da escola pÚblica paranaense 2009 - … · curso de formação docente do nível médio da...

22
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

Upload: lytuong

Post on 29-Oct-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

TITULO:ENSINO DA GEOGRAFIA E AS REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS: NAS PRIMEIRAS SÉRIES DA FORMAÇÃO DOCENTE DO COL. WILSON JOFFRE-CASCAVEL-PR.

CASCAVEL/2010

Orientanda: Profa. Inelves Dani Orientador: Prof.ºDr. José Edézio CunhaNre: CascavelDisciplina: GeografiaInterdisciplinas: História, Matemática e BiologiaConteúdos/Estruturante: Política e Cultural Demográfica; Socioambiental, Econômica do Espaço Geográfico e no Espaço Geográfico

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MAL. RONDONDEPARTAMENTE DE GEOGRAFIA

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL- PDE

2

IDENTIFICAÇÃO

AUTOR: INELVES DANI

NRE: MUNICÍPIO: CASCAVEL-PR

COLÉGIO IMPLEMENTAÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL WILSON JOFFRE- ENSINO FUND.

MÉDIO, FORMAÇÃO DOCENTE.

DISCIPLINA: GEOGRAFIA

PROF. ORIENTADOR/IES

JOSÉ EDÉZIO DA CUNHA - UNIOESTE

CONTEÚDOS/ESTRUTURANTES

DIMENSÃO SÓCIOAMBIENTAL, POL. ECONÔMICA, CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

I – UNIDADE DIDÁTICA PEDAGÓGICA

O ENSINO DA GEOGRAFIA E AS REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS

APRESENTAÇÃO

O material didático produzido além de seguir os critérios propostos pelas Diretrizes Curriculares

da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná (SEED, 2008), deve ser compreendido

3

como um documento norteador do repensar da prática pedagógica, já que, representa a concepção do

materialismo histórico dialético, na perspectiva do processo construtivista vygotskyano de educação,

ou seja, o educando partindo do seu espaço vivido elabora conceitos basilares do espaço geográfico e

de suas representações. Nesse raciocínio, o educando além de problematizar a abrangência das

espacialidades e temporalidades, também procura reconhecer as contradições e suas especificidades

nas diferentes escalas geográficas, bem como as relações que estabelecem entre o Homem-Natureza

e entre os Homens.

Diante do exposto, pode-se destacar o exemplo de aplicação, realizada na forma de Unidade

Didática Pedagógica, onde foram realizadas atividades e tarefas na forma de oficinas na disciplina do

curso de Formação Docente do nível médio da primeira série. É importante destacar que esta atividade

pode ser trabalhada com professores de Geografia no Ensino Fundamental e Médio, porque é a partir

da observação do espaço vivido que os alunos podem estabelecer relações entre os aspectos físicos e

humanos e as representações, que permitam a construção de conceitos que ajudaram os alunos a

compreenderem a sua realidade e, por conseguinte as suas possibilidades de transformações.

Neste sentido, as atividades, aqui sugeridas, podem ser criadas, ampliadas ou reformuladas em

diferentes circunstâncias da prática pedagógica. Para tanto, pode se buscar o aporte da linguagem-

imagem na utilização da cartografia, sempre com o cuidado de visualizar a construção das relações

espaciais e suas representações, contextualizando-as com os demais elementos geográficos, sem se

esquecer de integrar a práxis e as diferentes leituras do espaço geográfico

Vale lembrar que a partir das Diretrizes Curriculares da Educação Básica (SEED, 2008) os

conteúdos geográficos deverão ser tratados pedagogicamente através da práxis que, ao mesmo

tempo, contemplem as categorias de análise das relações Espaciais e Temporais ou vice-versa, nas

4

diversas escalas: relações Sociedade e Natureza ou Natureza e Sociedade. Neste contexto, a

concepção assumida nas mesmas Diretrizes, em seu quadro conceitual de referência da disciplina de

Geografia, esta enfatizada as relações socioespaciais em todas as escalas geográficas, analisadas em

função das transformações políticas, econômicas, ambientais, sociais e culturais, sob a visão dialética.

Destacasse aqui, que embora o aprendizado do espaço geográfico ocorra desde o início da vida

da criança, até porque a mesma está inserida em um determinado espaço, é mais diretamente na

escola que ocorre a sistematização deste aprendizado, num processo continuado de formação e

ampliação de conhecimentos, quase sempre, iniciados nos primeiros anos de escolaridade. Nesse

processo, cabe lembrar a necessidade de se desenvolver, também, a sua percepção, ou melhor,

educar o olhar para as diferentes leituras de mundo.

Corroborando com a questão, Francischestt (2002) lembra que como não há sentido sem

palavras, nem comunicação sem signos, é difícil entender geograficamente o espaço sem as

representações cartográficas. Para tanto, a autora explica que, desde os primórdios, as sociedades

sempre se expressaram acerca do “espaço vivido” por meio de representações, a exemplo da

linguagem rupestre nas cavernas.

Compreendendo estas colocações da referida pesquisadora, como de suma importância, foi que

durante a prática pedagógica do Ensino de Geografia se procurou retomar alguns conceitos

fundamentais para a compreensão e apreensão do espaço geográfico, em particular nos estudos do

Programa do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), nos grupos de estudos com

professores, nos EaDs (Educação a Distância), no GTR (Grupo de Trabalho em Rede) e com o grupo

onde foi aplicado o Projeto de Intervenção com alunos(as) da Formação Docente – na primeira série,

5

do Colégio Estadual Wilson Joffre, já que estes(as) serão os futuros professores(as) das séries iniciais

no Ensino Básico.

Continuando esclarecendo esta discussão, Katuta (2007) destaca há necessidade de ampliar a

capacidade de apreensão e compreensão de representações e registros de geograficidade dos

fenômenos através de linguagem-imagem, com destaque para a pintura e a cartografia. Destas

colocações da autora deriva a proposição de considerar as imagens enquanto indícios, testemunhas

oculares dos entes cujas geograficidades não foram, ou foram insuficientemente registradas por meio

da palavra escrita.

Diante destas colocações, vale destacar que o conhecimento é produto da história da

humanidade e que o homem passou a registrar esse conhecimento nas cavernas. Mas, com o passar

dos séculos, esta linguagem veio se aprimorando inovando-se juntamente com as novas tecnologias

visuais e digitais. Cabe dizer que muitas delas estão à disposição nas escolas da rede Pública do

Estado do Paraná, a exemplo dos laboratórios de informática, com acesso à Internet, entre outros

produtos.

Para Castrogivanni (1999, p. 22), a apreensão do espaço pelo aluno, segue três etapas

fundamentais: a etapa do “espaço vivido”, com a identificação de onde ele vive (denominado de

espaço físico). A etapa da apreensão do espaço, ou seja, aquela que permite ao aluno perceber,

experimentar biologicamente, observar a distância, tanto em relação ao espaço vivido como ao espaço

percebido, a partir do movimento e da locomoção, quando a criança inicia a apreensão do espaço. Na

terceira etapa o aluno está mais apto para lidar com essas questões do espaço, o que ocorre mais ou

menos aos doze anos de idade, pois é quando o mesmo passa do conhecimento espacial corporal

para o conhecimento da observação das diferentes escalas e leituras de paisagens e de mundo.

6

O espaço vivido pelo aluno, que é aquele de convívio diário, pode ser identificado sob duas

visões: a oblíqua e a vertical. Na visão oblíqua, os objetos são vistos de lado e do alto. Na visão

vertical os objetos são vistos de cima para baixo, o mesmo ocorrem com as imagens. Sendo assim,

além das atividades, podem ser criadas algumas oficinas que melhor ilustram o trabalho exposto na

Unidade Didática Pedagógica. Para trabalhar o desenvolvimento da linguagem – imagens ou a

cartografia, busca-se entender seus símbolos e suas representações, ou seja, as plantas, mapas e

maquetes. Por outro lado, embora essas representações não sejam neutras a aprendizagem não

ocorre num passo de mágica, mas sim numa evolução etária e psicológica de cada aluno.

Diante do exposto, os objetivos das Atividades Didático-pedagógicas, aqui apresentadas,

consistem em dar suporte para uma práxis dialógica com os docentes da 1ª série da Formação

Docente e que também poderão ser trabalhadas com professores que atuam tanto no Ensino

Fundamental, como no nível Médio.

Para concluir o Artigo Final há necessidade da Implementação o Projeto no Colégio Wilson

Joffre, tendo assim melhor entendimento do trabalho de pesquisa proposto, iniciamos com Atividade

1, - tarefas um e dois - , devido a seqüência para o desenvolvimento evolutivo das demais tarefas e

oficinas. Primeiramente fotografou-se o globo da sala de aula e em seguida o prédio físico do Colégio,

ambas sob a visão oblíqua – do alto e de lado - e vertical – de cima para baixo.

Em relação a segunda atividade desenvolvemos primeiro a tarefa no laboratório de informática,

com a ferramenta do Gloogle Maps, localizando a cidade de Cascavel, o endereço do Colégio mais o

endereço de sua casa, destacando a distância sua representação gráfica de escala, as coordenadas

geográficas do geográficas do Colégio e de sua Casa. Além de construir o mapas do Caminho de

Casa ao Colégio e sua representação, logo após construiu-se a bússola para orientar-se.

7

Em relação a quarta atividade, que vem ser o Projeto de Intervenção no Colégio, com a

construção da Maquete da cidade de Cascavel, levando em conta o relevo a altitude da cidade.

ATIVIDADE 1 - REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR

Introdução: Para o desenvolvimento da percepção do aluno, conforme proposto por Simielli

(1993), é necessário o trabalho de desenvolvimento da percepção do espaço do aluno. Seguindo as

recomendações da autora é observado o espaço e as relações entre os elementos, sob duas óticas de

visão, a da visão oblíqua e a da vertical. A visão oblíqua permite observar o todo, ou melhor, mostra as

várias faces dos elementos, tais como o comprimento, a largura e a altura. Em relação à visão vertical,

é possível fazer representações localizando exatamente cada elemento do espaço. A representação

do espaço geográfico é muito importante, devido a percepção dos elementos estarem imbricados com

os demais elementos geográficos.

Objetivos: Observar e distinguir objetos da sala de aula e do Colégio sob as visões oblíqua e

vertical e a relação entre ambas, bem como ao mesmo tempo reconhecer as representações feitas a

partir das duas visões citadas da sala de aula e do Colégio.

Material: Máquina fotográfica digital, computador, multimídia, papel, régua e lápis de cor.

Metodologia: A Atividade -1 - esta dividida em duas tarefas, com o principio do reconhecimento

e representação das diferentes formas de visões: obliquas e verticais do espaço vivido. A primeira

tarefa é a de fotografar a sala de aula e o Colégio, de acordo com Visão oblíqua (visto do alto e de

lado) e a Visão vertical (visto do alto, de cima para baixo). A segunda tarefa é para baixar as fotos no

8

computador e fazer a apresentação através do Multimídia. Após analisar, fazer uma discussão e

comparar as fotos nas diferentes visões e sua representação e colocá-las no papel a tarefa 1 e 2.

ATIVIDADE 1 - Fotos do Espaço de objetos da sala de aula e sua Representação

Tarefa 1- Os alunos deverão desenvolver a percepção através das imagens e a representação, dos objetos do

espaço da sala de aula e de acordo com as duas visões abaixo

Sugestão: A atividade da Tarefa 1- parte do concreto do espaço vivido do aluno, também poderá ser

desenvolvido nas séries iniciais do Ensino Fundamental e outros, para levar o aluno compreender o espaço

percebido e concebido, além de estabelecer relações espaciais com o meio e a sociedade.

Tarefa 2- Os alunos deverão desenvolver a percepção através das imagens e a representação, dos objetos do

espaço do Colégio e de acordo com as duas visões abaixo

Fonte: Dani (2010) Fonte: Dani (2010)

9

Sugestão: A atividade da Tarefa 2- Poderá também ser aplicada nas 5ª Series do Ensino Fundamental e no

curso de Formação Docente, para os alunos observar o espaço vivido, e os espaços construídos e

transformados pelo homem.

ATIVIDADE 2 - CONSTRUÇÃO DO MAPA – “CAMINHO DA CASA AO COLÉGIO”

Introdução: As imagens são elaboradas, apreendidas e utilizadas pelos seres humanos desde os

primórdios, antes mesmo da linguagem escrita. Na medida em que a sociedade ocidental foi se

mercantilizando, o capital se impôs como modo de produção hegemônico e as imagens passaram a

ser cada vez mais importantes no processo de sua reprodução do capital. De acordo com Katuta

(2007) as imagens não apenas referendam o projeto político de (re) produção do capital, como

Fonte: Dani (2010)

10

também, constituem-se em produções culturais importantes para o registro da compreensão dos

modos de ser do e no espaço.

Objetivo: Localizar no site do Gloogle Maps o município de Cascavel, bairro que reside e traçar o

caminho da casa ao colégio. Além de traçar o caminho, o aluno deverá identificar as coordenadas

geográficas, e os elementos geográficos, estabelecendo as relações de lateralidade, em relação ao

corpo, ao Sol e a bússola, ou melhor, entendo o processo de representação como uma linguagem-

imagem.

Material: Laboratório de informática, régua, papel quadriculado, cartolina, lápis de cor, água, imã,

copo, rolha, régua, estilete e tesoura.

Metodologia: A atividade 2 pode ser desenvolvida através de oficina e tarefa. A oficina ocorre para a

realização da construção da bússola. Neste caso é preciso ter uma agulha de costura média ou grande

e um imã. O imã deve ser esfregado por toda a agulha e só depois é que se deve colar a agulha no

meio da rolha. A rolha deve ser cortada em fatias e na sua base deve ter o desenho da rosa dos

ventos. Depois desse material pronto e colocado em um copo de água o mesmo é movimentado, tanto

para direita como para esquerda e quando o mesmo estiver movimento a ponta da agulha estará

sempre indicando o norte. A primeira tarefa ocorre no laboratório de informática, usando a ferramenta

do Google Maps, localizasse as coordenadas geográficas do Colégio e da casa do aluno. Também

será adicionado (lada), caminho (path), nome do endereço (ok - saída e chegada) do aluno, além do

que também é necessário adicionar cor no caminho. A segunda tarefa é a de copilar o trajeto

encontrado no Google Maps, transportando as coordenadas geográficas, as ruas, os elementos da

paisagem geográfica para o mapa do trajeto da casa até o Colégio

11

Oficina 1 – O professor construirá junto com os alunos a bússola para orientar-se no espaço escolar e

sucessivamente na cidade, escala local e global

A Construção da Bússola

Fonte: Dani(2010)

Sugestão: Atividade que auxiliará o aluno a se localizar, orientar-se diante aos pontos convencionais de

orientação e ao Sol. Poderá ser aplicada esta atividade nas séries iniciais do Ensino Fund. e Formação Docente.

Observação: A construção

da bússola deu-se em quatro

etapas: 1ª- corte um fatia da rolha;

2ª - esfregue o ímã por toda agulha,

3ª- cole agulha no meio da rolha e

coloque-a no copo com água e 4ª

vire bem o copo, observe que a

agulha sempre apontará para o

sentido norte.

12

Tarefa 1 – O professor junto com os alunos construirá o caminho de casa a escola com a ferramenta

gloogle maps, identificando a distância, as coordenadas geográficas e a localização, além de construir

o mapa e sua Representação.

Fonte: Dani (2010)

Sugestão: Atividade poderá ser desenvolvida com todas as turmas, quando se trabalha os conteúdos

geográficos referenciando a localização e contextualizando com os outros Eixos Estruturantes, Ens.Fund.e

Formação Docente.

13

ATIVIDADE 3 REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR – MAQUETE

Introdução: Acreditasse que é possível construir e comunicar os conhecimentos geográficos através

da linguagem-imagem-cartográfica. De acordo com Katuta (2007) tanto as linguagens cientificas e

artísticas possuem especificidades que lhe são inerentes, embora ambas sofram influências das

noções de espaço e tempo da sociedade em que são elaboradas. Estas resultam as seguintes formas

de registros: pinturas, mapas, dentre outras. Segundo Francischett (2004) representar não é apenas

utilizar os signos ou símbolos, é um ato prático que consegue abrir a porta da realidade. É também um

ato teórico que exige um vasto conhecimento do que é como se quer representar.

Objetivos: Possibilitar a construção da maquete para o desenvolvimento da criatividade, da

capacidade reflexiva, de interpretação, improvisação, percepção e habilidade manual, dentre outras.

Também reconhecer a função de um instrumento de medidas padronizadas, representando o espaço

geográfico a partir dos modelos tridimensionais (maquete). Estabelecer as relações entre os elementos

Físicos - Humanos e da própria Natureza.

Material: Sucata, papelão, cartolina, madeira, tintas, régua, metro e barbante (anexo I) modelos para

dobraduras.

Metodologia: A atividade 3 é organizada em duas oficinas. A primeira para a construção do metro,

denominada de ”técnica do barbante“. Onde é divido o barbante em metro e esse espaço do metro é

subdividido em 10 centímetros. Em seguida é feita as medidas da sala de aula e da quadra do Colégio.

Após as medições estabelecer a lógica da distância real, onde “D” é a representação gráfica e “d” a

maquete, sempre com auxílio da dobra do barbante. Esta atividade possibilita a transferência das

informações do real para o grafismo, em escala, construída pela regra de três, onde “1” é a unidade de

14

escala (invariável), o “M” é o denominador da escala, o “D” a distância real e o “d” a distância gráfica

(ex: 1:2500). A segunda oficina ocorre para a construção da maquete com sucata ou peças de

madeiras ou ainda no modelo de dobraduras (anexo I) de acordo com a visão Vertical e Oblíqua.

Segue Modelo abaixo

Oficina 1- Construção do metro junto com a turma, com barbante Após discussão sobre redução e

ampliação de escalas o professor levará os alunos reproduzir a mesma no papel.

Sugestão: trabalhar a interdisciplinaridade com o professor de matemática com medidas de distância real e a

Representação de Escalas do espaço, no Ens. Fund. 1ªs Séries do Ens. Médio e do Curso de Formação

Docente

15

Oficina 2 – Construção da maquete do espaço escola junto com a turma. Após discussão da

representação tridimensional e dos elementos geográficos na escala utilizada o professor reproduz o

seguinte:

Sugestão: Atividade que poderá ser desenvolvidas tanto no Ensino Fundamental, Médio e Como na Formação

Docente. Parte-se do espaço vivido, para numa segunda etapa o percebido, apreensão do espaço e concebido

quando o mesmo passa do espacial corporal para a observação de diferentes escalas e leituras de paisagem e

de mundo

ATIVIDADE 4 - MAQUETE DA CIDADE DE CASCAVEL

Introdução: De acordo com Francischett (2004) representar o espaço é uma importante maneira de

estudá-lo geograficamente, desde os impactos ambientais, a formação geológica, a hidrografia, o

planejamento urbano, os aspectos físicos, até as mais sensíveis relações sociais. A concepção e

construção das maquetes geográficas devem ser entendidas a partir de uma perspectiva pedagógica

em que o aluno torna-se agente do seu próprio conhecimento.

Objetivo: Propiciar ao aluno familiaridade com esta forma de representação cartográfica tridimensional

do espaço geográfico. Ao mesmo tempo desenvolver a construção do conhecimento no cotidiano do

mesmo através da maquete geográfica na visão oblíqua tridimensional, localizando detalhes do

conjunto de uma paisagem que sofre a ação antrópica.

16

Materiais: Cartas de Cascavel, mapeamentos com cotas altimétricas, madeira, isopor, cola, lápis de

cor, tesoura, gesso, tintas, papel vegetal, cola, etc...

Metodologia: O estudo de intervenção, proposto para a escola, pode incluir três etapas: a primeira,

que corresponde à coleta de dados, realizada através das cartas topográficas e mapeamentos junto a

Prefeitura Municipal de Cascavel-Pr, bem como de dados do IBGE e do IAP. A segunda etapa

acontece com trabalhos em laboratório, buscando a localização e delimitação do espaço e ainda as

análises das altitudes das cartas do espaço urbano do município de Cascavel. Nesta segunda etapa,

são consideradas as altitudes do relevo através das cotas altimétricas, identificando as maiores e as

menores altitudes da cidade de Cascavel. Para tanto, são utilizadas as classificações de Simielli (2005)

para a definição das cores das diferentes cotas altimétricas, pintadas manualmente pelos alunos das

1ª séries da Formação Docente do projeto de Intervenção no Colégio. Também é construída uma

maquete com camadas de isopor e gesso pelos alunos.

Observação:

- todos os trabalhos são coordenados pela professora responsável.

- a legenda segue os padrões didáticos estabelecidos por Simielli (2005)

Oficina 1 - Construção da Maquete da Cidade de Cascavel junto com os alunos, identificando a

localização, os aspectos físicos e humanos do espaço urbano de Cascavel-PR.

17

MAQUETE DA CIDADE DE CASCAVEL

Foto 1- Etapa 1ª -Pintura Carta Topográfica Foto 2 - Etapa 2ª– Copilação Altimetria

Foto 4 – Etapa 4ª- Maquete Final Foto3 - Etapa 3ª- Maquete de isopor e gesso

Fontes fotos 1-2-3-4 – Dani (2010)

18

Observação: A Foto 1 , correspondem a Carta topográfica do município de Cascavel, a maior

altitude de 787 metros e a menor 630 metros. Estabeleceu-se a escala Vertical de 50 m de altitude, ou 1

centímetro da maquete equivale 5m de altura do relevo. Quanto a escala Horizontal de 1:14.000, cada um

centímetro da superfície equivale 140 metros de extensão territorial. Quanto a Foto 2 – Copilou-se as cotas

altimétricas com papel vegetal. Em relação a foto- 3 – deu-se da copilação das cotas, o recorte do Isopor e

revestimento de gesso para modelagem do relevo, e a foto 4 – seria a finalização da maquete, com as formas

de relevo existentes, do espaço urbano da cidade de Cascavel-PR

Sugestão: Poderá trabalhar com as turmas do Ens. Fundamental, 1ª Séries do Ensino Médio e do Curso de

Formação Docente, as seguintes oficinas: Representação das formas de relevo, integrando os Eixos

Estruturantes como : Sócioambiental, Econômico, Demográfico, Cultural entre outros.

Considerações Finais

Tendo em vista do pouco tempo para finalizar o curso do PDE, decidimos priorizou-se três das

quatro atividades da Unidade Didática Pedagógica: a 1ª Atividade com as tarefas um (1) e dois(2)

devido a seqüência para o desenvolvimento das demais em observar os objetos do espaço da sala de

aula e do Colégio. A professora fotografou o globo da sala de aula e o prédio físico do Colégio,

estabelecendo uma discussão com os alunos sobre as diferentes formas de observar os objetos, fotos

e suas representações. Nesta atividade os alunos perceberam a necessidade de olhar para os

objetos, fotos- sob as duas visões; a oblíqua que da mais detalhe que a vertical, sempre com o

cuidado de perceber que uma complementa a outra e que assim se obtêm diferentes leituras da

totalidade do espaço estudado.

19

Em relação a 2ª Atividade desenvolveu-se primeiro a tarefa no laboratório de informática, com a

ferramenta do Gloogle Maps, onde o aluno localiza a cidade de Cascavel, bem como o endereço do

Colégio e o endereço de sua casa, destacando a distância e sua representação gráfica de escala, das

coordenadas geográficas do Colégio e de sua Casa.

Além de construir o mapas do Caminho de Casa ao Colégio, é importante destacar que as

dificuldades em localizar-se veio átona por parte dos alunos, mas com a oficina da construção da

bússola, mas estas dificuldades foram se esclarecidas, embora tenham surgido outras, tais como o

norte magnético e o norte geográfico. Outro detalhe importante, foi constatado que, além de auxiliar

na compreensão da localização despertou curiosidades e questionamentos sobre os dois nortes e o

porque aparece o norte geográfico e o norte magnético ou porque aponta da agulha não aponta o

norte direito e sim inclinado.

A respeito da aplicação do Projeto de Intervenção, obtive-se auxílio de outros alunos do quarto

período, na disciplina de Metodologia do Ensino da Geografia, o qual pode ser considerado um

trabalho instigante que levanta-se curiosidades de quem o fez e dos demais alunos do Colégio. Além

dos alunos estarem construindo o seu próprio conhecimento. Por outro lado se pensou numa proposta

por parte de alguns professores e direção do Colégio Wilson Joffre, em transferir uma das maquetes

para o chamado “ Beco Ecológico”, local próprio para estudos socioambientais dos alunos do colégio,

onde faremos um revestimento da Maquete um outro material mais resistente as ações dos fenômenos

da própria natureza, já que é local com uma cobertura mas aberto, para que os alunos do Ensino

Fundamental, Médio, Formação Docente e outros cursos, tenham acesso também a este recurso

Didático Pedagógico que vem ser a Maquete.

20

REFERENCIAL

ALMEIDA, Rosângela Doin de: O espaço geográfico: ensino e representação? Rosângela

Doin de Almeida, Elza Yasuko Passini, Ed. Contexto 15ª, SP, 2006 (Repensando o Ensino).

FRANCISCHETT Mafalda Nesi. A Cartografia no ensino da geografia: construindo os

caminhos do cotidiano. Ed. KroArt. RJ. 2002

------------------------------------- A cartografia no ensino de geografia: aprendizagem mediada?

Mafalda Nesi FRANCISCHETT. Cascavel EDUNIOESTE, 2004

KATUTA, Ângela Massumi, - As imagens Na Geografia: Coordenadas Semióticas Para

Compreensão da ordenação Dos Lugares: In: Anais do XI Encuentro de Geógrafos de América

Latina. Geopolítica globalización y cambio ambiental: retos em el desarrollo latinoamericano.

Bde la Universidade Nacional de Bogotá, 2007. v.1.p.sp-s.p

SIMIELLI, Maria Elena Ramos. Primeiros Mapas: Como entender e Construir –Vol. 2 e 4

Caderno de Atividades, Ed. Ática, USP, SP, 1993

SEED, Diretrizes Curriculares da Educação Básica Geografia, Curitiba, 2008

21

Anexo