 p.p. maior do que o aumento de participao no emprego), indicando que o crescimento de salrio dos engenheiros foi maior que o dos demais trabalhadores.

Fonte: RAIS/MTE. Elaborao: DECOMTEC/FIESP.Os indicadores referentes ao emprego e salrios de engenheiros na indstria evidenciam o empenho do setor para aumento de eficincia, por exemplo, com melhorias na gesto e processos, e, tambm, o crescente esforo inovadorDECOMTECnObrigado!

Renato Corona FernandesGerente do DECOMTEC - FIESP

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