curso de revisão jurídica - oab - direito do consumidor prof. marcelo adriano de o. lopes...

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Curso de Revisão Curso de Revisão Jurídica - OAB - Jurídica - OAB - Direito do Direito do Consumidor Consumidor Prof. Marcelo Adriano de Prof. Marcelo Adriano de O. Lopes O. Lopes [email protected] [email protected]

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  • Curso de Reviso Jurdica - OAB - Direito do Consumidor Prof. Marcelo Adriano de O. Lopes [email protected]
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  • Aspectos relevantes do CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (CDC) Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990
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  • Referncia expressa sobre o direito do consumidor. 1) Primeira referncia foi em 1962, presidente John Kenedy, que enumerou os direitos dos consumidores e levantou a seguinte questo: os direitos dos consumidores sero os novos desafios para o mercado.; 2) A ONU em 1985 traou as diretrizes de uma relao consumerista: o direito do consumidor um direito humano de nova gerao, um direito social e econmico e um direito material do mais fraco.; Resoluo, n 39/248, aprovada pela Assemblia Geral da Organizao das Naes Unidas ONU (sesso plenria de 09-04-1985) foram apontadas as diretrizes de uma enrgica poltica de proteo aos consumidores, cujas necessidades, que se reputaram legtimas, dentre elas se apresentam; f) a possibilidade de efetiva indenizao
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  • Lei 8.078/90 - Art. 1 O presente cdigo estabelece normas de proteo e defesa do consumidor, de ordem pblica e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituio Federal e art. 48 de suas Disposies Transitrias. Defesa do Consumidor tem Fundamento Constitucional. Hierarquia suprema da Constituio Federal. Art. 5 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil (C.F.), inciso XXXII (32) - o Estado promover, na forma da lei, a defesa do consumidor; C.F. Art. 170. A ordem econmica, fundada na valorizao do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existncia digna, conforme os ditames da justia social, observados os seguintes princpios: Artigo 170, inciso V (5) da Constituio Federal - defesa do consumidor;
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  • CDC lei 8078/90: TRS CARACTERSTICAS MAIS IMPORTANTES DO CDC: 1) O CDC um diploma multidisciplinar considerado microssistema multidisciplinar albergando vrias disciplinas: a) regras de direito constitucional, por exemplo, dignidade do consumidor; b) regras de direito civil: reparao e responsabilidade civil do consumidor; c) nus da prova: processo civil;
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  • d) direito administrativo: infraes administrativas; e) alm de tipos penais, por exemplo, o artigo 71 do CDC., vejamos: Art. 71. Utilizar, na cobrana de dvidas, de ameaa, coao, constrangimento fsico ou moral, afirmaes falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridculo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer: Pena Deteno de trs meses a um ano e multa.
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  • 2) CDC tambm lei principiolgica: confere uma serie de princpios com o objetivo de reequilibrar uma relao jurdica que bastante desigual; O Estado reequilibra conferindo direitos aos consumidores (mais fracos) e impondo deveres aos fornecedores (que so os mais fortes da relao);
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  • 3) O CDC alberga regras de ordem pblica e interesse social: isso significa que os direitos do consumidor no podem ser renunciados! So indisponveis! Alm disso, significa dizer que o juiz pode reconhecer de ofcio os direitos do consumidor, ou seja, no podem ser renunciados. Se a situao for Banco um pouco diferente! Se o CDC alberga normas de ordem pblica pode ter clusula abusiva no contrato assinada por pessoa maior e capaz, mas a clusula no subsiste porque o CDC alberga normas de ordem publica e o juiz pode reconhecer a abusividade dessa clusula!
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  • Se tiver clusula abusiva em contrato bancrio, o juiz NO poder reconhecer de oficio a abusividade da clusula!
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  • Superior Tribunal de Justia: STJ - Smula 381: Nos contratos bancrios, vedado ao julgador conhecer, de ofcio, da abusividade das clusulas ; A doutrina abomina essa smula recente, porque qual a diferena entre contrato bancrio e os outros? FEBRABAN - Lobby
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  • Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990 Relao de Consumo
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  • CDC. Art. 2 Consumidor toda pessoa fsica ou jurdica que adquire ou utiliza produto ou servio como destinatrio final. Pargrafo nico. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indeterminveis, que haja intervindo nas relaes de consumo.
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  • Do conceito acima, logo se extra que o destinatrio final, age com vistas ao atendimento de uma necessidade prpria e no para o desenvolvimento de uma outra atividade negocial; Taxista que adquire txi para seu labor, pode ser considerado consumidor? Viao Leme adquire da empresa Mercedes Benz 100 nibus, dentre eles cinco esto com defeitos. Indaga-se. Aplica-se o CDC?
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  • Consumidor por equiparao. 1 conceito. Est no art. 2, pargrafo nico do CDC: Pargrafo nico. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indeterminveis, que haja intervindo nas relaes de consumo.; Por primeiro, temos o fundamento da tutela especfica do consumidor, por exemplo, contra a publicidade abusiva, mesmo no se sabendo o nmero de pessoas atingidas. Mas sero tuteladas pelo CDC! No precisa, portanto, determinar o consumidor. Nada mais do que a proteo dos interesses difusos e coletivos dos consumidores!
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  • Consumidor por equiparao ou bystanders. Perguntas: a) avio da TAM que caiu sobre diversas casas em So Paulo, em razo de defeito no reverso, vitimando vrias pessoas em terra, alm de seus passageiros. Aos atingidos na terra que perderam a vida, patrimnio etc., se aplica o CDC?
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  • b) qualquer pessoa que esteja atravessando a rua e, venha a ser atropelada por um nibus de passageiros (Viao Leme, Rpido Luxo, Cometa, Gontijo etc), far jus aos benefcios do Cdigo de Defesa do Consumidor?
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  • Consumidor por equiparao. 2 conceito. Art. 17 do CDC: trata das vtimas do evento danoso: Art. 17. Para os efeitos desta Seo, equiparam-se aos consumidores todas as vtimas do evento.; aquela que no comprou o produto no mercado, mas sofreu acidente de consumo. Exemplo: no comprou a TV, ganhou. Mas a mesma explodiu em seu rosto; As vtimas do evento danoso so chamadas pela doutrina americana de bystander. Ou seja, so aquelas pessoas (fsicas ou jurdicas, j que a lei no restringe) que mesmo sem serem partcipes da relao de consumo foram atingidas em sua sade ou segurana em virtude do defeito do produto!
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  • 3 conceito: art. 29: todas as pessoas determinveis ou no expostas a prticas comerciais e contratuais; CDC. Art. 29. Para os fins deste Captulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determinveis ou no, expostas s prticas nele previstas;
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  • CDC entre as empresas! Cdigo do Consumidor se aplica entre empresas, diz STJ! O Superior Tribunal de Justia (STJ), cujo presidente o ministro Francisco Cesar Asfor Rocha, reconheceu o entendimento de que o Cdigo de Defesa do Consumidor (CDC), que completa 20 anos em 2010, se aplica tambm entre empresas. O reconhecimento aconteceu durante o julgamento de um recurso do hospital C. T., que recorreu de deciso favorvel Companhia de S. B. de So Paulo; "As pessoas jurdicas sempre devem observar se so destinatrias ou no dos produtos ou servios. Se a resposta for positiva a sempre se aplicar o CDC", orienta Felicio Rosa Valarelli Junior, do Valarelli Advogados Associados;
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  • No processo julgado, as partes discutiam se a relao entre as duas instituies estava sujeita lei consumerista, com vistas aplicao do artigo 42, pargrafo nico, do CDC, que prev, na cobrana de dbitos, que o consumidor inadimplente no ser exposto ao ridculo, nem ser submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaa. Ao analisar a questo, o ministro relator, Francisco Falco, entendeu que, de acordo com o conceito de consumidor expresso no artigo 2 do CDC, esse seria "toda pessoa fsica ou jurdica que adquire ou utiliza produto ou servio como destinatrio final". " luz da lei, a recorrente [C. T.] se constituiu em empresa, em cujo imvel funcionam diversos servios, como mdico- hospitalares, laboratoriais, ambulatoriais, clnicos e correlatos, no apresentando qualquer caracterstica de empreendimento em que haja a produo de produtos a serem comercializados", disse o ministro ;
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  • Para Falco, o que se observa que o empreendimento est voltado para a prestao de servios, sendo certo que a gua fornecida ao imvel da empresa utilizada para a manuteno dos servios e do prprio funcionamento do prdio, como o caso do imvel particular - em que a gua fornecida utilizada para consumo das pessoas que nele moram, bem como para manuteno da residncia. Desse modo, pelo tipo de atividade desenvolvida pela instituio, percebe-se que ela no utiliza a gua como produto a ser integrado em qualquer processo de produo, transformao ou comercializao de outro produto, mas apenas para uso prprio ;
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  • Nesse sentido, de acordo com informaes do STJ, sendo o T. destinatrio final da gua, a empresa est inserida no conceito de consumidor e submetida relao de consumo, devendo, portanto, ser aplicado o artigo 42 do CDC, que estabelece que "o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito repetio do indbito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correo monetria e juros legais, salvo hiptese de engano justificvel; Ou seja, a resposta para saber se a relao havida ou no de consumo est na destinao que ser dada ao produto ou servio. Se a empresa utilizar o produto ou servio como insumo em seu negcio [em regra] no haver aplicao do CDC e a relao comercial ser regida pelo Cdigo Civil! Todavia, caso a empresa no utilize o produto ou servio como matria-prima para sua atividade, a relao havida dever ser - em regra - considerada como relao de consumo!
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  • CDC. Art. 3 Fornecedor toda pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produo, montagem, criao, construo, transformao, importao, exportao, distribuio ou comercializao de produtos ou prestao de servios; 1 Produto qualquer bem, mvel ou imvel, material ou imaterial; 2 Servio qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, MEDIANTE REMUNERAO, inclusive as de natureza bancria, financeira, de crdito e securitria, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista;
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  • Ainda que de forma IRREGULAR, como ocorre, por exemplo, com os vendedores ambulantes que praticam, em sua maioria, atividade ilegal, mas sujeita s normas de consumo, haver a incidncia da Legislao Consumerista! A REMUNERAO elemento indispensvel caracterizao do fornecedor, pois indica o carter profissional da atividade! No entanto, destaque-se que o fornecedor que oferece produtos e servios gratuitamente no est isento das regras consumeristas. A gratuidade apenas um instrumento para seduzir o consumidor; Logo, amostras grtis, servios gratuitos como estacionamentos em bancos, lojas, restaurantes e shoppings centers e, mesmo que haja comunicado de iseno de responsabilidade o CDC ir incidir, haja vista que se trata de norma de ordem pblica!
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  • Irrefragavelmente, no h dvidas quanto aplicao do CDC aos servios bancrios e de Previdncia Privada! SMULAS do Superior Tribunal de Justia. N 297 - O Cdigo de Defesa do Consumidor aplicvel s instituies financeiras. (DJ 09.09.2004 p.00149) N 321 - "O Cdigo de Defesa do Consumidor aplicvel relao jurdica entre a entidade de previdncia privada e seus participantes." (DJ 05.12.2005 p. 410; RDDP vol. 35 p. 232)
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  • Associaes desportivas (clube) ou condomnio aplica o CDC? No! Em razo da natureza comunitria entre os filiados do clube e condminos (sem fins lucrativos, portanto); Alm disso, pelo fato de os interessados deliberarem o objeto social; Posio do STJ: Julgado: RE 310.953/SP A associao desportiva e condomnios no se enquadram no conceito de fornecedores!
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  • Como se preparar para o Exame de Ordem. 1.4 1 (OAB/MT Exame 02/2005). O CDC um conjunto de normas: (A) De ordem pblica e interesse social e, portanto, de natureza relativa. (B) De ordem pblica e interesse social e, portanto, de natureza cogente. (C) Cuja aplicao pode ser excluda por clusula contratual. (D) Cuja aplicao pode ser excluda por vontade do consumidor.
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  • RESPOSTA Como se preparar para o Exame de Ordem. 1.4 1 (OAB/MT Exame 02/2005). O CDC um conjunto de normas: (B) De ordem pblica e interesse social e, portanto, de natureza cogente. CDC. Art. 1 O presente cdigo estabelece normas de proteo e defesa do consumidor, de ordem pblica e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituio Federal e art. 48 de suas Disposies Transitrias.
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  • Como se preparar para o Exame de Ordem. 2.4 3 (OAB/MG Exame 04/2009). Em qual das alternativas abaixo no h relao de consumo: (A) Paciente e dentista em tratamento dentrio. (B) Mecnico e loja de peas em compra e venda de peas automotivas para os carros em conserto na oficina. (C) Correntista e instituio financeira na relao de guarda e depsito de dinheiro em conta-corrente. (D) Cliente e restaurante na compra e venda de marmitas para o almoo de uma famlia.
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  • RESPOSTA Como se preparar para o Exame de Ordem. 2.4 3 (OAB/MG Exame 04/2009). Em qual das alternativas abaixo no h relao de consumo: (B) Mecnico e loja de peas em compra e venda de peas automotivas para os carros em conserto na oficina.
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  • Questes comentadas dos exames da OAB. 5.1 pg. 309 (OAB/MG Exame unificado 2007.3). No que se refere ao campo de aplicao do Cdigo de Defesa do Consumidor, assinale a opo correta: (A) O conceito de consumidor restringe-se s pessoas fsicas que adquirem produtos como destinatrias finais da comercializao de bens no mercado de consumo. (B) O conceito de fornecedor envolve o fabricante, o construtor, o produtor, o importador e comerciante, os quais respondero solidariamente sempre que ocorrer dano indenizvel ao consumidor. (C) O conceito de produto definido como o conjunto de bens corpreos, mveis ou imveis, que sejam oferecidos pelos fornecedores para consumo pelos adquirentes. (D) O conceito de servios engloba qualquer atividade oferecida no mercado de consumo, mediante remunerao, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista.
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  • RESPOSTA Questes comentadas dos exames da OAB. 5.1 pg. 309 (OAB/MG Exame unificado 2007.3). No que se refere ao campo de aplicao do Cdigo de Defesa do Consumidor, assinale a opo correta: (D) O conceito de servios engloba qualquer atividade oferecida no mercado de consumo, mediante remunerao, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista. CDC. Art. 3 (...) 2 Servio qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remunerao, inclusive as de natureza bancria, financeira, de crdito e securitria, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista.
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  • Questes comentadas dos exames da OAB. 5.1 pg. 310 (questo simulada). De acordo com o CDC, no h relao de consumo: (A) Entre o dentista e o paciente, para a prestao de servios de clareamento dental. (B) Entre o correntista e a instituio financeira, no servio de conta-corrente. (C) Entre o condomnio e condmino. (D) Entre o prestador de servio de energia eltrica e o usurio final.
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  • RESPOSTA Questes comentadas dos exames da OAB. 5.1 pg. 310 (questo simulada). De acordo com o CDC, no h relao de consumo: (C) Entre o condomnio e condmino. Art. 2 e 3 do CDC.
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  • Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990 Da Poltica Nacional das Relaes de Consumo Consumo
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  • A poltica Nacional de Relaes de Consumo introduzida pelo art. 4 da Lei 8.078/1990 visa o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito sua dignidade, sade e segurana, a proteo de seus interesses econmicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparncia e harmonia das relaes de consumo (art. 4 do CDC); CDC. Art. 4 (...); I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; (presuno absoluta da pessoa fsica consumidor.) II - ao governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: a) por iniciativa direta; (Exemplo: capacidade postulatria ativa: PROCON) b) por incentivos criao e desenvolvimento de associaes representativas; (Exemplo: IDEC estimula a propositura de aes indiretamente) c) pela presena do Estado no mercado de consumo;
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  • d) pela garantia dos produtos e servios com padres adequados de qualidade, segurana, durabilidade e desempenho. (Exemplo de agncia executiva que cuida do tema dos padres de metrologia no Brasil INMETRO. Foi a primeira agencia executiva do nosso pas). III - harmonizao dos interesses dos participantes das relaes de consumo e compatibilizao da proteo do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econmico e tecnolgico, de modo a viabilizar os princpios nos quais se funda a ordem econmica (art. 170, da Constituio Federal), sempre com base na boa-f e equilbrio nas relaes entre consumidores e fornecedores; IV - educao e informao de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas melhoria do mercado de consumo; (Imprescindvel no s a informao, mas tambm com o objetivo de educar, informando a populao dos direitos que ela tem). V - incentivo criao pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurana de produtos e servios, assim como de mecanismos alternativos de soluo de conflitos de consumo; (Recall exemplo de chamamento do consumidor para resolver problemas de segurana: exemplo de atuao do fornecedor tentando proteger o consumidor).
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  • VI - coibio e represso eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrncia desleal e utilizao indevida de inventos e criaes industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuzos aos consumidores; VII - racionalizao e melhoria dos servios pblicos; VIII - estudo constante das modificaes do mercado de consumo. Art. 5 Para a execuo da Poltica Nacional das Relaes de Consumo, contar o poder pblico com os seguintes instrumentos, entre outros: I - manuteno de assistncia jurdica, integral e gratuita para o consumidor carente;
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  • II - instituio de Promotorias de Justia de Defesa do Consumidor, no mbito do Ministrio Pblico; III - criao de delegacias de polcia especializadas no atendimento de consumidores vtimas de infraes penais de consumo; IV - criao de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a soluo de litgios de consumo; V - concesso de estmulos criao e desenvolvimento das Associaes de Defesa do Consumidor.
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  • Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990 Dos Direitos Bsicos dos Consumidores!
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  • Assim como a Poltica Nacional das Relaes de Consumo, os direitos dos consumidores inscritos no art. 6 do CDC se manifestam tambm em outros dispositivos do CDC para tratamento mais especficos; CDC. Art. 6 So direitos bsicos do consumidor : I - a proteo da vida, sade e segurana contra os riscos provocados por prticas no fornecimento de produtos e servios considerados perigosos ou nocivos;
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  • Por esse direito bsico do consumidor possvel afirmar que no se pode colocar produto nocivo ao consumidor no mercado de consumo?
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  • No, pois o veneno nocivo e colocado no mercado para matar insetos. O direito bsico no impede a colocao de produtos e servios com nocividade e periculosidade razovel no mercado de consumo; H necessidade de informao ostensiva e adequada sobre os riscos: informaes ostensivas e adequadas sobre os riscos; Essa nocividade e periculosidade no podem ser de alto grau. Arts. 9 e 10 do CDC: CDC. Art. 9 O fornecedor de produtos e servios potencialmente nocivos ou perigosos sade ou segurana dever informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuzo da adoo de outras medidas cabveis em cada caso concreto. CDC. Art. 10. O fornecedor no poder colocar no mercado de consumo produto ou servio que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade sade ou segurana.
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  • II - a educao e divulgao sobre o consumo adequado dos produtos e servios, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contrataes; Referido inciso possui o escopo de estabelecer o equilbrio nas relaes de consumo para a concretizao do princpio constitucional da IGUALDADE, vale dizer, no pode haver discriminao para com os consumidores!
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  • III - a informao adequada e clara sobre os diferentes produtos e servios, com especificao correta de quantidade, caractersticas, composio, qualidade e preo, bem como sobre os riscos que apresentem; S tem liberdade de escolha mnima se proporcionar informao correta, sem enganar ou ludibriar o consumidor. IV - a proteo contra a publicidade enganosa e abusiva, mtodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra prticas e clusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e servios; Exemplo: venda casada: vincular venda, ou prestao de servio a outro. Ex.: O banco s faz o emprstimo mediante contratao de seguro! Cite-se, tambm, tarifa de telefonia, planos de telefonia celular e fidelizao:
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  • V - a modificao das clusulas contratuais que estabeleam prestaes desproporcionais ou sua reviso em razo de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; Ex.: contrato de leasing reajuste vinculado a variao do dlar enseja reviso contratual! Reviso contratual em razo dos juros compostos, taxa de abertura de crdito, taxa de emisso de carn; Mitigao do princpio pacta sunt servanda! CDC. Art. 47. As clusulas contratuais sero interpretadas de maneira mais favorvel ao consumidor. CDC. Art. 51. So nulas de pleno direito, entre outras, as clusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e servios que: IV - estabeleam obrigaes consideradas inquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatveis com a boa-f ou a eqidade;
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  • VI - a efetiva preveno e reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; Exemplo: cheque ps-datado descontado antes da data - SMULA STJ N 370: Caracteriza dano moral a apresentao antecipada de cheque pr-datado.
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  • VII - o acesso aos rgos judicirios e administrativos com vistas preveno ou reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteo Jurdica, administrativa e tcnica aos necessitados ; Tal direito est relacionado com o mandamento do art. 5, inciso I do CDC, seno vejamos: CDC. Art. 5 Para a execuo da Poltica Nacional das Relaes de Consumo, contar o poder pblico com os seguintes instrumentos, entre outros: I - manuteno de assistncia jurdica, integral e gratuita para o consumidor carente;
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  • VIII - a facilitao da defesa de seus direitos, inclusive com a inverso do nus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critrio do juiz, for verossmil a alegao ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinrias de experincias ; Trata-se da inverso do onus probandi! A inverso do nus da prova se dar a critrio do juiz quando houver: verossimilhana das alegaes; OU hipossuficincia do consumidor Ex.: risco no carro em shopping, sumio do estepe no porta-malas, bens (relgio, caneta, valores pecunirios etc.) na queda do avio TAM, problema no reverso;
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  • Melhor momento para inverso do nus da prova: - 1 corrente: a inverso dever ocorrer no despacho da inicial. Porm, esse ainda um momento um pouco cedo para verificar um dos dois requisitos (verossimilhana das alegaes e hipossuficincia das alegaes). Essa a crtica. Essa corrente minoritria e no prevalece; - 2 corrente: a inverso dever ocorrer no momento da sentena. Fundamento: nus da prova regra de julgamento e assim o momento oportuno seria o momento da sentena. A crtica a essa corrente que por mais que tenha sentido, pode-se considerar que um momento um pouco tarde. Existe a possibilidade de violao do contraditrio e ampla defesa. Corrente majoritria - 3 corrente: momento da inverso at a fase de saneamento. Fundamento: nus da prova regra de procedimento. O segundo argumento que no vai pegar ningum de surpresa e assim no h violao dos princpios do contraditrio e ampla defesa;
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  • X - a adequada e eficaz prestao dos servios pblicos em geral.
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  • Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990 Do Direito de Demandar e suas consequncias no Cdigo de Defesa do Consumidor!
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  • O consumidor possui foro privilegiado! CDC. Art. 101. Na ao de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e servios, sem prejuzo do disposto nos Captulos I e II deste ttulo, sero observadas as seguintes normas: I - a ao pode ser proposta no domiclio do autor ; Com esse preceito, o CDC estabeleceu mais uma exceo ao art. 94 do CPC, que fixa como regra geral de competncia o foro do domiclio do ru!
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  • Referida regra est em consonncia com o artigo 6, inciso VII e VIII do CDC, vejamos: VII - o acesso aos rgos judicirios e administrativos com vistas preveno ou reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteo Jurdica, administrativa e tcnica aos necessitados; VIII - a facilitao da defesa de seus direitos (...);
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  • RESPONSABILIDADE OBJETIVA ! Adoo da Teoria do Risco Integral da Atividade! Na sistemtica consumerista no h necessidade comprovar: a) prova do dano; b) do nexo de causalidade entre a ao ou omisso do agente e o dano; c) da culpa (imprudncia, negligncia e impercia); Com o advento do CDC., basta o consumidor comprovar: a) a prova do dano e b) nexo de causalidade com o agente;
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  • CDC. Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricao, construo, montagem, frmulas, manipulao, apresentao ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua utilizao e riscos.
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  • A responsabilidade objetiva no se aplica aos profissionais liberais (advogados, mdicos etc), seno vejamos: CDC. Art. 14. (...). 4 A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais ser apurada mediante a verificao de culpa. Logo a responsabilidade do profissional liberal SUBJETIVA! Cuidado: obrigao de meio e de resultado (cirurgia plstica)!
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  • Vedao da denunciao da lide! CDC. Art. 88. Na hiptese do art. 13, pargrafo nico deste cdigo, a ao de regresso poder ser ajuizada em processo autnomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciao da lide. Considerando que o Cdigo de Defesa do Consumidor CDC - possui caractersticas de proteo ao consumidor, um de seus fundamentos a efetivao dos direitos bsicos de maneira mais rpida possvel, mister quando tratar de reparao de danos decorrentes da relao de consumo, justifica-se a vedao legal!
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  • Em caso de mora ! CDC. Art. 52. No fornecimento de produtos ou servios que envolva outorga de crdito ou concesso de financiamento ao consumidor, o fornecedor dever, entre outros requisitos, inform-lo prvia e adequadamente sobre: 1 As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigaes no seu termo no podero ser superiores a dois por cento do valor da prestao. 2 assegurado ao consumidor a liquidao antecipada do dbito, total ou parcialmente, mediante reduo proporcional dos juros e demais acrscimos.
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  • Prazo de Reflexo ! CDC. Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou servio, sempre que a contratao de fornecimento de produtos e servios ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domiclio.
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  • Como se preparar para o Exame de Ordem. 4 (OAB/PR Exame 02/2007). Sobre a inverso do nus da prova, assinale a alternativa INCORRETA: (A) Cabe quando o consumidor hipossuficiente. (B) Cabe quando, a critrio do juiz da causa, a alegao do consumidor for verossmil. (C) No pode ser aplicada quando o prestador de servio o Poder Pblico. (D) Visa facilitao da defesa dos direitos do consumidor.
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  • RESPOSTA Como se preparar para o Exame de Ordem. 4 (OAB/PR Exame 02/2007). Sobre a inverso do nus da prova, assinale a alternativa INCORRETA: (C) No pode ser aplicada quando o prestador de servio o Poder Pblico.
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  • Como se preparar para o Exame de Ordem. 6 (OAB/RS Exame 02/2007). Em relao tutela do consumidor, assinale a assertiva correta: (A) A responsabilidade dos profissionais liberais objetiva. (B) Os contratos de crdito no so amparados no mbito do Cdigo de Defesa do Consumidor. (C) As multas de mora no podem ser superiores a 2% do valor da prestao. (D) O consumidor no tem o direito de arrepender-se das compras feitas em seu domiclio.
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  • RESPOSTA Como se preparar para o Exame de Ordem. 6 (OAB/RS Exame 02/2007). Em relao tutela do consumidor, assinale a assertiva correta: (C) As multas de mora no podem ser superiores a 2% do valor da prestao. CDC. Art. 52. No fornecimento de produtos ou servios que envolva outorga de crdito ou concesso de financiamento ao consumidor (...);
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  • Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Servio. CDC. Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricao, construo, montagem, frmulas, manipulao, apresentao ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua utilizao e riscos. 1 O produto defeituoso quando no oferece a segurana que dele legitimamente se espera, levando-se em considerao as circunstncias relevantes, entre as quais: I - sua apresentao; II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a poca em que foi colocado em circulao. 2 O produto no considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
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  • EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE (art. 12, 3): 3 O fabricante, o construtor, o produtor ou importador s no ser responsabilizado quando provar: I - que no colocou o produto no mercado; (lote que estava separado para descarte e foi furtado) ; II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. (IMPORTANTE: a culpa concorrente do consumidor NO EXCLUI, entretanto atenua a responsabilidade do fornecedor. Ex.: veneno para matar barata veneno ao alcance do beb)
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  • CDC. Art. 13. O comerciante igualmente responsvel, nos termos do artigo anterior, quando: I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador no puderem ser identificados; II - o produto for fornecido sem identificao clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador; III - no conservar adequadamente os produtos perecveis. Pargrafo nico. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poder exercer o direito de regresso contra os demais responsveis, segundo sua participao na causao do evento danoso. Conserva o direito de regresso, mas, no pode denunciar (art. 88 do CDC)!
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  • Da Responsabilidade por Vcio do Produto e do Servio. Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo durveis ou no durveis respondem solidariamente pelos vcios de qualidade ou quantidade que os tornem imprprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicaes constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitria, respeitadas as variaes decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituio das partes viciadas.
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  • CDC. ART. 18. 1 No sendo o vcio sanado no prazo mximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e sua escolha: I - a substituio do produto por outro da mesma espcie, em perfeitas condies de uso; II - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preo.
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  • Antes de qualquer coisa o fornecedor tem o prazo de 30 dias para sanar o vcio. Este prazo pode ser convencionado pelas partes e ser de no mnimo 7 e no mximo 180 dias. Art. 18, 2 CDC: 2 Podero as partes convencionar a reduo ou ampliao do prazo previsto no pargrafo anterior, no podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adeso, a clusula de prazo dever ser convencionada em separado, por meio de manifestao expressa do consumidor; 5 No caso de fornecimento de produtos in natura, ser responsvel perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor.
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  • CDC. Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vcios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variaes decorrentes de sua natureza, seu contedo lquido for inferior s indicaes constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitria, podendo o consumidor exigir, alternativamente e sua escolha : I - o abatimento proporcional do preo; II - complementao do peso ou medida; III - a substituio do produto por outro da mesma espcie, marca ou modelo, sem os aludidos vcios; IV - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de eventuais perdas e danos.
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  • CDC. Art. 21. No fornecimento de servios que tenham por objetivo a reparao de qualquer produto considerar-se- implcita a obrigao do fornecedor de empregar componentes de reposio originais adequados e novos, ou que mantenham as especificaes tcnicas do fabricante, salvo, quanto a estes ltimos, autorizao em contrrio do consumidor. CDC. Art. 22. Os rgos pblicos, por si ou suas empresas, concessionrias, permissionrias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, so obrigados a fornecer servios adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contnuos. (gua, luz, sade etc)
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  • CDC. Art. 23. A ignorncia do fornecedor sobre os vcios de qualidade por inadequao dos produtos e servios no o exime de responsabilidade. CDC. Art. 25. vedada a estipulao contratual de clusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigao de indenizar prevista nesta e nas sees anteriores; 1 Havendo mais de um responsvel pela causao do dano, todos respondero solidariamente pela reparao prevista nesta e nas sees anteriores.
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  • Da Decadncia e da Prescrio. Art. 26. O direito de reclamar pelos vcios aparentes ou de fcil constatao caduca em: I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de servio e de produtos no durveis; (dedetizao) II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de servio e de produtos durveis. 1 Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do trmino da execuo dos servios.
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  • 2 Obstam a decadncia: I - a reclamao comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e servios at a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequvoca; II - (Vetado). III - a instaurao de inqurito civil, at seu encerramento. 3 Tratando-se de vcio oculto, o prazo decadencial inicia- se no momento em que ficar evidenciado o defeito. Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretenso reparao pelos danos causados por fato do produto ou do servio prevista na Seo II deste Captulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
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  • Da Desconsiderao da Personalidade Jurdica CDC. Art. 28. O juiz poder desconsiderar a personalidade jurdica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infrao da lei, fato ou ato ilcito ou violao dos estatutos ou contrato social. A desconsiderao tambm ser efetivada quando houver falncia, estado de insolvncia, encerramento ou inatividade da pessoa jurdica provocados por m administrao.
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  • CDC. Art. 32. Os fabricantes e importadores devero assegurar a oferta de componentes e peas de reposio enquanto no cessar a fabricao ou importao do produto. Pargrafo nico. Cessadas a produo ou importao, a oferta dever ser mantida por perodo razovel de tempo, na forma da lei. Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou servios recusar cumprimento oferta, apresentao ou publicidade, o consumidor poder, alternativamente e sua livre escolha: I - exigir o cumprimento forado da obrigao, nos termos da oferta, apresentao ou publicidade; II - aceitar outro produto ou prestao de servio equivalente; III - rescindir o contrato, com direito restituio de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
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  • CDC. Art. 37. proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 1 enganosa qualquer modalidade de informao ou comunicao de carter publicitrio, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omisso, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, caractersticas, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preo e quaisquer outros dados sobre produtos e servios. 2 abusiva, dentre outras a publicidade discriminatria de qualquer natureza, a que incite violncia, explore o medo ou a superstio, se aproveite da deficincia de julgamento e experincia da criana, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa sua sade ou segurana.
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  • CDC. Art. 40. O fornecedor de servio ser obrigado a entregar ao consumidor oramento prvio discriminando o valor da mo-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as condies de pagamento, bem como as datas de incio e trmino dos servios. 1 Salvo estipulao em contrrio, o valor orado ter validade pelo prazo de dez dias, contado de seu recebimento pelo consumidor. 2 Uma vez aprovado pelo consumidor, o oramento obriga os contraentes e somente pode ser alterado mediante livre negociao das partes. 3 O consumidor no responde por quaisquer nus ou acrscimos decorrentes da contratao de servios de terceiros no previstos no oramento prvio.
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  • Da Cobrana de Dvidas Art. 42. Na cobrana de dbitos, o consumidor inadimplente no ser exposto a ridculo, nem ser submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaa. Pargrafo nico. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito repetio do indbito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correo monetria e juros legais, salvo hiptese de engano justificvel. CUIDADO NOVO! CDC. Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrana de dbitos apresentados ao consumidor, devero constar o nome, o endereo e o nmero de inscrio no Cadastro de Pessoas Fsicas - CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica - CNPJ do fornecedor do produto ou servio correspondente.(Acrescentado o artigo pela Lei n 12.039, de 01.10.2009, DOU 02.10.2009)
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  • Dos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores CDC. Art. 43. O consumidor, sem prejuzo do disposto no art. 86, ter acesso s informaes existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes. 1 Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fcil compreenso, no podendo conter informaes negativas referentes a perodo superior a cinco anos.
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  • 2 A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo dever ser comunicada por escrito ao consumidor, quando no solicitada por ele. 3 O consumidor, sempre que encontrar inexatido nos seus dados e cadastros, poder exigir sua imediata correo, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias teis, comunicar a alterao aos eventuais destinatrios das informaes incorretas. 5 Consumada a prescrio relativa cobrana de dbitos do consumidor, no sero fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteo ao Crdito, quaisquer informaes que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crdito junto aos fornecedores.
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  • CDC. Art. 47. As clusulas contratuais sero interpretadas de maneira mais favorvel ao consumidor. Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou servio, sempre que a contratao de fornecimento de produtos e servios ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domiclio. Pargrafo nico. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer ttulo, durante o prazo de reflexo, sero devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.
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  • CDC. Art. 50. A garantia contratual complementar legal e ser conferida mediante termo escrito. Pargrafo nico. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os nus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de instruo, de instalao e uso do produto em linguagem didtica, com ilustraes.
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  • . Do contrato de adeso. Conceito: CDC.Art. 54. Contrato de adeso aquele cujas clusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou servios, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu contedo. ;
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  • Das Clusulas Abusivas leoninas. Art. 51. So nulas de pleno direito, entre outras, as clusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e servios que: I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vcios de qualquer natureza dos produtos e servios ou impliquem renncia ou disposio de direitos. Nas relaes de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurdica, a indenizao poder ser limitada, em situaes justificveis; II - subtraiam ao consumidor a opo de reembolso da quantia j paga, nos casos previstos neste cdigo; III - transfiram responsabilidades a terceiros;
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  • IV - estabeleam obrigaes consideradas inquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatveis com a boa-f ou a eqidade; V - (Vetado); VI - estabeleam inverso do nus da prova em prejuzo do consumidor; VII - determinem a utilizao compulsria de arbitragem; VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negcio jurdico pelo consumidor;
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  • IX - deixem ao fornecedor a opo de concluir ou no o contrato, embora obrigando o consumidor; X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variao do preo de maneira unilateral; XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor; XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrana de sua obrigao, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor; XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o contedo ou a qualidade do contrato, aps sua celebrao;
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  • XIV - infrinjam ou possibilitem a violao de normas ambientais; XV - estejam em desacordo com o sistema de proteo ao consumidor; XVI - possibilitem a renncia do direito de indenizao por benfeitorias necessrias. 1 Presume-se exagerada, entre outros casos, a vontade que: I - ofende os princpios fundamentais do sistema jurdico a que pertence; II - restringe direitos ou obrigaes fundamentais inerentes natureza do contrato, de tal modo a ameaar seu objeto ou equilbrio contratual;
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  • III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e contedo do contrato, o interesse das partes e outras circunstncias peculiares ao caso. 2 A nulidade de uma clusula contratual abusiva no invalida o contrato, exceto quando de sua ausncia, apesar dos esforos de integrao, decorrer nus excessivo a qualquer das partes. 3 (Vetado). 4 facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao Ministrio Pblico que ajuze a competente ao para ser declarada a nulidade de clusula contratual que contrarie o disposto neste cdigo ou de qualquer forma no assegure o justo equilbrio entre direitos e obrigaes das partes.