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Cultura Corporal Proposta Curricular para a Educação Infantil
GRUPO DE TRABALHO Coordenação Rita Regina da Silva Santos Secretaria da Educação Integrantes: Ana Kátia Brasil Castor Modolo EMEII Rosangela Vieira Martins de Carvalho Cristiane Aparecida Silveira dos Santos EMEI Magdalena Pereira da Silva Marta Simone Fernandes Gomez dos Santos EMEII Wilson Monteiro Bonato Fernanda Rossi Faculdade de Ciências /UNESP ESPECIALISTA E PARECERISTA DE ÁREA: Carolina Picchetti Nascimento UFSCar (professora substituta)
ESTRUTURA DA PROPOSTA DO SISTEMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
ÁREA CULTURA CORPORAL
1. TEXTO INTRODUTÓRIO
2. OBJETIVO GERAL
3. EIXOS DA ÁREA CULTURA CORPORAL • Brincadeiras de situações opositivas
• Brincadeiras de destrezas e desafios corporais.
• Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas
4. ORIENTAÇÃO SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO COM A ÁREA.
5. TRABALHANDO COM OS EIXOS
6. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
• Quais os “objetos de ensino” na área de Cultura Corporal?
“o conceito de Cultura Corporal tem como suporte a ideia de seleção, organização e sistematização do conhecimento acumulado historicamente” nas atividades humanas relacionadas ao jogo, luta, ginástica, atletismo, dança (PARANÁ, 2012, p. 45).
(COLETIVO DE AUTORES, 1992)
*Os objetos de ensino são as próprias Atividades da cultura corporal. ... Mas... O que são essas Atividades?
CULTURA CORPORAL
Os objetos de ensino da área de Cultura Corporal...
Mas... ...O que são essas atividades como “Atividades humanas”? ...Quais conhecimentos são esses presentes na ginástica, jogo, luta, atletismo...? ....Como sistematizamos esses conhecimentos?
Um breve exercício analítico...
Qual a ATIVIDADE na qual o sujeito atua?
Questões iniciais... *Sobre as Ações realizadas
• Quais os “objetos de ensino” na área de
Cultura Corporal?
- Necessidade de análise das ATIVIDADES da cultura corporal
Também para a área de Cultura Corporal a ATIVIDADE humana é a referência para pensarmos os motivos e objetivos que organizam as ações dos sujeitos com seus “movimentos” e seus “corpos”. Descolados da atividade humana, as questões sobre “corpo e movimento” perdem sua unidade viva.
SITUAÇÕES DE DESTREZAS E
DESAFIOS CORPORAIS
SITUAÇÕES DE CRIAÇÃO DE FORMAS
ARTÍSTICAS
SITUAÇÕES DE OPOSIÇÃO LÚDICA
Quais os significados e os
conhecimentos historicamente
objetivados nessas atividades?
Quais as situações ou “problemas” com os
quais os sujeitos precisam se engajar?
- Domínio da própria conduta na esfera
das ações corporais
• os homens se constituem como tais nas e por meio das atividades humanas que são historicamente produzidas
(MARX; ENGELS, 2007).
Sobre os princípios que nos fundamentam ..
• O princípio do trabalho educativo com o conhecimento mais elaborado (o conhecimento teórico) que foi objetivado nas diferentes áreas de conhecimento
(SAVIANI, 2005; LEONTIEV, 1983; DAVIDOV, 1988)
• O Conhecimento é uma sistematização da Atividade humana (a atividade humana objetivada).
Ao nos apropriarmos de um determinado conhecimento estamos nos apropriando, de modo sintético, da experiência social da humanidade que foi fixada em uma determina esfera da vida, seja no campo da arte, da ciência, da política, do esporte etc.
(DAVIDOV, 1988).
Ampliar as possibilidades de domínio consciente e voluntário das ações corporais de natureza lúdica, artística e de destreza por meio da apropriação de atividades da cultura corporal: as brincadeiras de jogo, de dança e de ginástica, entre outras.
Objetivo Geral da Área
BRINCADEIRAS DE DESTREZAS E DESAFIOS CORPORAIS
BRINCADEIRAS DE SITUAÇÕES OPOSITIVAS
BRINCADEIRAS DE IMITAÇÃO/CRIAÇÃO DE FORMAS ARTÍSTICAS
Objetivo : Aceitar desafiar-se corporalmente, buscando novas possibilidades de destrezas para si (metas possíveis para si).
BRINCADEIRAS DESTREZAS E DESAFIOS CORPORAIS
Exemplos de atividades da
cultura corporal do mundo
adulto
Ginástica (artística rítmica)
Atletismo (saltos, arremessos, corrida etc.)
Foco da relação do sujeito Aceitar desafiar-se corporalmente, buscando
novas possibilidades de destrezas para si (metas
possíveis para si)
Exemplos de manifestações
das brincadeiras infantis que
possuem a relação de
“domínio da própria ação
corporal” como motivo
principal
pula sela estrelinha
5 Maria cambalhota
Pular corda pezinho
Siga o mestre vivo-morto
Amarelinha perna de pau
Elástico cobrinha
Carrinho de mão aumenta-aumenta
Cadeirinha reloginho
OPERAÇÕES EIXO – Brincadeiras de destrezas e desafios corporais
• Aprender a desafiar-se; saber o que é desafio para si; conhecer seus limites
Andar, Correr, Saltar , saltitar, escorregar, escalar, rolar-se,
desviar, trepar, galopar. (Locomotoras) Arremessar , quicar, agarrar, lançar, driblar, rebater,
passar(objetos: bola, bastão...), chutar, cabecear, rolar/conduzir (a bola), receber, esquivar (0bjetos) (manipulativas)
Flexionar, estender, girar, parada de mãos ( atividades sem deslocamento do corpo) (Estabilização)
Coordenação espaço e tempo Força Coordenação visuomotora na relação olho/mão Lateralidade/ bilateralidade e dominância lateral Deslocamento Equilíbrio Coordenação global Flexibilidade Resistência Respiração Relaxamento Localização espacial( reconhecimento do espaço de ação-
dentro/fora, acima/abaixo, frente/atrás )
• Na fase da Educação Infantil é que as crianças necessitam fundamentalmente iniciar uma exploração consciente das possibilidades e limites dos movimentos:
• aprender a desafiar-se;
• saber o que é desafio para si;
• conhecer seus limites possibilidades.
TRABALHANDO COM O EIXO
brincadeira “pular cobrinha” Imagem cedida pela EMEII Wilson M. Bonato
O professor deverá propiciar a vivência e exploração de atividades com as ações corporais — das mais simples às mais complexas — sempre de maneira prazerosa, envolvendo a ludicidade para garantir o interesse e a movimentação da criança; adotando atividades da cultura infantil para efetivação do trabalho pedagógico num contexto de jogo, de brinquedo, evitando a monotonia de exercícios repetitivos e estressantes, para que não resultem em atividades sem sentido para a criança.
As ações corporais podem ser divididas em habilidades locomotoras, manipulativas e de estabilização.
Locomotoras – Refere-se às ações corporais realizadas pelo corpo em deslocamento pelo espaço.
habilidades locomotoras - Imagem cedida pela EMEII Wilson M. Bonato
Manipulativas – Ações corporais realizadas pelas extremidades do corpo (cabeça, mãos/braços, pés) em relação a um determinado objeto.
habilidades manipulativas” Imagem cedida pela EMEII Wilson M. Bonato
Estabilização – ( estática ou dinâmica) ações corporais direcionadas ao domínio do corpo em equilíbrio.
habilidades de estabilização (estática ou dinâmica) Imagem cedida pela EMEII Jose Toledo Filho
habilidades de estabilização (estática ou dinâmica)
-Aceitar desafiar-se corporalmente
[“a cadeira é muito alta para pular, mas eu
vou tentar com a ajuda da professora”]
-Aceitar desafiar-se corporalmente e buscar
novas possibilidades de destrezas para si
-[“esse lado do rio está muito fácil, vou
saltar do outro lado que é bem grande”]
Para que exercitem o domínio das ações
corporais e busquem os seguintes objetivos:
-Avaliar as ações corporais nas suas relações “difícil-fácil-difícil
(algo difícil pode ficar fácil; algo fácil pode ficar difícil, e planejar os
próprios desafios).
- [“ fazer cambalhota era difícil, mas depois ficou fácil”;
“fazer estrelinha ainda é difícil para mim e eu preciso usar o
apoio do banco”]
-Avaliar as partes do corpo envolvidas nas ações corporais e
funções corporais (posição, amplitude, força, batimento
cardíaco).
-[“Na cambalhota a gente gruda bem o queixo no peito pra poder rolar direitinho”]
https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=imagem+cambalhota
-Experimentar e ajudar a criar desafios diferentes para um
mesmo movimento, ou seja, realizar um mesmo
movimento de diferentes formas, amplitudes articulares,
planos, força, segmentos corporais etc.)
[“vou andar de costas e na ponta dos pés; vou pular bem
alto e dar um giro”]
https://www.google.com.br/search?hl=pt-
• O professor deverá propiciar a vivência e exploração de atividades com as ações corporais — das mais simples às mais complexas — sempre de maneira prazerosa, envolvendo a ludicidade para garantir o interesse e a movimentação da criança; adotando atividades da cultura infantil para efetivação do trabalho pedagógico num contexto de jogo, de brinquedo, evitando a monotonia de exercícios repetitivos e estressantes, para que não resultem em atividades sem sentido para a criança.
Orientações didáticas
JOGO
DESCRIÇÃO METAS
POSSÍVEIS
PARA SI
OPERAÇÕES
(conteúdos
Pular corda (cobrinha)
Duas crianças seguram a corda, cada uma em uma extremidade. Fazem movimentos sinuosos (representando o movimento da cobra). As crianças deverão saltar a corda sem tocá-la. Realizar o rodízio das crianças para que todos possam saltar e movimentar a corda.
Deslocar-se com destreza, coordenando os movimentos. Imaginar, criar, interagir com o outro e com o objeto. Buscar saltar por sobre as “cobras” na alturas e distâncias mais desafiadoras.
Correr e saltar: combinar essas habilidades; agilidade no deslocamento, coordenação espaço/tempo.
• Objetivo - Aceitar a oposição corporal do outro buscando criar ações corporais que superem a oposição do outro e/ou criem uma oposição para o outro.
BRINCADEIRAS DE SITUAÇÕES OPOSITIVAS
Exemplos de atividades da Cultura Corporal do mundo adulto.
Jogos coletivos (futebol, basquete, vôlei, handebol etc) Luta (judô, capoeira, boxe, esgrima etc,)
Foco da relação do sujeito. Aceitar a oposição corporal do outro buscando criar ações corporais que superem a oposição do outro e/ou criem uma oposição para o outro,
Exemplos de manifestações das brincadeiras infantis que possuem a relação de “ações corporais opositivas” como motivo principal.
Corre-cutia Esconde-esconde Gato e Rato Barra manteiga Coelhinho sai da toca Pega-pega Mãe de rua Pego-rabo
DUAS SITUACÕES DE BRINCADEIRAS INFANTIS NAS QUAIS OS MOVIMENTOS CORPORAIS SÃO OS MESMOS. (CORRER)
BRINCANDO DE PEGA-PEGA
OBJETIVO PRINCIPAL PERSEGUIR E FUGIR
CORRER O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL
OBJETIVO PRINCIPAL DOMINAR MÁXIMO MINHAS AÇÕES CORPORAIS
• Ações que direcione o sujeito alcançar
os próprios objetivos e que impeça o
outro de alcançar os seus (pega-pega –
correr, zigue-zague, fintas).
Brincadeiras que encarnam situações opositivas
PAPEL DO PROFESSOR – encorajar a aprendizagem das ações corporais opositivas e ampliar o repertório infantil, a interação com seus parceiros e a construção de regras nas relações sociais
Criar ações corporais opositivas-ataque e defesa. Motivo
que organizará, as relações dos sujeitos com o movimento
corporal com os outros sujeitos participantes.
HÁ UM VASTO CAMPO DE BRINCADEIRAS
Jogando que se aprende a jogar
Podendo ou não estar explícita – depende de sua
organização (bolinha de gude, pipa, cabo de
guerra...).
Brincadeira é um patrimônio cultural –
possibilitando o acesso ao conhecimento
histórico (humano genérico)
• Aceitar e compreender as regras do jogo como meio para todos brincarem bem; [“eu queria continuar correndo, mas preciso ficar parado porque o lobo me pegou”]
• Compreender e agir com as regras do jogo como uma relação entre motivos e meios para atingir os objetivos; [“para pegar o rato eu preciso correr bem rápido e tentar surpreendê-lo, mudando de direção ou saindo rápido da toca”]
Exercitem o domínio das ações corporais e busquem
os seguintes objetivos:
• Perceber a ação do outro e agir deliberadamente a partir dela; [“ele vai tentar me pegar, então eu vou correr para um lado e depois correr para o outro”]
• Dominar as ações corporais de perseguição e fuga; [“para fugir/pegar eu vou mudar a velocidade na corrida e mudar as direções onde corro” (fintas de direção com o corpo ou correr “em zigue-zague”)].
• Nas brincadeiras de situações opositivas as crianças vão: 1. De uma relação eminentemente externa com os objetivos e
ações especificas de situações opositivas propriamente ditas. Ex: “Corre cotia” - relacionam-se com o cantar a música, o correr em círculo, e o sentar no lugar.
2. Estabelecem relações entre os motivos e as ações para cumprir tais objetivos: sentar por que o outro vai me pegar.
3. Conseguem destacar as ações de perseguir e fugir como foco e motivo da brincadeira. Elas passam a ser mais planejadas – criam ações corporais opositivas e determinantes nas ações na brincadeira.
Orientações didáticas
JOGO
DESCRIÇÃO METAS
POSSÍVEIS
PARA SI
OPERAÇÕES
(conteúdos
Rabo do macaco
O jogo do rabo do macaco é uma variação do pega-pega. Pendurar fitas nas crianças imitando o rabo do macaco. As crianças deverão correr, proteger o seu rabo e tentar capturar o rabo do outro.
Criar boas estratégias de captura ou esquiva que envolva deslocamentos rápidos, mudanças de direção na corrida, fintas corporais (abaixar ou girar o corpo para proteger o próprio rabo) e boa velocidade de reação.
Correr, esquivar-se com velocidade e agilidade, dinâmica global, coordenação espacial e temporal
OPERAÇÕES EIXO – Brincadeiras de situações opositivas
• Domínio da própria ação corporal e
Domínio da ação corporal do outro: Correr Esquivar Agilidade Dinâmica global Coordenação espacial e temporal Velocidade no deslocamento Velocidade de reação Apreciação do espaço corporal Localização espacial (reconhecimento do espaço de ação – dentro/fora, acima/abaixo, frente/atrás)
Dispersão/agrupamento Aproximação/distanciamento União/separação
Objetivo : Criar uma dimensão estética e artística com as ações corporais a fim de mostrar uma determinada forma ou imagem com os movimentos corporais.
BRINCADEIRAS DE IMITAÇÃO/CRIAÇÃO DE FORMAS ARTÍSTICAS
Exemplos de atividades da
cultura corporal do mundo
adulto
Dança (balé, hip-hop, frevo, dança circular...)
Circo (trapezista, malabarista, equilibrista)
Mímica
Foco da relação do sujeito Criar uma dimensão estética e artística com as ações
corporais a fim de mostrar uma determinada forma ou
imagem com os movimentos corporais.
Manifestações das
brincadeiras infantis que
possuem a relação de
“criação de uma dimensão
artística para as ações
corporais” como motivo
principal
brincadeiras de roda
brincadeira da estátua
brincadeira de imitação de figuras e situações
brincar de circo
brincar de bailarino
brincar de mímico
brincadeira do escultor e do barro
brincadeira da “marionete”
andar na corda como o equilibrista*
CRIACAO DE UMA IMAGEM ARTÍSTICA COM AS AÇÕES CORPORAIS
• Vivenciarem ações corporais que busquem criar ou apreciar as formas corporais.
• ampliar o repertório infantil com brincadeiras.
• interação com parceiros e a construção de regras nas relações sociais
. Criar e experimentar diferentes possibilidades de posições que o corpo pode assumir em suas formas; [“eu fiz uma estrela no ar quando pulei”; “eu fiquei no chão bem encolhido, igual uma bola”; “eu imitei uma bola quicando no chão”].
. Descobrir as diferentes possibilidades para mudar os movimentos e criar formas: mudanças do corpo no espaço, na velocidade, no ritmo, na força. [“eu mexi os braços e as pernas igual a um robô (movimentos descontínuos no tempo e espaço)]”;” eu mexi os braços em circulo bem devagar, igual à música lenta” “eu pulei bem rápido igual à música de ritmo mais agitado”].
. Avaliar os movimentos corporais. [“a cambalhota de costas é um movimento engraçado”; “saltar com o corpo bem retinho fica bonito”; “quando alguém anda na corda bamba a gente fica com ‘medo’”].
Utilizar-se de situações lúdicas nas propostas que exercite o domínio motor: correr, subir, descer, girar, saltar etc. e que
permitam às crianças buscarem os objetivos:
A organização do trabalho pedagógico deve propiciar às crianças experiências por meio das vivências.
Orientações didáticas
O problema está em considerar que se tratam da mesma atividade, dos mesmos motivos, dos mesmos modos de ações ou relações do homem com o mundo, com os outros e consigo.
• Mediar e promover o diálogo com o mundo pelo corpo.
Propor situações para a criança interagir com outras por meio de gestos, expressões corporais, brincadeiras de imitação, jogos expressivos.
AÇÕES DE CRIACÃO DE FORMAS ARTISTÍCAS
PERCEBAM, APRECIEM E CRIEM ACÕES CORPORAIS
OPERAÇÕES EIXO – Brincadeiras de criação de formas artísticas
• Criação de uma imagem artística com as ações corporais:
• Movimento expressivo Postura Gestos Expressão facial e corporal • Movimento interpretativo Estético e criativo • Atividades rítmicas Sequências de ritmos Produção de ritmos com diferentes objetos e próprio corpo Elaboração e execução de coreografias simples Danças tradicionais/populares
JOGO
DESCRIÇÃO METAS
POSSÍVEIS
PARA SI
OPERAÇÕES
(conteúdos
Espelho
Distribuir as crianças em duplas, frente a frente. Uma delas é espelho da outra. Imitar os movimentos do competidor sem rir. Na repetição da brincadeira, os papéis se invertem.
Ampliar posições e ações corporais e suas dimensões: bonita; agradável, engraçada, suspense, medo, etc., bem como imitar as formas e ações do amigo. Reconhecer e valorizar seus próprios limites, bem como os limites do outro.
Movimento expressivo: postura, gestos, expressão facial e corporal
Quando a restrição vira liberdade...
Vamos imaginar que alguém nos proponha o seguinte objetivo: “pule livremente”. Como a maioria de nós iria cumprir esse objetivo? Como a maioria de nós iria efetivar essa liberdade? Provavelmente na forma de uma grande restrição! Iríamos pular monotonamente no mesmo lugar. Nossa aparente liberdade para pular “do jeito que quiséssemos” resultaria, assim, em uma grande restrição. Em contrapartida, ao “restringirmos” o movimento de pular, propondo que o sujeito aprenda, por exemplo, as diferentes técnicas, objetivos e desafios desenvolvidos e encarnados nos saltos do balé ou da ginástica olímpica, ah! Quanta liberdade e possibilidades de criação poderiam alcançar!
Assim, as “restrições” presentes nas atividades da cultura corporal (nas regras, nas técnicas, nos objetivos etc.) e presentes no trato pedagógico com tais atividades é o que, paradoxalmente, nos garante mais liberdade para nos relacionarmos com as ações corporais.
As máximas possibilidades de liberdade com as ações corporais realizam-se na medida em que o sujeito se apropria daquelas atividades que lhe exijam maximamente um autocontrole de sua conduta. Menos liberdade, aqui, vira mais liberdade.
GRATAS PELA ATENÇÃO