da escola pÚblica paranaense 2009 · modelo pronto e definitivo, único e linear, mas dentro como...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Magali Luchinski
UNIDADE DIDÁTICA
TEMA: Método científico
Ponta Grossa
2010
SECRETARIA DO ESTADO DO PARANÁ PROGRAMA DO DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL – PDE
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
PROFESSOR PDE: Magali Luchinski
NRE: Ponta Grossa
ÁREA DO PROFESSOR PDE: Ciências.
PROFESSOR ORIENTADOR DA IES: Profª Drª Dalva Cassie Rocha
ESCOLA: Colégio Estadual Carlos - Carambeí
IES VINCULADA: Universidade Estadual de Ponta Grossa.
TÍTULO DO PROJETO: Metodologia científica no ensino de ciências do ensino
fundamental
Visão geral da Unidade Didática
Esta unidade didática propõe a utilização do método científico não como
modelo pronto e definitivo, único e linear, mas como uma estratégia de ensino, dentro
de uma perspectiva investigativa. Com atividades investigativas sugeridas por
Cezar et al. (2009, p.75-77 modificadas) que desafia os estudantes no trabalho
prático, com elaboração de hipóteses, com o propósito de raciocínio para
solucionar o problema identificado, chegando assim a sistematização do
conhecimento científico. Nesta proposta, as atividades deverão ser realizadas em
grupo, no entanto, o processo também pode ser aplicado para a realização de
atividades individuais.
Segundo Krasilchik (2008, p.86), o grau de liberdade concedida aos alunos na
aula prática de laboratório para a execução das atividades é critério de
classificação em quatro níveis de liberdade de execução:
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Primeiro Nível: o mais diretivo, no qual o professor oferece todos os
elementos para a investigação antes de iniciar a atividade prática, isto é, o
problema, as instruções (roteiro ou protocolo) para a execução e os resultados
esperados. Neste caso, os alunos também são orientados para elaborar as
hipóteses, outro elemento essencial para o método científico no desenvolvimento
de atividades de investigação. Neste caso, o grau de liberdade dos alunos é
reduzido, pois eles recebem todas as orientações e apenas executam as
atividades técnicas.
Segundo Nível: antes do início das atividades, os alunos recebem apenas
dois dos elementos, o problema e as instruções de procedimento (roteiro ou
protocolo). Neste nível, os alunos têm maior liberdade, contudo, têm a
responsabilidade de elaborar as hipóteses e de obter os resultados sem previsões
antecipadas.
Terceiro Nível: é proposto apenas o problema. O grau de liberdade é
maior que nos dois primeiros níveis apresentados. Os alunos elaboram as
hipóteses, decidem sobre os procedimentos, coletam os dados e interpretam os
resultados,
Quarto Nível: o grau de liberdade dos alunos é máximo. Sem mediação do
professor eles identificam um problema que desejam investigar, formulam
hipóteses, planejam o experimento, passo a passo para obter os dados e
interpretam os resultados.
Cabe ressaltar que a autora acima citada ainda classifica aulas práticas
como Aula demonstrativa, aquelas atividades cujo grau de liberdade do aluno é
nulo, na qual apenas o professor manuseia os instrumentos. Neste tipo de aula,
os alunos apenas observam, sem se envolverem diretamente com o problema e
com as técnicas de execução (Krasilchik, 2008).
Esta Unidade Didática propõe atividades investigativas que envolverão os
três primeiros níveis de liberdade.
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TEMA DE ESTUDO: Método Científico
TIPO DE REPRODUÇÃO: Unidade Didática
UNIDADE DIDÁTICA: Área relacionada do conteúdo estruturante:Sistemas
Biológicos.
PÚBLICO ALVO: Professores e alunos da 7ª série do Ensino Fundamental.
OBJETIVO GERAL
Apresentar atividades investigativas aos professores para que possam
identificar os elementos essenciais para o desenvolvimento de atividades de
investigação e propor a inclusão do método científico como estratégia de ensino,
ampliando o espírito crítico e o raciocínio dos sujeitos envolvidos.
Texto introdutório
A globalização é uma consequência do avanço científico e tecnológico
ocorrido no último século. A produção de novos conhecimentos faz repensar a
educação tradicional e contribui para a necessidade de se educar,
cientificamente, os cidadãos. Dessa forma o desenvolvimento sustentável e
equilibrado de um país e a sua inclusão no mundo globalizado, só será possível
se a população tiver um bom nível de alfabetização científica.
O desempenho brasileiro em ciências é lastimável nas provas do Programa
Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). O PISA é elaborado pela
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Foi
organizado em ciclos, a cada 3 anos, cuja principal finalidade é produzir
indicadores sobre a efetividade dos sistemas educacionais, avaliando o
desempenho de alunos na faixa dos 15 anos, idade em que se pressupõe o
término da escolaridade básica na maioria dos países. As avaliações ocorreram
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em diversos países da Comunidade Européia e em países convidados, como o
Brasil, nos anos de 2000, 2003 e 2006 em três áreas: Leitura, Matemática e
Ciências. A cada uma de suas edições é dado foco a uma das áreas. O foco em
2000 foi em leitura; em 2003, Matemática. Em 2006 a ênfase foi para a área de
Ciências (PISA, 2009).
Infelizmente, o resultado do Brasil deixa a desejar, pois em 2006 o país
ficou em 52º lugar entre 57 nações participantes. Vale a pena destacar que a
avaliação do PISA não valoriza conteúdos memorizados, mas sim a capacidade
de analisar, raciocinar e refletir sobre conhecimentos e experiências.
O Sociólogo Werthein, num artigo da Ciência Hoje (2006), comenta que no
Brasil o ensino de ciências tem pouca ênfase dentro da educação básica, apesar
da forte presença da tecnologia na vida das pessoas e do lugar central que a
inovação tecnológica detém enquanto elemento de competitividade entre as
empresas e as nações.
O ensino de ciências deve proporcionar o exercício do raciocínio e
despertar no estudante seu espírito crítico, contribuindo para sua formação como
cidadão, capaz de enfrentar os desafios da sociedade contemporânea e
fortalecendo dessa forma a democracia na promoção da alfabetização científica
evitando a exclusão social.
As diretrizes curriculares do Estado do Paraná para o ensino de ciências
propõem uma prática pedagógica que leva a integração dos conteúdos científicos
e que valoriza o pluralismo metodológico (Paraná, 2008).
No processo de construção coletiva, a execução das atividades
pedagógicas devem ser contextualizadas, considerando os enfoques culturais,
sociais, tecnológicos e políticos, propiciando a interação sinérgica entre
professores, estudantes na construção do conhecimento científico, fazendo uso
de diferentes recursos e estratégias, contribuindo desse modo para promoção da
aprendizagem significativa.
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A perspectiva investigativa é uma estratégia de ensino que hoje é apontada
como uma das mais adequadas para o ensino de ciências. Segundo Izique (2009
p. 96):
“Atualmente, mais de 30 países já adotam o ensino da ciência baseado na investigação, desde as primeiras séries escolares. O processo de ensino/aprendizagem busca estimular a articulação entre a experimentação e o desenvolvimento da expressão oral e escrita”.
É preciso que sejam realizadas diferentes atividades, que devem estar
acompanhadas de situações problematizadoras, questionadoras e de diálogo,
envolvendo a resolução de problemas e levando à introdução de conceitos para
que os alunos possam construir seu conhecimento.
Como foi exposto, para vivenciar o processo de investigação cientifica é
preciso aplicar o método científico como estratégia para a investigação,
proporcionando ao aluno a oportunidade para pensar, observar, formular
hipóteses, interpretar dados e resultados, pesquisar, fazer registros, justificar suas
idéias e aplicar seus conhecimentos nas situações que se apresentam. O
professor assume o papel de orientador tendo uma postura ativa e aberta,
incentivando os alunos a expor suas idéias, valorizando as respostas, e
provocando discussão reflexiva, além de apreender a ouvir o outro e expressar-se
por escrito e oralmente.
O grau de liberdade dado ao aluno é diretamente proporcional ao grau de
responsabilidade que o mesmo deve adquirir para executar as atividades
propostas, por isso, gradativamente, esse grau de liberdade deve ser elevado, de
forma que os sujeitos se envolvam cada vez mais e adquiram, naturalmente,
maior responsabilidade pelos resultados alcançados. A reflexão em cada fase
proporcionará análise das atividades e auto-análise dos participantes. O processo
será tão importante ou mais que os próprios resultados finais.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
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Nesta Unidade Didática, são propostas três atividades de investigação
laboratorial referentes ao Sistema Digestório, conteúdo programático de ciências,
para o ensino fundamental.
1ª ATIVIDADE – Substâncias digestivas
Objetivo: orientar os alunos de forma mais diretiva no primeiro nível de
liberdade de execução, segundo Krasilchik (2008, p. 86).
O método científico estará sendo apresentado aos alunos na prática,
quando se oferece os elementos essenciais para a investigação (um problema,
dando as instruções para sua execução e apresentando os resultados esperados
que deverão ser encontrados ao final da atividade), Serão oferecidas também
muitas orientações, caracterizando, portanto, reduzido grau de liberdade, mas
garantindo o acompanhamento suficiente para que ele se sinta capaz de realizar
todo o processo.
Na aula anterior ao desenvolvimento dessa atividade, será fornecido um
pré-roteiro aos alunos para o desenvolvimento da atividade. Este pré-roteiro,
contém um texto introdutório no qual estará explícito o problema a ser investigado
e questões para provocar a formulação de hipóteses. A partir desse pré-roteiro, os
alunos estarão sendo estimulados à reflexão antes do desenvolvimento da
atividade investigativa, o que é uma prerrogativa para o envolvimento do sujeito
para a prática.
Cada grupo terá um relator para registrar toda a atividade.
Pré-roteiro - 1º . At ividade- Substâncias digestivas
In trodução
Muitas pessoas que sabem cozinhar têm uma receita para amaciar uma
carne mais dura, antes de cozinhá-la. Segunda elas, o “leite de mamão”, obtido
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ao se fazer um talho na casca de um mamão verde, amolece a carne, quando em
contato durante certo tempo. No entanto, essas pessoas advertem que o contato
do líquido com a carne não deve ser muito demorado, caso contrário a carne
amolece em demasia e parece se “desmanchar”.
Por que o “leite de mamão” amolece a carne?
(Afirmativa 1) “O leite de mamão” amacia a carne.
Para verificar se esta afirmativa (hipótese) acima é verdadeira, siga as
instruções que seguem:
1. Entreviste algumas pessoas que costumam cozinhar. Verifique se elas
confirmam essas informações.
2. Será importante você presenciar o fenômeno, por isso, monte um
experimento colocando em dois diferentes recipientes um pedaço pequeno
de carne crua em contato com “leite de mamão” verde. Num dos
recipientes, deixe a carne em contato com o líquido por 1 hora e no outro,
deixe por 24 horas. Guarde outro pedaço pequeno de carne sem deixá-lo
em contato com este líquido para, no final da experiência, compara-los.
Pense para responder: depois de realizar estes dois passos, você pode
confirmar ou negar a hipótese 1?
Na carne, ou seja, nos músculos, as proteínas são os nutrientes que existe
em maior quantidade, explique, com base nos conceitos sobre a digestão por que
isso pode ocorrer. (análise dos resultados).
Faça uma pesquisa sobre o assunto na internet, ou em livros, para
confirmar os resultados que foram obtidos nesta experiência e anote as
informações mais relevantes.
Na aula de Investigação, após a análise das atividades do pré-roteiro as
hipóteses podem ser reafirmadas e reavaliadas. Nesta oportunidade, o professor
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vai orientar os alunos para que formulem uma segunda hipótese com base em
conceitos sobre proteinas e enzimas digestivas. Para testar esta segunda
hipótese, o professor irá propor a execução de um experimento.
Neste experimento, serão utilizados pedaços de filme fotográfico velho,
porque o filme é recoberto com uma camada de gelatina.
Cada grupo receberá um roteiro contendo a descrição do material e dos
procedimentos.
ROTEIRO – 1ª. Atividade – Substâncias digestivas
Problema
O “leite de mamão” é capaz de degradar outros materiais que contenham
proteiína?
Introdução
O filme fotográfico usado em máquinas convencionais possui uma película fina de
gelatina, ou seja, uma camada rica em proteinas. As proteínas são substâncias
orgânicas responsáveis pela formação de membranas de todas as celulas,
principalmente nas células musculares. Por isso, a carne é um alimento
fundamental na alimentação humana. Além disso, as enzimas são proteinas
especiais que atuam no metabolismo para acelerar as atividades celulares.
Formulação das hipóteses
Que tipo de nutriente existe na carne em maior quantidade?
Que substância presente no leite de mamão é capaz de digerir a proteína?
Material
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Quatro pedaços de casca de mamão verde;
200 ml de água;
Um liquidificador;
Um coador;
Dois copinhos;
Dois pedaços de filme fotográfico velho, por exemplo, um negativo já revelado.
Procedimento
1. Coloque quatro pedaços de casca de mamão verde no liquidificador
com 200 ml água e triture-os bem. Em seguida, passe a mistura no
coador, colocando o líquido obtido em um dos copinhos.
2. No outro copinho, coloque apenas a água em quantidade suficiente
para cobrir o filme fotográfico.
3. Mergulhe um dos pedaços do filme fotográfico no copo com água
(controle) e, o outro pedaço do filme, na solução de casca de
mamão (experimento) de forma a cobri-los totalmente.
4. Deixe-os em repouso por 48 horas.
5. Após esse período, observe e anote as diferenças que você
perceber.
Análise dos dados
Responda as questões com base nas informações obtidas pelo experimento e
com base nas informações teóricas sobre digestão
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1. Os dois pedaços de filme estão iguais depois de 48h mergulhados na
solução?
2. Como você interpreta esses resultados com base na sua hipótese.
3. Sua hipótese foi comprovada ou rejeitada?
4. Formule a conclusão, com base no experimento
5. O relator do grupo deverá organizar um relatório do experimento contendo:
O problema investigado, a relação de material utilizado, os procedimentos
executados e os resultados obtidos. No relatório deverá constar a
conclusão final que será entregue ao professor.
2ª ATIVIDADE- O mistério da gelatina de abacaxi
Objetivo: orientar os alunos de forma diretiva no segundo nível de liberdade de
execução, segundo Krasilchik (2008, p.86).
Os alunos receberão o roteiro contendo: o problema a ser investigado,
uma introdução sobre o assunto,e as instruções para o procedimento das
atividades. Entretanto, no roteiro não haverá questões provocativas para
formulação de hipóteses, não haverá indicação do material a ser utilizado e nem
dos resultados esperados.
Dessa forma, os alunos deverão ter por iniciativa, formular as hipóteses,
providenciar o material com base nos passos descritos para o procedimento e
todos os resultados obtidos serão organizados, apresentados e discutidos. Cada
grupo terá um relator para registrar toda a atividade.
Roteiro 2ª. Atividade- O mistério da gelatina de abacaxi
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Introdução
Vocês devem saber que o pó para preparar gelatinas para sobremesa
pode ser comprado pronto, com vários sabores de frutas, muitas vezes artificiais.
Porém, essa sobremesa pode ser preparada de forma natural, utilizando-se folhas
de gelatina sem sabor, às quais se acrescenta suco ou pedaços de alguma fruta
para se obter o sabor desejado.
Por que para fazer gelatina usando o suco de abacaxi este deve ser fervido?
Material
Quatro pedaços da de abacaxi;
Um liquidificador;
Dois recipientes;
Uma chaleira;
Um sachê de gelatina sem sabor (em pó ou em folhas);
Um copo;
Um coador;
Procedimento
1. Leia os procedimentos e faça uma relação do material necessário.
2. Triture, no liquidificador, 4 fatias da fruta com dois copos de água e coe,
reservando o suco em dois recipientes, cada um com a metade do volume
produzido
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3. Ferva o suco de abacaxi de um dos recipientes e mantenha o outro sem
ferver (cru).
4. Prepare um sache em pó ou em folhas de gelatina sem sabor,
5. Em seguida, separar a gelatina em duas porções
6. Acrescente metade suco de abacaxi cru à uma das porções de gelatina, e
reserve. Identifique este recipiente com o número 1.
7. Acrescente o suco de abacaxi fervido à outra porção de gelatina e reserve
também, identificando-o com o número 2.
8. Coloque-os na geladeira, observando-os de 30 em 30 minutos, por 2 horas.
9. Anote os dados observados para analisar em seguida
10. Formule a conclusão do experimento.
Na aula seguinte ao desenvolvimento da atividade 2, os alunos serão
estimulados à refletir e discutir em grupo sobre:
As hipóteses formuladas;
Dificuldades durante a execução da prática
Resultados obtidos.
O relator do grupo deverá organizar um relatório do experimento contendo: O
problema investigado, as hipóteses formuladas, as dificuldades enfrentadas a
relação de material utilizado, os procedimentos executados e os resultados
obtidos. No relatório deverá constar a conclusão final. Este relatório será entregue
ao professor.
3ª ATIVIDADE- – A digestão do amido
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Objetivo : orientar os alunos no terceiro nível de liberdade de execução
segundo Krasilchik (2008, p.86),
Será oferecido maior grau de liberdade que refletirá o maior grau de
responsabilidade dos alunos.
Para o desenvolvimento da terceira atividade os alunos receberão apenas
o problema a ser investigado e a orientação para elaboração de um roteiro que
deverá conter: material, procedimentos. Cada grupo terá um relator para registrar
toda a atividade conforme o modelo da atividade anterior.
Roteiro – 3ª. Atividade – A digestão do amido
A saliva degrada o amido contido nos alimentos?
Elabore um experimento a partir desse problema. Formule as hipóteses, faça uma
relação de material necessário para executar o experimento, descreva os
procedimentos passo a passo e registre todos os dados obtidos. Faça a análise
dos dados e organize os resultados num relatório em conformidade com o modelo
do relatório apresentado nas duas atividades anteriores.
4ª ATIVIDADE
Objetivo : será orientar os alunos no quarto nível de liberdade de
execução segundo Krasilchik (2008, p.86),
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Portanto, os alunos identificam algum problema que desejam investigar,
planejam o experimento, executando-os e chegando até as interpretações dos
resultados.
Questões investigativas sobre física do dia-a-dia
1. Ao tirar a mesa do almoço, alguém empilhou os copos; dois deles
não “quiseram“ se “desgrudar”. João sugeriu colocar água quente no copo de
dentro e Maria sugeriu colocar os dois em um recipiente com água quente (de
forma que somente o de fora ficasse em contato com a água). Qual dos dois
acertou na solução do problema?
Resposta: Ao colocar o vidro em contato com a água quente, ele se dilata
,como ocorre praticamente com qualquer material. Sendo o vidro um mal condutor
de calor, se despejássemos água quente no copo de dento, apenas ele se
dilataria e dificultaria ainda mais a separação. Colocando-se somente o copo de
fora em contato com a água quente, este aqueceria primeiro e se dilataria.
Assim, seria mais fácil separá-los. Portanto, a melhor sugestão para
facilitar a separação dos copos é a de Maria.
2. Por que a borracha é capaz de apagar o lápis?
Resposta: Pra respondermos esta questão, temos primeiramente que
tentar entender o processo que ocorre quando escrevemos com um lápis sobre o
papel : ao passarmos o lápis no papel, este tem dureza suficiente para riscar o
lápis, e isso faz com que um pouco da grafite do lápis seja retirado e se deposite
sobre o papel. Desmanchar o que foi escrito envolve a quebra de pequenas
ligações elétricas que prendem o grafite ao papel.
A borracha consegue realizar essa tarefa porque, ao ser atritada contar o
papel escrito, consegue se aproximar suficientemente das moléculas de grafite,
exercendo sobre elas uma força superior ás que as ligam ao papel.
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3. Por que o pão fica duro ,de um dia para o outro, se não for guardado
dentro de um saco plástico?
Resposta: O pão é macio ou duro de acordo com a quantidade de água
que ele contém (assim como a argila : enquanto úmida pode ser moldada,depois
de seca se torna rígida). Ao ser guardado fora de um saco plástico, as moléculas
de água que escapam do pão se perdem pela atmosfera. No entanto, se o pão
estiver acondicionado dentro de um plástico, ou no interior de outro recipiente, a
água vai “escapar” do pão somente até saturar a atmosfera dentro do plástico. Ou
seja, uma quantidade muito menor de água vai escapar do pão do que se ele
tivesse sido deixado fora do plástico . E porque o pão fica murcho? Porque a
água sai da molécula onde estava ligada e fica solta entre as moléculas do pão,
mudando a consistência da massa.
7. O bebê está chorando e o leite fervido ainda está quente. O que
esfriará mais depressa: colocar a mamadeira na geladeira ou colocá-la numa
panela com água de torneira?
Resposta: A água tem condutividade térmica maior que o ar, o que quer
dizer que a transferência de calor da mamadeira para o ambiente é muito mais
rápida quando ela está rodeada de água. Assim, se a mamadeira estiver rodeada
de água, haverá uma rápida transferência de calor do leite quente para a água,
até que alcance o (equilíbrio térmico). Se a mamadeira estiver rodeada de ar,
como será o caso dentro da geladeira, a transferência de calor será mais lenta .
Nesse caso, a diferença de temperatura entre o leite e o ambiente é maior, o que
aumenta a taxa de transferência de calor. No entanto, esse fator é bem menos
importante que a condutividade térmica. Então, o melhor é colocar a mamadeira
na panela com água, e, se o bebê estiver chorando muito, colocar umas
pedrinhas de gelo na panela. Assim, além da transferência rápida de calor em
virtude do grande calor específico da água, teremos uma diferença maior entre a
temperatura do leite a da água , o que, como vimos aumenta a velocidade do
resfriamento.
6. Por que nos países onde a neve as pessoas jogam sal de cozinha
na neve acumulada nas calçadas e nas ruas?
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Resposta: Porque a mistura de água com sal de cozinha tem um ponto de
fusão menor que o da água pura. Então a neve derrete, mesmo se a temperatura
da neve for menor que 0°C. Se a temperatura descer abaixo de – 10 °C, o sal de
cozinha já não resolve; é necessário jogar outro composto, como cloreto de
cálcio, que é efetivo mesmo em temperaturas entre -26°C e -60°C.
7. O álcool congelado pega fogo?
Resposta: Quando se aproxima uma chama do álcool etílico congelado,
sua camada superficial se funde rapidamente e entra em combustão. Com o calor
provocado pelas chamas da combustão, mais “gelo” se derrete e se incendeia. O
difícil é conseguir congelar o álcool etílico. Para que isso aconteça, é necessária
uma temperatura ambiente de -117,3°C.
7. Por que os cabos elétricos que conduzem eletricidade não são
inteiramente esticados?
Resposta: Os cabos elétricos não são completamente esticados por causa
da dilatação linear. Essa catenária, “barriga“, deixada no fio, permite que ele se
contraia ou dilate , o que é determinado pelas condições climáticas do local .
Assim, ao deixar essa folga entre os postes, evitamos uma tração e uma possível
ruptura no fio, quando ele diminui de comprimento com a diminuição da
temperatura.
8. Por que os carros de transporte de combustível têm uma corrente
ligada ao chão?
Resposta : Quando atritados, os objetos costumam perder ou ganhar
elétrons e ficam carregados eletricamente. Quando estão em movimento, os
carros de combustível, em constante atrito com o ar, tornam-se eletrizados. Seus
pneus são maus condutores e propiciam o acúmulo de cargas. Em virtude dessa
eletrização, poderiam surgir faíscas elétricas entre o carro e os objetos próximos,
inclusive a gasolina. Nesse caso, poderia ocorrer uma grande explosão. Para
evitar essa catástrofe, costuma-se estender uma corrente metálica ligando o carro
a terra, o que impede o acúmulo das cargas elétricas no carro, uma vez que elas
serão neutralizadas assim que começarem a se acumular.
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Sugestões culturais que mostram o uso do método
científico
FILMES
O óleo de Lorenzo. Direção de George Miller EUA. Film: Dst.
Universal Studios, 2002.1. (filme (129min.): son.;color.; 16min.
A dura notícia de que o filho de cinco anos, Lorenzo,tem uma doença
terminal rara marca o início de uma missão extraordinária para Augusto e
Michaela Odone (Nolte e Sarondon).
Os pais, ao saberem do diagnóstico, lançam-se para salvar o filho,
enfrentando e médicos, cientistas e grupos de apoio que incentivam o casal na
busca de uma cura. O esforço inesgotável dos dois testa a resistência de sues
laços de união, a profundidade de suas crenças e os limites da medicina
convencional.
O nome da rosa .Direção de Jean-Jaques Annaud.São Paulo:Tw vídeo
distribuidora,1986.1.filme (130min.): son.;color.
Estranhas mortes começam a ocorrer num mosteiro beneditino localizado
na Itália durante a baixa idade média, onde as vítimas aparecem sempre com os
dedos e a língua roxos. O mosteiro guarda uma imensa biblioteca, onde poucos
monges tem acesso às publicações sacras e profanas.
A chegada de um monge franciscano (Sean Conery), incumbido de investigaros
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casos, irá mostrar o verdadeiro motivo dos crimes, resultando na instalação do
tribunal da santa inquisição.
SITES
o Recursos para feiras de ciências –
http://www.clubedoprofessor.com.br/feiradeciencias/
o Feira de Ciências – http://www.feiradeciencias.com.br/
o Mago da Física – http://www.magodafisica.com.br/index.htm
o Web de Física - Sistema Solar – http://omnis.if.ufrj.br/~tati/webfisica/sis-
solar/index-sistsolar.html
o Robert Krampf Science Education – http://www.krampf.com/
o Science Toys you can Make with your Kids – http://scitoys.com/
o FQ - Experimentos (Espanha) – http://fq-experimentos.blogspot.com/
o Chem Toddler – http://www.chem-toddler.com/
o Museu da Vida - FIOCRUZ – http://www.museudavida.fiocruz.br
o Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência –
http://www.abcmc.org.br/
o Estação Ciência – http://www.eciencia.usp.br/
o Espaço Ciência – http://www.espacociencia.pe.gov.br/
o Casa da Ciência – UFRJ – http://www.casadaciencia.ufrj.br/
o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS – http://www.mct.pucrs.br/
o Seara da Ciência – http://www.searadaciencia.ufc.br/
o Exploratorium – http://www.exploratorium.edu
o Química Nova na Escola – http://qnesc.sbq.org.br/
o A Física na Escola – http://www.sbfisica.org.br/fne/
o Ciência Hoje – http://cienciahoje.uol.com.br/
o Em Síntese (Química) – http://www.emsintese.com.br
o Pesquisas de Química – http://www.pesquisasdequimica.com/
o Ensino de Química – http://ensquimica.blogspot.com/
o Educação através de histórias em quadrinhos – http://www.cbpf.br/~eduhq/
20
o Píon - Ligado na física – http://pion.sbfisica.org.br/
o Portal do Professor – http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
o Ciência à Mão – http://www.cienciamao.if.usp.br/
Referências:
CARVALHO, R.P. (org.) Física do dia-dia: 105 perguntas e respostas sobre Física fora da sala de aula. Belo Horizonte: Gutenberg, 2006. SILVA JR, C. et. al. Ciências: entendendo a natureza: o ser humano no ambiente.São Paulo: Saraiva, 2009. IZIQUE, C. Mão na massa. Revista de Ciência, Tecnologia e Inovação Sem Fronteiras. v.2, p.96-97. 2009 KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia – 4 ed. rev. e ampl. São Paulo: editora da Universidade de São Paulo, v.1, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de ciência para o ensino fundamental. Curitiba, SEED/SUED, 2008. Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/...diretrizes/diretrizes/diretrizesciencias72008.pdf. Acesso em:17/11/2009. PISA. Programa for international students assessment. Disponível em: http://www.pisa.oecd.org. Acesso em24/11/2009. WERTHEIN, J. O ensino de ciências e a qualidade da educação. Ciência Hoje. Opinião, em 23 ago. 2006. Disponível em: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=3985&op=all. Acesso em 24/11/2009.