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Editorial FORMAÇÃO MÉDICA Estava escrito que a Lei 12.871, de 22/10/2013, “que institui o Programa Mais Médicos”, iria trazer mais preocupações e dores de cabeça, além daquelas relacionadas à vinda para o Brasil de médicos sem os diplomas devidamente revalidados e, portanto, carentes da imprescindível avaliação do seu preparo técnico-científico. Circunstância que suscitou acirrada polêmica e levou ao estremecimento das relações entre os médicos e o governo federal, ocasionando mal-estar que ainda persiste. Há, no entanto, dispositivos na citada lei que despertam ainda maior inquietação, pois atingem todo o processo de formação médica de uma maneira no mínimo atabalhoada e irrealista. Merecem atenção alguns tópicos da lei, que foram amplamente debatidos no VI Fórum Nacional de Ensino Médico, realizado em Brasília (DF), nos dias 27 e 28 de agosto de 2015, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com a Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM): 1) Há na lei um claro estímulo à abertura de novos cursos de graduação em Medicina, embora o Brasil já disponha de 257 escolas médicas, estatística que o coloca em 2º lugar no mundo, atrás apenas da Índia. “A relevância e a necessidade social da oferta de curso de Medicina”, assim como “a existência, nas redes de atenção à saúde do SUS, de equipamentos públicos adequados e suficientes”, requisitos citados no texto legal para a autorização de funcionamento de novos cursos, aparentemente não têm sido devidamente valorizados nesta explosão de faculdades de Medicina, que já foi comparada a um balcão de negócios, seguindo mais a lógica do mercado do que um programa racional e legítimo de formação de profissionais de Medicina. 2) Os programas de residência médica... ofertarão anualmente vagas equivalentes ao número de egressos dos cursos de graduação em Medicina do ano anterior (artigo 5º). É a universalização da residência médica, uma medida desejável, porém de difícil execução em curto prazo. Estarão os serviços que oferecem programas de residência médica em condição, até o final de 2018, de absorver tal acréscimo de milhares de residentes, assegurando treinamento de qualidade, com preceptores orientando todas as etapas da formação dos futuros especialistas? 3) O primeiro ano do Programa de Residência em Medicina Geral de Família e Comunidade será obrigatório para o ingresso nos seguintes Programas de Residência Médica: Medicina Interna (Clinica Médica), Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia Geral, Psiquiatria e Medicina Preventiva e Social. Para os demais programas, com exceção dos nove de acesso direto (Genética Médica, Medicina do Tráfego, Medicina do Trabalho, Medicina Esportiva, Medicina Física e Reabilitação, Medicina Legal, Medicina Nuclear, Patologia e Radioterapia), será necessária a realização de um a dois anos de Medicina Geral de Família e Comunidade. Com essas exigências, o processo de preparação de médicos especialistas fica excessivamente longo, enquanto se constata a necessidade premente de tais profissionais para a assistência aos enfermos. Ademais, teremos preceptores em número e condição de bem orientar todos os residentes que obrigatoriamente passarão pela Medicina Geral de Família e Comunidade? Os serviços vinculados ao SUS estão preparados e motivados para o acolhimento de toda essa população de residentes? O tal Contrato Organizativo da Ação Pública Ensino-Saúde está sendo bem firmado entre as instituições de ensino superior responsáveis pela oferta dos cursos de Medicina e dos Programas de Residência Médica e os Secretários Estaduais e Municipais de Saúde, para que seja disponibilizada “a estrutura de serviços de saúde em condições de ofertar campo de prática suficiente e de qualidade, além de permitir a integração ensino-serviço na área da Atenção Básica”? Isto foi devidamente articulado com os serviços de prestação de assistência médica, reconhecidamente fragilizados e carentes de recursos? São indagações inevitáveis e necessárias para quem se sente com uma parcela de responsabilidade em relação à formação médica e à qualidade da atenção prestada à saúde da população. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará está engajado na valorização da Residência Médica e entende que não é aceitável a abertura indiscriminada de novas escolas médicas, cabendo, isto sim, a adoção de providências para a melhoria dos cursos existentes, vários dos quais se encontram em precárias condições. E que sejam fechados os cursos comprovadamente de má qualidade, permanecendo aqueles capazes de formar bons médicos, comprometidos com a saúde da população, devidamente preparados em termos técnicos, científicos e éticos. Dr. Ivan de Araújo Moura Fé Presidente do CREMEC “Com essas exigências, o processo de preparação de médicos especialistas fica excessivamente longo, enquanto se constata a necessidade premente de tais profissionais para a assistência aos enfermos.” INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 113 - SET/OUT DE 2015 Págs. 2 e 3 Págs. 4 e 5 Págs. 6 e 7 Pág. 8 PARA USO DOS CORREIOS MUDOU-SE DESCONHECIDO RECUSADO ENDEREÇO INSUFICIENTE NÃO EXISTE O NÚMERO INDICADO FALECIDO AUSENTE NÃO PROCURADO INFORMAÇÃO ESCRITA PELO PORTEIRO OU SINDICO REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL EM____/___/___ ___________________ Fechando a Edição: setembro/outubro Atividades Conselhais Jurídico / Ementas Aviso: Anuidade 2016 -Pessoa Física Divulgação de Assuntos Médicos Medalhas, Diplomas, Congresso e Discursos VII Congresso Científico e Ético do CREMEC, XXVIII Outubro Médico e Ciclo de Debates do Sindicato dos Médicos do Ceará

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EditorialFORMAÇÃO MÉDICA

Estava escrito que a Lei 12.871, de 22/10/2013, “que institui o Programa Mais Médicos”, iria trazer mais preocupações e dores de cabeça, além daquelas relacionadas à vinda para o Brasil de médicos sem os diplomas devidamente revalidados e, portanto, carentes da imprescindível avaliação do seu preparo técnico-científi co. Circunstância que suscitou acirrada polêmica e levou ao estremecimento das relações entre os médicos e o governo federal, ocasionando mal-estar que ainda persiste. Há, no entanto, dispositivos na citada lei que despertam ainda maior inquietação, pois atingem todo o processo de formação médica de uma maneira no mínimo atabalhoada e irrealista. Merecem atenção alguns tópicos da lei, que foram amplamente debatidos no VI Fórum Nacional de Ensino Médico, realizado em Brasília (DF), nos dias 27 e 28 de agosto de 2015, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com a Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM):

1) Há na lei um claro estímulo à abertura de novos cursos de graduação em Medicina, embora o Brasil já disponha de 257 escolas médicas, estatística que o coloca em 2º lugar no mundo, atrás apenas da Índia. “A relevância e a necessidade social da oferta de curso de Medicina”, assim como “a existência, nas redes de atenção à saúde do SUS, de equipamentos públicos adequados e suficientes”, requisitos citados no texto legal para a autorização de funcionamento de novos cursos, aparentemente não têm sido devidamente valorizados nesta explosão de faculdades de Medicina, que já foi comparada a um balcão de negócios, seguindo mais a lógica do mercado do que um programa racional e legítimo de formação de profi ssionais de Medicina.

2) Os programas de residência médica... ofertarão anualmente vagas equivalentes ao número de egressos dos cursos de graduação em

Medicina do ano anterior (artigo 5º).É a universalização da residência médica,

uma medida desejável, porém de difícil execução em curto prazo. Estarão os serviços que oferecem programas de residência médica em condição, até o fi nal de 2018, de absorver tal acréscimo de milhares de residentes, assegurando treinamento de qualidade, com preceptores orientando todas as etapas da formação dos futuros especialistas?

3) O primeiro ano do Programa de

Residência em Medicina Geral de Família e Comunidade será obrigatório para o ingresso nos seguintes Programas de Residência Médica: Medicina Interna (Clinica Médica), Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia Geral, Psiquiatria e Medicina Preventiva e Social. Para os demais programas, com exceção dos nove de acesso direto (Genética Médica, Medicina do Tráfego, Medicina do Trabalho, Medicina Esportiva, Medicina Física e Reabilitação, Medicina Legal, Medicina Nuclear, Patologia e Radioterapia), será necessária a realização de um a dois anos de Medicina Geral de Família e Comunidade.

Com essas exigências, o processo de preparação de médicos especialistas fica excessivamente longo, enquanto se constata a necessidade premente de tais profi ssionais

para a assistência aos enfermos. Ademais, teremos preceptores em número e condição de bem orientar todos os residentes que obrigatoriamente passarão pela Medicina Geral de Família e Comunidade? Os serviços vinculados ao SUS estão preparados e motivados para o acolhimento de toda essa população de residentes? O tal Contrato Organizativo da Ação Pública Ensino-Saúde está sendo bem fi rmado entre as instituições de ensino superior responsáveis pela oferta dos cursos de Medicina e dos Programas de Residência Médica e os Secretários Estaduais e Municipais de Saúde, para que seja disponibilizada “a estrutura de serviços de saúde em condições de ofertar campo de prática sufi ciente e de qualidade, além de permitir a integração ensino-serviço na área da Atenção Básica”? Isto foi devidamente articulado com os serviços de prestação de assistência médica, reconhecidamente fragilizados e carentes de recursos? São indagações inevitáveis e necessárias para quem se sente com uma parcela de responsabilidade em relação à formação médica e à qualidade da atenção prestada à saúde da população.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará está engajado na valorização da Residência Médica e entende que não é aceitável a abertura indiscriminada de novas escolas médicas, cabendo, isto sim, a adoção de providências para a melhoria dos cursos existentes, vários dos quais se encontram em precárias condições. E que sejam fechados os cursos comprovadamente de má qualidade, permanecendo aqueles capazes de formar bons médicos, comprometidos com a saúde da população, devidamente preparados em termos técnicos, científi cos e éticos.

Dr. Ivan de Araújo Moura FéPresidente do CREMEC

“Com essas exigências, o processo de preparação de médicos especialistas

fi ca excessivamente longo, enquanto se constata a

necessidade premente de tais profi ssionais para a

assistência aos enfermos.”

INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 113 - SET/OUT DE 2015

Págs. 2 e 3 Págs. 4 e 5 Págs. 6 e 7 Pág. 8

PARA USO DOS CORREIOS

MUDOU-SEDESCONHECIDORECUSADOENDEREÇO INSUFICIENTENÃO EXISTE O NÚMERO INDICADO

FALECIDOAUSENTENÃO PROCURADOINFORMAÇÃO ESCRITA PELO PORTEIRO OU SINDICO

REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL

EM____/___/___ ___________________

Fechando a Edição:setembro/outubro

Atividades Conselhais

Jurídico / Ementas

Aviso: Anuidade 2016 -Pessoa Física

Divulgação de Assuntos Médicos

Medalhas, Diplomas, Congresso e Discursos

VII Congresso Científi co e Ético do CREMEC, XXVIII Outubro Médico e Ciclo de Debates do Sindicato dos Médicos do Ceará

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[email protected] Jornal Conselho

JURÍDICO / EMENTASPARECER CREMEC N.º 19/2014ASSUNTO: Atribuições do Médico Pe-

rito e do Auxiliar de Necrópsia.PARECERISTA: Conselheiro José Ajax

Nogueira QueirozEMENTA: 1. A análise médico-legal do

cadáver, bem como a subsequente confecção e assinatura do laudo pericial, são atribuições privativas do médico perito, assumindo este a responsabilidade por seus atos. 2. As atividades que visam subsidiar ou facilitar esta análise (v.g. abertura/fechamento do cadáver e exposição de vísceras) podem ser realizadas pelos auxiliares de perícia, ou de necrópsia, sempre sob supervisão direta do médico legista.

PARECER CREMEC nº 04 /2015ASSUNTO: Tratamento do Diabetes

MellitusPARECERISTA: Dra. Maria Neodan

Tavares RodriguesEMENTA: Não há, até o presente mo-

mento, reversão ou cura para o Diabetes, e o seu tratamento fundamenta-se em dois pontos: 1. Modifi cação do estilo de vida quanto a ati-vidade física e alimentação adequada.

2. Uso de fármacos de diversas classes terapêuticas, inclusive a insulina, sendo este último o único recurso efi caz para o controle glicêmico do Diabetes Mellitus Tipo 1.

PARECER CREMEC nº 05/2015

ASSUNTO: Exame de Sanidade de pa-ciente internado em Manicômio Judiciário

PARECERISTA: Conselheira Stela Nor-ma Benevides Castelo

EMENTA: Os exames de sanidade men-tal, ou perícias psiquiátricas dos pacientes internados em Hospitais de Custódia (Mani-cômios Judiciários) serão realizados, mediante ordem judicial, por médico habilitado, desde que o perito não seja o médico assistente do examinado, sendo desnecessário o atesto de dois peritos.

A anuidade para o exercício de 2016, poderá ser parcelada em até 05 (cinco) vezes, sem desconto, com vencimento no último dia útil dos meses de janeiro a maio de 2016. A opção deverá ser encaminhada ao CREMEC a partir de 02 de janeiro até o dia 20 de janeiro de 2016.

PESSOA JURÍDICAO pagamento integral da

anuidade poderá ser parcela-do em até 05 (cinco) parcelas mensais, sem desconto, com vencimento no último dia útil dos meses de janeiro a maio de 2016, desde que o interessado faça a opção a partir do dian 02 de janeiro até o dia 20 de janeiro de 2016.

DAS ISENÇÕES:Art. 13 As pessoas jurídicas

compostas por, no máximo, dois sócios, sendo obrigato-riamente um deles médico, enquadradas na primeira faixa de capital social, constituídas exclusivamente para a execu-ção de consultas médicas sem a realização de exames com-plementares para diagnósti-cos realizados em seu próprio consultório , que não possuam fi liais e não mantenham con-tratação de serviços médicos a serem prestados por terceiros poderão requerer ao Conse-lho Regional de Medicina de sua jurisdição até 29 de janeiro de 2016, um desconto de 50% sobre o valor da anui-dade fi xada no caput do artigo

11. O pagamento deve ser feito de acordo com o estabelecido no artigo 11 e parágrafos da resolução CFM Nº 2125/15 (www.portalmedico.org.br), mediante apresentação de de-claração subscrita pelo médico responsável pela empresa, in-dicando seu enquadramento nessa situação.

PARÁGRAFO ÚNICO. Para a obtenção do desconto,

a pessoa jurídica e respectivos sócios médicos e responsável técnico deverão estar em si-tuação cadastral regular, bem como quite com o pagamento das anuidades e da taxa de certifi cado de regularidade de exercícios anteriores.

AVISO: ANUIDADE 2016 | PESSOA FÍSICA

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JORNAL CONSELHO [email protected]

COMISSÃO EDITORIALDalgimar Beserra de Menezes

Fátima SampaioCREMEC: Rua Floriano Peixoto, 2021 - José Bonifácio

CEP: 60.025-131Telefone: (85) 3230.3080

Fax: (85) 3221.6929www.cremec.org.br

E-mail: [email protected] responsável: Fred Miranda

Projeto Gráfi co: WironEditoração Eletrônica: Júlio Amadeu

Impressão: Gráfi ca Cearense

CONSELHEIROS

Alberto Farias Filho Ana Lúcia Araújo Nocrato

Carlos Leite de Macêdo Filho Cláudio Gleidiston Lima da Silva Erico Antonio Gomes de Arruda

Flávio Lúcio Pontes Ibiapina Francisco Alequy de Vasconcellos Filho

Francisco de Assis Almeida Cabral Francisco Dias de Paiva

Francisco Flávio Leitão de Carvalho Filho Gentil Claudino de Galiza Neto

Helly Pinheiro Ellery Inês Tavares Vale e Melo

João Nelson Lisboa de Melo José Ajax Nogueira Queiroz

José Albertino Souza José Carlos Figueiredo Martins

José Fernandes Dantas José Huygens Parente Garcia José Málbio Oliveira Rolim José Roosevelt Norões Luna

Maria Neodan Tavares Rodrigues Marly Beserra de Castro Siqueira

Régia Maria do S. Vidal do Patrocínio Régis Moreira Conrado

Renato Evando Moreira Filho Ricardo Maria Nobre Othon Sidou Roberto Wagner Bezerra de Araújo

Roger Murilo Ribeiro Soares Stela Norma Benevides Castelo

Sylvio Ideburque Leal Filho Tânia de Araújo Barboza

Valéria Góes Ferreira Pinheiro

DIRETORIAIvan de Araújo Moura Fé Helvécio Neves Feitosa

Lino Antonio Cavalcanti HolandaFernando Queiroz Monte

Lúcio Flávio Gonzaga SilvaRafael Dias Marques Nogueira

Regina Lúcia Portela Diniz

REPRESENTANTES DO CREMEC NO INTERIOR DO ESTADO

SECCIONAL DA ZONA NORTEArthur Guimarães Filho

Francisco Carlos Nogueira ArcanjoFrancisco José Fontenele de AzevedoFrancisco José Mont´Alverne Silva

José Ricardo Cunha NevesRaimundo Tadeu Dias Xerez

End.: Rua Oriano Mendes - 113 - CentroCEP: 62.010-370 - Sobral - Ceará

SECCIONAL DO CARIRICláudio Gleidiston Lima da SilvaGeraldo Welilvan Lucena Landim

João Ananias Machado FilhoJoão Bosco Soares SampaioJosé Flávio Pinheiro VieiraJosé Marcos Alves Nunes

End.: Rua da Conceição - 536, Sala 309Ed. Shopping Alvorada - Centro

Fone: 511.3648 - Cep.: 63010-220Juazeiro do Norte - CearáSECCIONAL CENTRO SULAntonio Nogueira Vieira

Ariosto Bezerra ValeLeila Guedes Machado

Jorge Félix Madrigal AzcuyFrancisco Gildivan Oliveira Barreto

Givaldo ArraesEnd.: Rua Professor João Coelho, 66 - Sl. 28

Cep: 63.500-000 - Iguatu/CearáLIMOEIRO DO NORTE

Efetivo: Dr. Michayllon Franklin BezerraSuplente: Dr. Ricardo Hélio Chaves Maia

CANINDÉEfetivo: Dr. Francisco Thadeu Lima ChavesSuplente: Dr. Antônio Valdeci Gomes Freire

ARACATIEfetivo: Dr. Francisco Frota Pinto JúniorSuplente: Dr. Abelardo Cavalcante Porto

CRATEÚSEfetivo: Dr. José Wellington Rodrigues

Suplente: Dr. Antônio Newton Soares TimbóQUIXADÁ

Efetivo: Dr. Maximiliano LudemannSuplente: Dr. Marcos Antônio de Oliveira

ITAPIPOCAEfetivo: Dr. Francisco Deoclécio Pinheiro

Suplente: Dr. Nilton Pinheiro GuerraTAUÁ

Efetivo: Dr. João Antônio da LuzSuplente: Waltersá Coelho Lima

DIVULGAÇÃO DE ASSUNTOS MÉDICOSCFM ressalta limites ao sensacionalismo e à autopromoção na Medicina

A Resolução 2.126/2015 defi ne o comportamento adequado dos médicos nas redes sociais e proíbe a divulgação de técnicas não consideradas válidas pelo CFM

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou, no Diário de Ofi cial da União, ajustes nas regras para uso divulgação de assuntos médicos por meio de entrevistas, anúncios publicitários e redes sociais, entre outros pontos. Temas como a distribuição de selfi es (autorretratos), o anúncio de técnicas não consideradas válidas cientifi camente e a forma adequada de interação dos profi ssionais em canais de mídias sociais foram abordados no âmbito da Resolução CFM nº 2.126/2015, que tem como objetivo principal fi xar parâmetros para evitar o apelo ao sensacionalismo ou à autopromoção.

Entre as regras que entram em vigor na data da publicação do texto no Diário Ofi cial da União, está a proibição aos médicos, inclusive lideranças de entidades da categoria, de participarem de anúncios de empresas comerciais ou de seus produtos, qualquer que seja sua natureza. Antes esta limitação contemplava produtos como medicamentos, equipamentos e serviços de saúde. Com o ajuste, se estende a outros, como generos alimentícios e artigos de higiene e limpeza, entre outros. 

A norma também veda aos profissionais de fazerem propaganda de métodos ou técnicas não reconhecidas como válidos pelo Conselho Federal de Medicina, conforme prevê a Lei nº 12.842/13, em seu artigo 7º, que atribui à autarquia o papel de defi nir o que é experimental e o que é aceito para a prática médica. É o caso de práticas, como a carboxiterapia ou a ozonioterapia, que ainda não possuem reconhecimento científi co. 

A Resolução CFM nº 2.126/2015 também traz detalhamento com respeito aos autorretratos (selfi es) em situações de trabalho e de atendimento. Com a mudança, os médicos estão proibidos de divulgar este tipo de fotografi a, bem como imagens e/ou áudios que caracterizem sensacionalismo, autopromoção ou concorrência desleal. “Trata-se de uma decisão que protege a privacidade e o anonimato inerentes ao ato médico e estimula o profi ssional a fazer uma permanente refl exão sobre seu papel na assistência aos pacientes”, ressaltou o conselheiro José Fernando Maia Vinagre, corregedor do CFM e que também contribuiu para a versão do texto aprovado.

Com relação ao uso das redes das mídias sociais (sites, blogs e canais no facebook, twitter, instagram, youtube, whatsapp e similares), como já havia sido determinado pela Resolução CFM nº 1974/2011, entre outros pontos, continua sendo  vedado ao médico anunciar especialidade/área de atuação não reconhecida ou especialidade/área de atuação para a qual não esteja qualifi cado e registrado junto aos Conselhos de Medicina. 

O CFM ainda orienta aos CRMs a investigarem suspeitas de burla à orientação contra a autopromoção

por meio da colaboração com outras pessoas ou empresas.  Deve ser apurado – por meio de denúncias, ou não – a publicação de imagens do tipo “antes” e “depois” por não médicos, de modo reiterado e/ou sistemático, assim como a oferta de elogios a técnicas e aos resultados de procedimentos feitos por pacientes ou leigos, associando-os à ação de um profi ssional da Medicina. A comprovação de vínculo entre o autor das mensagens e o médico responsável pelo procedimento pode ser entendida como desrespeito à norma federal.

O médico também está proibido de divulgar a posse de títulos científi cos que não possa comprovar e nem induzir o paciente a acreditar que está habilitado num determinado campo de atendimento ao informar que trata sistemas orgânicos, órgãos ou doenças específi cas. Da mesma forma, ele não pode consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa ou a distância, assim como expor a fi gura de paciente na divulgação de técnica, método ou resultado de tratamento. A íntegra dos parâmetros está explicita no Manual da Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) e foi defi nida com base na legislação e em outras resoluções normativas do próprio CFM. 

Segundo  o conselheiro Emmanuel Fortes Cavalcante, 3º-vice-presidente do CFM e responsável pelas propostas que normatizam a divulgação e a publicidade de assuntos médicos,  ao observar os critérios defi nidos pelo CFM, o médico estará valorizando uma conduta ética nas suas atividades profi ssionais, além de se proteger efetivamente de eventuais processos movidos por terceiros em busca de indenizações por danos materiais ou morais decorrentes de abusos.  

Ele ressaltou ainda que a Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame), mesmo após o detalhamento publicado, continuará atenta para discutir futuros ajustes em função de necessidades impostas pelo avanço de tecnologias ou mudanças efetivas de comportamento na sociedade. “É um tema dinâmico, que exige acompanhamento contínuo”, pontuou.

O texto, aprovado pelo Plenário do CFM, prevê alterações em pontos específi cos da Resolução CFM nº 1974/2011, que se mantém em vigor e também se dedica ao tema. “Considerando que a Medicina deve ser exercida com base em direitos previstos na Constituição Federal, como a inviolabilidade da vida privada e o respeito honra e à imagem pessoal, entendemos que as mudanças são importantes, pois oferecem parâmetro seguro aos médicos sobre a postura ética e legal adequada em sua relação com os pacientes e com a sociedade”, afi rmou  Emmanuel Fortes. 

Assessoria de Imprensa do CFM

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4 JORNAL CONSELHO [email protected]

Medalhas,Diplomas, congrPor ocasião da abertura ofi cial do VII Congresso Científi co e Ético do CREMEC e XXVIII Outubro Médico, a diretoria do Conselho Regional de Medici

do Diploma de Mérito Ético-Profi ssional (50 anos de exercício da profi ssão). Nas páginas seguintes, fl agrantes fotográfi cos da entrega das medalhas e diplomasoutubro de 2015.

Discurso de Abertura do VII Congresso Científi co e Ético do CREMEC, XXVIII Outubro Médico e Ciclo de Debates do Sindicato dos Médicos do Ceará.

É de regozijo nosso sentimento na data de hoje. E isto por estarmos iniciando um grande congresso, com a participação simultânea do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, da Associação Médica Cearense e do Sindicato dos Médicos do Ceará, numa demonstração de luta conjunta em prol do aprimoramento técnico, científi co e ético dos médicos do Estado do Ceará.

É também a oportunidade para o Conselho Regional de Medicina, embora de forma sumária, prestar contas de suas atividades. Na ação de fi scalização do exercício da Medicina, o CREMEC vem visitando em média dois municípios por semana, com avaliação do funcionamento dos serviços de saúde e do Programa Saúde da Família, buscando identifi car as distorções e irregularidades, principalmente no que diz respeito à falta de médicos e de equipamentos indispensáveis à prestação de uma boa atenção à saúde, cobrando medidas que resultem em melhoria da assistência à saúde da população. É de se ressaltar a parceria do CREMEC com a Promotoria de Defesa da Saúde Pública e a ação articulada com Promotores de cidades do interior do Estado, somando esforços em benefício do bom atendimento aos pacientes.

Prossegue o trabalho do Conselho na apuração das possíveis infrações à ética médica, precedido de iniciativas voltadas para a prevenção do ilícito ético, através dos fóruns de ética médica realizados nas cidades do interior do Estado e nos hospitais de Fortaleza. Em tais eventos, sempre são discutidos temas como responsabilidade profi ssional, relação médico-paciente, atestados médicos, plantão médico, transferência inter-hospitalar de pacientes e outros tópicos do Código de Ética Médica, tudo visando aprofundar o entendimento e estimular a prática dos postulados éticos da profi ssão médica.

Carreira de Médico de Estado: os Conselhos de Medicina de todo o Brasil, coordenados pelo Conselho Federal de Medicina, estão engajados na luta pela aprovação da PEC 454/2009, que trata da criação da carreira de médico de Estado, no intuito de viabilizar a presença de médicos em todos os municípios do país. O CREMEC enviou mensagem a todos os Deputados Federais do Ceará solicitando apoio à PEC 454.

Formação Médica: a abertura indiscriminada de Escolas de Medicina (já são 257) desperta grandes preocupações, tendo em vista a qualidade precária de algumas delas. É preciso que sejam tomadas providências para a melhoria dos cursos médicos existentes, alguns dos quais passam por situação de penúria fi nanceira, e que haja maior rigor com as escolas que não asseguram a formação técnica e ética que se exige dos médicos.

Residência Médica: o CRM defende o fortalecimento da Residência Médica, com ampliação das vagas e dos programas, de maneira a possibilitar

a todos os médicos acesso à formação especializada. É necessário, porém, garantir preceptores em número sufi ciente para que todos os residentes recebam a melhor formação. E que a bolsa dos residentes alcance o valor pago aos integrantes do Programa Mais Médicos.

A defesa do SUS, o sistema único de saúde, é uma constante na atividade do Conselho de Medicina do Ceará, o que inclui a luta por concurso público para médicos e demais profi ssionais de saúde, objetivando ampliar as possibilidades de acesso da população ao atendimento médico de qualidade. Ressalte-se que o último concurso para médicos promovido pelo Estado do Ceará ocorreu em 2006. Por outro lado, é bem-vindo o concurso para o IJF e os Frotinhas. Outra linha de ação é o combate à precarização dos serviços médicos, verificada atualmente pelos frequentes e inaceitáveis atrasos nos pagamentos dos profi ssionais das Cooperativas Médicas. Defendemos boas condições de trabalho e remuneração digna para os médicos.

O orçamento para a saúde de 2016: causam preocupações as notícias acerca de possíveis cortes no orçamento federal da saúde para o próximo ano. É plenamente reconhecido que os recursos destinados ao setor são insufi cientes. Em caso de redução, os problemas só tendem a se agravar, aumentando o sofrimento dos enfermos e tornando ainda mais rigorosa a avaliação que a população faz da saúde em nosso país.

A nova sede do CREMEC: após anos tratando com muita austeridade os gastos do CRM, e contando, ademais, com o valioso apoio do Conselho Federal de Medicina, o CREMEC se aproxima da data em que poderá inaugurar a nova sede da instituição. A casa do médico terá instalações amplas, que permitirão o desempenho mais satisfatório das importantes ações do órgão que se destina a zelar pelo perfeito desempenho técnico e ético dos discípulos de Hipócrates.

O VII Congresso Científi co e Ético do CREMEC, conclave que se associa ao Outubro Médico e ao Ciclo de Debates do Sindicato dos Médicos, consta de rica programação, abrangendo as grandes áreas básicas da atividade médica, como Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina Geral de Família e Comunidade, Cirurgia Geral e Clínica Médica. Simultaneamente, questões fundamentais da Ética Médica e da Bioética e temas concernentes à política de saúde serão abordados por vultos ilustres da Medicina do Ceará e do Brasil.

Mas este encontro faz com que hoje seja também um dia de homenagens. O Conselho Regional de Medicina confere, nesta data, distinções a médicos e médicas que se notabilizaram, ao longo de toda a sua vida profi ssional, pela conduta ilibada e a dedicação aos pacientes. O Plenário do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará escolheu, por unanimidade, três médicos, os quais irão agora receber a MEDALHA DE HONRA AO MÉRITO PROFISSIONAL. São eles os Doutores:

Arnaldo Afonso Alves de Carvalho, Martinho Rodrigues Fernando, Sebastião Diógenes Pinheiro

Por sua vez, será entregue o DIPLOMA DE MÉRITO ÉTICO-PROFISSIONAL aos médicos que completaram 50 (cinquenta) anos de exercício da profi ssão médica sem jamais terem sofrido sanção ético-profi ssional de qualquer natureza. Os agraciados são:

Altani Santos Paiva, Álvaro de Oliveira Rocha, Antonio José Silva Lima, Antunes Moura do Nascimento Arnaldo Afonso Alves de Carvalho, Augusto Marques da Silveira, Carlos Matos Aragão , Enis Soares de Medeiros, Francisco Braga Andrade, Francisco de Assis Beserra Nunes, Francisco Mineiro, Gambetá Bruno Neto, Guaracy Maia Chaves, Henrique Rodrigues de Albuquerque Neto, Hugo Santana de Figueirêdo, José Iran de Carvalho Rabêlo, José Juciê Viana de Araújo, José Marcondes Grangeiro Sampaio, José Ossian de Aguiar Junior, José Ronaldo Mont’Alverne, Lúcia Pamplona Eugênio de Souza,Luciano Simões Eugênio de Souza, Luiz Octávio Ferreira Castello Branco, Maria da Glória Frota Fonteles, Maria dos Prazeres Ferreira Rabêlo, Maria Eneida Pinheiro, Maria Marlly Lima Lôbo, Maria Norma Cavalcante Colares, Maria Socorro Custódio Pestalozzi, Mauricio Cabral Benevides, Risalva Gonçalves Sucupira Pereira, Rogério Oliveira Muzzio de Paiva, Ruth Maria Freire Norões, Sérgio Botêlho Guimarães, Valder Mendes Cantídio, Vladimir Távora Fontoura Cruz, Wiviane Maria Rocha Pereira.

Todos os homenageados se tornaram exemplos para os que exercem a arte de curar e granjearam a estima e a gratidão dos seus pacientes.

Fazemos questão, nesta solenidade, de registrar alguns agradecimentos: ao Conselho Federal de Medicina, na pessoa do seu Presidente, Dr. Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, pelo apoio que sempre deu às iniciativas do CREMEC; aos representantes dos Conselhos Regionais de Medicina; aos Professores convidados para as conferências e mesas-redondas do conclave, vários dos quais vieram de outros Estados; aos Conselheiros e membros das Câmaras Técnicas do CREMEC, particularmente os de Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia e Medicina de Família e Comunidade. Estes profi ssionais, mestres da Medicina e da Ética Médica, dignifi cam e elevam o conteúdo e a qualidade do nosso congresso. Uma referência toda especial cabe aos Doutores José Lindemberg da Costa Lima, João Martins de Sousa Torres, e Lino Antonio Cavalcanti Holanda, coordenadores das Comissões Executiva e Científi ca do VII Congresso Científi co e Ético do CREMEC, que se empenharam com denodo para o êxito do conclave. Agradecemos a todos os que colaboraram para a organização deste congresso, inclusive aos funcionários do CREMEC, aqui representados pelas Senhoras Fatima Sampaio, Regina Holanda e Regina Yale.

Nossas boas vindas a todos os participantes desta solenidade e deste Congresso.

Muito obrigado

Dr. Ivan de Araújo Moura Fé Presidente do CREMEC

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[email protected] JORNAL CONSELHO 5

Discurso de agradecimento aos medicos laureados com a Medalha de Honra ao Mérito Profi ssional

Exmo. Sr. Presidente do CREMEC, Dr. Ivan de Araújo Moura Fé, Demais componentes da mesa, meus colegas, meus amigos e familiares.

Ser médico é um grande privilégio. Emanuel Kant dizia que a medicina é uma profi ssão especial a ser exercida por pessoas igualmente especiais.

Por que o fi lósofo Kant dizia isso? Porque sabia que para ser médico é indispensável

ter ampla qualifi cação técnica, aliada ao bom caráter e à plena consciência social. Uma formação profi ssional com bastante conhecimento médico, permanentemente atualizado, é necessária, mas não é suficiente. É indispensável ao médico ter um caráter magnânimo que permita-lhe o exercício cotidiano da compaixão e do acolhimento aos que necessitam dos seus cuidados, independente do que possam ou não retribuir-lhe em pagamento.

O médico não pode, no exercício profi ssional, ter como objetivo maior o fi car rico. Se o tiver vai desviar-se do bom caminho, embora que, de modo honesto, trabalhando muito e gastando pouco, possa ter a justa e merecida recompensa material.

Nas mais diversas partes do mundo os candidatos à medicina são selecionados entre os melhores estudantes para serem submetidos a um longo período de estudo e treinamento intensivos que irá requerer permanente atualização. Como estão entre os mais inteligentes é de esperar que estejam também entre os mais ambiciosos, devendo essa ambição ser sublimada para o destaque no aperfeiçoamento profi ssional, com as merecidas honrarias e não para o enriquecimento ilícito e outros desvios ética e moralmente inaceitáveis.

Nada mais nocivo à sociedade do que o médico que, mesmo bem qualifi cado, tendo distúrbio de caráter, envereda pelo charlatanismo, enriquece extorquindo, enganando e fazendo muito mal aos seus desavisados clientes. Esse não tem atenuante, sabendo como fazer certo, escolheu fazer errado.

Quem entra na Faculdade de Medicina com o objetivo de fi car rico errou de profi ssão. Ainda há tempo, neste país da impunidade, pode dedicar-se à política. Aproveitando a nobreza e o prestígio da profi ssão, há os que fazem isso, mas antes, na propaganda eleitoral, quase sempre enganosa, devem retirar da foto o estetoscópio que ostentam no pescoço e do nome retirar o Dr. e o CRM.

O médico precisa ter consciência social. Todos os médicos da minha geração estudaram em Faculdade pública, tendo assim uma grande dívida com a sociedade. Felizmente, não nos falta, a todo momento, a oportunidade de ir saldando-a parcialmente, mesmo sabendo que o resgate total dessa dívida nunca será alcançado.

É indispensável ao médico ter consciência política, não deixando-se envolver por paixões partidárias ou ideológicas, pois, em qualquer situação, a paixão nos tolhe o discernimento.

O médico, como cidadão de bem, não pode compactuar com os atuais desacertos políticos, nem

participar do culto à personalidade tal como foi utilizado pelos regimes totalitários naAlemanha de Hitler, na Rússia de Stalin, no Chile de Pinochet, em Cuba de Fidel, e em tantos outros. É o caminho mais curto que conduz à perda das nossas liberdades democráticas.

Em relação ao que estamos vivendo no Brasil, como diria Martin Luther King, “ o que me assusta não é o barulho dos maus, mas o silêncio dos bons.”

Ainda somos maioria, não podemos permanecer omissos sob a odiosa ditadura das minorias inescrupulosas e barulhentas.

É importante entender que, como as demais pessoas, nós médicos fazemos tudo em busca de reconhecimento, ou seja de aplauso. É o que nos alimenta e, desde cedo, nos estimula ao estudo, a querer estar entre os primeiros da turma, mais adiante, ser elogiado pelos colegas e por nossos clientes.

Diz o livro de Eclesiastes que tudo é vaidade, mas essa é uma vaidade sadia, que ao contrário de outras, deve ser exaltada, para que nós médicos sejamos todos vaidosos neste bom sentido, sabendo que, além do conhecimento técnico, a medicina nos exige ter bastante humildade e sabedoria.

Cabe ao CREMEC a vigilância permanente da atividade médica, observando as escolas de medicina, os ambulatórios, postos de saúde e os hospitais, onde ela é exercida, possibilitando a devida premiação, a correção de rumo e, se for o caso, a justa punição, conforme o merecimento de cada um.

Numa sociedade hedonista, que pretende ser feliz voltando-se cada vez mais para o consumo de futilidades, ostentação e desamor, cabe ao médico seguir na contramão. Enquanto Aristóteles afi rma que felizes são os que se bastam, o poeta Mário Quintana reconhece que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora, porque não percebeu a sua simplicidade.

Entendendo que a felicidade é também um modo muito pessoal de ver e celebrar o que a vida nos oferece, devemos dizer a todos aqui presentes que para nós, os agraciados desta noite, este é um momento especialmente feliz.

Ao recebermos do CREMEC esta importante comenda, sentimos ter obtido o reconhecimento maior ao investimento de nossas vidas no exercício cotidiano de uma nobre e bela profi ssão que juntamente com o magistério, como dizia o amigo e colega Caetano Ximenes Aragão, representam verdadeiramente as últimas profi ssões românticas.

Nesta oportunidade, tomados de júbilo pela sensação de dever cumprido, mais uma vez vivenciamos que a felicidade é feita por momentos assim em que, nos sentindo plenos, nada nos incomoda, nada mais desejamos, nada nos falta, ou quase nada... que no es lo mismo, pero es igual.

Muito obrigado. 15. 10. 2015Martinho Rodrigues

gresso e discursosedicina do Estado do Ceará realizou a solenidade de entrega da Medalha de Honra ao Mérito Profi ssional e mas e discursos. A solenidade aconteceu no auditório do Seara Praia Hotel no início da noite do dia 15 de

Discurso de agradecimento aos medicos laureados com o Diploma de Mérito Ético-Profi ssional

Colegas de turma, Senhoras e Senhores,Ocupamos esta augusta Tribuna na condição de

representante dos MÉDICOS graduados em 1965, pela Faculdade de Medicina da UFC, para agradecer a mar-cante homenagem que o Cremec nos tributa. No gesto cortês, vislumbramos a solidariedade deliberativa dos Conselheiros domiciliados no regaço deste egrégio Or-ganismo classista. Foram 36 os companheiros da turma da Bem-Aventurança, contemplados com o diploma do Mérito Ético Profi ssional, pergaminho engrandecedor que nos emociona e nos reenergiza para as tarefas diárias.

Desde 1966, buscamos dignifi car a categoria, sem permitir o declínio do ideal colocado, como sempre foi, in primo loco, diante de qualquer circunstância. Após a colação de grau, o amor à Medicina refulgiu, iluminado à custa do saber transmitido pelos queridos Mestres, movendo-se distinto, no equilíbrio das ações técnicas. Ressaía fl agrante o sacerdócio no qual a dedicação se afi rmava envolta por incomparável dignidade. Este radioso comportamento, tanto os clínicos quanto os cirurgiões, aperfeiçoaram na passagem do tempo, para derrotar as moléstias e obter os êxitos terapêuticos que repercutiam socialmente.

Celebramos, em 2015, o marco de cinco décadas de formados, sob a coordenação do companheiro, Dr. Vladimir Távora, atual Presidente da Academia Cearense de Medicina, num autêntico colóquio de irmãos, unidos no mesmo altar e elevando ao Criador preces fervorosas de reconhecimento que nos aquecem as essências d´alma e nos conservam integrados no universo vocacional.

A peregrinação laborativa, até aqui, resultou triunfante, alcançando proporções admiráveis. A cin-quentenária labuta nos tem cativado e robustecido a crença sobre o que realizamos, concedendo-nos mais disposição para continuar no âmbito das atividades. O segredo da conquista se deve ao fato de que jamais renunciamos à condição de estudantes, inteirados das sucessivas inovações oferecidas pela tecnologia e pela farmacologia. Por essa razão, os progressos nos chegam alicerçados na conveniência dos hábitos dirigidos à Edu-cação Continuada, o acesso mais viável para expandir os conhecimentos, através dos congressos, dos cursos, e das reciclagens atualizadoras.

Ao alcançarmos meio século de trabalhos, acredi-tamos que cada colega, pelo valor demonstrado, pondo a mão na consciência, nada teme, certo do rigoroso cumprimento dos seus deveres especializados. Embora o fi nal da extensa jornada se mostre propínquo, o compromisso com o juramento hipocrático ainda ecoa veemente, impedindo-nos de abandonar esta santa cruzada.

O exercício da Medicina, destarte, perdura re-vestido por atrativos que nos aprisionam e alimentam a volição para prosseguirmos resolutos e cônscios no campo das respeitáveis obrigações.

Senhoras e Senhores, Esta é a realidade bem dimensionada, provinda

da faina cotidiana com os desempenhos profi ssionais subordinados ao comando do Pai Celestial.

Rejubilados diante da nobre deferência, con-fessamos o sentimento de gratidão aos que dirigem o Cremec, pela láurea que nos foi conferida. Em nome dos agraciados, cumpre asseverar que a eticidade sem-pre esteve conosco, estimulando a prática retilínea das ações médicas.

Muito obrigado, portanto, pelo privilégio da hon-raria que esmalta, singulariza e enaltece sobremaneira o nosso curriculum vitae.

Disse-o. Mauricio Cabral Benevides

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Da esq. para a dir.:Valéria Góes Ferreira Pinheiro (UFC), José Albertino Souza (CFM), Marcos Gadelha Maia (representando o governador do Ceará), Carmelo Silveira Carneiro Leão Filho (presidente da AMC), Ivan de Araújo Moura Fé (presidente do CREMEC), Pablo Picasso de Araújo Coimbra (presidente do XXVIII Outubro Médico), Fernando Melo (vice presidente do SIMEC), Francisco Pereira de Alencar (representando o prefeito de Fortaleza), Vladimir Távora Fontoura Cruz (presidente da Academia Cearense de Medicina), Helvécio Neves Feitosa (representando o presidente da UNIMED Fortaleza)

Ivan de Araújo Moura Fé, presidente do CREMEC, saúda a todos e ofi cializa a abertura das atividades do CREMEC,

AMC e SIMEC

Carmelo Silveira Carneiro Leão Filho, presidente da Associação Médica Cearense,

discursa na abertura dos eventos

Pablo Picasso de Araújo Coimbra presidente do XXVIII Outubro Médico

VII Congresso Científico e Ético do CRDebates do Sindicato d

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (CREMEC), a Associação Médica Cearense (AMC) e o SindCongresso Científi co e Ético do CREMEC, XXVIII Outubro Médico e Ciclo de Debates do Sindicato dos Médicos nas de

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REMEC, XXVIII Outubro Médico e Ciclo de dos Médicos do Ceará

indicato dos Médicos do Estado do Ceará (SIMEC) promoveram, de 14 a 17 de outubro de 2015, respectivamente: o VII s dependências do Seara Prais Hotel. Nos fl agrantes fotográfi cos, momentos das atividades.

Conselheiro Lino Antonio Cavalcanti Holanda coordenando mesa redonda de cirurgia

Mesa redonda-Cuidados Paliativos - necessidades e expectativas: conselheira Inês Tavares Vale e Melo

Julgamento Simulado: conselheiros Helvécio Neves Feitosa, Ivan Moura Fé e Roberto Wagner Bezerra de Araújo

Conselheiro Renato Evando - julgamento simulado

Urico Gadelha de Oliveira Neto - julgamento simulado Platéia, conselheiros e advogados - julgamento simulado.

Mesa redonda Defesa Ético-Legal do Profi ssional Médico: Desafi os na Emergência. Da esq. para a dir.: conselheiro Roger Murilo Ribeiro Soares (Comissão de Ética), Mayra Isabel Correia Pinheiro (presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará), Ivan de Araújo Moura Fé (presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará), conselheiro José Málbio de Oliveira Rolim (Fiscalização)

Mesa Redonda sobre os COAPES (Contratos Organizativos de Ação Pública Ensino - Saúde). Da esq. para a dir.: conselheiro Lúcio Flávio Gonzaga Silva, conselheira Valéria Góes Ferreira Pinheiro, conselheira Maria Neodan Tavares Rodrigues e conselheiro Alberto Farias Filho

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FECHANDO A EDIÇÃO - SETEMBRO/OUTUBRO - 2015ATIVIDADES CONSELHAIS

ACADEMIAO conselheiro Roberto Wagner Bezerra de Araújo representou o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará na Sessão Solene de Posse

dos Membros Titulares Francisco José Costa Eleutério e Francisco Sálvio Cavalcante Pinto na Academia Cearense de Medicina; auditório da Reitoria da Universidade Federal do Ceará, 31 de agosto de 2015.

PACTOA conselheira Maria Neodan Tavares Rodrigues representou o CREMEC em audiência com o governador do Estado do Ceará. Em pauta: Pacto por

um Ceará Saudável. A audiência ocorreu no gabinete do governador, em 10 de agosto de 2015. COLAÇÃO DE GRAU

A conselheira Valéria Góes Ferreira Pinheiro representou o Conselho de Medicina do Ceará na solenidade de Colação de Grau dos formandos do curso de medicina da Universidade Federal do Ceará. Auditório da Concha Acústica, 10 de agosto de 2015.

SIMPÓSIO A conselheira Regina Lúcia Portela Diniz representou o CREMEC na abertura do IX Simpósio de Perinatologia do Nordeste e X Congresso Cearense

de Pediatria, eventos promovidos pela Sociedade Cearense de Pediatria, Oásis Atlântico Hotel, 12 de agosto de 2015. CONGRESSO

O conselheiro Francisco Flávio Leitão Leitão de Carvalho Filho representou o Conselho de Medicina do Ceará na abertura do IV Congresso Brasileiro do Sistema Nervoso Periférico. Auditório da Reitoria da UFC, 13 de agosto do ano em curso.

NAS ONDAS DO RÁDIOO conselheiro Alberto Farias Filho atuou como debatedor do tema Programa Mais Médicos em rádio e televisão do Sistema O Povo de

Comunicação; 17 de agosto de 2015. PROBLEMÁTICA

O conselheiro José Málbio Oliveira Rolim representou o CREMEC na Discussão promovida pela Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública do Hospital Santa Maria. Nova sede da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública, 19 de agosto de 2015.

TV O POVO O conselheiro Alberto Farias Filho representou o Conselho de Medicina do Ceará em programa de televisão do Sistema O Povo, cujo tema foi a

Avaliação do Programa Mais Médicos. TV O Povo, 19 de agosto de 2015. TRANSMISSÃO DE CARGO

O conselheiro e vice presidente do Conselho de Medicina do Ceará, Helvécio Neves Feitosa representou a entidade na Solenidade de Transmissão de Cargo de Reitor ao prof. Henry de Holanda Campos. Concha Acústica da UFC, 28 de agosto de 2015.

74º ANIVERSÁRIOA conselheira Inês Tavares Vale e Melo representou o CREMEC na Sessão Solene em Comemoração ao Septuagésimo Quarto Aniversário do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (SIMEC). Auditório da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, 25 de agosto de 2015.

ENTREVISTA O conselheiro e secretário geral do CREMEC, Lino Antônio Cavalcanti Holanda concedeu entrevista ao Jornal Diário do Nordeste sobre o tema:

Profi ssionais Médicos que estão sendo deslocados de Fortaleza para a cidade de Sobral; em 25 de agoisto de 2015. MEDICINA DO TRABALHO

O conselheiro José Carlos Figueiredo Martins representou o Conselho de Medicina do Ceará na IV Reunião Científi ca promovida pela Associação Cearense de Medicina do Trabalho (ACEMT) para discutir o tema Gestão de Empregados Afastados pela Previdência Social. Auditório do CREMEC, 26

de setembro de 2015. GINECO-OBSTETRAS

O conselheiro José Málbio Rolim de Oliveira representou o CREMEC em Audiência com a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública e Cooperativa dos Ginecologistas e Obstetras do Ceará para discutir a situação das emergências. Auditório da Promotoria, 22 de setembro de 2015.

PATOLOGIAO conselheiro Gentil Claudino Galiza Neto representou o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará na abertura do 49º Congresso

Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e 1 Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial. Centro de Eventos do Ceará, 29 de setembro de 2015.

SUELTOSÀs ilustrações da página 07 dessa edição, há referência a um julgamento simulado, realizado pelo CREMEC, tratando do assunto Internamento Involuntário,

que foi efetivado sob a coordenação do conselheiro Helvécio Neves Feitosa, tendo como presidente Ivan de Araújo Moura Fé; advogado de acusação, Renato Evando; advogado de defesa, Urico Gadelha; relator e revisor respectivamente Helvécio Neves Feitosa e Roberto Wagner Bezerra de Araújo.

Lemos recentemente entrevista na imprensa da cidade, concedida por uma liderança médica, a qual afi rma que o CREMEC realiza o REVALIDA. Queremos informar ao respeitável público que REVALIDA não é atribuição dos Conselhos. Provavelmente nunca será.

Dioniso Lajes, editor.

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Conselheiro Helvécio Neves Feitosa entrega a Medalha de Honra ao Mérito Ético-Profi ssional a Arnaldo Alves de Carvalho

Altani Santos Paiva recebe seu Diploma das mãos da conselheira Maria Neodan Tavares Rodrigues

Ivan Moura Fé entrega Diploma a Arnaldo Afonso Alves de Carvalho

Conselheiro Francisco Alequy de Vasconcellos Filho entrega o Diploma a Francisco Braga Andrade

Conselheiro Francisco Alequy de Vasconcelos Filho entrega o Diploma a Hugo Santana de Figueirêdo

Conselheira Neodan Tavares Rodrigues entrega a José Iran de Carvalho Rabêlo a honraria

Conselheiro Flávio Lúcio Pontes Ibiapina entrega a Guaracy Maia Chaves seu Diploma de Mérito Ético-Profi ssional

Conselheiro Helvécio Neves Feitosa entrega o Diploma de Fran-cisco de Assis Beserra Nunes

Conselheiro Roger Murilo Ribeiro Soares entrega o Diploma de Francisco Mineiro ladeado por seu fi lho Alexandre Magno

Conselheiro Roberto Wagner entrega Diploma a Carlos Matos Aragão

Conselheiro Francisco Flávio Leitão de Carvalho Filho entrega o Diploma Mérito Ético-Profi ssional a Enis Soares de Medeiros

Carmelo Silveira Carneiro Leão Filho, presidente da Associação Médica Cearense, entrega o Diploma de Mérito Ético-Profi ssional a Álvaro de Oliveira Rocha

Conselheiro Alberto Farias Filho entrega Diploma a Augusto Marques da Silveira

Presidente Ivan Moura Fé entrega a Medalha a Martinho Rodrigues Fernando

Conselheira Valéria Góes Ferreira Pinheiro entrega a Sebastião Diógenes Pinheiro sua Medalha de Honra ao Mérito Ético-Profi ssional.

medalhados e diplomados

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Conselheiro Rafael Dias Marques Nogueira entrega o Diploma de José Juciê Viana de Araújo

Conselheiro federal José Albertino Souza faz a entrega do diploma a Luciano Simões Eugênio de Souza

Conselheira Maria Neodan passa para as mãos de Maria Eneida Pinheiro a honraria conferida pelo CREMEC

Conselheiro Alberto Farias entrega a Risalva Gonçalves Sucupira Pereira o Diploma a que fez jus

Conselheiro Roberto Wagner entrega a honraria do CREMEC a Wiviane Maria Rocha Pereira

Mauricio Cabral Benevides fala em nome dos agraciados com o Diploma de Mérito Ético-Profi ssional do CREMEC

Martinho Rodrigues Fernando agradece a honraria em nome dos contemplados com a Medalha de Honra ao Mérito

Heládio Feitosa de Castro Filho entrega o Diploma de Sérgio Botelho Guimarães

O presidente Ivan Moura Fé entrega a Vladimir Távora Fontoura Cruz o Diploma de Mérito Ético-Profi ssional

Conselheiro José Fernandes Dantas entrega a Maria Norma Cavalcante Colares o seu Diploma

O conselheiro Flávio Leitão Filho entrega a Maurício Cabral Benevides seu Diploma Ético-Profi ssional

Conselheiro Rafael Marques entrega a Maria da Gloria Frota Fonteles o Diploma Ético-Profi ssional

Maria dos Prazeres Ferreira Rabêlo recebe das mãos do conselheiro Rafael Marques Nogueira o seu Diploma

Vladimir Távora Fontoura Cruz recebe do conselheiro presidente Ivan Moura Fé o Diploma de José Ronaldo Mont ‘Alverne, a quem representou na solenidade

Conselheira Valéria Góes entrega o Diploma de Lúcia Pamplona Eugênio de Souza