curso para agentes de desenvolvimento

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Guia do Gestor – Curso para Agentes de Desenvolvimento 1 Curso para Agentes de Desenvolvimento Etapa 1 – Básica GUIA DO GESTOR Este guia tem por objetivo orientar a ação do responsável pela realização do curso de forma a facilitar sua ação e assegurar que os aspectos fundamentais para o sucesso do curso foram observados.

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Page 1: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso para Agentes de Desenvolvimento 1

Curso para

Agentes de Desenvolvimento

Etapa 1 – Básica

GUIA DO GESTOR

Este guia tem por objetivo orientar a ação do responsável pela realização do curso de forma a facilitar sua ação e assegurar que os aspectos

fundamentais para o sucesso do curso foram observados.

Page 2: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso para Agentes de Desenvolvimento 2

COPYRIGHT © 2010, FRENTE NACIONAL DE PREFEITOS E CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É permitida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, desde que divulgadas as fontes. FRENTE NACIONAL DE PREFEITOS – FNP Presidente: João Carlos Coser (Prefeito de Vitória/ES) 1º Vice-presidente nacional: Edvaldo Nogueira (Prefeito de Aracaju/SE) 2º Vice-presidente nacional: Eduardo Paes (Prefeito do Rio de Janeiro/RJ) 1ª Vice-presidenta de Relações Internacionais: Luzianne Lins (Prefeita de Fortaleza/CE) Secretária - geral: Maria do Carmo Lara Perpétuo (Prefeita de Betim/MG) Secretário- executivo: Gilberto Perre PROJETO INCENTIVO PARA O DESENVOLVIMENTO CONVÊNIO FNP E SEBRAE Coordenação Geral: Antônio Carlos Granado FNP - BRASÍLIA SRTVS – Quadra 701, Bloco H, Loja 10, Edifício Record, Sala 603 70.340-910 – Brasília – DF www.fnp.org.br CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS – CNM Presidente: Paulo Ziulkoski 1º Vice-presidente: vago por desincompatibilização 2º Vice-presidente: Luiz Benes Leocádio de Araujo 3° Vice-presidente: Pedro Ferreira de Souza 4° Vice-presidente: Valtenis Lino Da Silva CONVÊNIO CNM E SEBRAE NACIONAL Coordenação Geral: Augusto Braun CNM - BRASÍLIA SCRS 505, Bloco C Lote 01 - 3º andar CEP 70.350-530 – Brasília – DF www.cnm.org.br SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE Diretor Presidente: Paulo Tarciso Okamotto Diretor Técnico: Carlos Alberto dos Santos Diretor de Administração e Finanças: José Cláudio dos Santos SEBRAE NACIONAL - BRASÍLIA SEPN - Quadra 515 - Lote 03 - Bloco C - Asa Norte CEP 70.770-530 – Brasília – DF www.sebrae.com.br Ficha Catalográfica

VERAS, Claudio; BARCELLOS, Flávio; OLIVEIRA, Inocêncio; SOUZA, Carlos; DIAS, Antônio Carlos. Curso para Agentes de Desenvolvimento: Apresentação - Brasília: FNP, CNM e Sebrae NA, 2010. 32 p. 1. Agente 2. Desenvolvimento 3. Pequenas Empresas I - Título

Page 3: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso para Agentes de Desenvolvimento 3

SUMÁRIO

1 Apresentação .................................................................................. 6

2 O Curso .......................................................................................... 8

2.1 Entidades promotoras........................................................................................8

2.2 Nome, identidade visual e logomarca do curso .........................................8

2.3 Princípios pedagógicos .................................................................................... 12

2.4 Objetivo do curso .............................................................................................. 13

2.5 Perfil sugerido dos participantes .................................................................. 13

2.6 Critérios de definição do aproveitamento do participante ................... 14

2.7 Estrutura do curso ............................................................................................ 14

3 Aplicação do Curso ......................................................................... 16

3.1 Estrutura Organizacional Básica ................................................................... 16

3.2 Fase Pré-Curso ................................................................................................... 17

3.2.1 Divulgação ................................................................................................... 17

3.2.2 Definição dos facilitadores ...................................................................... 17

3.2.2.1 Perfil do facilitador............................................................................. 18

3.2.2.2 Seleção dos facilitadores ................................................................. 19

3.2.2.3 Repasse para os facilitadores......................................................... 19

3.2.2.4 Contratação dos facilitadores ......................................................... 19

3.2.2.5 Divulgação da agenda de cursos .................................................. 19

3.2.2.6 Convite e confirmação dos facilitadores ..................................... 20

3.2.3 Definição do local ...................................................................................... 20

3.2.3.1 Infra-estrutura e recursos necessários ....................................... 20

3.2.3.1.1 Espaço ............................................................................................. 20

3.2.3.1.2 Ventilação, temperatura e umidade ...................................... 21

3.2.3.1.3 Iluminação ..................................................................................... 21

3.2.3.1.4 Instalações sanitárias................................................................. 21

3.2.3.1.5 Recursos didáticos ....................................................................... 21

3.2.3.1.6 Mobiliário ........................................................................................ 22

3.2.3.2 Levantamento de informações dos possíveis locais ................ 22

Page 4: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso para Agentes de Desenvolvimento 4

3.2.3.2.1 Informação das regras de funcionamento locais ............... 22

3.2.3.2.2 Aspectos de segurança locais .................................................. 22

3.2.3.2.3 Alternativas de lanche para os intervalos ............................ 22

3.2.3.2.4 Conveniência ................................................................................. 23

3.2.3.2.4.1 Hospedagem .......................................................................... 23

3.2.3.2.4.2 Alimentação ........................................................................... 23

3.2.3.2.4.3 Saúde....................................................................................... 23

3.2.3.2.4.4 Bancos ..................................................................................... 23

3.2.3.2.4.5 Outros ...................................................................................... 24

3.2.3.3 Contratação do local e recursos necessários ............................ 24

3.2.3.4 Confirmação do local e recursos necessários ............................ 24

3.2.4 Definição da turma ................................................................................... 25

3.2.4.1 Quantidade de participantes .......................................................... 25

3.2.4.2 Captação e seleção dos participantes.......................................... 25

3.2.4.3 Convite aos participantes ................................................................ 25

3.2.4.4 Manual Preparatório ao participante ............................................ 25

3.2.5 Definição do Técnico-local ...................................................................... 26

3.2.5.1 Disponibilização do material didático .......................................... 26

3.2.5.1.1 Definição das quantidades ........................................................ 26

3.2.5.1.2 Aquisição e impressões necessárias ...................................... 27

3.2.5.1.3 Montagem do material didático............................................... 27

3.2.5.1.4 Envio e transporte do material didático ............................... 28

3.2.5.2 Verificação final pré-curso............................................................... 28

3.3 Fase do Curso..................................................................................................... 28

3.3.1 No início do curso ...................................................................................... 28

3.3.1.1 Boas vindas.......................................................................................... 28

3.3.1.1.1 Regras de funcionamento do local ......................................... 28

3.3.1.1.2 Aspectos de segurança .............................................................. 28

3.3.1.1.3 Conveniências próximas ............................................................ 29

3.3.1.2 No início de cada dia ......................................................................... 29

3.3.1.2.1 Verificação da disponibilidade dos recursos ........................ 29

3.3.1.3 Durante o dia ...................................................................................... 29

3.3.1.3.1 Apoio ao facilitador e aos participantes ................................ 29

Page 5: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso para Agentes de Desenvolvimento 5

3.3.1.4 Ao final do dia ..................................................................................... 29

3.3.1.4.1 Avaliação com o facilitador ....................................................... 29

3.3.1.4.2 Fechamento e segurança do local, recursos e materiais didáticos 30

3.3.1.5 Ao final do curso ................................................................................ 30

3.3.1.5.1 Avaliação do Curso – Etapa Básica ........................................ 30

3.3.1.5.2 Despedida ...................................................................................... 30

3.3.1.5.2.1 Mobilização para próxima etapa – Etapa Avançado.. 30

3.4 Fase Pós-Curso .................................................................................................. 30

3.4.1 Tabulação das avaliações........................................................................ 30

3.4.2 Divulgação do resultado das avaliações ............................................. 30

3.4.3 Melhorias possíveis ................................................................................... 31

4 Referências Importantes ................................................................. 31

4.1 Contatos ............................................................................................................... 31

4.2 Referências.......................................................................................................... 32

5 Anexos .......................................................................................... 32

5.1 Anexo I – Aproveitamento dos Participantes ........................................... 32

5.2 Anexo II – Lista de Presença ......................................................................... 32

5.3 Anexo III – Avaliação do Curso .................................................................... 32

Page 6: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 6

1 Apresentação

O Agente de Desenvolvimento

A Lei Complementar 128, de 19 de dezembro de 2008, dá ao poder público municipal a responsabilidade pela designação de Agentes de Desenvolvimento. Esses Agentes de Desenvolvimento têm a função de articular as ações públicas para a promoção do desenvolvimento local e territorial, mediante ações locais ou comunitárias, individuais ou coletivas, que visem ao cumprimento das disposições e diretrizes contidas na Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006, conhecida como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, e suas posteriores alterações. Deverá trabalhar sob supervisão do órgão gestor local responsável pelas políticas de desenvolvimento.

O Agente de Desenvolvimento deverá residir na área da comunidade em que atuar; haver concluído o ensino fundamental e haver concluído, com aproveitamento, curso de qualificação básica para a formação de Agente de Desenvolvimento. Determina ainda a LC 128/08 que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, juntamente com as entidades municipalistas e de apoio e representação empresarial, prestarão suporte aos referidos agentes na forma de capacitação, estudos e pesquisas, publicações, promoção de intercâmbio de informações e experiências.

Cumprindo este papel, nós, a Frente Nacional de Prefeitos – FNP, a Confederação Nacional de Municípios – CNM e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae, nos associamos para oferecer esse curso para Agentes de Desenvolvimento. Desta forma, o Sebrae, uma entidade privada e de interesse público, apóia a criação de um ambiente institucional que estimule a criação de empresas formais, competitivas e sustentáveis, transformando a vida de milhões de pessoas por meio do empreendedorismo, realizando sua missão, clara e focada no desenvolvimento do Brasil através da geração de emprego e renda pela via do empreendedorismo. Complementarmente, a FNP, um movimento organizado de prefeitos, institucionalizado como entidade privada e de interesse público, também realiza sua missão de participação na redefinição e reconstrução da questão urbana no país, resgatando o protagonismo do município, inclusive na questão do desenvolvimento; e a CNM, também uma entidade privada e de utilidade pública, fundada em 8 de fevereiro de 1980,

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Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 7

por desejo das associações e federações estaduais de municípios que desejavam a consolidação de uma entidade nacional forte que representasse todos os municípios brasileiros, pugnando pela valorização do municipalismo.

Juntos, oferecemos diretamente aos gestores públicos brasileiros e indiretamente a toda a sociedade brasileira, o Curso para Agentes de Desenvolvimento. Que seja um importante instrumento para apoiar o desenvolvimento dos pequenos negócios e dos municípios brasileiros.

João Carlos Coser Paulo Ziulkoski Paulo Tarciso Okamotto Presidente da FNP Presidente da CNM Diretor-Presidente do Sebrae

Page 8: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 8

2 O Curso

2.1 Entidades promotoras Frente Nacional de Prefeitos – FNP: Um movimento organizado de

prefeitos, institucionalizado como entidade privada e de interesse público,

também realiza sua missão de participação na redefinição e reconstrução da

questão urbana no país, resgatando o protagonismo do município, inclusive

na questão do desenvolvimento. www.fnp.org.br.

Confederação Nacional de Municípios – CNM: Uma entidade privada e

de interesse público, criada para representar os municípios brasileiros,

associando e integrando as federações e/ou associações estaduais de

municípios. Também realiza sua missão de lutar pelo fortalecimento da

autonomia municipal e do movimento municipalista, contribuindo com

soluções políticas e técnicas para excelência na gestão e qualidade de vida

da população, inclusive na questão do desenvolvimento. www.cnm.org.br.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae:

Uma entidade privada e de interesse público, apóia a criação de um

ambiente institucional que estimule a criação de empresas formais,

competitivas e sustentáveis, transformando a vida de milhões de pessoas

por meio do empreendedorismo, realizando sua missão, clara e focada no

desenvolvimento do Brasil através da geração de emprego e renda pela via

do empreendedorismo. www.sebrae.com.br.

2.2 Nome, identidade visual e logomarca do curso O Curso para Agentes de Desenvolvimento - CAD foi concebido para

acontecer em duas etapas.

A primeira é a etapa de formação básica. Com ela, objetiva-se proporcionar

aos participantes competências essenciais ao desempenho da função de

Agente de Desenvolvimento, com ênfase ao atendimento às designações da

Lei Complementar 128/2008.

A segunda etapa tem como objetivo a formação avançada, proporcionando

novas competências que aperfeiçoarão a atuação do participante como

efetivo Agente de Desenvolvimento.

Page 9: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 9

Esse Guia do Gestor trata da primeira etapa do CAD.

Esta etapa de formação básica está estruturada em 4 módulos sequenciais.

O primeiro módulo chama-se Agente de Mudanças, e tem como objetivo

proporcionar conhecimentos, habilidades e atitudes que permitam ao

participante entender e atuar como importante agente das mudanças que

se pretendem fazer no município.

Na logomarca do CAD, o “A” estilizado como uma ponta de seta para cima

significa as mudanças.

O segundo módulo da etapa de formação básica chama-se Agente do

Desenvolvimento, e tem como objetivo proporcionar conhecimentos,

habilidades e atitudes que permitam ao participante entender e atuar como

importante agente do desenvolvimento do município.

Page 10: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 10

Na construção da logomarca do CAD, agrega-se ao “A” a letra “D”,

significando o desenvolvimento “que segue”, “decorre” da mudança.

O terceiro módulo da etapa de formação básica chama-se Melhorando o

Ambiente para o Desenvolvimento, e tem como objetivo proporcionar

conhecimentos que permitam ao participante identificar e implantar

oportunidades para o desenvolvimento, por meio da melhoria do ambiente

de negócios, com ênfase nas micro e pequenas empresas.

Na logomarca do CAD agrega-se o fundo retangular significando “o

ambiente”.

O quarto e último módulo da etapa de formação básica chama-se Agente

de Resultados, e tem como objetivo proporcionar conhecimentos,

habilidades e atitudes que permitam ao participante atuar eficiente e

Page 11: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 11

eficazmente como agente do desenvolvimento do município, ampliando as

possibilidades de bons resultados.

A logomarca do CAD recebe um “raio amarelo”, entrelaçado com os

símbolos da mudança, do desenvolvimento e do ambiente, que representa

os resultados valorosos a serem obtidos.

Finalmente com cada tema relevante à construção de um conjunto de

competências essenciais para a atuação do Agente de Desenvolvimento

como promotor do desenvolvimento do município, têm-se a logomarca final

do CAD, com cores nacionais.

O material que oficialmente compõem o Curso de Formação do Agente

de Desenvolvimento – CAD possui identidade visual pré-estabelecida e

disponibilizada em arquivos eletrônicos pelas entidades promotoras. Os

materiais são os seguintes:

Page 12: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 12

Capa de documento em orientação retrato, em tamanho A4, em formato

eletrônico tipo DOC;

Página de documento em orientação retrato, em folha A4, em formato

eletrônico tipo DOC;

Página de documento em orientação paisagem, em folha A4, em formato

eletrônico tipo DOC;

Capa de apresentação em orientação padrão (25,4x19,05), em formato

eletrônico tipo PPT.

Página de apresentação em orientação padrão (25,4x19,05), em formato

eletrônico tipo PPT.

Modelo do Certificado de Participação, em formato eletrônico tipo PPT.

Modelo do Certificado de Facilitador, em formato eletrônico tipo PPT.

Banner padrão, em formato eletrônico tipo JPG e CDR.

Logomarca padrão, em formato eletrônico tipo JPG e CDR.

2.3 Princípios pedagógicos

Os princípios pedagógicos trabalhados no CAD são baseados nos pilares da

educação definidos pela UNESCO - Aprender a conhecer, Aprender a Fazer,

Aprender a Conviver, Aprender a Ser. Desta forma, o CAD percebe o

indivíduo de forma integral, em dimensões múltiplas e não apenas como

aquele que busca e recebe informações. A proposta busca possibilitar a

formação de pessoas capazes de enfrentar problemas, criar e definir

soluções através das diversas alternativas. Não basta apropriar-se do

conhecimento, mas fazer dele a estratégia de reflexão, unindo assim saber

e mudança. Para tal, utilizam-se dinâmicas de grupo, jogos e filmes

conforme o Ciclo de Aprendizagem Vivencial – CAV, como proposto por

David KOLB (1990), psicólogo americano.

No CAV, a noção de criação e transferência de conhecimento é muito mais

do que uma mera reprodução. É um processo que passa pela reflexão,

crítica e internalização do que é vivido.

Uma pessoa passa por uma experiência concreta, depois reflete sobre a

situação e disso abstrai ou internaliza algum significado. Essa "bagagem"

que passa a fazer parte dos conhecimentos, valores ou crenças dessa

Page 13: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 13

pessoa, pode então ser utilizada em outras situações, muitas vezes

bastante diferentes da primeira. O ciclo é iniciado novamente. O CAV ocorre

quando uma pessoa se envolve numa atividade, analisa-a criticamente,

extrai algum insight útil dessa análise e aplica seus resultados. No CAD este

processo é criado, em situações controladas, visando alcançar focos de

aprendizagem específicos.

Ao final do curso o participante terá construído um Roteiro de Ação, que

orientará sua ação no município até a realização da Etapa Avançada do

CAD, considerando, segundo a visão do participante, os aspectos relevantes

para sua atuação eficaz apresentados durante o curso.

2.4 Objetivo do curso Preparar o participante para atuar na mobilização, articulação e orientação

técnica básica das pessoas-chave para a implantação e implementação das

possibilidades de melhoria do ambiente de negócios das micro e pequenas

empresas municipais permitidas pela Lei Geral das Micro e Pequenas

Empresas, promovendo desta forma o desenvolvimento local.

2.5 Perfil sugerido dos participantes

Básico Recomendável:

Ser funcionário público concursado (quadro efetivo); Ter escolaridade mínima de 2º. Grau completo; Ter conhecimentos de informática básica (editor de textos e

planilha); Ter habilidades em: liderança, relacionamento interpessoal,

comunicação, negociação e mediação; Ter disponibilidade de tempo para implementar projetos locais e

regionais, preferencialmente em tempo integral. Complementar:

Ter vivência da realidade local; Ter experiência em projetos ou atividades relacionadas ao

desenvolvimento econômico.

Page 14: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 14

2.6 Critérios de definição do aproveitamento do participante

Atendendo a exigência da LC 128/08, em seu artigo 85-A, §2º, no inciso II:

“II – haver concluído, com aproveitamento, curso de qualificação básica

para a formação de Agente de Desenvolvimento”, o CAD está estruturado

para mensurar o aproveitamento do participante. O aproveitamento mínimo

proposto é de 70% com os seguintes critérios: 40% participação e 60% da

avaliação do “roteiro de ação” construído individualmente. O

desdobramento dos critérios de aproveitamento são os seguintes:

O critério “Participação” é definido como o nível de envolvimento com as

atividades propostas. Como critério de mensuração propõe-se até 10

pontos percentuais por dia de participação “comprometida” no curso. A

ausência do participante compromete a mensuração deste critério no

dia, zerando-a.

O critério “Roteiro de ação” é definido como o documento gerado ao

longo do curso e concluído no último dia do curso, com a síntese das

atitudes e estratégias relevantes para o desenvolvimento territorial

segundo o participante. Como critério de mensuração do Roteiro de

Ação, propõe-se que, após sua avaliação, seja dado cumulativamente:

o Até 20 pontos percentuais pela inclusão de comportamentos e

atitudes a serem trabalhados individualmente;

o Até 20 pontos percentuais pela inclusão de estratégia de

mobilização e articulação de pessoas-chave para o

desenvolvimento local;

o Até 20 pontos percentuais pela inclusão de estratégia de

implementação da Lei Geral Municipal.

Para apoiar esta mensuração os facilitadores possuem um registro chamado

Aproveitamento dos Participantes - Anexo I.

2.7 Estrutura do curso A Etapa I do curso está estruturada em 3 fases e 4 Módulos com os seguintes temas:

Fase Pré-curso Levantamento de informações municipais preliminares conforme Manual Preparatório (15 dias antes do início do curso).

Page 15: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 15

Fase Curso

Etapa I – Formação básica

Módulo 1 – Agente de Mudanças (1º dia)

Programa

1. Apresentação do curso

2. Integração Grupal

3. O fenômeno da mudança e o agente

4. Mobilização para o desenvolvimento

5. Roteiro de Ação I

Módulo 2 – Agente do Desenvolvimento (2º dia)

Programa

1. Liderança e Poder

2. Empreendedorismo

3. Território, Desenvolvimento e Competitividade

4. As Micro e Pequenas Empresas

5. MPE e o Desenvolvimento Local

6. Redes para o Desenvolvimento

7. Roteiro de Ação II

Módulo 3 – Melhorando o Ambiente para o Desenvolvimento (3º dia)

Programa

1. Gestão Pública Municipal

2. Políticas Públicas de Desenvolvimento Municipal

3. A Lei Geral Municipal – Introdução

4. Lei Geral – Implementando Itens Obrigatórios

5. Lei Geral Municipal – Exercício de Modelagem

6. Roteiro de Ação III

Page 16: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 16

Módulo 4 – Agente de Resultados (4º dia)

Programa

1. Lei Geral Municipal – Exercício de Implantação

2. Pesquisa de Informações

3. A Estruturação e o Gerenciamento de Projetos de Desenvolvimento

4. Roteiro de Ação Final

5. Encerramento

Fase Pós-curso

Avaliação do curso.

Monitoramento dos resultados obtidos pelos participantes do grupo em seus municípios.

Divulgação dos bons resultados e das boas práticas.

3 Aplicação do Curso

O curso é desenvolvido em duas etapas sendo a primeira de 32 horas,

distribuído em 4 dias de 8 horas. A aplicação típica da etapa de formação

Básica do CAD será em 4 dias contínuos. A critério do Coordenador-Geral do

CAD a aplicação poderá ser flexibilizada para 2 dias em uma semana e 2

dias na outra semana, contanto que a interrupção não seja superior aos

dias do final de semana. Nesta última configuração há prejuízo para a

imersão desejada dos participantes. A aplicação da segunda etapa será

definida posteriormente em revisão desse Guia do Gestor.

3.1 Estrutura Organizacional Básica

A aplicação do CAD demanda uma estrutura organizacional para que possa

ser levada a curso com sucesso. O dimensionamento dessa estrutura

depende da quantidade de turmas, da logística necessária em função da

localização dos locais de realização das turmas e finalmente, da

simultaneidade de realização dos cursos no tempo.

Page 17: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 17

Além da Coordenação-Geral, focada nas questões político e macro-

administrativas para o alcance dos objetivos do CAD, propõe-se uma

estrutura mínima, diretamente subordinada a esta, com um Gestor-

Executivo, uma Secretária-Executiva e um Técnico Local.

Entende-se por Gestor-Executivo do CAD aquele responsável por fazer com

que as diretrizes e padrões estabelecidos nesse Guia do Gestor do Curso

para Agentes de Desenvolvimento sejam praticados adequadamente. Esse

profissional deve ser membro da equipe designada pelas entidades

promotoras.

Entende-se por Secretária-Executiva do CAD aquela responsável por apoiar

o Gestor-Executivo na execução de suas responsabilidades, conforme

orientação e solicitação direta dele. Essa profissional deve ser membro

permanente da equipe designada pelas entidades promotoras.

Entende-se por Técnico Local aquele responsável por praticar no local de

realização do curso as diretrizes e padrões desse Guia do Gestor, além de

orientações específicas do Gestor-Executivo. Esse profissional pode ser

membro da equipe designada pelas entidades promotoras, contanto que

tenha recebido cópia e tenha sido treinado nos itens pertinentes desse Guia

do Gestor do Curso para Agentes de Desenvolvimento.

3.2 Fase Pré-Curso

3.2.1 Divulgação

A FNP e a CNM operarão a divulgação, pelos meios que julgar necessários e

adequados, do CAD. Para tal, poderá utilizar-se de parceiros locais,

estaduais e nacionais, conforme sua conveniência.

3.2.2 Definição dos facilitadores

É fundamental o papel do facilitador no CAD. A denominação “Facilitador” é

utilizada para reforçar a proposta de que seu principal papel é o de facilitar

a construção do conhecimento pelo participante, fugindo de modelos

proponham a superioridade. Além de competência nos temas a serem

trabalhados, certas atitudes e habilidades no plano psicológico são

decisivas. O bom facilitador é normalmente descontraído, alegre, tem bom

Page 18: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 18

senso de humor, facilidade de relacionamento e sensibilidade para saber

lidar com pessoas com diferentes graus de autoconfiança. Não é aquele

corrige o aprendiz; é aquele que desenvolve a auto-estima e autoconfiança

no aprendiz. É aquele que se coloca num plano de igualdade, explora o

plano afetivo e empatiza com o aprendiz.

Um facilitador atuará em cada turma. Os seguintes itens são propostos para

a adequada participação.

3.2.2.1 Perfil do facilitador

Competências Desejadas Facilitador

Conhecimentos Ato de perceber e

registrar na memória, por meio da razão

e/ou experiência.

Gerenciamento de Projetos de Desenvolvimento Territorial;

Associativismo e Cooperativismo; Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (LC 123/06, LC

127/07 e LC 128/08); Gerenciamento de Projetos de Desenvolvimento; Ciclo

de Aprendizagem Vivencial – CAV; Técnicas de apresentação com principais recursos

instrucionais. Metodologias e técnicas de facilitação grupal.

Atitudes Disposição e

motivação para:

Compreensão da realidade e das pessoas. Mudança de si e para facilitar a de outrem. Sensibilidade interpessoal. Sensibilidade social.

Solidariedade. Habilidades

Saber fazer algo, mental e/ou fisicamente,

bem.

Comunicação, Articulação Negociação; Gestão de conflitos.

Aplicação de metodologias e técnicas de facilitação grupal.

Experiência Aquisição prática

de conhecimento,

através de fatos ou eventos.

Facilitação ao desenvolvimento de micro e pequenas empresas;

Andragogia: educação de adultos; Facilitação à implementação de projetos de desenvolvimento territorial.

Page 19: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 19

3.2.2.2 Seleção dos facilitadores

Os facilitadores serão selecionados observando os critérios do perfil

apresentado no item acima. Preferencialmente que tenham atuado ou

atuem para o Sistema Sebrae, considerando que esses já atuam com a

práxis educacional aqui proposta e possuem o conhecimento relativo ao

ambiente dos pequenos negócios.

A seleção dos facilitadores será realizada pela FNP, observando os aspectos

administrativos e legais aplicáveis.

3.2.2.3 Repasse para os facilitadores

Os facilitadores selecionados deverão participar de repasse da metodologia

do CAD. Conforme sua necessidade de facilitadores, as entidades

promotoras realizarão repasses da metodologia do CAD. Os facilitadores

deverão participar integralmente do repasse, de forma que construam uma

visão sistêmica do CAD, e dessa forma possam compreender a importância

dos módulos e unidades que facilitarão para a construção do conhecimento

dos participantes. Eventualmente, por conveniência e necessidade das

entidades promotoras, poderão ser repassados apenas módulos e unidades

específicos, primordialmente necessários a formação da equipe de

facilitadores.

3.2.2.4 Contratação dos facilitadores

A contratação do facilitador atenderá a critérios administrativos, legais e

comerciais estabelecidos pelas entidades promotoras. Serão contratadas as

pessoas jurídicas que tragam entre seus sócios ou funcionários,

devidamente documentados, o profissional aprovado tecnicamente no

repasse. O contrato firmado entre as partes referenciará nominalmente o(s)

profissional(ais) capacitados a atuarem como facilitadores do CAD.

3.2.2.5 Divulgação da agenda de cursos

As entidades promotoras divulgarão com antecedência a agenda de cursos a

serem realizados, por meio de comunicação física ou eletrônica enviada a

estes. Tal divulgação será realizada para os seguintes públicos, com os

seguintes prazos.

Page 20: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 20

Público Prazo

Entidades parceiras locais, estaduais e

nacionais Mínimo de 30 dias

Participantes Mínimo de 15 dias

Facilitadores que atuarão nas turmas Mínimo de 30 dias

Unidade de Políticas Públicas - Sebrae NA Mínimo de 30 dias

3.2.2.6 Convite e confirmação dos facilitadores

O Facilitador receberá o convite de atuação na(s) turma(s) com

antecedência recomendável de 40 dias (mínimo de 30) do início de

realização da(s) turma(s) proposta(s). A confirmação de participação pelo

facilitador deve ocorrer em até dois dias úteis. Caso não ocorra, as

entidades promotoras podem considerar cancelado o convite e mobilizarem

outro facilitador da relação de facilitadores aprovados e contratados.

3.2.3 Definição do local

O local de realização do CAD pode contribuir significativamente para o

alcance dos objetivos do curso. A infra-estrutura e os recursos disponíveis;

a possibilidade de não interferência externa, como sons e interrupções

desnecessárias; ou ainda, a proximidade de conveniências, como

hospedagem, alimentação e outros, podem permitir ao participante e ao

facilitador maior disponibilidade, melhor envolvimento e,

consequentemente, melhores resultados.

3.2.3.1 Infra-estrutura e recursos necessários

3.2.3.1.1 Espaço

O local do curso deve comportar com conforto e espaço adequados um total

de 30 participantes, 1 facilitador e 1 Técnico-Local sentados, totalizando 32

pessoas. As cadeiras ou mesas serão dispostas tipicamente em formato de

“U” ou “V sucessivos”, com uma mesa de apoio central para um projetor.

Quando dos trabalhos em grupo, as cadeiras serão dispostas em pequenos

círculos com até 6 cadeiras/participantes. Deve ser previsto um local onde

Page 21: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 21

poderá ser servido, em mesa de apoio ou aparador, lanche para os

participantes.

3.2.3.1.2 Ventilação, temperatura e umidade

É desejável um local com ventilação natural ou artificial (ar-condicionado)

que mantenha a temperatura ambiente no intervalo entre 18 e 24° e a

umidade relativa do ar na faixa de 70 a 80%.

3.2.3.1.3 Iluminação

A iluminação natural aliada à iluminação artificial deve permitir a todos os

participantes em qualquer posição da sala visualizar seu material, seus

colegas participantes, o facilitador e os recursos didáticos utilizados.

Quando da realização de turmas noturnas, a iluminação do local deve ser

verificada previamente durante o período noturno.

3.2.3.1.4 Instalações sanitárias

O local deve oferecer instalações sanitárias masculinas e femininas,

separadas e devidamente identificadas, próximas ao local de realização do

curso, em seu mesmo prédio. As condições dessas instalações sanitárias

devem ser adequadas, destacadamente com limpeza freqüente e adequada,

disponibilidade de sabão ou similar, papel toalha ou similar e papel

higiênico. Desejável álcool gel asséptico.

3.2.3.1.5 Recursos didáticos

O local deve oferecer, durante o período de realização do curso, um espaço

adequado para projeção, com fundo branco e área sem interferência para

projeção em tamanho que possa ser visualizado pelo participante

posicionado na cadeira mais ao fundo. Um computador com entrada USB e

um projetor do tipo datashow, compatíveis entre si e com cabeamento já

instalado deve ser disponibilizado. Também dois flip-charts (mínimo um),

com papel suficiente fixado e canetas hidrográficas de pelo menos 3 cores

diferentes. Dependendo da acústica da sala e do nível de ruído externo

pode ser necessário o uso de microfone pelo facilitador com sistema de

amplificação do som. Avalie com o responsável pelo local a necessidade de

utilização do microfone, baseada em cursos que ocorreram no mesmo local,

Page 22: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 22

com quantidade próxima de participantes e no mesmo horário de

realização. É desejável que esteja disponível um som para CD (CD-Player).

É necessário acesso a internet em banda larga, para pelo menos 1 ponto de

acesso ou em sistema sem fio. Tomadas elétricas para ligação de pelo

menos 6 equipamentos diferentes.

3.2.3.1.6 Mobiliário

O local deve conter cadeiras confortáveis que permitam aos participantes

fazer anotações durante a realização do curso, direta ou por meio de mesas

de apoio. Se forem utilizadas apenas cadeiras escolares com apoio para

escrita, algumas cadeiras para canhotos devem ser disponibilizadas.

3.2.3.2 Levantamento de informações dos possíveis locais

3.2.3.2.1 Informação das regras de funcionamento locais

É importante levantar as regras de funcionamento dos possíveis locais de

realização, como, por exemplo, horários de funcionamento de portaria, dos

elevadores, potenciais restrições de horários de funcionamento, acesso a

internet nas instalações locais e outras, de forma a evitar surpresas que

possam atrapalhar o bom andamento do CAD.

3.2.3.2.2 Aspectos de segurança locais

Deve se considerar a segurança do local, diante de ameaças externas que

possam afetar a integridade física e moral dos participantes. Por exemplo,

verifica as condições das instalações, dos equipamentos e da sinalização de

segurança; a existência de saídas de emergência identificadas e

desimpedidas; ou mesmo, a existência de histórico de violência na

vizinhança é importante. Outros aspectos podem ser considerados. O

conhecimento prévio permitirá a ação preventiva diante de possíveis riscos.

3.2.3.2.3 Alternativas de lanche para os intervalos

Para permitir aos participantes alimentarem-se nos intervalos da manhã e

da tarde do CAD devem ser identificadas alternativas locais de fornecedores

de lanches rápido. Os serviços devem ser previamente avaliados,

preferencialmente bem referenciados pelos parceiros locais, e orçados. A

melhor opção segundo o Técnico Local deve ser contratada.

Page 23: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 23

3.2.3.2.4 Conveniência

Para permitir conforto e comodidade aos participantes recomenda-se

identificar previamente e registrar para informar no momento adequado e

quando solicitado, o nome, endereço com ponto de referência e o telefone

de algumas conveniências.

3.2.3.2.4.1 Hospedagem

Recomenda-se a identificação prévia de hotéis, apart-hotéis e pousadas

próximos ao local de realização do curso, em níveis de qualificação e preços

diferentes dando opções ao participante. A negociação de descontos com

alguns dos estabelecimentos comerciais considerados mais adequados ao

perfil dos participantes é recomendada. A informação deve ser

disponibilizada aos participantes com antecedência razoável a realização do

CAD.

3.2.3.2.4.2 Alimentação

Recomenda-se a identificação prévia da localização, com ponto de

referência, de bons restaurantes para almoço e jantar e de lanchonetes

para café da manhã e rápidas refeições próximas ao local de realização do

curso, em níveis de preços diferentes, dando opções ao participante. A

negociação de descontos com alguns dos estabelecimentos comerciais

considerados mais adequados ao perfil dos participantes é recomendada. A

informação pode ser disponibilizada aos participantes no início da realização

do CAD.

3.2.3.2.4.3 Saúde

Recomenda-se a identificação prévia da localização e telefones de

farmácias, pronto-socorro e hospitais mais próximos ao local de realização

do curso. A informação pode ser disponibilizada aos participantes no início

da realização do CAD.

3.2.3.2.4.4 Bancos

Recomenda-se a identificação prévia da localização de agências e caixas-

rápidos dos principais estabelecimentos bancários mais próximos ao local de

realização do curso. A informação pode ser disponibilizada aos participantes

no início da realização do CAD.

Page 24: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 24

3.2.3.2.4.5 Outros

Recomenda-se a identificação prévia de outras conveniências aos

participantes, como possibilidades de acesso a internet próximas ao local de

realização do curso. A informação pode ser disponibilizada aos participantes

no início da realização do CAD.

3.2.3.3 Contratação do local e recursos necessários

Avaliadas as eventuais opções de locais deve-se optar por aquele que reunir

o melhor conjunto de recursos e tiver a melhor relação benefício/custo.

Caso o local seja disponibilizado por entidade parceira, os requisitos serão

avaliados, de forma que possam ser trabalhados para oferecer um local

adequado aos participantes e ao facilitador.

Caso recursos didáticos como computador, projetor, tela, sistema de

amplificação do som e outros não sejam disponibilizados pelo mesmo

responsável pelo local, deverão ser contratados de outra empresa.

Recomenda-se formalizar via instrumento legal a contratação do local e dos

serviços associados. O contrato deve minimamente especificar com clareza

as datas é horários do serviço, a especificação dos locais e equipamentos e

incluir cláusula de reposição imediata dos equipamentos no caso de falha.

Caso haja cessão de local ou equipamentos por entidade parceira,

recomenda-se a comunicação formal das entidades promotoras ao dirigente

da entidade parceira cedente, para assegurar a exatidão das informações

relevantes, como datas, horários e etc.

3.2.3.4 Confirmação do local e recursos necessários

Recomenda-se as entidades promotoras confirmarem com os respectivos

responsáveis a disponibilidade do local e dos recursos necessários com

aproximadamente uma semana de antecedência da realização da turma

local do CAD. Tal iniciativa busca assegurar que não houveram falhas de

comunicação que possam afetar a qualidade do CAD a ser oferecido.

Esta informação deve ser passada aos facilitadores designados para

atuarem na turma no meso dia em que forem recebidas.

Page 25: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 25

3.2.4 Definição da turma

3.2.4.1 Quantidade de participantes

As turmas serão compostas por 25 participantes, com tolerância máxima

para até 30 participantes.

3.2.4.2 Captação e seleção dos participantes

As entidades promotoras definirão os recortes geográficos adequados para o

agrupamento de municípios e a formação de turmas para o CAD.

Os participantes serão selecionados e indicados pelos representantes das

Prefeituras Municipais da região definida. Quando da disponibilidade de

vagas na turma e, desde que, atendidas todas as necessidades de vagas

demandadas pelas Prefeituras Municipais, poderão ser atendidas

necessidades de entidades parceiras locais, estaduais e nacionais.

O nome completo, CPF, e-mail, telefone, cargo e município de

representação do participante deverão ser confirmados ao Gestor-Executivo

do CAD das entidades promotoras no e-mail ([email protected] ou

[email protected]) ou outro designado pelo mesmo.

3.2.4.3 Convite aos participantes

O convite informal ao participante partirá da Prefeitura Local que o

selecionou.

Formalmente as entidades promotoras emitirão convite ao participante que

deverá fazer chegar a ele com no mínimo 15 dias de antecedência da data

de início do CAD.

3.2.4.4 Manual Preparatório ao participante

O convite das entidades promotoras ao participante deverá ser

acompanhado do envio eletrônico do Manual Preparatório ao Participante,

disponibilizado na documentação padrão do CAD. O Manual Preparatório

tem como objetivo instruir os futuros participantes sobre como se preparar

para o curso e como fazer um levantamento preliminar de informações

sobre seu município que serão muito úteis na elaboração do seu Plano de

Ação.

Page 26: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 26

3.2.5 Definição do Técnico-local

As entidades promotoras deverão designar com antecedência mínima de 15

dias o profissional que fará o papel de Técnico-Local. Caberá a esse

profissional apoiar os participantes e o facilitador, em nome das entidades

promotoras, em tudo aquilo necessário para que os resultados sejam

alcançados durante a realização do curso.

Este profissional será responsável por praticar no local de realização do

curso as diretrizes e padrões desse Guia do Gestor, além de orientações

específicas do Gestor-Executivo. Esse profissional pode ser membro da

equipe de entidade parceira, contanto que tenha recebido cópia e tenha

sido treinado nos itens pertinentes desse Guia do Gestor do Curso para

Agentes de Desenvolvimento.

3.2.5.1 Disponibilização do material didático

Os arquivos eletrônicos necessários a realização do curso estão de posse

das entidades promotoras. Para facilitar o acesso, as versões atualizadas

estão disponíveis em www.veras.com.br/ad/downloads.

Os seguintes materiais estão disponíveis:

Manual Preparatório;

Guia do Gestor;

Guia do Facilitador;

Guia do Participante;

Modelo de Certificado de Participação.

O Guia do Participante será disponibilizado aos participantes em conjuntos

impressos e distribuídos no início de cada módulo, formando em uma pasta

tipo fichário do tamanho A4, com 4 furos e espaço para personalizar a capa

na própria capa dura da pasta, a documentação oficial do Guia do

Participante CAD.

3.2.5.1.1 Definição das quantidades

Page 27: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 27

O Guia do Participante precisará ser providenciado pelas entidades

promotoras na quantidade exata de participantes inscritos e confirmados.

3.2.5.1.2 Aquisição e impressões necessárias

A Secretária-Geral deverá adquirir pastas tipo fichário do tamanho A4, com

4 furos e espaço para personalizar a capa na própria capa dura da pasta na

quantidade exata de participantes inscritos e confirmados.

Deverão ser impressas as capas do CAD na quantidade exata de

participantes inscritos e confirmados e embaladas separadamente.

Deverão ser impressos e mantidos separados o conjunto de unidades de

cada módulo na quantidade exata de participantes inscritos e confirmados.

As impressões deverão ser frente e verso, a partir dos arquivos eletrônicos

disponibilizados conforme item 3.2.5.1 anterior.

Cada módulo deverá formar uma embalagem devidamente identificada com

seu título na parte externa.

Também deverão ser impressos os Certificados de Participação com o nome

de cada participante inscrito e confirmado, atualizado com a data e local de

realização. O Coordenador Geral do Convênio entre as entidades

promotoras ou pessoa designada por ele deverá assinar os certificados.

Estes deverão ser embalados com material que dê a devida rigidez a

embalagem, garantindo que esses terão sua integridade e apresentação

visual assegurada. A embalagem deverá estar devidamente identificada

com seu título na parte externa.

A Lista de Presença será impressa pela Secretária-Executiva e enviada em

envelope identificado junto com o restante do material, conforme modelo do

Anexo II.

3.2.5.1.3 Montagem do material didático

As pastas deverão ser montadas com as capas do curso e já com o módulo

I – Agente de Mudanças.

Deverão ser embaladas adequadamente para envio ao local de realização

do curso.

Page 28: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 28

O material dos demais módulos será distribuído no início de cada módulo

para montagem da pasta pelos próprios participantes.

3.2.5.1.4 Envio e transporte do material didático

As pastas montadas com a capa e o módulo I, o material impresso do

módulo II, do módulo III e do Módulo IV, além do material administrativo

de apoio (Lista de Presença e Certificados de Participação) deverão ser

enviados ao Técnico Local, via sistema de despacho rastreável, como SEDEX

ou similar, no endereço determinado pelo Técnico Local. Recomenda-se a

antecedência de 10 dias do início do CAD para envio do material.

3.2.5.2 Verificação final pré-curso

O Técnico Local deverá ao receber o material do curso abrir os pacotes e

envelope recebidos e verificar se todo o material necessário está disponível

conforme os módulos do CAD apresentada nesse Guia do Gestor, no item

2.7 Estrutura do Curso. Também deverá verificar se a quantidade recebida

corresponde à quantidade de participantes inscritos e confirmados.

Finalmente verificará se todos os Certificados de Participação estão

impressos e devidamente assinados.

3.3 Fase do Curso

3.3.1 No início do curso

3.3.1.1 Boas vindas

O Técnico Local estará presente no início do CAD para dar as boas vindas

aos participantes em nome dos parceiros promotores, e apresentar

orientações gerais aos participantes.

3.3.1.1.1 Regras de funcionamento do local

O Técnico Local apresentará aos participantes as regras essenciais de

funcionamento do local, com os horários estabelecidos, instalações, acesso

a internet e etc., identificados na fase pré-curso.

3.3.1.1.2 Aspectos de segurança

O Técnico Local apresentará aos participantes os aspectos de segurança do

local do curso, identificados na fase pré-curso.

Page 29: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 29

3.3.1.1.3 Conveniências próximas

O Técnico Local apresentará aos participantes as conveniências próximas,

como restaurantes, lanchonetes, bancos, acesso a internet e outras

identificadas na fase pré-curso, que possam ampliar o conforto e

comodidade dos participantes.

3.3.1.2 No início de cada dia

3.3.1.2.1 Verificação da disponibilidade dos recursos

O Técnico Local deve iniciar suas atividade no início de cada dia do curso

com antecedência necessária para verificar se todos os recursos e materiais

necessários para dia estão disponíveis e adequadamente funcionais.

3.3.1.3 Durante o dia

3.3.1.3.1 Apoio ao facilitador e aos participantes

O Técnico Local deve posicionar-se durante o dia de forma que possa apoiar

necessidades relacionadas ao CAD do facilitador e dos participantes.

O Técnico Local também deve observar o andamento das atividades e

registrar eventuais oportunidades de melhoria que possam ser feitas na

metodologia e na gestão do CAD.

O Técnico Local deve providenciar e observar a qualidade e pontualidade

dos lanches servidos nos intervalos, informando ao facilitador sobre os

horários dos intervalos.

3.3.1.4 Ao final do dia

3.3.1.4.1 Avaliação com o facilitador

O Técnico Local deve realizar breve avaliação das atividades do dia com o

facilitador, referenciando-se por suas observações e registros realizados no

decorrer do dia e registrar as eventuais oportunidades de melhoria

consensadas com o facilitador. Estas devem ser enviadas ao Gestor-

Executivo do CAD ([email protected] ou

[email protected]) para subsidiarem o aperfeiçoamento do CAD.

Page 30: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 30

3.3.1.4.2 Fechamento e segurança do local, recursos e materiais

didáticos

Ao final do dia, o Técnico Local deve verificar se os recursos utilizados estão

adequadamente desligados e guardados. As instalações de realização do

curso deverão ser verificadas quanto ao fechamento de janelas, basculantes

e portas. Finalmente, verificar se ventiladores, ar-condicionado e luzes

estão desligados.

3.3.1.5 Ao final do curso

3.3.1.5.1 Avaliação do Curso – Etapa Básica

Ao final do quarto e último dia da etapa de Formação Básica do CAD, o

Técnico Local deve disponibilizar, aplicar e recolher avaliação do curso,

conforme anexo III, realizada com os participantes. Antes de aplicar deve

reforçar a importância da contribuição franca e construtiva dos participantes

para o aperfeiçoamento do CAD.

3.3.1.5.2 Despedida

3.3.1.5.2.1 Mobilização para próxima etapa – Etapa Avançado

Antes de despedir-se e agradecer a participação de todos, o Técnico Local

deve mobilizar os participantes para a participação na etapa Avançada do

CAD, a acontecer no primeiro semestre do próximo ano. Para tal, reforça

que parte dos temas tratados nesta etapa serão aprofundados na etapa

Avançada e novos e importantes temas completarão o conteúdo.

3.4 Fase Pós-Curso

3.4.1 Tabulação das avaliações

O Técnico Local deverá tabular as avaliações dos participantes na planilha

eletrônica fornecida, até 3 dias após a conclusão do CAD.

3.4.2 Divulgação do resultado das avaliações

O Técnico Local deverá enviar a planilha eletrônica com os dados da

avaliação da turma monitorada devidamente renomeada para a

Coordenação-Geral do CAD em [email protected] ou

[email protected]. O nome deverá ser conforme o seguinte

Page 31: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 31

padrão: AD_Tabulacao_Avaliacoes_MUNICIPIO_ESTADO_DATA.xls. O

MUNICÍPIO será o nome do município de realização da turma. O ESTADO

será a sigla do estado da federação de realização da turma. A DATA será a

data de conclusão da turma, na sequência numérica: ano-mês-dia, todos

com dois dígitos, como no exemplo que segue: 100520, significando 20 de

maio de 2010.

3.4.3 Melhorias possíveis

Melhorar continuamente o produto disponibilizado aos participantes é

objetivo das entidades promotoras. As sugestões, reclamações, observações

e registros realizados no decorrer do curso, nas avaliações dos participantes

e, eventualmente, recebidas posteriormente devem ser enviadas ao Gestor-

Executivo do CAD ([email protected] ou

[email protected]) para análise crítica e o aperfeiçoamento do

CAD.

4 Referências Importantes

4.1 Contatos

Frente Nacional de Prefeitos

Convênio FNP e Sebrae Nacional

SRTVS – Quadra 701, Bloco H, Loja 10, Edifício Record, Sala 603

CEP 70.340-910 – Brasília, DF

[email protected] – www.fnp.org.br

Confederação Nacional de Municípios

Convênio CNM e Sebrae Nacional

SCRS 505, Bloco C Lote 01 - 3º andar

CEP 70.350-530 – Brasília – DF

[email protected] – www.cnm.org.br

Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa

Unidade de Políticas Públicas

SEPN 515, bloco C, loja 32, 4° andar

CEP 70.770-530 – Brasília, DF.

www.sebrae.com.br

Page 32: Curso para Agentes de Desenvolvimento

Guia do Gestor – Curso Básico para Agentes de Desenvolvimento 32

Coordenação Metodológica

Veras Consultoria

Rua Josias Machado, 60 – Itaúna – MG

CEP 35.680-046

[email protected] – www.veras.com.br

4.2 Referências Constituição Federal do Brasil/1988. Decreto Federal nº 6.204/2007. DELORS, J. Os quatro pilares da educação. http://4pilares.net/text-

cont/delors-pilares.htm. Acessado em 01/11/2009. GRAMIGNA, M.R.M. Jogos de empresa e técnicas vivenciais. São

Paulo: Makron Books, 1995. KOLB, D. Psicologia Organizacional.Atlas. 1990. Lei Complementar nº 123/2006. Lei Complementar nº 127/2007. Lei Complementar nº 128/2008. Lei federal nº 10.406/2002. Lei Federal nº 4.320/1964. Lei Federal nº 8.666/1993. Lei Federal nº 8.666/1993. MOSCOVICI, F. Equipes dão certo: a multiplicação do talento

humano. 2. ed. Rio de janeiro: José Olympio., 1995.

5 Anexos

Os anexos não seguirão a numeração e identificação padrão deste Guia para facilitar a reprodução e utilização direta nos CAD.

5.1 Anexo I – Aproveitamento dos Participantes

5.2 Anexo II – Lista de Presença

5.3 Anexo III – Avaliação do Curso