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Sadomasoquismo
Dizem que era a piada favorita do Freud. Mulher para marido:
— Querido, se um de nós morrer antes do outro, eu juro que não caso outra vez.
Freud talvez tam!m "ostasse da piada que se tornou atual e relevante com a nova moda de rela#$es
se%uais sadomasoquistas, popularizada nos livros e na adapta#ão para o cinema dos tais &'( tons de
cinza). * s+dico casou com uma masoquista e os dois passam o tempo todo ri"ando.
masoquista:
— Me ate.
* s+dico:
— -ão ato.
masoquista:
— Me ate.
* s+dico:
— -ão ato.
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— or favor, me ate/
— -ão ato.
0 assim pelo resto da vida.
1ma vez ima"inei uma visita do 2acher3Masoch, escritor austr4aco cujos "ostos deram ori"em aotermo &masoquismo), ao Marqu5s de 2ade, o escritor franc5s que deu nome ao sadismo. 1ma visita
imposs4vel de acontecer na vida real, j+ que os dois não foram contempor6neos. Mas na arte, ou
pelo menos nas piadas, tudo ! permitido.
De 2ade oferece a Masoch:
— 7h+8 0st+ fervendo.
— ceito, ori"ado.
— 9ou lhe dar uma %4cara.
— -ão precisa. ode ser na mão mesmo.
— mmm — diz de 2ade. — 2into que este pode ser o come#o de uma ela amizade.
Falando em sadismo, não quero assustar nin"u!m, mas j+ se deram conta que, se o "olpismo que
anda ; solta conse"uir empi%ar a Dilma, só um Michel <emer nos separar+ do 0duardo 7unha na
resid5ncia da =epulica8 sa>de do Michel <emer passar+ a ser a principal preocupa#ão da
na#ão. 1m espirro do Michel <emer, uma palidez e%tempor6nea, um leve enjoo pós3prandial
colocarão o pa4s em alerta.
* peri"o, se acontecer o pior, ! a "ente sucumir ; ideia de que o 0duardo 7unha na resid5ncia
não ! mais do que este pa4s merece. 1ma esp!cie de masoquismo fatalista.
Luís Fernando Veríssimo