curso de revisão jurídica - oab - direito do consumidor

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Curso de Revisão Curso de Revisão Jurídica - OAB - Jurídica - OAB - Direito do Direito do Consumidor Consumidor Prof. Marcelo Adriano de Prof. Marcelo Adriano de O. Lopes O. Lopes [email protected] [email protected]

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Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor. Prof. Marcelo Adriano de O. Lopes [email protected]. Aspectos relevantes do CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – (CDC) Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Referência expressa sobre o direito do consumidor. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Curso de Curso de Revisão Jurídica Revisão Jurídica - OAB - Direito - OAB - Direito do Consumidordo Consumidor

Prof. Marcelo Adriano de O. Prof. Marcelo Adriano de O. LopesLopes

[email protected]@gmail.com

Page 2: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Aspectos relevantes do Aspectos relevantes do CÓDIGO DE DEFESA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – (CDC)CONSUMIDOR – (CDC)

Lei n. Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 19908.078, de 11 de setembro de 1990

Page 3: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Referência expressa sobre o direito do consumidor.Referência expressa sobre o direito do consumidor.

1ª)1ª) Primeira referência foi em 1962, presidente John Kenedy, que Primeira referência foi em 1962, presidente John Kenedy, que enumerou os direitos dos consumidores e levantou a seguinte questão: enumerou os direitos dos consumidores e levantou a seguinte questão: ““os direitos dos consumidores serão os novos desafios para o os direitos dos consumidores serão os novos desafios para o mercadomercado.”;.”;

2º)2º) A ONU em 1985 traçou as diretrizes de uma relação consumerista: “ A ONU em 1985 traçou as diretrizes de uma relação consumerista: “o o direito do consumidor é um direito humano de nova geração, é um direito do consumidor é um direito humano de nova geração, é um direito social e econômico e é um direito material do mais fracodireito social e econômico e é um direito material do mais fraco.”;.”;

Resolução, nº 39/248, aprovada pela Resolução, nº 39/248, aprovada pela Assembléia Geral da Organização Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas – ONUdas Nações Unidas – ONU (sessão plenária de 09-04-1985) foram (sessão plenária de 09-04-1985) foram apontadas as diretrizes de uma enérgica política de proteção aos apontadas as diretrizes de uma enérgica política de proteção aos consumidores, cujas necessidades, que se reputaram legítimas, dentre consumidores, cujas necessidades, que se reputaram legítimas, dentre elas se apresentam;elas se apresentam;

““f) a possibilidade de efetiva indenizaçãof) a possibilidade de efetiva indenização” ”

Page 4: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Lei 8.078/90 - Lei 8.078/90 - Art. 1º O presente código estabelece normas de Art. 1º O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e de ordem pública e interesse socialinteresse social, nos termos dos arts. 5º, inciso XXXII, 170, , nos termos dos arts. 5º, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições TransitóriasTransitórias..

Defesa do Consumidor tem Fundamento Constitucional. Defesa do Consumidor tem Fundamento Constitucional. Hierarquia Hierarquia suprema da Constituição Federal.suprema da Constituição Federal.

Art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil (C.F.) , inciso XXXII Art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil (C.F.) , inciso XXXII (32) - (32) - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidoro Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;;

C.F. Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho C.F. Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípiosseguintes princípios::

Artigo 170, inciso V (5) da Constituição Federal - Artigo 170, inciso V (5) da Constituição Federal - defesa do consumidordefesa do consumidor; ;

Page 5: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

CDC – lei 8078/90: CDC – lei 8078/90: TRÊS CARACTERÍSTICAS TRÊS CARACTERÍSTICAS MAIS IMPORTANTES DO CDCMAIS IMPORTANTES DO CDC::

1ª) O CDC é um diploma multidisciplinar 1ª) O CDC é um diploma multidisciplinar considerado microssistema multidisciplinar considerado microssistema multidisciplinar albergando várias disciplinas:albergando várias disciplinas:

a) a) regras de direito constitucionalregras de direito constitucional, por, por exemplo, dignidade do consumidor;exemplo, dignidade do consumidor;

b) b) regras de direito civilregras de direito civil: reparação e : reparação e responsabilidade civil do consumidor; responsabilidade civil do consumidor;

c) c) ônus da provaônus da prova: processo civil;: processo civil;

Page 6: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

d) d) direito administrativodireito administrativo: infrações : infrações administrativas; administrativas;

e) e) além de tipos penaisalém de tipos penais, por exemplo, o artigo , por exemplo, o artigo 71 do CDC., vejamos:71 do CDC., vejamos:

Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer: interfira com seu trabalho, descanso ou lazer: Pena Detenção de três meses a um ano e multa.Pena Detenção de três meses a um ano e multa.

Page 7: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

2ª) CDC também é lei principiológica2ª) CDC também é lei principiológica: confere : confere uma serie de princípios com o objetivo de uma serie de princípios com o objetivo de reequilibrar uma relação jurídica que é bastante reequilibrar uma relação jurídica que é bastante desigual;desigual;

O Estado reequilibra conferindo direitos aos O Estado reequilibra conferindo direitos aos consumidores (mais fracos) e impondo deveres consumidores (mais fracos) e impondo deveres aos fornecedores (que são os mais fortes da aos fornecedores (que são os mais fortes da relação); relação);

Page 8: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

3ª) O CDC alberga regras de ordem pública e 3ª) O CDC alberga regras de ordem pública e interesse social: isso significa que os direitos do interesse social: isso significa que os direitos do consumidor não podem ser renunciados!consumidor não podem ser renunciados!

São indisponíveis!São indisponíveis!

Além disso, significa dizer que Além disso, significa dizer que o juiz pode reconhecer de o juiz pode reconhecer de ofícioofício os direitos do consumidor, ou seja, não podem ser os direitos do consumidor, ou seja, não podem ser renunciados. renunciados.

Se a situação for Banco é um pouco diferente!Se a situação for Banco é um pouco diferente!

Se o CDC alberga normas de ordem pública pode ter Se o CDC alberga normas de ordem pública pode ter cláusula abusiva no contrato assinada por pessoa maior e cláusula abusiva no contrato assinada por pessoa maior e capaz, mas a cláusula não subsiste porque o CDC alberga capaz, mas a cláusula não subsiste porque o CDC alberga normas de ordem publica e o juiz pode reconhecer a normas de ordem publica e o juiz pode reconhecer a abusividade dessa cláusula!abusividade dessa cláusula!

Page 9: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Se tiver cláusula abusiva em contrato Se tiver cláusula abusiva em contrato bancário, bancário, o juiz NÃO poderá o juiz NÃO poderá reconhecer de oficio a reconhecer de oficio a abusividade da cláusulaabusividade da cláusula!!

Page 10: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Superior Tribunal de Justiça:Superior Tribunal de Justiça:

STJ - Súmula 381:STJ - Súmula 381:

““Nos contratos bancários, é Nos contratos bancários, é vedado vedado ao julgador ao julgador conhecer, de ofício, da conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulasabusividade das cláusulas;;

A doutrina abomina essa súmula recente, porque qual a diferença A doutrina abomina essa súmula recente, porque qual a diferença

entre contrato bancário e os outros? FEBRABAN - Lobbyentre contrato bancário e os outros? FEBRABAN - Lobby

Page 11: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990

Relação de ConsumoRelação de Consumo

Page 12: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

CDC. ”CDC. ”Art. 2° Art. 2° Consumidor é toda Consumidor é toda pessoa físicapessoa física ou ou jurídicajurídica que adquire ou utiliza produto ou que adquire ou utiliza produto ou serviço como serviço como destinatário finaldestinatário final.”.”

Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.de consumo.

Page 13: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Do conceito acima, logo se extraí que o destinatário final, age com Do conceito acima, logo se extraí que o destinatário final, age com vistas ao atendimento de uma necessidade própria e não para o vistas ao atendimento de uma necessidade própria e não para o desenvolvimento de uma outra atividade negocial;desenvolvimento de uma outra atividade negocial;

Taxista que adquire táxi para seu labor, pode ser Taxista que adquire táxi para seu labor, pode ser considerado consumidor?considerado consumidor?

Viação Leme adquire da empresa Mercedes Benz Viação Leme adquire da empresa Mercedes Benz 100 ônibus, dentre eles cinco estão com defeitos. 100 ônibus, dentre eles cinco estão com defeitos. Indaga-se. Aplica-se o CDC?Indaga-se. Aplica-se o CDC?

Page 14: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Consumidor por equiparação.Consumidor por equiparação. 1º conceito.1º conceito.

Está no Está no art. 2º, parágrafo único do CDCart. 2º, parágrafo único do CDC: :

““Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumointervindo nas relações de consumo.”;.”;

Por primeiro, temos o fundamento da tutela específica do Por primeiro, temos o fundamento da tutela específica do consumidor, por exemplo, consumidor, por exemplo, contra a publicidade abusivacontra a publicidade abusiva, , mesmo não se sabendo o número de pessoas atingidas. Mas mesmo não se sabendo o número de pessoas atingidas. Mas serão tuteladas pelo CDC!serão tuteladas pelo CDC!

Não precisa, portanto, determinar o consumidor. Nada mais é do Não precisa, portanto, determinar o consumidor. Nada mais é do que a proteção dos interesses difusos e coletivos dos que a proteção dos interesses difusos e coletivos dos consumidores!consumidores!

Page 15: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Consumidor por equiparação ou Consumidor por equiparação ou bystanders.bystanders.

Perguntas:

a) avião da TAM que caiu sobre diversas casas em São Paulo, em razão de defeito no reverso, vitimando várias pessoas em terra, além de seus passageiros. Aos atingidos na terra que perderam a vida, patrimônio etc., se aplica o CDC?

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b) qualquer pessoa que esteja atravessando a rua e, venha a ser atropelada por um ônibus de passageiros (Viação Leme, Rápido Luxo, Cometa, Gontijo etc), fará jus aos benefícios do Código de Defesa do Consumidor?

Page 17: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Consumidor por equiparação.Consumidor por equiparação.

2º conceito.2º conceito. Art. 17 do CDCArt. 17 do CDC: trata das vítimas do evento danoso:: trata das vítimas do evento danoso:

““Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do eventoconsumidores todas as vítimas do evento.”;.”;

É aquela que não comprou o produto no mercado, mas sofreu É aquela que não comprou o produto no mercado, mas sofreu acidente de consumo. Exemplo: não comprou a TV, ganhou. Mas acidente de consumo. Exemplo: não comprou a TV, ganhou. Mas a mesma explodiu em seu rosto;a mesma explodiu em seu rosto;

As vítimas do evento danoso são chamadas pela doutrina As vítimas do evento danoso são chamadas pela doutrina americana deamericana de bystander bystander. Ou seja, são aquelas pessoas (físicas ou . Ou seja, são aquelas pessoas (físicas ou jurídicas, já que a lei não restringe) que mesmo sem serem jurídicas, já que a lei não restringe) que mesmo sem serem partícipes da relação de consumo foram atingidas em sua saúde partícipes da relação de consumo foram atingidas em sua saúde ou segurança em virtude do defeito do produto!ou segurança em virtude do defeito do produto!

Page 18: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

3º conceito3º conceito: art. 29: todas as pessoas : art. 29: todas as pessoas determináveis ou não expostas a práticas determináveis ou não expostas a práticas comerciais e contratuais;comerciais e contratuais;

CDC. Art. 29. Para os fins deste Capítulo e CDC. Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, do seguinte, equiparam-se aos equiparam-se aos consumidoresconsumidores todas as pessoas todas as pessoas determináveis ou não, expostas às determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas;práticas nele previstas;

Page 19: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

CDC entre as empresasCDC entre as empresas!!

Código do Consumidor se aplica entre empresas, diz STJ!Código do Consumidor se aplica entre empresas, diz STJ!

O Superior Tribunal de Justiça (STJ)O Superior Tribunal de Justiça (STJ), cujo presidente é o ministro , cujo presidente é o ministro Francisco Cesar Asfor Rocha, Francisco Cesar Asfor Rocha, reconheceu o entendimento de que o reconheceu o entendimento de que o Código de Defesa do Consumidor (CDC), que completa 20 anos Código de Defesa do Consumidor (CDC), que completa 20 anos em 2010, se aplica também entre empresasem 2010, se aplica também entre empresas. O reconhecimento . O reconhecimento aconteceu durante o julgamento de um recurso do hospital C. T., que aconteceu durante o julgamento de um recurso do hospital C. T., que recorreu de decisão favorável à Companhia de S. B. de São Paulo;recorreu de decisão favorável à Companhia de S. B. de São Paulo;

""As pessoas jurídicas sempre devem observar se são As pessoas jurídicas sempre devem observar se são destinatárias ou não dos produtos ou serviços. Se a resposta for destinatárias ou não dos produtos ou serviços. Se a resposta for positiva aí sempre se aplicará o CDCpositiva aí sempre se aplicará o CDC", orienta Felicio Rosa Valarelli ", orienta Felicio Rosa Valarelli Junior, do Valarelli Advogados Associados;Junior, do Valarelli Advogados Associados;

Page 20: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

No processo julgado, as partes discutiam se a relação entre as duas No processo julgado, as partes discutiam se a relação entre as duas instituições estava sujeita à lei consumerista, com vistas à aplicação instituições estava sujeita à lei consumerista, com vistas à aplicação do artigo 42, parágrafo único, do CDC, que prevê, na cobrança de do artigo 42, parágrafo único, do CDC, que prevê, na cobrança de débitos, que o consumidor inadimplente não será exposto ao ridículo, débitos, que o consumidor inadimplente não será exposto ao ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. Ao analisar a questão, Ao analisar a questão, o ministro relator, Francisco Falcãoo ministro relator, Francisco Falcão, , entendeu que, de acordo com o conceito de consumidor expresso no entendeu que, de acordo com o conceito de consumidor expresso no artigo 2º do CDC, esse seria "toda pessoa física ou jurídica que adquire artigo 2º do CDC, esse seria "toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final". "ou utiliza produto ou serviço como destinatário final". "À luz da À luz da lei, a recorrente [C. T.] se constituiu em lei, a recorrente [C. T.] se constituiu em empresa, em cujo imóvel funcionam diversos empresa, em cujo imóvel funcionam diversos serviços, como médico-hospitalares, serviços, como médico-hospitalares, laboratoriais, ambulatoriais, clínicos e laboratoriais, ambulatoriais, clínicos e correlatos, não apresentando qualquer correlatos, não apresentando qualquer característica de empreendimento em que característica de empreendimento em que haja a produção de produtos a serem haja a produção de produtos a serem comercializados", disse o ministrocomercializados", disse o ministro;;

Page 21: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Para Falcão, o que se observa é que o empreendimento está voltado Para Falcão, o que se observa é que o empreendimento está voltado para a prestação de serviços, para a prestação de serviços, sendo certo que a água fornecida sendo certo que a água fornecida ao imóvel da empresa é utilizada para a manutenção dos ao imóvel da empresa é utilizada para a manutenção dos serviços e do próprio funcionamento do prédio, como é o caso serviços e do próprio funcionamento do prédio, como é o caso do imóvel particular - em que a água fornecida é utilizada do imóvel particular - em que a água fornecida é utilizada para consumo das pessoas que nele moram, bem como para para consumo das pessoas que nele moram, bem como para manutenção da residênciamanutenção da residência. Desse modo, pelo tipo de atividade . Desse modo, pelo tipo de atividade desenvolvida pela instituição, percebe-se que desenvolvida pela instituição, percebe-se que ela não utiliza a ela não utiliza a água como produto a ser integrado em água como produto a ser integrado em qualquer processo de produção, qualquer processo de produção, transformação ou comercialização de outro transformação ou comercialização de outro produto, produto, mas apenas para uso própriomas apenas para uso próprio;;

Page 22: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Nesse sentido, de acordo com informações do STJ, Nesse sentido, de acordo com informações do STJ, sendo o T. destinatário final da água, a empresa está sendo o T. destinatário final da água, a empresa está inserida no conceito de consumidor e submetida à inserida no conceito de consumidor e submetida à relação de consumorelação de consumo, devendo, portanto, ser aplicado o artigo 42 , devendo, portanto, ser aplicado o artigo 42 do CDC, que estabelece que "o consumidor cobrado em quantia do CDC, que estabelece que "o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável“;legais, salvo hipótese de engano justificável“;

Ou seja, a resposta para saber se a relação havida é ou não de Ou seja, a resposta para saber se a relação havida é ou não de consumo consumo está na destinação que será dada ao está na destinação que será dada ao produto ou serviçoproduto ou serviço. Se a empresa utilizar . Se a empresa utilizar o produto ou o produto ou serviço como insumo em seu negócio serviço como insumo em seu negócio [em regra] não haverá aplicação [em regra] não haverá aplicação do CDC e a relação comercial será regida pelo Código Civil!do CDC e a relação comercial será regida pelo Código Civil!

Todavia, caso a empresa Todavia, caso a empresa não utilize o produto ou serviço como não utilize o produto ou serviço como matéria-prima para sua atividadematéria-prima para sua atividade, a relação havida deverá ser - , a relação havida deverá ser - em regra - considerada como relação de consumo!em regra - considerada como relação de consumo!

Page 23: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

CDC. Art. 3º CDC. Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes estrangeira, bem como os entes despersonalizadosdespersonalizados, que desenvolvem atividade de , que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços;comercialização de produtos ou prestação de serviços;

§ 1º § 1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial;material ou imaterial;

§ 2º § 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, MEDIANTE REMUNERAÇÃO, mercado de consumo, MEDIANTE REMUNERAÇÃO, inclusive as de natureza bancária, financeira, de inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitáriacrédito e securitária, , salvo as decorrentes das salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhistarelações de caráter trabalhista;;

Page 24: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Ainda que de formaAinda que de forma IRREGULAR IRREGULAR, como ocorre, por exemplo, com , como ocorre, por exemplo, com os vendedores ambulantes que praticam, em sua maioria, atividade os vendedores ambulantes que praticam, em sua maioria, atividade ilegal, mas sujeita às normas de consumo, haverá a incidência da ilegal, mas sujeita às normas de consumo, haverá a incidência da Legislação Consumerista!Legislação Consumerista!

A A REMUNERAÇÃOREMUNERAÇÃO é elemento indispensável à caracterização do é elemento indispensável à caracterização do fornecedor, pois indica o caráter profissional da atividade!fornecedor, pois indica o caráter profissional da atividade!

No entanto, destaque-se que o fornecedor que oferece produtos e No entanto, destaque-se que o fornecedor que oferece produtos e serviços gratuitamente não está isento das regras consumeristas. A serviços gratuitamente não está isento das regras consumeristas. A gratuidade é apenas um instrumento para seduzir o consumidor;gratuidade é apenas um instrumento para seduzir o consumidor;

Logo, amostras grátis, serviços gratuitos como estacionamentos em Logo, amostras grátis, serviços gratuitos como estacionamentos em bancos, lojas, restaurantes e bancos, lojas, restaurantes e shoppings centersshoppings centers e, mesmo que haja e, mesmo que haja comunicado de isenção de responsabilidade o CDC irá incidir, haja vista comunicado de isenção de responsabilidade o CDC irá incidir, haja vista que se trata de norma de ordem pública!que se trata de norma de ordem pública!

Page 25: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Irrefragavelmente, não há dúvidas quanto à aplicação do CDC aos Irrefragavelmente, não há dúvidas quanto à aplicação do CDC aos serviços bancários e de Previdência Privada!serviços bancários e de Previdência Privada!

SÚMULAS do SÚMULAS do Superior Tribunal de Justiça.Superior Tribunal de Justiça.

Nº 297 - O Código de Defesa do Consumidor Nº 297 - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeirasé aplicável às instituições financeiras. . (DJ (DJ 09.09.2004 p.00149)09.09.2004 p.00149)

Nº 321 - "O Código de Defesa do Consumidor Nº 321 - "O Código de Defesa do Consumidor é aplicável à relação jurídica entre a é aplicável à relação jurídica entre a entidade de previdência privada e seus entidade de previdência privada e seus participantesparticipantes." ." (DJ 05.12.2005 p. 410; RDDP vol. 35 p. 232)(DJ 05.12.2005 p. 410; RDDP vol. 35 p. 232)

Page 26: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Associações desportivas (clube) ou Associações desportivas (clube) ou condomínio aplica o CDC?condomínio aplica o CDC?

Não! Em razão da natureza comunitária entre os Não! Em razão da natureza comunitária entre os filiados do clube e condôminos (sem fins lucrativos, filiados do clube e condôminos (sem fins lucrativos, portanto);portanto);

Além disso, pelo fato de os interessados Além disso, pelo fato de os interessados deliberarem o objeto social;deliberarem o objeto social;

Posição do STJ: Julgado: RE 310.953/SPPosição do STJ: Julgado: RE 310.953/SP

A associação desportiva e condomínios não se A associação desportiva e condomínios não se enquadram no conceito de fornecedores!enquadram no conceito de fornecedores!

Page 27: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Como se preparar para o Exame de Ordem. 1.4 1Como se preparar para o Exame de Ordem. 1.4 1 (OAB/MT – Exame 02/2005). O (OAB/MT – Exame 02/2005). O CDC é um conjunto de normas: CDC é um conjunto de normas:

(A) De ordem pública e interesse social e, portanto, de (A) De ordem pública e interesse social e, portanto, de natureza relativa.natureza relativa.

(B) De ordem pública e interesse social e, portanto, de (B) De ordem pública e interesse social e, portanto, de natureza cogente.natureza cogente.

(C) Cuja aplicação pode ser excluída por cláusula contratual.(C) Cuja aplicação pode ser excluída por cláusula contratual.

(D) Cuja aplicação pode ser excluída por vontade do (D) Cuja aplicação pode ser excluída por vontade do consumidor.consumidor.

Page 28: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

RESPOSTARESPOSTA

Como se preparar para o Exame de Ordem. 1.4 1Como se preparar para o Exame de Ordem. 1.4 1 (OAB/MT – Exame (OAB/MT – Exame 02/2005). O CDC é um conjunto de normas: 02/2005). O CDC é um conjunto de normas:

(B) De ordem pública e interesse social e, (B) De ordem pública e interesse social e, portanto, de natureza cogente.portanto, de natureza cogente.

CDC. Art. 1º O presente código estabelece normas de proteção e defesa do CDC. Art. 1º O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, consumidor, de ordem pública e interesse socialde ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. , nos termos dos arts. 5º, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas 5º, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.Disposições Transitórias.

Page 29: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Como se preparar para o Exame de Ordem. 2.4 3Como se preparar para o Exame de Ordem. 2.4 3 (OAB/MG – Exame 04/2009). Em qual (OAB/MG – Exame 04/2009). Em qual das alternativas abaixo não há relação de consumo: das alternativas abaixo não há relação de consumo:

(A) Paciente e dentista em tratamento dentário.(A) Paciente e dentista em tratamento dentário.

(B) Mecânico e loja de peças em compra e venda de peças (B) Mecânico e loja de peças em compra e venda de peças automotivas para os carros em conserto na oficina.automotivas para os carros em conserto na oficina.

(C) Correntista e instituição financeira na relação de guarda e (C) Correntista e instituição financeira na relação de guarda e depósito de dinheiro em conta-corrente.depósito de dinheiro em conta-corrente.

(D) Cliente e restaurante na compra e venda de marmitas para o (D) Cliente e restaurante na compra e venda de marmitas para o almoço de uma família.almoço de uma família.

Page 30: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

RESPOSTARESPOSTA

Como se preparar para o Exame de Ordem. 2.4 3Como se preparar para o Exame de Ordem. 2.4 3 (OAB/MG – Exame (OAB/MG – Exame 04/2009). Em qual das alternativas abaixo não há 04/2009). Em qual das alternativas abaixo não há

relação de consumo:relação de consumo:

(B) Mecânico e loja de peças em compra e (B) Mecânico e loja de peças em compra e venda de peças automotivas para os carros venda de peças automotivas para os carros em conserto na oficina.em conserto na oficina.

Page 31: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Questões comentadas dos exames da OAB. 5.1 pág. 309Questões comentadas dos exames da OAB. 5.1 pág. 309 (OAB/MG – Exame unificado (OAB/MG – Exame unificado 2007.3). No que se refere ao campo de aplicação do Código de 2007.3). No que se refere ao campo de aplicação do Código de Defesa do Consumidor, assinale a opção correta: Defesa do Consumidor, assinale a opção correta:

(A) O conceito de consumidor restringe-se às pessoas físicas que (A) O conceito de consumidor restringe-se às pessoas físicas que adquirem produtos como destinatárias finais da comercialização de adquirem produtos como destinatárias finais da comercialização de bens no mercado de consumo.bens no mercado de consumo.

(B) O conceito de fornecedor envolve o fabricante, o construtor, o (B) O conceito de fornecedor envolve o fabricante, o construtor, o produtor, o importador e comerciante, os quais responderão produtor, o importador e comerciante, os quais responderão solidariamente sempre que ocorrer dano indenizável ao consumidor.solidariamente sempre que ocorrer dano indenizável ao consumidor.

(C) O conceito de produto é definido como o conjunto de bens (C) O conceito de produto é definido como o conjunto de bens corpóreos, móveis ou imóveis, que sejam oferecidos pelos corpóreos, móveis ou imóveis, que sejam oferecidos pelos fornecedores para consumo pelos adquirentes.fornecedores para consumo pelos adquirentes.

(D) O conceito de serviços engloba qualquer atividade oferecida no (D) O conceito de serviços engloba qualquer atividade oferecida no mercado de consumo, mediante remuneração, salvo as decorrentes mercado de consumo, mediante remuneração, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.das relações de caráter trabalhista.

Page 32: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

RESPOSTARESPOSTA

Questões comentadas dos exames da OAB. 5.1 pág. 309Questões comentadas dos exames da OAB. 5.1 pág. 309 (OAB/MG – Exame unificado (OAB/MG – Exame unificado 2007.3). No que se refere ao campo de aplicação 2007.3). No que se refere ao campo de aplicação do Código de Defesa do Consumidor, assinale a do Código de Defesa do Consumidor, assinale a opção correta:opção correta:

(D) O conceito de serviços engloba qualquer (D) O conceito de serviços engloba qualquer atividade oferecida no mercado de consumo, atividade oferecida no mercado de consumo, mediante remuneração, salvo as decorrentes das mediante remuneração, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.relações de caráter trabalhista.

CDC. Art. 3º (...)CDC. Art. 3º (...)

§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante § 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

Page 33: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Questões comentadas dos exames da OAB. 5.1 pág. 310Questões comentadas dos exames da OAB. 5.1 pág. 310 (questão simulada). De (questão simulada). De acordo com o CDC, não há relação de consumo:acordo com o CDC, não há relação de consumo:

(A) Entre o dentista e o paciente, para a prestação de (A) Entre o dentista e o paciente, para a prestação de serviços de clareamento dental.serviços de clareamento dental.

(B) Entre o correntista e a instituição financeira, no serviço (B) Entre o correntista e a instituição financeira, no serviço de conta-corrente.de conta-corrente.

(C) Entre o condomínio e condômino.(C) Entre o condomínio e condômino.

(D) Entre o prestador de serviço de energia elétrica e o (D) Entre o prestador de serviço de energia elétrica e o usuário final.usuário final.

Page 34: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

RESPOSTARESPOSTA

Questões comentadas dos exames da OAB. 5.1 pág. 310Questões comentadas dos exames da OAB. 5.1 pág. 310 (questão (questão simulada). simulada). De acordo com o CDC, De acordo com o CDC, não há relação de consumo: não há relação de consumo:

(C) Entre o condomínio e (C) Entre o condomínio e condômino.condômino.

Art. 2º e 3º do CDC.Art. 2º e 3º do CDC.

Page 35: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Lei 8.078, de 11 de setembro de Lei 8.078, de 11 de setembro de 19901990

Da Política Nacional das Da Política Nacional das Relações de Consumo ConsumoRelações de Consumo Consumo

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A política Nacional de Relações de Consumo introduzida pelo art. A política Nacional de Relações de Consumo introduzida pelo art. 4º da Lei 8.078/1990 visa o atendimento das necessidades dos 4º da Lei 8.078/1990 visa o atendimento das necessidades dos consumidores, consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumotransparência e harmonia das relações de consumo (art. 4º (art. 4º do CDC);do CDC);

CDC. Art. 4º (...)CDC. Art. 4º (...);; I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado

de consumo; de consumo; (presunção absoluta da pessoa física – consumidor.) (presunção absoluta da pessoa física – consumidor.)

II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:consumidor:

a) por iniciativa direta; a) por iniciativa direta; (Exemplo: capacidade postulatória ativa: PROCON)(Exemplo: capacidade postulatória ativa: PROCON)

b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas; representativas; (Exemplo: IDEC – estimula a propositura de ações indiretamente)(Exemplo: IDEC – estimula a propositura de ações indiretamente)

c) pela presença do Estado no mercado de consumo;c) pela presença do Estado no mercado de consumo;

Page 37: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. (Exemplo de agência (Exemplo de agência executiva que cuida do tema dos padrões de metrologia no Brasil – INMETRO. Foi a primeira agencia executiva que cuida do tema dos padrões de metrologia no Brasil – INMETRO. Foi a primeira agencia executiva do nosso país).executiva do nosso país).

III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;nas relações entre consumidores e fornecedores;

IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo; consumo; (Imprescindível não só a informação, mas também com o objetivo de educar, informando a (Imprescindível não só a informação, mas também com o objetivo de educar, informando a população dos direitos que ela tem).população dos direitos que ela tem).

V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo; de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo; ((RecallRecall é é exemplo de chamamento do consumidor para resolver problemas de segurança: exemplo de atuação do exemplo de chamamento do consumidor para resolver problemas de segurança: exemplo de atuação do fornecedor tentando proteger o consumidor).fornecedor tentando proteger o consumidor).

Page 38: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores;prejuízos aos consumidores;

VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;

VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo.VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo.

Art. 5º Para a execução da Política Nacional das Relações Art. 5º Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outrosinstrumentos, entre outros::

I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente;consumidor carente;

Page 39: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público;Consumidor, no âmbito do Ministério Público;

III - criação de delegacias de polícia especializadas no III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo;de consumo;

IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo;Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo;

V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor.das Associações de Defesa do Consumidor.

Page 40: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Lei 8.078, de 11 de setembro de Lei 8.078, de 11 de setembro de 19901990

Dos Direitos Básicos dos Dos Direitos Básicos dos Consumidores!Consumidores!

Page 41: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Assim como a Política Nacional das Relações de Consumo, os Assim como a Política Nacional das Relações de Consumo, os direitos dos consumidores inscritos no art. 6º do CDC se direitos dos consumidores inscritos no art. 6º do CDC se manifestam também em outros dispositivos do CDC para manifestam também em outros dispositivos do CDC para tratamento mais específicos;tratamento mais específicos;

CDC. Art. 6º São direitos básicos do CDC. Art. 6º São direitos básicos do consumidorconsumidor::

I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou produtos e serviços considerados perigosos ou nocivosnocivos;;

Page 42: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Por esse direito básico do consumidor é possível Por esse direito básico do consumidor é possível afirmar que não se pode colocar produto nocivo ao afirmar que não se pode colocar produto nocivo ao consumidor no mercado de consumo?consumidor no mercado de consumo?

Page 43: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Não, pois o veneno é nocivo e é colocado no mercado para matar Não, pois o veneno é nocivo e é colocado no mercado para matar insetos. O direito básico não impede a colocação de produtos e insetos. O direito básico não impede a colocação de produtos e serviços com nocividade e periculosidade razoável no mercado de serviços com nocividade e periculosidade razoável no mercado de consumo;consumo;

Há necessidade de informação ostensiva e adequada sobre os Há necessidade de informação ostensiva e adequada sobre os riscos: informações ostensivas e adequadas sobre os riscos;riscos: informações ostensivas e adequadas sobre os riscos;

Essa nocividade e periculosidade não podem ser de alto grau. Essa nocividade e periculosidade não podem ser de alto grau. Arts. 9º e 10 do CDC:Arts. 9º e 10 do CDC:

CDC. Art. 9ºCDC. Art. 9º O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidadeadequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da , sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.

CDC. Art. 10CDC. Art. 10. O fornecedor . O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de apresentar alto grau de nocividadenocividade ou periculosidade à saúde ou segurança. ou periculosidade à saúde ou segurança.

Page 44: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

II - a educação e divulgação sobre o II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas escolha e a igualdade nas contrataçõescontratações;;

Referido inciso possui o escopo de estabelecer o equilíbrio nas Referido inciso possui o escopo de estabelecer o equilíbrio nas relações de consumo para a concretização do princípio relações de consumo para a concretização do princípio constitucional da IGUALDADE, vale dizer, não pode haver constitucional da IGUALDADE, vale dizer, não pode haver

discriminação para com os consumidores!discriminação para com os consumidores!

Page 45: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

III - a informação adequada e clara sobre os III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentemriscos que apresentem;;

Só tem liberdade de escolha mínima se proporcionar informação correta, sem enganar Só tem liberdade de escolha mínima se proporcionar informação correta, sem enganar ou ludibriar o consumidor.ou ludibriar o consumidor.

IV - a proteção contra a publicidade enganosa e IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviçose serviços;;

Exemplo: venda casada: vincular venda, ou prestação de serviço a outro. Ex.: O Exemplo: venda casada: vincular venda, ou prestação de serviço a outro. Ex.: O banco só faz o empréstimo mediante contratação de seguro!banco só faz o empréstimo mediante contratação de seguro! Cite-se, também, tarifa de telefonia, planos de telefonia celular e fidelização:Cite-se, também, tarifa de telefonia, planos de telefonia celular e fidelização:

Page 46: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

V - a modificação das cláusulas contratuais que V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosastornem excessivamente onerosas;;

Ex.: contrato de leasing – reajuste vinculado a variação do dólar enseja Ex.: contrato de leasing – reajuste vinculado a variação do dólar enseja revisão contratual! Revisão contratual em razão dos juros compostos, taxa revisão contratual! Revisão contratual em razão dos juros compostos, taxa de abertura de crédito, taxa de emissão de carnê;de abertura de crédito, taxa de emissão de carnê;

Mitigação do princípio Mitigação do princípio pacta sunt servandapacta sunt servanda!!

CDC. Art. 47CDC. Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas . As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais de maneira mais favorável ao consumidorfavorável ao consumidor..

CDC. Art. 51CDC. Art. 51. . São nulas de pleno direitoSão nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas , entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:

IV - IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidadeboa-fé ou a eqüidade;;

Page 47: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

VI - a efetiva prevenção e reparação de VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusoscoletivos e difusos;;

Exemplo: cheque pós-datado descontado antes da data - SÚMULA Exemplo: cheque pós-datado descontado antes da data - SÚMULA STJ Nº 370:STJ Nº 370:

““Caracteriza dano moral a apresentação Caracteriza dano moral a apresentação antecipada antecipada de cheque de cheque pré-datado.”pré-datado.”

Page 48: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

VII - o acesso aos órgãos judiciários e VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitadosadministrativa e técnica aos necessitados;;

Tal direito está relacionado com o mandamento do art. 5º, inciso I Tal direito está relacionado com o mandamento do art. 5º, inciso I do CDC, senão vejamos:do CDC, senão vejamos:

CDC. Art. 5º Para a execução da Política Nacional das Relações de CDC. Art. 5º Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, os seguintes instrumentos, entre outrosentre outros::

I - I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carentepara o consumidor carente;;

Page 49: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com inclusive com a inversão do ônus da provaa inversão do ônus da prova, a , a seu favor, no processo civil, quando, seu favor, no processo civil, quando, a a critério do juizcritério do juiz, , for verossímil a alegaçãofor verossímil a alegação ou ou quando for ele hipossuficiente, segundo as quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiênciasregras ordinárias de experiências;;

Trata-se da inversão do Trata-se da inversão do onus probandionus probandi!!

A inversão do ônus da prova se dará a critério do juiz quando houver:A inversão do ônus da prova se dará a critério do juiz quando houver:

verossimilhança das alegações; verossimilhança das alegações; OUOU

hipossuficiência do consumidorhipossuficiência do consumidor

Ex.: risco no carro em shopping, sumiço do estepe no porta-malas, bens Ex.: risco no carro em shopping, sumiço do estepe no porta-malas, bens (relógio, caneta, valores pecuniários etc.) na queda do avião TAM, problema (relógio, caneta, valores pecuniários etc.) na queda do avião TAM, problema no reverso;no reverso;

Page 50: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Melhor momento para inversão do ônus da provaMelhor momento para inversão do ônus da prova ::

- 1ª corrente- 1ª corrente: : a inversão deverá ocorrer no despacho da a inversão deverá ocorrer no despacho da inicialinicial. Porém, esse ainda é um momento . Porém, esse ainda é um momento um pouco cedo para um pouco cedo para verificar um dos dois requisitos (verossimilhança das alegações e verificar um dos dois requisitos (verossimilhança das alegações e hipossuficiência das alegações). Essa é a críticahipossuficiência das alegações). Essa é a crítica. Essa corrente é . Essa corrente é minoritária e não prevalece;minoritária e não prevalece;

- 2ª corrente- 2ª corrente: : a inversão deverá ocorrer no momento da a inversão deverá ocorrer no momento da sentençasentença. Fundamento: ônus da prova é regra de julgamento e . Fundamento: ônus da prova é regra de julgamento e assim o momento oportuno seria o momento da sentença. A crítica a assim o momento oportuno seria o momento da sentença. A crítica a essa corrente é que por mais que tenha sentido, pode-se considerar essa corrente é que por mais que tenha sentido, pode-se considerar que é um momento um pouco tarde. que é um momento um pouco tarde. Existe a possibilidade de Existe a possibilidade de violação do contraditório e ampla defesaviolação do contraditório e ampla defesa . Corrente majoritária. Corrente majoritária

- 3ª corrente- 3ª corrente: : momento da inversão é até a fase de momento da inversão é até a fase de saneamentosaneamento. . FundamentoFundamento: ônus da prova é regra de procedimento. : ônus da prova é regra de procedimento. O segundo argumento O segundo argumento é que não vai pegar ninguém de surpresa é que não vai pegar ninguém de surpresa e assim não há violação dos princípios do contraditório e e assim não há violação dos princípios do contraditório e ampla defesaampla defesa;;

Page 51: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

X - a adequada e eficaz X - a adequada e eficaz prestação dos serviços prestação dos serviços públicos em geralpúblicos em geral..

Page 52: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990

Do Direito de Demandar e suas Do Direito de Demandar e suas consequências no Código de Defesa consequências no Código de Defesa do Consumidor!do Consumidor!

Page 53: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

O consumidor possui foro privilegiadoO consumidor possui foro privilegiado!!

CDC. Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de CDC. Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes normas:deste título, serão observadas as seguintes normas:

I - a ação pode ser proposta no I - a ação pode ser proposta no domicílio do autordomicílio do autor;;

Com esse preceito, o CDC estabeleceu mais uma exceção ao art. Com esse preceito, o CDC estabeleceu mais uma exceção ao art. 94 do CPC, que fixa como regra geral de competência o 94 do CPC, que fixa como regra geral de competência o foro do foro do domicílio do réu!domicílio do réu!

Page 54: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Referida regra está em consonância com o artigo 6º, inciso Referida regra está em consonância com o artigo 6º, inciso VII e VIII do CDC, vejamos:VII e VIII do CDC, vejamos:

VII - o acesso aos órgãos judiciários e VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitadosadministrativa e técnica aos necessitados;;

VIII - a facilitação da defesa de seus direitosVIII - a facilitação da defesa de seus direitos (...); (...);

Page 55: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

RESPONSABILIDADE OBJETIVARESPONSABILIDADE OBJETIVA!!

Adoção da Teoria do Risco Integral da Atividade!Adoção da Teoria do Risco Integral da Atividade!

Na sistemática consumerista Na sistemática consumerista não há necessidade comprovarnão há necessidade comprovar::

a) prova do dano;a) prova do dano;

b) do nexo de causalidade entre a ação ou omissão do agente e o dano;b) do nexo de causalidade entre a ação ou omissão do agente e o dano;

c) da culpa (imprudência, negligência e imperícia);c) da culpa (imprudência, negligência e imperícia);

Com o advento do CDC., basta o consumidor comprovar:Com o advento do CDC., basta o consumidor comprovar:

a) a prova do dano ea) a prova do dano e

b) nexo de causalidade com o agente;b) nexo de causalidade com o agente;

Page 56: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

CDC. Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, CDC. Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador nacional ou estrangeiro, e o importador

respondem, independentemente respondem, independentemente da existência de culpada existência de culpa, pela reparação , pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.sua utilização e riscos.

Page 57: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

A responsabilidade objetiva A responsabilidade objetiva não se aplicanão se aplica aos profissionais aos profissionais liberais (advogados, médicos etc), senão vejamos:liberais (advogados, médicos etc), senão vejamos:

CDC. Art. 14. (...).CDC. Art. 14. (...).

§ 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais § 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada liberais será apurada mediante a verificação mediante a verificação de culpade culpa..

Logo a responsabilidade do profissional liberal é SUBJETIVA!Logo a responsabilidade do profissional liberal é SUBJETIVA!

Cuidado: obrigação de meio e de resultado (cirurgia plástica)!Cuidado: obrigação de meio e de resultado (cirurgia plástica)!

Page 58: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Vedação da denunciação da lideVedação da denunciação da lide!!

CDC. Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo CDC. Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código, a ação de regresso poderá único deste código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da lidevedada a denunciação da lide..

Considerando que o Código de Defesa do Consumidor – CDC - possui características de proteção ao consumidor, um de seus fundamentos é a efetivação dos direitos básicos de maneira mais rápida possível, mister quando tratar de reparação de danos decorrentes da relação de consumo, justifica-se a vedação legal!

Page 59: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Em caso de moraEm caso de mora!!

CDC. Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que CDC. Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que envolva envolva outorga de crédito ou concessão de financiamentooutorga de crédito ou concessão de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e adequadamente sobre:requisitos, informá-lo prévia e adequadamente sobre:

§ 1º As multas de mora decorrentes do § 1º As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigações no seu termo inadimplemento de obrigações no seu termo não não poderão ser superiores a dois por poderão ser superiores a dois por cento do valor da prestaçãocento do valor da prestação..

§ 2º É assegurado ao consumidor a liquidação § 2º É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente, antecipada do débito, total ou parcialmente, mediante redução proporcional dos juros e demais mediante redução proporcional dos juros e demais acréscimosacréscimos..

Page 60: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Prazo de ReflexãoPrazo de Reflexão!!

CDC. Art. 49CDC. Art. 49. . O consumidor pode O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 desistir do contrato, no prazo de 7 diasdias a contar de sua assinatura ou do ato de a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.domicílio.

Page 61: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Como se preparar para o Exame de Ordem. 4Como se preparar para o Exame de Ordem. 4 (OAB/PR – Exame 02/2007). (OAB/PR – Exame 02/2007). Sobre a inversão do ônus da prova, assinale a alternativa Sobre a inversão do ônus da prova, assinale a alternativa INCORRETA: INCORRETA:

(A) Cabe quando o consumidor é hipossuficiente.(A) Cabe quando o consumidor é hipossuficiente.

(B) Cabe quando, a critério do juiz da causa, a alegação do (B) Cabe quando, a critério do juiz da causa, a alegação do consumidor for verossímil.consumidor for verossímil.

(C) Não pode ser aplicada quando o prestador de serviço é (C) Não pode ser aplicada quando o prestador de serviço é o Poder Público.o Poder Público.

(D) Visa à facilitação da defesa dos direitos do consumidor.(D) Visa à facilitação da defesa dos direitos do consumidor.

Page 62: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

RESPOSTARESPOSTA

Como se preparar para o Exame de Ordem. 4Como se preparar para o Exame de Ordem. 4 (OAB/PR – Exame (OAB/PR – Exame 02/2007). Sobre a inversão do ônus da prova, 02/2007). Sobre a inversão do ônus da prova, assinale a alternativa INCORRETA: assinale a alternativa INCORRETA:

(C) Não pode ser aplicada quando o prestador de (C) Não pode ser aplicada quando o prestador de serviço é o Poder Público.serviço é o Poder Público.

Page 63: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Como se preparar para o Exame de Ordem. 6Como se preparar para o Exame de Ordem. 6 (OAB/RS – Exame 02/2007). Em relação (OAB/RS – Exame 02/2007). Em relação à tutela do consumidor, assinale a assertiva correta: à tutela do consumidor, assinale a assertiva correta:

(A) A responsabilidade dos profissionais liberais é objetiva.(A) A responsabilidade dos profissionais liberais é objetiva.

(B) Os contratos de crédito não são amparados no âmbito do (B) Os contratos de crédito não são amparados no âmbito do Código de Defesa do Consumidor.Código de Defesa do Consumidor.

(C) As multas de mora não podem ser superiores a 2% do valor da (C) As multas de mora não podem ser superiores a 2% do valor da prestação.prestação.

(D) O consumidor não tem o direito de arrepender-se das compras (D) O consumidor não tem o direito de arrepender-se das compras feitas em seu domicílio.feitas em seu domicílio.

Page 64: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

RESPOSTARESPOSTA

Como se preparar para o Exame de Ordem. 6Como se preparar para o Exame de Ordem. 6 (OAB/RS – Exame 02/2007). Em (OAB/RS – Exame 02/2007). Em relação à tutela do consumidor, assinale a assertiva correta: relação à tutela do consumidor, assinale a assertiva correta:

(C) As multas de mora não podem ser (C) As multas de mora não podem ser superiores a 2% do valor da prestação.superiores a 2% do valor da prestação.

CDC. Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que envolva CDC. Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou concessão de financiamentooutorga de crédito ou concessão de financiamento ao consumidor (...); ao consumidor (...);

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Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço.Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço.

CDC. Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou CDC. Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

§ 1º O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que § 1º O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:circunstâncias relevantes, entre as quais:

I - sua apresentação; II - o uso e os riscos que razoavelmente dele I - sua apresentação; II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi colocado em circulação.se esperam; III - a época em que foi colocado em circulação.

§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de § 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercadooutro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado..

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EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE (art. 12, §3º):EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE (art. 12, §3º):

§ 3º O fabricante, o construtor, o produtor ou importador § 3º O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizadosó não será responsabilizado quando provar quando provar::

I - que não colocou o produto no mercado; I - que não colocou o produto no mercado; (lote que estava (lote que estava separado para descarte e foi furtado)separado para descarte e foi furtado);;

II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;defeito inexiste;

III - a culpa III - a culpa exclusivaexclusiva do consumidor ou de terceiro. do consumidor ou de terceiro. (IMPORTANTE: a culpa concorrente do consumidor NÃO EXCLUI, entretanto (IMPORTANTE: a culpa concorrente do consumidor NÃO EXCLUI, entretanto atenua a responsabilidade do fornecedor. Ex.: veneno para matar barata – atenua a responsabilidade do fornecedor. Ex.: veneno para matar barata – veneno ao alcance do bebê)veneno ao alcance do bebê)

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CDC. Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos CDC. Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:termos do artigo anterior, quando:

I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não não puderem ser identificadospuderem ser identificados;;

II - o produto for fornecido II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importadorfabricante, produtor, construtor ou importador;;

III - III - não conservar adequadamentenão conservar adequadamente os produtos perecíveis. os produtos perecíveis.

Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os demais poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso.danoso.

Conserva o direito de regresso, mas, não pode denunciar (art. 88 Conserva o direito de regresso, mas, não pode denunciar (art. 88 do CDC)! do CDC)!

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Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço.Serviço.

Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidadevícios de qualidade ou quantidade que os tornem que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadaspartes viciadas..

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CDC. ART. 18. § 1º Não sendo o vício sanado CDC. ART. 18. § 1º Não sendo o vício sanado no no prazo máximo de trinta diasprazo máximo de trinta dias, , pode o pode o consumidorconsumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: exigir, alternativamente e à sua escolha:

I - a I - a substituição do produtosubstituição do produto por outro da mesma por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;espécie, em perfeitas condições de uso;

II - II - a restituição imediataa restituição imediata da quantia paga, da quantia paga, monetariamente atualizada, monetariamente atualizada, sem prejuízo de sem prejuízo de eventuais perdas e danoseventuais perdas e danos;;

III - III - o abatimento proporcional do preçoo abatimento proporcional do preço..

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Antes de qualquer coisa o fornecedor tem o prazo de 30 dias Antes de qualquer coisa o fornecedor tem o prazo de 30 dias para sanar o vício. Este prazo pode ser convencionado pelas para sanar o vício. Este prazo pode ser convencionado pelas partes e será de no mínimo 7 e no máximo 180 dias. Art. 18, § partes e será de no mínimo 7 e no máximo 180 dias. Art. 18, § 2º CDC:2º CDC:

§ 2º Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação § 2º Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta diasinferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos . Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor;expressa do consumidor;

§ 5º No caso de § 5º No caso de fornecimento de produtos in naturafornecimento de produtos in natura, será , será responsável perante o consumidor responsável perante o consumidor o fornecedor imediatoo fornecedor imediato, , exceto quando identificado claramente seu produtorexceto quando identificado claramente seu produtor..

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CDC. Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos CDC. Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolhaconsumidor exigir, alternativamente e à sua escolha::

I - o abatimento proporcional do preço;I - o abatimento proporcional do preço;

II - complementação do peso ou medida;II - complementação do peso ou medida;

III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios;ou modelo, sem os aludidos vícios;

IV - a restituição IV - a restituição imediataimediata da quantia paga, monetariamente da quantia paga, monetariamente atualizada, atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danossem prejuízo de eventuais perdas e danos..

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CDC. Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por CDC. Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á objetivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de reposição originais adequados e novos, ou componentes de reposição originais adequados e novos, ou que mantenham as especificações técnicas do fabricanteque mantenham as especificações técnicas do fabricante, , salvo, quanto a estes últimos, autorização em salvo, quanto a estes últimos, autorização em contrário do consumidorcontrário do consumidor..

CDC. Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, CDC. Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, de empreendimento, são obrigados a fornecer são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuosquanto aos essenciais, contínuos. (água, luz, . (água, luz, saúde etc)saúde etc)

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CDC. Art. 23. CDC. Art. 23. A ignorância do fornecedorA ignorância do fornecedor sobre os vícios sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não não o exime de responsabilidadeo exime de responsabilidade..

CDC. Art. 25. CDC. Art. 25. É vedada a estipulação contratual de É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizarobrigação de indenizar prevista nesta e nas seções prevista nesta e nas seções anteriores;anteriores;

§ 1º § 1º Havendo mais de um responsávelHavendo mais de um responsável pela causação do pela causação do dano, dano, todos responderão solidariamentetodos responderão solidariamente pela pela reparação prevista nesta e nas seções anteriores.reparação prevista nesta e nas seções anteriores.

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Da Decadência e da PrescriçãoDa Decadência e da Prescrição..

Art. 26. O direito de reclamar pelos Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou vícios aparentes ou de fácil constataçãode fácil constatação caduca em: caduca em:

I - I - trinta diastrinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de , tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;produtos não duráveis; (dedetização) (dedetização)

II - II - noventa diasnoventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e , tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.de produtos duráveis.

§ 1º Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da § 1º Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.serviços.

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§ 2º Obstam a decadência§ 2º Obstam a decadência::

I - a I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidorreclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta até a resposta negativanegativa correspondente, que deve ser transmitida de forma correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;inequívoca;

II - (Vetado).II - (Vetado).

III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.

§ 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-§ 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeitose no momento em que ficar evidenciado o defeito..

Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoriado prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria..

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Da Desconsideração da Personalidade JurídicaDa Desconsideração da Personalidade Jurídica

CDC. Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade CDC. Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, jurídica da sociedade quando, em detrimento do em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administraçãoda pessoa jurídica provocados por má administração..

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CDC. Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta CDC. Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a enquanto não cessar a fabricação ou importação do produtofabricação ou importação do produto..

Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei.ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei.

Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolhaconsumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha::

I - I - exigir o cumprimento forçado da obrigaçãoexigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, , nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;apresentação ou publicidade;

II - II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalenteaceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;;

III - III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danosdanos..

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CDC. Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou CDC. Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.abusiva.

§ 1º É enganosa§ 1º É enganosa qualquer modalidade de informação ou qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.produtos e serviços.

§ 2º É abusiva§ 2º É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória , dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.segurança.

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CDC. Art. 40. O fornecedor de serviço CDC. Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévioao consumidor orçamento prévio discriminando o valor discriminando o valor da da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos serviçostérmino dos serviços..

§ 1º § 1º Salvo estipulação em contrárioSalvo estipulação em contrário, o valor orçado , o valor orçado terá terá validade pelo prazo de dez diasvalidade pelo prazo de dez dias, , contado de seu recebimento contado de seu recebimento pelo consumidorpelo consumidor..

§ 2º Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os § 2º Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e somente pode ser contraentes e somente pode ser alterado mediante livre alterado mediante livre negociação das partesnegociação das partes..

§ 3º § 3º O consumidor não responde por quaisquer ônus ou O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da contratação de serviços de terceiros acréscimos decorrentes da contratação de serviços de terceiros não previstos no orçamento prévionão previstos no orçamento prévio..

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Da Cobrança de DívidasDa Cobrança de Dívidas

Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaçatipo de constrangimento ou ameaça..

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificávelengano justificável..

CUIDADO É NOVO! CDC. Art. 42-A. CUIDADO É NOVO! CDC. Art. 42-A. Em todos os documentos Em todos os documentos de cobrança de débitos apresentados ao consumidor, de cobrança de débitos apresentados ao consumidor, deverão constar o nome, o endereço e o número de deverão constar o nome, o endereço e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ou no inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ do fornecedor Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ do fornecedor do produto ou serviço correspondentedo produto ou serviço correspondente.(Acrescentado o .(Acrescentado o artigo pela Lei nº 12.039, de 01.10.2009, DOU 02.10.2009)artigo pela Lei nº 12.039, de 01.10.2009, DOU 02.10.2009)

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Dos Bancos de Dados e Cadastros de ConsumidoresDos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores

CDC. Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no CDC. Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações existentes em art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.fontes.

§ 1º Os cadastros e dados de consumidores devem ser § 1º Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, compreensão, não podendo conter informações não podendo conter informações negativas referentes a período superior a negativas referentes a período superior a cinco anoscinco anos..

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§ 2º A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais § 2º A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não solicitada por eleconsumidor, quando não solicitada por ele..

§ 3º O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos § 3º O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata poderá exigir sua imediata correçãocorreção, devendo o arquivista, , devendo o arquivista, no prazo de cinco dias no prazo de cinco dias úteisúteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários , comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas.das informações incorretas.

§ 5º § 5º Consumada a prescrição relativa à cobrança de Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidordébitos do consumidor, , não serão fornecidas, pelos não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo acesso informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedoresao crédito junto aos fornecedores..

Page 83: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

CDC. Art. 47. As cláusulas contratuais CDC. Art. 47. As cláusulas contratuais serão serão interpretadas de maneira mais favorável ao interpretadas de maneira mais favorável ao consumidorconsumidor..

Art. 49. Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 diasprazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.telefone ou a domicílio.

Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediatode imediato, , monetariamente atualizados.monetariamente atualizados.

Page 84: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

CDC. Art. 50. A garantia contratual CDC. Art. 50. A garantia contratual é complementar à é complementar à legallegal e será conferida mediante termo escrito. e será conferida mediante termo escrito.

Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de fornecimento, acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso do produto instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustraçõesem linguagem didática, com ilustrações..

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Do contrato de adesão. .

Conceito: “CDC.Art. 54. Conceito: “CDC.Art. 54. Contrato de adesão é Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu modificar substancialmente seu

conteúdoconteúdo.”.” ; ;

Page 86: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

Das Cláusulas Abusivas – leoninas.Das Cláusulas Abusivas – leoninas.

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços queprodutos e serviços que::

I - I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedordo fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitosou impliquem renúncia ou disposição de direitos. . Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;situações justificáveis;

II - II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolsosubtraiam ao consumidor a opção de reembolso da da quantia já paga, nos casos previstos neste código;quantia já paga, nos casos previstos neste código;

III - III - transfiram responsabilidades a terceirostransfiram responsabilidades a terceiros;;

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IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que abusivas, que coloquem o consumidor em coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidadecom a boa-fé ou a eqüidade;;

V - (Vetado);V - (Vetado);

VI - estabeleçam VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidorconsumidor;;

VII - determinem a VII - determinem a utilização compulsória de utilização compulsória de arbitragemarbitragem;;

VIII - imponham representante para concluir ou realizar VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;outro negócio jurídico pelo consumidor;

Page 88: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

IX - deixem ao IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o fornecedor a opção de concluir ou não o contratocontrato, embora obrigando o consumidor;, embora obrigando o consumidor;

X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateralvariação do preço de maneira unilateral;;

XI - autorizem o fornecedor a cancelar o XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato contrato unilateralmenteunilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao , sem que igual direito seja conferido ao consumidor;consumidor;

XII - obriguem o consumidor a XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de ressarcir os custos de cobrança de sua obrigaçãocobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja , sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor;conferido contra o fornecedor;

XIII - autorizem o fornecedor a XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmentemodificar unilateralmente o o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração;conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração;

Page 89: Curso de Revisão Jurídica - OAB - Direito do Consumidor

XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;ambientais;

XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;consumidor;

XVI - possibilitem a renúncia do direito de XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por indenização por benfeitorias necessáriasbenfeitorias necessárias..

§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vontade que:§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vontade que:

I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence;pertence;

II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;equilíbrio contratual;

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III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.caso.

§ 2º A nulidade de uma cláusula contratual abusiva § 2º A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não não invalida o contratoinvalida o contrato, exceto quando de sua ausência, , exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partesexcessivo a qualquer das partes..

§ 3º (Vetado).§ 3º (Vetado).

§ 4º É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o § 4º É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente represente requerer ao Ministério Públicorequerer ao Ministério Público que ajuíze a que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto neste código ou de contratual que contrarie o disposto neste código ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes.obrigações das partes.