criterio de avaliação de isoladores em serviço

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    CRITRIO DE AVALIAO DE

    ISOLADORES EM SERVIO

    Grupo de trabalho B2.03

    Ricardo Wesley Salles Garcia (Coordenador), Adilson Pereira,Ana Beatriz de Barros Santos, Ana Cludia Balestro, Andr LusPadovan, Antonio Carlos G. Monteiro, Armando I. Nigri, CelsoSertrio, Darcy Ramalho de Mello, Djalma Ferreira CamposFilho, Eugnio Pacelli Antunes, Fernando Carlos SampaioGuimares, Gerson Vale Resende, Guilherme Rosa Balestrin,Joceli Maria Giacomini Angelini, Luciana Cristina Viviani, LuizFernando P. Ferreira, Luiz Gonzaga Gardin, Miguel SimesPaiva, Nilton Cezar Gis Santos (Coordenador da Fora-Tarefa),Nilton dos Santos Filho, Osvaldo Lei te Simes Paiva, Renato

    Antnio de Oliveira, Ricardo Horcio Corral, Rodolfo Cardoso deJesus, Sylvia Garcia Carvalho e Vincius Roberto Ges; JorgeLuiz de Franco e Paulo Amrico de Matos Cardoso (membros

    correspondentes)

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    ndice

    1. OBJETIVO .....................................................................................................................

    2. INTRODUO ..............................................................................................................3. TIPOS DE INSPEO ..................................................................................................

    3.1. Inspeo Terrestre ...............................................................................................

    3.1.1. Inspeo Terrestre Visual.........................................................................

    3.1.1.1 Inspeo Minuciosa ....................................................................

    3.1.1.2 Inspeo Expedita .......................................................................

    3.1.1.3 Inspeo Especfica .....................................................................

    3.1.2. Inspeo Terrestre por Instrumento..........................................................3.2. Inspeo Area ......................................................................... ..........................

    3.2.1. Inspeo Area Visual..............................................................................

    3.2.2. Inspeo Area por Instrumento...............................................................

    4. AVALIAO E AES PARA SANAR DEFEITOS EM ISOLADORES ................

    5. RECOMENDAES ADICIONAIS .................................................. ..........................

    6. REFERNCIAS ................................................................................... ..........................

    ANEXO I - Critrios utilizados na Coelba .................................................................................

    ANEXO II - Critrios Utilizados na Eletrosul ...........................................................................

    ANEXO III - Critrios Utilizados na Cemig ..............................................................................

    ANEXO IV - Fotos de Isoladores com Problemas .....................................................................

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    1. OBJETIVOEsta publicao tem por finalidade divulgar as tcnicas de avaliao de isoladores de linhas detransmisso em servio que so habitualmente usadas por diversas empresas concessionrias deenergia eltrica no Brasil bem como apresentar as tcnicas em desenvolvimento.

    2. INTRODUOOs isoladores so, sem dvida, as partes mais frgeis de uma linha de transmisso (LT) e por issomerecem cuidados especiais da manuteno.

    As empresas desenvolvem programas para prevenir ocorrncias envolvendo isoladores sendo osmais importantes os de inspees peridicas, lanando mo de tecnologias desenvolvidas para tal.

    3. TIPOS DE INSPEOAs inspees se dividem em basicamente dois grandes grupos: terrestre e area.

    Rotineiramente as inspees em isoladores so efetuadas juntamente com a inspeo nos demaiscomponentes da linha.

    O objetivo das inspees detectar defeitos. Como defeito entende-se qualquer alterao fsica ouqumica no estado de um componente ou instalao, no causando o trmino de sua habilidade emdesempenhar sua funo requerida, porm podendo, a curto ou longo prazo, acarretar suaindisponibilidade.

    Os defeitos podem ser classificados como:

    Defeito de Evoluo Lenta- originado geralmente pelo envelhecimento natural, ou com aceleraopor fatores externos, dos elementos constituintes das estruturas e pode aparecer entre mdio e longoprazos aps a energizao da instalao. A deteco prematura permite a interveno antes queatinja um grau que coloque a instalao em risco. Como exemplo: poluio em isoladores, oxidaoem ferragens, fissuras e ou deteriorao da cimentao.

    Defeito de Evoluo Rpida- causado principalmente por atuaes humanas e/ou causas pontuais.Em geral as conseqncias podem ocorrer em um prazo curto. Requer uma interveno mais rpida.Como exemplo: rvore prxima dos cabos e isoladores danificados por vandalismo.

    Os inspetores devem estar especialmente atentos para os seguintes aspectos dos isoladores,conforme a sua constituio: em isoladores cermicos e de vidro:

    sinais de fissuras ou trincas (nos cermicos), deteriorao da cimentao, peas quebradas ou com pedaos arrancados, marcas de queima, sinais de poluio e pontos de corroso em suas ferragens integrantes.

    em isoladores polimricos: marcas de trilhamento e outras alteraes no revestimento, marcas de queima, sinais de poluio, pontos de corroso em suas ferragens integrantes,

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    danos nas interfaces, rasgos nas saias e exposio do ncleo.

    3.1. INSPEO TERRESTRE

    As inspees terrestres so executadas por equipes formadas por dois ou trs componentes,utilizando carro com trao nas quatro rodas, de preferncia.

    A variao da quantidade de membros depende das condies de acesso que pode requerer que doisdos componentes entrem na faixa para executar a inspeo, enquanto o terceiro se desloca parapeg-los mais frente onde o acesso vivel.

    recomendvel que pelo menos dois dos componentes tenham treinamento em inspeo de linhaspara permitir o revezamento de escalada das estruturas, quando for o caso.

    As inspees terrestres so de dois tipos bsicos: Visual Por Instrumento

    3.1.1. Inspeo Terrestre VisualAs inspees visuais variam conforme o detalhamento necessitado e das caractersticas dainstalao, podendo ser divididas em trs tipos: Inspeo Minuciosa Inspeo Expedita Inspeo Especfica ou de Pontos Crticos

    3.1.1.1. Inspeo Minuciosa

    A inspeo realizada em toda extenso da linha e sua caracterstica principal que as estruturasdevem ser escaladas e todo tipo de defeito anotado, quer sejam de evoluo rpida ou lenta. Oestado das cadeias examinado de perto. Normalmente se lana mo do auxlio de binculo parauma observao mais criteriosa.

    As empresas adotam critrios variados para determinar a periodicidade deste tipo de inspeo, noentanto, os mais comuns so a importncia da instalao, o histrico de defeitos encontrados e aidade da instalao.

    As periodicidades mais comuns no Brasil so bienal e trienal, com tendncia a aumentar este prazo,com base no conhecimento da evoluo dos defeitos e mapeamento dos pontos crticos em cada

    instalao (j existem casos de qinqenal ou mais).

    3.1.1.2. Inspeo Expedita

    Neste tipo de inspeo existe a obrigatoriedade de passar em todas as estruturas, porm semnecessidade de escal-las. A inspeo dirigida para defeitos que podem ameaar a integridade daLT em espao de tempo curto, isto , defeitos de evoluo rpida. O uso de binculos ou lunetas indispensvel.

    A periodicidade deste tipo , na maioria das empresas, anual acontecendo alguns poucos casos desemestral.

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    3.1.1.3. Inspeo Especfica

    A inspeo especfica realizada apenas para trechos da linha onde um determinado defeito ousituao tem sido detectado com freqncia, constituindo assim um ponto crtico. Neste tipotambm se encaixam inspees para investigao de ocorrncias repetidas, sem identificao dacausa e suspeitas de isoladores com defeito.

    No existe uma periodicidade estabelecida como regra geral, pois o que determina a existncia deponto crtico pode ser de natureza diversa e de evoluo diferenciada entre os vrios pontosidentificados em uma linha. Como por exemplo: trecho com vandalismo tratado de formadiferente de trecho com poluio severa (esta severidade varia de local para local e determina aperiodicidade da inspeo).

    3.1.2. Inspeo Terrestre por InstrumentoAs inspees terrestres por instrumentos so usadas em locais especficos. Os principaisinstrumentos so:

    Termovisor - equipamento conhecido como termgrafo que consiste basicamente de cmeraequipada com detectores especiais de infravermelho, que transformam leituras de temperatura deobjetos em imagens. A inspeo terrestre com termovisor adotada para os trechos urbanos com periodicidade anual e bienal - e em trechos especficos sem periodicidade definida.Tambm aplicvel para inspeo de isoladores polimricos, para a identificao de defeitosinternos. Deve ser utilizada juntamente com outro tipo de equipamento, para efeito deconfrontao de informaes que facilitem a anlise do defeito. A figura 1 mostra um exemplosde imagem termogrfica e de aparelho de termoviso;

    (a) (b)Figura 1 (a) imagem com visualizao de pontos quentes e (b) exemplo de termovisor

    Detector de ultravioleta (UV) equipamento que detecta atividade de corona e de outrasdescargas superficiais que emitem radiao luminosa, transformando em imagem esta atividade.Os aparelhos atuais so compostos por uma cmera de imagem visvel e outra de imagem UV,com filtro, combinadas eletronicamente, que viabiliza seu uso luz do dia. A inspeo comdetector de UV adotada em trechos urbanos e especficos, nos mesmos moldes de inspeo comtermovisor. Sua aplicao combinada com o uso do termovisor permite uma melhor identificaode isoladores polimricos com defeitos internos. Tambm pode ser aplicada para avaliao dapresena de poluio. Neste caso deve ser utilizado em inspees noturnas j que a presena de

    umidade necessria para que haja descargas superficiais. A figura 2 apresenta exemplosde imagem gerada e equipamento;

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    (a) (b)

    Figura 2 (a) imagem de UV e (b) exemplo de equipamento

    Os prximos trs instrumentos foram desenvolvidos com base na distribuio de tenso eltrica emcadeias de isoladores, conforme mostrado na figura 3 abaixo:

    Figura 3 - Efeito da distribuio de tenso ao longo da cadeia de isoladores em funo do nmerode unidades (retirada de publicao da Cermica Santa Terezinha)

    Isolmetro equipamento usado para detectar se determinado isolador est com defeito, porcomparao com isolador em bom estado. O equipamento funciona como voltmetro de altaresistncia que indica (no mede) a tenso entre as partes metlicas de um isolador em umacadeia de isoladores. As leituras obtidas indicam a diferena entre um isolador e outro e umagrande diferena indica defeito. O esperado como comportamento normal que as leituras sejamlevemente decrescentes na direo condutor para terra (com pequeno acrscimo nos ltimosisoladores perto do lado terra) e uma descontinuidade indica defeito na pea. O equipamento

    utilizado quando das intervenes com linha viva em cadeias de porcelana ou mistas, quando h

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    indcios de descarga nas peas ou quando se investiga desligamentos temporrios sem explicaoaparente, em linhas com este tipo de isolamento. A figura 4 apresenta um exemplo desteequipamento e a forma de utilizao;

    Figura 4 Exemplo de isolmetro

    Garfo para Teste de Rudo um garfo metlico, acoplado a basto isolante, que aplicado nosisoladores em operao provoca rudo caracterstico (buzz) que diminui na direo condutorpara terra (com pequeno acrscimo nos ltimos isoladores perto do lado terra). Umadescontinuidade do som indica que a pea sob avaliao est com defeito. O teste se baseia noarco que se forma quando se tocam materiais com tenses diferentes. O rudo ocorre quando seencosta ou desencosta - uma das pernas do garfo na parte metlica, estando a outra perna emcontato com a parte metlica. O equipamento utilizado quando das intervenes com linha vivaem cadeias de porcelana ou mistas, quando h indcios de descarga nas peas ou quando se

    investiga desligamentos temporrios sem explicao aparente, em linhas com este tipo deisolamento. No recomendado para uso em cadeias curtas (69kV 5 discos), j que estedispositivo curto-circuita uma unidade isolante. A figura 5 mostra sua aplicao.

    Figura 5 Aplicao de garfo de teste de rudo

    Recomenda-se usar a seguinte seqncia, principalmente para as cadeias mais curtas:

    Etapa 1: Inicia-se tocando apenas uma perna do garfo testador na campnula de cada isolador,

    a partir do lado fase, at o ltimo. Se o eletricista notar que o rudo decresce de forma coerenteat ao meio da cadeia e depois aumenta ligeiramente, a cadeia est normal. Se notar de 1 a 3

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    isoladores sem rudo caracterstico passar para a etapa 2;

    Etapa 2: inicia-se a seqncia curto-circuitando cada isolador com o garfo e girando o bastouniversal para desencostar uma das pernas, surgindo assim o rudo, comprovando que o isoladorest bom. Se o rudo no acontecer, significa que o isolador est vazado. O teste feito nadireo condutor para terra. Encontrando mais de 1/3 dos isoladores sem rudo o teste deve serinterrompido;

    Positron - este aparelho mede e armazena a distribuio do campo eltrico na cadeia deisoladores, permitindo a identificao de unidades defeituosas atravs da anlise de grficostraados por software que acompanha o equipamento. A distribuio do campo tal que umgrfico normal mostra um decrscimo na direo do condutor para lado terra e umadescontinuidade - diminuio brusca indica pea com defeito. O equipamento utilizado quandodas intervenes com linha viva em cadeias de porcelana ou mistas, quando h indcios dedescarga nas peas ou quando se investiga desligamentos temporrios sem explicao aparente,em linhas com este tipo de isolamento ou com isoladores polimricos. Existem modelosdiferentes desenvolvidos para cadeias convencionais e polimricas. A figura 6 mostra suaaplicao e o detalhe do equipamento e a figura 7 apresenta resultados de medio em cadeiascom isoladores perfeitos e com a presena de isolador danificado.

    (a) (b)

    Figura 6 (a) aplicao do equipamento e (b) detalhe

    Figura 7 - Medio de distribuio de tenso eltrica em isolador prefeito e em isolador danificado

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    Os trs equipamentos seguintes esto sendo usados ainda de forma incipiente pelas concessionrias.

    Binculo de Viso Noturna equipamento que tem como objetivo permitir a visualizao deobjetos no escuro, a partir da captura de ondas eletromagnticas na faixa do infravermelho, quecaracterizam o aquecimento, e so imperceptveis ao olho humano. Sua aplicao principal nocampo militar. Como tambm permitem a amplificao de fluxo luminoso gerado por fontesnaturais ou artificiais de luz, a utilizao para inspeo de instalaes eltricas que estejamproduzindo algum tipo de descarga, como efeito corona ou semelhantes, possvel, sob o pontode vista qualitativo, pois facilita a identificao de sua existncia. H que se considerar o cuidadocom fontes de radiao luminosa intensa, j que alguns dispositivos deste tipo no possuemfiltros, o que pode causar danos irreversveis ao olho humano. Quando so adaptadosdispositivos aproximadores de imagens, como as lentes, melhoram a nitidez dos objetosvisualizados. Podem ser monoculares ou do tipo binculo. Tem sido usado ainda de formaexperimental.

    Ultra-som em laboratrio o ultra-som tem sido usado para identificar vazios entre o ncleo e acobertura em isoladores polimricos. Em campo, o instrumento desenvolvido detecta os rudosproduzidos por descargas parciais. O uso em campo ainda no est bastante desenvolvido queaconselhe o uso rotineiro. A dificuldade detectar o ponto exato onde est ocorrendo a atividadedevido a outros rudos existentes;

    Raios-X tecnologia que faz uma radiografia digital da pea em estudo, indicando defeitointerno que no so facilmente detectados pelos mtodos convencionais. Atualmente usada comsucesso e preciso em laboratrio e em desenvolvimento para uso em campo, a partir dedispositivos portteis e automatizados.

    3.2. INSPEO AREAAs inspees areas so efetuadas com o uso de helicpteros. A equipe para realizao da inspeoconsta basicamente de piloto, co-piloto e inspetor. Quando a aeronave no de propriedade daempresa o co-piloto obrigatoriamente um inspetor que conhece bastante as linhas da regio. Casoa aeronave pertena concessionria e o piloto conhea bastante as linhas, bastam apenas o piloto eo inspetor. Nas inspees que usam instrumentos acrescenta-se equipe o operador do instrumentoou usa-se o inspetor com esta funo.

    As inspees areas esto sendo cada dia mais usadas devido rapidez com que a empresa obtminformaes sobre o estado geral da instalao, e so basicamente divididas em dois tipos: Visual Por Instrumento

    3.2.1. Inspeo Area VisualAs empresas tm lanado mo desta ferramenta, que se vislumbra ser cada vez mais necessria - ohelicptero - para fiscalizar o estado de suas instalaes. O que pode ser detectado pela inspeovisual area equivalente ao que se percebe na inspeo terrestre expedita, com a vantagem dotempo de execuo. A velocidade normal da inspeo visual de 60 km/h. Na mdia a velocidadefica um pouco menor variando com a quantidade de defeitos encontrados ( normal solicitar umareduo na velocidade ou um retorno para observar melhor um provvel defeito). O uso de binculoe mquina fotogrfica digital so auxlios suplementares que devem ser levados em conta.

    A periodicidade da inspeo area visual idntica da terrestre expedita, isto anual, com poucoscasos de semestral. Em algumas concessionrias, a realizao da inspeo area visual substitui a

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    inspeo terrestre expedita.

    O helicptero tambm tem sido usado para inspees especficas, com periodicidade nos moldes daterrestre especfica, isto , depende do objeto que est sendo investigado. Estes casos ocorremquando a aeronave pertence empresa concessionria.

    3.2.2. Inspeo Area Por InstrumentoOs instrumentos usados nas inspees areas so: termovisor, detector de UV, os mesmos utilizadosnas inspees terrestres, e cmera de filmagem.

    Termovisor - existem duas formas de usar o instrumento: manualmente - operado de dentro dohelicptero por inspetor - e com o instrumento preso na fuselagem da aeronave operado atravs decomando instalado na cabine dos passageiros. Atualmente algumas empresas usam uma associaode cmara de filmagem de alta resoluo e termovisor, ambos instalados na fuselagem dohelicptero em um equipamento chamado Gimbal que garante a estabilidade das imagens epermite diferentes graus de liberdade de movimentao dos equipamentos. Um software queacompanha os equipamentos grava e estoca as imagens, com os dados georeferenciados.

    A periodicidade da inspeo termogrfica trienal.

    Algumas empresas associam a Inspeo Area Termogrfica com a Area Visual, que no casosubstitui, neste ano, a inspeo Terrestre Expedita.

    As empresas que usam a associao com cmara de filmagem adotam a inspeo com periodicidadeanual, substituindo a inspeo terrestre expedita, pois a filmagem em alta resoluo permite aanlise do estado da linha em escritrio.

    Detector de UV - o instrumento operado por inspetor de dentro do helicptero. Atualmente usado apenas para inspees especficas, portanto com periodicidade que varia com o tipo de defeito

    em investigao.

    4. AVALIAO E AES PARA SANAR DEFEITOSEM ISOLADORES

    As empresas usam basicamente o mesmo padro de avaliao e deciso sobre as aes a executarpara sanar os defeitos detectados nas inspees. Os defeitos recebem cdigos aos quais estassociada a periodicidade para intervir e tambm qual o servio que deve ser realizado.

    A periodicidade guarda estreita relao com o risco que o defeito representa para a integridade da

    instalao e a sua permanncia em operao normal.Alguns exemplos:

    Cdigo I02, adotado pela Coelba. Defeito: a) 69 kV existe um isolador quebrado, b) 138kV sodois isoladores quebrados; c)230 kV existem quatro isoladores quebrados. Ao: substituirisoladores quebrados. Prazo: em at 6 meses.

    Cdigo 50.22, adotado pela Eletrosul. Defeito: a) 69 kV existe mais de um isolador quebrado;b)138kV so mais de dois isoladores quebrados; c)230 kV existem mais de trs isoladoresquebrados. Ao: substituir isoladores. Prazo: logo aps constatao.

    Cdigo U, adotado pela Cemig. Defeito: a)500 kV - acima de 9 quebrados (linha morta), de 5 at

    8 isoladores quebrados(linha viva); b) 345 kV - acima de 10 isoladores quebrados (linha morta),

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    de 5 at 9 isoladores quebrados (linha viva); c) 230 kV - acima de 8 quebrados (linha morta), de5 at 7 (linha viva). Ao: substituir isoladores. Prazo: logo aps constatao.

    Nos Anexos I, II e III so apresentados exemplos de critrios usados pelas empresas concessionriasmencionadas acima.

    No Anexo IV so mostradas fotos de isoladores com problemas que devem ser objeto de inspeo.

    5. RECOMENDAES ADICIONAISA aplicao crescente de isoladores polimricos exige das empresas uma maior ateno quanto suamanuteno, alm de cuidados na armazenagem e no manuseio.

    As dificuldades de identificao de problemas nas partes constituintes exige mais ateno nasinspees, normalmente realizadas com auxlio de instrumentos.

    O seu desempenho est intimamente relacionado sua correta aplicao, sendo portanto necessrioidentificar a correta presena de anis de equalizao de potencial, quando indicados pelo

    fabricante, tambm considerar o impedimento de utiliz-los como acesso aos cabos condutores paraqualquer tipo de servio.

    A identificao de presena de trilhamento ou de ncleo exposto so motivos de ao imediata desubstituio.

    Mudanas de natureza superficial, como presena de fungos, poluio, gizamento etc. indicam anecessidade de acompanhamento.

    Normalmente a mudana de cor no caracteriza problema, mas faz parte do processo deenvelhecimento, o que natural para este tipo de isolador.

    6. REFERNCIAS1 - COELBA - MTL 00.02 - Inspeo em Linhas de Transmisso

    2 - FURNAS - Inspeo de Linhas - Critrios de Periodicidade

    3 - Tourreil, Claude de - Curso Sobre Isoladores Polimricos (2002)

    4 - Positron - Catlogos de produtos

    5 - X-Spector - Catlogo de produtos

    6 - OFIL - Catlogo de produtos

    7 - FLIR - Catlogo de produtos

    8 - Ritz Chance - Catlogo Isolmetro

    9 - Meloni, Alexandre - Notas sobre teste de Rudo e isolmetro

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    ANEXO I

    Critrios utilizados pela Coelba

    Prioridade Prazo Ao

    0 Imediato Preferencialmente, correo logo aps sua constatao1 3 meses Caso seja pendncia, deve ser corrigido no primeiro ms do

    trimestre2 6 meses Idem acima, se o prazo estiver vencido

    3 12 meses Programados caso haja disponibilidade de HH

    A - Acompanhar a evoluo

    Aes devidas a condies anormais relativas aos isoladores

    Cdigo Prioridade Problema Ao

    Isolador quebrado69kV

    mais de 1138kV

    mais de 2230kV

    mais de 4I01 069/13,8kVmais de 3

    138/69kVmais de 5

    230/69kVmais de 12

    Substituir Isolador Quebrado

    Isolador quebrado69kVat 1

    138kVat 2

    230kVat 4I02 1

    69/13,8kV3

    138/69kV4 a 5

    230/69kV11 a 12

    Substituir Isolador Quebrado

    Isolador quebradoI03 3 69/13,8kV

    menos de 3138/69kV

    menos de 4230/69kV

    menos de 11Substituir Isolador Quebrado

    I04 1 Isolador muito poludo Substituir isolador

    I05 2 Isolador poludo Substituir isolador

    I06 3 Isolador pouco poludo Substituir isolador

    I07 1 Isolador oxidado F4 ou F5 Substituir Isolador

    I08 2 Isolador oxidado F3 Substituir Isolador

    I09 A Isolador oxidado F1

    I10 A Isolador oxidado F2I11 1 Ausncia de contrapino do isolador Colocar contrapino do isolador

    I12 1 Contrapino do isolador danificado Substituir contrapino doisolador

    I13 1 Contrapino do isolador desencaixado Encaixar contrapino do isolador

    I14 1 Isolador/Isolamento com sinais de descarga Testar Isolador/Isolamento

    I15 1Cadeia com sinais de vazamento(perfurao)

    Substituir cadeia

    I16 1

    Substituir cadeia convencional

    por polimrico

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    Aes devidas a condies anormais relativas s ferragens de cadeias

    Cdigo Prioridade Ao

    D01 3 Aprumar cadeia

    D02 0 Substituir ferragens trincada

    D03 2 Substituir ferragens sinais de descarga

    D04 1 Substituir contrapino (concha olhal ou similar)

    D05 1 Reapertar grampo de suspenso

    D06 2 Colocar grampo de suspenso no lugar

    D07 1 Substituir grampo suspenso oxidado F4/F5

    D08 2 Substituir grampo suspenso oxidado F3

    D09 A Grampo suspenso oxidado F1/F2

    D10 1 Substituir contrapino do grampo suspensoD11 0 Colocar contrapino grampo suspenso

    D12 2 Colocar porca grampo suspenso

    D13 2 Colocar parafuso grampo suspenso

    D14 2 Apertar grampo de ancoragem

    D15 1 Substituir grampo ancoragem oxidado F4/F5

    D16 2 Substituir grampo ancoragem oxidado F3

    D17 A Grampo ancoragem oxidado F1/F2

    D18 1 Substituir contrapino grampo ancoragem

    D19 0 Colocar contrapino grampo ancoragem

    D20 2 Colocar porca grampo ancoragem

    D21 2 Colocar parafuso grampo ancoragem

    D22 1 Encaixar contrapino grampo suspenso

    D23 1 Encaixar contrapino grampo ancoragem

    D24 1 Encaixar contrapino manilha

    D25 1 Retirar corpo estranho na cadeiaD26 0 Substituir parafuso fixao cadeia oxidado F4/F5

    D27 1 Substituir parafuso fixao cadeia oxidado F3

    D28 1 Substituir cantoneira fixao cadeia

    D29 1 Encaixar contrapino (concha olhal ou similar)

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    ANEXO II

    Critrios utilizados pela Eletrosul

    Prioridade Prazo Ao

    0 Imediato Preferencialmente, correo logo aps sua constatao1 Programado Realizar de acordo com a programao da equipe2 - Acompanhar a avoluo

    Aes devidas a condies anormais relativas aos isoladores

    Cdigo Prioridade Problema Ao

    Isolador quebrado

    50.22 0 69kV

    mais de 1

    138kV

    mais de 2

    230kV

    mais de 3

    525 kV

    mais de 4

    Substituir isolador Quebrado

    50.24 2 Isolador queimado

    50.26 2 Isolador poludo

    50.28 1 Isolador com pino oxidado*

    50.30 1 Isolador com campnula oxidada*

    * Cabe ao inspetor a avaliao do grau de corroso e a ao a ser tomada

    Aes devidas a condies anormais relativas s ferragens de cadeias

    Cdigo Prioridade Ao

    50.02 1 Colocar contrapino acessrios parte superior da cadeia

    50.04 1 Substituir contrapino acessrios parte superior da cadeia danificado

    50.06 1 Colocar porca acessrios parte superior da cadeia

    50.08 1 Substituir acessrio parte superior da cadeia danificado

    50.10 1 Colocar contrapino acessrio parte inferior da cadeia

    50.12 1 Substituir contrapino acessrio parte inferior da cadeia danificad

    50.14 1 Colocar porca acessrio parte inferior da cadeia50.16 1 Substituir acessrio parte inferior da cadeia danificado

    50.18 1 Substituir grampo danificado

    50.20 1 Substituir anel ou chifre danificado

    50.32 1 Colocar contrapino grampo suspenso

    50.34 1 Colocar porca grampo suspenso

    50.36 1 Colocar parafuso grampo suspenso

    .

  • 5/22/2018 Criterio de Avaliao de Isoladores Em Servio

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    ANEXO III

    Critrios utilizados pela Cemig

    Prioridade Prazo Ao

    U Imediato Preferencialmente, correo logo aps sua constataoA 1 ms Caso seja pendncia, deve ser corrigido no primeiro ms do

    trimestreB 3 meses Idem acima, se o prazo estiver vencido

    C Programado Programados caso haja disponibilidade de HH

    Obs. - Acompanhar a evoluo

    Aes devidas a condies anormais relativas aos isoladores

    Prioridade Problema Ao

    Isolador quebrado230kV (LV)

    de 5 a 7345kV (LV)

    de 5 a 9500kV (LV)*

    de 5 a 8U230kV (LM)

    mais de 8345kV (LM)mais de 10

    500kV (LM)*mais de 9

    Substituir isolador quebrado

    A At 5 isoladores quebrados (LV) Substituir isolador quebrado

    B ou C 1 Isolador quebrado Substituir isolador quebrado

    A Isolador muito poludo Substituir isolador muito poludo

    B Isolador poludo Substituir isolador poludoC Isolador pouco poludo Substituir isolador pouco poludo

    C Isolador oxidado Substituir isolador oxidado

    Obs. Isolador oxidado F2 Isolador oxidado F2

    B Ausncia de contrapino do isolador Colocar contrapino do isolador

    C Contrapino do isolador danificado Substituir contrapino do isolador

    B Contrapino do isolador desencaixado Encaixar contrapino do isolador

    B Isolador/Isolamento com sinais de descarga

    Testar Isolador/Isolamento sinais

    de descarga

    A Cadeia com sinais de vazamentoSubstituir cadeia com sinais devazamento

    CDesempenho insatisfatrio de cadeias comisoladores convencionais

    Substituir por polimrico

    * LV - linha viva; LM - linha morta

    .

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    Aes devidas a condies anormais relativas s ferragens de cadeias

    Prioridade Ao

    C Aprumar cadeia

    U Substituir ferragens trincada

    C Substituir ferragens sinais de descarga

    C Substituir contrapino (concha olhal ou similar)

    C Reapertar grampo de suspenso

    A Colocar grampo de suspenso no lugar

    A Substituir grampo suspenso oxidado

    Obs. Grampo suspenso oxidado

    B Substituir contrapino do grampo suspenso

    B Colocar contrapino grampo suspensoB Colocar porca grampo suspenso

    B Colocar parafuso grampo suspenso

    B Apertar grampo de ancoragem

    B Substituir grampo ancoragem oxidado

    Obs. Grampo ancoragem oxidado

    B Substituir contrapino grampo ancoragem

    B Colocar contrapino grampo ancoragem

    C Colocar porca grampo ancoragem

    C Colocar parafuso grampo ancoragem

    C Encaixar contrapino grampo suspenso

    C Encaixar contrapino grampo ancoragem

    C Encaixar contrapino manilha

    A Retirar corpo estranho na cadeia

    A Substituir parafuso fixao cadeia oxidado

    C Encaixar contrapino (concha olhal ou similar)

    .

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    ANEXO IV

    Fotos de Isoladores com Problemas

    Figura IV.1 - Isoladores quebrados por vandalismo

    Figura IV.2 - Cadeia de isoladores poluda

    Figura IV.3 - Isolador polimrico com corte no revestimento

    .

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    Figura IV.4 - Cadeia poluda por fezes de aves

    Figura IV.5 - Isoladores polimricos atacados por aves

    Figura IV.6 - Cadeias e ferragens com oxidao

    .

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    Figura IV.7 - Isoladores com os vrios graus de oxidao

    .

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    Figura IV.8 - Isoladores de porcelana perfurados

    Figura IV.9 - Cadeias de isoladores que sofreram descarga atmosfrica

    Figura IV.10 - Isolador polimrico que sofreu um arco de potncia

    .

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    Figura IV.11 - Isolador polimrico coberto por fungos

    Figura IV.12 - Isolador polimrico com descarga interna( falha de fabricao - interface ncleo e revestimento)

    Figura IV.13 - Isolador com descarga parcial( falha de fabricao - descolamento da saia )

    .

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    Figura IV.14 Rompimento de isolador por fratura frgil

    Figura IV.15 Rompimento por aplicao de esforo mecnico inadequado

    .