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Curso de Aperfeiçoamento Aplicação de Injetáveis Prof. Msc. José Luis Müller

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Page 1: _Curso injetaveis

Curso de Aperfeiçoamento

Aplicação de Injetáveis

Prof. Msc. José Luis Müller

Page 2: _Curso injetaveis

Módulo II - 23/05/2015

Legislação sanitária e implicações legais

Refrigeração de medicamentos e controle da Temperatura

Regras para o preparo geral dos medicamentos injetáveis

Formas de apresentação dos medicamentos injetáveis

Embalagem e estabilidade dos medicamentos injetáveis

Page 3: _Curso injetaveis

QUAIS OS BENEFÍCIOS DE SE OFERECER ESTE SERVIÇO NA FARMÁCIA?

AGREGAR VALORES

FINALIZAR RECEITUÁRIOS

CONSCIENTIZAR O CLIENTE DOS SERVIÇOS

QUE O FARMACÊUTICO PODE PRESTAR

VALORIZAR O ESTABELECIMENTO

PERMANENCIA DO CLIENTE POR MAIS TEMPO

CONTRIBUIR PARA O SUCESSO TERAPÊUTICO

FIDELIZAR CLIENTES

Page 4: _Curso injetaveis

Legislação sanitária

Fazer uma aplicação de injeção pode parecer um ato banal para muita gente.

Ter um profissional à frente desse procedimento é fundamental para a qualidade do tratamento, começando:

- Preparo do paciente.

- Preparo do medicamento

- Até chegar à aplicação propriamente dita.

Nesse sentido, a presença de um profissional da área da saúde é essencial:

- Profissional familiarizado com as interações medicamentosas.

- Técnicas mais apropriadas de aplicação.

Page 5: _Curso injetaveis

Implicações Legais

Todo medicamento injetável é de venda sob prescrição médica (RDC 138/2003)

Resolução 357 (CFF) de 2001, regulamenta as BP na Farmácia:

É ATRIBUIÇÃO DO FARMACÊUTICO (OU DE PROFISSIONAL HABILITADO COM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DELE) A

PRESTAÇÃO DO SERVIÇO DE APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS.

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Legislação sanitária

DESDE QUANDO O FARMACÊUTICO ESTÁ HABILITADO A APLICAR INJETÁVEIS?

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Legislação sanitária

Resolução 328, de 22/07/99, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Dispõe sobre requisitos exigidos para a dispensação de produtos de interesse à saúde em farmácias e drogarias.

Anexo I

5.APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS:

5.1.Para a prestação de serviços de aplicação de injeção a drogaria deve dispor de:

QUAL A INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA?

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Legislação sanitária

Resolução 328, de 22/07/99, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

a) Local separado, adequado e equipado para aplicação de injetáveis com acesso independente de forma a não servir de passagem para outras áreas;

b) Instalações em condições higiênico-sanitárias satisfatórias e em bom estado de conservação;

c) Profissional legalmente habilitado para realização dos procedimentos;

d) Condições para o descarte de perfuro-cortantes de forma adequada com vistas a evitar riscos de acidentes e contaminação, bem como, dos outros resíduos resultantes da aplicação de injetáveis.

Page 9: _Curso injetaveis

Legislação sanitária

Resolução 328, de 22/07/99, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

e) Ventilação e iluminação são obrigatórias

f) Ponto de água – é obrigatório dentro da sala

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Legislação sanitária

Resolução 328, de 22/07/99, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

6.DOCUMENTAÇÃO:

6.1.O estabelecimento deve manter procedimentos operacionais escritos quanto as condições para aquisição, armazenamento, conservação e dispensação de produtos.

6.4.Todos os procedimentos referentes a aplicação de injetáveis devem ser realizados mediantes rotinas pré-estabelecidas, bem como, obedecer à prescrição médica.

6.5.Deve existir procedimento que defina a utilização de materiais descartáveis e garanta a sua utilização somente dentro do prazo de validade.

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Legislação sanitáriaQUAL A HABILITAÇÃO NECESSÁRIA?

O ex-presidente da Sociedade Brasileira de Farmácia Comunitária (SBFC), Amilson Álvares, defende que, além do

conhecimento adquirido na faculdade, o profissional deve também se qualificar, participando de cursos intensivos sobre

técnicas de aplicação de injetáveis.

RESOLUÇÃO nº 239, de 25 de setembro de 1992 CFF

Ementa: Dispõe sobre a aplicação de injeções, em farmácias e drogarias.

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Legislação sanitária

RESOLUÇÃO 357, 20 de abril de 2001, do CFF

Indica que a presença ou supervisão do farmacêutico é condição e requisito essencial para aplicação de medicamentos injetáveis

aos pacientes.

Nas farmácias e drogarias, as aplicações devem ser feitas por pessoas habilitadas em cursos supervisionados e apenas com a

autorização expressa do responsável técnico pelo estabelecimento, conforme a

RESOLUÇÃO nº 499 de 17 de dezembro de 2008

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Legislação sanitária

Resolução 357, de 2001, do CFF

Art. 1º - É permitida ao farmacêutico a aplicação de injeção nas farmácias e drogarias desde que possuam local devidamente aparelhado, nos termos estabelecidos pelo órgão competente da Secretaria de Saúde;

Art. 2º - As injeções realizadas nas farmácias ou drogarias, só poderão ser ministradas pelo farmacêutico ou por profissional habilitado com autorização expressa do farmacêutico responsável técnico pela farmácia ou drogaria, preenchidas as exigências legais;

Art. 3º - A responsabilidade técnica referida no artigo anterior caracteriza-se, além da aplicação de conhecimentos técnicos, por assitência técnica, completa autonomia técnico-científica, conduta elevada que se enquadre dentro dos padrões éticos que norteiam a profissão e atendimento, como parte diretamente responsável às autoridades sanitárias profissionais;

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Legislação sanitária

EXISTE IDADE MÍNIMA REQUERIDA AO PROFISSIONAL PARA APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS ?

SER MAIOR DE 18 ANOS

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Legislação sanitária

DOCUMENTAÇÃO:

Livro de registros

POP

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Legislação sanitária

Livro de registro de Receituário

A Resolução n" 328 de 22/06/1999, que dispõem sobre o Livro de Registro do Receituário de Aplicação de Injetáveis.

Este controle é de grande interesse da saúde, em Farmácias Comerciais e Hospitalares, Drogarias e Postos de Saúde, pois:

- Complementam a atenção do profissional que realizou a aplicação

- Dá segurança ao médico e consumidor, evitando troca de

medicamentos

- Dados ficam registrados e podem ser consultados posteriormente.

Page 17: _Curso injetaveis

Legislação sanitáriaLivro de registro de Receituário

Os itens registrados normalmente são:

Data

Nome do paciente

Endereço

Nome do medicamento administrado, concentração, via de

administração, lote, data de validade e fabricante

Nome do médico prescritor e respectivo CRM

Nome ou assinatura do profissional responsável pela aplicação

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Dra. Maria L. M. C. FigueiraCRM. 00000

Sr. José M. A. M. SilvaRua. Rui Barbosa, 91 – Campinas – SP

Uso injetável

Voltaren 5 ampolas

Aplicar 1 ampola ao dia

Dra. Maria L. M. C. FigueiraCRM 00000

R. Conde, 17 – Campinas – SP – CEP – 10000-000 F:999.9991

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Dra. João Pedro SouzaCRM. 11111

Sr. Maria Joana PereiraRua. João Barbosa, 01 – Santos – SP

Uso injetável

Buscopam composto 3 ampolas

Aplicar 1 ampola ao dia

Dra. Maria L. M. C. FigueiraCRM 00000

R. Conde, 17 – Campinas – SP – CEP – 10000-000 F:999.9991

Page 20: _Curso injetaveis

Legislação sanitária

Vale destacar que, por regulamentação da Vigilância Sanitária, todas as salas de aplicação devem possuir

uma placa de identificação dos aplicadores comnome completo, função e supervisão.

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Legislação sanitária

Procedimento Operacional Padrão

Resolução 328, de 22/07/99, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Procedimentos operacionais escritos quanto as condições para aquisição, armazenamento, conservação e dispensação de produtos.

Todos os procedimentos referentes a aplicação de injetáveis devem ser realizados mediantes rotinas pré-estabelecidas, bem como, obedecer à prescrição médica.

Deve existir procedimento que defina a utilização de materiais descartáveis e garanta a sua utilização somente dentro do prazo de validade.

Page 22: _Curso injetaveis

Legislação sanitária

Procedimento Operacional Padrão

1 – OBJETIVOEste procedimento visa estabelecer sistemática padrão para o Procedimento de Aplicação de Injetáveis na farmácia ________________.

Page 23: _Curso injetaveis

Legislação sanitária

Procedimento Operacional Padrão

RESPONSABILIDADE

É de responsabilidade do Farmacêutico dar treinamento e suporte técnico padrão, bem como supervisionar os Funcionários devidamente habilitados, no procedimento de Aplicação de Medicamentos Injetáveis.

É de responsabilidade dos Funcionários habilitados da farmácia seguir corretamente as instruções preconizadas neste procedimento, assim como as orientações do Farmacêutico no que concerne à aplicação de Medicamentos Injetáveis.

Page 24: _Curso injetaveis

Regras para o preparo geral dos medicamentos injetáveis

Page 25: _Curso injetaveis

Legislação sanitária

Procedimento Operacional Padrão

PROCEDIMENTO

ROTINA DE APLICAÇÃO:

O profissional que efetua este procedimento segue esta rotina:

1. Lê e interpreta a prescrição médica, avaliando a dosagem, via de administração;

2. Conversa com o paciente, buscando mais informações, como histórico fisiopatológicoe de reações alérgicas;

3. Anota no livro específico todos os dados da prescrição;

4. Em caso de paciente com histórico de variação de PA (Pressão Arterial), esta deve ser aferida antes de qualquer procedimento;

Page 26: _Curso injetaveis

Legislação sanitária

Procedimento Operacional Padrão

5. Em caso de pessoas idosas a PA deve ser sempre aferida;

6. Constatando-se PA em níveis fora da normalidade, o paciente deve ser informado eencaminhado ao médico;

7. Separa e retira da embalagem primária a medicação a ser aplicada;

8. Em caso de frasco ampola, realiza a assepsia do anel de abertura com álcool 70%;

9. Em caso de frasco com rolha de borracha, retira cuidadosamente o lacre sem tocar na borracha;

10. Lava e faz assepsia das mãos, conforme pop ____

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Legislação sanitária

Procedimento Operacional Padrão

11. Calça as luvas, realizando a assepsia com álcool 70%;

12. Abre a embalagem da seringa, utilizando o sistema de descolamento de celulose, evitando rasgar o papel da embalagem;

13. Aspira a medicação na seringa utilizando a primeira agulha;

14. Realiza a troca da agulha, escolhendo o modelo adequado à aplicação;

15. Faz assepsia com álcool 70% no local da aplicação;

16. Descarta a seringa sem separar a agulha do corpo da mesma e do algodão na caixa específica;

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Legislação sanitáriaProcedimento Operacional Padrão

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Legislação sanitária

PROCEDIMENTOS LAVAGEM DAS MÃOS

Determinados procedimentos na administração de injetáveis, como lavagem de mãos e utilização de luvas, exigem

minuciosa atenção por parte do profissional. Condições técnicas e higiênicas exclusivos para tal finalidade,

de acordo com a resolução357/01 do CFF.

Page 30: _Curso injetaveis

Legislação sanitária

PORQUE USAR ÁLCOOL 70% NA APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS?

ANTISSEPSIA = DESTRUIR OU INIBIR O CRESCIMENTO BACTERIANO

FUNÇÃO = PREPARO DA PELE E HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

ESPECTRO DE ATIVIDADE

CUSTO

BENEFÍCIO

EFICÁCIA E SEGURANÇA

(CDC - Centers for Disease Control and Prevention)

Page 31: _Curso injetaveis

Legislação sanitáriaPORQUE ÁLCOOL 70% NA APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS?

ATUA DA SEGUINTE MANEIRA:

A presença de 30% de água aumenta a permeabilidade da parede bacteriana ao álcool;com 70% de álcool, esta solução promove a morte bacteriana, através da desnaturação protéica. Por ser um solvente lipídico, o álcool lesa as estruturas lipídicas da membrana das célulasMicrobianas, rompendo sua parede e liberando o citoplasma que, ao ficar exposto, não suporta a pressão ambiente e morre.

Page 32: _Curso injetaveis

Legislação sanitáriaPORQUE ÁLCOOL 70% NA APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS?

Álcool a 40%

Ultrapassa a membrana celular porém não consegue desidratá-la.

Álcool a 96%

Não consegue ultrapassar a membrana celular, ação exclusivamente bacteriostática,

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Page 34: _Curso injetaveis

Legislação sanitária

Preparo da seringa para aplicação de injetáveis

Para garantir a esterilidade do medicamento e dos materiais utilizados, são necessárioscuidados que vão desde a lavagem das mãos até o preparo final da seringa.

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Refrigeração de medicamentos injetáveis

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Refrigeração de Medicamentos

Estocagem

- Temperatura de 2 a 8 º C (Geladeira) e protegido da luz (Farmacopéia Brasileira IV edição)

- Em hipótese nenhuma deve ser armazenado fora desta faixa de temperatura.

- Monitoramento contínuo da temperatura na geladeira utilizada. - Para esse fim, deve ser utilizado um termômetro calibrado, através de

padrões oficiais (ex. RBC – Rede Brasileira de Calibrações).- Registro da temperatura no momento da leitura- Registro da temperatura máxima e mínima durante as últimas 24 horas.

- A geladeira deve ser verificada termicamente em todos os pontos de estocagem

Page 39: _Curso injetaveis

Refrigeração de Medicamentos

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

- A geladeira deve ser destinada única e exclusivamente para o estoque de medicamentos.

- A geladeira deve ser aberta o mínimo possível.

- Cada tipo de medicamento deve estar bem separado e identificado.

- Deve ser estipulado um plano de emergência por escrito em caso de queda de energia por um

período prolongado e/ou quebra da geladeira.

- Geladeira reserva (desde que verificada termicamente e que contenha termômetro calibrado para medir a temperatura).

- Poderão ser acondicionados na porta da geladeira medicamentos cuja temperatura de conservação seja acima de 10ºC.

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Refrigeração de Medicamentos

Page 41: _Curso injetaveis

Refrigeração de Medicamentos

Page 42: _Curso injetaveis

Formas de apresentação dos medicamentos injetáveis

Page 43: _Curso injetaveis

Formas de apresentação dos medicamentos injetáveis

Formas de Apresentação da Medicação Injetável

- Aquosa (ex. Voltaren)

- Oleosa (ex. Perlutan)

- Líquida com pó em suspensão (ex. Benzetacil)

- Pó (ex. Despacilina e Tilatil)

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Formas de apresentação dos medicamentos injetáveis

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Formas de apresentação dos medicamentos injetáveis

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Formas de apresentação dos medicamentos injetáveis

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Formas de apresentação dos medicamentos injetáveis

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Formas de apresentação dos medicamentos injetáveis

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Formas de apresentação dos medicamentos injetáveis

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Formas de apresentação dos medicamentos injetáveis

Page 51: _Curso injetaveis

Embalagem e estabilidade dos medicamentos injetáveis

Page 52: _Curso injetaveis

Embalagem e estabilidade dos medicamentos injetáveis

Tipos de estabilidades de medicamentos:

- Estabilidade química: manutenção da integridade e teor.

- Estabilidade física: aparência, dissolução, uniformidade, suspendabilidade.

- Estabilidade microbiológica: esterilidade ou resistência ao crescimento microbiano.

- Estabilidade Terapêutica: atividade terapêutica inalterada.

- Estabilidade Toxicológica: não haverá aumento significativo da toxicidade.

Fatores modificadores de estabilidade:

- Intrínsecos: tecnologia de fabricação

- Extrínsecos: fatores ambientais (estocagem)

Page 53: _Curso injetaveis

Embalagem e estabilidade dos medicamentos injetáveis

Alterações nas Formas Farmacêuticas

- Formas Injetáveis após Diluição:- Precipitação- Turvação- Formação de bolhas- Mudança de cor- Incompatibilidades

- Formas Injetáveis após reconstituição:- Insolubilidade- Precipitação- Formação de bolhas- Mudança de cor- Formação de gazes

Page 54: _Curso injetaveis

Embalagem e estabilidade dos medicamentos injetáveis

Estabilidade dos medicamentos após a reconstituição

- Reconstitua e dilua os medicamentos, de preferência, imediatamente antes do uso.

- Verifique a estabilidade pós reconstituição/diluição junto ao fabricante do produto que você está utilizando.

Armazenamento após diluição

- Caso necessite de armazenar o medicamento após reconstituição e/ou diluição utilize etiqueta de identificação com no mínimo as seguintes informações:

- Nome do medicamento- Responsável pela manipulação- Data- Hora- Diluente

Page 55: _Curso injetaveis

Embalagem e estabilidade dos medicamentos injetáveis

Como a insulina deve ser conservada e qual sua validade?– Existem diferenças entre a conservação/validade de insulina aberta (em uso) e lacrada:

- Insulina lacrada - devem ser conservadas entre 2 e 8°Cpara que a potência e a estabilidade sejam mantidas até adata de validade estampada no rótulo, que varia de 1,5 a2,5 anos (veja as orientações do fabricante);

- Insulina aberta - poderão ser conservadas entre 2 e8°C ou em temperatura ambiente, não ultrapassando25º a 30ºC. A validade varia entre 4 a 6 semanas (vejaa orientação do fabricante). Após esse período o frascodeve ser desprezado, mesmo que ainda exista insulina.

Page 56: _Curso injetaveis

Embalagem e estabilidade dos medicamentos injetáveis

Em qual local da geladeira a insulina deve ficar?

Se a insulina congelar, ela perde o efeito?– Caso isso ocorra, recomenda-se não utilizá la, pois pode haver perda de estabilidade da sua molécula, o que compromete a segurança e a eficácia do produto.

É adequado deixar uma agulha inserida na borracha do frasco em uso?– Não, pois isso facilita a entrada de microorganismos dentro do frasco causando a contaminação da insulina.

Há perigo de fazer a assepsia com o álcool 70% e este contaminar a insulina?

Page 57: _Curso injetaveis

Legislação sanitária

A NR 32 e os Estabelecimentos Farmacêuticos

Outro problema, segundo relatos que nos chegam, é o hábito de reencapar a agulha após a administração do medicamento, ato que pode provocar punção acidental e, eventualmente, resultar na infecção do trabalhador.

Para prevenir este tipo de acidente, a NR 32 estabelece que “deve ser assegurado o uso de materiais pérfuro-cortantes com dispositivo de segurança”

Portanto, esperamos que com a introdução do dispositivo de segurança em seringase agulhas os profissionais da saúde eliminem de uma vez por todas o perigoso hábitode reencape das agulhas e reutilização de seringas.

Page 58: _Curso injetaveis

Embalagem e estabilidadeMEDICAMENTO GRUPO

FARMACOLÓGICOVIA DE ADMINISTRAÇÃO

ESTABILIDADE APÓS RECONSTITUIÇÃO

DILUIÇÃO NOME COMERCIAL

Amicacina amp 2ml (250mg/ml) 2 ml

Antibacteriano Via Intramuscular, Infusão Intravenosa.

I.M Uso imediato.Inf. I.V: refrigeração ():60 dias(protegido por luz.

Cloreto de Sódio 0,9% ou Glicose 5%

Novamin

Amicacina amp 2ml (50mg/ml) 2 ml

Antibacteriano Via Intramuscular, Infusão Intravenosa.

Uso imediato I.M60 dias sob refrigeração.

Cloreto de Sódio 0,9% ou Glicose 5%; vol.: para se obter uma concentração de 5mg/ml.

Novamicin - Bactomicin

Aminofilina amp 10ml (24mg/ml)

Antiasmático, bronco dilatador.

Infusão Intravenosa. Temperatura ambiente (15 – ): 48h.

Cloreto de Sódio 0,9% ou Glicose 5%

Aminofilina Sandoz

Amiodarona amp (50mg/ml)

Antiarrítmico. Infusão Intravenosa. Em recipiente de PVC: 2h. Em recipiente de vidro ou poliolefina:24h

500ml de Glicose 5% Atlansil

Ampicilina fr amp 1g pó

Antibacteriano Via Intramuscular, Via Intravenosa Direta, Infusão Intravenosa.

Temperatura ambiente(15 – ): 1h. Refrigeração (2-): 4h.

I.M: Lidocaína 2%; volume: 4ml. I.V e Inf. I.V: Cloreto de Sódio 0,9% ou Água Estéril para injeção; vol.: 10ml.

Amplacilina; Binotal

Atropina amp (0,5mg/ml)

Antídoto, Antiespasmódico e antiarrítmico.

Via Subcutânea, Via Intramuscular e Via Intravenosa Direta.

Uso imediato Não diluir Atropion

Betametasona,acetato+ fosfato amp (3mg/ml)

Antiinflamatório esteróide, anti-reumático, antialérgico, imunossupressor.

Via Intramuscular e Via Intravenosa.

I.M:Uso imediato I.M: Lidocaína a 1 ou 2%.

Celestone

Betametasona, fosfato dissódico amp (4mg/ml)

Antiinflamatório esteróide, anti-reumático, antialérgico, imunossupressor

Via Intramuscular e Via Intravenosa

Uso imediato Não diluir Celestone

Page 59: _Curso injetaveis

Embalagem e estabilidadeClorpromazina amp 5ml (5mg/ml)

Antipsicótico Via Intramuscular Uso imediato Não diluir Amplictil

Dexametasona amp (4mg/ml)

Antiinflamatório esteróide e Antialérgico.

Via Intravenosa ou Via Intramuscular

Temperatura ambiente: 24h.

De acordo com a prescrição.

Decadron

Diazepamamp 2ml (5mg/ml)

Tranqüilizante; Ansiolítico.

Via Intravenosa e Via Intravenosa Direta.

Uso imediato Não diluir. Valium

Diclofenaco Sódico amp 3ml (75mg/3ml)

Antiinflamatório não esteroidal

Via Intramuscular Uso imediato Não diluir. Voltarem

Dimenidrinato+ Piridoxina,cloridrato amp (50mg/ml + 50mg/ml)

Antiemético Via Intramuscular Uso imediato Não diluir. Dramim B6

Dipirona Sódica amp 2ml (500mg/ml)

Analgésico, Antipirético e Antitérmico.

Via Intravenosa Direta Uso imediato Cloreto de Sódio 0,9% ou Glicose 5%.

Novalgina

Escopolamina, butilbrometo + Dipirona amp (4mg+500mg)

Antiespasmódico Via Intramuscular, Via Subcutânea, Infusão Intravenosa.

Uso imediato Água estéril para injeção.

Buscopam Composto

Escopolamina, butilbrometo amp (20ml/ml)

Antiespasmódico Via Intramuscular, Via Subcutânea, Infusão Intravenosa.

Uso imediato Água estéril para injeção.

Buscopam Plus

Fenitoína Sódica amp 5ml (50mg/ml)

Anticonvulsivante. Via Intravenosa Direta Uso imediato Cloreto de Sódio 0,9%. Hidantal

Fenobarbital amp (200mg/ml)

Anticonvulsivante, sedativo.

Via Oral Uso imediato Não diluir. Gardenal

Fitomenadiona amp (10mg/ml)

Vitamina K1 Via Intravenosa Uso imediato, desprezar sobras.

Não é obrigatória, Cloreto de Sódio 0,9% ou Glicose 5%, vol.: 10ml.

Kanakion MM

Furosemida amp 2ml (10mg/ml)

Diurético; anti-hipertensivo.

Via Intravenosa Refrigeração: 24h; Proteger a luz.

Não diluir. Lasix

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Legislação sanitária

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Legislação sanitária

A NR 32 e os Estabelecimentos Farmacêuticos

Os dados publicados relatam ainda que: quando um trabalhador de saúde sofre lesão por instrumento cortante

contaminado, existe o risco de infecção por: Hepatite B: 1 em cada 3 trabalhadores; Hepatite C: 1 em cada 30 trabalhadores;

HIV: 1 em cada 300 trabalhadores.

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Legislação sanitária

A NR 32 e os Estabelecimentos Farmacêuticos

- A falta de treinamento para um trabalho seguro, insuficiência de trabalhadores causando sobrecarga de trabalho (pressionados, os trabalhadores ficam descuidados e desatentos), falta de equipamentos seguros, iluminação deficiente dos locais de trabalho, pacientes agitados e agressivos são fatores de risco para as lesões mais freqüentes.

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ou PPRA - Riscos físicos, químicos e biológicos.

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO - Estabelece o controle de saúde físico e mental do trabalhador, em função de suas

atividades

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Legislação sanitária

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Legislação sanitária

Ministério do Trabalho e do Emprego publicou a

Portaria nº 939, que complementa a NR 32 e determina o uso dos

dispositivos de segurança.

Segundo a Portaria nº 939 “os empregadores devem promover a substituição

dos materiais perfurocortantes por outros comdispositivos de segurança”.

O prazo estipulado para o cumprimento deste item da norma é de até 24 meses a partir

de 19/11/08.

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Legislação sanitária

RDC- 45 de março de 2003.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA , aprovou o regulamento técnico de boas práticas de utilização das soluções parenterais em serviços de saúde, que se aplica à todosos estabelecimentos de saúde.

Todas as soluções parenterais de grande volume, ou seja, soluções acondionadas em recipientes de dose única acima de 100 mL, deverão ser administradas por um sistema fechado de infusão.

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Legislação sanitária

RDC- 45 de março de 2003.

Sistema Aberto: sistema de administração de Solução Parenteral que permite o contato da solução estéril com o meio ambiente, seja no momento da abertura do frasco, na adição de medicamentos ou na introdução de equipo de administração.

Sistema Fechado: sistema que durante o preparo e administração, não permite o contato da solução com o meio ambiente. Segurança Eliminação da contaminação microbiológica, redução do índice de infecção hospitalar eliminando as reações sépticas e pirogênicas.

Page 67: _Curso injetaveis

Legislação sanitária

AUTO DE INSPEÇÃORDC 328/99

Page 68: _Curso injetaveis

Legislação sanitária

3- Aplicação de Injeção

3.1 Existe área de aplicação de injeção?

3.2 O local é separado e adequado para aplicação de injeção?

3.3 As instalações possuem condições higiênico-sanitárias satisfatórias e estão em bom estado de conservação?

3.4 Possui pia, água corrente, sabão líquido e toalhas descartáveis?

3.6 Possui profissional habilitado e/ou capacitado para aplicação de injetáveis?

3.9 Existe livro de registro do receituário de aplicação de injetáveis?

3.11 Existe recipiente rígido adequado para o descarte de perfuro-cortantes?

Page 69: _Curso injetaveis

Legislação sanitária

3- Aplicação de Injeção

3.12 Os materiais utilizados são descartáveis e encontram-se dentro do prazo de validade?

3.13 Existe coleta seletiva dos resíduos resultantes da aplicação de injeções?

3.14 Possui rotinas escritas com os técnicas de antissepsia das mãos e local de aplicação, bem como de cuidados na aplicação de injetáveis?

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Refrigeração de medicamentos e controle da temperatura

Page 71: _Curso injetaveis

Interações Medicamentosas

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Você seguro Cliente Satisfeito

Oferecer um ambiente seguro na sala de injeções é fundamental.

Coletor de perfurantes e cortantes com paredes rígidas e identificação apropriada. Equipamentos de proteção individualQual a percepção do cliente?

- No primeiro momento ele perceberá se a sala está “arrumada”, sem lixo a mostra e limpa.

- No segundo momento ele observará sua desenvoltura durante os procedimentos de preparo da medicação, aplicação e descarte.

Por isso é fundamental seguir as recomendações para que seu cliente se sinta seguro.

Page 73: _Curso injetaveis

Você seguro Cliente Satisfeito

Atendimento domiciliar

Para aquelas farmácias que realizam aplicação em domicílio, alguns cuidados extras são fundamentais. É recomendado que estes estabelecimentos montem, por exemplo, kits com papel toalha, sabonete líquido, alcohol swabs, luvas, algodão seco e, é claro, não esquecer o coletor de perfurantes e cortantes BD Descartex®. Este kit, que deverá ser levado em cada aplicação domiciliar, oferecerá as condições mínimas de segurança necessárias, para você e o cliente, como as existentes na sala de injeções.

Page 74: _Curso injetaveis

Muito Obrigado

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Legislação sanitária

LOCAL PARA APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS

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Legislação sanitária

Possuir um local aparelhado adequadamente, em condições técnicas, higiênicas e sanitárias é outro ponto a ser considerado no que diz respeito à aplicação de injeção.

O Decreto Estadual 12.342, de 27/09/78, estabelece parâmetros em relação ao espaço físico, instalação de divisórias, tipo de piso e ventilação.

Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002.Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

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Legislação sanitária

Possuir um local aparelhado adequadamente, em condições técnicas, higiênicas e sanitárias é outro ponto a ser considerado no que diz respeito à aplicação de injeção.

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Legislação sanitária

PROGRAMA DE GERENCIAMENTOS DE RESÍDUOS EM SERVIÇO DE SAÚDE

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Legislação sanitária

Atento às legislações sanitárias, o PROFISSIONAL DA SAÚDE, além de ser o responsável pela aplicação dos medicamentos injetáveis, também

responde pela biossegurança do lixo gerado e seu destino.

A RDC 306/04 da Anvisa e a Resolução Conama 358/05 estabelecem os critérios e as recomendações de segurança para o paciente e para o

aplicador, indicando as melhores formas de descarte para cada tipo de material, como os perfurantes e cortantes.

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Legislação sanitária

Lixo Biológico “Resíduo Grupo A”Lixo Químico “Resíduo Grupo B”Rejeitos Radiativos “Resíduo Grupo C”Lixo Comum “Resíduo Grupo D”Pérfuro-cortantes “Resíduo Grupo E”.

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Legislação sanitária

As Farmácias são da responsabilidade do profissional Farmacêutico, o qual tem amparo legal para a aplicação de injetáveis e tem a responsabilidade sobre o seu pessoal.

Entretanto, caso o farmacêutico contrate profissionais de Enfermagem para a aplicação de injetáveis, deverá observar o que a Lei nº 11.480, de 23/5/2000, da Secretaria de Estado de Saúde, que faculta às farmácias e drogarias, a execução de serviços de inalação, medição de

pressão e aplicação de medicação injetável no art.1º , § 2º assim se expressa: os procedimentos de enfermagem, quando realizados por Auxiliares de Enfermagem e/ou Técnicos

de Enfermagem, devem estar sob a supervisão de Enfermeiro, em conformidade com a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem e o Código de Ética correspondente.

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Legislação sanitária

Norma regulamentadora NR 32

Saúde e Segurança no Trabalho nos Serviços de Saúde.

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Legislação sanitária

A NR 32 e os Estabelecimentos Farmacêuticos

Norma regulamentadora NR 32 - Saúde e Segurança no Trabalho nos Serviços de Saúde.

Sua aplicabilidade é exigida em todos os níveis de complexidade de serviços de saúde. Sendo assim, os Estabelecimentos Farmacêuticos também fazem parte desse nicho.

A segurança na aplicação de injetáveis deve ser seguida com rigor: - O uso de luva descartável para proteção do aplicador contra contaminações. - Usar sapatos fechados com sola antiderrapante, para evitar quedas. - Se acontecer do aplicador se acidentar, furando-se com a agulha usada. - Protocolo a ser seguido para evitar contaminação por HIV, e outras doenças.- Cuidado com a seringa após o uso, descartando-a imediatamente.- A sala de aplicação deve ser arejada e limpa após cada atendimento para evitar...- Para evitar acidentes com perfurocortantes...

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Legislação sanitária

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Legislação sanitáriaProcedimento Operacional Padrão

TÉCNICAS DE APLICAÇÃO:

Seringas: São usadas somente seringas descartáveis, de uso único e mantidas invioladas.Faz-se sempre a assepsia descrita anteriormente.

1. VIA INTRAMUSCULAR:

- É feita a assepsia com algodão embebido em álcool 70% no local escolhido para a aplicação;

- Verifica se o bizel da agulha está no sentido das fibras musculares, evitando o corte das mesmas;

- Introduz a agulha em um ângulo de 90° neste local;- Antes de injetar o medicamento, puxa o êmbolo da seringa para trás, para

verificar se a agulha atingiu algum vaso sangüíneo...- O QUE FAZER SE ATINGIU ?

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Legislação sanitáriaProcedimento Operacional Padrão

TÉCNICAS DE APLICAÇÃO:

1. VIA INTRAMUSCULAR:

- Se aparecer sangue na seringa, deve-se retirar a agulha, trocar a mesma e repetir os itens anteriores.

- Após a aplicação do medicamento, retira o conjunto, descartando-o em embalagem específica (DescarPack, ou outras do tipo) e faz pressão por alguns instantes no local, com algodão embebido em álcool 70%;

- Coloca o Pad no local da aplicação;

Obs.: Jamais se deve massagear o local após a aplicação. PORQUE?

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Legislação sanitária

A NR 32 e os Estabelecimentos Farmacêuticos

Acidentes de trabalho, é o que ocorre, por exemplo, no uso de recipientes para descarte de materiais pérfuro-cortantes.

- Coletores são preenchidos além da linha de enchimento máximo ou mesmo reaproveitados.

A NR 32 é bem clara, ao determinar que, além de “providenciar recipientes e meios de transportes adequados para materiais infectantes, fluidos e tecidos orgânicos”,

o empregador deve também fornecer aos trabalhadores “instruções escritas, em linguagem acessível, das rotinas realizadas no local de trabalho e medidas de prevenção de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho” (32.2.4.10) em todo local onde exista possibilidade de

exposição à agentes biológicos.

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