curso de sociologia professor décio soares vicente e-mail: [email protected] 1
TRANSCRIPT
3
Renascença é um movimento científico-cultural ocorrido na Europa durante a transição entre as Idades Média e Moderno e que representou as aspirações da burguesia (elites econômicas)
Fatos importantes:a) Expansão marítima e crescimento comercial;b) Influência da civilização bizantina;c) A retomada dos estudos das civilizações
clássicas, greco-romana, graças à preservação pelos mosteiros medievais;
d) A invenção da imprensa.
Renascimento – a arte e a ciência se misturam
Século XIV: renovação cultural que rejeitava a cultura medieval, presa aos padrões da igreja católica;
Crescimento das cidades – urbanização – êxodo rural;
Desenvolvimento de atividades intelectuais e artísticas nas cidades mais ricas;
Ressurgimento do comércio: a burguesia passa a acumular riquezas;
Inovações técnicas: bússola magnética, pólvora, relógio mecânico, imprensa, etc.;
Crítica ao Absolutismo – regime político monárquico apoiada pelo direito divino.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA RENASCENÇA:
Racionalidade – a razão como o caminho para a verdade. A razão como principal instrumento para compreender o universo e a natureza;
Cientificismo – o progresso tecnológico para solução dos problemas – o que impulsionou o conhecimento nas áreas da: astronomia, matemática, física, medicina, literatura, geometria, pintura, arquitetura, engenharia, filosofia, física, etc.
Humanismo – pensar o ser humano a partir de suas realizações concretas. Valorização dos feitos humanos, corpo e mente, sentimentos e emoções, desejos, aspirações, valores: artes, poesia, contos, crônicas, pintura, literatura utópica.
Naturalismo – observação fiel da realidade e análise da experiência para demostrar que o indivíduo é determinado pelo ambiente e pela hereditariedade. Domínio do homem sobre à natureza;
O retorno a cultura clássica – revistos os autores como Platão e Aristóteles;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA RENASCENÇA:
Antropocentrismo – Deus deixa de ser o centro das explicações e se passa a perceber o homem com mais importância;
O ideal de universalidade – crença no ideal de que uma pessoa poderia vir a aprender e a saber tudo ;
O individualismo - conceito político, moral e social que exprime a afirmação e a liberdade do indivíduo frente a um grupo, à sociedade ou ao Estado. Capacidade do ser humano de fazer escolhas livremente;
Hedonismo - concepção mais ampla de prazer entendida como felicidade para o maior número de pessoas.
Diferenças:PENSAMENTO MEDIEVAL PENSAMENTO RENASCENTISTA
Teocentrismo Antropocentrismo
Verdade = Bíblia Verdade = experimentação, observação
Vida material sem importância Vida terrena e material também é importante
Conformismo Crença no progresso
Natureza = fonte do pecado Natureza = beleza, onde o homem se insere
Ascetismo Hedonismo
Dogmatismo Fé diferente da razão
Teocentrismo – Visão de mundo que considera Deus como centro do Universo.
Antropocentrismo – Visão de mundo que considera o Homem como centro do Universo.
Humanismo Valorização do Homem sem perder a importância de Deus. Este está no
fundo da alma de cada ser humano.A História da humanidade alterna períodos obscuros e iluminados, de
ignorância e esclarecimentos.Responsáveis pela divisão pela divisão tradicional da História (Idades
Antiga, Média e Moderna).
Valorização da cultura Greco-Romana.
CRISE DO FEUDALISMO: FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNOIdade média: poder descentralizado / senhor feudal;
Crise na Europa ocidental no fim da idade média: guerras, fome, peste, enriquecimento da burguesia;
Aliança burguesia mercantil e financeira (comerciantes e banqueiros) com os reis.
No sistema feudal predominavam as relações servis de produção. No capitalismo, definem-se as relações assalariadas de produção; há a nítida separação entre aqueles que detêm os meios de produção e os que apenas possuem de seu a força de trabalho.
Além desse elemento essencial, o capitalismo também se caracteriza pela produção destinada ao mercado, pelas trocas monetárias, pela organização racional e sistemática do trabalho e pelo espírito de lucro.
Feudalismo X Capitalismo
Dante Alighieri – A Divina Comédia; Michelangelo – Juízo Final; Shakespeare – Romeu e Julieta, Hamlet; Leonardo da Vinci – antropocentrismo, individualismo, racionalismo. Thomas Morus – A Utopia – 1478-1535 – denuncia a sociedade
vigente, imperfeita. Propõe igualitarismo. Regras justas e humanas. O Monarca sábio e ideal de político.
Jean Bodin – A República - 1530-1596 Tommaso Campanela – A cidade do sol – 1568-1634
PENSADORES UTÓPICOS E MÉTODO DO CONHECIMENTO
ACONTECIMENTOS IMPORTANTES
1443 - Invenção da imprensa
1453 - Queda de Constantinopla
1492 - Descoberta do Novo Mundo
1517 - Reforma de Lutero
1543 - Teoria Heliocêntrica de Copérnico
1543 – De Humani Corporis Fabrica de Versalius
1544 – Tradução dos trabalhos matemáticos de Arquimedes
1545 –Introdução da álgebra na Europa
1595 – Invenção do microscópio
1610 – Galileu Galilei – uso do telescópio
1628 – On the Motion of the Heart and Blood in Animals (No movimento do coração e no sangue em animais) – William Harvey
SISTEMAS DE PITOLOMEU E COPÉRNICO
A TERRA DEIXA DE SER PLANA E O CENTRO DO MUNDO
FILOSOFIA DA RENASCENÇA: DO SÉCULO XIV AO SÉCULO XVI
É marcada pela descoberta de obras de Platão desconhecidas na Idade Média, de novas obras de Aristóteles, bem como pela recuperação das obras dos grandes autores e artistas gregos e romanos.
SÃO TRÊS AS GRANDES LINHAS DE PENSAMENTO QUE PREDOMINAVAM NA RENASCENÇA: 1. Aquela proveniente de Platão, do neoplatonismo e da descoberta dos livros do Hermetismo;
Nela se destacava a ideia da Natureza como um grande ser vivo; o homem faz parte da Natureza como um microcosmo (como espelho do Universo inteiro) e pode agir sobre ela através da magia natural, da alquimia e da astrologia
pois o mundo é constituído por vínculos e ligações secretas (a simpatia) entre as coisas; o homem pode, também, conhecer esses vínculos e criar outros, como um deus.
SÃO TRÊS AS GRANDES LINHAS DE PENSAMENTO QUE PREDOMINAVAM NA RENASCENÇA: 2. Aquela originária dos pensadores florentinos, que valorizava a vida ativa, isto é, a política, e defendia os ideais republicanos das cidades italianas contra o Império Romano-Germânico, isto é, contra o poderio dos papas e dos imperadores.
Na defesa do ideal republicano, os escritores resgataram autores políticos da Antiguidade, historiadores e juristas, e propuseram a “imitação dos antigos” ou o renascimento da liberdade política, anterior ao surgimento do império eclesiástico.
SÃO TRÊS AS GRANDES LINHAS DE PENSAMENTO QUE PREDOMINAVAM NA RENASCENÇA:
3. Aquela que propunha o ideal do homem como artífice de seu próprio destino, tanto através dos conhecimentos (astrologia, magia, alquimia), Quanto através da política (o ideal republicano), das técnicas (medicina, arquitetura, engenharia, navegação) e das artes (pintura, escultura, literatura, teatro).
A efervescência teórica e prática foi alimentada com as grandes descobertas marítimas, que garantiam ao homem o conhecimento de novos mares, novos céus, novas terras e novas gentes, permitindo-lhe ter uma visão crítica de sua própria sociedade.
Essa efervescência cultural e política levou a críticas profundas à Igreja Romana, culminando na Reforma Protestante, baseada na ideia de liberdade de crença e de pensamento. À Reforma a Igreja respondeu com a Contrarreforma e com o recrudescimento do poder da Inquisição.
A êxtase de Santa Teresa 1646 - Bernini