cultura do milho parte 1 dos slads

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Cultura do milho Prof. DSc. Cassiano Spaziani Pereira Sinop 2010

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Page 1: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Cultura do milho

Prof. DSc. Cassiano Spaziani Pereira

Sinop

2010

Page 2: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Botânica da planta

• Reino: vegetal

• Família: Poaceae

• Gênero: Zea

• Espécie: mays

Zea mays L.

Origem tropical: méxico

Cultivado no mundo todo

Page 3: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Fenologia

Francielli & Neto (2000), Dividem a cultura em quatro etapas de desenvolvimento:

• Germinação e emergência: compreende o período da semeadura até o aparecimento total da plântula:

• Crescimento vegetativo: fase que inicia na emissão da segunda folha até o florescimento:

• Frutificação: Fase da fecundação até o enchimento completo dos grãos;

• Maturidade: compreendido entre o final da frutificação e o aparecimento da camada negra (fim do ciclo da cultura):

Page 4: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Milho verde

Page 5: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

• 70% da produção é consumida por suínos e aves;

Produção

Figura 1 – Principais países produtores de milho do mundo (produção 1000 t)

Países/Anos 2001 2002 2003 2004 2005

Estados Unidos 241.485 228.805 256.905 299.917 280.228

China 114.254 121.497 115.998 130.434 131.145

Brasil 41.955 35.933 48.327 41.806 34.86

México 20.134 19.299 19.652 22.000 20.500

Argentina 15.365 15.000 15.040 15.000 19.500

Índia 13.160 10.300 14.720 14.000 14.500

França 16.408 16.44 11.991 16.391 13.226

Indonésia 9.347 9.654 10.886 11.225 12.014

África do Sul 7.772 10.076 9.705 9.965 11.996

Itália. 10.554 10.554 8.702 11.375 10.622

Page 6: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Principais consumidores de milho (2009)

• Japão (16,5 milhões de t.);

• Coréia do Sul (8,5 milhões de t.);

• México (6,0 milhões de t.); • Egito (5,2 milhões de t.);

• Outros importadores relevantes são: os países da Sudeste de Ásia (2,9 milhões de t) e a Comunidade Européia (2,5 milhões de t).

Page 7: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Produção Brasil

Duas épocas de plantio:

Plantio de verão (época das chuvas-primeira safra);• Fins de agosto (sul), out/nov. (sudeste), jan/fev (nordeste);

Plantio da safrinha (segunda safra): milho de sequeiro;• Mais utilizado no centro-oeste, Paraná e São Paulo;•Plantio em fevereiro/março.

Page 8: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Produção brasileira de milho

Safra 2001 2002 2003 2004 2005

Produção (1.000 t)          

Total 42.29 35.267 47.411 42.192 39.040

1ª Safra 35.833 29.086 34.614 31.617 29.319

2ª Safra 6.457 6.181 12.797 10.574 9.721

Área plantada (1.000 ha)          

Total 12.973 12.298 13.226 12.822 12.297

1ª Safra 10.546 9.413 9.664 9.465 9.195

2ª Safra 2.426 2.885 3.563 3.357 3.102

Rendimento (kg.ha -1 )          

Total 3.26 2.868 3.585 3.291 3.175

1ª Safra 3.398 3.09 3.582 3.34 3.189

2ª Safra 2.661 2.142 3.592 3.15 3.134

Page 9: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Produção na primeira safra REGIÃO/UF 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05

CENTRO-OESTE 5.733 3.884 4.088 3.852 3.308

MT 891 680 772 678 532

MS 1.204 638 681 539 441

GO 3.517 2.435 2.483 2.476 2.165

DF 120 131 153 159 169

SUDESTE 7.687 8.165 8.865 9.515 9.466

MG 4.153 4.657 5.208 5.903 6.068

ES 129 138 145 125 119

RJ 28 27 22 24 26

SP 3.376 3.344 3.49 3.463 3.251

SUL 19.63 14.391 17.658 14.363 10.926

PR 9.446 7.38 8.14 7.523 6.537

SC 3.947 3.106 4.235 3.34 2.818

RS 6.237 3.906 5.283 3.5 1.571

BRASIL 35.833 29.086 34.614 31.617 27.272

Page 10: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Produção safrinha

REGIÃO/UF 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05

NORDESTE 121 265 254 219 219

BA 121 265 254 219 219

CENTRO-OESTE 2.502 3.204 5.843 5.503 4.603

MT 953 1.519 2.456 2.768 2.938

MS 970 708 2.359 1.814 998

GO 563 959 1.002 896 636

DF 16 17 27 24 30

SUDESTE 905 729 1.183 1.134 836

MG 75 131 120 98 104

SP 831 598 1.063 1.036 732

SUL 2.929 1.983 5.517 3.669 1.806

PR 2.929 1.983 5.517 3.669 1.806

CENTRO-SUL 6.336 5.916 12.543 10.306 7.246

BRASIL 6.457 6.181 12.797 10.574 7.704

Produção safrinha Produção safrinha

Page 11: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Implantação da cultura do milho

• A etapa da implantação da cultura é a mais

importante dentro do processo produtivo, pois

envolve o planejamento e execução de medidas e

operações que contribuirão decisivamente para a

obtenção de rendimentos satisfatórios e para a

remuneração almejada do capital investido;

Page 12: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Planejamento

• Verificação de vários fatores

Produção

Avaliar maquinário e regulagens

Mercado e Preço na colheitaInvestimentos Histórico da área

e clima

Escolher a variedade E o híbrido

Qualidade das sementesPreparo e análise

de solo

Gerenciamento eControle dos fatoresde produção

Plantio, adubação,Controle de invasoras e irrigação

Page 13: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Produtos de origem em milho

• Uso animal: silagem, grãos, rações;

• Consumo humano: espiga assada ou cozida,

pamonha, curau, pipoca, bolos, broa, cuscuz,

polenta, angu, farinhas, flocados, óleos, cremes,

balas duras, balas mastigáveis, gomas de mascar,

salsichas, salames, mortadela, hambúrgueres,

compotas, frutas cristalizadas;

Page 14: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Mercado do milho

O consumo de milho se destina tanto para o

consumo humano como por ser empregado para

alimentação de animais. Em ambos os casos,

algum tipo de transformação industrial ou na

própria fazenda pode ser necessária

Page 15: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Processamento do milho

                                        

• Moagem seca: Mais utilizado no Brasil, serve

para produção de farinha de milho (fubá), quirera,

farelos, óleos e farinha integral desengordurada;

• Moagem úmida: obtenção do amido de milho,

comercialmente conhecido como maizena

Page 16: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Clima para a cultura do milho

• O milho responde a vários fatores e sua interação:

• luminosidade;

• água;

• Vento;

• Temperatura;

• Os fatores influenciam a produção de grãos e matéria seca.

Page 17: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Luminosidade na cultura do milho

• A maior sensibilidade a mudanças da luz ocorre no início da fase reprodutiva (crescimento vegetativo);

• O aproveitamento da luz pelo milho é influenciado pela distribuição espacial das plantas na área;

• A precipitação influencia indiretamente o regime de radiação, pois o alto volume de chuvas de out a fev. implicam em baixa radiação solar. Materiais adaptados a altas radiações solares tem seu potencial produtivo nestas regiões.

Page 18: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

                                    

    

Temperatura ideal para a cultura do milho

A temperatura do ar e do solo tem um papel de destaque no crescimento e desenvolvimento da cultura do milho: • Germinação: ideal entre 25 e 30ºC;• Floração, temperaturas medias superiores a 26 ºC aceleram o desenvolvimento dessa fase e inferiores a 15,5 º C o retardam;• Temperaturas acima de 33 º C durante a polinização reduzem sensivelmente a germinação do grão de pólen;• Verão com temperatura média diária inferior a 19ºC e noites com temperatura média inferior a 12,8ºC não são recomendados .

Page 19: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Temperatura ideal para a cultura do milho

• Temperaturas noturnas superiores a 24ºC

proporcionam um aumento da respiração de tal

forma que a taxa de fotossimilados cai e, com isso,

reduz a produção;

• Redução da temperatura abaixo de 15 º C

ocasiona retardamento no desenvolvimento e na

maturação do grão.

Page 20: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

C3

Efeito da temperatura sobre a taxa fotossintética de plantas C3 e C4

C4 - 35 a 40ºCC3 - 20ºC

Page 21: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Umidade na cultura do milho

Padrão trifásico de absorção de água por sementes em germinação (In Bewley& Black, 1978).

Page 22: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

• Plantas pouco desenvolvidas;

• Plantas de pequena estatura, com folhas pequenas e entrenós curtos;

• Tecidos vegetais com aspecto murcho e folíolos tendem a fechar para diminuir área foliar exposta;

• Com fechamento dos estômatos as plantas reduzem a transpiração, mas reduzem também a assimilação de CO2;

• Consequentemente ocorre redução na área foliar, taxa fotossintética e na produção final

E quando falta água?

Page 23: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

• Redução no transporte de nutrientes e fotoassimilados pelo floema das plantas;

• Redução do deslocamento de fotoassimilados pode promover acumulo de amido nos cloroplastos promovendo a retroinibição;

Retroinibição: Inibição da fotossíntese por excesso de carboidratos formados;

• Redução do alongamento e divisão celular que a água é fundamental;

• Necessidade hídrica entre 450 e 800 mm/ciclo

E quando falta água?

Page 24: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

•Aumento da temperatura da planta, principalmente

folhas, causa a fotoinibição do PSII e consequente

redução da taxa fotossintética e produção de

carboidratos;

E quando falta água?

Page 25: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Solos para cultura do milho

• Textura do solo: textura média, 30-35% de argila, com boa estrutura (granular), (latossolos), drenagem adequada, boa capacidade de retenção de água e de nutrientes;

• Profundidade efetiva: É a profundidade até a qual as raízes podem penetrar livremente em busca de água e de elementos necessários ao desenvolvimentos da planta. Desejável que o solo seja profundo ( mais de 1m).

Page 26: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Solos para a cultura do milho

Topografia: Tendo em vista o controle da erosão e as facilidades de mecanização, deve-se dar preferência às glebas de topografia plana e suave, com declives até 12%.

Page 27: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Conservação do solo

• Conservação do solo: São técnicas destinadas a manter

e/ou aumentar a capacidade produtiva da terra objetivando,

além do controle da erosão, melhoria das condições físicas,

químicas ou biológicas do solo

• Dividem-se em caráter edáfico, vegetativo e mecânico.

Page 28: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Caráter edáfico

• Ajustamento a capacidade de uso;

• Eliminação de queimadas;

• Rotação de culturas;

• Uso de corretivos;

• Adubação orgânica;

• Adubação orgânica e equilibrada.

Caráter vegetativo

• Ajustamento a capacidade de uso;

• Eliminação de queimadas;

• Rotação de culturas;

• Uso de corretivos;

• Adubação orgânica;

• Adubação orgânica e equilibrada.

• Adubação verde;

• Tratos como alternância de capina e cultura em faixas;

• quebra-ventos.

Caráter edáfico

Page 29: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

• Construção de terraços em área a partir de 3% de declividade;

• Semeadura em nível;

• Locação de estradas;

• carreadores e canais escoadouros;

Caráter mecânico

Page 30: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Análise de solo

• A análise de solo: análise físico-química do solo;

• Objetivo: determinar a habilidade do solo em fornecer

nutrientes as plantas e as quantidades de calcário e

fertilizantes a serem aplicados no solo;

• Para a análise atingir o seu objetivo deve-se realizar as

seguintes etapas: Amostragem do solo, análise de

laboratório, interpretação dos resultados e recomendações

de calcário e fertilizantes.

Page 31: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Amostragem de solo (ao acaso)

• Deve ser o mais representativa possível;

• As devem representar glebas de até 10 ha.

• Retira-se 20 amostras simples em zigue-zague, formando uma amostra composta de 500g.

Page 32: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Amostragem de solo (sistematizada)

• O método nada mais é que sobrepor uma grade quadrada

ou retangular em um mapa ou fotografia da área, identificar e

dirigir ao local e coletar amostras de solos em cada célula.

• Dentro de cada célula, a amostragem pode ser ao acaso,

coletando-se várias sub-amostras;

• A recomendação do espaçamento das grades (malhas)

para amostragens de solos varia de 60 x 60 m a 135 m x 135

m, em função da resolução desejada (precisão) associada

aos custos.

Page 33: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Sistema de grade (100 m x 100 m). As subamostras de solo são coletadas dentro de cada célula. A área é dividida em grade de 100 m X 100 m, cinco subamostras de solos formam uma amostra composta.

Page 34: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Ferramentas para amostragem

Page 35: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Amostragem do solo

• Época de amostragem: três meses antes da implantação

da cultura, em áreas já utilizadas para agricultura;

• Seis meses antes em áreas recém desbravadas;

• Profundidade de amostragem: mais comum 0-20 cm e

20-40 cm, mas pode-se fazer de 40-60 cm;

Amostragem do solo

Page 36: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Preparo do solo para a cultura do milho

• Solo friável;• Pegar com a mão um torrão a 10 cm de profundidade. Não pode esfarelar ou ficar muito compactoado;

• Aração e gradagem;

Page 37: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Preparo do solo convencional

Objetivos:

• Aumenta a aeração e reduz a compactação do solo;

• Eliminação de impedimentos físicos e químicos;

• Controle de plantas invasoras;

• Controle de pragas de solo;

Implementos

• Arado de três discos de 28”, podendo ser utilizado em terrenos bruto, com tocos e raízes;

• Destorroamento e nivelamento com grades de 24 a 28 discos com 20 a 26”.

Page 38: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Preparo do solo (cultivo mínimo)

• Fundamentado no arado escarificador, que movimenta o

solo sem revolvê-lo;

• Mais conservacionista do que o sistema convencional;

Page 39: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Plantio direto

• É o sistema de implantação de culturas em solo não

revolvido e protegido por uma cobertura morta (mulching)

proveniente de restos culturais, coberturas vegetais

semeadas para esse fim e de plantas daninhas controladas

por método químico;

• Mobilização do solo quase nula, restringindo-se apenas ao

sulco de semeadura;

• Manutenção adequada da cobertura do solo.

Page 40: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Calagem

“ Calagem é a quantidade de corretivo necessária para

diminuir a acidez do solo, de uma condição até um nível

adequado”

“É a dose de corretivo necessária para se atingir a máxima

eficiência econômica de definida cultura, o que significa ter

definida quantidade de Ca e de Mg disponíveis no solo e

condições adequadas de pH para boa disponibilidade dos

nutrientes em geral”

(CFSMG, 1999)

Page 41: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Calagem

• Correção da acidez do solo;

• Estímulo a atividade microbiana do solo;

• Aumenta a disponibilidade da maioria dos nutrientes para

as plantas;

• Preservação e até aumento nos teores de matéria orgânica

no solo;

• Redução nos teores de Al trocável;

• Aumenta a capacidade tampão do solo;

• Disponibiliza diretamente Ca, P e Mg.

Page 42: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Métodos de determinação de calagem

• Método da neutralização do Al e elevação

dos teores de Ca e Mg (CFESMG);

• Método da saturação por bases (Boletim

100);

• Método SMP ou da elevação do pH (RS)

Page 43: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Método da CFESMIG

• Considera-se exigências do solo e exigências das culturas em Ca e Mg;

NC=Y[Al+3 – (mt*t/100)]+[X-(Ca2+ + Mg2+)]

Onde:

mt – Máxima saturação por Al tolerada pela cultura em %

t- CTC efetiva em cmolc/dm3

Al3+ - acidez trocável, em cmolc/dm3

Y – é um valor em função da capacidade tampão da acidez do solo e definido de acordo com a textura do solo

X – é uma variável em função dos teores de Ca e Mg, para milho fica em torno de 2,0 cmolc/dm3

Page 44: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Método da saturação de bases

• Neste método considera-se a relação existente entre o pH e a saturação de bases;

NC = T*(Ve – Va)/100

T = CTC a pH 7,0 ou SB+(H+Al) em cmolc /dm3

SB = soma de bases = Ca+ Mg + K + Na em cmolc /dm3

Va =saturação de base atual do solo = 100SB/T

Ve = saturação de bases desejada ou esperada

Milho Ve - 50%

Page 45: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Adubação do milho

• Produção considerada boa (10 t/ha de grãos e 70

t/ha de forragem)

• Baixas produções estão ligadas a baixos teores

de N, K e P no solo e alta extração pelo milho

(forragem);

• Adubação diferenciada entre milho grão e milho

para forragem;

Page 46: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Adubação do milho

Adubação para milho forragem (retirada da planta toda)

Adubação para milho grão (planta volta para o solo)

Page 47: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Adubação do milho (CFESMIG 1999)

• Recomenda relação acima de 3:1 de Ca:Mg

• De acordo com a produtividade esperada

(faixas)

• 4-6 ton/ha; 6-8 ton/ha; > 8 ton/ha

• Adubação também dividida entre milho

silagem e milho grão;

• Divide a adubação de N em plantio e cobertura.

Page 48: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Escolha da semente

• Qualidade da semente:

• Pureza genética; (máximo 1 sem. de outra espécie/500g ou 2 sem. De cultivares diferentes/500g)

• Pureza física;

• Boa sanidade

• Boa germinação (mínimo 85%);

• Se possível certificada

Page 49: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Tratamento de sementes

• Visa conferir proteção contra patógenos e insetos-praga, às

sementes e às plantulas originadas delas;

• Manutenção da qualidade fitossanitária da semente,

contribuindo para a obtenção de um estande inicial

almejado;

Vantagens do tratamento de sementes:

• Fácil utilização,

• Baixo custo,

• Proteção eficiente da planta em seu estádio inicial,

• Contaminação irrisória do meio ambiente;

Page 50: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Tratamento de sementes

• Principais doenças do milho transmitidas por sementes: Fusarium, Diplodia, Helminthosporium, Colletotrichum, Cephalosporium

Métodos de tratamento de sementes:

• Processos físicos: Uso de calor (água quente, ar quente, vapor arejado e energia solar);

• Processos bioquímicos: Fermentação aeróbica que se processa na massa de sementes gerando ácidos que inativam ou inibem o desenvolvimento de organismos;

• Processos biológicos: Uso de antagonistas, fungos e bactérias

• Processo químico: Emprego de produtos químicos.

Page 51: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Cultivares

De modo geral os resultados de uma lavoura são dependentes do:

• Potencial genético da semente (cultivar é responsável por 50% da produção de uma lavoura) - Para milho existem 275 cultivares;• Condições edafoclimáticas do local de plantio;• Manejo da lavoura

• Existem cultivares adaptadas a qualquer região do país e a qualquer condição edafoclimática; • É o insumo mais generalizado na cultura do milho;

Page 52: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Escolha de cultivares

Adaptação a região: Geralmente as empresas produtoras de sementes de milho dividem o Brasil em três macro regiões (diferenciadas por altitude, latitude e clima ): • Região subtropical, formada pelo RS, SC e sul do PR;• Região de transição formada pelo norte e oeste do PR, sul de SP, sul do MS e sul de MG; • Região tropical, formada pelas regiões centro e norte de SP, MG, TO, norte do MS, MT, oeste da BA, parte dos estados do MA e do PI, RJ e ES;• Região Nordeste;

Page 53: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Algumas características desejadas de híbridos de milho

• Produtividade de espigas acima de 10 ton/ha;• tolerância ou resistência as principais pragas e doenças;• ciclo entre 90 e 110 dias• Uniformidade de maturação;• Espigas de formato cilíndrico e número de fileiras superior a 14;• espigas com mais de 20 cm;• Resistência a acamamento e quebra das plantas;• plantas de porte médio a baixo;• Bom empalhamento, sempre cobrindo a ponta, sem ultrapassar o total de camadas de palha;• Para milho verde, recomenda-se longevidade no período de colheita, com espigas apresentando teores de umidade entre 68 e 75%, adequado para o envasamento e para consumo in natura;

Page 54: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Produtividade e estabilidade

• Potencial produtivo de uma cultivar é um dos primeiros aspectos considerado pelos agricultores na compra de sua semente;

• A estabilidade de produção, é função do comportamento do híbrido em cultivos em diferentes locais e anos. Cultivares estáveis são aquelas que, ao longo dos anos e dentro de determinada área geográfica, tem menor oscilação de produção, respondendo à melhoria do ambiente (anos mais favoráveis) e não tem grandes quedas de produção nos anos mais desfavoráveis.

Page 55: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Estruturas e funções das sementes

Eixo embrionário Semente de milho (monocotiledônea)

Page 56: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Uso de sementes no Brasil

Tipo de Cultivar 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 06/07

Híbridos Simples 34,8 35,7 37,6 40,0 44,0

Híbridos Triplos 31,3 29,7 28,4 25,3 24,0

Híbridos Duplos 20,5 22,4 22,7 22,3 20,7

Variedades 13,4 12,2 11,3 12,4 11,3

Total de cultivares 207 233 230 237 275

Eliminadas / Novas 13 / 25 9/35 35 / 32 22 / 29 43/5

Page 57: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Tratamento de sementes

Basicamente objetiva dar proteção contra patógenos e insetos pragas às sementes e plântulas delas originadas.

Vantagens do tratamento de sementes:

• Fácil utilização;

• Baixo custo;

• Proteção da planta em seu estádio inicial;

• Dano insignificante ao ambiente

Page 58: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Tratamento de sementes

Page 59: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Tratamento de sementes

Page 60: Cultura Do Milho Parte 1 Dos Slads

Sementes de variedades

• As sementes das variedades melhoradas são de menor custo e com os devidos cuidados na multiplicação podem ser reutilizadas por alguns anos, sem diminuição substancial da produtividade;• São ainda de grande utilidade em regiões onde, devido às condições econômico-sociais e de baixa tecnologia, a utilização de milho híbrido torna-se inviável;• O preço de um saco de 20Kg de sementes de variedade varia de R$ 35,00 a R$ 45,00. No segmento da agricultura familiar e em sistemas de produção orgânica, as variedades são amplamente utilizadas e recomendadas

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Sementes híbridas

• Os híbridos só têm alto vigor e produtividade na primeira geração (F1);• Dependendo do tipo do híbrido haverá redução de 15 a 40% na produtividade, perda de vigor e grande variação entre plantas. • Os híbridos simples são potencialmente mais produtivos que os outros tipos, apresentando maior uniformidade de plantas e espigas. São também os mais caros, custando muitas vezes acima de R$ 200,00 o saco de 60 kg;

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Venda de sementes

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Milho híbrido

Os híbridos apresentam características morfo e fisiológicas distintas, como: • Arquitetura de planta;• Qualidade do colmo e raiz• Sincronismo de florescimento;• Tolerância a estresses nutricionais, hídricos e climáticos, • Tolerância às pragas e doenças.

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Ciclo de cultura

• O ciclo de uma cultivar pode ser determinado em número de dias da semeadura até o pendoamento, até a maturação fisiológica ou até a colheita.• As cultivares de milho são agrupadas de acordo com o ciclo da planta em: superprecoce, precoce, semiprecoce e normal.• Tecnicamente, o ciclo de uma cultivar leva em consideração as unidades de calor necessárias para atingir o florescimento. Unidades de calor (UC) são a soma das unidades diárias de calor, a partir da emergência.

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Ciclo da cultura

• O Ciclo de uma cultivar pode ser determinado pela seguinte fórmula:

UC = [(temperatura máxima + temperatura mínima)/2] – 10

Onde temperaturas máximas iguais ou maiores que 30ºC devem ser consideradas como 30ºC, e temperaturas mínimas iguais ou menores que 10ºC devem ser consideradas como 10ºC.

Ciclo: 110 a 180 dias