anais do i seminário do lepel e ii festival de cultura corporal

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CADERNO DO I SEMINÁRIO LEPEL-PE/ II FESTIVAL DE CULTURA CORPORAL EDUCAÇÃO FÍSICA E CULTURA CORPORAL: Fundamentos teórico- metodológicos Recife-PE

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Page 1: Anais do I Seminário do LEPEL e II Festival de cultura Corporal

CADERNO DO I SEMINÁRIO LEPEL-PE/ II FESTIVAL DE CULTURA CORPORAL

EDUCAÇÃO FÍSICA E CULTURA CORPORAL: Fundamentos teórico-metodológicos

Recife-PE

2014

Page 2: Anais do I Seminário do LEPEL e II Festival de cultura Corporal

Capa e diagramação

Cilos Fortunato da Silva

Revisão

Erika Suruagy Assis de Figueiredo e Flávio Dantas Albuquerque Melo

Consultoria

Rosângela Cely Branco Lindoso

Editora Universitária da UFRPE

Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos - CEP: 52171-900 - Recife/PE

(81) 3320 6170 | [email protected] | http://www.editora.ufrpe.br/

Page 3: Anais do I Seminário do LEPEL e II Festival de cultura Corporal

Sumário

(re)Construção da educação física na escola numa perspectiva crítico-superadora: as orientações teórico-metodológicas em ação........................................................8Futsal na escola: conhecer, vivenciar e despertar um olhar crítico..................................................................................12O PIBID na escola ginásio Pernambucano: a importância da diagnose para um bom planejamento.................................15Jogo/esporte: aparentemente competitivo essencialmente lúdico..................................................................................19Produção do conhecimento em educação física no estado de alagoas: tendências epistemológicas e possibilidades frente às necessidades educacionais na região nordeste..............24Pedagogia histórico-crítica, cultura corporal e metodologia da educação física crítico-superadora: experiência com o trato do conteúdo ginástica................................................28Reflexões e contribuições da ginástica para o ensino médio integral...............................................................................33Badminton: da origem a esportivização..............................39A importância do conhecimento da dança nas aulas de educação física: um relato de experiência na escola pública...........................................................................................42Uma contribuição para a discussão sobre a ginástica laboral: é Possível trabalhar este conteúdo na escola?....................48Conteúdo luta ensinado dentro e fora do ambiente escolar: quais as convergências e divergências existentes?............53I festival de experiências gimnicas com alunos da escola estadual santa cecilia e acadêmicos da aesa – essa em arcoverde – pe....................................................................56

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ginástica ritmica na escola: uma experiência que deu certo...........................................................................................61educação somática e consciência:......................................66uma abordagem a partir da técnica dos viannas................66Por uma constituinte: construção de uma série ginástica na perspectiva crítico-superadora e histórico-crítica em arapiraca – al......................................................................71A ginástica ritmica enquanto conteúdo a ser problematizado no ambiente escolar: (re) criando a ginástica escolar.........76Educação física infantil em escolas públicas e privadas: especificidades e semelhanças...........................................81As políticas públicas de esporte e lazer no Brasil: impactos dos sistemas de pós-graduação do sudeste na produção dos pesquisadores da região nordeste......................................84Matroginástica e autismo na educação física escolar..........95Memorial das copas do mundo de futebol.........................101A trilha na natureza como educaçâo ambiental transversal na escola...........................................................................107As práticas inovadoras na educação física escolar na mata-sul de pernambuco nos anais dos encontros estaduais de educação física de pernambuco........................................112Manifestações da cultura corporal na educação física escolar: um olhar a partir das concepções dos alunos em uma escola da cidade de feira de santana-ba...................121A cultura corporal dos continentes: os cinco eixos da educação física e suas várias transversais dialogando entre si.......................................................................................126O Conteudo Lutas Nas Intervenções Do Pibid: Proposições Da Educação Física Para Novas Práticas Educativas Na Escola

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Estadual De Refêrencia Em Ensino Médio Trajano De Mendoça...........................................................................130(Re) construindo a dança no contexto escolar: liberdade de expressão e reflexividade em ação...................................136saúde: núcleo central da representação social de idosos construídas a partir de corpo e esporte............................142Bon’ec@S: Uma Experiência na/com A Dança no IFPE – Campus Caruaru...............................................................147o PIBID-Educação Física e a importância da consciência política de classe...............................................................155

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APRESENTAÇÃO

O I Seminário da Linha de Estudos e Pesquisa em Educação Física, Esporte e Lazer (LEPEL-PE) e o II Festival de Cultura Corporal de Pernambuco configuram-se: 1º) como espaço para a discussão acerca das experiências concretas a partir do contato com o “chão da escola” protagonizadas pela Rede Lepel; 2º) como espaço para a socialização e culminância dos trabalhos realizados pelo Grupo de Pesquisa (LEPEL-PE) e o PIBID-Educação Física /UFRPE com a Cultura Corporal nas escolas e nas universidades públicas no nordeste do Brasil; 3º) Como ponto de apoio para a classe trabalhadora acessar a ciência, a estética e o lúdico nas suas formas mais desenvolvidas.

Destarte, o evento visa, ainda, contribuir para aproximar escola-universidade-comunidade, estimular a troca de experiências entre as instituições participantes e contribuir com a formação inicial e continuada dos professores de Educação Física do Estado de Pernambuco.

Portanto, diante desse horizonte teleológico e necessidade histórica, de um lado o Seminário está sistematizado (Conferência, Mesas e Oficinas) de forma a debater com a comunidade discente e docente da Educação Básica e do Ensino Superior os fundamentos teórico-metodológicos da Educação Física brasileira a partir do ponto de vista do materialismo histórico e dialético; e, por outro lado, o Festival contará com a apresentação de

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séries/coreografias elaboradas por diversos grupos formados pelos próprios alunos das escolas/instituições de ensino superior, de modo a valorizar o trato com o conhecimento da Cultura Corporal na escola/universidade.

Esperamos que o I Seminário da LEPEL-PE e II Festival de Cultura Corporal possam, ainda mais, qualificar cientificamente, politicamente e pedagogicamente a formação de todos aqueles que estão engajados no movimento de luta por uma Educação Escolar e uma Educação Física vinculada às necessidades e interesses da classe trabalhadora.

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(RE)CONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA NUMA PERSPECTIVA CRÍTICO-SUPERADORA: AS

ORIENTAÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS EM AÇÃO

Cilos Fortunato da Silva1

Maria Helena Câmara Lira2

Erika Suruagy Figueiredo de Assis3

INTRODUÇÃO

O presente trabalho consiste em descrever e analisar as vivências de prática pedagógica e formação docente com os conteúdos da cultura corporal: jogos, danças e esportes, desenvolvidos por alunos da licenciatura em Educação Física/UFRPE, bolsista da extensão e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, em uma escola da rede estadual da cidade do Recife-PE. As aulas foram realizadas com as turmas da 7º ano e 8º ano do ensino fundamental.

Para construção deste trabalho foi utilizado o formato de relato de experiência como uma das formas de apresentar as experiências vividas. Para tanto, foi preciso entender o relato de experiência enquanto instrumento de exposição por escrito das experiências vivenciadas durante

1 Licenciando em educação física, Bolsista PIBIC/CNPq. Apoio financeiro PIBID/CAPES2 Professora Assistente, tutora do PIBID-EF-UFRPE.3 Professora Assistente, coordenadora do PIBID-EF-UFRPE.

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as intervenções (PRESTES, 2003, p.32). Nesse sentido, o relato de experiência trata de apresentar os caminhos percorridos, descrever as atividades realizadas e de apreciação dos resultados parciais ou finais – obtidos (SEVERINO, 2000).

Tivemos como objetivos, a construção e materialização de uma sequência didática com conteúdos-temáticos da cultura corporal nas aulas de educação física escolar. As OTM’s (2008) serviram como base para a formulação das aulas. Para embasar nossa intervenção, procuramos nos apropriar da Pedagogia histórico-Crítica. Em seguida, buscamos apropriação teórica da abordagem crítico-superadora enquanto metodologia de ensino da educação física escolar.

Assim, essa abordagem assumiu a reflexão da cultura corporal como objeto da educação física escolar, baseando-se “que a materialidade corpórea foi historicamente construída e, portanto, existe uma cultura corporal, resultado de conhecimentos socialmente produzidos e historicamente acumulados pela humanidade que necessitam ser retraçados e transmitidos para os alunos da escola” (COLETIVO DE AUTORES, 1992, P.33).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As atividades foram desenvolvidas respeitando momentos distintos do processo de ensino-aprendizado,

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tendo a organização do trabalho pedagógico pautada na concepção crítico-superadora de Educação Física e na didática apresentada pela concepção Histórico-Crítica da Educação. Baseado na proposta pedagógica de Demerval Saviani (2011) e detalhada sua dinâmica didática por Gasparin(2009), dividindo as fases de ensino em 5 processos contínuos. Para tanto, foi realizada uma síntese a partir da contribuição do Coletivo de Autores (1992) e Gasparin (2009), tendo cinco elementos importantes na dinâmica de ensino: Prática social, Problematização, Instrumentalização, Catarse, Prática social. Lembrando que, o trabalho pedagógico deve se torna socialmente útil, após ampliar a compreensão da realidade dos alunos. Este, por sua vez, munido de novos conhecimentos fará frente a diversos desafios da vida cotidiana.

Organizamos as aulas para trabalhar com o esporte (futebol), jogo (xadrez) e dança (forro e hip-hop). Conseguimos realizar as atividades planejadas, apesar de alguns conteúdos serem atravessados por questões mais amplas, como sexismo, violência, religião e alguns outros. Para o conteúdo da dança, a religião foi o maior entrave, muitas alunas se recusavam por serem evangélicas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise desses dados, é possível afirmar que uma atuação docente na Educação Básica a qual não

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tenha como princípio norteador do trabalho pedagógico a reflexão, estará negligenciando a complexidade do trabalho docente. As experiências anteriormente relatadas, somadas a outras, mostram a necessidade de planejar, executar, avaliar e voltar novamente ao planejamento. Este ciclo se apresentou no trabalho desenvolvido, na qual a avaliação mostrou ser eficazmente utilizada enquanto instrumento de reorganização do trabalho pedagógico.

Enfim, consideramos a necessidade de uma atenção contínua sobre a concepção pedagógica que norteia nossas intervenções, pois, embora possamos achar que nosso trabalho está contribuindo para com os educandos, por meio de uma formação para superação das condições sociais postas, podemos estar, na verdade, contribuindo para a manutenção do status quo, ou seja, para reprodução da ordem capitalista burguesa vigente.

REFERÊNCIASSAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. 11.ed. Campinas/SP, Autores Associados, 2011. EVERINO, Antônio Joaquin. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. Ver. E ampl. São Paulo: Cortez, 2000.

PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construção do conhecimento científico: do planejamento aos textos, da escola à academia. São Paulo: Rêspel, 2002.

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PERNAMBUCO. Orientações teórico-metodológicas – Educação Física. Secretária de Educação, 2008.GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 5. ed. Campinas/SP: Editora Autores Associados, 2009.COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo, Cortez, 1992.

Autor principal:Cilos Fortunato da Silva. Endereço: Rua doze de junho, 1460, UR-3 Ibura, Recife-PE. E-mail: [email protected]

FUTSAL NA ESCOLA: CONHECER, VIVENCIAR E DESPERTAR UM OLHAR CRÍTICO

Erick Mateus Guedes Silva¹

INTRODUÇÃO

Este trabalho se encontra dentro do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) da Universidade Federal Rural de Pernambuco e estar sendo realizado em Camaragibe na Escola Ministro Jarbas Passarinho onde o mesmo se encontra em processo de andamento.

OBJETIVOS

Proporcionar aos alunos atividades em que possam obter o conhecimento teórico e prático do futsal. Possibilitar aos

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alunos o conhecimento do futsal como componente da cultura corporal, assim estimulando neles o pensamento crítico-superador a respeito da sua realidade e da sociedade em que vive.

METODOLOGIASabendo que o futsal é um dos esportes mais praticados na escola e também um dos conteúdos mais presentes nas aulas de educação física. Pretendemos abordar o futsal a partir de suas regras, fundamentos, formações táticas e conceitos técnicos permitindo ao aluno este conhecimento que não pode lhe ser negado também objetivando o seu crescimento intelectual no processo de ensino-aprendizagem do futsal como elemento da cultura corporal, partindo da sua historicidade e seguindo as orientações dadas pelo coletivo de autores, que serve como diretriz para nós do PIBID, tentaremos despertar um olhar critico nos alunos sobre o futsal.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com base nas OTMs (2008) o esporte precisa ser vivenciado de forma crítica, de maneira que suas normas e suas condições de adaptação á realidade social e cultural da comunidade que o pratica, o cria e o recria sejam sempre questionados. Etchpareet al (2004) justifica a pratica do futsal afirmando que além de desenvolver as capacidades

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cognitivas de percepção, antecipação e tomada de decisões, tendo na aprendizagem psicomotora a base do processo da formação, por meio de movimentos básicos como correr, saltar e rolar o aluno irá desenvolver equilíbrio, ritmo, coordenação e noções de espaço e tempo. Sendo assim, não deixando de lado os gestos e movimentos técnicos, sistemas táticos e ás regras oficias que têm em si durante o processo de aprendizagem a sua importância. Mas utilizar de métodos para que o futsal seja entendido não só como esporte, mas também com componente da cultura corporal. Proporcionando aos alunos momentos em que possam expressar suas opiniões sobre as regras do jogo, situações vividas, relações em equipe e a sua relação pessoal com o futsal.

CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAISCom revisões de referências sobre a modalidade futsal e orientações metodológicas, foi possível organizar um plano de ensino em que são abordados aspectos que contribuem para o desenvolvimento motor e cognitivo visando a aprendizagem e o despertar do senso crítico do aluno através da modalidade do futsal.

Erick Mateus Guedes Silva graduando do curso de Licenciatura em Educação Física de Universidade Federal do Rural de Pernambuco. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP: 52171-900. E-mail: [email protected]

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez,1992.

PERNAMBUCO. Governo do Estado. Secretaria de Educação. Orientações teórico-metodológicas - Ensino Fundamental e Ensino Médio: Educação Física. Recife: SEDE-PE, 2010.

ETCHEPARE, L.S. Inteligência corporal sinestésica em alunos de escolas de futsal. EFdesportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº78,2004. Http://WWWefdesportes.com/efd78/intelig.htm

O PIBID NA ESCOLA GINÁSIO PERNAMBUCANO: A IMPORTÂNCIA DA DIAGNOSE PARA UM BOM

PLANEJAMENTO

Bárbara Vanessa Siqueira de Andrade¹André Felipe Rodrigues da Silva2

Lidiane Kelly de Lima Vasconcelos3

Marcelo Gomes da Costa Guedes Pereira4

RESUMO

Realizar uma diagnose em uma escola significa verificar e constatar os dados da realidade para poder agir e contribuir com o aprendizado e a formação dos discentes. Tendo em

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vista a Educação Física escolar, faz-se necessário realizar este procedimento para se saber as condições para a realização da prática pedagógica com base nos conteúdos da Cultura Corporal. Sendo assim, este trabalho visa relatar a experiência de diagnóstico tida na Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano através dos bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência da Universidade Federal Rural de Pernambuco. A diagnose contribuiu diretamente com o trabalho dos bolsistas na escola e pode ser vista como fator essencial para a atuação do professor no ambiente escolar.

Palavras-chave: Diagnóstico, PIBID, Educação Física.

O presente trabalho tem como objetivo relatar o processo de diagnose feito para constatar a realidade de uma escola de referência em ensino médio da cidade do Recife. O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) iniciou seus trabalhos no EREM Ginásio Pernambucano no início de 2014 e seus objetivos sãoo incentivo a formação de docentes em nível superior para a educação básica, a formação continuada dos professores das escolas e a contribuição com a materialização de um ensino de qualidade na escola, acarretando diretamente na contribuição para a reflexão pedagógica.

Segundo o Coletivo de Autores (1992), a reflexão pedagógica é diagnostica porque “remete à constatação e leitura dos dados da realidade. Esses dados carecem de interpretação, ou seja, de um julgamento sobre eles. Para interpretá-los, o sujeito pensante emite um juízo de valor

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que depende da perspectiva de classe de quem julga”. Ao adentrar na escola, é importante que se verifique e se constate os dados da realidade e os fatores relevantes e irrelevantes para a realização da prática docente e para o processo de ensino-aprendizagem.

Este diagnóstico foi realizado pelos bolsistas da área de Educação Física da escola para a obtenção dos dados da realidade escolar que possibilitem a realização de um planejamento adequado, devidamente contextualizado, para que as intervenções possam contribuir para alterar as condições existentes na escola, em especial, das aulas de Educação Física.

Os bolsistas do programa na escola realizaram o processo diagnóstico durante os meses de Abril e Maio de 2014 onde o foco foi conhecer a estrutura física, constatar os dados relativos aos alunos, verificar a relação da escola com a comunidade e com as famílias dos alunos, ter o primeiro contato com a professora e as aulas de Educação Física, através da observação. Com base em entrevistas com supervisores, diretores e coordenadores e na consulta ao Projeto Político Pedagógico da escola, teve-se acesso a dados relevantes como a proposta da escola para o trato com os discentes, a história da instituição e as últimas conquistas perante os vestibulares e os demais testes avaliativos.

Levando-se em consideração o trabalho realizado no período citado, pudemos constatar que a Escola de

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Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano possui uma estrutura antiga, mas que dispõe de espaços específicos para dar ênfase em diversas disciplinas, porém que não contempla a Educação Física por não possuir uma quadra onde se possa trabalhar conteúdos da Cultura Corporal, como por exemplo, o Esporte, que é trabalhado apenas de forma teórica. Com relação aos materiais, constatou-se uma carência (DE QUEM? O QUE FALTA?) neste sentido que também priva o conhecimento sistemático para os alunos acerca dos conteúdos específicos.

Outro aspecto relevante do diagnóstico foi identificar que a escola se posta com o foco voltado para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e demais vestibulares, porém sem ter uma organização igualitária para todas as áreas. Um fator importante e muito executado na escola é a sua filosofia de proporcionar aos alunos que estes sejam protagonistas de suas próprias ações, o que causa neles o espírito de liderança para poder tomar suas próprias ações, podendo posteriormente ser taxado como um valor social por ele adquirido e que será levado em toda sua trajetória. Sendo assim, o diagnóstico mostrou-se de fundamental importância, pois, a partir destes dados, os bolsistas do programa tendem a se organizar para atuar na escola e contemplar os objetivos do programa, melhorando cada vez mais sua prática docente.

REFERÊNCIAS:

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COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

PERNAMBUCO. Governo do Estado. Secretaria de Educação. Orientações Teórico-metodológicas – Ensino Fundamental e Médio: Educação Física. Recife: SEDE-PE, 2008. 64p.

Bárbara Vanessa Siqueira de Andrade – Avenida Doutor Cláudio José Gueiros Leite, número 2920, casa 1, Janga, Paulista-PE; [email protected]

JOGO/ESPORTE: APARENTEMENTE COMPETITIVO ESSENCIALMENTE LÚDICO

Jennife Emanuelle Santos da Cruz Gleyce Kelly Batista de Souza2

Thulio Nilson do Nascimento Pereira3

Rosângela Cely Branco Lindoso4

Erika Suruagy Assis de Figueiredo5

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Universidade Federal Rural de Pernambuco – BrasilE-mail: [email protected]

[email protected]@gmail.com

[email protected]@yahoo.com.br

INTRODUÇÃOO presente trabalho tem como o objetivo

problematizar o conteúdo jogo nas aulas de Educação Física nas escolas, buscando ampliar a compreensão teórica do jogo e seus fundamentos diferenciadores do esporte. Para tanto, foi feito um estudo sistematizado da pedagogia histórico-crítica e abordagem crítico-superadora para nos dá subsídios para tratar do conteúdo da cultura corporal, o jogo.

Outro aspecto relevante do trabalho consiste no planejamento de um plano de ensino para ser aplicado na Escola de Referência em Ensino Médio Cândido Duarte, onde os alunos irão ser instigados a (re)criar jogos e brincadeiras a partir de elementos que diferencia o jogo do esporte, dando sentido e significado a sua prática..

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A escola enquanto espaço responsável pela educação formal de crianças e adolescentes a partir do processo de ensino-aprendizagem, objetivando o acesso aos conhecimentos historicamente construídos. Buscando

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desenvolver nos alunos uma elevação da consciência social por meio do conhecimento crítico a respeito da realidade, enquanto instrumentos elucidadores da realidade. Dessa forma, ampliação do conhecimento instrumentalizaria os educandos a intervirem buscando a transformação social, entendendo que o modo de produção social da vida já não atende os interesses da classe majoritária (classe trabalhadora).

Nessa linha de pensamento, essa pesquisa tem como objetivo problematizar o conteúdo jogo nas aula de Educação Física, buscando ampliar a compreensão teórica desse conteúdo e seus fundamentos diferenciadores do esporte. Esse estudo possibilita ampliar as estratégias para o trato do conhecimento dos alunos a respeito do jogo e as características que diferenciam do esporte, na qual o jogo serve como instrumento e não conteúdo para formação de atletas no ambiente escolar (LOVISOLO & STIGGER, 2009).

Os jogos enquanto fenômenos sócio-culturais são fundamentais para o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores dos indivíduos (LEONTIEV, 1988; VIGOTSKY, 1994), assim como, na internalização das normas, valores e costumes das sociedades na qual o jogo é manifestado (BENJAMIM, 2009). Dessa maneira, a pesquisa nos dará subsídios para vivenciar os jogos na escola buscando ampliar a compreensão dos educandos a partir de novas possibilidades de construção social e de um novo modo de produção da vida.

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METODOLOGIA

Para tanto, realizamos uma pesquisa bibliográfica para fundamentar a ação pedagógica, com o intuito de nos apropriarmos do conhecimento pedagógico, da metodologia do ensino da educação física e específico do conteúdo jogo para realização de uma ação consciente na escola. Foram feitos fichamentos e elaboradas sínteses das referências bibliográficas estudadas.

RESULTADO E DISCUSSÃO

Com base nos estudos realizados sobre o conhecimento pedagógico, metodologia do ensino da educação física e o conteúdo jogo, destacamos a proposição pedagógica de Saviani (2008) e a concepção crítico-superadora (COLETIVO DE AUTORES, 2012).

Inicialmente parte-se da compreensão cognoscitiva dos educandos sobre o conteúdo jogo, observando sua vivencia com o conteúdo que será trabalhado por meio de tempestades de ideias e roda de diálogo. Logo após, buscaremos (re)criar os jogos questionando os educandos sobre os elementos fundantes do jogo e os elementos que os e diferenciam dos esportes. Durante os questionamentos traremos textos e abriremos para discussões que procurem diferenciar jogo de esporte, em seguida procuraremos

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vivenciar os jogos trazendo à tona os elementos que dão sentido e significado ao mesmo.

Ao final os alunos serão instigados a construírem cartazes que explicitem a compreensão teórica de jogo e sua diferença de esporte. Seguindo a proposição de alterar o tempo-espaço pedagógico propomos a realização de um festival de jogos, onde será possível observar a elevação do nível de compreensão dos alunos acerca do jogo e seus elementos diferenciadores do esporte.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos estudos realizados sobre o conhecimento pedagógico, metodologia do ensino da educação física e o conteúdo jogo, buscaremos intervir na escola de maneira fundamentada para o desenvolvimento da cultura corporal na escola, com o intuito de levar os educandos a elevarem seu nível de consciência, de forma que o mesmo consigam diferenciar o jogo do esporte por intermédio dos elementos fundamentais do jogo, proporcionando a eles a vivência de diferentes brincadeiras a partir da (re)criação do jogo, dando sentido e significado ao mesmo.

REFERÊNCIAS

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BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre o brinquedo, a criança e a educação. 2ed. trad. Marcus Vinicius Mazzari. São Paulo: Editora 34, 2009.COLETIVO DE AUTORES: Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo, Cortez, 2012.LEONTIEV, A. N. Os princípios psicológicos da brincadeira pré-escolar. In VYGOTSKY, L. S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ed. Ícone, 1988.SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras aproximações 10. Ed. São Paulo, Cortez, 2008.STINGGER, Marco Paulo & LOVISOLO, Hugo (orgs.). Esporte de rendimento e esporte na escola. Campinas, SP: Autores Associados, 2009.

Jennife Emanuelle Santos da CruzRua Gerôncio Falcão, [email protected]

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PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM EDUCAÇÃO FÍSICA NO ESTADO DE ALAGOAS: TENDÊNCIAS

EPISTEMOLÓGICAS E POSSIBILIDADES FRENTE ÀS NECESSIDADES EDUCACIONAIS NA REGIÃO NORDESTE

Luana dos Santos SILVA¹Pedro Henrique Ferreira de MELO²

Genivaldo Damasceno Santos JÚNIOR³RayzaCrys Rodrigues de Souza BARBOSA4

Joelma de Oliveira ALBUQUERQUE5

INTRODUÇÃO

Este trabalho se deu através do edital PIBIC/CNPq, e refere-se ao balanço da produção do conhecimento em nível de teses e dissertações no Estado de Alagoas, produzidas pelos professores das instituições de ensino superior (IES). É ligado à pesquisa realizada em rede de colaboração entre universidades do sudeste e sul (Unicamp, Ufscar e Furb) e Nordeste (nos nove estados da região), coordenado pela Rede LEPEL de Grupos de pesquisa, intitulada Produção científica em Educação Física no Nordeste do Brasil: os impactos do sistema de pós-graduação - região sudeste - na produção de docentes, mestres e doutores e na implementação da pesquisa nas instituições formadoras da região nordeste. A pesquisa de caráter matricial é fomentada pela FAPESP e coordenada pela Unicamp. O

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objetivo deste trabalho é analisar a configuração da pesquisa em Educação Física em Alagoas (teses e dissertações) em termos das características epistemológicas (elementos lógicos e pressupostos) de forma a sistematizar um quadro que permita identificar com precisão as consequências para a formação profissional e a educação básica no Estado.

METODOLOGIA

A investigação se pauta no método materialista histórico dialético, com dimensões qualitativas e quantitativas e na metodologia da análise epistemológica, do Esquema Paradigmático. Com base neste esquema, foi elaborado uma planilha em formato Excel para coleta de dados, a Planilha III–instrumento de registro da caracterização da produção científica, composta de três partes: III–A: Caracterização da produção; III–B: Registro de característica epistemológicas das pesquisas; e III–C: Registro de referências/citações. O preenchimento da planilha é orientado pelo protocolo de preenchimento das planilhas Excel relativo ao instrumento de registro da caracterização da produção científica. Os objetos de analises são as dissertações e teses dos portadores dos títulos de mestre e doutor que atuam no ensino e na pesquisa (registrados nos currículos Lattes) no Estado de Alagoas. As fontes foram coletadas em bancos digitais tais como a BDTD – o banco de teses e dissertações da CAPES – O site Domínio

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Público; entre outros. A planilha III–B está com o preenchimento em andamento, pois o nosso objetivo nesse período é sistematizar os dados desta e identificar as tendências epistemológicas presentes nas produções.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com relação aos paradigmas dominantes na Educação Física, podemos identificar Sánchez Gamboa (1987 e 2008), em estudos realizados na década de 80 que caracterizou três grandes paradigmas científicos ou abordagens da pesquisa educacional denominadas: empírico-analíticas, fenomenológico-hermenêuticas e crítico-dialéticas, que se diferenciam pela maneira de construir o conhecimento e de articular os diversos elementos da pesquisa. Esta pesquisa se pautou na análise epistemológica com base no Esquema Paradigmático proposto por Sánchez Gamboa (2007), por meio do qual se analisa produções científicas no que diz respeito aos níveis de articulação lógica (técnico, teórico, metodológico e epistemológico) e pressupostos ontológicos e gnosiológicos.

CONCLUSÃO

Levantamos a hipótese que Educação Física enquanto área do Conhecimento Científico no Estado de Alagoas está à mercê da fragmentação no que compete as tendências biologicistas das ciências da saúde, a qual há uma prevalência deste paradigma que acarreta uma

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redução do homem como sujeito unicamente biológico. A formação em áreas afins que reafirmam o colonialismo epistemológico e a flutuação epistemológica (Sánchez Gamboa, 2007) continua muito forte, principalmente a área das ciências biológicas/saúde. Esta tendência do ponto de vista da formação dos novos profissionais pode restringir a compreensão de formação humana (objeto do trabalho educativo) a partir da tendência epistemológica que predomina nessas áreas, com consequências, por exemplo, para a seleção do conhecimento para o currículo da Educação Física na Educação Básica. Estes elementos podem ser confrontados com a exigência colocada na realidade atual, de uma ampla formação para atuação em diferentes campos de atuação como a escola, as equipes de saúde, os clubes e academias.

REFERÊNCIAS

SÁNCHEZ GAMBOA. S. A Dialética na Pesquisa em Educação: Elementos de Contexto, in Fazenda, I., Metodologia da Pesquisa Educacional, São Paulo: Cortez, 2008

_________________. Epistemologia da Pesquisa em Educação: estruturas lógicas e tendências metodológicas. 1987. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Unicamp, Campinas/SP, 1987.

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_________________. Epistemologia da Educação Física: as inter-relações necessárias. Maceió: Edufal, 2007.

Luana dos Santos Silva.

Povoado Chã do Meio, Junqueiro - Alagoas. Cep: 57270-000.

[email protected]

PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA, CULTURA CORPORAL E METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA CRÍTICO-SUPERADORA: EXPERIÊNCIA COM O TRATO DO

CONTEÚDO GINÁSTICA

Raugerlan Alexandre da Silva¹Erika Suruagy Assis de Figueiredo²

INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta um relato de experiência das ações iniciais do Projeto de Extensão Cultura Corporal na Escola da Universidade Federal Rural de Pernambuco. O projeto pretende contribuir com o debate acerca da Pedagogia Histórico-crítica e Metodologia Crítico-superadora da Educação Física. Realizando grupos de estudos e pesquisas com as principais referências que abordam a referida temática, e realizando intervenções nas aulas de Educação Física de uma escola da rede pública de ensino da cidade do Recife, o projeto almeja contribuir com a formação dos licenciandos envolvidos, com a formação continuada dos professores da escola e com a valorização

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da disciplina Educação Física, dando aos alunos acesso aos conteúdos da Cultura Corporal.

OBJETIVOS

Estimular o debate e os estudos acerca da Pedagogia Histórico-crítica, Metodologia Crítico-superadora e conteúdos da Cultura Corporal. Relatar experiência de docência em aulas de Educação Física de escola da rede pública da cidade do Recife, com o conteúdo da Cultura Corporal ginástica, dentro da perspectiva da Pedagogia Histórico-crítica e Metodologia Crítico-superadora.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A partir da década de 80 surgem, na área da Educação Física, correntes teóricas que defendem seu caráter crítico e revolucionário em detrimento da visão higienista, tecnicista e meramente da aptidão física existentes. A publicação do livro Metodologia do Ensino da Educação Física, pelo Coletivo de Autores (1992), representou um marco ao definir a Educação Física escolar enquanto disciplina que trata pedagogicamente do conhecimento de uma área denominada de Cultura Corporal, podendo ser exemplificada pelo jogo, esporte, ginástica, danças, lutas, entre outros. Os autores apresentam também a concepção da abordagem de

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Educação Física Crítico-superadora, balizada na Pedagogia Histórico-crítica apresentada por Saviani (1987; 1991), apontando que a Educação Física deve trabalhar intencional e pedagogicamente os conteúdos da cultura corporal, historicamente construídos pela humanidade e que, portanto, devem ser acessados por todos, contribuindo assim para a formação humana de um sujeito crítico, emancipado socialmente, capaz de identificar, compreender, sistematizar e transformar a realidade onde está inserido. Metodologicamente, a pedagogia histórico-crítica apresenta a seguinte organização: prática social inicial, problematização, instrumentalização, catarse e prática social final. Dessa forma o conhecimento é assimilado de forma espiralada e contínua, sendo a prática social o ponto de partida e chegada do ciclo de aprendizagem, onde o aluno parte do seu conhecimento e experiência prévia acerca do tema, e finaliza o processo em uma nova prática social, dessa vez em um patamar qualitativamente mais elevado. Assim, a Educação Física soma-se ao esforço das correntes pedagógicas comprometidas com a democratização do acesso ao conhecimento científico, com a emancipação humana e a transformação social necessária em nosso país.

METODOLOGIA

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Inicialmente foram realizados estudos das principais obras que versam sobre a Pedagogia Histórico-crítica e Metodologia Crítico-superadora, para que se pudesse compreender de que forma seriam realizadas as intervenções. Em seguida foi feito contato com a escola para estudar a possibilidade de participação do projeto em suas aulas de Educação Física. Foi possível fechar parceria de participação das aulas do 7º ano do Ensino Fundamental, que acontecem uma vez por semana. O primeiro conteúdo de trabalho foi a ginástica. Foram então planejadas e posteriormente executadas as aulas, onde inicialmente se realizou um diagnóstico dos alunos e em seguida iniciou-se o trabalho com o conteúdo: fundamentos da ginástica (girar, saltar, equilibrar, escalar, balançar), através de dinâmicas e atividades de experimentação destes movimentos; ginástica rítmica, mais precisamente os aparelhos fita e arco. Uma vez que a ação encontra-se em andamento, pretende-se ainda concretizar a produção por parte dos alunos de um serie ginástica, para ser socializada dentro e fora da escola.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É importante destacar que as conclusões apresentadas são parciais, pois o projeto ainda encontra-se em andamento. Porém, é possível perceber a importância dos estudos realizados no projeto, para entender a Educação Física enquanto componente curricular contribuinte com a

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formação dos alunos e sua humanização. As intervenções na escola demonstram a potencialidade de se trabalhar o referido conteúdo, mesmo diante de diversas dificuldades, uma vez que os principais objetivos demarcados para cada aula conseguem ser alcançados. Pretende-se então continuar com o trabalho para enriquecer ainda mais o debate a cerca dos temas mencionados.

REFERÊNCIAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. 2 ed. São Paulo: Cortez: 2012.SAVIANI, D. Escola e democracia. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1987.SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991.

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REFLEXÕES E CONTRIBUIÇÕES DA GINÁSTICA PARA O ENSINO MÉDIO INTEGRAL

Viviane Patrícia Pereira de Oliveira¹

RESUMO

Esse artigo tem como objetivo relatar uma experiência realizada a partir da vivência da ginástica localizada, numa perspectiva reflexiva, nas aulas de Educação Física. A metodologia compreende uma pesquisa bibliográfica, observações assistemáticas e intervenção prática. O estudo foi com 210 alunos (a), do terceiro ano do Ensino Médio Integral, de uma instituição pública estadual. Refletimos sobre a influência da vida moderna, as características e os benefícios da ginástica localizada. Admitimos que é um desafio tratar o conteúdo ginástica localizada onde predomina os comodismos da vida moderna, apesar das dificuldades dos alunos com o trato desse conhecimento. Foi possível estimular a reflexão, ampliação e interação com os saberes escolares.

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INTRODUÇÃO

O avanço tecnológico tem contribuído para fornecer mais informações e mais conforto à população, (DARIDO, 2007) com ele os adolescentes têm novas possibilidades de viajar pelo mundo, quando há uma dedicação exacerbada desse uso pode trazer várias conseqüências. Tais características tem sido apontadas como as principais responsável pelo aumento dos riscos de diversas doenças crônicas (DARIDO, 2007).

De acordo com (NAHAS, 2003) se torna importante discutir nas aulas de educação física as questões sobre saúde e bem estar. E o comportamento corporal decorrentes do avanço tecnológico e a analise do impacto delas na vida do cidadão. (DARIDO, 2007)

Na perspectiva de contribuir para a construção reflexiva do conhecimento presente nessa problemática que realizamos um trabalho baseado na concepção Crítica Superadora que é “comprometida com a formação que garanta aos estudantes a ação- refleção- nova ação” (COLETIVO DE AUTORES, 1992; 2012).

Guiamos nosso estudo a partir das seguintes questões: Como trabalhar a ginástica localizada numa realidade sedentária? Como refletir, e vivenciar a ginástica localizada onde há predominância de praticas da sociedade moderna?

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O artigo teve como objetivo geral apresentar uma experiência realizada a partir da ginástica localizada numa perspectiva reflexiva nas aulas de educação física. E por objetivos específicos: Realizar um levantamento teórico sobre a ginástica localizada, apresentar as diferentes possibilidades de trabalhar a ginástica localizada, contribuir de forma critica e reflexiva para a pratica do docente e aprendizagem discente.

METODOLOGIA

Dividimos em três partes, pesquisa bibliográfica “é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores em documentos impressos” (MARCONI E LAKATOS, 2010). A intervenção prática refere-se à ação pedagógica desenvolvida; tomamos como referencia a proposta Crítica Superadora (COLETIVO DE AUTORES, 1992; 2012). E a observação assistemática que corresponde “recolher e registrar os fatos da realidade sem que o pesquisador utilize meios técnicos especiais” (MARCONI; LAKATOS, 2010).

O instrumento para a coleta de dados foi um questionário com os alunos, e um diário de campo, no qual relatamos todos os acontecimentos das aulas. Nossos sujeitos foram 210 alunos (a), do terceiro ano do ensino médio integral, de uma escola Estadual em PE.

EXPERIENCIA COM A GINÁSTICA LOCALIZADA

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O trabalho foi realizado em 24 aulas de ginástica localizada, numa escola estadual em PE, com alunos (a) do terceiro ano do ensino médio integral. Primeiramente foi questionado porque os jovens no mundo moderno praticam menos ginástica? No entendimento dos alunos “por falta de tempo, alegando está ocupado nas redes sociais” e “não ter animo para se exercitar”. Foi explicado verbalmente as características da ginástica localizada fundamentado em Costa (2001) e Bompa (2002). Para ampliação do conhecimento solicitamos o que (TAVARES, 2011) sugere uma pesquisa sobre a ginástica localizada.

Organizamos grupos para discutir sobre a pesquisa. O aluno A1- falou “que foi importante porque não sabia que a pratica da ginástica localizada tinha benefícios em outras áreas da vida além da parte física” o A2- disse “essa pesquisa me fez pensar que a pratica da ginástica prolonga a minha vida”.

Expomos vídeos com a temática, em seguida um problema foi levantado, A3 diz “como vamos praticar a ginástica localizada na escola se não temos os equipamentos? Solicitamos que juntos refletissem, sugeriram realizar a vivencia com materiais alternativos, AGUIAR (2009) sugere aos professores essa pratica. Foi feito um levantamento dos objetos para a vivencia (2 garrafas de água 500ml cheia de areia, elástico, 2kg de alimento, meião, toalha de banho e bastão de madeira.

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Realizamos a vivencia da ginástica localizada com materiais alternativos, trabalhando os grupos musculares separadamente em dupla e individual. No final das aulas realizamos uma roda de conversa e refletimos sobre as experiências vividas no processo de ensino e aprendizagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse estudo se propôs relatar uma experiência realizada nas aulas de Educação Física com o tema ginástica localizada. Admitimos que foi um desafio tratá-la onde predomina os comodismos da vida moderna, mais enriquecedor para ampliar os conhecimentos de todos envolvidos (professora e alunos).

Percebemos que os alunos participaram ativamente do processo pedagógico, na medida em que compartilharam seus conhecimentos fazendo com que houvesse o confronto do saber popular com o conhecimento cientifico (COLETIVO DE AUTORES, 1992, 2012).

De acordo com os depoimentos coletados, notou-se que os alunos refletiram suas práticas, chegando ao ponto de eles sugerirem formas de como ser vivenciada a ginástica localizada na escola.

Espera-se com este trabalho poder contribuir para que os profissionais da área encontrem meios para tratar pedagogicamente todos os conteúdos da Educação Física, e não negar aos alunos o direito do saber sistematizado.

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REFERENCIAS

AGUIAR, C. S., (2009). Construção de Materiais curriculares na Educação Física Escolar. X EnFEFE - Encontro Fluminense de Educação Física Escolar.

BOMPA, O.T. Periodização: Teoria e metodologia do Treinamento, SP: Phorte Editora Ltda, 2002.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 2012.

COSTA, Marcelo Gomes. Ginástica Localizada. Rio de janeiro, Sprint, 2001.

DARIDO, Suraya Cristina; SOUZA JÚNIOR, Osmar Moreira de. Para ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas: Papirus, 2007.

LAKATOS E.M., MARCONI, M.A.Fundamentos de metodologia científica. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

PERNAMBUCO. Governo do Estado. Secretaria de Educação. Orientações teórico-metodológicas- Educação Física- Ensino Médio. Recife: Secretaria de Educação-PE, 2010.

SOUZA JUNIOR, Marcilio. Educação física escolar, teoria e pratica curricular, saberes escolares e propostas pedagógicas. Recife: EDUPE, 2005.

TAVARES, Marcelo; SOUZA JÚNIOR, Marcílio; DIAS, Ana Catarina. Educação Física escolar: contribuições teórico-metodológicas para a prática pedagógica dos professores de Educação Física. In:Prática Pedagógica e Formação Profissional na Educação Física: Reencontro com caminhos interdisciplinares,TAVARES, Marcelo (Org.)– Recife: EDUPE, 2011.

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Viviane Patrícia Pereira de Oliveira

Email: [email protected]

BADMINTON: DA ORIGEM A ESPORTIVIZAÇÃO

Lidiane Kelly de Lima Vasconcelos¹Arthur Silva de Santana²

Caroline Moraes Pimentel Fontão³Danillo Henrique Inácio de Souza4

Este trabalho é resultado de um relato de experiência organizado pelos bolsistas do Programa de Bolsas de Iniciação da Docência de Licenciatura em Educação Física da UFRPE. Foi realizado na Semana do Calouro da turma 2014.1, com o intuito de trabalhar um dos elementos da Cultura Corporal no formato de oficina, a partir do conteúdo esporte, tematizando o Badminton. A oficina foi intitulada, Badminton: da origem a esportivização.

A partir disso, o objetivo deste trabalho foi expor a origem do Badminton desde o jogo indígena com a “peteca” até sua institucionalização na Inglaterra, vivenciar a prática, demonstrar as regras atuais do Badminton, construir os implementos do Badminton através de materiais adaptados

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e em seguida realizar a prática do jogo esportivo na sua forma literal.

Considerando isso, trouxemos a modalidade de modo adaptado para ser trabalhado na escola, a oficina se deu a partir de cinco momentos, a saber: no primeiro momento um estudo especifico do Esporte, [...] o esporte como fenômeno social, tema da cultura corporal, precisa questionar suas normas, suas condições de adaptação à realidade social e cultural da comunidade prática, cria e recria (COLETIVO DE AUTORES, 2012). Aprofundando em uma modalidade, o Badminton, trabalhando desde a sua origem até a esportivização. Do segundo momento em diante vamos descrever como se deu a parte prática da oficina. Iniciamos a oficina com um jogo de tabuleiro, no qual os participantes deveriam avançar no jogo com informações sobre a historicidade do Badminton. No terceiro momento partimos para a confecção dos implementos, raquetes e petecas. Foram utilizados materiais como arames, meias, papel ofício e bolinhas recicladas de desodorantes. No quarto momento vivenciamos o jogo de Badminton, onde os participantes puderam coloca em prática tudo que foi abordado e utilizar os materiais por eles confeccionados. No quinto momento realizamos uma avaliação dialogada, onde os alunos se auto avaliaram sobre o conhecimento tratado na oficina.

Sendo um dos elementos da Cultura Corporal, o Esporte não é trabalhado em sua totalidade no ambiente

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escolar, geralmente os professores abordam os esportes coletivos (futebol, vôlei, handebol e basquete). Após realizarmos a oficina foi possível observar que independente da modalidade esportiva e dificuldade de aquisição de materiais específicos, a vivência desses esportes podem ser realizadas de maneira ampla, contribuindo na formação dos alunos.

A partir do conteúdo esporte, foi tematizado o Badminton,chegando-se a conclusão que podemos utilizar outros esportes, ampliando o conhecimento sobre o mesmo e a partir disso conhecer outras culturas e relacionar com os elementos da nossa cultura.

REFERÊNCIAS:

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo, 2012.

PERNAMBUCO, Governo do Estado. Secretaria de Educação. Orientações Teórico-Metodológica – Ensino Fundamental e Médio: Educação Física. Recife: SEDE-PE, 2008.

BADMINTON WORLD FEDERATION. History. 2014. Disponível em: <http://www.bwfbadminton.org/page.aspx?id=14887>. Acesso em: 06/02/2014

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PETECA. História da peteca. 2014. Disponível em: <http://cbpeteca.org.br/historia-da-peteca/>. Acesso em: 06/02/2014.

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BRUNELLO, Ariana. A história e a evolução da raquete de tênis. 2013. Disponível em: <http://www.tennisreport.com.br/index.php?option=com_k2& view=item&id=23:a-historia-e-a-evolucao-da-raquete-de-tenis&Itemid=129/>.Acesso em: 06/02/2014.

LORENZI, Verlane Fabiola de. O Badminton nas aulas de educação física na proposta crítico-superadora. Criciúma, 2011.

Lidiane Kelly de Lima Vasconcelos, Rua Babilônia nº 180, Vila Torres Galvão, Paulista- PE; E-mail: [email protected]

A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DA DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA NA ESCOLA PÚBLICA

Lucélia Cíntia Cardoso Feliciano1

Érika Suruagy2

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) na área da Educação Física (EF) se fundamenta na abordagem de ensino Crítico-Superadora que foi apresentada pelo Coletivo de Autores (1992). De acordo com esta abordagem os conhecimentos tratados na EF são Dança, Ginástica, Jogo, Esporte e Luta. Assim, o presente trabalho relata a experiência de iniciação à docência a partir de intervenções com a temática Dança nas

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Aulas de EF, tendo como orientação teórico-metodológica a referida abordagem.

A dança é uma linguagem social que expressa os vários aspectos da vida humana em sociedade, como o trabalho, os costumes, os hábitos, entre outros (COLETIVO DE AUTORES,1992). Segundo Kunzet al. (1998) apud Brasileiro (2003) o ensino da Dança na escola propicia a compreensão das práticas corporais de vários povos a partir do entendimento da história, resgatando e atribuindo novos significados à vida.

Marques (2010) afirma que a “dança não é ‘reflexo’ ou ‘espelho’ da sociedade, ela é linguagem, uma forma de ação sobre o mundo”, assim, dependendo de como for ensinada, ela pode propiciar espaços para que corpos estabeleçam relações consigo mesmo, entre si e com o mundo. A mesma autora (2011) aponta que “Corpos que dançam são potenciais fontes vivas de criação e de construção, de reconfiguração e de transformação dos cotidianos”. Assim, ao dançar os alunos expressam em seus corpos, pensamentos, percepções, sensações, atitudes, ideias, comportamentos e posicionamentos que estão em frequentediálogo com a arte e com o mundo.

1. Graduanda do curso de Licenciatura em Educação Física e bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, Departamento de Educação Física, Universidade Federal Rural de Pernambuco.

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2. Professora Doutora, Departamento de Educação Física, Universidade Federal Rural de Pernambuco.Agência Financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (CAPES)

Esta prática corporal no ambiente escolar tem como função ensinar ao aluno não só a reprodução de movimentos, mas também, transformá-los, produzi-los, apreciá-los e posicionar-se criticamente a eles (GASPARINE, 2011). Porém a realidade é outra, geralmente nas escolas a dança é limitada sendo na maioria das vezes abordada apenasem datas comemorativas com os alunos reproduzindo o que veem na mídia (Ibid)

Ferraz (2003) aponta que nas classes sociais mais “baixas” identifica-se o preconceito contra a dança, dificultando o acesso consciente e sistematizado a esta prática corporal, o que demonstra a reprodução de uma concepção e um significado limitado, ligado aos interesses da classe dominante.

Destarte, trabalhar a dança nas aulas de educação Física no ensino básico, considerando seus aspectos sociais, de gênero, econômicos, históricos e culturais se faz relevante no ensejo de formar pessoas críticas, autônomas e transformadoras de sua sociedade.

Para fundamentar o planejamento e a operacionalização das intervenções foi realizada uma pesquisa bibliográfica

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sendo a literatura consultada: Brasileiro (2003), Coletivo de Autores (1992), Gariba& Franzoni (2007), Gasparine (2011), Neto (2010) e as Orientações Teórico-Metodológicas (2008). A pesquisa possibilitou a elaboração de sequências didáticas que subsidiou a realização de cinco intervenções com a turma do 6° ano C do ensino fundamental de uma escola pública estadual. Os conteúdos abordados foram o conceito, origem, classificações, expressão e linguagem corporal e os fundamentos da dança.

A elaboração de sequências didáticas e a realização das intervenções são os principais resultados do processo de pesquisa e ensino. Identificamos no transcorrer das aulas a falta de compreensão das crianças em relação à dança, demonstrando que durante os anos de escolarização anteriores não tiveram contato com um conhecimento sistematizado. Brasileiro (2003) aponta que a maioria dos professores de EF não aborda este tema e quando o fazem é de forma descontextualiza, ou como afirma Gehers (1997) ele é tratado em atividades extracurriculares.

A resistência nas vivências práticas, principalmente por parte dos meninos também foi um empecilho, o que só reafirma a necessidade da discussão de gênero na escola e nas aulas de EF.

Também foi possível identificar a influência da mídia na percepção e compreensão sobre a dança, pois, quando se perguntava o que eles(as) conheciam sobre, as primeiras

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respostas estavam vinculadas a cantores ou a grupos musicais que relacionavam suas músicas a uma coreografia.

O preconceito com danças de origem afro-brasileira e folclóricas de determinados povos foi outra dificuldade encontrada, o que reitera a necessidade do trato com danças folclóricas e populares como forma de preservar, resgatar e divulgar a cultura que muitas vezes é secundarizada devido à influência da indústria cultural.

A partir do exposto verifica-se a necessidade do ensino da Dança na escola, afinal, ela se faz presente na vida cotidiana dos alunos, e sendo sistematizada no ambiente escolar propicia o desenvolvimento da capacidade de refletir sobre a sua realidade/sociedade, historia e cultura.

REFERÊNCIAS

BRASILEIRO, Lívia Tenório. O conteúdo “dança” em aulas de Educação Física: temos o que ensinar? Pensar a Prática, Goiânia, v. 6, n.1, p.45-58, 2003.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica.2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 201-228, 2011.

FERRAZ, T.G. Cotidiano e dança na periferia: reflexões para uma prática educativa. Pensar a Prática, Goiânia, v.6,p.117-38, 2002/2003.

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GARIBA, C.M.S.; FRANZONI, A. Dança escolar: uma possibilidade na Educação Física. Revista Movimento. Porto Alegre, v.13, n. 02, p.155-171, maio/agosto de 2007.

GASPARI, T. C. In: Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 201-228, 2011.

MARQUES, Isabel. Linguagem da dança: arte e ensino. São Paulo: Digitexto, 2010.

MARQUES, I. (2011). Notas sobre o Corpo e o Ensino da Dança. Caderno Pedagógico, 8 (1) pp. 31-36. Acesso em 05/10/2013 http://www.univates.br/revistas/index.php/cadped/article/viewArticle/75

NETO, F. E. D.; Loiola, A. L.G.; Quixadá, L. M. Cultura e irracionalidade: a barbárie dança no ritmo do forró. In: Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade, 4, 2010, Laranjeiras. Anais ...Laranjeiras , 2010. Dispinivel em:<http:// www.educonufs.com.br/IVcoloqui/eixo_09/e9- 29c.pdf>Acesso em: 09 out. 2012.

PERNAMBUCO. Governo do Estado. Secretaria de Educação. Orientações teórico-metodológicas – Ensino Fundamental e Ensino Médio: Educação Física. Recife: SEDE-PE, 2008. Disponível em:

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http://www.educacao.pe.gov.br/diretorio/ otm_educacao_fisica.pdf

SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba,2006.

Lucélia Cíntia Cardoso Feliciano. Av. Dom Manuel de Medeiros 04, Dois Irmão Recife [email protected]

UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A DISCUSSÃO SOBRE A GINÁSTICA LABORAL: É POSSÍVEL TRABALHAR ESTE

CONTEÚDO NA ESCOLA?

João Victor Cruz Beija¹

Maira Gabriela Santana do Nascimento²

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo, desenvolver uma contribuição sobre o que vem a ser a Ginástica Laboral, e quais as possibilidades de realizar um trabalho com esse conteúdo na escola. Ao pensarmos a prática, observamos que a Ginástica Laboral entra em conflito com o próprio método que baliza nossa prática pedagógica enquanto bolsistas do PIBID. Daí surgiu a inquietação, e a necessidade de elaborar uma contra-proposta, baseada nas referências adotadas pelo o PIBID – Educação Física, com o livro Metodologia do Ensino da Educação Física escrito pelo o COLETIVO DE AUTORES, e as Orientações Teórico-Metodológicas do Estado de Pernambuco para o Ensino da Educação Física no Ensino Fundamental (OTM’s).

OBJETIVOS

Os objetivos para a execução deste trabalho foram elaborados segundo os objetivos gerais do PIBID: Materialização das OTM’s nas aulas de Educação Física que são atendidas pelo o programa; Auxiliar o professor de Educação Física em suas intervenções, trazendo novas estratégias e dinâmicas de ensino; Proporcionar ao licenciando em Educação Física um contato real como chão

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da escola. Em relação aos objetivos específicos, colocamos como questão fundamental: Fazer com que o aluno compreenda a evolução histórica da Ginástica e os seus diferentes desdobramentos; Estabelecer a relação entre a Ginástica e o modo de produção característico de cada época; Fazer com que o aluno compreenda as diferentes modalidades modernas da Ginástica; Conceituar a Ginástica Laboral e realizar um debate crítico sobre esta prática.

METODOLOGIA

A metodologia deste trabalho irá se fundamentar na perspectiva crítico-superadora, no entendimento de que a Ginástica deve ser abordada a partir do que historicamente vem sendo produzida e sistematizada pela a humanidade, com os fundamentos ginásticos como o correr, saltar, equilibrar, rolar/girar, balançar. Trabalharemos a Ginástica a partir do que os alunos carregam como conhecimento prévio relacionado ao conteúdo, ampliando esse conhecimento até chegarmos numa expressão mais elaborada do pensamento dos alunos com o conteúdo trabalhado. Com isso, a Pedagogia Histórico-Crítica (SAVIANI,1991), balizará essa ação pedagógica, e cada aula será estruturada de acordo com o método da prática social.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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Para traçarmos um histórico da Ginástica Laboral, devemos resgatar a constituição da própria Educação Física. Na sociedade da Revolução Industrial, os exercícios físicos foram à receita para os problemas que surgiram nesse tempo, a sociedade capitalista demandava que o trabalhador tivesse um corpo forte, ágil e saudável, sem mudar as condições materiais de vida dele. Esta foi à base da construção da Educação Física escolar, a partir da Ginástica, mas podemos traçar uma ligação íntima deste conceito antigo de Ginástica, com suas intencionalidades e funções, com a concepção ‘’moderna’’ de Ginástica Laboral. Os primeiros registros da prática de Ginástica Laboral surgiram na Polônia, em 1925. No Brasil, a primeira proposta de Ginástica Laboral desenvolvida foi registrada em 1973 (CONFEF, 2004).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Ginástica Laboral é praticada com intervalos de 5 a 10 minutos diários. O objetivo é proporcionar aos funcionários uma melhor utilização de suas capacidades funcionais a partir de exercícios de alongamento, de prevenção, de lesões ocupacionais e dinâmicas de recreação. O programa de atividades deve ser pensando considerando o espaço, e as funções que cada trabalhador desenvolve.

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A Ginástica Laboral tem a intencionalidade suavizar os efeitos de um trabalho para que ele suporte o esforço dentro do quadro da produtividade. No fim, a preocupação maior não é o trabalhador e sim a produtividade, o lucro que a empresa pode atingir. É preciso que a nossa prática com a Ginástica na escola, consiga ampliar a visão dos alunos sobre a necessidade de realizar a construção de uma nova possibilidade de trabalho com a Ginástica não só na escola, mas para sua própria vida, descaracterizando essa prática corporal do processo alienante do qual ela passa dentro da sociedade de consumo.

¹Estudante de Licenciatura em Educação Física. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Bolsista PIBID/CAPES.²Estudante de Licenciatura em Educação Física. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Bolsista PIBID/CAPES.

REFERÊNCIAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia de ensino da educação física. 2ª edição. São Paulo/SP: Cortez, 2012. COUBE, Roberta Jardim. A Ginástica Laboral: Uma tendência contemporânea da pedagogia corporal da sociedade capitalista. V ENCONTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO E MARXISMO, EDUCAÇÃO E EMANCIPAÇÃO HUMANA, UFSC, Florianópolis, Santa Catarina. 2011.

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CONFEF, Conselho Federal de Educação Física, Revista E.F, Agosto, 2008. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. São Paulo/SP: Cortez, 2011. SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. 10. ed. São Paulo, Cortez, 2008.TAFFAREL, CeliNelzaZulke. et al. Avaliar com os pés no chão da escola: a experiência da educação física. In: CARVALHO, Maria Helena da Costa et al. Avaliar com os pés no chão da escola: reconstruindo a prática pedagógica no ensino fundamental. Recife: Ed. universitária da UFPE, 2000. PERNAMBUCO. Governo do Estado. Secretaria de Educação. Orientações Teórico-Metodológicas – Ensino Fundamental: EDUCAÇÃO FÍSICA – 1ª a 8ª série. Recife: SEDE-PE,2008.

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CONTEÚDO LUTA ENSINADO DENTRO E FORA DO AMBIENTE ESCOLAR: QUAIS AS CONVERGÊNCIAS E

DIVERGÊNCIAS EXISTENTES?

Danillo Henrique Inácio de Souza¹ Arthur Silva de Santana²

Rosângela Cely Branco Lindoso³

INTRODUÇÃO

Tematizando o conteúdo da cultura corporal lutas, que pode ser trabalhado tanto nas aulas de Educação Física escolar, como fora do ambiente da escola. Segundo os PCN’s: As lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), mediante técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa.

OBJETIVO

A partir disso, o objetivo desta pesquisa foi verificar e compreender como a luta de uma forma geral é tratada na Educação Física escolar e fora dela. Classificar as suas principais divergências e semelhanças. Além de dar base para uma oficina de luta ministrada na Escola de Referência em Ensino Médio Professor Trajano de Mendonça, esta que

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faz parte do hall de escolas que são integrantes do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência).

METODOLOGIAA construção do trabalho se deu a partir da questão

levantada no título do trabalho. Realizando uma comparação entre a luta trabalhada dentro e fora do ambiente escolar. Identificando as principais convergências e divergências. Para isto foram entrevistados dois professores e através de um questionário foi possível responder a pergunta proposta pelo trabalho e dar continuidade no mesmo. Onde foi observado na fala de um dos professores, as dificuldades que alguns encontram em trabalhar este conteúdo na escola. Gerando um certo desejo em fazer com que os alunos tivessem contato com este elemento da Cultura Corporal, já que na EREM Trajano de Mendonça já havia sido diagnosticado a ausência do mesmo.

RESULTADO E DISCUSSÃO

Após o término do ciclo de intervenções trabalhando com o conteúdo lutas, concluiu-se que este conteúdo apresenta como um importante instrumento na prática pedagógica na medida em que traz possibilidades de conhecimento e resgate de atividades que não só vivenciam elementos específicos da luta. Além da extrema oposição entre o lúdico e o rendimento quando nos referimos ao local que a luta se

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é ensinada, temos em comum, por exemplo, elementos atitudinais como o respeito, cooperação, companheirismo existente no conteúdo de uma maneira geral.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chegando-se a conclusão que o estudo desenvolvido foi de extrema importância para perceber como a luta é algo interessante a se trabalhar na escola, pois além de resgatar características nela contidas como o seu conhecimento histórico, prático e teórico. É algo que vem sendo deixado de lado pelos professores pela não apropriação do conteúdo a ser ministrado.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

PERNAMBUCO. Governo do Estado. Secretaria de Educação. Orientações teórico-metodológicas - Ensino Fundamental e Ensino Médio: Educação Física. Recife: SEDE-PE, 2008.

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Danillo Henrique Inácio de Souza, Rua Capitão Clemente da Rocha, 40. Areias. [email protected]

I FESTIVAL DE EXPERIÊNCIAS GIMNICAS COM ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL SANTA CECILIA E ACADÊMICOS

DA AESA – ESSA EM ARCOVERDE – PE.

Edna Carla Eustáquio da Silva. Cavalcanti¹Gina Guimarães²

RESUMO

O I Festival de Ginástica caracteriza-se como um relato de experiência, com estudantes do Ensino Fundamental II na disciplina Educação Física da Escola Estadual Santa Cecilia no município de Arcoverde – PE e alunos do curso de graduação em Educação Física da Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde-PE (AESA- ESSA), onde aconteceram oficinas de diversos tipos de Ginástica e foram socializados os saberes construídos. Com mostras das produções desses alunos que vivenciaram experiências junto aos estudantes do curso de Educação Física. Nossa prática pedagógica na escola pública vem incentivando a construção coletiva, interdisciplinar. Estimulamos as potencialidades dos alunos nas séries elaboradas das Ginásticas como conteúdo de ensino, possibilitando a problematização e ampliação de contextos: históricos, sociais, culturais e corporais. Permitiram avançar com aprendizagens significativas, aja visto a participação dos alunos como organizadores do Festival, a participação do grupo universitário e o sucesso no envolvimento de toda escola. Acreditamos termos contribuído no processo educativo e social dos alunos na conscientização da importância da Ginástica na Educação Física escolar e a integração com o meio acadêmico.

INTRODUÇÃO

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O I Festival de Ginástica realizado pela Escola Estadual Santa Cecilia, na cidade de Arcoverde-PE, contou com a participação de 50 alunos da escola e 25 acadêmicos do curso de Educação Física da Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde. A socialização das vivências com a Ginástica na escola estudada durante a unidade didática inseridas nas aulas de Educação Física no ano de 2013, oportunizou aos alunos a realização do mesmo, transformadas em atividade curricular, favoreceu relações sociais e significativas com novas formas de atitudes e construção de conceitos. A participação dos acadêmicos foi importante na troca de experiências, caracterizando ações de cunho docente e extensivo.

OBJETIVO GERAL

Possibilitar a socialização do conhecimento construído sobre o conteúdo Ginástica a partir das vivências dos alunos da escola com estudantes universitários da AESA-ESSA.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Ampliar compreensões e vivências corporais da Ginástica nos alunos participantes.

2. Valorizar e Resgatar a Ginástica na escola a partir do cotidiano dos alunos.

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METODOLOGIA

Este Festival nasceu da junção de ações pedagógicas: oficinas, mostra de vídeos, seminários, realização de grupo de estudos na AESA-ESSA sobre Prática Pedagógica com as turmas do Ensino Fundamental da Escola Estadual Santa Cecília em Arcoverde – PE, que através de experimentações corporais e sistematização teórica da Ginástica, realização de pesquisa escolar, construção de sequencias gímnicas a partir de elementos ginásticos vivenciadas na disciplina Educação Física, resultou na realização desse Festival onde os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental apresentaram 08 coreografias Gímnicas sobre os tipos de Ginásticas estudadas, a abertura do evento foi realizada pelo Grupo de Pesquisa em Dança e Ginástica da AESA, com uma coreografia remetendo-se a articulação entre frevo e capoeira; em seguida, 02 coreografias dos acadêmicos de Educação Física, construídas como uma das atividades curriculares da disciplina do curso. Ao final do evento constatamos o envolvimento de todos e seu entendimento sobre o conteúdo ali apresentado.

FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

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Segundo LORENZINI (2005) a Ginástica escolar é o conteúdo especifico da exercitação de si próprio entrelaçado com uma forma particular de manifestação, praticado sem ou com materiais. Percebemos que as vivências contribuíram para melhorar a compreensão sobre a Ginástica, pois com as discussões trazidas por esses autores, pudemos qualificar nossa atuação docente, buscando o sentido e significado como descreve o COLETIVO DE AUTORES (1992), um programa de ginástica deve promover no aluno atitudes de curiosidade, interesse, criatividade e criticidade. Tais atitudes apenas serão possíveis a partir de uma abordagem problematizadora em que os seus fundamentos sejam abordados em sua globalidade e historicidade e em que o sentido/significado das práticas seja compreendido.

CONCLUSÕES

Este projeto possibilitou a realização de ações pedagógicas, problematizando, ampliando e valorizando a Ginástica nos diversos contextos histórico, social, cultural e corporal, mostrando a importância da Educação Física no ambiente escolar, resultando em momentos de ensino e aprendizagens significativos tanto para os estudantes do curso de Educação Física da AESA como para os alunos da escola. Essa experiência foi analisada como exitosa, tanto para a escola com para a instituição de ensino superior.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física.São Paulo: Cortez, 1992.LORENZINI, Ana Rita. O Conteúdo Ginástica em aulas de Educação Física Escolar. In Educação Física Escolar: teoria e politica curricular, saberes escolares e proposta pedagógica. Marcílio Souza Junior (org). Recife: EDUPE, 2005PERNAMBUCO (Estado). Secretaria de Educação. Orientações Teóricas Metodológicas – Ensino Fundamental: EDUCAÇÃO FÍSICA – 1ª a 8ª série. Recife: SEDE-PE, 2008.Edna Carla Eustáquio da Silva Cavalcanti Av. Gumercindo Cavalcante Nº 540São Cristóvão – Arcoverde - PE.CEP: 56512-200E-mail: [email protected]

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GINÁSTICA RITMICA NA ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA QUE DEU CERTO

Rayanne Vieira de Lima¹Priscilla Bello Santana²

INTRODUÇÃOA ginástica carrega consigo desafios que por muitas

vezes tem como consequência a sua ausência dentro do espaço escolar. Seja pela falta de espaço físico, pela recusa dos meninos nas aulas acusando a questão de gênero, pelo apoio e/ou falta dele pela direção da escola e etc. Nesse contexto, um projeto que vise trabalhar com o esse conteúdo na escola, assume a importante tarefa de superar

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esses obstáculos para propiciar aos alunos uma prática significativa e de qualidade. Segundo o Coletivo de Autores (1992, p. 54),

Pode-se entender a ginástica como uma forma particular de exercitação onde, com ou sem uso de aparelhos, abre-se a possibilidade de atividades que provocam valiosas experiências corporais, enriquecedoras da cultura corporal das crianças, em particular, e do homem, em geral.

Uma das modalidades que mais proporciona novas experiências através de sua possibilidade de desenvolver diversas habilidades e seus variados implementos, a ginástica rítmica deve ser entendida como parte de uma cultura construída historicamente e que revela diversos aspectos da vida do homem, criando situações para auxiliar significativamente na formação de sujeitos críticos, capazes de interferir e transformar o que está posto. Neste texto relata-se a experiência de intervenção de bolsista do Programa Institucional de Bolsa e Iniciação à Docência (PIBID) nos treinos da equipe de Ginástica Rítmica da Escola Ministro Jarbas Passarinho.

OBJETIVOS

O objetivo do projeto de ginástica rítmica na escola consiste em promover aulas/treinos com alunos (as) do

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contra turno visando consolidar a equipe da instituição para representar a escola em festivais e campeonatos, além de propiciar aos praticantes reflexões sobre a ginástica enquanto elemento da cultura corporal.

METODOLOGIA

Como técnicas de ensino utilizaram-se aulas expositivas e vivências da ginástica rítmica. As intervenções aconteceram no pátio da Escola Ministro Jarbas Passarinho e no Departamento de Educação Física da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Optamos por utilizar o espaço da UFRPE para possibilitar a equipe uma experiência em outra realidade, ou seja, num local com materiais que pudessem auxiliar no aprendizado e desenvolvimento das alunas. É válido ressaltar que a professora de Educação Física da escola, Amélia Silveira, já vem desenvolvendo um trabalho de longas datas com esse grupo, o que facilitou nossas intervenções junto a ele.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É preciso entender a ginástica rítmica como parte de uma cultura construída historicamente e que revela diversos aspectos da vida do homem, nesse contexto, um projeto que

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vise trabalhar com o esse conteúdo na escola assume a importante tarefa de promover discursões que tragam a tona às relações que se processam entre ginástica rítmica, cultura e sociedade, rompendo com a lógica do movimentar-se destituído de reflexão e estimulando os alunos a criarem uma postura crítica em relação ao que está posto. Compartilhamos da ideia de Darido (2013, p. 20):

Acreditarmos que o ensino não se constitui de forma mecânica, meramente reprodutora de conhecimentos, discutimos o ensino da Ginástica Rítmica, a partir de perspectivas críticas. Compreendemos que elas podem promover condições para a ruptura de estruturas autoritárias dos processos institucionalizados da sociedade, particularmente, da instituição escolar.

Outro fator a ser mencionado é que a equipe de ginastica rítmicaé composta apenas por meninas, o que nos leva a questionar sobre o porquê da ausência de meninos. Sabemos que a ginástica rítmica é considerada uma prática exclusivamente feminina, pois sua forma esportivizada apenas promove a competição de mulheres, algo que se a escola não assumir seu papel de problematizar o que está posto, agirá como um agente perpetuador de estereótipos machistas e excludentes. É preciso promover reflexões a respeito dos papéis sociais impostos, usufruindo de situações como essa para contextualizar a realidade e desenvolver o pensamento crítico a respeito das relações de gênero.

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Esse potencial para trabalhar conteúdos transversais auxilia na compreensão de que o ensino da ginástica rítmica deve estar desassociado da perspectiva de um movimentar-se totalmente destituído de reflexão. É essencial a abordagem desse conteúdo, e não só nas aulas de Educação Física, pois compreender o corpo nos permite estabelecer múltiplas relações com outras áreas do conhecimento analisando, discutindo, refletindo e contextualizando seu papel na contemporaneidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreendemos que o ensino da ginástica rítmica na escola, dentro ou fora das aulas de Educação Física, releva possibilidades significativas para contribuir com a formação de nossos alunos. É preciso ir além do movimento pelo movimento, nossas intervenções “podem contribuir para a formação de indivíduos críticos, autênticos e perseverantes.” (OLIVEIRA 2010, p.15).

REFERÊNCIAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

DARIDO, S. C. Educação Física na Escola: Questões e Reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

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OLIVEIRA, G. M. Ginástica Rítmica e Educação Física Escolar: Perspectivas Críticas em Discussão. Secretaria de Educação do Município de Natal, Rio Grande do Norte, 2010.

Rayanne Vieira de Lima

Rua da Cachoeira, 810,Centro – Moreno

[email protected]

EDUCAÇÃO SOMÁTICA E CONSCIÊNCIA: UMA ABORDAGEM A PARTIR DA TÉCNICA DOS VIANNAS

Bruno Alves de Amorim¹Thomaz de Aquino Lopes da Silva²

INTRODUÇÃO

O trabalho ora apresentado busca de maneira sucinta expor a importância da educação somática (mais precisamente, da técnica brasileira criada pelos Viannas) para o autoconhecimento e o autodomínio, bem como para

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uma maior compreensão do corpo e de suas relações internas e externas. A partir do desenvolvimento de tais percepções é possível intensificar a prevenção de lesões e também a correção de condutas corporais inconscientes e prejudiciais. (BOLSANELLO, 2012, p. 14-15).

OBJETIVOSGERAIS

Facilitar uma vivência que propicie a experimentação prática introdutória da técnica dos Viannas, e que possa esboçar para os participantes os benefícios da educação somática e suas aplicações nos diversos aspectos da vida.

ESPECÍFICOS

Favorecer a sensibilização para o processo inicial da técnica, o processo lúdico, através da aplicação de uma dinâmica coerente com seus conceitos básicos (presença, articulações, peso, apoios, resistência, oposições e eixo global), propiciando a sensação de corpo desperto e corpo presente;Fazer com que os participantes percebam com clareza as alterações provocadas no estado corporal inicial, ao final do exercício;Estimular a reflexão sobre o corpo enquanto sistema aberto e dinâmico, constituído para o movimento, revelando sua estrutura e suas relações.

METODOLOGIA

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A dinâmica se pretende enquanto interpretação da técnica, a partir da leitura e da apreensão dos conceitos desenvolvidos por Klauss e Angel Vianna (MILLER, 2007, p. 51-111). Ao mesmo tempo, prevê a participação de uma estrutura de observação (apresentada aqui, apenas, como recurso utilizado com objetivo de ampliar a aprendizagem), para posterior análise dos resultados alcançados.

A dinâmica acontecerá em uma média de 15 minutos e os recursos utilizados serão: sala ampla e arejada com chão apropriado, mais estímulos diversos, como música ao vivo, ruídos, temperatura, etc. Dividindo os participantes em duplas, serão dados alguns comandos de ação a um dos dois, enquanto ao outro caberá uma observação analítica, com registro de suas impressões em formulário fornecido. Os comandos obedecerão a três etapas: primeiro, uma observação minuciosa do próprio caminhar e das sensações provocadas pela alteração do ritmo; depois, a experimentação de movimentações inspiradas em alguns animais; e por último uma pesquisa pessoal de movimentações livres, inspirada pelos estímulos sonoros, com a investigação em diferentes níveis em relação ao chão. O fechamento se dará com um mapeamento visual interno do esqueleto.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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O corpo sempre foi visto como objeto, e nesta concepção ele não era capaz de gerar conhecimento, servindo apenas à “alma”, ao pensamento (DASCAL, 2008, p. 41). Com a ruptura dessa forma de pensar o corpo e o aparecimento da educação somática, surge o estímulo à sensibilidade proprioceptiva, ou seja, à conscientização do próprio corpo enquanto sistema (o todo, suas partes e as relações possíveis), seus espaços internos e externos, sua postura, seu eixo, e seu movimento. Tal ótica possibilita desenvolvermos uma percepção corpórea mais apurada, estimulando o uso consciente dessa estrutura.

Foram Klauss e Angel Vianna os precursores da educação somática no Brasil (MILLER, 2012, p. 11). Desenvolveram conjuntamente uma técnica que viabiliza a liberação das tensões musculares e articulares, possibilitando o acordar do corpo e trazendo para cada individuo uma maior consciência de si. (NEVES, 2008, p. 39). Através da investigação, desenvolvem-se as percepções segmentada e global do corpo: “a técnica Klauss Vianna propõe, antes de mais nada, uma disponibilidade corporal para o corpo que dança; o corpo que atua; o corpo que canta; o corpo que educa; o corpo que vive” (MILLER, 2007, p. 52). A partir dessa ideia, desenvolvem alguns estágios para facilitar as relações do ser interior com o exterior: processos lúdico, vetorial e criativo. No primeiro momento deve-se se desperta o corpo, desbloqueando-o para novos padrões de movimento. (VIANNA, 2005, p. 62). Já no

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processo dos vetores, estabelecem-se relações entre as partes, quando se trabalham as direções ósseas. Por fim, atinge-se o terceiro estágio, uma abordagem criativa (processo coreográfico e/ou didático) voltada para investigação de composições coreográficas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho nos faz abrir os olhos para a importância da utilização das técnicas de educação somática, em especial o método dos Viannas, que nos estimula à aprendizagem da escuta do corpo e propicia o aguçamento da percepção corporal, no intuito de favorecer um servir-se de si mesmo mais eficaz e harmonioso, seja no âmbito esportivo, artístico ou mesmo cotidiano.

REFERÊNCIAS

BOLSANELLO, Débora Pereira. A Educação Somática e o contemporâneo profissional da dança. 2012. Disponível em: <http://www.ceart.udesc.br/dapesquisa/files/9/ 01CENICAS_Debora_Pereira_Bolsanello.pdf>. Acesso em: 30.maio.2014.

DASCAL, Miriam. Eutonia: o saber do corpo. São Paulo: Senac, 2008.

MILLER, Jussara Corrêa. A escuta do corpo: sistematização da técnica Klauss Vianna. São Paulo: Summus, 2007.

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_____. Qual é o corpo que dança?Dança e Educação Somática para adultos e crianças. São Paulo: Summus, 2012.

NEVES, Neide. Klauss Vianna – estudos para uma dramaturgia corporal. São Paulo: Cortez Editora, 2008.

VIANNA, Klauss. A dança. Quarta edição, São Paulo: Summus, 2005.

Thomaz de Aquino Lopes da SilvaRua 78, 411, Maranguape II, Paulista/PE, CEP: 53421-330.E-mail: [email protected]

POR UMA CONSTITUINTE: CONSTRUÇÃO DE UMA SÉRIE GINÁSTICA NA PERSPECTIVA CRÍTICO-

SUPERADORA E HISTÓRICO-CRÍTICA EM ARAPIRACA – AL

Luana dos Santos Silva¹Vanessa Silva do Carmo2

Joelma de Oliveira Albuquerque³

INTRODUÇÃO

O objetivo do texto é relatar o processo de elaboração de uma série de ginástica com base na

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perspectiva teórica Crítico-Superadora da Educação Física e da Pedagogia Histórico-crítica (método da práxis social). A série foi apresentada no Festival de Ginástica Alegria na Escola “Micheli Ortega Escobar”, em outubro de 2013, em Salvador-BA, no Ginásio da Escola Estadual Edgar Santos, no bairro do Garcia. Para a constituição desta, dois elementos foram cruciais: um processo de formação política de um grupo de estudantes do curso de Educação Física (resultante das manifestações de junho); a apropriação do conhecimento da ginástica, bases e fundamentos (COLETIVO DE AUTORES, 1992). Diante disso, surgiu o interesse de apresentar uma série cujo tema, Manifestos no Brasil: O que Faltou Ser Reivindicado?

METODOLOGIA

A experiência se pautou na teoria Crítico-Superadora da Educação Física, com a Pedagogia Histórico-Crítica, por meio do método da práxis social. No qual, a prática social é o ponto de partida que considera a realidade dos envolvidos, ou seja, foi averiguada a conjuntura do Brasil naquele período histórico, através das discussões e debates no curso de formação política.A constatação dos dados da realidade objetiva é o alvo da problematização, em que se levantam as questões colocadas pela prática social como a importância do tema na atualidade, a escolha de música coerente com o tema e a partir disso procuramos por

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meio de aporte teórico aprofundar o conhecimento, chegando à instrumentalização, que é a apropriação dos elementos teóricos e práticos do conhecimento científico confrontados com o conhecimento do cotidiano. Para criar a série tivemos como base a disciplina ‘Metodologia do Ensino da Ginástica Geral’ e o “II Curso de Experimentação de ginástica”.

Diante do que foi discutido na formação utilizamos os fundamentos da ginástica (COLETIVO DE AUTORES, 1992) e da rítmica Dalcroze para organizar os elementos sobre as repressões vividas na ditadura militar no Brasil e retratar a conjuntura política que incidiu nas manifestações em 2013, e a ideia da constituinte. A escolha da música se deu através do conceito de clássico, este “não se confunde com o tradicional e também não se opõe, necessariamente, ao moderno e muito menos ao atual” (SAVIANI, 2011, p. 14). Assim, escolhemos a música ‘Pra não Dizer que não Falei das Flores’, do compositor Geraldo Vandré, versão da banda ‘Charlie Brow Jr.’, que retratou a situação do Brasil durante a Ditadura Militar e que se fez atual diante do que estava acontecendo no Brasil.

Na catarse, a expressão mais rica e elaborada da prática social - a série composta. Organizamos e expressamos os elementos, adequamos a música e materializamos o que nos propomos. E o ponto de chegada é o retorno à prática social transformada, o que era síncrese tornou-se síntese superadora da realidade (SAVIANI, 2011),

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momento que se expressou na participação no Festival de Ginástica.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Considerando que a dinâmica da apropriação e objetivação faz parte do processo de desenvolvimento do ser humano, uma vez que o homem apropria-se do objeto natural e o transforma para sua existência:

o homem se apropria da natureza objetivando-se nela para inseri-la em sua atividade social. Sem apropriação da natureza não haveria a criação da realidade humana, não haveria a objetivação do homem. Sem objetivar-se através de sua atividade o homem não pode se apropriar de forma humana da natureza. (DUARTE, 1999, p. 35).

É importante atentar que essa “natureza” à qual se refere o autor, é uma natureza humanizada, e desta forma, o objeto em questão é a ginástica. A forma de tratá-lo considerou os princípios para o trato com o conhecimento da perspectiva Crítico-Superadora, a relevância social e a simultaneidade dos conteúdo, a contemporaneidade do conhecimento, enquanto dados da realidade (COLETIVO DE

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AUTORES, 1992). Na práxis social os momentos não são necessariamente estanques e ocorrem sistematicamente, mas é necessário observá-los para que o trabalho educativo tenha a clara direção de proporcionar a apropriação do conhecimento produzido pelo conjunto dos homens aos indivíduos singulares para que estes se tornem humanos (SAVIANI, 2011).

CONCLUSÃO

Após a apresentação da série, avaliamos que conseguimos transmitir nosso pensamento inicial sobre os movimentos sociais e a ideia da constituinte através de uma série ginástica. Durante a construção desta aprendemos que não é fácil transmitir objetivamente a nossa subjetividade, passar para as pessoas os conceitos que nos apropriamos, as reflexões e as perspectivas que estávamos defendendo.

REFERÊNCIAS

COLETIVO DE AUTORES.Metodologia do ensino da educação física. - São Paulo: Cortez, 1992. - (Coleção magistério. 2/ grau. Série formação do professor).DUARTE, N. Relação entre objetivação e apropriação. IN: DUARTE, N. A individualidade para-si: contribuição a uma teoria histórico-social da formação do indivíduo. 2. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 1999.

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SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11. ed. Rev. – Campinas, Sp: Autores Associados, 2011. – (Coleção educação contemporânea).

Luana dos Santos Silva.Povoado Chã do Meio, Junqueiro - Alagoas. Cep: [email protected]

A GINÁSTICA RITMICA ENQUANTO CONTEÚDO A SER PROBLEMATIZADO NO AMBIENTE ESCOLAR: (RE)

CRIANDO A GINÁSTICA ESCOLAR

Mayara Sales Dos Santos¹

INTRODUCÃO

A ginástica é um conteúdo de extrema importância para a educação física no âmbito escolar, já que, a mesma é a grande fundadora da educação física.

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Expandir a compreensão social dos educandos a cerca do conteúdo temático da ginástica escolar, buscando conscientizar os educandos a cerca desse elemento da cultura corporal para compreensão e atuação na vida cotidiana, recriando a ginástica na dimensão escolar possibilitando o incentivo a ludicidade e criatividade.

OBJETIVOSESPECÍFICOS

Expor a origem, história e evolução da ginástica, passando da pré- historia ao mundo contemporâneo; Problematizar a temática ginástica enquanto elemento da cultura corporal no ambiente escolar; Intervir, em especial, com o conteúdo da ginastica rítmica, trazendo a tona seus fundamentos, sua origem, sua historia e evolução.

. FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA

Minha intervenção teria como objeto inicial, o conteúdo-temático a ginástica. Uma vez que, este conteúdo é negligenciado ou mesmo negado de maneira implícita e as vezes explicita, este projeto ganha importância por oportunizar aos alunos, o acesso a conteúdos da cultura corporal que foram historicamente produzidos pelo homem e, que servem enquanto instrumentos culturais para melhor compreensão do mundo e de seus benefícios para a vida cotidiana dos educandos. Desta forma, este projeto, somado

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a outros milhares, somam esforços pela transformação social, trazendo a tona elementos importante para melhor compreensão e desenvolvimento econômico e cultural do homem ao longo dos milênios. É, de suma importância, o registro e posteriormente a divulgação em espaços científicos, como seminários, congressos, encontros, dentre outros, que tratem da temática, visando a ampliação de projetos que mostram resultados positivos com o conteúdo da ginástica, utilizando como referencial teórico metodológico a perspectiva crítico-superadora.

METODOLOGIA DO TRABALHO

A metodologia de ensino empregada se norteará a partir da OTM do Estado, em conformidade com o subprojeto do PIBID/UFRPE, sendo utilizada como dinâmica de ensino uma proposta por Saviani (2009) e elucida por Gasparin (2009), que divide as fases de ensino em 5 processos contínuos:Prática social – onde o ponto de partida será a pratica, não se esquecendo do ponto de vista pedagógico que há uma diferença essencial neste processo que são os níveis diferentes de compreensão (conhecimento e experiência) da pratica social.

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Problematização – trata-se de questões que precisam ser resolvidas na prática social. Instrumentalização – Nesta etapa devemos nos apropriar dos instrumentos teóricos e práticos para solucionar os problemas encontrados na prática social. Catarse – “elaboração superior da estrutura em superestrutura na consciência dos homens” (Saviani apud. Gramsci, 1978, p.53). Apropriação dos instrumentos culturais transformados em elementos ativos de transformação cultural. Prática social – Esta fase compreende a etapa que o aluno ascende do nível sincrético para o nível sintético, suposto ponto de partida do professor, cuja compreensão neste momento se torna mais e mais orgânica.

FASES DA INTERVENÇÃO: No primeiro momento procuraremos mapear as experiências dos alunos, através de tempestades de idéias e mapas conceituais, que ao mesmo tempo consiste de uma avaliação diagnóstica sobre a ginástica e suas modalidades; Momento de reelaborarão e adequação do plano de trabalho considerando a realidade sócio-cultural da escola com seus limites e possibilidades para os objetivos do Pibid. Nas unidades de jogos e esporte, será tratados a ampliação do conhecimento sistematizado sobre os mesmo – já que é com o terceiro ciclo –, contemplando seus aspectos históricos, sócio-culturais e técnicos; Registro sistemático das atividades para melhor compreensão. Esta, por sua vez,

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trará indicadores de como devemos traçar os procedermos para transforma à realidade escolar (a prática como início e fim).

CONCLUSÃO

É esperado que o presente trabalho seja de extrema contribuição para a re-introdução da ginástica no âmbito escolar, já que, a mesma é o berço da educação física. É esperado também que os alunos tenham compreensão e conheça a história e o surgimento da ginástica e a importância da mesma na educação física e na formação de aluno como cidadão.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo, Cortez, 1992.GASPARIN, J. L. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 5. ed. Campinas/SP: Editora Autores Associados, 2009.LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. PERNAMBUCO. Orientações teórico-metodológicas – Educação Física (OTM’s). Secretária de Educação, 2008.SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. 10. ed. São Paulo, Cortez, 2008.

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Graduanda do curso de licenciatura em educação física/ UFRPE. Bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, CAPES.

EDUCAÇÃO FÍSICA INFANTIL EM ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS: ESPECIFICIDADES E SEMELHANÇAS

Elayne Karine da Silva Souza¹Núcleo de Educação Física – Centro Acadêmico de Vitória/CAV –

UFPEJosenilda Rodrigues da Silva Rodrigues²

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Núcleo de Educação Física – Centro Acadêmico de Vitória/CAV – UFPE

Laudicéia Aguiar da Costa³Núcleo de Educação Física – Centro Acadêmico de Vitória/CAV –

UFPE

RESUMO

A Educação Física é um importante componente curricular escolar igual às outras disciplinas, apesar de seu contexto histórico ainda seja descaracterizado. No entanto, tem-se buscado desde a década de 80 seu espaço dentro do âmbito educacional. Acreditamos que uma proposta de metodologia para a Educação Física escolar deve priorizar as tendências críticas,buscando mostrar o dinamismo e a complexidade dos conteúdos da cultura corporal. Atualmente, temos a necessidade de conhecer os conteúdos da cultura corporal criados e desenvolvidos historicamente pelo o homem, mas existem algumas barreiras que dificultam o trabalho que está pautado na diversidade de movimento de forma lúdica e prazerosa e que essas dificuldades vão desde as escolas públicas e privadas observadas na nossa pesquisa.

Palavras-Chave: Educação Física Infantil; Escola Pública; Escola Privada.

INTRODUÇÃO

Neste estudo, comparamos as experiências vivenciadas nas aulas de educação física em turmas de Educação Infantil numa escola municipal e outra particular, com ênfase nas condições materiais para o exercício da docência e a qualificação profissional da pessoa que ministra as aulas.

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OBJETIVO

Apontar alguns aspectos que particularizam o trabalho do professor de Educação Física nas diferentes instituições de ensino,mostrando sua realidade escolar e as dificuldades encontradas para o ministrar das aulas.

METODOLOGIA

Nosso estudo foi realizado por meio de observações e questionários que foram aplicados aos professores que ministravam as aulas de Educação Física.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Até o momento, identificamos que na escola pública as principais dificuldades estão relacionadas com a falta de infraestrutura, materiais didáticos diversificados e a ausência de um profissional de Educação Física, pois o ministrante das aulas é um professor polivalente. Na escola particular, há uma maior acessibilidade aos materiais didáticos e a escola disponibiliza de um bom espaço para realização das atividades, além de ter professor de Educação Física para exercer sua docência. Acreditamos que o oferecimento de estrutura adequada e a qualificação

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profissional são fatores que interferem nos resultados do trabalho pedagógico, embora nesta fase inicial ainda não tenhamos investigado como tais elementos se refletem na aprendizagem.

REFERÊNCIAS:

SAMPAIO, Maria das Mercês Ferreira; MARIN, Alda Junqueira. Precarização do trabalho docente e seus efeitos sobre as práticas curriculares. Educação & Sociedade, v. 25, n. 89, p.

1203-1225, 2004.

CELI, Jonathan Antônio; PANDA, Maria Denise Justo. A EDUCAÇÃO FÍSICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia, do ensino da educação física. Campinas: Cortez, 1992.

Autora: Elayne Karine da Silva Souza

E-mail: [email protected]

Endereço: Portal Limoeiro,Rua E, Nº 124,Cidade -Limoeiro

AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER NO BRASIL: IMPACTOS DOS SISTEMAS DE PÓS-

GRADUAÇÃO DO SUDESTE NA PRODUÇÃO DOS PESQUISADORES DA REGIÃO NORDESTE

Everaldo José da Silva Lima¹

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Erika Suruagy Assis de Figueiredo²

RESUMO

Este resumo ampliado é parte do projeto de pesquisa que tem por objetivo identificar e caracterizar os impactos dos sistemas de pós-graduação da região sudeste na produção dos pesquisadores da região nordeste que tratam sobre as políticas públicas de esporte e lazer no Brasil. Os caminhos percorridos, até o devido momento, foram de uma pesquisa bibliográfica e documental. Os resultados iniciais apontam para um aumento significativo de grupos e pesquisadores que tratam sobre a temática, contudo, a maior parte deles ainda se concentra na região sudeste do Brasil. Além disso, outro apontamento é fato dos sistemas de pós-graduação dessa região impactar a produção do conhecimento dos pesquisadores da região nordeste do país.

Palavras-chave: Produção do Conhecimento, Políticas públicas, Esporte e Lazer.

INTRODUÇÃOEstamos vivenciando um momento histórico no Brasil

onde acontecem grandes manifestações que podem ser centralizadas na discussão da mobilidade, no serviço público de qualidade e nas prioridades dos gastos públicos. Dentro dessas manifestações podemos observar que muitos levantaram faixas contra os gastos exorbitantes dos megaeventos, especialmente, contra a Copa do Mundo da FIFA. De acordo com Figueiredo e Taffarel (2013), os gastos somente para a construção das Arenas (estádios), onde

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estão acontecendo os jogos de futebol, ultrapassaram os 15 (quinze) bilhões de reais.

Tendo em vista o que está acontecendo no país podemos afirmar que o esporte é componente estratégico e prioritário nas decisões do Estado, isso porque “o esporte contemporâneo está cada vez mais integrado ao modo de produção capitalista, constituindo as forças produtivas” (FIGUEIREDO e TAFFAREL, 2013, p. 122-123). Nesse sentido, os rumos da política de esporte e lazer no Brasil precisam ser compreendidos em sua totalidade para tentar reestruturar o sistema esportivo nacional de uma forma em que possa, efetivamente, universalizar e democratizar a prática esportiva no país.

Assim, temos que ter clareza que a compreensão desta totalidade (nexos, relações, determinações e generalizações) nas políticas de esporte e lazer no Brasil, poderá contribuir para nossa intervenção na realidade social, por isso o esforço em descrever os levantamentos e as análises parciais da produção do conhecimento sobre as políticas públicas de esporte e lazer, bem como identificar e caracterizar os impactos dos sistemas de pós-graduação da região sudeste na produção dos pesquisadores da região nordeste do país.

FUNDAMENTOS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

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O projeto de pesquisa se utiliza de uma abordagem qualitativa a qual possibilita incorporar a questão do significado e da intencionalidade como inerentes aos atos, às relações, e às estruturas sociais (MINAYO, 2004). O caminho percorrido, até o devido momento, se configura como uma pesquisa bibliográfica (LAKATOS e MARCONI, 2011) e, também, como uma pesquisa documental (GIL, 2002).

É importante destacar que “o desenvolvimento da pesquisa documental segue os mesmos passos da pesquisa bibliográfica” (GIL, 2002, p. 46). Nesse sentido, no primeiro momento da pesquisa ocorreram exploração e leitura das fontes bibliográficas (livros, capítulos, teses, dissertações, artigos), documentais (textos e dados estatísticos disponibilizados nas páginas do Ministério do Esporte, CAPES, CNPq, INEP, entre outros), e a elaboração das fichas (SEVERINO, 2002), que tratam das categorias: Estado, luta de classes, política pública, educação, esporte e lazer

No segundo momento da pesquisa ocorreu o levantamento dos principais locais, institutos, laboratórios e linhas de pesquisa que produzem conhecimento sobre políticas públicas de esporte e lazer ligados às universidades ou a outras instituições privadas ou públicas no Brasil. Ainda nesse segundo momento houve a construção de um banco de dados de teses e dissertações sobre as políticas públicas de esporte e lazer ligados as universidades do Brasil.

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No terceiro momento da pesquisa ocorreu o tratamento (parcial) dos dados que foi a partir de uma adaptação da “Matriz Paradigmática” de Sánchez Gamboa (2007), a qual se configura como um instrumento de análise da produção do conhecimento (teses e dissertações).

CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nos primeiros levantamentos realizados em 2011 no “banco de teses” da CAPES (Coordenação e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), e no “Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil”, que está na Base de dados do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), foram constatados 8 (oito) grupos de pesquisa cadastrados na Base de dados do CNPq e 19 teses/dissertações no banco de tese da CAPES, com as palavras-chave “políticas públicas de esporte e lazer”.

Atualmente, foram realizados novos levantamentos utilizando as mesmas palavras-chave e foram constatados 22 (vinte e dois) grupos de pesquisa na Base de dados do CNPq e 44 teses/dissertações no Banco de tese da CAPES que tratam sobre a temática das políticas públicas de esporte e lazer.

Podemos perceber que em três anos quase triplicou a quantidade de grupos de pesquisa no CNPq e mais que duplicou a quantidade de teses/dissertações na CAPES.

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Podemos, portanto, observar que o quantitativo de grupos e pesquisadores aumentou significativamente, expressando o nível de desenvolvimento da pós-graduação no país. No entanto, os resultados da pesquisa apontam que os sistemas de pós-graduação da região sudeste concentram a maior parte da produção do conhecimento sobre as políticas públicas de esporte e lazer. Além disso, esse sistema tem impactado na produção do conhecimento dos pesquisadores da região nordeste do Brasil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FIGUEIREDO, E. S. A.; TAFFAREL, C. N. Z. Esporte no Brasil: a disputa dos rumos da política nas conferencias nacionais em um período de transição. Revista Motrivivência, Ano XXV, Nº 40, p. 121-152, 2013.GIL, A. C. .Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. .Técnicas depesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7. Ed. – 4. reimpr. – São Paulo: Atlas, 2011.

MINAYO, M. C. S. .O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 8 ed. São Paulo: Hucitec, 2004.

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SEVERINO, Antônio J. Metodologia do trabalho científico. 22ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.SÁNCHEZ GAMBOA, S. Pesquisa em Educação: métodos e epistemologias. Chapecó: Argos, 2007.

Everaldo José da Silva LimaRua prudentópolis, nº 356, [email protected]

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PEDAGOGIA DA CULTURA CORPORAL: uma reflexão sobre a atual proposta revolucionária

Giselle dos Santos RibeiroLicenciada em Educação Física, UEPA

[email protected]

INTRODUÇÃO As questões mais recorrentes nos discursos dos

autores, entre poucos consensos e muitos dissensos, são as das limitações presentes no livro Coletivo de Autores (1992) e da necessidade de avançar nos estudos sobre a teoria pedagógica crítico-superadora - aqui denominada de pedagogia da cultura corporal -, limando os aspectos em que a obra se faz difusa e apontando superações. A reflexão destes nos leva a questionar se seriam mesmo os moldes da teoria pedagógica crítico-superadora, apontados pelo referido livro, a forma mais adequada para a construção de elementos da cultura corporal e de identidade de classe durante as aulas de educação física.

Desta forma, abordaremos neste ensaio uma breve retomada e reflexão sobre os momentos pedagógicos da pedagogia da cultura corporal, enfatizaremos a busca pela prática revolucionária e finalizaremos afirmando nosso posicionamento.

SOBRE OS MOMENTOS PEDAGÓGICOS

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Reconhecemos que os momentos pedagógicos da proposta, baseados na Pedagogia Histórico-Crítica de Saviani (2008), são elementos fundamentais para a apreensão dos dados da realidade e a compreensão dos conteúdos da educação física, a saber: a prática social inicial, aonde o professor capta os dados da realidade dos alunos sobre sua prática com o conteúdo a ser trabalhado; a problematização, momento no qual são levantados questionamentos a fim de provocar a reflexão sobre o conteúdo em diferentes perspectivas; a instrumentalização, momento de trabalhar os conteúdos da cultura corporal em discussão: elementos da construção histórica, fundamentos, conceitos, técnicas, táticas etc.; catarse, onde realiza-se a reflexão sobre o conteúdo trabalhado afim de verificar a apreensão do conhecimento, e a prática social final, como momento de dialogar sobre as possibilidades de uso do conteúdo no cotidiano do aluno e suas formas de reelaboração para uma prática transformadora. (GASPARIN, 2007).

A BUSCA PELA PRÁTICA PEDAGÓGICA REVOLUCIONÁRIA

Mesmo reconhecendo o avanço do trato metodológico mencionado, nossa busca por uma prática pedagógica consistente para apreensão dos elementos da cultura corporal simultaneamente à consciência de classe,

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fundamentada em uma teoria que balize a prática a partir da perspectiva da classe trabalhadora e que não se distancie das possibilidades oferecidas nas condições objetivas da escola capitalista, não se encerra.

Saviani (2008), pela via dialética discorre sobre a necessidade de pensar a prática a partir da teoria e, ao mesmo tempo, chama atenção para uma prática pedagógica revolucionária que intervenha na escola capitalista. Afirma, desta forma, que para se pensar uma prática pedagógica na escola capitalista é preciso, em primeiro lugar, avaliar as condições objetivas da prática, para a prática revolucionária.

Nesse sentido, e não perdendo de vista a teleologia apontada pelo Coletivo de Autores (1992), da construção de uma pedagogia que responda a determinados interesses de classe, reconhecemos que é imprescindível, apesar das condições objetivas de oferecimento da educação física escolar, o esforço para se trabalhar na perspectiva crítico-superadora.

Para tanto é preciso ter esforço, dedicação e compromisso de classe, procurando retirar dos elementos da cultura corporal e da realidade escolar elementos que proporcionem subsídios para os alunos se reconhecerem como sujeitos sociais, de determinada classe, construtores da história e agentes de transformação. Reconhecerem que as práticas corporais expressam em seu bojo a luta de classes e a educação a qual recepcionam cotidianamente

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possui o viés da classe dominante. (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora reconheçamos a Pedagogia Histórico-Crítica de Saviani (2008) e a teoria pedagógica crítico-superadora para a educação física do Coletivo de Autores (1992) como elementos importantes para se trabalhar a educação e educação física no contexto da luta de classes, concordamos com Mészáros (2008) quando assegura que a educação por si só não é capaz de promover a transformação radical da realidade, pois não se assenta na educação a essência do modo de produção e reprodução da vida material e imaterial em bases capitalistas.

Atuar na educação e pensar em práticas pedagógicas revolucionárias são ações que trarão avanços pontuais que podem ser facilmente perdidos caso não haja uma medida organizativa de acompanhamento do universo escolar. Dada a forma do sistema capitalista de gerir a escola é uma tarefa árdua efetivar e manter uma prática coerente com o projeto histórico de sociabilidade humana da classe trabalhadora. Entretanto, no contexto em que vivemos, almejando uma sociedade socialista, é inadmissível não atuar no ensejo da transformação em qualquer que seja o espaço de atuação. Não fazer da prática pedagógica uma tentativa de avanço é

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se manter neutro e assim fortalecer e legitimar a lógica dominante de reprodução da sociabilidade do capital na escola.

REFERÊNCIASCOLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992.GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico crítica. 4. ed. Campinas: Autores Associados, 2007.MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2008.SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11. ed. Campinas: Autores Associados, 2011.

Autora: Giselle dos Santos RibeiroEndereço: Travessa santo Antonio, nº 125, Barcarena-PA.E-mail: [email protected]

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MATROGINÁSTICA E AUTISMO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Marcelo Barreto Cavalcanti¹

Rita Cláudia Batista Ferreira Rodrigues²

RESUMO

O tema da matroginástica para a educação física escolar é uma possibilidade aos conteúdos, transformando uma atividade de pais e filhos numa estratégia de vivência motivada pela corporeidade intrínseca entre os mais velhos e as crianças. Uma série de oficinas foi realizada junto a instituições parceiras. Este desafio ficou demonstrado quando, na interação entre alunos, pais e crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), houve incorporação desse estudo em seu cotidiano escolar.

Palavras-Chave: Educação Física. Matroginástica. TEA.

INTRODUÇÃO

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Crianças brincando, se exercitam e interagem, mas dificilmente encontramos crianças e adultos, sobretudo pais e filhos interagindo nos jogos e brincadeiras, principalmente quando envolvem dificuldades no plano da comunicação, expressão e linguagem. A matroginástica é a atividade física e recreativa na companhia da mãe e da criança, onde a mãe fornece o suporte necessário para seu filho ter novas e melhores experiências, favorecendo o contato visual e ao incentivar a troca corporal, verbal e emocional. Aqui, retoma-se a valorização da matroginástica, uma prática já conhecida no Brasil, mas que há décadas é pouco divulgada. Segundo GUISELINI (1985), a matroginástica ocupou um lugar de destaque nas promoções do Esporte para Todos, política governamental de esportes, lazer e turismo na década de 80.

OBJETIVOS

Trazer uma estratégia de vivência facilitadora à apropriação e trato do conhecimento da educação física escolar; Mobilizar alunos do ensino médio com propostas capazes de envolvê-los numa atitude científica frente ao senso comum; Buscar fortalecer vínculos afetivos e a melhora na capacidade de comunicação e expressão entre família e crianças no TEA.

METODOLOGIA

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Partimos do primeiro momento, já esboçado em monografia na pós-graduação4, onde os alunos foram provocados a interagir com um grupo de famílias: Pais e filhos, crianças (2 a 7 anos). No segundo momento, levamos oficinas a instituições parceiras. Foram selecionadas atividades utilizadas em brincadeiras, como passar o bambolê de mãos dadas, “carniça”, subir no corpo do outro (alavanca). No terceiro momento, a explanação dos temas – Matroginástica como elemento de intervenção e TEA – passou a fazer parte de um Projeto de Extensão5, com apoio da AMA-GETID. 10 encontros entre facilitadores, pais e crianças no TEA, ocorreram semanal ou quinzenalmente, sendo 17 crianças de 04 e 10 anos acompanhadas de pai ou mãe, em sessões de 60 a 90 minutos.

4¹ CAVALCANTI, Marcelo Barreto. A Matroginástica no contexto escolar: redimensionando uma prática de ensino e extensão no CAp – UFPE. Monografia de Especialização em Educação Física Escolar. Universidade Federal de Pernambuco, UFPE. Orientador: Prof. Dr. Edilson Fernandes de Souza. Recife, PE, 2010.

5² FERRAZ, Karla M. T. CAVALCANTI, M. Barreto. Silva, Ledjane Sara A. da.Qualidade de Vida: A Matroginástica e a Música como ferramentas no fortalecimento de vínculos para crianças com Transtorno do Espectro de Autismo e seus pais. Projeto de extensão. 2012-UFPE-PROEXT-PIBEX-GRANDE RECIFE (SIGPROJ N°: 105848.451.128192.17032012). Recife, PE, 2012.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A infância é caracterizada pela aquisição de amplo espectro de habilidades motoras, onde em cada idade o movimento repercute no desenvolvimento da criança. Distúrbios do processamento sensorial são freqüentes em crianças dentro do TEA. Os sintomas podem variar de leves a severos, comprometendo socialização, comunicação e interesses.A criança no TEA se vê diante de dificuldades à sua vida de relação, começando no próprio círculo familiar. Nesse sentido, a matroginástica é vista como uma ferramenta para o bem estar, por unir a brincadeira com o fortalecimento de vínculos entre pais e filhos. Os cinco sistemas sensoriais (auditivo, visual, vestibular, proprioceptivo e tátil) dão as bases para o desenvolvimento das capacidades funcionais básicas que permitirão o desenvolvimento de habilidades mais complexas (Magalhães, 2002).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A matroginástica mostrou-se uma importante ferramenta para introduzir atividades físicas na criança dentro do TEA. Todos os pais ouvidos solicitaram que o projeto tivesse continuidade, devido à satisfação obtida. Poucos pais responderam ao questionário de avaliação final, mas as respostas foram animadoras:

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“Nossos filhos apresentam melhor contato visual e melhor relação um com o outro; melhorou também o conceito de esperar por sua vez, aumentando o tempo de tolerância em uma fila; eles buscam também brincar mais conosco” (A.C.S.Q., mãe de duas crianças); “Ela ficou mais tranqüila e está mais interagindo com outras crianças” (T.C.S., mãe de uma criança).

CONSIDERAÇÕES

Enquanto crianças descobrem seu próprio corpo na realização das tarefas motoras, adultos descobrem como podem ajudá-las nesta descoberta, ao mesmo tempo em que eles próprios precisam se descobrir entre um exercício e outro. Ao fim deste trabalho, é motivante pensar na perspectiva da matroginástica no currículo da escola, em parcerias com áreas afins, buscando o refinamento desta modalidade potencialmente relevante, qualificando a intervenção do professor.

REFERÊNCIAS

CAVALCANTI, M. Barreto. A Matroginástica no contexto escolar: redimensionando uma prática de ensino e extensão no CAp – UFPE. Monografia de Especialização em Educação Física Escolar. Universidade Federal de Pernambuco, UFPE. Orientador: Prof. Dr. Edilson Fernandes de Souza. Recife, PE, 2010.

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FERRAZ, Karla M. T. CAVALCANTI, M. Barreto. Silva, Ledjane Sara A. da.Qualidade de Vida: A Matroginástica e a Música como ferramentas no fortalecimento de vínculos para crianças com Transtorno do Espectro de Autismo e seus pais. Projeto de extensão. 2012-UFPE-PROEXT-PIBEX-GRANDE RECIFE (SIGPROJ N°: 105848.451.128192.17032012). Recife, PE, 2012.

GUISELINI, Mauro A. Matroginástica: ginástica para pais e filhos. São Paulo: CLR Balieiro, 1985.

MAGALHÃES, L. C. As bases da terapia de integração sensorial: estudo da relação entre processos neurológicos e comportamento. Faculdades Salesianas de Lins-Lins. (Apostila), 2002.

SCHULZ, Helmut. Educación física infantil y matrogimnasia. Buenos Aires: Editorial Kapeluz, 1975.

Marcelo Barreto Cavalcanti

Colégio de Aplicação – Centro de Educação – UFPE

Avenida da Arquitetura S/N Cidade Universitária

CEP 50740-550

[email protected]

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MEMORIAL DAS COPAS DO MUNDO DE FUTEBOL

Caroline Moraes Pimentel Fontão¹Péricles Ypiranga de Souza Dantas Neto²

INTRODUÇÃO

Este trabalho é resultado de um relato de experiência organizado pelos bolsistas do Programa de Bolsas de Iniciação da Docência de Licenciatura em Educação Física da UFRPE em intervenções na Escola Estadual Dom Bosco, em Casa Amarela, Recife-PE. Foi realizado com a turma do 8º D no turno da tarde, em quatro dias não consecutivos, fazendo trabalho de interdisciplinaridade com a disciplina de história. A escolha da turma se deu devido a disponibilidade de horários dos professores de história e artes. A sequência se deu antes do período da vigésima edição da Copa do mundo de Futebol, sediada no Brasil em 2014, trazendo a discussão

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na área de Educação Física sobre o Esporte na escola, e o seu fenômeno que é o Futebol, por diferentes contextos históricos fazendo um resgate de sua primeira edição, em 1930, até a atual em nosso País.

OBJETIVO

A partir disso, o objetivo deste trabalho foi expor a história de todas as Copas do Mundo de Futebol aos alunos, e ao mesmo tempo trabalhar história com acontecimentos simultâneos nos anos em que edições ocorreram. Falando da história da Federação do Futebol (FIFA), dos personagens que marcaram todos os anos desse fenômeno, os países destaques, suas influencias na história com o esporte e os títulos dos campeões.

REFERENCIAIS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

A sequência de aulas se deu a partir de quatro intervenções, a primeira, de 1930 a introdução do ano 1958; segunda, de 1958 a 1970; terceira de 1974 a introdução a 2014; quarta e culminância, 2014 com disputa entre os alunos sobre tudo o que se foi trabalhados nas anteriores. Durante o processo de construção dessas aulas, além de expor todos os conteúdos a serem trabalhados, buscamos pesquisar curiosidade e fatos inusitados afim de aumentar ainda mais o interesse e a participação dos alunos no

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tocante do tema. Trabalhando em forma interdisciplinar, pois é o tratamento articulado do conhecimento sistematizado nas diferentes áreas que permite ao aluno constatar, interpretar, compreender e explicar a realidade social complexa, formulando uma síntese no seu pensamento à medida que vai se apropriando do conhecimento científico universal sistematizado pelas diferentes ciências ou áreas do conhecimento (COLETIVOS DE AUTORES, 2012. p.17-18).

Ao iniciarmos a sequência de aulas, foi feita uma avaliação diagnóstica com os alunos a respeito do tema abordado, com pergunta, onde obtivemos respostas positivas. Nesse primeiro encontro foi utilizados dispositivo de exibição de slides, onde pudemos mostrar imagens das copas de 1930 à 1938. Antes de iniciarmos o histórico da copa de 1930, foi apresentado a origem do torneio, seus idealizadores, a construção das taças, a história das federações de futebol no Brasil e no mundo e a escolha do primeiro país-sede.

Enfatizamos os acontecimentos da copa de 1930 no Uruguai detalhando a escolha da cidades-sede e seus estádios, os jogos, a decisão, resultados e os dados estatísticos. Os acontecimentos importantes que foram vistos na história do Brasil foi a revolução de 1930, que teve inicio com o governo provisório de Getúlio Vargas e o fim da política café com leite. Não menos importante, lembramos

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dos acontecimentos no Mundo em 1930 trabalhando também até a introdução a Copa 1958.

No segundo encontro, trabalhando no mesmo formato, exposição em slides das logomarcas de cada ano em cada sede, se foram trabalhados do ano de 1958 principalmente focando o primeiro título mundial do Brasil, até a primeira sediada no nosso país, em 1970, trabalhando sempre o histórico dos acontecimentos até os placares e finalistas do mundial.

No terceiro encontro, com os alunos mais situados com o tema e a dinâmica das intervenções, já haviam pesquisado sobre acontecimentos e curiosidades sobre os anos vistos, e houve uma maior interação dos participantes. Foram distribuídos em papéis aos alunos os anos das Copas em cor rosa e fatos históricos em cor verde com ano de acontecimentos no verso. No quadro ficou projetado os logos das Copas, e ao lado uma linha do tempo, que se foi montada por todos. Foram trabalhados dos anos de 1974 o que encandeou um cenário para a democracia no Brasil. Desde aí, foram trabalhados nos anos as sedes, os resultado finais, até o ano de 1986, em que destacou no ano de 1989 a Queda do Muro de Berlim. Em 1990, Collor entra para a discussão desde o Impeachment até sua absolvição, passando pela marcha dos “Caras Pintadas”. Finalizando com encaminhamento para a chegada da Copa no Brasil em 2014, desde sua escolha até momentos antes dos jogos começarem.

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No quarto encontro, foi apresentada a Copa de 2014, pudemos observar que o todo o processo histórico facilitou o entendimento e as consequências dos assuntos abordados na copa atual. Alguns temas importantes foram exposto como: A escolha do continente sede, e consequentemente a candidatura e desistência de alguns países, por motivos políticos e econômicos, até a escolha que seria no Brasil.

A culminância se deu após exposição das informações da copa de 2014, como: estádios, tecnologia da bola e dos sensores nas balizas, mascote, a apresentação das bandeiras e escudos das seleções e suas distribuição nas chaves dos torneio, algumas comparações em relação as anteriores e a apresentação das próximas sedes em 2018 e 2022. Para a avaliação das informações expostas, foi elaborado um atividade em que foram distribuídos alguns papéis com números e outros com palavras ou frases, onde em grupos, os alunos deveriam montar um painel ligando a informação numérica à alfabética. Em segundo momento foi construído um questionário e aplicado de forma oral aos dois grupo formados, os grupos respondiam de forma alternada, tendo em vista que se não soubessem passariam o direito de resposta para o próximo grupo. O questionário foi constituído por perguntas de múltipla escolha (3 alternativas) e também por perguntas subjetivas, com conhecimento sobre as bandeiras dos países participantes da Copa 2014. A cada pergunta respondida o grupo acumularam pontos, tendo um bom acumulo teórico do

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assunto mostrado pelos participantes, sendo exposto pelas respostas corretas em 95%.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Estando na época de Copa do mundo de Futebol, e a maioria dos alunos não tem acesso ao conhecimento histórico do fenômeno maior de um Esporte extremamente popular no Brasil, essa intervenção de veio o trabalho não somente da história das Copas e sim com exposições dos acontecimentos históricos trouxe principalmente o enriquecimento tanto para o aprendizado dos alunos quanto dos professores que fizeram a parceria com os bolsista do PIBID de Educação Física da Escola.

CONSIDERAÇÕES

Chegando-se a conclusão que o trabalho se foi desenvolvido por um estudo aprofundado de um dos fenômenos recentes da história do Brasil, mas sim fazendo um memorial para maior aprendizado dos conteúdos aumentou a possibilidade e a dinamicidade do assunto desenvolvido. ¹Discente do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal Rural de Pernambuco, bolsista do programa financiado pela CAPES, PIBID-UFRPE.²Discente do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal Rural de Pernambuco, bolsista do programa financiado pela CAPES, PIBID-UFRPE.

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REFERÊNCIAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo, 2012.

Caroline Moraes Pimentel Fontão; Rua Vitória Régia, nº 390, Janga, Paulista – PE; [email protected]

A TRILHA NA NATUREZA COMO EDUCAÇÂO AMBIENTAL TRANSVERSAL NA ESCOLA

Gilberto Miranda Barbosa¹

INTRODUÇÃO

Acreditamos que através de uma colaboração social com a educação formal, informal e não-formal pode ser uma via de reflexão para atingirmos mudanças significativas, transformadoras e emancipatórias vislumbrando a

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sensibilização quanto aos cuidados com a educação para a proteção da natureza que é a fonte de tudo que precisamos para viver.

Através de trilhas e visitas com os escolares aos ambientes naturais na cidade de Garanhuns–PE, realizar um contato intimo com o que se está estudando sobre Educação Ambiental enquanto tema transversal enquanto atividades de Educação Física ou de fato transcendendo disciplinas e construindo o conhecimento com a realização de práticas desenvolvidas em áreas de proteção de nascentes de água.

A partir do trabalho da ONG Econordeste, que é quem desenvolve esses projetos em parceria com escolas públicas municipais e particulares em Garanhuns, procuramos discutir temas que instiguem a reflexão para a rede de relações construída para a vida moderna que envolve de tal maneira o sujeito na velocidade da vida de consumo, que não se valoriza o povo, a cultura, a natureza local, vendo unicamente a perspectiva de epistemologias hegemônicas que transformam a natureza em mercadoria.

OBJETIVOS

Objetivamos a promoção de ações que visem a recuperação/restauração de algumas nascentes e demais corpos hídricos, assim como implantar e otimizar a cultura da conservação destes recursos frente a sociedade garanhuense, garantindo a conservação por meio da

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transformação das áreas manejadas e recuperadas em Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN).

Nas trilhas pedagógicas às nascentes da cidade e demais atividade se busca chamar a atenção das pessoas para temas fundamentais, como no caso da reflexão sobreos alimentos transgênicos ou a degradação das nascentes de uma região, de forma ampla, utilizando multi meios, a internet, cartazes em escolas e locas de fluxo de pessoas, rádio, realização de atividades em parceria com entidades afins.

METODOLOGIA

A partir de visitas as escolas e encontro com professores e escolares em geral, estimular com trilhas pedagógicas, palestras, brincadeiras, gincanas, jogos, formação continuada, elaboração de materiais (cestos para coleta seletiva, reutilização de materiais, etc) e de espaços (horta escolar, jardins da escola, plantio, etc) permeados sempre pela reflexão sobre a importância da construção de uma sociedade mais equilibrada, responsável e limpa.

A visita às estações de tratamento de água e a participação na produção de mudas de arvores nativas na Sementeira Pública de Garanhuns (a qual temos parceria institucional para produção de mudas) também servirá como metodologia de envolvimento da comunidade e educação ambiental aplicada.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Faz-se necessário o empoderamento de estes saberes para que não sejam repassados apenas pelas instituições formais de ensino, posto que tais discussões já permeiam a muito os movimentos sociais do campo e outras entidades da sociedade civil organizada. Paulo Freire (1996, p.79). E atenta que “a mudança do mundo implica a dialetização entre a denúncia da situação desumanizante e o anúncio de sua superação, no fundo, o nosso sonho”.

Torres e Lemos (2012, p. 415) analisam a atual relação dualista com o ambiente e percebem que “... há um processo de coisificação da natureza e a celebração do homem moderno como aquele que tem a prerrogativa, o direito natural de explorar ao máximo e sem reservas a natureza em função das necessidades imediatas do capitalismo local e global” (p.415).

Gadotti (2000, p. 87) propõe que o modelo de educação deve transcender a disciplinarização quando afirma que “a educação, não concebida como escolarização, pode e deve ter um peso na luta pela sustentabilidade econômica, política e social.” O autor se refere a Enrique Leff quando este “...reconhece a necessidade de uma pedagogia de educação ambiental para que ela não se reduza ao ambientalismo” (p.88), mas que “...implica a desconstrução do pensamento disciplinário e

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simplificador”(p.89) e a denomina de “pedagogia da complexidade ambiental”.

Para Gutierres e Prado (2008, p.14) “educar-se é impregnar de sentidos a vida cotidiana” ou ainda “a cidadania ambiental e a cultura de sustentabilidade serão necessariamente o resultado do fazer pedagógico que conjugue a aprendizagem a partir da vida cotidiana”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse projeto não passa de uma tentativa de compreender se estudantes que moram próximas a ambientas naturais, e estudam em escolas do campo e da periferia da cidade, , percebem a importância dos cuidados com a terra, a água, os alimentos e demais fontes naturais, e o quanto a compreensão dessa relação pode influenciar de forma positiva no cotidiano.

Professor Especialsta em Educação Física, Professor II no Serviço Social do Comércio (SESC) em Garanhuns, Presidente e Coordenador de Educação Ambiental da ONG Econordeste.

REFERÊNCIAS

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática docente. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

Page 115: Anais do I Seminário do LEPEL e II Festival de cultura Corporal

GADOTTI, M. Pedagogia da Terra. São Paulo: Petrópolis, 2000.

GUTIÉRREZ, F. PRADO, C. Ecopedagogia e CidadaniaPlanetária. São Paulo: Cortez, 2008.

SILVA, J. F.; TORRES, D. X.; LEMOS, G. T. Educação do Campo: a luta dos Movimentos Sociais Campesinos por uma Educação Escolar Específica e Diferenciada. In. Revista Pedagógica - UNOCHAPECÓ - Ano-15 - n. 28 vol. 01 - jan./jun. 2012, p. 407-436.

Gilberto Miranda Barbosa, Rua Antônio Miranda de Lima, 69, Ap.03, Bairro São José, Garanhuns-PE, CEP: 55295-070. Endereço eletrônico: [email protected]

AS PRÁTICAS INOVADORAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA MATA-SUL DE PERNAMBUCO NOS ANAIS

DOS ENCONTROS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE PERNAMBUCO

Viviane Patrícia Pereira de Oliveira¹

RESUMO

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Trata-se de uma pesquisa de base qualitativa, a qual tem por objetivocompreender como os professores de Educação Física da Mata-Sul de Pernambuco incorporam as práticas inovadoras em suas aulas numa região onde, ainda na atualidade, há a predominância do treinamento esportivo. O caminho metodológico foi traçado a partir de uma pesquisa bibliográfica e pesquisa documental realizada nos Anais dos Encontros de Professores da Rede Estadual de Pernambuco. A partir dos dados obtidos, identificamos que os professores da Mata-Sul de Pernambuco, apesar das dificuldades reconhecem a Educação Física como uma disciplina e buscam tratar os conteúdos de modo que os alunos possam compreender que o conhecimento pertinente à área contribui de forma significativa no seu processo de humanização.

INTRODUÇÃO

O Brasil é conhecido internacionalmente como o país do futebol. Isso contribui para que o aluno leve para a escola uma ideia de que as aulas de Educação Física são os momentos de treinos. Essa realidade aponta para a “esportivização” e a vivência da prática pela prática. Esse modelo de aula no Brasil teve uma grande influência a partir da difusão do “Método Desportivo Generalizado”, por volta dos anos 40. Nos dias atuais ainda é comum a vinculação da Educação Física escolar às práticas esportivas.

Mesmo diante disso,vimos no Encontro Estadual de Professores de Educação Física do Estado de Pernambuco

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relatos de práticas inovadoras que nos levaram a levanta a seguinte indagação: Como os professores de Educação Física da Mata-Sul de Pernambuco incorporam em suas aulas as práticas inovadoras em uma região onde há predominância do treinamento esportivo?

Partindo dessa questão, elaboramos o seguinte objetivo geral: Compreender como os professores de Educação Física da Mata-Sul de Pernambuco incorporam as práticas inovadoras em suas aulas em uma região onde há predominância do treinamento esportivo. Como objetivos específicos: Enunciar a importância do Encontro Estadual na prática docente dos professores; Analisar, a partir dos relatos de experiências dos Anais dos Encontros Estaduais de 1995 a 2006, as práticas inovadoras nas aulas de Educação Física escolar na Mata-Sul de PE.

METODOLOGIA

A pesquisa é de base qualitativa porque valoriza o ser humano e não se resume em números estatísticos ou à explicação do fenômeno estudado, mas busca a sua compreensão Rampazzo (2002).

Para a análise do objeto de estudo optamos pela pesquisa bibliográfica e documental. Sobre a pesquisa bibliográfica, Rampazzo (2002, p. 53) afirma que esta

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procura explicar um problema a partir de referência (em livros, revistas, etc.). A pesquisa documental é um tipo de pesquisa que se utiliza de materiais que não receberam tratamento analítico (MINAYO, 2007; LAKATOS et al, 1986). Como fonte documental, apresentamos os relatos de experiências pedagógicas, publicados nos Anais dos Encontros Estaduais de Professores de Educação Física de Pernambuco.

ANALISANDO AS PRÁTICAS INOVADORAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR DA MATA-SUL DE PERNAMBUCO

Em 1995, teve início a primeira edição do Encontro Estadual dos Professores de Educação Física em PE. Acontecia anualmente. As práticas inovadoras da região Mata-Sul de Pernambuco selecionadas nesse estudo estão registradas nos Anais que foram apresentadas entre 1996 e 1998 e no ano 2000.

Em 1996 a inovação encontrada foi escolinha de Basquete no município de Tamandaré. No ano de 1997 foi os jogos Internos no mesmo município é também relatório de avaliação do processo ensino e aprendizagem na Educação Física.

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Em 1998 foi à composição corporal de crianças e adolescentes, nesse mesmo ano foi identificado o trabalho do crescimento de crianças e adolescentes, ambos no município de Rio Formoso. E também o jogo em espaços alternativos no município de Sirinhaém. Em 2000 foi identificada a operacionalização da proposta para a Educação Física da rede oficial de Pernambuco.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao discutir como os professores de Educação Física da Mata-Sul de Pernambuco incorporam em suas aulas as práticas inovadoras em uma região onde há predominância do treinamento esportivo, levou-me a concordar com Souza Júnior (1999) que em meio a tantas práticas distituidas do saber, do conhecer, do pensar, do refletir e do teorizar existem profissionais comprometidos em difundir o conhecimento da área com sentido/significado.

As práticas inovadoras da Mata-Sul de Pernambuco são o resultado do investimento dos próprios educadores na busca da sua qualificação, juntamente com as ações desenvolvidas pelo governo, principalmente nos processos de formação continuada que têm estimulando mudanças e avanços no processo de ensino e aprendizagem.

As experiências apresentadas nos Anais dos Encontros Estaduais de professores de Educação Física de Pernambuco têm contribuido intensamente para o campo

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acadêmico da área como referências e base de dados para o desenvolvimento de diversos trabalhos científicos, como os que foram destacados.

REFERÊNCIAS

ASSIS de OLIVEIRA, Sávio. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. Campinas, SP: Autores Associados, chancela editorial CBCE, 2005.

BRASIL, Secretaria de educação fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais- EducaçãoFísica. Brasília: MEC/SEF, 2001.

BETTI, Irene Rangel. Educação Física e o ensino médio: Analisando um processo de aprendizagem profissional. Dissertação (Doutorado em Educação). Universidade Federal de São Carlos, São Paulo. 1998

BETTI, M. O que a semiótica inspira ao ensino da Educação Física. Discorpo, n. 3, p. 25-45, 1994b.

BETTI, M. Atitudes e opiniões de escolares de 1º grau em relação à Educação Física. In: XIV SIMPÓSIO DE CIÊNCIA DO ESPORTE. 1986. São Caetano do Sul. Anais. São Caetano do Sul. Celafiscs. Fec. do ABC,

1986. p. 66.

Page 121: Anais do I Seminário do LEPEL e II Festival de cultura Corporal

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Fisica. Sao Paulo: Cortez, 1992.

D’ANUNCIAÇÃO, Fátima Maria F. G. et.al. JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES: Conteúdos da disciplina Educação Física e as suas contribuições a Psicopedagogia. (Monografia) Recife: Faculdade Santa Helena, 2009.

FRANÇA, Daise L. de Andrade. A Prática Docente Expressa com Ludicidade: Um repensar sobre as regras do jogo educativo na escola pública. Dissertação (Mestrado) – UFPE. CE. Educação, 2008.

_________. O Jogo Como Recurso Metodológico na Construçãodo Conhecimento: Uma Experiência Posssível. (Monografia) Recife: UPE, 1998.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Ed. Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura).

A. GADOTTI, Moacir. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Editora Ática. 2005.

__________.Boniteza de um sonho: Ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003.

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B. HEMIDA, Jorge Fernando. Educação Física: conhecimento e saber escolar. João Pessoa: Universitária da UFPB, 2009.

C. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A: Fundamentosde Metodologia Científica. São Paulo. Ed. Atlas, 1986

MENDES, Maria Isabel et al. Reflexões sobre o fazer pedagógico da Educação Física. Disponível em: http://cecemca.rc.unesp.br/ojs/index.php/motriz/article/viewFile/2823/2885. Acesso em: 06 de janeiro 2010.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucitec, 1993.

PAES, Roberto Rodrigues. Aprendizagem e competição precoce: o caso do basquetebol. Campinas: Editora da UNICAMP, 1992.

PEREIRA, Domício Manoel Martimiano. A sistematização dos conteúdos na educação física escolar nos Anais dos Encontros Estaduais de Educação Física de Pernambuco. (Monografia)- Recife: UPE, 2008.

RAMPAZZO, Lino. Metodologia Científica para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. São Paulo. Ed. Loyola, 2002.

SANTOS, Ana Lucia et al. O Encontro Estadual de professores de Educação Física em Pernambuco: doze anos de história. Recife: 2009. Disponível em:

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http://cev.org.br/comunidade/historia/debate/conbrace-memoria-esporte/. Acesso em: 10 de novembro 2009.

SILVA, E.V.M. e; VENÂNCIO, L. Aspectos legais da Educação Física e integração à proposta pedagógica da escola. In: DARIDO, S.C.; RANGEL, I.C.A. (Coord.) Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 50-63.

SILVEIRA, Guilherme Carvalho Franco da.Educação Física na perspectiva da cultura corporal: uma proposta pedagógica. 2001. Disponível em: http://www.rbceonline.org.br/revista/index.php/RBCE/article/viewArticle/388. Acesso em: 05 de fevereiro 2009.

TARDIF, Maurice. Saberes Docentes e Formação Profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

TAVARES, Marcelo. Inovações pedagógicas no currículo dos cursos de formação de profissionais de Educação Física: contribuições teórico-metodológicas da pratica pedagógica. Recife: EDUPE, 2009.

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MANIFESTAÇÕES DA CULTURA CORPORAL NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UM OLHAR A PARTIR DAS

CONCEPÇÕES DOS ALUNOS EM UMA ESCOLA DA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA-BA6

Eduardo das Virgens de Jesus¹Jaderson Silva Barbosa²

Jehorvan Carvalho de Melo³

6Eduardo das Virgens de Jesus – Acadêmico do 4° semestre do Curso de Educ. Física. Bolsista - PIBIDJaderson Silva Barbosa –UEFS-Ba. Mestre em Educação. Sub Coordenador de área Educ. Física– PIBID

Jehorvan Carvalho de Melo-- Professor do Colégio Estadual Luiz Eduardo Magalhães

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RESUMO

Este artigo é um relato de experiência a partir de um estudo de caso realizado em uma escola pública feirense. Um recorte proveniente de uma pesquisa mais ampla que está sendo realizada pelo PIBID - Programa de Iniciação a Docência de Educação Física da Universidade Estadual de Feira de Santana-BA. Nesta pesquisa foram aplicadas 22 questões junto à comunidade escolar (direção, professores, alunos) de uma escola de Feira de Santana-Ba e que está inserida no PIBID. Trataremos neste, as informações relativas a uma questão que buscou identificar, a partir do olhar dos alunos, qual conteúdo é desenvolvido pelo professor de Educação Física no ensino médio. O estudo aponta que mesmo depois de 30 anos que foi sugerido, pelo Coletivo de Autores, uma nova proposta crítica e superadora para o ensino da Educação Física Escolar ainda existe uma hegemonia do esporte na educação básica.

INTRODUÇÃO:

Diversas foram às publicações na área da Educação Física que, especialmente na década de 90, sugeriram uma nova proposta de conteúdo e de metodologia de ensino para a Educação Física Escolar. Estas propostas em sua maioria consideradas críticas, visavam a superação do paradigma apenas biológico e/ou de caráter esportivo que marcaram a Educação Física brasileira nas décadas de 60 e 70.

Contudo, pode ser identificada, mais de trinta anos depois, esta proposta materializada nas aulas de Educação Física na educação básica?

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A partir desta inquietação surge à problemática que originou a investigação apresentada nesta produção. Um relato de experiência a partir de um estudo de caso, proveniente de uma pesquisa mais ampla que está sendo realizada pelo PIBID - Programa de Iniciação a Docência de Educação Física da Universidade Estadual de Feira de Santana-BA, junto à comunidade das escolas públicas de Feira de Santana-Ba que estão inseridas no PIBID.

A EDUCAÇÃO FÍSICA: O QUE PROPÕE A TEORIA

Na área de Educação Física Escolar muitos são os conteúdos que se materializam na quadra e/ou na sala de aula evárias são as publicações na área de Educação Física que apontam uma proposição crítica e superadora para o currículo da Educação Física na Educação Básica. Neste sentido a :

Educação Física é uma disciplina que aborda os conhecimentos produzidos pelo homem acerca da cultura corporal e pretende desenvolver uma reflexão pedagógica sobre o acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer da história, exteriorizadas pela expressão corporal (...) que podem ser identificados como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente criadas e culturalmente desenvolvidas (SOARES, 1992, p. 38).

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Contudo, existe correlação entre as proposições teóricas e o que é desenvolvido efetivamente nas aulas de Educação Física na Escola?Existe de fato a superação da hegemonia no esporte no currículo da Educação Física proposto por algumas concepções críticas para o ensino da Educação Física? Vamos ao que aponta o estudo desenvolvido junto a uma escola de Feira de Santana-Bahia.

METODOLOGIAEste é um estudo de caso, em andamento, no qualfoi

aplicado um questionário contendo 22 perguntas,nas 6 escolas públicas contempladas com este programa, sendo que neste artigo foi feito um recorte, retirando-se apenas a questãode número13 (quais conteúdos são abordados nas aulas de Educação Física?). Esta questão que foi respondida pelos alunos matriculados no ensino médiodo Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães, sendo esta, uma escola pública contemplada pelo PIBID –Educação Física em 2014.

RESULTADOSNesta amostra, os alunos foram selecionados de

forma aleatória entre as turmas do ensino médio, gerando um total de 158 respostas sendo que 28,4% dos alunos sinalizaram como conteúdo principal o esporte, 12,6% lutas, 11,3% dança, 10,7% jogo, 8,8% capoeira, 8,2% ginástica, 4,4% primeiros socorros, 4,4% outros, 2,5% drogas, 0,6%

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DST, 0,6% biomecânica, 0% higiene, 3,5% não responderam.

CONCLUSÕES PROVISÓRIASO estudo aponta, mesmo que de forma preliminar,

que existe de fato uma predominância do esporte na escola, referente aos outros conteúdos que compõem a cultura corporal e que devem ser abordados nas aulas de educação física na escola

Diante dos resultados obtidos, será necessária uma investigação mais aprofundada para compreender quais os motivos que dificultam a materialização desta proposta curricular crítica e superadora para a Educação Física escolar.

REFERÊNCIAS

SOARES, C.L. et al. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª Edição. São Paulo: Editora Atlas, 2002.

AUTOR: EDUARDO DAS VIRGENS DE JESUS; PRIMEIRA TRAVESSA DAS AMÉRICAS, Nº78 - CHÁCARA SÃO COSME – FEIRA DE SANTANA-BAHIA, CEP: 44004-200; [email protected]

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A CULTURA CORPORAL DOS CONTINENTES: OS CINCO EIXOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA E SUAS VÁRIAS

TRANSVERSAIS DIALOGANDO ENTRE SI

Ana Carolina Silva Oliveira¹

Joazel da Silva Galdino²

INTRODUÇÃO

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Este presente trabalho apresenta uma proposta de intervenções a cultura corporal dos continentes: os cinco eixos da educação física e suas várias transversais dialogando entre si, no Programa de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) de Educação Física, cujo público é formado pelos alunos do Ensino Médio do Centro Educacional Profissional Dom Agostinho Ikas (CODAI), trazendo para estes jovens uma visão mais ampliada de cultura a fim de eles se reconhecerem como membro de um processo histórico e atuante como agentes modificadores do meio em que vive. Entendida como conhecimento que visa ao aprendizado da expressão corporal como linguagem, a Cultura Corporal proporciona ao homem o desenvolvimento de um “sentido pessoal” que exprime sua subjetividade e relaciona as significações objetivas com a realidade da sua própria vida, de seu mundo e das suas motivações (COLETIVOS DE AUTORES, 1992). Adotamos por base os trabalhos de Gonçalves (1997), OTM’S (2010) Saviani (2011), PCN’s (1998), Bracht (2003), Brasil (1998), que serão usados para estudo, por conseguinte execução com aulas expositivas, vídeos, organização de trabalhos em grupo e atividades práticas apresentaremos a cultura corporal e o modo de vida das pessoas que vivem em várias partes do mundo e incitaremos os alunos a buscarem a indagar questões de sociedade e qual o papel deles como membros da mesma. A Educação Física promove esse processo transformador numa perspectiva de exploração das

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capacidades corporais e possibilidades motoras, atreladas em seus cinco eixos numa comunicação entre a dança, a ginástica, o esporte, o jogo e a luta, saindo de uma vivência local para uma vivência mundial com possibilidades de realizar um trabalho mais completo. Portanto, outros fatores como a cultura, modo de vida, assuntos transversais interferem direta ou indiretamente o olhar de um indivíduo, pois o ser humano é constituído de um acervo histórico e assim ele junto à influência de outros e do meio formam sua identidade.

Ao longo deste trabalho, esperamos expandir o acervo cultural, motor e reflexivo dos educandos, lhes proporcionando o conhecimento que por vezes os mesmos foram negados. Trazendo uma luz, visto que os diálogos entre a nossa cultura e a cultura de outros países revelaram não só o retrato do nosso povo, mas das pessoas do mundo que expressam voz devido ao seu acumulo histórico e de sua visão de sociedade.

¹Ana Carolina Silva Oliveira,Licenciandaem Educação Física – UFRPE e bolsista PIBID /UFRPE-CAPES, R. Dom Manuel de Medeiros – Dois Irmãos, Recife-PE CEP 52171-030. E-mail: [email protected]

REFERÊNCIAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

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PERNAMBUCO. Orientações Teórico-Metodológicas ensino fundamental: Educação Física; Ensino Fundamental e médio. Recife: Secretaria de Educação, 2010.

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação física / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.

GONÇALVES, M. A. S. Sentir, pensar, agir: corporeidade e educação. Campinas:

Papirus, 1997.

SAVIANE, DEMERVAL. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações/Demerval Saviani-11.ed.rev.- Campinas, SP: Autores Associados, 2011. – ( Coleção educação comtemporânea).

Rev. Bras. Cienc. Esporte, v. 22, n. 3, p. 137-150, maio 2001

BRACHT, V. Educação Física e Ciência: cenas de um casamento (in)feliz. Ijuí: Unijuí, 2003.

BRASIL, Ministério de Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais:

terceiro e quarto ciclos: Apresentação dos Temas Transversais/ Secretaria de

Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998b.

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O CONTEUDO LUTAS NAS INTERVENÇÕES DO PIBID: PROPOSIÇÕES DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA NOVAS PRÁTICAS EDUCATIVAS NA ESCOLA ESTADUAL DE

REFÊRENCIA EM ENSINO MÉDIO TRAJANO DE MENDOÇA

Arthur Alberto Silva1

Anna Rita Vieira de Freitas2

Orientadora: Drª Erika Suruagy3

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RESUMO

Este trabalho pretende descrever as experiências vivenciadas em oficinas propostas no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência da UFRPE, em que se experimentou a construção de intervenções orientadas pela metodologia de ensino crítico-superadora. O estudo consiste na descrição de um processo ocorrido em uma escola pública do Recife e traz à reflexão as possibilidades de intervenções com o conteúdo lutas utilizando os jogos de oposição.

Palavras chave: PIBID, Educação Física, Lutas.

INTRODUÇÃO

O trato dos conhecimentos das lutas assim como outros elementos da cultura corporal é frequentemente negado ou problematizado por vieses teórico-metodológicos que trazem pouca contribuição para a formação dos discentes por se eximirem da responsabilidade de transmitir um conhecimento que tenha significado para os alunos e que se preocupem com a emancipação e com o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas desses sujeitos.

Conteúdos como as Lutas e a Ginástica são excluídos ou deixados em segundo plano por professores de Educação Física por motivos que são elencados nas literaturas que tratam das particularidades de cada um desses elementos da cultura corporal. Por isso, faz-se necessária a construção

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de referências que contribuam para a reflexão acerca das possibilidades com o trato desses conhecimentos, a fim de explorar e compreender também as limitações impostas pelas particularidades do chão da escola. É neste sentido que este trabalho objetiva elencar algumas possibilidades de intervenções com o conteúdo Lutas, a partir das experiências realizadas no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a fim de contribuir para a identificação dos limites e das possibilidades de intervenção com o conhecimento das lutas a partir da vivência dos jogos de oposição.

METODOLOGIA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No PIBID-UFRPE tomamos como ponto partida a metodologia de ensino crítico-superadora (COLETIVO de AUTORES, 1992), que parte da análise das estruturas de poder e dominação constituída em nossa sociedade. Fundamentada no materialismo histórico-dialético, preconiza que o professor de Educação Física, deve ser um educador comprometido com um projeto político pedagógico da escola, que emerge das necessidades de emancipação de uma classe social dentro da divisão estrutural vigente. A abordagem propõe uma reflexão acerca da apropriação do conhecimento científico, confrontando-o com os saberes que o aluno traz de seu cotidiano, tendo como eixo a constatação, interpretação, compreensão e a explicação da

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realidade social complexa e contraditória. Através da metodologia supracitada, foram propostas intervenções com os alunos da Escola Estadual de Referência em Ensino Médio Trajano de Mendonça, localizada na cidade do Recife, escola cujo trabalho com a Educação Física se restringia aos esportes coletivos, aos jogos de salão e a aulas teóricas até a chegada do PIBID.

O conhecimento das lutas, segundo Nascimento e Almeida (2007), representa um dos conteúdos costumeiramente negados dentro do espaço escolar por suscitar questionamentos acerca da incompatibilidade do conteúdo com o espaço educativo ou mesmo pela pouca aproximação dos professores de Educação Física com este elemento da cultura corporal. A preocupação central com o ensino das lutas refere-se à possibilidade de que as práticas desenvolvidas suscitem a violência entre os alunos, o que poderia indicar o desconhecimento da parte dos professores de Educação Física e demais pessoas comprometidas com a concretização do projeto pedagógico da escola acerca da importância que desempenham estes conhecimentos na formação de crianças e adolescentes.

Com base na pesquisa bibliográfica e a partir da constatação da realidade da escola, por meio de diagnóstico, foram construídas oficinas para introdução do trato com o conhecimento da luta na escola, utilizando os jogos de oposição que Santos (2012), define como jogos que

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são caracterizados por atividades lúdicas que envolvem confrontos entre duplas ou grupos, em que os participantes têm intenção de vencer, pela técnica, pela tática, respeitando as regras e convenções referentes à segurança. Os alunos puderam vivenciar atividades que contribuíssem para a ampliação de seus referenciais acerca das lutas, problematizando os princípios éticos inerentes às práticas de combate corpo-a-corpo e favorecendo a leitura crítica desse fenômeno, sem a qual as aulas de Educação Física se resumiriam a ativismo desprovido de reflexões.

As atividades foram desenvolvidas fora dos horários das aulas de EF numa escola que funciona no modelo semi-integral, com alunos de várias turmas dos três anos do ensino médio no horário vespertino e com duração média de três horas semanais. As oficinas foram estruturadas no formato em que fosse possível dialogar com os discentes acerca dos conhecimentos que estes tinham sobre as lutas, seguidas de exposições sobre a história desse fenômeno, problematizando-o enquanto bem cultural socialmente produzido, sobre os significados que lhes eram dados e sobre as mudanças que decorreram nos diferentes períodos da história enfatizando o processo de desportivização das diferentes práticas corporais. As atividades propostas estavam orientadas para a identificação e classificação das diferentes formas de combate corpo-a-corpo, em que os alunos experimentaram situações de combate de curta, média e longa distância.

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Utilizamos em nossa intervenção, três jogos de oposição onde os alunos trabalharam sempre em duplas: a) Desequilíbrio Frontal, onde o objetivo era conseguir deslocar o outro do espaço delimitado, ambos usando como apoio no colega apenas suas mãos; b) Desequilíbrio Dorsal, seguindo a lógica do jogo anterior, só que de costas um para o outro; c) Jogo dos papéis, em que os participantes adesivaram em suas camisas dez pequenos retângulos de papel e no espaço delimitado tinham o objetivo de retirar o máximo de papéis da camisa do colega para adesivar na sua, enquanto o outro tentava o mesmo. Ao término das oficinas foi pedido aos discentes que identificassem as semelhanças entre as atividades propostas e as lutas que eles conhecem ou veem na TV, categorizando-as e identificando a lógica dentro de cada prática.

RESULTADOS

O trabalho encontra-se em desenvolvimento e espera-se que as intervenções com o conteúdo lutas auxiliem na ampliação do acervo cultural dos alunos, na concretização dos objetivos estabelecidos no projeto pedagógico e na concretização de uma nova concepção de aulas de Educação Física nas escolas onde o PIBID - Educação Física da UFRPE atua. Para que nossos objetivos sejam atingidos, são necessários instrumentos para a construção do conhecimento, pois a instrumentalização é o caminho pelo qual o conteúdo sistematizado é posto à

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disposição dos alunos para que estes o assimilem e o recriem e, ao incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional.

1Licenciando em Educação Física pela UFRPE/Bolsista PIBD-CAPES

E-mail: [email protected] em Educação Física pela UFRPE/Bolsista PIBD-CAPES

E-mail: [email protected] do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal Rural de Pernambuco

REFERÊNCIAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

NASCIMENTO, P.; ALMEIDA, L. A tematização das lutas na Educação Física Escolar: restrições e possibilidades. Revista Movimento,Porto Alegre, v. 13, n. 03, p. 91-110, 2007.

SANTOS, S. Jogos de oposição: Ensino das lutas na escola. São Paulo: Editora Phorte. 2012.

(RE) CONSTRUINDO A DANÇA NO CONTEXTO ESCOLAR: LIBERDADE DE EXPRESSÃO E

REFLEXIVIDADE EM AÇÃO

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Gleyce Kelly Batista de SouzaJennife Emanuelle Santos da Cruz2

Thulio Nilson do Nascimento Pereira3

Erika Suruagy Assis de Figueiredo4

Rosângela Cely Branco Lindoso5

Universidade Federal Rural de Pernambuco – BrasilE-mail: [email protected]

[email protected]@gmail.com

[email protected]@hotmail.com

INTRODUÇÃOA seguinte pesquisa bibliográfica foi realizada para a

seleção do PIBID de Educação Física tendo como título (Re) construindo a dança no contexto escolar liberdade de expressão e reflexividade em ação,tendo a dança como conteúdo proposto, tendo em vista que a dança é um elemento da cultura corporal que pode ser trabalhado dentro da escola para que possa ser desenvolvido a reflexão, expressão e socialização dos alunos.

OBJETIVOS(Re) criar e problematizar os mais variados tipos de

dança desde as regionais que hoje nos parece está sendo esquecida dentro das escolas, até as menos conhecidas para

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que as mais variadas formas do ser humano se expressar possam ser conhecidas pelos alunos, para que elas em quanto conteúdo temático da educação física escolar, possam contribuir para a ampliação da consciência social e crítica dos educandos e de seu papel para a transformação social.

Graduanda em Licenciatura em Educação Física na Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, Recife – PE. [email protected];2Graduanda em Licenciatura em Educação Física na Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, Recife – PE. [email protected];3Graduando em Licenciatura em Educação Física na Universidade Federal Rural de Pernambuco,Rua Dom Manoel de Medeiros, Recife – [email protected];4Professora Adjunta do Departamento de Educação na Universidade Federal Rural de Pernambuco,Rua Dom Manoel de Medeiros, Recife – [email protected];5Professora Adjunta do Departamento de EducaçãoFísica na Universidade Federal Rural de Pernambuco,Rua Dom Manoel de Medeiros, Recife – [email protected]

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Expor teoricamente a origem, história e evolução da dança;Debater e vivenciar os fundamentos da dança;Contextualizar a dança enquanto produto nas relações humanas e sua importância social.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID), se apresenta enquanto possibilidade de ampliação e qualificação da minha formação. Sendo um espaço que propicia a oportunidade de conhecer a realidade escolar com sua dinâmica. Acredito fielmente que terei um salto qualitativo na minha formação. Para inserir-me no programa e intervir, escolhi o conteúdo da dança, com maior ênfase nas populares, pois de acordo com o Coletivo de Autores, 1992:

faz- se necessário o resgate da cultura brasileira no mundo da dança através da tematização das origens culturais, sejam do índio, do branco ou do negro, como forma de despertar a identidade social do aluno no projeto de construção da cidadania (COLETIVO ,1992,p.83).

Desta forma, buscarei confrontar os aspectos expressivos com a formalidade técnica, isto é, problematizar a limitação do gesto técnico enquanto espaço esvaziado de sentido e negador da expressividade e criatividade. Desta forma, penso, estar contribuindo para ampliação da consciência social e crítica dos educandos.

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METODOLOGIA

A metodologia de ensino empregada se norteará a partir da OTM do Estado, em conformidade com o subprojeto do PIBID/UFRPE, sendo utilizada como dinâmica de ensino uma proposta por Saviani (2009) e elucida por Gasparin (2009), que divide as fases de ensino em 6 processos contínuos:Prática social – onde o ponto de partida será a pratica, não se esquecendo do ponto de vista pedagógico que há uma diferença essencial neste processo que são os níveis diferentes de compreensão (conhecimento e experiência) da pratica social.Problematização – trata-se de questões que precisam ser resolvidas na prática social.Instrumentalização – Nesta etapa devemos nos apropriar dos instrumentos teóricos e práticos para solucionar os problemas encontrados na prática social. Catarse –“elaboração superior da estrutura em superestrutura na consciência dos homens” (Saviani apud. Gramsci, 1978, p.53). Apropriação dos instrumentos culturais transformados em elementos ativos de transformação cultural.Problematização – trata-se de questões que precisam ser resolvidas na prática social.Instrumentalização – Nesta etapa devemos nos apropriar dos instrumentos teóricos e práticos para solucionar os problemas encontrados na prática social.

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Fases da intervenção: 1º. No primeiro momento procuraremos mapear as experiências dos alunos, através de tempestades de ideias e mapas conceituais, que ao mesmo tempo consiste de uma avaliação diagnóstica sobre a dança e suas modalidades;2º. Momento de reelaborarão e adequação do plano de trabalho considerando a realidade sócio-cultural da escola com seus limites e possibilidades para os objetivos do PIBID.3º. Nas unidades de jogos e esporte, será tratada a ampliação do conhecimento sistematizado sobre os mesmo – já que é com o terceiro ciclo –, contemplando seus aspectos históricos, sócio-culturais e técnicos;4º. Registro sistemático das atividades para melhor compreensão. Esta, por sua vez, trará indicadores de como devemos traçar os procedermos para transforma à realidade escolar (a prática como início e fim).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tomando como base essa pesquisa bibliográfica, aplicamos esse plano de trabalho na escola Cândido Duarte de acordo com o conteúdo do bimestre, especificando as danças regionais como foi falado anteriormente. Trabalhamos em clubes com as danças de coco e forró, enfatizando sua origem, historicidade, contextualizando com a realidade. A partir de aulas teórico- práticas construímos uma série mista contendo as respectivas danças, tendo

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como culminância a apresentação da série no Festival de Cultura Corporal de Pernambuco, realizado pelo PIBID de Educação Física juntamente com o grupo de estudos LEPEL( Linha de Estudo e Pesquisa em Educação Física & Esporte e Lazer ).

REFERÊNCIAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo, Cortez, 1992.GASPARIN, J. L. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 5. ed. Campinas/SP: Editora Autores Associados, 2009.LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. PERNAMBUCO. Orientações teórico-metodológicas – Educação Física (OTM’s). Secretária de Educação, 2008.SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. 10. ed. São Paulo, Cortez, 2008.

Gleyce Kelly Batista de SouzaRua Córrego Santa Terezinha, n.:07E-mail: [email protected]

SAÚDE: NÚCLEO CENTRAL DA REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE IDOSOS CONSTRUÍDAS A PARTIR DE CORPO

E ESPORTE

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Sabrina Anacelly de Barros Lima¹Bárbara Vanessa Siqueira de Andrade²

Mayara Sequeira da Silva³Rosângela Cely Branco Lindos4

Este estudo parte da articulação: ensino, pesquisa e extensão, onde o conhecimento auxilia na qualificação da prática, no sentido de refletir sobre os objetos nela envolvidos. Tomaremos aqui objetos da prática pedagógica - corpo e esporte - e a ideia de Geertz (2011), em que define a natureza do homem construída através de modelos, reflexos, aproximações ou distorções da realidade. Ao longo da história observamos mudanças na forma de Representação Social do corpo. Esse modelo começa a se transformar com a longevidade. Queremos destacar, em primeiro lugar, da superação de um modelo de corpo, jovem e produtivo e de um modelo de esporte onde a performance é indicativo de sucesso. Esses modelos vão sendo reconstruídos, trazendo desafios para a prática dos professores de Educação Física. A ação inovadora do homem pode estar presente em tudo o que faz, mesmo quando rotineiramente faz o velho. O novo vem da superação do velho, quando esse modelo já não responde as necessidades humanas. Da necessidade de qualificar a vida o ser humano reconstrói sua representação de corpo e esporte.

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Segundo o censo demográfico de 2010, resultados dos micro dados de 27 de abril de 2012 apontam que: “O Brasil está saindo de uma estrutura etária jovem para uma estrutura adulta e caminha para uma estrutura etária envelhecida”. O Censo aponta que no final da década de 2030 o número de habitantes de 65 anos ou mais, será maior do que o de habitantes de 0 a 14 anos. A rápida mudança na estrutura etária da população brasileira coloca desafios para a produção do conhecimento.

Sobre o esporte segundo Holt (2008), na metade do século XIX, a elite se torna defensora do esporte, exaltando um corpo atlético, buscando assim o equilíbrio anatômico e o eu interior expresso no adágio, Mens sana in corpore sano, deixando de ser apenas exercício para o prazer, corresponde a fins mais sociais e ideológicos. A saúde passa a incluir tanto a eficácia física quanto mental. Novas formas de trabalho sedentário, conduzindo as classes médias ao estresse físico e psicológico, levam o esporte a estabelecer metas para o corpo, que remediassem aumentando sua capacidade para a competição, atingindo primeiro a burguesia, e a partir da necessidade criada é também oferecido aos operários. Os esportes exigiam aptidões variadas todos proporcionando ao corpo uma variedade de movimentos voltados à necessidade do mundo urbano.

O esporte vai tomando outros significados, marcados por nacionalidade, etnia e império, encarnando virtudes masculinas do período industrial, cultuando esforço e mérito,

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e o valor em si da competição e preconceitos, todos estes significados atravessam, o corpo do esportista de forma mais ou menos forte. Surge com a longevidade a necessidade de um modelo de esporte onde todos possam usufruir, inclusive as pessoas mais longevas.

Este projeto realizado na Universidade Federal Rural de Pernambuco, tem como objetivo usar o esporte para desenvolver e manter a capacidade funcional e equilíbrio de pessoas com mais de 60 anos, promovendo interação, qualificando a vida dessas pessoas.

Na metodologiautilizaremos a Teoria da Representações Sociais, empregando a Abordagem Estrutural - também conhecida como teoria do núcleo central, é um desdobramento da grande teoria idealizada por Moscovici em 1961, proposta por Jean Claude Abric em 1976. Esta abordagem aponta que uma representação social apresenta características específicas, pois se organiza em torno de um núcleo central, constituído de um conjunto organizado e estruturado de informações, crenças, opiniões e atitudes, composta de dois subsistemas - o central e o periférico - que funcionam exatamente como uma entidade onde cada parte tem um papel especifico e complementar.

O núcleo central da representação de corpo e esporte vem sendo construído historicamente na “saúde”. Por ser determinado pela natureza do objeto representado e pelo tipo de relações que o grupo mantém com o objeto, assumindo duas funções fundamentais: uma geradora,

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através do núcleo central se cria ou transforma o significado da representação e função organizadora, núcleo central determina a natureza dos elos, unindo entre si os elementos da representação, assim o núcleo é o elemento unificador e estabilizador da representação. O estudo aponta que na dinâmica social, as contradições com as quais se depara o professor, o obriga a repensar antigos conceitos e representações, podemos observar que o conceito de esporte como espetáculo do rendimento e corpo jovem vão se transformando criando possibilidades de novas experiências.

REFERÊNCIAS

COLETIVO DE AUTORES, Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

CANTERA, I. R. (2004). “Ejerciciofísic o, movilidad y habilidades de la vida diaria”. In Fernández Ballesteros, R. (dir.). Gerontología Social. Madrid: EdicionesPirámide, p.511-525.

GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. 1ed.- ( Reimp.) – Rio de Janeiro: LTC, 2011.

HOLT, Richard; CORBIN, Alain; COURTINE, Jean-Jacques. História do Corpo: 2. Da Revolução à grande Guerra.

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Tradução João Batista Kreuch. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa nacional por amostra de domicílios 2006. Rio de janeiro: IBGE, 2007.

LINDOSO, R. C. B. Considerações sobre o homem e a perspectiva do novo. Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte, 1997, Goiânia-GO. v. 2. p. 1305-1307.

MOSCOVICI, Serge. A representação social da psicanálise. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Ed. Zahar,1978.

VIGARELLO, Georges; CORBIN, Alain; COURTINE, Jean-Jacques. História do Corpo: 2. Da Revolução à Grande Guerra. Tradução João Batista Kreuch. 2. ed.Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

Sabrina Anacelly de Barros LimaRua Almir Azevedo nº76 [email protected]

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BON’EC@S7: UMA EXPERIÊNCIA NA/COM A DANÇA NO IFPE – CAMPUS CARUARU

Vilma Canazart dos Santos¹RESUMOA linguagem da dança é uma área privilegiada para que possamos trabalhar, discutir e problematizar a pluralidade cultural em nossa sociedade. Assim, o objetivo primeiro do projeto de levar a cultura da dança para dentro do IFPE - Campus Caruaru e, a partir disso, criar a nossa própria linguagem artística, decorre da convicção de que o movimento constitui um meio de interação entre o homem e o mundo a sua volta. O projeto é destinado a estudantes do curso integrado em Edificações, Segurança do Trabalho e Mecatrônica e teve início no segundo semestre letivo de 2012. As aulas têm duração de duas horas e meia e acontecem uma vez por semana em cada turma. O projeto tem como sustentação a abordagem crítico-superadora e a teoria de Rudolf Laban e visa trabalhar os conceitos básicos para a aquisição do movimento expressivo, dentre eles a conscientização corporal e os fatores do movimento. Assim, ao desenvolver experiências fundamentais com a dança, comprova-se que é possível romper/modificar (pre)conceitos relacionados à dança e ao gênero, o que contribuirá para a construção de uma sociedade transformadora.Palavras-chave:Educação; Dança e Gênero

INTRODUÇÃO

7 O símbolo arroba (@) será usado no decorrer do texto como forma de neutralidade linguística e gramatical de gênero.

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O corpo em movimento assume papel fundamental nos dias atuais, e a dança, conforme explicita Marques (1997), enquanto forma de conhecimento, torna-se praticamente indispensável para vivermos presentes, críticos e participantes em sociedade.

Merleau-Ponty (apud SOUZA, 2010, p.1) já dizia que “(...) o corpo é o veículo do ser no mundo, (...)”. Complementando essa afirmação, Daolio (2000, p. 39) comenta que “o homem, por meio de seu corpo, vai assimilando e se apropriando dos valores, normas e costumes sociais, num processo de inCORPOração”. Assim, ele considera que há uma construção cultural do corpo, definida e colocada em prática em função das especificidades culturais de cada sociedade.

Assim, a dança é importante para a formação humana, na medida em que possibilita experiências d@salun@s, bem como proporciona novos olhares para o mundo. (GARIBA e FRANZONI, 2007).

Entretanto, as aulas de dança também podem ser verdadeiras prisões dos sentidos, das ideias, da percepção e das relações que podemos traçar com o mundo. De fora para dentro, regras, normas e repertórios rígidos e impostos podem estar nos desconectando de nossas próprias experiências e impondo tanto ideais de corpo quanto de comportamento em sociedade, alertam Pedrosa e Tavares (2009).

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É certo que, o homem, para dançar, tem de superar inúmeros obstáculos sociais. Capri (2009) nos lembra que os processos de sociabilização e aceitação do gênero masculino com a dança é complexo, sutil e marcado por inevitáveis resistências individuais e coletivas, bem como por profundas contradições.

De forma geral, “as ideias sobre a dança reafirmam as imagens de gênero e corporeidade tradicional, que permeiam as convenções sociais e artísticas do movimento masculino e feminino”. (KUNZ, 2003, p.209).

Compreendendo, assim, que a dança pode ser entendida como uma dentre várias instâncias culturais que “fabricam” homens e mulheres de determinados tipos, é preciso, como nos aponta Andreoli (2010), atentarmos para as formas pelas quais as identidades de gênero são construídas, para pensarmos nas diferentes possibilidades de subjetivação e singularização vivenciados por homens e mulheres nesse contexto.

OBJETIVOS DO PROJETOO objetivo do projeto é levar a cultura da dança para

dentro do campus e, a partir disso, criar a nossa própria linguagem artística, propiciando às/aos estudantes a conscientização do corpo e o desenvolvimento da auto-expressão criativa segundo estudos de Laban; ampliar as formas de movimento de cada estudante; o entendimento da fala corporal; a movimentação e gestualidade como

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expressões do corpo e redimensionar a dança e as atividades expressivas como vivências co-educativas de gênero e no âmbito da educação estética.

SOBRE O PROJETO DE DANÇA...O projeto é destinado a estudantes do curso

integrado em Edificações, Segurança do Trabalho e Mecatrônica do IFPE – Campus Caruaru e teve início no segundo semestre letivo de 2012, recebendo o nome de Danç’Art.

Atualmente, o projeto tem duas turmas de dança (01 pela manhã e outra à tarde), totalizando 28 estudantes, d@s quais 21 são meninas e 07 são meninos.

As aulas têm duração de duas horas e meia, acontecem uma vez por semana em cada turma e são desenvolvidas em vários espaços do campus – salas de aula, corredores e estacionamento, a depender da proposta da aula.

O projeto tem como sustentação a abordagem crítico-superadora e a teoria de Laban (1978, 1990), buscando desenvolver/trabalhar os conceitos básicos para a aquisição do movimento expressivo, dentre eles a conscientização corporale a dança como elemento sociocultural, além dos fatores do movimento (peso, tempo, espaço e fluência).

Portanto, pretende-se desenvolver diversas formas de experienciar a dança e seus fundamentos básicos, respeitando as particularidades individuais e experienciais

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d@s estudantes e valorizando o processo de construção artística, de forma a ampliar o horizonte cultural, o pensamento crítico e a criatividade.

INICIANDO A CAMINHADA...Nesse um ano e meio de projeto, percebe-se um

aumento do número de meninos participantes na segunda turma, o que desencadeou interesse de mais outros estudantes pelo projeto.

Acreditamos, também, que a divulgação do trabalho realizado junto à primeira turma tenha levado a procura pelo projeto. Tal trabalho resultou na apresentação de uma coreografia denominada “Move yourbody” e o recado transmitido foi mostrar a dança enquanto forma de comunicação, expressão e manifestação artística, fazendo-os (também às meninas) refletirem sobre os seus corpos.

Com o sucesso dessa primeira apresentação, o grupo se propôs a criar mais duas coreografias. Ao analisar as três coreografias criadas, encontramos nas duas primeiras resquícios de representações estereotipadas de gênero. Já na terceira coreografia executada ao som de Barbatuques8 – música Baião Destemperado, houve, inicialmente, a participação de um menino e duas meninas. O intuito da

81Barbatuques é um grupo brasileiro de percussão corporal que propõe, sobretudo, fazer música a partir do batuque com o próprio corpo. Na música Baião Destemperado, eles fazem homenagem ao rei do baião – o Luiz Gonzaga.

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coreografia é justamente levar à reflexão sobre o SER, que não é masculino e nem feminino, mas um corpo-ser humano existencial. Essa coreografia chamou tanto a atenção de outros integrantes do grupo que tivemos que adaptá-la para mais dançarin@s, o que acabou por dar o nome à coreografia de “Bon’ec@s”.

Diante dessa repercussão, “a análise da dança pode evidenciar que, para além das imagens que a mídia inscreve no ser que dança, a dança pode reinscrever novas imagens e projetar relações sociais” (KUNZ, 2003, p. 208), fazendo surgir outro e novo olhar para essa importante linguagem artística que é a dança.

Estamos lidando com valores e normas culturais que se transformam lentamente, e apesar dos esforços para tornar a dança uma prática/vivência aceitável entre os estudantes do IFPE – Campus Caruaru, o processo de mudança é complexo, mas tal atitude dos estudantes já demonstra um início de desconstrução de representações estereotipadas de gênero na dança, o que pode ser considerado um avanço de/no pensamento.

CONSIDERAÇÕES

Se a escola e a Educação Física são limitadas por concepções socialmente construídas, por outro lado devemos lembrar que a escola e a Educação Física são também responsáveis pela construção de novas concepções

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de cultura e que é possível promover intervenções, desconstruir relações estereotipadas, criar estratégias e propostas que proporcionem aos/às estudantes novas aprendizagens corporais, pois somos um ser que não é masculino nem feminino, mas um corpo-ser humano existencial.

Ainda estamos engatinhando em busca de avançarmos no desenvolvimento do senso estético e da expressão através da linguagem corporal, algo que exige um trabalho contínuo e sistematizado, pois muit@s ainda possuem arraigada uma cultura estereotipada da dança. Assim, ao desenvolver experiências fundamentais com a dança, podemos comprovar que é possível romper/modificar (pre)conceitos relacionados à dança e ao gênero, o que contribuirá para a construção de uma sociedade transformadora.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDREOLI, G.S. Dança, gênero e sexualidade: um olhar cultural. In: Revista Conjectura, Caxias do Sul, v.15, n. 1, p. 107-118, jan./abr. 2010.CAPRI, F.S. Rompendo as barreiras do gênero masculino: prática da dança em aulas de Educação Física. Buenos Aires, ano 14, nº 136, 2009. Disponível em htpp://www.efdeportes.com. Acesso em 04/06/2014.

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COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. (Coleção Magistério. 2º grau. Série Formação do Professor)DAOLIO, J. Da cultura do corpo. Campinas, SP: Papirus, 2000.GARIBA, C.M.S., FRANZONI, A. Dança Escolar: uma possibilidade na Educação Física. In: Revista Movimento. Porto Alegre, v.13, n.02, p.155-171, maio/agosto-2007. Acesso em 05/05/2014LABAN, Rudolf. Dança educativa moderna.São Paulo. Ed. Ícone, 1990._____________. Domínio do movimento. São Paulo. Summus, 1978.KUNZ, M.C.S. Dança e gênero na escola: formas de ser e viver mediadas pela Educação Estética. 2003. Tese (Doutorado). Universidade Técnica de Lisboa. Faculdade de Motricidade Humana. Lisboa – Portugal, 2003. 451f.MARQUES, I. A. Dançando na Escola. In: Motriz. v.3, n.1, p.20-27, 1997.PEDROSA, M.R.; TAVARES, H.M. Expressão corporal e educação: elos de conhecimento. In: Revista da Católica. Uberlândia, v.1, n.2, p. 198-206, 2009.SOUZA, L.M. Dança, escola e educação. 2010. Disponível em: http//www. Revistaeletronica.ufpa.br/index.php/tucunduba/article/download/18/5+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. Acesso em 10/04/2014.

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Vilma Canazart dos SantosRua Antenor Navarro, 96, apto 02, Petrópolis, Caruaru/PE55.030-450E-mail: [email protected]

O PIBID-EDUCAÇÃO FÍSICA E A IMPORTÂNCIA DA CONSCIÊNCIA POLÍTICA DE CLASSE

Cilos Fortunato da Silva9

INTRODUÇÃO

A educação brasileira tem sido alvo de grandes inquietações nos últimos anos, levando a população

9 Licenciando em educação física, Bolsista PIBIC/CNPq. Apoio financeiro PIBID/CAPES

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a cobrar ações do Governo Brasileiro, que por sua vez, criou alguns programas educacionais que corroborasse para elevar a qualidade da educação no Brasil. Sejam essas políticas pautadas em necessidade reais da população ou para atender a acordos internacionais. Dentre as políticas implantadas, surge o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, vindo a ofertar bolsas para os estudantes dos cursos de licenciaturas das Instituições de Ensino Superior – IES. O presente trabalho, caracterizado no formato de relato de experiência, versa sobre a experiência de intervenção pedagógica enquanto bolsista PIBID, procurando dialogar com as teorias e os elementos necessários a uma prática pedagógica no nível de senso crítico. Vimos que, um elemento essencial para melhor compreensão da sociedade e da educação é o compromisso político. Dentre os inúmeros elementos que podemos apontar, destacamos a competência técnica, elemento fundamental neste momento da formação, uma vez que, não adiantar ter a vontade de agir sem ter o conhecimento e os instrumentos adequados aos nossos anseios pedagógicos. Enfim, necessitamos de projetarmos numa perspectiva da construção de uma nova sociedade, de uma nova educação e uma nova concepção de homem, sujeito histórico. Para isso, precisamos ter um horizonte histórico que norteie nossas intervenções. Para tanto, precisamos ter clara a teoria pedagógica que norteará a nossa prática.

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METODOLOGIA

Este trabalho consiste de um relato de experiência sobre a iniciação a docência numa escola da rede estadual na cidade do Recife-Pe, confrontando as teorias apreendidas na universidade com a realidade na dinâmica escolar.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Na Universidade, nos deparamos com diversas teorias pedagógicas que nos fazem repensar e muitas vezes questionar sobre o real papel da educação, com base na nossa própria experiência. É preciso observar o sentido e o significado dessas teorias para a nossa intervenção pedagógica, entendendo que toda atividade gera um produto ou resultado – neste caso, a atividade pedagógica (SANCHEZ, 2007).Dessa maneira, vemos que as teorias pedagógicas têm duas grandes dimensões: uma de cunho filosófico, que geralmente traz fundamentos para a educação e outra de cunho político, carregado de direcionamentos ideológicos (LUCKESI, 2011). Sendo assim, devemos nos apropriar das mais diversas teorias pedagógicas, buscando encontrar aquela que melhor atenda nossas expectativas, nosso horizonte histórico diante de nossa classe social.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Notou-se que na dimensão teórica, já se tem acúmulo bastante consistente que mostra que a estruturação social da nossa sociedade é divida em classes. Assim, devemos procurar desenvolver a consciência política de classe, por sua vez, nos permitirá posicionarmos. Enquanto bolsistas inseridos num espaço de formação – a Universidade e a Escola-, temos o contato com teorias e metodologias pedagógicas mais atuais e, pretensamente classificamos os professores da escola enquanto competentes e incompetentes. Contudo, devemos ter consciência de que o impulso para a ação nasce do compromisso político, todavia, o educador só pode fazer o que ele é capaz de fazer, ou seja, ser capaz significa conhecer e ter os instrumentos necessários para agir.

REFERÊNCIAS

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

LUCKESI, C. C. Filosofia da Educação. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2011.

SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 11 ed – Campinas, SP: Autores Associados. 2011.

SANCHEZ, Vázquez, A. Filosofia da práxis. 1 ed. São Paulo: Expressão Popular, 2007.

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Autor principal:Cilos Fortunato da Silva.

Endereço: Rua doze de junho, 1460, UR-3 Ibura, Recife-PE.

E-mail: [email protected]

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RESUMOS DAS APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: REFLEXÃO E CONSCIENTIZAÇÃO

Aline Mariana da Silva Santos¹

Dayse Vicente de Farias¹

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Estéfani Bruna dos Santos Silva¹

Fiama Silva dos Santos¹

Geilda Guilherme da Silva¹

Jassen Felipe Garcia Silva¹

Jessika Cerqueira Barbosa¹

Lucas Barbosa Gomes¹

Rafaela Gomes Cavalcante¹

Yara Monick dos Santos¹

Joelma de Oliveira Albuquerque (Orientadora)²

RESUMO

Este trabalho parte da consideração dos movimentos feministas ocorridos recentemente, os quais defendem os ideais das mulheres perante a sociedade, resultantes do aumento da violência contra a mulher. Este tipo de violência é definido como “qualquer ato [...] que resulte ou possa resultar em dano físico, sexual e/ou psicológico ou sofrimento para a mulher, inclusive ameaças de tais atos, coerção ou privação arbitrária da liberdade, quer isto ocorra em público ou na vida privada” (OKABE; FONSECA, 2009). Esta violência persiste no tempo e se estende praticamente a todas as classes sociais, culturas e sociedades. A partir desse momento histórico vivido, e com as experiências adquiridas na disciplina de metodologia do ensino da ginástica geral³, objetivamos apresentar uma série de ginástica voltada para a reflexão e conscientização sobre a violência contra a mulher, uma vez que, a Ginástica é um bem cultural da humanidade, historicamente construída e socialmente desenvolvida, que adquiriu seus sentidos e significados nas relações sociais, determinadas pelo modo de produção da existência humana (ALMEIDA, 2005, p. 22).

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Nesse sentido, buscou-se representar, durante a série ginástica, a luta pelos ideais feministas, através dos fundamentos (saltos, giros e equilíbrios) e da música „Maria, Maria‟ do cantor Milton Nascimento, que se refere às “Marias” brasileiras, mulheres que trabalham no dia a dia e, quando interpretada atende ao tema proposto. Esta música é coerente com o conceito de clássico que, segundo Saviani (2008), é tudo aquilo que sobrevive ao tempo, ou seja, “o clássico não se confunde com o tradicional e também não se opõe, necessariamente, ao moderno e muito menos ao atual” (p. 14). A série foi composta por acadêmicos do 4º e 6º períodos do curso de Educação Física Licenciatura da Universidade Federal de Alagoas – Campus Arapiraca.

Palavras-chave: Ginástica Geral; Movimentos feministas; Violência contra a mulher.

¹Acadêmicos do curso de Educação Física Licenciatura da UFAL/Campus Arapiraca.

²Docente do curso de Educação Física Licenciatura da UFAL/Campus Arapiraca.

³Ministrada pela professora Joelma de Oliveira Albuquerque na UFAL.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Roseane Soares. A ginástica na escola e na formação de professores. (Tese de doutorado em educação). UFBA, 2005.

OKABE, Irene; FONSECA, Rosa Maria Godoy Serpa da.Violência contra a mulher: contribuições e limitações do sistema de informação. São Paulo, Vol.43 no.2, Junho 2009.

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SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 10. ed. rev. Campinas: Autores Associados, 2008.

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PRIMEIRO AUTOR

NOME: ALINE MARIANA DA SILVA SANTOS

ENDEREÇO: RUA 15 DE NOVEMBRO – CENTRO SÃO SEBASTIÃO CEP: 57275000

EMAIL: [email protected]

R.U

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Ana Carolina Silva Oliveira10

Anderson Luiz Vieira Barbosa²Arthur Alberto Silva

A dança como um dos elementos da cultura corporal possibilita novas formas de expressão através da experiência corporal desenvolve as capacidades e potencialidades humanas e sua relação com o mundo de acordo com o que diz Laban (1990), quando criamos e nos expressamos por meio da dança, interpretamos seus ritmos e formas, aprendemos a relacionar o mundo interior com exterior. Usamos como base em nossos estudos e criação coreográfica livre, Nanni (1995), Fux (1983), Ossona (1988), inspirando-nos a expandir o campo de visão e fugir de uma dança padronizada. Pretendemos mostrar nossa relação com a dança por meio de vivências cotidianas que movem emoções de diversas formas quando se dá o encontro de vários estudantes no mesmo espaço físico, sentimentos semelhantes, alguns desejos distintos, todavia uma finalidade os une: fazerem sua refeição no Restaurante Universitário.

Palavras-chave: Dança; Expressão; Cultura Corporal.

REFERÊNCIAS

LABAN, Rudolf. Dança Educativa Moderna. São Paulo: Ícone, 1990.NANNI, Dionísia. Dança Educação – Princípios, Métodos e Técnicas. Rio de Janeiro: Editora Sprint, 1995.

10 Ana Carolina Silva Oliveira, Licenciatura em Educação Física – UFRPE e bolsista PIBID/UFRPE –CAPES, R. Dom Manuel de Medeiros – Dois Irmãos, Recife –PE CEP 52171-030. Email: [email protected]

Page 169: Anais do I Seminário do LEPEL e II Festival de cultura Corporal

OSSONA, Paulina. A educação pela dança. São Paulo: Summus, 1988.FUX, Maria. Dança, experiência de vida. 3ª Ed. São Paulo, Summus,1983.

GINÁSTICA RÍTMICA NA ESCOLA: UMA PRÁTICA POSSÍVEL

Amélia José Silva da Silveira¹

Page 170: Anais do I Seminário do LEPEL e II Festival de cultura Corporal

Arthur Silva de Santana²

Erick Mateus Guedes Silva³

Rayanne Vieira de Lima4

Mayara Sales dos Santos5

RESUMO

O grupo de ginástica rítmica da Escola Ministro Jarbas Passarinho vem representando a instituição em diversos eventos desde a sua criação em meados de 2005. Coordenado pela professora Amélia Silveira, o grupo atualmente é composto por 10 meninas que se encontram semanalmente para desenvolver atividades relacionadas à ginástica rítmica. Convidados a participar do II Festival de Cultura Corporal de Pernambuco, o grupo vem se preparando para mais uma vez levar o nome da instituição para além dos portões da escola. Auxiliados por bolsistas do PIBID – Educação Física da UFRPE, foi elaborada uma série intitulada de “Piratas do Caribe” que traz a tona os personagens do filme de mesmo nome. Utilizando elementos da ginástica e os aparelhos bola e fita, as alunas encenam uma história que se passa num navio, onde, em busca de um tesouro perdido, tripulantes viajam em uma aventura aos confins da terra para recuperarem o tão almejado ouro. As aulas de ginástica rítmica são ministradas no pátio da referida escola, que, por sua vez, não oferece uma estrutura adequada para essa prática corporal. Mesmo não sendo isso um empecilho para a não realização das aulas, aproveitando-se da parceria com a UFRPE através do PIBID Educação Física, houve a possibilidade de utilizar o espaço da Universidade para oportunizar novas experiências as alunas e aproxima-las de uma realidade diferenciada, em que, puderam usufruir de materiais e espaço adequados a essa prática corporal. O processo de construção da série para o Festival contou com a colaboração de alunas e bolsistas, sendo idealizada e supervisionada pela professora

Page 171: Anais do I Seminário do LEPEL e II Festival de cultura Corporal

Amélia Silveira. Segundo as OTM’s de Educação Física (2008, p. 23)

Durante a educação básica são imprescindíveis formas de ginástica que promovem [...] exibições públicas das movimentações apreendidas e criadas; compreensão das formas técnicas das diferentes manifestações de ginástica (rítmica, olímpica e aeróbica).

Nesse contexto, compreendemos que essa experiência tende a somar com a formação das alunas em questão, trazendo novas vivências e colaborando com o processo de ensino/aprendizagem de todos os indivíduos envolvidos. Por fim, reafirmamos que essa prática corporal, apesar das dificuldades com espaço e material, vem sendo mais uma atividade exitosa no chão da escola.

Palavras-chave: Escola. Ginástica Rítmica. Ginástica.

REFERÊNCIAS:

PERNAMBUCO. Governo do Estado. Secretaria de Educação. Orientações Teórico Metodológicas: Educação Física. Recife: SEDE-PE, 2008. p 23.

Autora: Amélia José Silva da Silveira.

Rua Rio pajeú, 482, bloco b3, apt 101. Ibura de Baixo – Recife.

E mail: [email protected]

AERÓBICA E ACROBACIA, GINÁSTICA NA ESCOLA E ALEGRIA

Page 172: Anais do I Seminário do LEPEL e II Festival de cultura Corporal

Arthur Alberto Silva1

Anna Rita Vieira de Freitas2

RESUMO

O ensino da ginástica enquanto conteúdo na escola tem sido deixado em segundo plano ou até mesmo negado, apresentando enquanto justificativas a necessidade de materiais específicos e pouca aproximação dos docentes com as modalidades que compõem o conteúdo. A negação da importância deste conteúdo no âmbito escolar tem contribuído para o descumprimento da função de socialização deste elemento da cultura corporal, de forma que os discentes concluem o percurso escolar sem compreender a importância que a ginástica pode desempenhar nas diferentes dimensões que constituem a vida humana. Diante do cenário exposto, observa-se que a utilização da ginástica tem sido restringida ao pragmatismo do consumo, geralmente orientado para fins estéticos, competitivos e de promoção da saúde. Esta apresentação é resultado do trabalho desenvolvido com os alunos da Escola de Referência em Ensino Médio Trajano de Mendonça com o intuito de estimular a reflexão e a prática da ginástica dentro do espaço escolar, contribuindo para a concretização dos objetivos estabelecidos no projeto pedagógico, construção de uma nova cultura da Educação Física dentro do espaço escolar e buscando promover a superação da visão predominante de que este elemento da cultura corporal é apenas objeto de consumo. A ideia é permitir que os discentes enxerguem e ampliem as possibilidades de exercitação de forma consciente e orientada de acordo com seus objetivos.

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO FÍSICA; GINÁSTICA; ESCOLA.

Page 173: Anais do I Seminário do LEPEL e II Festival de cultura Corporal

REFERÊNCIAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

PERNAMBUCO. Governo do Estado. Secretaria de Educação. Orientações Teórico-metodológicas – Ensino Fundamental e Médio: Educação Física. Recife: SEDE-PE, 2008. 64p.

1Licenciando em Educação Física pela UFRPE/Bolsista PIBD-CAPES 2Licencianda em Educação Física pela UFRPE/Bolsista PIBD-CAPES

A CULTURA CORPORAL NO UNIVERSO DE IDOSAS

Bárbara Vanessa Siqueira de Andrade11

11 Acadêmica do curso de Licenciatura em Educação Física Colaboradora do Projeto “Idoso no Esporte”

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Sabrina Anacelly de Barros Lima12

Mayara Sequeira da Silva13

Rosângela Cely Branco Lindoso14

RESUMO

A demografia do envelhecimento da população brasileira aponta mudanças na estrutura etária desta sociedade, produzindo um aumento de pessoas acima de 60 anos identificadas como idosos. O Censo aponta que no final da década de 2030 o número de habitantes de 65 anos ou mais, será maior do que o de habitantes de 0 a 14 anos. Essas pessoas possuem limitações que podem ser minimizadas se forem inseridas em um cotidiano ativo de práticas corporais sistematizadas, implicando também na própria autonomia. Compreendendo esta realidade de mudanças da população surgi um desafio onde procuramos inserir essas pessoas acima de 65 anos no II Festival de Cultura Corporal através de um projeto realizado na Universidade Federal Rural de Pernambuco no Curso de Licenciatura em Educação Física que tem como objetivo usar a ginástica para desenvolver e manter a capacidade funcional de pessoas com mais de 60 anos, promovendo interação e incentivo para a prática de atividades físicas sendo proporcionadas pela vivência da ginástica e da dança. Assim será apresentada uma coreografia envolvendo a dança e alguns elementos e fundamentos da ginástica rítmica respeitando as individualidades e dificuldades de cada participante. Vale ressaltar que a construção da coreografia é a conclusão de um trabalho em conjunto entre as alunas de Educação Física e as idosas participantes, que

12 Acadêmica do curso de Licenciatura em Educação Física voluntária do Projeto de extensão “Idoso no Esporte”

13 Acadêmica do curso de Licenciatura em Educação Física Colaboradora do Projeto “Idoso no Esporte”

14 Professora do curso de Licenciatura em Educação Física coordenadora do Projeto “Idoso no Esporte”

Page 175: Anais do I Seminário do LEPEL e II Festival de cultura Corporal

antes do processo de construção conheceram previamente os fundamentos da ginástica e sua história e conseguiram a partir deste pouco conhecimento sistematizar em uma simples coreografia, proporcionando ao grupo através das práticas corporais vivências que culmine em uma vida mais autônoma e ativa.

Palavras Chave: DANÇA; IDOSAS; GINÁSTICA RÍTMICA.

REFERÊNCIASCOLETIVO DE AUTORES, Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa nacional por amostra de domicílios 2006. Rio de janeiro: IBGE, 2007.

LINDOSO, R. C. B. Considerações sobre o homem e a perspectiva do novo. Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte, 1997, Goiânia-GO. v. 2. p. 1305-1307.

Bárbara Vanessa Siqueira de Andrade – Avenida Doutor Claúdio José Gueiros Leite nº2920 casa01 JANGA-PAULISTA/PE – [email protected]

MEMORIAL DAS COPAS: UMA REFLEXÃO HISTÓRICO CORPORAL

Caroline Moraes Pimentel Fontão¹

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Péricles Ypiranga de Souza Dantas Neto²

Lucas Leon Vieira de Serpa Brandão²

Raphael Rosendo da Silva²

RESUMO

Aprender sobre a história mundial e a história do Brasil por um meio de outro assunto atual foi o que tornou a ideia de fazer um memorial das copas do mundo do Futebol na escola o ponto principal para levarmos os alunos da Escola Dom Bosco, situada em Casa Amarela, Recife – Pernambuco. Levar o conhecimento construído ao longo dessas intervenções para a expressão corporal, através da Cultura Corporal, por entendermos como o objeto de estudo da Educação Física. Segundo o Coletivo de autores, 2012, será configurada com temas ou formas de atividades, particularmente corporais, como: jogo, esporte, ginástica, dança ou outras, que constituirão seu conteúdo. O estudo desse conhecimento visa apreender a expressão corporal como linguagem. Então, o aprendizado nos leva ao conhecimento desenvolvido à práxis e da interdisciplinaridade na escola.

Caroline Moraes Pimentel Fontão, Rua Vitória Régia nº 390, Janga, Paulista – PE; [email protected]

A GINÁSTICA RÍTMICA NO AGRESTE PERNAMBUCANO

Daise França¹

RESUMO

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O presente trabalho é resultado do treinamento de Ginástica Rítmica oferecido no IFPE – Campus Belo Jardim, iniciado em maio de 2010. Trata-se de uma experiência inovadora que objetiva difundir a Ginástica Rítmica como uma prática social historicamente construída e tem como base teórica a proposição Crítico-Superadora. A metodologia compreende aulas expositivas, observação de vídeos, vivência dos conteúdos propostos e a elaboração de séries. A avaliação é realizada de forma sistemática durante todo o processo, através da observação, inquirição e incentivo à autoavaliação. Essa iniciativa tem estimulado a criatividade, a desenvoltura e o compartilhar de experiências salutares como a apresentação da série a ser apresentada.

Palavras-chave: treinamento; ginástica rítmica; prática social.

REFERÊNCIAS

BARROS, Daisy; NEDIALCOVA Giurga. ABC da Ginástica. Rio de Janeiro: Sportgym, 1999.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

DARIDO, Suraya Cristina & RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação Física na Escola – Implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. GAIO, Roberta. Ginástica Rítmica Desportiva “Popular”. São Paulo: Robe Editorial, 1996.___________. Ginástica Rítmica: da iniciação ao alto nível. Jundiaí: Editora Fontoura, 2008.

____________ (org). Ginástica em Questão. São Paulo: Tecmed, 2006.

Daise Lima de Andrade França

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Rua Professora Anunciada da Rocha Melo, 116, Apto. 502, Madalena – Recife/PE. CEP: [email protected]

Mestre em Educação – UFPE. Professora do IFPE – Campus Belo Jardim.

APERTE O PASSO!

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Gina Guimarães15

Edna Carla Eustáquio Cavalcanti16

Jonathan Barreto17

Tainara Santiago18

Thaysa Belisário19

RESUMO

Este trabalho coreográfico realizado pelo Núcleo de Estudos de Atividades Rítmicas e Expressivas em Educação Física (AESA-ESSA) partiu da ideia de mesclarmos os gestuais do frevo, hoje uma dança cênica e não apenas lazerística, com uma de suas raízes mais fortes, a capoeira. ‘APERTE O PASSO’ é fruto dos estudos iniciais do grupo sobre a trajetória das danças populares. Estas danças muitas vezes têm suas raízes em motivos religiosos, passando com o tempo ao motivo do lazer até chegar à atualidade, percorrendo os espaços dos palcos, transformando-se em danças cênicas. Este por exemplo, foi o caso do Frevo. O trabalho coreográfico é baseado nos estudos de Maria Goretti Rocha de Oliveira (1991) sobre a trajetória das danças populares, mais especificamente o frevo e sua transformação social até chegar aos palcos, recebendo influencias da capoeira, elementos estes aos quais aliamos os estudos de Laban (1978) quanto a experimentações sobre o estudo do espaço e suas variáveis quanto aos níveis baixo, médio e alto. Palavras-chave: dança, frevo, capoeira

15 Mestre em Educação (UFPE); AESA-ESSA, SEE-PE; ETHNOS (ESEF/UPE).

16 Especialista em Ed. Física Adaptada; SEE-PE.

17 Graduando em Ed. Física (AESA-ESSA).

18 Graduando em Ed. Física (AESA-ESSA).

19 Graduando em Ed. Física (AESA-ESSA).

Page 180: Anais do I Seminário do LEPEL e II Festival de cultura Corporal

REFERÊNCIAS:

HASELBACH, Bárbara. Dança, improvisação e movimento. 2 ed. São Paulo:Summus, 1978.LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo:Summus, 1978.OLIVEIRA, Maria Goretti Rocha. Danças Populares como espetáculo público no Recife de 1970 a 1988. Dissertação de Mestrado/UFPE, CFCH, 1991.

Gina GuimarãesRua General Polidoro, 1008, Edifício Rio Una, apto. 603, Várzea, Recife, PE. [email protected]

DANÇA REGIONAL NA ESCOLA: UMA EDUCAÇÃO PRA LÁ DE FÍSICA!

Page 181: Anais do I Seminário do LEPEL e II Festival de cultura Corporal

Thulio Nilson do NascimentoPereiraJennife Emanuelle Santos da Cruz

Gleyce Kelly Batista de SouzaJúlia Ohanna Monteiro Bessoni

Andressa Pamela da Silva AlvesCélio Coelho da Silva

Daniel Lucas Santos SilvaThomas Henrique Lima da Silva

Rick Gustavo Ferreira da SilvaRayane Gabrielle Nunes Pereira

Gabriele Santos CoelhoMauro Araújo Silva

Lucas Henrique Tenório de AndradeLarissa Fernanda do Nascimento

Tamires Helena da SilvaAmanda Aciole Barreto de Lima

Suelen da Silva Santana

Escola de Referência em Ensino Médio Cândido Duarte

RESUMO

A apresentação artística elaborada pelos bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência) de Educação Física, Gleyce Kelly, Jennife Cruz e Thulio Nilson juntamente com os alunos da EREMPCD (Escola de Referência em Ensino Médio Professor Cândido Duarte), tem como objetivo o trato do conteúdo da dança, componente da cultura corporal, no contexto escolar, tendo como referência a abordagem crítico-superadora, proposta pelo Coletivo de Autores. Antes de iniciarmos o processo de construção da sequência coreográfica, foi realizado um estudo sistemático com os alunos a respeito da dança, partindo do geral para o específico, sua origem, historicidade, como a dança é vista nos dias atuais e os tipos de dança, sendo as danças regionais nordestinas a escolhida para ser tematizada na apresentação do II Festival de Cultura Corporal de Pernambuco. Durante a construção da série os alunos foram instigados a trazerem movimentos do coco e do forró para

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poder articula-los as músicas escolhidas. Em suma, a construção dessa série possibilitou que os alunos da Cândido Duarte refletissem e vivenciassem este universo da dança que está tão próximo deles e pouco aprofundado no seu sentido e significado.

PALAVRAS-CHAVES: Escola. Educação Física. Danças regionais.

50 ANOS DO GOLPE CIVIL-MILITAR NO BRASIL: PRA NUNCA MAIS ESQUECER!

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Jennife Emanuelle Santos da Cruz Arthur Alberto Alves da Silva

Marcelo Gomes da Costa Guedes Pereira PericlesYpiranga de Souza Dantas Neto

Aline Duque da PazAnna Rita Vieira

Raphael Rosendo da SilvaLucelia Cintia Cardoso Feliciano

Rayanne Vieira de LimaJoão Victor Cruz Beija

Danillo Henrique Inácio de SouzaLucas Leon Vieira de Serpa Brandão

Caroline Moraes Pimentel FontãoRodrigo Fábio Bezerra da Silva

Lidiane Kelly de Lima VasconcelosGleyce Kelly Batista de Souza

Bárbara Vanessa Siqueira de AndradeArthur Silva de Santana

Mayara Sales dos SantosJoazel da Silva Galindo

Ana Carolina Silva OliveiraErick Mateus Guedes da Silva

Maira Gabriela Santana do NascimentoAndre Felipe Rodrigues da Silva

Thulio Nilson do Nascimento PereiraRosângela Cely Branco Lindoso

Erika Suruagy Assis de Figueiredo

Universidade Federal Rural de Pernambuco

RESUMO

A série tem como objetivo relembrar o Golpe civil-militar no Brasil através da construção de uma série de ginástica pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à docência (PIBID) da UFRPE. Buscamos recordar o que estava acontecendo no Brasil no período antes, durante e pós-ditadura a partir de movimentos ginásticos tentando demonstrar semelhanças entre os tipos de torturas sofridas

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pelo movimento estudantil, camponeses e movimento de cultura popular, além das expressões de sofrimento e tranquilidade daquela época. O caminho percorrido inicialmente foi o estudo das torturas comuns naquele tempo, quais os movimentos de resistência mais presentes e as músicas que estavam sendo produzidas pela comunidade artista, em seguida uma delas (Cálice – Chico Buarque e Gilberto Gil) foi escolhida para a apresentação da série. No processo de elaboração da série, os envolvidos foram instigados individualmente a realizar movimentos que representassem os sentimentos que as músicas despertavam, posteriormente foi pedido que em grupos encandeassem os movimentos anteriormente elaborados. Num segundo momento procedemos com a construção coletiva da série tendo como referência os movimentos de resistência do período da ditadura. Os coletivos formados em alusão aos grupos da época foram destinados a elaborar movimentos coerentes com suas devidas funções naquele contexto e encaixar com o tema da apresentação. Em diversos ensaios, os grupos construíram os movimentos coletivamente e posteriormente passaram a ensaiar em conjunto tentando unificar e prosseguir com a série. O ritmo da música unido ao contexto da época geraram movimentos, traços e questionamentos remetentes a que tal época representava. Sendo assim, esta apresentação trouxe reflexões e experiências relevantes durante todo o processo para a formação dos discentes.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Física.Ginástica.Ditadura militar.

FEMINIST WORLD

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João Vitor Soares Leite1

Ana Claudia Lima2

Débora Lorena Carvalho3

Kaiq Soares Lins dos Santos4

Yara Mayara5

Gustavo Gomes6

Beatriz Santos7

Monik Rayanne8

Raquel Mislany9

RESUMO

Queremos mostrar com esta apresentação, que há algum tempo atrás o mundo foi “dominado” por homens. Era um mundo machista, onde as mulheres não tinham nenhum direito. Queremos passar para o público o poder feminino, a independência das mulheres no mundo atual, incitar a reflexão acerca do quão prejudicial é essa desigualdade na vida das pessoas e expor, através da dança, a busca pela igualdade de direitos.

PALAVRAS-CHAVE: MACHISMO; PODER FEMININO; IGUALDADE DE DIREITOS

DESMILITARIZAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR

Luana dos Santos Silva¹

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Cristina de Oliveira Farias1

Deliane Silva de Lira1

Fábia Monaly Vieira Campos1

José Alves de Oliveira1

Mariza de Souza Ferro1

Nerijane Menezes da Silva1

Noel de Oliveira Silva1

Pedro Henrique Ferreira de Melo1

Vanessa Silva do Carmo1

Joelma de Oliveira Albuquerque²

RESUMOInúmeros são os casos de violência protagonizados pela polícia militar em represália aos cidadãos, tanto os que se manifestam lutando por seus direitos, quantos casos de agressão, racismo e morte de civis moradores das periferias das cidades. Muitas dessas ações realizadas e ordenadas pelo alto escalão do Estado e dos comandantes resultam em grandes massacres, sejam eles de várias pessoas ao mesmo tempo, como o que aconteceu no emblemático caso do presídio do Carandiru, ou de forma individual a morte do pedreiro Amarildo de Souza, brutalmente torturado e assassinado em uma UPP (Unidade de polícia pacificadora) do Rio de Janeiro. Sabe-se que com o golpe de 1964 e a imposição da ditadura militar procurou-se criar uma força que reprimisse as manifestações que se opusessem ao regime. No entanto, mesmo havendo o fim desse período obscuro da história do Brasil, a PM continua praticando verdadeiros extermínios, pois tem sua formação com base no braço de interesse do Estado, defendendo seus pensamentos, o que muitas vezes não condiz com o respeito e a defesa do cidadão comum. No entanto, acreditamos que os homens e mulheres que compõe este seguimento são submissos às normas e orientações. Lutamos pela desmilitarização da polícia, pois esta deve agir em defesa da população, além de que os jovens negros, os estudantes e todo o povo que quer sair às ruas, deve ter garantia da sua integridade física. Diante disso, vimos a possibilidade de expressar esse pensamento com a ginástica geral através

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de uma apresentação artística. Partimos do pressuposto que “a ginástica é um bem cultural da humanidade, historicamente construída e socialmente desenvolvida que adquiriu sentidos e significados nas relações sociais, determinadas pelo o modo de produção da existência humana” (ALMEIDA, 2005, p. 22). Com isso nos apropriamos das bases e fundamentos da ginástica para compor a série. Essa apropriação se deu através da disciplina de Metodologia do Ensino da Ginástica Geral e do Curso de Extensão de Ginástica Geral e Circense, incluindo os conhecimentos da rítmica de Dalcroze para adequar as ações corporais ao tempo da música. Para esta série foi escolhida a música “fardado” da banda Titãs, coerente com a problemática que queremos expor na apresentação, pois esta faz uma crítica à forma como a polícia militarizada está organizada. Para a seleção da música, nos valemos do conceito de Saviani (2011) no qual,“clássico não se confunde com o tradicional e também não se opõe, necessariamente, ao moderno e muito menos ao atual”, isto é o que se torna fundamental. Os pressupostos teóricos dos quais partimos são os da abordagem Crítico-Superadora (COLETIVO DE AUTORES, 2012), e da pedagogia Histórico-Crítica por meio do método da práxis social que se apresenta em cinco momentos, a saber: a prática social é o ponto de partida que considera a realidade dos envolvidos, no qual, em reuniões e debates políticos na universidade, fizemos a análise do tema que foi o alvo da problematização, momento em que se levantaram as questões observadas na prática social, bem como a identificação do conhecimento necessário para solucioná-las, levando em consideração a importância do tema na atualidade, além da escolha da música coerente com o mesmo. O terceiro momento refere-se à instrumentalização que é a apropriação dos elementos teóricos e práticos do conhecimento científico confrontados com o conhecimento do cotidiano, para resolução dos problemas. Para tanto, nos apropriamos de matérias, artigos que tratavam sobre a problemática e dos elementos ginásticos para compor a apresentação. O próximo passo é a catarse, a expressão mais rica e elaborada da prática social que só é possível

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devido os momentos anteriores. Nesse momento, construímos a apresentação. E assim, o ponto de chegada é o retorno à prática social transformada em uma síntese superadora da realidade, cuja expressão se dará na compreensão mais ampla dos envolvidos acerca da problemática e das possibilidades de ações no âmbito da cultura corporal (SAVIANI, 2011).

PALAVRAS CHAVES: Desmilitarização da polícia; Violência; Ginástica.

a) REFERÊNCIAS

ALMEIDA, R. S. A ginástica na escola e na formação de professores. Tese (Dourado em Educação) - Universidade Federal da Bahia, Bahia, 2005.COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. 2.ed. SãoPaulo: Cortez, 2012.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11. ed. Rev. – Campinas, SP: Autores Associados, 2011. – (Coleção educação contemporânea).

Luana dos Santos Silva.Povoado Chã do Meio, Junqueiro - Alagoas. Cep: [email protected]

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CARIMBOLIZANDO

Lucélia Cíntia Cardoso Feliciano20

Rodrigo Fábio Bezerra da Silva21

Maíra Gabriela Santana do Nascimento22

João Victor Cruz Beija23

Raphael Rosendo da Silva24

Érika Suruagy Assis de Figueiredo25

RESUMOO Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) objetiva incentivar, valorizar e aperfeiçoar a formação inicial de docentes para a educação básica (DEB, 2011). O PIBID/Educação Física - UFRPE (2011) apresenta a abordagem crítico-superadora da Educação Física como a metodologia de ensino mais avançada por apresentar uma proposta sistematizada que compreende a Educação Física como uma prática pedagógica que tematiza práticas

20 Graduanda em Licenciatura em Educação Física, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE21 Graduando em Licenciatura em Educação Física, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE22 Graduanda em Licenciatura em Educação Física, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE23 Graduando em Licenciatura em Educação Física, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE24Graduando em Licenciatura em Educação Física, Universidade Federal Rural de Pernambuco –UFRPE

25 Professora Doutora/Orientadora- Departamento de Educação Física, Universidade Federal Rural de Pernambuco- UFRPEAgencia financiadora: Coordenação de Apoio ao Pessoal De Nível Superior (CAPES)

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corporais como: jogo, esporte, dança, ginástica e lutas, formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 33).Sendo a dança um dos temas a serem tratados nas aulas de Educação Física, o presente trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta de intervenção pedagógica que trata o “Carimbó”, uma dança folclórica da região Norte brasileira. A dança é uma linguagem social que expressa os vários aspectos da vida humana em sociedade, como o trabalho, os costumes, os hábitos, entre outros (Coletivo de Autores,1992). Segundo Kunzet al. (1998) apud Brasileiro (2003) o ensino da Dança na escola propicia a compreensão das práticas corporais de vários povos a partir do entendimento da história, resgatando e atribuindo novos significados à vida. Também objetiva ensinar não só a reprodução de movimentos, mas também, transformá-los, produzi-los, apreciá-los e posicionar-se criticamente a eles (GASPARINE, 2011). Assim, estamos realizando oficinas teórico-práticas com a dança folclórica supracitada, numa escola pública estadual da cidade de Camaragibe, com alunas do 1° ano do ensino médio. Um dos objetivos das intervenções foi construir uma coreografia para ser apresentada no II Festival de Cultura Corporal de Pernambuco, evento organizado pelo PIBID. As intervenções foram pautadas no método da prática social, proposto por Saviani (2005), tendo como etapas: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e retorno à prática social. A elaboração de sequencias didáticas fundamentadas teórico e metodologicamente na abordagem de ensino Crítico-superadora são os principais resultados do processo de pesquisa e ensino. Tomamos como ponto de partida o conhecimento prévio das alunas sobre a dança em questão e a partir disto levantamos problematizações sobre. Num segundo momento instrumentalizamos as discentes, expondo os passos característicos construídos historicamente e em seguida demos inicio a elaboração da coreografia para ser apresentada. O processo de ensino-aprendizagem se encontra em andamento, porém, o produto final será concluído em breve.

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Palavras-chave: educação física escolar; dança; carimbó

REFERÊNCIAS:BRASILEIRO, Lívia Tenório. O conteúdo “dança” em aulas de Educação Física: temos o que ensinar? Pensar a Prática, Goiânia, v. 6, n.1, p.45-58, 2003.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. Campinas-SP: editora Cortez, 1992.

DEB. Relatório de Gestão 2009-2011. CAPES, 2011.

GASPARI, T.C. Dança. In Darido, S.C;RANGEL, I.C.A. (Coords.) Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 201-228, 2011.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 37 ed. Campinas. SP: Autores.

SUBPROJETO PIBID/UFRPE, Licenciatura em Educação Física. 2011.

Lucélia Cíntia Cardoso Feliciano. Av. Dom Manuel de Medeiros 04, Dois Irmão [email protected]

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A GINÁSTICA RÍTMICA E A CULTURA DA COPA DO MUNDO

Poliana Pimentel Maranhão¹

Ana Karina de Oliveira Ramos²

RESUMO

Na Escola Escritor Paulo Cavalcanti é oferecido o treinamento na modalidade de Ginástica Rítmica para os estudantes com idade entre 08 a 15 anos, desenvolvendo nos estudantes de escola pública a reflexão sobre a realidade social, cultura e física, visualizando a apreensão do desenvolvimento sócio-histórico das próprias atividades corporais, visto que a educação escolar tem um papel importante na luta pela transformação das relações sociais, conduzindo os indivíduos para a apropriação consciente das estruturas sociais - ciência, arte, filosofia, moral, política, entre outras. (FERRAZ, 2002, p.130). Sendo assim, a escola apresenta-se como o espaço de desenvolver nos seus estudantes a consciência de agentes da sociedade, utilizando-se de meios para colocá-los á frente da possibilidade de produtores da cultura e conhecimento. Através da Ginástica Rítmica buscamos trabalhar de forma a oferecer aos estudantes as possibilidades de ampliar o acervo da cultural corporal e desenvolvimento de algumas capacidades físicas, através da prática de ações corporais variadas; e despertar o sentimento de valorização dos aspectos culturais nacionais e regionais, através dos temas escolhidos para as apresentações conclusivas das etapas do trabalho desenvolvido nas aulas. A Ginástica, em si, possui os fundamentos corporais básicos que “traduzem significados de ações historicamente desenvolvidas e

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culturalmente elaboradas” (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 78), fazendo assim com que as alunas participantes pesquisem e experimente na prática esses fundamentos; além de que na Ginástica Rítmica, especificamente, são utilizados diversos aparelhos manuais, como bola, arco, fitas, maças e corda, os quais possuem seus elementos básicos para apresentação tornando a experimentação mais problematizadora. As questões apresentadas anteriormente perpassam a cultura pedagógica construída no processo de produção e apropriação do conhecimento, pelas instituições de ensino. O que assegura tal cultura é a forma como a sociedade se apodera dessas instituições para a transmissão-assimilação dos saberes acumulado historicamente. Portanto, enquanto educadores responsáveis diretamente no processo de ensino-aprendizagem, precisamos estar atentos para a cultura que rodeia o nosso educando, “manifestando uma prática educativa que articula a realidade social do aluno com as necessidades encontradas no espaço de formação (MARANHÃO, 2007). Assim sendo, esta apresentação teve o objetivo construir uma sequência coreográfica como encerramento do semestre letivo, utilizando o tema da Copa do Mundo como referência na escolha da música, figurino e na constituição dos elementos coreográficos. A escolha do tema se apresentou como uma opção pelo período esportivo que o Brasil está sediando, o Campeonato Mundial de Futebol, tendo este como um dos eventos mais importantes do mundo esportivo e pela paixão nacional do brasileiro que é o futebol. Tal tema nos apresenta como forma de trabalho cultural e social desenvolvendo o nacionalismo, a história, os aspectos musicais e artísticos do país, as questões econômicas, entre outros; através da utilização das cores, das informações sobre o evento, a integração social entre as nações, analise do contexto e no próprio acompanhamento do evento pela mídia. A partir de toda a construção das aulas, desde o planejamento até a realização da coreografia, houve a participação e integração das estudantes, o incentivo e apoio por parte da gestão da escola, assim avaliamos como positiva a primeira etapa do trabalho nesse semestre, atingindo nosso objetivo inicial e como grandes

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possibilidades de continuação do trabalho desenvolvido. Palavras-chaves: Ginástica Rítmica, Copa do Mundo, Cultura

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo, Cortez, 1992.

FERRAZ, Thais Gomes. Cotidiano e Dança na periferia: reflexões para uma prática educativa. In: Pensar a Prática. Goiana, v.6, p.117-138, Jun/Jul. 2002-2003.

MARANHÃO. Poliana Pimentel. O trato do conhecimento da dança na educação física escolar: dos ordenamentos legais a orientação da prática pedagógica. Salvador: UFBA, 2008. (Monografia de Especialização)

SAVIANI, Demerval. Escola e democracia. 39 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2007. (Coleção polêmicas do nosso tempo; v.5)

Poliana Pimentel Maranhão. Rua Joana Noberto Pessoa, 403, Apt 01, Casa Caiada, Olinda, Cep:53130-30. [email protected]

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Especialista. Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco

Graduada. Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco

GINÁSTICA NA ESCOLA: PRIMEIROS SALTOS

Raugerlan Alexandre da Silva¹Eduardo Henrique Vieira Calado2

LanstembergWandeley da Silva2

Luiz Fernando B. da Silva2

Paloma Gomes²Vinícius Alves da Silva2

Yasmin Kerslayne Ferreira da Conceição2

A série ginástica tem origem nas intervenções do projeto de extensão Cultura Corporal na Escola da Universidade Federal Rural de Pernambuco, em turma do 7º ano do Ensino Fundamental da Escola Governador Carlos de Lima Cavalcante. Metodologicamente, o trato com o conhecimento ginástica foi pautado nas referências da Pedagogia Histórico-crítica de Saviani (1987; 1991) e metodologia da Educação Física Crítico-superadora apresentada pelo Coletivo de Autores (2012). Passando, ao

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longo do processo, pelo diagnóstico da prática social inicial, pela problematização, e pela instrumentalização, os alunos constroem a referida série enquanto catarse do processo vivido, podendo assim retornar a uma nova prática social acerca da ginástica.

PALAVRAS-CHAVE: ginástica, pedagogia histórico-crítica, escola.

REFERÊNCIASSAVIANI, D. Escola e democracia. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1987.SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991.COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. 2 ed. São Paulo: Cortez: 2012.

1Graduando em Licenciatura em Educação Física na Universidade Federal Rural de Pernambuco. Bolsista de Extensão pela UFRPE. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/nº. Dois Irmãos – Recife – PE – CEP: 52171-900. [email protected]

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²Estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental da Escola Governador Carlos de Lima Cavalcanti.

GINÁSTICA ACROBATICA

Saulo Rafael Gomes da Silva - Esp/LEPEL/SSCCaioNatanGonçalvesDias – Aluno/SCC

Guilherme Rodrigues Macedo – Aluno/SCCDarlan David Barros Chaves – Aluno/SCC

Alan Claudio José da Silva – Aluno/SCCMoises Vinicius da Silva Santos – Aluno/SCC

Daiane de JesusDiniz – Aluno/SCCMarcos Henrique de Sousa – Aluno/SCC

Estefane Beatriz dos Santos – Aluna/SCCRaylhane Vitória de Sousa Alves – Aluna/SCC

Maria Isabell Gomes da Silva – Aluna/SCCGraziela Silvestre de Amorim – Aluna/SCCLaura Gabryella Santos Leite – Aluna/SCC

RESUMO

A presente apresentação tem como objetivo desenvolver o conteúdo de Ginástica nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental II, para alunos(as) do 7º ano da Escola Municipal Professora Donatila da Costa Lima. Para tanto, foi elaborado uma apostila onde os(as) alunos(as) conheceram: a importância de alonga-se, o conceito de flexibilidade, os fundamentos da ginástica, o que é ginástica acrobática ou circense (de onde surgiu), o conceito de série gímnica, tipos de Saltos, os Eixos do Corpo Humano e tipos de rolamento. Neste sentido, seguimos a metodologia Crítico Superadora que valoriza as possibilidades corporais dos alunos, nos sustentando por dois princípios: Auto-organização e resolução de problema. Por meio de exposição oral discutimos esses conhecimentos, juntamente com intuito de realizarmos um festival de ginástica, onde eles(as) deveriam construir uma série de ginástica artística. O Festival foi

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realizado com êxito na própria Escola no dia 24 de abril de 2014.

PALAVRAS-CHAVES: Ginástica Artística; Auto-organização; Resolução de problema.

REFERÊNCIA

ALMEIDA, R. S. A ginástica na escola e na formação de professores. Salvador 2005 Tese (Doutorado em Educação) Salvador Bahia- UFBACOLETIVO DE AUTORES.Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez Editora. 1992.______.Metodologia do ensino de educação física. 2.ed.rev. São Paulo: Cortez, 2012.MÉZÁRIOS, I. A educação para além do capital. Tradução de Isa Tavares. – São Paulo :Boitempo, 2005.PISTRAK.Fundamentos da Escola do Trabalho. São Paulo. Expressão Popular, 2000.TAFFAREL, C. N. Z.; ESCOBAR, M. O.; FRANÇA, T. L. de. Organização do tempo pedagógico para a construção/estruturação do conhecimento na área de Educação Física & Esporte. Florianópolis, Motrivivência, ano VII, n.08, dez. 1995. <http://www.cds.ufsc.br/motrivivencia/motrivivencia.html.

Nome: Saulo Rafael Gomes da SilvaEndereço: Rua Antônio Farias; nº174; Bairro: Centro; Cidade: Surubim/PE.E-mail: [email protected]

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GINÁSTICA ANAERÓBICA

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Saulo Rafael Gomes da Silva - Esp/LEPEL/SSCLuannaKarlla Santos Leite – Aluna/SCC

Ana Paula Silva Batista – Aluna/SCCEliana Laís de Lima – Aluna/SCC

Eduarda Izidio dos Santos – Aluna/SCCCaciane Paloma Monteiro Sobral – Aluna/SCC

Fabricia da Silva Nascimento Andrade – Aluna/SCCMirele de Souza Silva – Aluna/SCCMilena de Souza Silva – Aluna/SCC

Amauri José da Silva – Aluno/SCCElias Santos Marques da Penha – Aluno/SCC

Pedro Humberto Ferreira da Costa – Aluno/SCCElifasMathues Sousa Santos – Aluno/SCC

Aline Carlinda da Silva Teixeira – Aluna/SCC

RESUMO

A presente apresentação tem como objetivo desenvolver o conteúdo de Ginástica nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental II, para alunos(as) do 8º ano da Escola Municipal Professora Donatila da Costa Lima. Para tanto, foi elaborado uma apostila onde os(as) alunos(as) conheceram: a origem da ginástica aeróbica, característica da ginástica anaeróbica, a diferença entre aeróbico e anaeróbico, como conseguimos energia para o corpo e o que ela é, sistema anaeróbico e sistema anaeróbico. Neste sentido, seguimos a metodologia Crítico Superadora que valoriza as possibilidades corporais dos alunos, nos sustentando por dois princípios: Auto-organização e resolução de problema. Por meio de exposição oral discutimos esses conhecimentos, juntamente com intuito de realizarmos um festival de ginástica, onde eles(as) deveriam construir uma série de ginástica artística. O Festival foi realizado com êxito na própria Escola no dia 24 de abril de 2014.

Palavras-Chaves: Ginástica Artística; Auto-organização; Resolução de problema.

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ReferênciaALMEIDA, R. S. A ginástica na escola e na formação de professores. Salvador 2005 Tese (Doutorado em Educação) Salvador Bahia- UFBACOLETIVO DE AUTORES.Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez Editora. 1992.______.Metodologia do ensino de educação física. 2.ed.rev. São Paulo: Cortez, 2012.MÉZÁRIOS, I. A educação para além do capital. Tradução de Isa Tavares. – São Paulo :Boitempo, 2005.PISTRAK.Fundamentos da Escola do Trabalho. São Paulo. Expressão Popular, 2000.TAFFAREL, C. N. Z.; ESCOBAR, M. O.; FRANÇA, T. L. de. Organização do tempo pedagógico para a construção/estruturação do conhecimento na área de Educação Física & Esporte. Florianópolis, Motrivivência, ano VII, n.08, dez. 1995. <http://www.cds.ufsc.br/motrivivencia/motrivivencia.html.

Nome: Saulo Rafael Gomes da SilvaEndereço: Rua Antônio Farias; nº174; Bairro: Centro; Cidade: Surubim/PE.E-mail: [email protected]

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GINÁSTICA ARTÍSTICA

Saulo Rafael Gomes da Silva - Esp/LEPEL/SSCJardielle da Silva Vilar – Aluna/SCC

Ana Paula Cardoso de Oliveira – Aluna/SCC

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EmylleDandaraFelix Silva – Aluna/SCCElisa Raquel da Silva – Aluna/SCC

Joana Vitória Lima da Silva – Aluna/SCCAilyn Vitória de Carvalho Correia – Aluna/SCC

Larissa Beatriz do Nascimento Silva – Aluna/SCCJéssica Morgana da Silva Santos – Aluna/SCC

Lais Lopes Bezerra – Aluna/SCCMaria Camila Farias da Silva – Aluna/SCC

Doralice da Silva Soares – Aluna/SCCNivia Silmara Chagas de Brito – Aluna/SCC

João Vitor Gomes do Nascimento – Aluno/SCCLeonardo José Batista Gomes – Aluno/SCC

Alexsandro da Silva Alves – Aluno/SCC

RESUMO

A presente apresentação tem como objetivo desenvolver o conteúdo de Ginástica nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental II, para alunos(as) do 6º ano da Escola Municipal Professora Donatila da Costa Lima. Para tanto, foi elaborado uma apostila onde os(as) alunos(as) conheceram: o conceito de ginástica, o que é alongamento e contração muscular, os fundamentos da ginástica, alguns exercícios (roda, parada de mão, rolamento e ponte), o conceito de série gímnica e o que é ginástica artística, como surgiu e suas provas. No entanto, seguimos a metodologia Crítico Superadora que valoriza as possibilidades corporais dos alunos, sustentada por dois princípios: Auto-organização e resolução de problema. Por meio de exposição oral discutimos esses conhecimentos, juntamente com intuito de realizarmos um festival de ginástica, onde eles(as) deveriam construir uma série de ginástica artística. O Festival foi realizado com êxito na própria Escola no dia 24 de abril de 2014.

PALAVRAS-CHAVES: Ginástica Artística; Auto-organização; Resolução de problema.

REFERÊNCIA

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ALMEIDA, R. S. A ginástica na escola e na formação de professores. Salvador 2005 Tese (Doutorado em Educação) Salvador Bahia- UFBACOLETIVO DE AUTORES.Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez Editora. 1992.______.Metodologia do ensino de educação física. 2.ed.rev. São Paulo: Cortez, 2012.MÉZÁRIOS, I. A educação para além do capital. Tradução de Isa Tavares. – São Paulo :Boitempo, 2005.PISTRAK.Fundamentos da Escola do Trabalho. São Paulo. Expressão Popular, 2000.TAFFAREL, C. N. Z.; ESCOBAR, M. O.; FRANÇA, T. L. de. Organização do tempo pedagógico para a construção/estruturação do conhecimento na área de Educação Física & Esporte. Florianópolis, Motrivivência, ano VII, n.08, dez. 1995. <http://www.cds.ufsc.br/motrivivencia/motrivivencia.html.Nome: Saulo Rafael Gomes da SilvaEndereço: Rua Antônio Farias; nº174; Bairro: Centro; Cidade: Surubim/PE.E-mail: [email protected]

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MOVE YOUR BODY

VilmaCanazart dos Santos¹

RESUMO

A capacidade de se expressar por meio do corpo é intrínseca ao ser humano, uma característica que se aprimora continuamente, desde as civilizações mais antigas. Nessa medida, o movimento se constitui em um dos principais meios de interação entre o homem e o mundo a sua volta,

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desde as ações mais simples até o conjunto de ações simbólicas e complexas que compõem a arte da dança. Dentre as várias possibilidades existentes que relacionam o corpo e o movimento humano, a escola, hoje, é um lugar privilegiado para as multi-ações pedagógicas, que busca o desenvolvimento do potencial criativo, imaginativo e crítico d@s26 estudantes e ela deve ser sensível às vivências corporais que o indivíduo traz consigo permitindo, desta forma, que conteúdos trabalhados, se tornem mais significativos. O projeto de dança do IFPE – Campus Caruaru surgiu dessas necessidades e tem como objetivo levar a cultura da dança para dentro do campus, visando o desenvolvimento da expressão corporal d@s estudantes através de atividades aplicadas, de criação, improvisação, trabalhando noções de direções, níveis e deslocamentos, além de despertar uma consciência artística e fazer da dança uma forma de comunicação e expressão. O projeto, denominado Danç’Art, é destinado a estudantes do curso integrado em Edificações, Segurança do Trabalho e Mecatrônica do IFPE – Campus Caruaru e teve início no segundo semestre letivo de 2012. As aulas têm duração de duas horas e meia e acontecem uma vez por semana. O trabalho junto aos/às estudantes apresenta como norte a abordagem crítico-superadora (COLETIVO DE AUTORES, 1992) e a teoria de Rudolf Laban (1978, 1990), visando desenvolver/trabalhar os conceitos básicos para a aquisição do movimento expressivo, dentre eles a conscientização corporal, os fatores do movimento (espaço, peso, fluência e tempo), além da dança como elemento sociocultural. Dessa forma, procuramos oferecer um conjunto de ações artístico-pedagógicas que desenvolvam n@s estudantes uma percepção do caráter coletivo da dança, da importância desta linguagem na integração entre as pessoas e que estabeleçam o diálogo para troca de experiências, possibilitando um contato maior com o universo cultural e estético da dança. E também ações que promovam a 26¹Mestre em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba/SP. Professora do IFPE-Campus Caruaru.

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relação entre a dança, o movimento em si, a educação e a cultura. O primeiro fruto desse projeto foi uma coreografia executada ao som de um pout-pourri de quatro músicas mais ouvidas pel@s integrantes do projeto, como forma de aproximá-los do universo expressivo e artístico da dança. Essa coreografia foi denominada “Move yourbody” e traz como texto a dança enquanto forma de comunicação, expressão e manifestação artística e cultural, fazendo @s estudantes refletirem sobre os seus corpos, o movimento e a cultura. Assim, o trabalho com a improvisação e a criatividade são estratégias básicas para que @ estudante descubra seus próprios movimentos, a partir da descoberta da consciência corporal e da imagem, fazendo com que uma das grandes contribuições da dança para a educação do ser humano seja educar corpos que sejam capazes de criar pensando e ressignificando o mundo em forma de arte.

PALAVRAS-CHAVE:Educação; Dança e Movimento

REFERÊNCIAS:

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. (Coleção Magistério. 2º grau. Série Formação do Professor).GARIBA, C.M.S., FRANZONI, A. Dança Escolar: uma possibilidade na Educação Física. In: Revista Movimento. Porto Alegre, v.13, n.02, p.155-171, maio/agosto-2007. Acesso em 05/05/2014LABAN, Rudolf. Dança educativa moderna.São Paulo. Ed. Ícone, 1990._____________. Domínio do movimento. São Paulo. Summus, 1978.MARQUES, I. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2007.

Vilma Canazart dos SantosRua Antenor Navarro, 96, apto 02, Petrópolis, Caruaru/PE55.030-450

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E-mail: [email protected]