parecer cremec n.º 10/2020 18/05/2020€¦ · serviço público federal conselho regional de...

8
Serviço Público Federal Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora – CEP: 60.135 – 101 - Fortaleza – CE Fone: (85) 3230-3080 E-Mail: [email protected] 1 PARECER CREMEC N.º 10/2020 18/05/2020 Protocolo CREMEC nº 5810/2020 Interessado: Diretor técnico de hospital secundário. Assunto: Escala de plantão incompleta. Parecerista: Cons. Helvécio Neves Feitosa. EMENTA: Diante do número insuficiente de plantonistas, o médico de plantão em setores de urgência/emergência, não deve deixar de prestar o atendimento ao paciente, mesmo que para uma triagem. Caso haja necessidade de intervenção médica imediata, a assistência deve ser prestada nas condições em que o médico se encontra. Seguindo o Protocolo de Manchester (após a devida triagem), orientamos que o atendimento se restrinja aos classificados como amarelo, laranja e vermelho. Os diretores técnicos respondem junto aos Conselhos de Medicina pelas condições de exercício ético da profissão nas respectivas instituições de saúde. DA CONSULTA Diretor técnico de hospital secundário do município de Fortaleza, em correspondência eletrônica protocolizada sob nº 5810/2020, solicita manifestação deste egrégio Conselho Regional de Medicina, mediante Parecer, sobre a seguinte situação: Diante da pandemia de Covid-19, estamos com vários colegas médicos obstetras adoecendo e tendo que se afastar de suas atividades. Por isso,

Upload: others

Post on 26-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PARECER CREMEC N.º 10/2020 18/05/2020€¦ · Serviço Público Federal Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora –

Serviço Público Federal

Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC

Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora – CEP: 60.135 – 101 - Fortaleza – CE Fone: (85) 3230-3080

E-Mail: [email protected]

1

PARECER CREMEC N.º 10/2020

18/05/2020

Protocolo CREMEC nº 5810/2020

Interessado: Diretor técnico de hospital secundário.

Assunto: Escala de plantão incompleta.

Parecerista: Cons. Helvécio Neves Feitosa.

EMENTA: Diante do número insuficiente de

plantonistas, o médico de plantão em setores de

urgência/emergência, não deve deixar de prestar o

atendimento ao paciente, mesmo que para uma

triagem. Caso haja necessidade de intervenção

médica imediata, a assistência deve ser prestada nas

condições em que o médico se encontra. Seguindo o

Protocolo de Manchester (após a devida triagem),

orientamos que o atendimento se restrinja aos

classificados como amarelo, laranja e vermelho. Os

diretores técnicos respondem junto aos Conselhos de

Medicina pelas condições de exercício ético da

profissão nas respectivas instituições de saúde.

DA CONSULTA

Diretor técnico de hospital secundário do município de Fortaleza, em

correspondência eletrônica protocolizada sob nº 5810/2020, solicita manifestação

deste egrégio Conselho Regional de Medicina, mediante Parecer, sobre a seguinte

situação:

Diante da pandemia de Covid-19, estamos com vários colegas médicos

obstetras adoecendo e tendo que se afastar de suas atividades. Por isso,

Page 2: PARECER CREMEC N.º 10/2020 18/05/2020€¦ · Serviço Público Federal Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora –

Serviço Público Federal

Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC

Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora – CEP: 60.135 – 101 - Fortaleza – CE Fone: (85) 3230-3080

E-Mail: [email protected]

2

em alguns momentos, temos ficado com um plantonista na escala (onde

normalmente temos três). Por isso, solicito parecer URGENTE do CREMEC

como orientar o colega médico e a instituição como deve proceder. O

plantonista terá que atender no pronto atendimento da obstetrícia, atender

as pacientes internadas na sala de parto, ser responsável pelo

acompanhamento do trabalho de parto e parto vaginais e cesarianas, além

de possíveis intercorrências no Alojamento Conjunto. Além disso, caso

ocorra uma cesárea, não teremos os dois cirurgiões em campo. (...)

DO PARECER

O Código de Ética Médica (CEM), em seus Princípios Fundamentais, estabelece:

(...)

VII – O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a

prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem

não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em

caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer

danos à saúde do paciente.

Nos ditames deontológicos do CEM, está estabelecido ser vedado ao médico:

(...)

Art. 7º Deixar de atender em setores de urgência e emergência, quando

for de sua obrigação fazê-lo, expondo a risco a vida de pacientes, mesmo

respaldado por decisão majoritária da categoria.

Art. 19. Deixar de assegurar, quando investido em cargo ou função de

direção, os direitos dos médicos e as demais condições adequadas para o

desempenho ético-profissional da Medicina.

Art. 33. Deixar de atender paciente que procure seus cuidados

profissionais em casos de urgência ou emergência, quando não haja

outro médico ou serviço médico em condições de fazê-lo.

Page 3: PARECER CREMEC N.º 10/2020 18/05/2020€¦ · Serviço Público Federal Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora –

Serviço Público Federal

Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC

Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora – CEP: 60.135 – 101 - Fortaleza – CE Fone: (85) 3230-3080

E-Mail: [email protected]

3

Art. 37. Prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame

direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e

impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nestas circunstâncias,

fazê-lo imediatamente após cessar o impedimento.

Art. 56. Utilizar sua posição hierárquica para impedir que seus

subordinados atuem dentro dos princípios éticos.

Art. 57. Deixar de denunciar atos que contrariem os postulados éticos à

comissão de ética da instituição em que exerce seu trabalho profissional e,

se necessário, ao Conselho Regional de Medicina.

A Resolução CFM nº 2.147/2016, que “Estabelece normas sobre a responsabilidade,

atribuições e direitos de diretores técnicos, diretores clínicos e chefias de serviço em

ambientes médicos”, determina que:

(...)

Art. 2º O diretor técnico, nos termos da lei, é o responsável perante os

Conselhos Regionais de Medicina, autoridades sanitárias, Ministério

Público, Judiciário e demais autoridades pelos aspectos formais do

funcionamento do estabelecimento assistencial que represente.

(...)

§ 3º São deveres do diretor técnico:

I) Zelar pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares em vigor;

II) Assegurar condições dignas de trabalho e os meios indispensáveis à

prática médica, visando ao melhor desempenho do corpo clínico e dos demais

profissionais de saúde, em benefício da população, sendo responsável por faltas

éticas decorrentes de deficiências materiais, instrumentais e técnicas da

instituição;

(...)

V) Organizar a escala de plantonistas, zelando para que não haja

lacunas durante as 24 horas de funcionamento da instituição, de acordo

com regramento da Resolução CFM nº 2.056, de 20 de setembro de 2013;

Page 4: PARECER CREMEC N.º 10/2020 18/05/2020€¦ · Serviço Público Federal Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora –

Serviço Público Federal

Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC

Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora – CEP: 60.135 – 101 - Fortaleza – CE Fone: (85) 3230-3080

E-Mail: [email protected]

4

VI) Tomar providências para solucionar a ausência de plantonistas;

Na presença de um único médico plantonista, em serviço que comportaria três,

orientamos que o atendimento deve ser restrito aos casos de urgência e

emergência. Lembrar que tais casos podem evoluir para procedimento cirúrgico

(uma cesariana, por exemplo). Quanto à possibilidade de cirurgia cesariana (ou de

uma cirurgia de maior porte, como uma cesárea-histerectomia), há o Parecer

CREMEC nº 04/2000, da lavra deste Relator, que aborda a necessidade de primeiro

auxiliar em cirurgia cesariana e cita pareceres de outros Conselhos de Medicina,

alertando que:

A cirurgia é um ato exclusivo do médico, o qual é o responsável legal pela indicação

e execução da mesma. A montagem da equipe cirúrgica é da responsabilidade do

cirurgião, o qual responderá jurídica e eticamente por qualquer dano ao paciente,

ainda que tenha que se ausentar, por motivo de força maior, durante o ato cirúrgico.

O mesmo Parecer acrescenta:

O primeiro auxiliar deverá ser médico cirurgião, conhecedor da técnica e

metodologia do primeiro cirurgião, e apto a terminar o ato cirúrgico no

impedimento do titular. A necessidade de um primeiro auxiliar, e até de um

segundo auxiliar com as características acima, está na dependência do porte

da cirurgia e é de exclusiva decisão do cirurgião titular.

Diante da possibilidade de parto cirúrgico (cesariana), havendo possibilidade e

segurança na transferência das pacientes, entendemos que esta deva ser a conduta

mais prudente. Em casos de emergência, em que a transferência apresentar maior

risco do que a atuação imediata nas condições em que o médico se encontra no

plantão, a estabilização da paciente ou até mesmo a realização de um procedimento

cirúrgico deve ter primazia.

No Parecer CREMEC nº 04/2000, já citado, há a orientação de que:

Nos casos de emergência, quando não houver auxiliar disponível, poderá

ocorrer a designação fortuita de outro profissional. (...) O primeiro auxiliar

poderá, a critério do cirurgião titular, a quem cabe a responsabilidade da

decisão, ser substituído por médico sem treinamento específico, nos casos

de urgência e cirurgia de pequeno porte.

Na decisão por transporte inter-hospitalar de pacientes, atentar para os ditames da

Resolução CFM nº 1.672/2003, que “Dispõe sobre o transporte inter-hospitalar de

pacientes e dá outras providências”, determinando que:

Page 5: PARECER CREMEC N.º 10/2020 18/05/2020€¦ · Serviço Público Federal Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora –

Serviço Público Federal

Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC

Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora – CEP: 60.135 – 101 - Fortaleza – CE Fone: (85) 3230-3080

E-Mail: [email protected]

5

I - O hospital previamente estabelecido como referência não pode negar

atendimento aos casos que se enquadrem em sua capacidade de resolução.

II - Pacientes com risco de vida não podem ser removidos sem a prévia

realização de diagnóstico médico, com obrigatória avaliação e atendimento

básico respiratório e hemodinâmico, além da realização de outras medidas

urgentes e específicas para cada caso.

III - Pacientes graves ou de risco devem ser removidos acompanhados de

equipe composta por tripulação mínima de um médico, um profissional de

enfermagem e motorista, em ambulância de suporte avançado. Nas

situações em que seja tecnicamente impossível o cumprimento desta norma,

deve ser avaliado o risco potencial do transporte em relação à permanência

do paciente no local de origem.

IV - Antes de decidir a remoção do paciente, faz-se necessário realizar

contato com o médico receptor ou diretor técnico no hospital de destino, e ter

a concordância do(s) mesmo(s).

V - Todas as ocorrências inerentes à transferência devem ser registradas no

prontuário de origem.

VI – Todo paciente removido deve ser acompanhado por relatório completo,

legível e assinado (com número do CRM), que passará a integrar o

prontuário no destino. Quando do recebimento, o relatório deve ser também

assinado pelo médico receptor.

VII – Para o transporte, faz-se necessária a obtenção de consentimento

após esclarecimento, por escrito, assinado pelo paciente ou seu responsável

legal. Isto pode ser dispensado quando houver risco de morte e

impossibilidade de localização do(s) responsável(is). Nesta circunstância, o

médico solicitante pode autorizar o transporte, documentando devidamente

tal fato no prontuário.

Page 6: PARECER CREMEC N.º 10/2020 18/05/2020€¦ · Serviço Público Federal Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora –

Serviço Público Federal

Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC

Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora – CEP: 60.135 – 101 - Fortaleza – CE Fone: (85) 3230-3080

E-Mail: [email protected]

6

VIII – A responsabilidade inicial da remoção é do médico transferente,

assistente ou substituto, até que o paciente seja efetivamente recebido pelo

médico receptor.

a) a responsabilidade para o transporte, quando realizado por Ambulância tipo D, E

ou F é do médico da ambulância, até sua chegada ao local de destino e efetiva

recepção por outro médico.

b) as providências administrativas e operacionais para o transporte não são de

responsabilidade médica.

(...)

Art. 2º - Os médicos diretores técnicos das instituições, inclusive os dos

serviços de atendimento pré-hospitalar, serão responsáveis pela efetiva

aplicação destas normas.

(...)

No setor de urgência e emergência do hospital, o acolhimento e a classificação de

risco, mormente a última, deve ser feita por profissional de enfermagem de nível

superior, preferencialmente com experiência em serviço de urgência, e após

capacitação específica para a atividade proposta, conforme norma do Ministério da

Saúde (Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política

Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Acolhimento e

classificação de risco nos serviços de urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2009).

O acolhimento não se trata de um espaço, local ou triagem para receber paciente.

De acordo com o Ministério da Saúde, acolhimento é uma postura ética e não

pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo. É a recepção do usuário,

desde a sua chegada na unidade de saúde, com responsabilidade integral sobre ele,

incluindo ouvir queixas, permitir que ele expresse suas preocupações, angústias, e

ao mesmo tempo, fazer a articulação de outros serviços de saúde para a

continuidade da assistência, quando necessário.

A triagem, diferentemente de acolhimento, é o processo pelo qual se determina a

prioridade do atendimento de pacientes com base na gravidade do seu estado. Este

processo relaciona eficientemente os cuidados quando os recursos são insuficientes

para tratar todos os pacientes de imediato. Existem dois tipos de triagem: simples e

avançada. A triagem simples é normalmente utilizada no local de um acidente ou

desastre com várias vítimas, de forma a categorizar pacientes entre aqueles que

precisam de atenção crítica e transporte imediato e aqueles com lesões menos

graves. Na triagem avançada, os médicos podem decidir que determinados

Page 7: PARECER CREMEC N.º 10/2020 18/05/2020€¦ · Serviço Público Federal Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora –

Serviço Público Federal

Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC

Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora – CEP: 60.135 – 101 - Fortaleza – CE Fone: (85) 3230-3080

E-Mail: [email protected]

7

pacientes com lesões muito graves não devem receber tratamento avançado porque

é improvável a sua sobrevivência. Os recursos são desviados para os pacientes

potencialmente salváveis. No contexto da triagem, a indicação de internação nos

serviços de atenção à saúde é ato privativo do médico (lei federal nº 13.843/2013 –

Lei do Ato Médico – Art. 4º, inciso XI).

A Resolução CFM nº 2.077/2014, que normatiza o funcionamento dos “Serviços

Hospitalares de Urgência e Emergência”, públicos e privados, torna obrigatória a

implantação do “Acolhimento com Classificação de Risco” para o atendimento.

Determina também que todo paciente que tiver acesso ao “Serviço Hospitalar de

Urgência e Emergência” (SHUE) deverá, obrigatoriamente, ser atendido por um

médico, não podendo, sob nenhuma justificativa, ser dispensado ou

encaminhado a outra unidade de saúde por profissional que não o médico.

De acordo com o mesmo instrumento normativo, o médico plantonista deverá

acionar imediatamente o coordenador de fluxo, e na inexistência deste, o diretor

técnico, nas seguintes situações: 1) quando forem detectadas condições

inadequadas de atendimento ou constatada a inexistência de leitos vagos para a

internação de pacientes, com superlotação do SHUE; 2) quando houver pacientes

que necessitem de UTI e não houver leito disponível no hospital; 3) quando o SHUE

receber pacientes encaminhados na condição de “vaga zero”.

PARTE CONCLUSIVA

Diante do número insuficiente de plantonistas, o médico de plantão em setores de

urgência/emergência, não deve deixar de prestar o atendimento ao paciente,

mesmo que seja para fazer uma triagem. Caso haja necessidade de intervenção

médica imediata, a assistência deve ser prestada nas condições em que o

médico se encontra, para que não seja caracterizada omissão de socorro (e

negligência, na esfera ética), conforme Nota do CREMEC, recentemente divulgada

em mídias sociais. Seguindo o Protocolo de Manchester (após a devida triagem),

orientamos que o atendimento deva ser restrito aos classificados como amarelo,

laranja e vermelho.

O diretor técnico responde junto aos Conselhos de Medicina pelas condições de

exercício ético da profissão nas respectivas instituições de saúde. Cabe a ele

organizar a escala de plantonistas, zelando para que não haja lacunas durante as 24

horas de funcionamento da instituição. Como é de sua obrigação assegurar

Page 8: PARECER CREMEC N.º 10/2020 18/05/2020€¦ · Serviço Público Federal Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora –

Serviço Público Federal

Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC

Av. Antonio Sales, 485 – Joaquim Távora – CEP: 60.135 – 101 - Fortaleza – CE Fone: (85) 3230-3080

E-Mail: [email protected]

8

condições dignas de trabalho e os meios indispensáveis à boa prática médica, é ele

quem deverá tomar providências para solucionar a falta de plantonistas, além de ser

responsável por faltas éticas decorrentes de deficiências materiais, instrumentais e

técnicas da instituição.

Perante os Conselhos de Medicina, cabe ao diretor técnico demonstrar que envidou

todos os esforços para promover o exercício ético da Medicina, em tudo aquilo que

estava ao seu alcance. Neste sentido, orientamos que tenha comprovação

documental dos esforços empreendidos, inclusive junto a instâncias superiores, no

sentido de solucionar não conformidades encontradas e de se resguardar quanto às

consequências envolvidas na esfera de suas responsabilidades.

Este é o Parecer, s.m.j.

Fortaleza, 18 de maio de 2020.

_________________________________________________

Dr. HELVÉCIO NEVES FEITOSA

Conselheiro Parecerista

*Parecer aprovado em Sessão Plenária virtual, ocorrida em 18/05/2020.