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0 1 O Caso Távora, O Processo Távora, Frei Lourenço do Caraça – Íntegra do Processo Távoras ATENÇÃO: EM BREVE POSTAREMOS AQUI a segunda parte das 6 do PROCESSO DA FAMÍLIA TÁVORA: Leia a principal parte do Processo Távoras, neste PDF: Excelente estado da cópia fiel do Pocesso Távoras que D. Maria I e o Príncipe D. João trouxeram para o Brasil. Não voltou para Portugal, pois ficou esquecido em uma caixa. Tudo aconteceu porque o Rei D. José teve um filho, no final de 1758, com a Marquesa Nova de Lorena e Távora. Pela primeira vez na Internet: PRIMEIRO VOLUME Páginas de AN_012_98 SEGUNDO VOLUME – Alguma páginas em mau estado. A maioria excelente de se ler. Tem muitos depoimentos, inclusive do Duque do Aveiro. Páginas de AN_012_98 dois Os Távoras para se livrar da vergonha do corno Marquês de Távora tentaram praticar o mais nefando crime: Matar a pessoa sagrada e ungida do Rei. O Menino Bernado foi protegido tanto do Rei D. José I quanto de sua irmã Dona Maria I, filha e herdeira do Rei, e, de seu sobrinho D. João. A morte dos Távoras foi bárbara, a menina Maria assistiu tudo, em 9 de janeiro de 1759, na Praça do Belém, em Lisboa, e, teve pesadelos todos os dias até que finalmente enloqueceu em 1792. Governou Bernado José de Lorena a Capitania de São Paulo e a Capitania de Minas Gerais com brilhantismo. Pretendemos achar o batismo em Lisboa, ou em São João de Pesqueira ou em Viana do Castelo. Vou começar pela Sé, em Lisboa, em 1758.

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0 1 O Caso Távora, O Processo Távora, Frei Lourenço do Caraça – Íntegra do Processo Távoras

ATENÇÃO:

EM BREVE POSTAREMOS AQUI a segunda parte das 6 do PROCESSO DA FAMÍLIA TÁVORA:

Leia a principal parte do Processo Távoras, neste PDF:

Excelente estado da cópia fiel do Pocesso Távoras que D. Maria I e o Príncipe D. João trouxeram para o Brasil. Não voltou para Portugal, pois ficou esquecido em uma caixa.

Tudo aconteceu porque o Rei D. José teve um filho, no final de 1758, com a Marquesa Nova de Lorena e Távora.

Pela primeira vez na Internet:

PRIMEIRO VOLUME

 Páginas de AN_012_98

 SEGUNDO VOLUME – Alguma páginas em mau estado. A maioria excelente de se ler. Tem muitos depoimentos, inclusive do Duque do Aveiro.

Páginas de AN_012_98 dois

Os Távoras para se livrar da vergonha do corno Marquês de Távora tentaram praticar o mais nefando crime: Matar a pessoa sagrada e ungida do Rei.

O Menino Bernado foi protegido tanto do Rei D. José I quanto de sua irmã Dona Maria I,  filha

e herdeira do Rei, e, de seu sobrinho D. João.

A morte dos Távoras foi bárbara, a menina Maria assistiu tudo, em 9 de janeiro de 1759, na Praça do Belém, em Lisboa, e, teve pesadelos todos os dias até que finalmente  enloqueceu em 1792.

Governou Bernado José de Lorena a Capitania de São Paulo e a Capitania de Minas Gerais com brilhantismo.

Pretendemos achar o batismo em Lisboa, ou em São João de Pesqueira ou em Viana do Castelo. Vou começar  pela Sé, em Lisboa, em 1758.

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Nesta página e nas páginas abaixo, detalhes do Caso Távora, Processo Távora, motivo da vinda de nós Silva e Oliveira para o Brasil:  Nossa história começa na página inicial:

www.capitaodomingos.com

e leia mais aqui:

0 1 caso, Caso Processo   Távora

0 1 caso, Família   Távora

0 1 caso, processo Távora, e Bernardo José de   Lorena

0 1 caso, processo Távora, Frei Lourenço do   Caraça

 

Estas informações do Geneall é onde eu cheguei mais perto da ligação do Frei Lourenço do Caraça, que declarou, no seu testamento, ser filho de Ana de Figueiredo e Antônio Pereira e ser de Nagozelo, Vila de São João de Pesqueira, senhorio dos Távoras.

Aparece Figueiredo, Távora e Fonseca:

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Antes disso, alguns almeida figueiredo que achei no google, em pesqueira e pernambuco,  havia um almedia figueiredo vereador em 1785 em ouro preto junto com joão da silva de oliveira, que será investigado se não seria parente próximo do FREI LOURENÇO DO CARAÇA que é figueiredo também.

·  GeneAll.net – RE: Notícias

6 dez. 2008 … Tenho uns apontamentos sobre os ALMEIDA CAIADO de São João da Pesqueira e Trevões ….. Quanto a António Caiado deAlmeida Figueiredo, descende de Francisco …http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=214831&fview… –Em   cache

Família Seixas – 19 mar. 2011Família Castro, Vila Real (Alijó) – 30 dez. 2007RE: Anciães de Castanheiro – 28 dez. 2007Família Camelo – 28 abr. 2006

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·  G e n o e l o g – Sapo

… senhora do Solar dos Almeida Figueiredo em Trevões, S. João daPesqueira, … neta paterna de João de Melo de Almeida Figueiredo e de sua mulher e …castros.no.sapo.pt/genealogia.xml – Em   cache

· 

Produção da Cultura na Pesca de Itapissuma 1 Silvana MARPOARA Ana …

Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat – Visualização rápida7 set. 2009 … Ana Cristina Almeida FIGUEIREDO. 3. Gilmar FURTADO …comunidade pesqueira da cidade de Itapissuma, litoral norte de Pernambuco, que não …http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2009/…/R4-1312-1.pdf –Similares

·  ListaColocados_grupo240

… PAZ LOPES MARTINS JOSÉ ANTÓNIO DE ALMEIDA FIGUEIREDO ANA DULCE LOURENÇO …. 151919 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE S. JOÃO DA PESQUEIRA 171487 AGRUPAMENTO DE …http://www.scribd.com/doc/…/ListaColocadosgrupo240 – Em   cache  –Similares

[PDF]

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Relatorio CIC 06-04-2011

Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat – Visualização rápida6 abr. 2011 … António de Almeida Figueiredo. Escola Básica Leonardo Coimbra Filho, Porto … Escola Básica e Secundária de São João daPesqueira …http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/…/participantes_2010_2011__7.pdf

·  Pesquisa por manuel ii em Empresas de São João da Pesqueira

Pesquisa por manuel ii em Empresas de São João da Pesqueira. …Manuel Paulo Correia de Almeida Figueiredo, Unipessoal Lda Moscavide, Loures, …http://www.portugalio.com/…ii/…pesqueira/1349.html – Portugal– Em   cache

·  activ:\”Agricultura e Pecuária\” – Pesquisa do Takitudo

Adelino Almeida Figueiredo … Espinho – S. João da Pesqueira 5130-000 S. JOÃO PESQUEIRA. TEL: 254 484 215. [ Localizar no Mapa ] [ Vista de Rua ] [ Alterar …http://www.takitudo.com/index.php?npag=62&procura=activ… –Em   cache

Almeidas de Trevões(S.João da Pesqueira) 28-07-2001, 17:33Autor: 2910      [responder para o fórum]

Procuro informações ou genealogias sobre os Almeidas de Trevões, em especial a ascendencia de Francisco de Almeida enterrado na igreja de Trevões numa sepultura com as armas plenas dos Almeida)e de sua mulher Isabel Caiado de Gamboa, filha de Nuno Caiado de Gamboa, que viveu em Trevões. Destes descendem entre outras famílias os Caiado Ferrão de Trevões, o 1º Barão do Seixo António de Almeida Coutinho e Lemos, filho de Miguel de Almeida Caiado, sr. do palacete dos Almeidas (Casa do Adro)em Trevões,(segundo Pinho Leal, construido em 1605, por Baltazar de Almeida Camelo).[Topo]

RE: Almeidas de Trevões(S.João da Pesqueira) 29-07-2001, 00:51Autor: 2910      [responder para o fórum]

Informo que dos 7 solares existentes em Trevoes, 6 deles eram dos Almeidas.-Casa do Adro, ou solar dos Almeidas, foi construido em 1605, por Baltazar de Almeida Camelo, ostenta na sua fachada uma pedra de armas esquartelada com as armas dos 1ºAlmeida, 2ºCoutinho, 3ºCamelo, 4ºCaiado, o timbre dos AlmeidasHerdou esta casa o pai do 1ºBarão do Seixo, Miguel de Almeida Caiado.

-Solar dos Almeidas Caiados, casa enorme, tem na fachada uma pedra com as armas 1ºAlmeida, 2ºCaiado, 3ºCoutinho, o timbre é dos Almeida. Pertence a seus descendentes os Caiado Ferrão, de Trevões.

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-Casa solarenga dos Almeida e Távora, ostenta na sua fachada as armas dos fundadores do solar, 1ºAlmeida, 2ºTávora, timbre de Almeida. Por herança ou compra chegou no séc.XIX era seu dono o 1ºvisconde de Moimenta da Beira, Julião Sarmento, estava na altura em profunda ruina.Está na posse de estranhos.

-Solar dos Almeida de Figueiredo, ostenta as armas 1ºRebelo, 2ºAlmeida, 3ºCaiado, casa muito antiga e enorme foi restaurada no séc.XIX por António Caiado de Almeida Figueiredo, casado com Francisca de Azevedo Ferrão.Está na posse de estranhos.

-Solar dito dos Melo, a casa mais imponente de Trevões, foi edificada pelo Dr.Francisco de Almeida Caiado e Gamboa, lente de prima em canones, na Universidade de Coimbra, deputado e familiar do S.Oficio, desembargador da Mesa da Consciencia, irmão do licenciado Nicolau de Almeida Mascarenhas, que foi desembargador da relação do Porto e juiz de fora em Vila Real. Ambos filhos de Manuel da Fonseca de Almeida e Maria de Mascarenhas, netos paternos de Gaspar de Anciaes e de Isabel Caiada de Almeida, netos materno de António Garcia de Mascarenhas e Ana Marques.Foi este solar restaurado em 1771 pelo morgado, Francisco Xavier de Almeida Caiado Melo e Vasconcelos, que mandou pintar dentro da capelas um fresco com as armas de 1ºAlmeida,2ºCaiado,3ºVasconcelos,4ºMelo.Pertence aos Caiado Ferrão.

Solar de Manuel de Almeida Coutinho e Lemos, irmão do 1º Barão d Seixo. Trata-se do solar mais moderno de Trevões, pois foi construido em 1857, irmão do barão que lhe colocou as armas dos Almeidas.

Não encontro genealogias desta família, parece serem dos Almeidas morgados da Quinta do Xisto em S.João da Pesqueira, referidos por Felgueiras Gaio, no Tit. de Almeidas.Será que existe algum estudo sobres estes Almeidas?

espero pelas contribuições dos confrades sobre este assunto.os melhores cumprimentos

Óscar Caeiro Pinto[Topo]

RE: Almeidas de Trevões(S.João da Pesqueira) 22-10-2001, 13:05Autor: JCA      [responder para o fórum]

Caro Oscar Caeiro PintoJá que estuda “Almeidas” gostava de lhe perguntar se conhece alguma coisa sobre esta família na Vila de Aguiar da Beira.

Cumprimentos

JCA[Topo]

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RE: Almeidas de Trevões(S.João da Pesqueira) 08-12-2001, 22:02Autor: 2910      [responder para o fórum]

Caro JCADesculpe só agora responder mas tenho estado ausente por motivos de saúde familiar. Já me cruzei com alguns Almeidas nos livros paroquiais do concelho de Aguiar da Beira, mas de qualquer forma necessito mais dados para ver se posso ser prestável.Um abraçoÓscar Caeiro Pinto

P.S.o meu e-mail é [email protected][Topo]

RE: Almeidas de Trevões(S.João da Pesqueira) 11-12-2001, 23:02Autor: JCA      [responder para o fórum]

Caro Óscar Caeiro PintoAntes de mais votos de saúde.Quanto aos “Almeidas” de A. Beira procuro ascendentes de Maria Ignácia d’Almeida (nasceu c.1735)filha de Paulino d’Almeida e Josefa Maria (ambos de Aguiar da Beira) e que veio a casar com António José de Morais, sua 2ªmulher,(mosteiro da ribeira – Sernancelhe)cerca de 1758.Agradeço qualquer informação relacionada.Respeitosos cumprimentos,JCA[Topo]

RE: Almeidas de Trevões(S.João da Pesqueira) 07-03-2002, 22:44Autor: AC      [responder para o fórum]

Caro Oscar Caeiro PintoComo reparei que se tem debruçado, também sobre famílias de Trancoso e Almeidas de São João da Pesqueira gostaria que visse no fórum o tópico Souto Maior Trancoso posto por mim.Se tem conhecimento deste ramo agradeço a sua ajuda.

Cumprimentos

António Cabral[Topo]

RE: Almeidas de Trevões(S.João da Pesqueira) 07-03-2002, 23:07Autor: vbriteiros      [responder para o fórum]

Caro Óscar Caeiro Pinto.Segundo informação recente o actual representante do título de Barão do Seixo é o meu caro amigo D. Carlos de Sottomayor – Quinta do Mosteiro – Maia, filho de D. Branca

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de Almeida Coutinho e Lemos, que era irmã da última Baronesa D. Leonor de Almeida Coutinho e Lemos.No interior do portão da Casa do Mosteiro, pode-se ver o brazão de um portão de ferro, com as armas representadas a pags. 85 do A.N.P. 1985CumprimentosVasco Briteiros[Topo]

RE: Almeidas de Trevões(S.João da Pesqueira) 09-03-2002, 00:31Autor: 2910      [responder para o fórum]

Caro António CabralAqui vai uns pequenos apontamentos sobre os Almeidas de S.João da Pesqueira.AbraçosÓscar Caeiro Pinto

ALMEIDA CAIADO de São João da Pesqueira e Trevões

1-FRANCISCO ALMEIDA , escrivão dos órfãos da Pesqueira, está enterrado na Igr. de Trevões, na capela dos Almeida(lado direito), estando esculpido na sua sepultura as armas plenas dos Almeida, seu nome e a data de falecimento 16(2?)5. Casou com ISABEL CAIADO , parece natural de Trevões, (descendente de um Nuno Caiado de Gambôa, fidalgo espanhol que veio para Portugal onde registou a 2/7/1506, as armas dos Caiados e dizem que viveu em Trevões) .Teve pelo menos os seguintes filhos, baptizados na Igr. de S. João, Pesqueira:

2-CATARINA CAIADO DE GAMBOA, 27.3.1589 (Padrinho: Gaspar Fernandes Donas) casada com Fernando Álvares de Seixas. C.g.

2- Isabel, 18.7.1594Madrinha: Ana Figueiredo (mulher de António Vaz Telo)

2-Maria, 20.3.1597Padrinhos: Francisco Curado e Joana de Braga (mulher de Manuel Pinto)

2- Francisco, 25.9.1599

2- ISABEL CAIADO DE ALMEIDA, 2.2.1603 (Padrinhos: Gaspar de Sousa e Maria Lopes mulher de Diogo Sobrinho). Casou com Gaspar de Anciães da Costa e Fonseca familiar do Santo Ofício, moradores na dita vila de Trevões.Ela deve ter falecido em 16.10.1642. Teve pelo menos :

3- Manuel da Fonseca de Almeida, natural e morador na dita vila de Trevões, casou com Maria Mascarenhas, natural do lugar de Folhadosa termo da Vila de Seia, Bispado de Coimbra, filha de António Garcia de Mascarenhas, da vila de Ervedal e de sua mulher Ana Marques do dito lugar de Folhadosa do Bispado de Coimbra. Tiveram pelo menos :

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4-Francisco de Almeida Caiado e Gambôa, (Doutor)lente de prima em cânones, na Universidade de Coimbra, deputado e familiar do S.Oficio(23/7/1704), desembargador da Mesa da Consciência. Foi este que mandou construir o solar mais imponente de Trevões, restaurado mais tarde em 1771 ao estilo barroco pelo morgado, Francisco Xavier de Almeida Caiado Melo e Vasconcelos, que mandou pintar dentro da capela um fresco com as armas de 1ºAlmeida,2ºCaiado,3ºVasconcelos,4ºMelo.

4-Nicolau de Almeida Mascarenhas, que foi desembargador da relação do Porto e juiz de fora em Vila Real.

4- Paula de Almeida, casada com Mateus Correia de Seixas que nasceu por volta de 1650 em Trevões e foi Capitão-mor em Fonte Arcada, filho de Brás Correia de Seixas, Escrivão da Câmara e do Publico em Trevões e de Catarina Caiado de Gambôa, neto paterno de Mateus Correia de Gouvea casado em Trevões com Antónia de Seixas. Neta materna de Fernando Álvares de Seixas e Catarina Caiado de Gamboa. C.g.

2-LUCAS DE ALMEIDA CAIADO, escrivão dos órfãos em S. João da Pesqueira em 1632, casou a 25.4.1628 na Igr. de S. João, Pesqueira, com ISABEL DE FIGUEIREDO (4º grau de consanguinidade), irmã de Jácome Roiz de Figueiredo, filha de Domingos Gonçalves Belver e de Joana Luís de Figueiredo. Testemunharam o casamento Sebastião Carvalho, Licenciado António Carvalho (abade), Licenciado Rodrigo de Azevedo Cabral (abade), Gaspar de Seixas Cabral, médico.Lucas de Almeida Caiado terá morrido em S. João a 8.1.1645.Filhos, baptizados na Igr. de S. João:

3- Manuel, 28.8.1632Padrinhos: Jácome Roiz de Figueiredo e a mulher de Pedro de Carvalho, tia do baptizado (sic)

3- Maria, 2?5.1635

3- Maria, 18.6.1641Padrinhos: Padre Manuel Donas e Ana de Figueiredo

3-Francisco de Almeida Caiado, (Padre) nasceu e morou na vila de S.João da Pesqueira, teve carta de F.S.O. a 13/10/1677.

OS ALMEIDAdo morgado da Quinta de S.Xisto (S.João da Pesqueira)

1-DOMINGOS RODRGUES DE ALMEIDA, 4º morgado da Quinta de S.Xisto, filho de João Rodrigues e de Maria Pacheco, neto paterno de ….. ?, e bisneto paterno de Álvaro Pires, aio do rei D.Sebastião (que o acompanhou a Africa e lá ficou), por cometer crimes na vila de Ranhados passou a Vale da Figueira, onde comprou a Quinta de S.Xisto e nela instituiu a capela (de São Xisto) e morgadio. Casou em Vilarouco em 1612 com MARIA DE ALMEIDA, ambos indicados como pessoas nobres. Filhos :

2-Gaspar de Almeida, 5º morgado de S.Xisto, casou com Luiza da Veiga, natural de S.João da Pesqueira, filha de Francisco Lourenço da Veiga, cavaleiro da Ordem de

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Cristo, e de Maria da Veiga, filhos :

3-Manuel de Almeida da Fonseca, 6º morgado de S.Xisto3-Paula de Almeida da Fonseca, morreu solteira e instituiu um vinculo de seus bens(Paula de Almeida, juntamente com seu pai e um Manuel de Figueiredo de Almeida foram padrinhos em São João da Pesqueira a 13.5.1690)3-Padre Gaspar Rodrigues de Almeida, que instituiu também vinculo de seus bens3-Frei António, frade Dominicano3-Frei Francisco, � �

2-Padre Manuel de Almeida, padre da companhia de Jesus, depois Abade de S.João da Pesqueira.2-Maria de Almeida, que sem casar morreu abrazada numa caldeira de água a ferver. Num baptizado em 10.8.1672, juntamente com sue irmão Domingos de Almeida. São do Vilarouco)

2-DOMINGOS DE ALMEIDA, viveu em Vilarouco (S.João da Pesqueira,casou primeiro com Maria de Sousa da Povoa.Segunda vez com Maria da Fonseca. Filha do primeiro casamento :

3-Maria de Sousa, chamada a morgada, a qual casou em Vilarinho da Castanheira com � �Manuel Tavares de Mesquita. Filhos :

4-Feliciana de Sousa, morreu solteira4-Vicente Cardoso, que morreu solteiro4-Manuel de Sousa Cardoso, casou em S.João da Pesqueira com Maria Arcangela, filha de Francisco Pereira Pimentel e de Mariana de Sousa e Fonseca, viveram em Vilarinho. C.g.

3-MARIA DA FONSECA, filha de Domingos de Almeida e de Maria da Fonseca, nasceu em Vilarouco, casou em Trevões, pelas 8 Horas da manhã de 9/1/1698 com MANUEL DA FONSECA, filho de Gaspar Rodrigues e Engrácia Lopes. Filha :

4-CLARA DE ALMEIDA E CARVALHO, nasceu em Trevões a 20/5/1703, casou com LUÍZ CORRÊA DE TÁVORA E LEMOS, filho de António de Lemos e de sua mulher Luíza de Távora, natural do Couto das Àguias, em Espinhosa (S.João da Pesqueira).Filha :

5-JOANA CLARA DE TÁVORA, nascida em Trevões a 8/2/1731, casada em Sebadelhe da Serra (Trancoso)a 20/1/1749, com MANUEL PINTO DE SOVERAL, alferes de Ordenança, Sr. da Casa da Rua da Capela, irmão do Capitão António Pinto de Soveral e Barbuda, ambos filhos de António Rodrigues[de Soveral e Barbuda], natural da freg. de Sebadelhe da Serra e de sua mulher Maria Pinto, natural da vila de Almeida. Filho :

6-MANUEL ANTÓNIO DE ALMEIDA PINTO, q.segue (meu 5º avô)[Topo]

RE: Almeidas de Trevões(S.João da Pesqueira) 13-03-2002, 21:40

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Autor: AC      [responder para o fórum]

Caro Oscar Caeiro PintoObrigado por me ter facultado os seus apontamentos e tão prontamente.

Com os melhores cumprimentos

António Cabral[Topo]

RE: Almeidas de Trevões(S.João da Pesqueira) 13-03-2002, 22:49Autor: 1947      [responder para o fórum]

Peço desculpa por me intrometer neste tópico mas a razão é simples, os paroquiais da Pesqueira são recentes e , não dominando as fontes desta região tenho uma linha que me levanta sérias dúvidas, mais feita de intuição e buchas do que elementos fiáveis, para a qual pedia ajudaI – Manuel Pereira de Figueiredo, residente em Trevões, casou com Isabel de Sousa, que julgo fª de Luís Cabral da Veiga e de Isabel de Sousa Távora. Terão tido:1(2) Isabel de Sousa de Figueiredo, menc. 7-1-1731 (Pesqueira) como tia de Manuel de Sousa, estudante2((2) José Pereira de Sousa, de Trevões, casado na Pesqueira com Maria da Fonseca. Filhos conhecidos:1(3) Ana Maria Pereira, mencionada como tal, soltª,em 1706, Pesqueirae talvez:2(3)Amaro da Fonseca, casado ci. 1690 com Maria Francisca, filha de Domingos Francisco, de Paredes, e de sua mer. Maria Francisca de Almeida, ambos + 1724. Tiveram:1(4) Francisco da Fonseca, casou a 13-1-1721, Pesqueira, com Maria da Costa Ferreira, bap., a 6-4-1694, idem, fª de António da Costa, da Póvoa de Penela e de sua mer Maria Ferreira Botelho2(4)Dionísio da Fonseca, cas a 13-11-1721, Pesqueira, com sua cunhada Isabel Ferreira da Costa, bap., a 20-6-1696, idem, fª póstuma de António da Costa, da Póvoa de Penela, e de sua mer. Maria Ferreira Botelho. Pad.do cas Manuel Pereira de Figueiredo e sua mer Isabel de Sousa. ttas José Pereira de Figueiredo e sua mer Maria da Fonseca. Tiveram:1(5) Micaela, bap., a 13-11-1721, idem, Pad Manuel Lopes de Sousa da Deveza e sua irmã Micaela de Sousa, ambos irmãos do Pe Manuel Lopes de Sousa e filhos de João de Sousa, provedor da Deveza, e de Maria Lopes.2(5) Manuel da Fonseca, bap., a 7-3-1728, idem, Pad Antonio Teixeira Donas Boto. Casou a 16-8-1750, Pesqueira, com Agueda de Távora, fª de Antonio de Castro e de Ana de Távora.3(5) António da Fonseca e Sousa, bap em 1727, Pesqueira Pados António Rebelo e Maria de Telo. Casou (onde?) com Maria Fernandes, nat de Santa Maria de Algodres, Celorico de Basto. Tiveram1(6) José Manuel de Sousa que cas a 3-4-1779, na Pesqueira com Teresa de Seixas, fª de José de Magalhães, de Selores Carrazeda de Anciães, e de Maria de Seixas Cabral, irmã do lic Vasco de Seixas Cabral2(6) Luísa Tomásia da Fonseca de Oliveira, casou com Joaquim Vaz Torres Pinto, de Vilar de Maçada, Alijó, antepassados de minha mãe.Alguém terá uma pista susceptível de me auxiliar a situar esta gente tão fragmentada?Muito e muito obrigadoManuel Lamas de Mendonça

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4 Respostas to “0 1 O Caso Távora, O Processo Távora, Frei Lourenço do Caraça – Íntegra do Processo Távoras”

1. eduardo de castro Says: 22 de fevereiro de 2011 às 5:19 pm | Responder   Editar

caros confrades. minha mae nasceu na freguesia de selores em 1897, com nome de maria, era

filha de ana rosa e de anibal cabral, meus bisavos antonio cabral d’almeida proprietario e, de

maria antonia lopes moradores na rua verde, sendo meus trisavos andre joaquim e leocadia

cabral e, materno de jose ignacio lopes e luiza tereza, foram padrinhos o bacharel antonio

ignacio vieira de sousa e sua mulher luiza tereza. espero que alguem possa falar sobre essa

gente e sua ancestralidade. no aguardo. eduardo de castro

2. eduardo de castro Says: 22 de fevereiro de 2011 às 5:30 pm | Responder   Editar

sobre os tavoras e de se lamentar atraves dos tempos esses equivocos cometidos de maneira

que nao tem como remediar nao trazem a vida de volta so’ paliativos. .um erro crasso que nao

tem reversao nao da para perdoar. e assim caminha a humanidade.

3. eduardo de castro Says: 22 de fevereiro de 2011 às 5:46 pm | Responder   Editar

ainda em tempo, minha mae teve um irmao talves um pouco mais velho que ela, de nome

cipriano cabral que foi covocado para servir o exercito em frança, na primeira guerra mundial.

imigrando posteriormente para os estado unidos onde ficou fazendo tratamento medico quase

trinta anos provocados pelos gases que os alemaes jogaram sobre a tropa portuguesa.minha

mae veio para o brasil onde faleceu, no ano de 1982.

4. Afonso Veiga Says: 1 de setembro de 2015 às 6:06 am | Responder   Editar

Alguém me pode informar acerca do nome dos pais ou avós do padre Francisco da Veiga,

natural de Paredes da Beira, que foi abade da Freguesia da Silvã de Cima, actua concelho de

Sátão, onde faleceu em 1694?

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0 1 caso, processo Távora, e, Bernardo José de Lorena, filho do Rei D. José I de Portugal

PUBLICADO PELA PRIMEIRA VEZ A ÍNTEGRA DO PROCESSO TÁVORA.

Leia o Processo Távora em fac-símile, em pdf, do primeiro dos seis volumes.

ATENÇÃO:

EM BREVE POSTAREMOS AQUI as 6 partes do PROCESSO DA FAMÍLIA TÁVORA:

Leia a principal parte do Processo Távoras, neste PDF:

Excelente estado da cópia fiel do Processo Távoras que D. Maria I e o Príncipe D. João trouxeram para o Brasil. Não voltou para Portugal, pois ficou esquecido em uma caixa.

Tudo aconteceu porque o Rei D. José teve um filho, no final de 1758, com a Marquesa Nova de Lorena e Távora.

Pela primeira vez na Internet:

PRIMEIRO VOLUME

 Páginas de AN_012_98

 

SEGUNDO VOLUME

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 Algumas páginas em mau estado. A maioria excelente de se ler. Tem muitos depoimentos, inclusive do Duque do Aveiro.

Páginas de AN_012_98 dois

 

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O que nós – Os Silva e Oliveira –  temos com aquele que foi o maior escândalo de Portugal?

http://www.forense.com.br/Artigos/Autor/FranciscoCaixeta/analise.htm

http://www.tj.ba.gov.br/publicacoes/mem_just/volume2/cap8.htm

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EXECUÇÃO DOS TÁVORA, EM 13 DE JANEIRO DE 1759, NA PRAÇA DO BELÉM, EM LISBOA.

 

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Depois de 21 anos estudando os SILVA E OLIVEIRA, Silva Cardoso, comecei a juntar os pontos soltos da rede de ajuda mútua dos sobreviventes do Caso Távora em Ouro Preto-MG,  numa história que vai muito além das inocentes histórias da Inconfidência Mineira dos livros escolares.=Desde o Frei Lourenço do Caraça (da família Figueiredo de São João da Pesqueira)  que, de madrugada, avisou os inconfidentes mineiros que seriam presos, e seu grande amigo o Capitão-Mór de Minas GeraisBERNARDO JOSÉ DE LORENA, filho da Marquesa Nova de Távora (Teresa) com o Rei D. José I, e, portanto, meio irmão da Rainha Dona Maria I e que deu postos importantes para os irmãos Silva e Oliveira.Lorena é o apelido (sobrenome) materno dele, tanto por parte das avó materna quanto de

sua mãe que era tia de seu pai.   Lourenço (cujo nome de batismo procuramos e

desconhecemos) escolheu esse nome por ser nome de um antepassado dos  Távoras que,

um século antes também se recolheu recluso a um convento que criou (Lourenço Pires de

Távora) e porque São Lourenço foi um santo que morreu queimado como foram os Távora.

=O  Doutor João Rodrigues de Macedo, (em cuja família Macedo até hoje corre a história dos Távoras fugidos), e que foi patrão e compadre de meu Sexto-Avô JOÃO DA SILVA DE OLIVEIRA, nosso patriarca e pai do CAPITAO DOMINGOS. Pesquiso também se o Seo Macedo não seria parente do famigerado padre Macedo da Revolução de 1757 ocorrida no Porto.=O  3º – vereador:  Sargento – mor José de Almeida Figueiredo, colega de vereança de João da Silva e Oliveira, em 1785, e membro daFamília Almeida Figueiredo, também de São João da Pesqueira (ver esta página 0 1 caso, processo Távora, Frei Lourenço do   Caraça) , terra dos Távora e do Frei Lourenço do Caraça.=

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O Inácio Correia de Pamplona, da inconfidência mineira em cuja companhia o CAPITAO DOMINGOS serviu, em uma história que vai muito além das inocentes histórias da Inconfidência Mineira dos livros escolares.=E, por último, o Seo JOSÉ ALVES MACIEL, (padrinho de batismo de José Manuel da Silva e Oliveira), que veio, de Viana do Castelo, onde os Távora tiveram seu palacete derrubado e o terreno salgado, exatamente em 1759, para o Brasil.

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Eu estudo todas as 4 grandes tragédias portuguesas, ocorridas, por volta de 1757, que afetaram nossa genealogia e nossos estudos:= 1- O Caso Távora (execução, em 1758, de família e fuga de muitas pessoas para o Brasil porque a Marquesa Nova (Tereza de Távora)  deu a luz ao menino BERNARDO JOSE DE LORENA filho do Rei D. José I).=2- O terremoto em Lisboa, em 1755, onde se perderam muitos livros de Igreja de Lisboa e o primeiro grande genealogista brasileiro, Pedro Taques, perdeu quase toda sua obra magnífica. E quais de nossos familiares teriam vindo para o Brasil por causa do terremoto.=3- A Revolução do Porto, em 1757, com mais de 50 executados. Quantos e quais parentes envolvidos?=4-  O Maremoto nas Ilhas dos Açores, em 1755, tragédia que também destruiu livros de Igreja e motivou muitos açorianos a virem para o Brasil, especialmente Praia da Vitória foi atingida. Muito provável os Faleiro terem vindo logo após o maremoto. Tsunami em palavras de hoje.===Investigo também a tetra avó do genealogista DARIO CARDOZO VALE, a Barbara Heliodora Guilhermina da Silveira, se por um acaso, também seria SILVEIRA DE TÁVORA.=

Depois de 21 anos de pesquisa sobre SILVA E OLIVEIRA e TÁVORA, comecei a juntar o fio da meada, quando entendi que os SILVA E OLIVEIRA, começaram a serem promovidos e a prosperar, quando o filho bastardo do Rei Dom José e a MARQUESA NOVA, TEREZA DE TAVÓRA, o BERNARDO JOSÉ DE LORENA, passou a ser o CAPITÃO MOR de MINAS GERAIS e nomeou os irmãos SILVA E OLIVEIRA para altos cargos. BERNARDO JOSÉ DE LORENA, grande amigo do FREI LOURENÇO DO CARAÇA, segundo o velho SAINT HILAIRE.

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Sabemos que logo em seguida à Inconfidência Mineira, D. Maria I que sempre protegera seu irmão BERNARDO JOSÉ DE LORENA, enlouquece de tanto ter pesadelo por seu pai D. JOSÉ I ter matado os Távora. Seu Filho D. João assume o governo e continua protegendo seu tio. Assim BERNARDO JOSE DE LORENA passa a comandar Minas Gerais, depois de brilhante governo na Capitania de São Paulo,  onde construiu a CALÇADA DO LORENA, a estrada mais moderna, na época, em todo o mundo.

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As enciclopédias são tímidas em afirmar que o Rei D. José I teve um filho com a Marquesa nova (Tereza Távora e Lorena) que traiu seu marido e tio Luís Bernardo de Távora, o 4° Marques de Távora, cujos pais eram Lorena e Távora. Logo depois do nascimento do filho, os Távoras tentaram matar o Rei.

Com o apelido Távora banido, o filho do Rei com Tereza se chamou BERNARDO (nome do Marques de Távora) JOSÉ DE LORENA, protegido de sua irmã a Rainha Maria I que o colocou em cargos importantes, idem seu sobrinho D. João VI.

Bernardo José de Lorena governou com brilhantismo São Paulo e depois Minas Gerais. Governou Minas Gerais quando promoveu os irmãos do Capitão Domingos e o mesmo a cargos importantes.  E foi também muito amigo do Frei Lourenço do Caraça.

Quanto ao Frei Lourenço do Caraça que veio para o Brasil (junto com JOÃO DA SILVA DE OLIVEIRA, PAI DO CAPITAO DOMINGOS), e nascido em São João da Pesqueira, onde os Távora são condes, e da família Figueiredo que é muito ligada aos Távora em Pesqueira , o que estou estudando, pesquisando no Centro da História da família, escolheu o nome Lourenço, não tenho dúvida, por ser um santo que morreu queimado, mas especialmente como referência a Lourenço Pires de Távora que também criou um convento.

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VER ABAIXO BIOGRAFIA do Terceiro Marques de Távora (da família Lorena) e de sua irmã Teresa de Távora e Lorena e do Lourenço Pires de Távora.

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ABAIXO, o que não muita gente sabe que D. João VI trouxe para o Brasil, a cópia do Processos dos Távora e que hoje está na Arquivo Nacional.

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Gostaria de pagar esta digitalização, farei quando possível.

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Recebemos do arquivo nacional do rio de janeiro esta mensagem:

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICAARQUIVO NACIONAL Coordenação-Geral de Acesso e Difusão Documental

Coordenação de Atendimento a DistânciaPraça da República, 173 – Prédio A – Nível 0 – Térreo – Sala 1120211-350   Rio de Janeiro- RJ – BrasilTel. (21) 2179-1257, fax (21) [email protected]://www.arquivonacional.gov.br

E-mail AN/COACE/COADI nº 0572/2010(CS)                                        

Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2010.

Ao Senhor

Paulo César de Castro Oliveira                                                          

Assunto: 422-Consulta.

Senhor,

Em atendimento à sua solicitação de 24/02/2010, informo que os 6 volumes do processos dos marqueses de Távora encontram-se microfilmados.

Fundo/Coleção: Negócios de Portugal – Microfilmes  AN 012-98 e AN 013-98

É possível realizar a reprodução destes documentos. O serviço de busca de documentos é gratuito, o serviço de reprodução, porém, será faturado, conforme as  Normas de reprodução e   Tabela de Preços   estabelecidas pela Ordem de Serviço nº 2 / 2007, de 4 de maio de 2007, disponíveis em www.arquivonacional.gov.br ð serviços aos usuários ð Atendimento a Distância ð Normas de Reprodução ðTabela de Preços.

No caso de seu atendimento, este serviço foi calculado de acordo com as seguintes tarifas:

 Valor da cópia em meio digital a partir de microfilme: R$ 0,80 o fotograma (oitenta centavos de real)

 Total de páginas a copiar: 1651

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 Valor total da reprodução: R$ 1320,80 (hum mil trezentos e vinte reais e oitenta centavos)

 Tarifa postal: R$ 15,49 (quinze reais e quarenta e nove centavos)

Total a pagar: R$ 1336,29 ( hum mil trezentos e trinta e seis reais e  vinte e nove  centavos)

Caso seja de seu interesse obter a reprodução destes documentos, segue, em anexo, uma Guia de Recolhimento da União correspondente ao valor acima, que deverá ser impressa e paga em qualquer agência do Banco do Brasil S/A. Após a quitação desta GRU, favor remeter a esta Coordenação uma  cópia do comprovante de pagamento  por Correio Postal, por fax (21) 2179-1302 ou por  [email protected]      A solicitação do serviço de reprodução será então encaminhada ao setor competente.

Atenciosamente,

Antonio Carlos Gonçalves Valerio

coordenador

Cláudia da Silva

técnico responsável pela informação

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http://www.tj.ba.gov.br/publicacoes/volume2/cap8.htm

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Távora (Francisco de Assis de Távora, 3.º marquês de).

n. 7 de Outubro de 1703.f. 13 de Janeiro de 1759.

Tenente-general e vice-rei da Índia.

N. a 7 de Outubro de 1703, sendo filho e herdeiro do 2.º conde de Alvor, Bernardo Filipe Nery de Távora, e de sua mulher D. Joana de Lorena. (V. Alvor). Casou, em 1718, com D. Leonor de Távora, sua prima, filha de Luís Alvares de Távora, 4.º conde de S. João da

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Pesqueira, coronel de infantaria e general de batalha, filho do 2.º marquês de Távora e 4.º conde de S. João da Pesqueira, casado com D. Ana de Lorena, filha do duque de Cadaval, D. Nuno Álvares Pereira de Melo. D. Leonor herdara os títulos de seus pais a avós, sendo a 6.ª condessa de S. João da Pesqueira e a 3.ª marquesa de Távora, títulos que também foram concedidos a seu marido.

Seguindo a carreira militar, o marquês de Távora foi nomeado governador da praça de Chaves, e depois, por D. João V, vice-rei da Índia. Foi este o último vice-rei nomeado por este soberano, e o despacho tem a data de 18 de fevereiro de 1750. A 28 de Março desse ano saiu a barra de Lisboa acompanhado de sua esposa, chegou à Índia a 22 de Setembro, tomando posse do governo que o vice-rei, marquês de Alorna, lhe entregou 5 dias depois. Juntamente com ele fora de Portugal o novo arcebispo D. António Taveira Brum da Silveira. Um ano depois da sua chegada, recebeu-se ali a notícia da morte de D. João V, e o marquês de Távora, depois de mandar celebrar pomposas exéquias em honra do rei falecido, mandou celebrar com grande fausto a aclamação de el-rei D. José, que tão fatal lhe havia de ser e à sua família. O marquês de Távora encontrara os estados da Índia numa época de relativa fluorescência. O seu antecessor, marquês de Alorna, empreendera campanhas bastante felizes contra o Bounsuló e os Mahrattas, e o marquês de Távora seguiu-lhe as pisadas, mandou uma expedição naval contra o pirata Cananja, que infestava os mares próximos de Diu, tomou lhe a fortaleza de Nerbandal e impôs-lhe respeito queimando-lhe os navios que estavam no porto das Galés. Depois declarou guerra ao rei de Sunda, marchou contra ele com uma esquadrilha bastante poderosa, e assumindo o comando das tropas de desembarque, tomou a praça de Piro a as fortalezas de Ximpem e de Conem, e apossando-se também da esquadrilha deste soberano que estava fundeada no rio Carwan. Invadiu depois as províncias de Pondá e de Zambaulim, próximas de Goa, até que o inimigo lhe pediu paz, que o marquês só concedeu depois de obtidas para a coroa portuguesa altíssimas vantagens.

A 18 de Setembro de 1754 chegava de Portugal o seu sucessor conde de Alva, e o marquês de Távora partiu com sua esposa para Lisboa, onde chegou precedido de grande fama, porque as suas vitorias foram contadas em numerosos folhetos, que exaltavam o seu alto valor. Tudo isto fazia com que o marquês viesse da Índia, cheio de orgulho, e que se julgasse agravado por não receber desde logo todas as recompensas que julgava devidas aos seus serviços. Levaria esse despeito a conspirar contra el-rei? Ninguém pode afirmá-lo, e há quem mesmo suspeite que ele não entrou na conspiração do duque de Aveiro. Muito devoto, confessando-se e comungando com extraordinária frequência, muito adepto dos jesuítas, inimigo acirrado da preponderância que Sebastião José de Carvalho e Melo ia assumindo e das suas tendências políticas de nivelamento, o marquês de Távora era naturalmente considerado pelo futuro marquês de Pombal como um dos chefes da oposição dos fidalgos. Quando no dia 3 de Setembro de 1758 se deu a tentativa de regicídio contra D. José, as suspeitas recaíram logo em primeiro lugar no duque de Aveiro, em segundo lugar no marquês e na marquesa de Távora. Contribuíam para isso várias circunstâncias: o

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descontentamento do marquês, que, apesar de ter sido, por morte do marquês de Alorna, nomeado general de cavalaria, não se julgava ainda assim suficientemente remunerado, a sua recente reconciliação com o duque de Aveiro, com quem o marquês e a marquesa andavam desavindos, a sua intimidade com os jesuítas e especialmente com o P. Gabriel Malagrida, e até mesmo as relações amorosas que se dizia existirem entre D. José e a sua nora, e de que se supunha que o marquês estaria agravado, tudo concorria para dar vulto a essas suspeitas. O marquês, apenas teve notícia do crime, correu ao Paço a apresentar ao rei os seus protestos de fidelidade, e a declarar-lhe que a sua espada sairia sempre da bainha em serviço do seu régio amo. Sebastião José de Carvalho, porém, que já fizera circular a notícia de que o incómodo de el-rei provinha não de um ferimento, mas duma queda, respondeu-lhe friamente que el-rei teria na mais alta conta os seus protestos, e que nem outra coisa poderia esperar de tão ilustre família dos Távoras.

Foi no dia 13 de Setembro que se levantou enfim o segredo e que se procedeu à prisão dos suspeitos. O marquês de Távora estava num baile inglês; ao sair do baile soube que havia na cidade grande movimento de tropas, e julgando-se ofendido na sua qualidade de inspector geral da cavalaria por se porem em movimento tropas que estavam debaixo do seu comando sem ser por intermédio seu, dirigiu-se ao Paço a queixar-se da afronta e a perguntar se essa desconsideração envolvia também alguma desconfiança. Sebastião José de Carvalho foi quem o recebeu e lhe disse que depusesse a espada e o bastão, insígnias do seu comando, e se considerasse preso. Obedeceu surpreendido o marquês de Távora, entregou a espada e o bastão a D. Luís da Cunha e ao conde de Soure, e deixou-se conduzir ao pátio dos bichos em Belém, onde já estavam presas outras pessoas da sua família.

O processo que se seguiu mostrou então à evidência a injustiça com que se perseguiam os Távoras. Só quem os acusou foi o duque de Aveiro, que posto a tormentos os denunciou como conspiradores; mas os próprios criados do duque, que nos tormentos acusaram seu amo, e acusaram até os seus parentes, nem por sombras pensaram em denunciar o marquês de Távora, nem no meio dos mais horrorosos tormentos. A nada se atendeu. Não se tratava unicamente de abater o orgulho duma casa fidalga, porque havia outras mais fidalgas e mais orgulhosas ainda, tratava-se sobretudo de punir uns fidalgos que ousavam mostrar-se descontentes com a assiduidade de el-rei junto duma gentil senhora casada pertencente a esta família. Não se julgava ainda assim que se procurasse a todo o custo implicar os Távoras naquele crime, mas o mais provável é que o rei, na ocasião de receber os ferimentos atribui-se aos Távoras o crime, principalmente se, como se dizia, voltava de casa da jovem marquesa. A suspeita de el-rei faria convergir os inquéritos nesse sentido, e as mais leves indicações foram aproveitadas para se incriminarem os marqueses. Parece ser isto o que se deduz da história do processo com o facto, hoje incontestável, da intervenção directa de el-rei D. José na questão dos Távoras. O tribunal de sangue obedeceu às ordens superiores, e a sentença de 12 de Janeiro de 1759 condenava o marquês de Távora a ser exautorado de todas as honras, dignidades e comendas; a ter as canas das pernas e dos braços partidas, a ser depois rodado, e picarem-se as armas da sua

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família em todos os sítios onde estivessem, proibindo-se que houvesse mais quem usasse do apelido de Távora. A sentença foi executada, e assim terminou a existência, no meio dos mais horrorosos martírios, o marquês de Távora, um dos mais ilustres vice-reis da Índia na época da decadência.

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Távora (D. Teresa de Távora e Lorena, marquesa de).

n. 9 de Agosto de 1723.f.

Mulher e tia do marquês de Távora, Luís Bernardo, e irmã mais nova do marquês de Távora, Francisco de Assis.

N. a 9 de Agosto de 1723, e casou com seu sobrinho a 8 de Julho de 1742.

Era uma gentil senhora, ao que parece bastante leviana, e que foi, segundo todas as probabilidades, amante de el-rei D. José, ou que pelo menos lhe aceitava a corte. Diz-se que na noite da tentativa do regicídio, voltava o rei de casa da marquesa, acompanhado pelo seu criado e confidente Pedro Teixeira. Depois do suplício de seu marido e das outras pessoas da sua família, ela nada sofreu, sendo apenas encerrada no convento das freiras do Rato, talvez com a ideia de em breve a soltarem, mas o rei, parece que depressa se esqueceu dela, pois no convento passou o resto da vida, falecendo, segundo se diz, em profunda miséria.

Távora (Lourenço Pires de).

n. 1510.f. 15 de Fevereiro de 1573.

Um dos mais célebres diplomatas portugueses do século XVI.

N. em Almada no ano de 1510, fal. em Caparica a 15 de Fevereiro de 1573. Era filho de Cristóvão de Távora e de D. Francisca de Sousa.

Estreou-se na carreira das armas, militando em Arzila no tempo em que esta praça era comandada por António da Silveira. Em 1535 acompanhou, por ordem de D. João III, o infante D. Luís à expedição de Tunes, e pouco tempo depois entrou na carreira diplomática, sendo enviado a Londres, como embaixador para obter a mão da rainha Maria Tudor para o infante D. Luís, negócio que se malogrou, porque Carlos V, sendo seu filho D. Filipe viúvo, pediu para ele a mão da rainha de Inglaterra, que lhe foi concedida. Partindo para a Índia como capitão-mor das naus do reino no tempo em que governava a Índia D. João

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de Castro, chegou na ocasião em que estava mais acesa a luta em torno das muralhas de Diu, segunda vez sitiada pelos turcos e defendida intrepidamente por D. João de Mascarenhas. Meteu-se numa galeota com uns 40 homens, e foi partilhar os perigos dos sitiados, portando-se com tanto valor que na batalha em que D. João de Castro fez levantar o cerco da fortaleza, foi ele o primeiro que subiu à trincheira.

Voltando a Portugal teve de continuar a série das suas embaixadas, e foi a Viena de Áustria para conseguir que a rainha desistisse de reclamar a saída de Portugal da infanta D. Maria, filha da rainha D. Leonor e do rei D. Manuel, conseguindo efectivamente evitar que essas reclamações fossem por diante. Em 1552 foi a Madrid pedir em casamento para o príncipe D. João, filho de D. João III, a mão da princesa D. Joana, filha de Carlos V, que depois acompanhou a Portugal, quando ela veio desposar o herdeiro do trono. Depois da morte de D. João III foi Lourenço Pires de Távora nomeado pela rainha regente D. Catarina, embaixador a Roma, e encarregado de trabalhar para que o cardeal D. Henrique fosse eleito papa, manobrou com tal habilidade que, por morte de Paulo IV obteve para o príncipe português 15 votos no conclave que afinal elegeu Pio IV, Já trabalhava nesse mesmo sentido quando estava embaixador em Madrid, mas não encontrando apoio nas grandes potências, teve de desistir. O que obteve em compensação para o cardeal D. Henrique foram as honras da legacia em Portugal. Nessa embaixada em Roma, que durou largos anos, não só Lourenço Pires de Távora conseguiu vantagens importantes para a coroa portuguesa, muitas vezes negociadas espontaneamente por ele, sem instruções do seu governo, mas também adquiriu tanta fama de hábil negociador, que Filipe lI lhe pediu que se encarregasse oficialmente de alguns negócios que ele trazia pendentes, e o papa Pio IV pelas suas indicações se guiava na questão da reunião do concilio de Trento, de forma que tão necessário se lhe tornou o embaixador português que a regente, a seu pedido, o reconduziu no cargo, e quando ele afinal partiu, mandou-o Pio IV acompanhar por uma guarda de honra até á fronteira, deu-lhe imensas provas de distinção, a recomendou-o eficazmente ao duque de Urbino e à senhoria de Veneza, cujas terras tinha de atravessar.

Lourenço Pires de Távora chegou a Lisboa, quando estava acesa a luta entre a rainha regente D. Catarina e o cardeal D. Henrique, que pretendia alcançar a regência. O cardeal era protegido vivamente pelos jesuítas a pela corte de

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Roma, e Lourenço Pires de Távora apoiou-o também com todo o seu talento, o seu prestígio e o seu grande conhecimento dos negócios. Lourenço Pires de Távora, efectivamente, não só era afeiçoado ao papa, que apesar de ter sido guerreado por ele no conclave, o enchia de distinções, mas também era grande amigo dos jesuítas, como sucedia a muitos espíritos superiores do seu tempo, que se deixaram deslumbrar pela concepção verdadeiramente grandiosa do fundador da ordem. Lourenço Pires de Távora conseguiu fazer subir ao poder o seu inepto protegido, mas não tardou a arrepender-se. Os jesuítas não tinham trabalhado a favor de D. Henrique, para depois o largarem e deixarem nas mãos de homem de tal valor e de tal energia como Lourenço Pires de Távora. Este apresentou ao cardeal uma Memória sobre os interesses da monarquia, obra excelente que D. Manuel de Meneses publica na suaCrónica de el-rei D. Sebastião, e que era um verdadeiro programa de ministério. A apresentação deste documento foi o sinal da sua queda. Com os jesuítas então nem Lourenço Pires de Távora podia lutar, e o facto de ele os ter protegido nada valia, porque a ingratidão era, pode dizer-se, a primeira das máximas jesuíticas

Em 1564 foi Lourenço Pires de Távora, o grande diplomata, nomeado capitão de Tânger, lugar muito honroso decerto, mas que podia ser facilmente exercido por outro qualquer. Para ali partiu, e ali sustentou um cerco apertado, mostrando nessas procelas de guerra o valor, de que já dera provas 15 anos antes, quando se batera cavalheirescamente em Diu contra os inimigos do nosso domínio. Nessa terra de África fizera as suas primeiras armas, nessa terra de África pode dizer-se que se estreara na carreira diplomática, porque antes ainda de ser enviado a Inglaterra, já estivera como embaixador na corte do soberano de Fez. Em 1566 voltou à corte, mas desiludido e desenganado, retirou-se para Caparica, solar da sua casa, e onde em 1558 fundara um convento de frades capuchos da Arrábida, de que era padroeiro e ali faleceu, sendo enterrado no mesmo convento. Além da Memória já citada, saíram impressos em vários livros muitos dos seus numerosos ofícios, as instruções que deu, quando era embaixador em Roma, a António Pinto que foi como embaixador ao Preste João, e hoje estão publicados também nas várias colecções diplomáticas muitos dos ofícios que ele escreveu de Roma, de Madrid, de Bruxelas, de Londres, onde esteve como embaixador, e de Tânger, de Arzila, etc. onde esteve como capitão.

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Pombal e os Inconfidentes

A Junta da Inconfidência subsistiu, sem nunca ter sido explicitamente regulamentada – e sem que tenhamos ciência certa da sua continuidade, posto que não se conhece registro da sua atividade durante o reinado de D. João V -, até a segunda metade do século XVIII, em que um atentado contra a vida de D. José I lhe proporcionou repentina notoriedade. A agitação – fruto, entre outras razões, da resistência às reformas orientadas pelo Marquês de Pombal e da oposição dos setores que, por causa dele, se viam marginalizados do poder – acumulava-se desde algum tempo atrás. Existiam, como precedentes, o crescente conflito com os jesuítas e a campanha difamatória contra Pombal, em 1756. O ministro agiu rapidamente através da Secretaria de Estado. Os conspiradores foram presos, julgados sumariamente e deportados para Angola.

Um ano depois, no Porto, a concessão à Companhia Geral da Agricultura dos Vinhos do Alto-Douro do monopólio da venda, na cidade, e da exportação para o Brasil originou um movimento popular de proporções. Estimulado pelos taberneiros, um exército de vadios, soldados, rameiras e escravos assaltou a casa do provedor e forçou o corregedor – em ausência do chanceler da Relação -, a decretar a abolição da Companhia. Diante da anormal situação, fixou-se uma alçada, presidida por João Pacheco Pereira de Vasconcelos, do Desembargo do Paço.

A primeira avaliação foi bastante cética quanto ao volume do movimento. O fato foi considerado uma simples “assuada” e teria acabado sem grandes punições se o ministro não resolvesse intervir, invocando às Ordenaçõese classificando o crime como “de lesa-majestade“. A uma consulta da Mesa da Consciência e Ordens, Carvalho respondeu, pessoalmente: “Sua magestade não dá a esse Tribunal, por Sua Real Piedade, o exemplar castigo, que merece o execrando delito de se oppôr ás Reaes Leis de Sua Magestade. O mesmo Senhor Manda, que esta Consulta seja logo queimada, e riscado o Assento da mesma; e lançado no Livro dos Assentos este Aviso, para que em tempo algum os Desembargadores deste, ou outro Tribunal commettão tão enorme delicto. Assim o tenhão entendido e cumpram cegamente, pena de cahirem no Real desagrado de Sua Magestade“.

Foram julgadas 478 pessoas. Trinta e dois homens e quatro mulheres foram absolvidos. Cinco mulheres e vinte homens – entre eles o juiz do povo que, doente, fora conduzido em cadeirinha à cabeça da manifestação – foram condenados à morte. Os restantes sofreram penas variadas, incluindo açoites, degredo e confisco de bens.

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Não parece que, na repressão ao motim do Porto, tomasse intervenção direta a Junta da Inconfidência. A condição de “lesa-majestade” só entrou em pauta quando o processo se encontrava já bastante avançado e, apesar de influenciada pelos setores ligados ao Marquês, a sentença foi emitida e executada pelas instâncias jurídicas normais. Mas o clima de intranquilidade era grande, e não demoraria a assumir características que exigissem o exercício dessa jurisdição especial.

Em 3 de setembro de 1758, o próprio rei, D. José, foi alvejado a tiros de bacamarte, desferidos, em duas tocaias sucessivas, sobre a carruagem do seu sargento mor, Pedro Teixeira, na qual se deslocava ocultamente. As circunstâncias do atentado permaneceram propositalmente indefinidas, abonando a hipótese segundo a qual o rei estaria voltando de uma entrevista amorosa com sua amante, D. Teresa, esposa do Marquês Luis Bernardo de Távora. O fato de a carruagem pertencer ao sargento-mor permitia imaginar que o atentado estivesse dirigido contra ele, que também tinha bastantes inimigos na Corte. Quanto à versão oficial, mais cautelosa, indicava apenas que o rei adoecera durante a noite e precisara ser sangrado.

A ocorrência de um atentado só foi admitida oficialmente três meses depois, ao dar-se ordem de prisão contra os suspeitos. O decreto qualificava o delito de “horrorosíssimo insulto” que ofendia “barbara, e sacrilegamente […] todos os principios mais sagrados dos direitos, Divino, Natural, Civil e Patrio“. Aos delatores, se plebeus, oferecia títulos de nobreza; se nobres, “fóros de Moço Fidalgo, e de Fidalgo Cavalleiro com as competentes moradias“. Aos que já os possuíssem garantia “Titulos de Visconde, ou de Condes conforme a graduação em que se acharem“; a todos, “outras mercês uteis, assim pecuniárias, como os Officios de Justiça e Fazenda, e de bens da Coroa, e Ordens“. Advertia, ainda, contra a “falsa apprehensão de que os Denunciantes são pessoas abjectas“, indicando que “este reparo, que se costuma vulgarmente fazer nas materias que dizem respeito á fazenda[…] não tem lugar nestes crimes de Conjuração contra o Principe Supremo” e que aqueles que “sabendo de semelhantes crimes, os não delatão em tempo opportuno, tem annexas as mesmas penas, e a mesma infamia, a que são condemnados os Réos destes perneciosissimos delictos“.

Mas o decreto era pouco mais do que uma simples formalidade. Todos os principais envolvidos estavam já identificados e foram presos de imediato; antes, provavelmente, de tomarem conhecimento de que eram procurados. Estavam entre eles o Marquês Luis Bernardo; seu irmão, José Maria; seu pai, Francisco de Assis; e seus cunhados, Jerónimo de Ataíde e João de Almeida Portugal. A responsabilidade principal foi atribuída a D. José de Mascarenhas, Duque de Aveiro e Marquês de Gouveia, que foi também detido, junto com seu filho Martinho. Também foi presa a mãe de Luis Bernardo, dona Leonor de Távora, chamada “a Marquesa velha“, por

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contraposição a D. Teresa, “a Marquesa nova“. As outras mulheres da família foram recluídas em conventos, entre elas a própria D. Teresa de Távora.

Dessa vez, a instrução do processo foi presidida, desde o começo, pelo Des. Pedro Gonçalves Cordeiro Pereira, “do Meu Conselho, Desembargador do Paço, Deputado da Mesa da Consciencia, e Ordens, e Chanceler da Casa da Supplicação, que nella serve de Regedor, e a quem tenho nomeado Juiz da Inconfidencia“, secundado pelos Secretários de Estado, Sebastião José de Carvalho e Melo, Luis da Cunha e Tomás da Costa. Em 22 de dezembro, houve sessão plenária na Relação do Porto, onde se resolveu “que o Senhor Chanceler Governador nomeasse logo hum dos Corregedores do Crime, para abrir nesta Cidade huma devassa de Inconfidencia[…] nomeando-se tambem outro Ministro do corpo da Relação, para Escrivão da devassa“. O objetivo aparente era identificar possíveis cúmplices foragidos que “tiverem entrado á quatro meses a esta parte […] tanto nos povos, como nos pórtos de Mar, que comprehendem as duas Provincias da Beira e Minho; e tambem nos pórtos seccos, que confinão com o Reino de Castella“. Seria levado em conta “qualquer indicio […] não despresando qualquer especie de prova […] ainda de testemunhas defectuosas, singulares e socios“.

A Junta da Inconfidência foi constituída oficialmente em 4 de janeiro de 1759, sendo presidida por Cordeiro Pereira, que oficiaria também como relator, e integrada por João Pacheco Pereira de Vasconcelos – o mesmo que julgara o motim do Porto -, João Marques Bacalhau, Manuel Ferreira de Lima, Inácio Ferreira Souto e José António de Oliveira Machado. A publicidade com que foi constituída e a exemplarizadora contundência das suas decisões são claros indícios de como a estrutura do poder mudara desde a época de D. João IV. A junta de D. José não precisava de ocultamentos – a não ser os referentes à honra do próprio rei – e não estava disposta a fazer concessões. Como convinha a um regime absolutista, o castigo deveria ser terrível e inapelável. Apenas dois anos atrás, a França dera exemplo desse critério, supliciando publicamente Damiens, um pobre infeliz que atentara contra a vida de Luis XV com um canivete de aparar penas. Antes de morrer, o condenado foi torturado durante quase duas horas e ainda teve seus ferimentos regados com chumbo derretido.

Se a sentença devia ser pública, o processo, pelo contrário, deveria ser rigorosamente secreto. Foi o que Pombal advertiu expressamente à Junta, poucos dias depois da sua instalação. Atendendo”à suma gravidade e delicadeza dêste importantíssimo negócio“, deveria ser observado no processo “o mais inviolável e melindroso segrêdo“.

Mas a constituição da junta era, também, uma formalidade. A investigação estava pronta e nem mesmo as motivações dos réus podiam ser reveladas. Importava,

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apenas, comprovar a culpabilidade e proferir a sentença, único elemento a ser publicado. O processo, constituído por seis volumes encadernados, permaneceria secreto, chegando a ser dado por perdido até aparecer, em 1920, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Um dos integrantes da junta escreveria, posteriormente, que “tudo o que se continha na sentença estava provado, e purificado de toda a dúvida” porque o próprio rei possuía “provas convincentes“, o que sugere a existência de provas secretas, que não podiam ser dadas à publicação.

Importava a todos demonstrar indubitavelmente a sua fidelidade ao monarca. Antes mesmo de que os réus fossem julgados, a Casa dos Vinte e Quatro, em nome dos procuradores dos mesteres e do povo de Lisboa, pediu que fossem declarados “peregrinos e estrangeiros […] de sorte que ficassem inteiramente separados de um povo tão fiel como o da dita cidade de Lisboa“. A 11 de janeiro, um dia antes de lavrar a sentença, os integrantes da junta pediram autorização para exceder as penas previstas na legislação “porque nem as Leis Pátrias até agora escritas deram, ou podiam dar toda a necessária providência para castigar uma ferocidade tam inaudita“. O rei concordou.

A sentença saiu, pontualmente, no dia 12, e foi executada no dia seguinte, a quatro meses do atentado, a um mês do início oficial das investigações e a apenas oito dias da constituição da Junta. Iniciou o macabro espetáculo a execução de D. Leonor de Távora. Os algozes lhe mostraram demoradamente os instrumentos que deveriam servir para o seu suplício e o do seu marido e filhos. Poupada da tortura “por algumas justas considerações (relevando-a das maiores penas, que por suas culpas merecia)” foi amarrada a um tosco banco e degolada. Também foi atenuada a sentença do seu filho, José Maria, que, antes de ser “massolado” (destroçado a golpes de maça) foi estrangulado sobre a roda que deveria servir para expor o seu cadáver. O mesmo destino tiveram o Conde de Atouguia, o Marquês Luis Bernardo de Távora e três subordinados, envolvidos na conspiração dos seus senhores.

O Marquês velho, Francisco de Assis, condenado a ser “rompido vivo“, ou seja, a sofrer em vida os golpes que quebrariam os seus ossos, enfrentou o suplício com grande coragem. Depois de se ter confessado, beijou a roda a ele destinada, deitou-se nela e se deixou amarrar. “Logo o algôs, pegou em uma massa de ferro que pesava dezoito arráteis, e batendo-lhe a primeira pancada sobre o peito, lhe foi quebrando as oito canas dos braços e das pernas, e ultimamente lhe deu a derradeira no rosto“.

O Duque de Aveiro, identificado como cabeça principal da conspiração e fisicamente participante na tocaia, foi “rodado vivo, deitado sobre a lenha, em que havia de ser queimado, e á vista do alcatrão“. O seu suplício “foi muito mais sensível[…] porque descarregando o algôs, por erro do braço, a primeira pancada

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sôbre o ventre, que devera dar sôbre o peito, para que dilaceradas logo as costelas com o vigor do golpe, quando lhe não tirasse instantâneamente a vida, ao menos, com as potências confusas para sentir menos as fracturas dos ossos, a que sem interrupção se procedia; foi necessário depois dêstes despedaçados, repetir os golpes no peito e cara, para acabar o final alento, dando bem a conhecer, pelos sentidos ais que se lhe ouviam, a violência e tirania que suportava“.

O clímax do espetáculo – minuciosamente planejado em ordem de violência crescente – foi a execução de António Alves, tido como autor dos disparos que atingiram o rei. Foi “queimado vivo, descobrindo-se-lhe os Corpos já mortos acima referidos, que se achavão cobertos“. Foi amarrado a um dos postes que dominavam em altura todo o cadafalso, com o corpo coberto de pedaços de breu e um saco de pez e enxofre preso ao pescoço. O narrador indica, ainda, que a morte foi especialmente lenta pela situação do vento, que soprava do norte, em rajadas. A fumaça não o sufocava e as chamas iam e voltavam, queimando-o lentamente. O terceiro participante da tocaia, José Policarpo, cunhado de António Alves, não pôde ser capturado. Foi queimado em efígie, amarrado ao segundo poste.

Todos os bens dos condenados foram confiscados, os corpos queimados e as cinzas lançadas ao mar, junto com as do próprio cadafalso. As mulheres que não foram executadas foram recluídas em conventos. Vários jesuítas, considerados instigadores da conspiração, foram presos, mas não poderiam ser executados sem que fossem relaxados ao poder secular. Neste caso, os envolvidos eram propriamente religiosos e não membros de ordens militares, de modo que nem mesmo o rei poderia fazer esse relaxamento, que cabia exclusivamente à Santa Sé. Mesmo assim, o episódio seria utilizado como pretexto para concretizar a expulsão da Companhia de Jesus, e o padre Gabriel Malagrida, confessor da Marquesa de Távora e da Condessa de Atouguia, apontado como inspirador do atentado, acabaria condenado à fogueira pelo Santo Ofício, em 20 de setembro de 1761.

=

http://www.novomilenio.inf.br/cubatao/lorenab.htmÚltima modificação em (mês/dia/ano/horário): 09/01/03 22:53:26

Bernardo José Maria de Lorena

D. Maria I, rainha de Portugal

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Há entre os historiadores muita informação desencontrada sobre a vida de Bernardo José Maria de Lorena. Alguns afirmam que ele nasceu em Lisboa no dia 20 de abril de 1758 (outros dizem ter ele nascido em 20/4/1756 em Campo Grande, Portugal), falecendo na capital portuguesa em 1818 (ou no Rio de Janeiro em 1819). Era filho do marquês D. Luís Bernardo de Lorena e Távora e de D. Thereza de Távora. Devido à rivalidade dos Távoras com os então ocupantes do trono real, seu pai foi condenado à morte pelo Marquês de Pombal em 1759, acusado de atentar contra a vida do rei D. José I. Suspeita-se que Bernardo era filho bastardo do rei, sendo por isso que, junto com sua mãe, tenham conseguido escapar, ficando confinados nos conventos de Santos e de Chelas (ambos situados em Portugal). 

Quando D. Maria I subiu ao trono, 19 anos depois (em 1777), Bernardo saiu do convento, ficando em companhia de Dom Nuno Gaspar de Lorena, tenente-general e governador das armas do Alentejo, e sua segunda esposa, D. Maria Ignácia da Silveira, que foram para ele como verdadeiros pais – daí alguns historiadores citarem que o nome completo deste personagem histórico seria na verdade Bernardo José Maria de Lorena e Silveira.

A rainha D. Maria I se interessou pelo jovem fidalgo: devolveu-lhe os bens de família que haviam sido confiscados e o pôs como oficial a seu serviço (mesmo nunca tendo cursado a Academia Militar). Além disso, D. Maria I exilou o Marquês de Pombal e processou os juízes que haviam condenado a família Lorena e Távora. Pouco tempo depois, para evitar que Bernardo se vingasse da morte do pai, mandou-o viajar para França e Inglaterra.

No Brasil – De volta a Lisboa, em 1786, Bernardo recebeu a carta de Conselheiro e foi nomeado, em 19 de agosto desse mesmo ano, governador (cargo então denominado capitão geral) da Capitania de

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São Paulo. Mas, ele só assumiu a função no dia 5 ou 7 de junho de 1788, nela permanecendo até 28 de junho de 1797, quando entregou o cargo a António Manuel de Melo Castro e Mendonça. 

Assumiu então o cargo de governador da Capitania de Minas Gerais, em lugar do Conde de Barbacena, exercendo tal função até 1805 – período em que fundou a cidade de Campanha. Ainda no Brasil, casou-se com D. Marianna Angélica Fortes de Bustamante, que morreu poucos anos depois. 

Bernardo José Maria de Lorena,retratado em azulejos no monumento Padrão do Lorena, na Estrada Velha de SantosGovernador – Foi um grande administrador: são raras entre os historiadores as referências negativas

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à sua administração em São Paulo. Em seu governo, tratou de melhorar tanto os centros urbanos como o interior da província, reformando todos os seus meios de comunicação. 

Entre os melhoramentos que fez na capital paulista, são citados a construção do quartel da cidade, do chafariz do Largo da Misericórdia e da ponte sobre o rio Anhangabaú, o calçamento das ruas, construção do Teatro da Ópera. Mandou fazer o levantamento topográfico da capital paulista e demarcou os limites das capitanias de São Paulo e Minas Gerais, participando ainda da fixação da fronteira com a América Espanhola. Elevou à condição de vila a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, que depois tomou o nome de Lorena.

Ele também acertou as contas da capitania com a Metrópole e equipou as tropas e os regimentos da Infantaria. Atendendo ao desejo da Coroa de fortalecer as atividades comerciais da colônia, Lorena adotou duas medidas que foram responsáveis pelo início do desenvolvimento da economia paulista: estabeleceu o monopólio comercial do porto de Santos e realizou o calçamento do caminho entre São Paulo e Santos na Serra do Cubatão, a Calçada do Lorena.

Calçada – Esse calçamento foi o mais importante dos seus trabalhos. Devido ao aumento do comércio do porto de Santos, em 1790, resolveu construir uma estradaque fosse resistente para resolver o problema do tráfego. Sua iniciativa foi no sentido de favorecer, com melhores condições de transporte, os agricultores do interior paulista. Essa estrada calçada de pedras era em zigue-zague, para vencer o desnível de mais de 800 metros da Serra do Mar, e causou admiração nas pessoas da época, pela qualidade de sua construção. Foi a primeira estrada pavimentada com pedras no Brasil e ficou conhecida como a Calçada de Lorena.Bernardo Lorena, que ganhou o título de Conde de Sarzedas, soube em seu governo montar uma estrutura básica que colocaria São Paulo em posição de destaque no comércio internacional. Soube ainda aproveitar a competência do Real Corpo de Engenheiros de Lisboa para brindar Cubatão com uma importante obra da engenharia colonial, levando assim oantigo povoado e entreposto de comércio ao mais alto estágio de desenvolvimento da época anterior à industrialização.Independência – Segundo o livrete “Lorena e a Estrada da Independência”, que a Prefeitura Municipal de Cubatão editou para comemorar a inauguração da Escola Bernardo José Maria de Lorena, em 19/11/1975, “Lorena aproveitou a vinda de membros do Real Corpo de Engenheiros de Lisboa, que deveriam fazer a demarcação das fronteiras do Brasil, de acordo com os termos do Tratado de Santo Ildefonso, entre Portugal e Espanha. “De todos os oficiais do Real Corpo de Engenheiros enviados ao Brasil, o que maior contribuição deu em

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obras de grande significado para o desenvolvimento da capitania de São Paulo foi o brigadeiro João da Costa Ferreira. Esse oficial, que se destacara nas obras de reconstrução de Lisboa, destruída pelo terremoto de 1755, depois de executar todos os levantamentos topográficos necessários, foi quem realizou o projeto da nova estrada na Serra de Cubatão”.Segundo o arquiteto Benedito Lima de Toledo, que – segundo aquele livrete – apresentou tese de doutoramento à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, “Ferreira propôs algumas soluções técnicas que ainda hoje desafiam a nossa engenharia. Adotou, por exemplo, a solução das valas de empréstimos, utilizada modernamente na construção da Transamazônica”.A Calçada causou grande assombro inclusive a viajantes estrangeiros que por ela transitaram. “Assim – cita o livrete -, em 1808, ao subir pela Calçada do Lorena, o mineralogista e explorador John Mawe escreveu que havia ‘justo motivo de espanto pela realização de uma obra tão cheia de dificuldades’. E Mawe concluía dizendo: ‘Poucas obras públicas, mesmo na Europa, lhe são superiores, e se considerarmos que a região por onde passa é quase desabitada, encarecendo, portanto, muito mais o trabalho, não encontraremos nenhuma, em país algum, tão perfeita, tendo em vista tais desvantagens’.”Gustavo Beyer, que veio da Suécia, em 1813, subiu a Calçada do Lorena e descreveu-a como “obra gigantesca”, afirmando ainda que ela “contribui para dar uma idéia da energia do braasileiro e da sua inclinação para grandes empresas”.A Calçada do Lorena é considerada a verdadeira Estrada da Independência, pois por ela passou D. Pedro I no histórico dia 7 de setembro de 1822. Por esse motivo, o primeiro centenário da Independência do Brasil foi comemorado com a inauguração de um conjunto de monumentos ao longo do Caminho do Mar, pelo então presidente do Estado de São Paulo, Washington Luís.Na obra editada pela Prefeitura de Cubatão é relatado que, durante a cerimônia de inauguração, junto aos monumentos do Cubatão da Serra, Júlio Prestes pronunciou célebre discurso, do qual merece citação o trecho: “(…) por ella (Calçadaa do Lorena), os patriarchas de nossa emancipação política conduziram D.Pedro I, e as trompas da liberdade retroaram na alvorada da nacionalidade, acordando a alma alvoroçada do Brasil ao grito de Independência ou Morte!”.Portugal e Índia – De volta a Portugal, Lorena recebeu o título de 5º Conde de Sarzedas. Ainda foi nomeado Conselheiro de Capa e Espada do Conselho Ultramarino e também deputado da Junta da Administração do Tabaco. Foi condecorado com a Grã-cruz da Ordem de S. Tiago e distingüido como comendador da Ordem de Cristo. 

Em 17 de setembro de 1806 recebeu o cargo de vice-rei da Índia. Entrou na barra de Goa em 27 de maio de 1807, sendo recebido com muito entusiasmo por chegar investido na dignidade de vice-rei, que

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em 1774 tinha sido suprimida pelo marquês de Pombal.

Estavam ainda em Goa mais de 30 mil soldados ingleses que tinham ocupado a cidade sob pretexto de protegê-la contra as pretensões francesas. No governo de Veiga Cabral, antecessor do conde de Sarzedas, eram os ingleses que governavam na prática aquele território. Mas o conde soube mostrar dignidade e força de caráter: em 1º de novembro de 1810 os ingleses começaram a se retirar, e a 2 de abril de 1813 saiu de Goa o último regimento britânico. 0 conde de Sarzedas governou a Índia durante nove anos, período em que também expulsou dali a Inquisição. Entregou o governo ao seu sucessor a 29 de novembro de 1816.

Alguns biógrafos sustentam que, de volta a Portugal, foi preso na Torre do Bugio por ter participado de revoltas contra os ingleses ou de uma conspiração contra o rei D. João VIjunto com alguns nobres que desejavam o trono para o Duque de Cadaval. Após a condenação, teria sido misteriosamente envenenado em 1818. Outros autores afirmam que Bernardo de Lorena voltou ao Brasil e morreu no Rio deJaneiro em 1819.

Brasão do município de LorenaO Brasão da cidade de Lorena evoca os principais fatos da antiga aldeia de Guaypacaré, à margem do Paraíba, junto às roças de Bento Rodrigues, onde os bandeirantes atravessavam o grande rio, em demanda da Mantiqueira e das terras dos Cataguás hoje Minas Gerais. Este fato é simbolizado pela peça principal do escudo: a barca, ao natural, sobre um rio prata, em campo azul. No alto do

brasão, firmados em chefe, aparecem cinco escudetes, dos quais o terceiro se avantaja dos demais. É este o do Conde de Sarzedas, Bernardo José de Lorena, que – sendo capitão general de São Paulo – deu à Guaypacaré o predicamento de Vila, sob o nome de Lorena.Os dois primeiros escudetes (os de destra) trazem a flor de lis e a cruz, atributos da velha heráldica portuguesa, caracterizadores patronímicos Rodrigues e Pereira, que relembram os primeiros povoadores das terras do atual município, Bento Rodrigues e João Almeida Pereira; os dois de senestra rememoram, com as arruelas e a esfera dos escudos dos Castros e Fialhos, a ação civilizadora de povoadores iminentes da região: os capitães-mores Manoel Pereira de Castro e Domingos Antunes Fialho.Do escudo central, brasão do Conde de Sarzedas, pende de uma laçaria e de um anel a cruz heráldica chamada “de Lorena”,

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constituindo as “armas falantes” do município. Como tenentes, à destra um bandeirante com seu gibão de armas característico, armado de arcabuz, e à senestra um soldado da guarda nacional da província de São Paulo em 1842, cuja presença evoca a intervenção vultosa de Lorena, na Revolução Liberal, dominada pelo Barão de Caxias. No listão entrançado de hastes de cana, a principal cultura do município, inscreve-se a divisa: Pro Patriae Magnitudine (Pela maior grandeza da Pátria). Sobre a porta central da coroa mural destaca-se um escudete, com uma flor de lis a evocar que o orago de Lorena é Nossa Senhora.

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5 Respostas to “0 1 caso, processo Távora, e, Bernardo José de Lorena, filho do Rei D. José I de Portugal”

1. Pedro Sousa e Abreu Says: 17 de dezembro de 2014 às 6:13 am | Responder   Editar

Ex.mo Senhor,

muito obrigado por ter disponibilizado estes fundos arquivisticos na internet. gostaria de lhe

perguntar se os volumes em falta serão brevemente disponibilizados também.

com os melhores cumprimentos,

Pedro Sousa e Abreu

o capitaodomingos Says: 18 de dezembro de 2014 às 8:24 am | Responder   Editar

um por mês. vou tentar postar a terceira parte em janeiro ou fevereiro.

2. Pedro Sousa e Abreu Says: 18 de dezembro de 2014 às 9:00 am | Responder   Editar

obrigado pela resposta rápida. será que nas suas pesquisas sobre os documentos constantes

do processo se deparou com alguma informação sobre o que terá acontecido aos filhos de

Mariana Bernarda de Távora e Jerónimo de Ataíde (condes de Atouguia e, respectivamente,

filha e genro de Francisco de Assis e Leonor de Távora, os marqueses velhos)?

melhores cumprimentos,

PSA

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o capitaodomingos Says: 18 de dezembro de 2014 às 11:19 am | Responder   Editar

não. interessante voce dizer isto. já leu a pagina inicial onde escrevo sobre isto/

3. Pedro Sousa e Abreu Says: 19 de dezembro de 2014 às 4:42 am | Responder   Editar

já sim, mas fala quase só do presumível filho de d. josé e da marquesa nova, bernardo josé de

lorena (já agora, este teve descendência aí no Brasil?), aflorando simplesmente a questão dos

filhos dos condes de atouguia. ora é precisamente sobre estes que me interesso e tive

esperança que nos documentos encontrados no Brasil houvesse alguma referência aos

mesmos, nomeadamente relatórios da polícia sobre o seu paradeiro (já mais para o fim do sec.

XVIII, 1770-1790, p.ex.), pois não ficaram para sempre confinados aos conventos onde à força

os internaram. obg, mais uma vez.

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0 1 caso, Família Távora

ATENÇÃO:

EM BREVE POSTAREMOS AQUI a terceira parte das 6 do PROCESSO DA FAMÍLIA TÁVORA:

Leia a principal parte do Processo Távoras, neste PDF:

Excelente estado da cópia fiel do Pocesso Távoras que D. Maria I e o Príncipe D. João trouxeram para o Brasil. Não voltou para Portugal, pois ficou esquecido em uma caixa.

Tudo aconteceu porque o Rei D. José teve um filho, no final de 1758, com a Marquesa Nova de Lorena e Távora.

Pela primeira vez na Internet:

PRIMEIRO VOLUME

 Páginas de AN_012_98

 SEGUNDO VOLUME – Alguma páginas em mau estado. A maioria excelente de se ler. Tem muitos depoimentos, inclusive do Duque do Aveiro.

Páginas de AN_012_98 dois

 

Leia mais sobre nós Silva e Oliveira de Uberaba-MG e os Távora aqui nestas páginas deste site do CAPITÃO DOMINGOS:

www.capitaodomingos.com

0 1 caso, Caso Processo   Távora

0 1 caso, processo Távora, e Bernardo José de   Lorena

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0 1 caso, processo Távora, Frei Lourenço do   Caraça

 

Lenda dos Távoras

“A tradição diz que os irmãos D. Tedo e D. Rausendo, os protagonistas desta lenda, que se terá passado em 1037, eram descendentes de Ramiro II de Leão.

Os corajosos irmãos já há muito tempo tentavam tomar o castelo de Paredes da Beira que estava na posse do emir mouro de Lamego, sem qualquer sucesso. Mas um dia, esgotados todos os outros recursos, D. Tedo e D. Rausendo decidiram usar a astúcia para conseguirem apoderar-se da fortaleza.

Numa manhã do dia de S. João em que os mouros saíam habitualmente do castelo para se banharem nas águas do Távora, os dois irmãos e o seu exército disfarçados de mouros prepararam uma emboscada e entraram no castelo, matando a maior parte mouros que lá tinham ficado.

Avisados por alguns mouros que tinham conseguido fugir do assalto, os mouros que festejavam no rio prepararam-se para voltar ao castelo quando foram atacados no rio por D. Tedo e os seus guerreiros que os dizimaram a todos.

O vale do rio onde se travou a sangrenta luta ficou a ser chamado por Vale D’Amil em lembrança dos mouros que tinham sido mortos aos mil.

A lenda diz que os dois irmãos tomaram a partir da batalha o apelido de Távora, em memória do rio onde se tinha desenrolado a vitória, e adoptaram nas suas armas um golfinho sobre as ondas simbolizando D. Tedo que com o seu cavalo tinha vencido os Mouros nas águas do rio.”

http://www.portuguesefoundation.org/tavoras.pdf

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7669

http://www.portuguesefoundation.org/tavoras.pdf

http://sagatavora.blogspot.com/

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Uma resposta to “0 1 caso, Família Távora”

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1. sergio Says: 3 de abril de 2010 às 8:01 am | Responder   Editar

Se nao me engano a historia data da época de 937.

Na cidade de Guimaraes norte de Portugal onde nasceu este pais. La tem um Castelo, onde se

deu toda a origem da familia.

Sem mais

Sergio

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0 1 Caso Crime Autos do Processo Távora em PDF –

Pela primeira vez publicado os autos do Processo dos Távora online, da Inconfidência dos Távoras, Crime dos távoras em 1759.

ATENÇÃO:

EM BREVE POSTAREMOS AQUI a terceira parte das 6 do PROCESSO DA FAMÍLIA TÁVORA:

Leia a principal parte do Processo Távoras, neste PDF:

Excelente estado da cópia fiel do Pocesso Távoras que D. Maria I e o Príncipe D. João trouxeram para o Brasil. Não voltou para Portugal, pois ficou esquecido em uma caixa.

Tudo aconteceu porque o Rei D. José teve um filho, no final de 1758, com a Marquesa Nova de Lorena e Távora.

Pela primeira vez na Internet:

PRIMEIRO VOLUME

 Páginas de AN_012_98

 SEGUNDO VOLUME – Alguma páginas em mau estado. A maioria excelente de se ler. Tem muitos depoimentos, inclusive do Duque do Aveiro.

Páginas de AN_012_98 dois

 

TERCEIRO VOLUME  preciso de ajuda financeira para comprar a cópia.

E – mail AN/COACE/COADI nº 2768/2015 (PB)

Rio de Janeiro, 23/11/2015.

Ao Senhor,

Paulo César de Castro Silveira.

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Assunto: 422 – consulta.

Prezado Senhor,

Em atendimento à sua solicitação de 13/11/2015, encaminho orçamento da seguinte documentação requisitada:

Fundo/coleção: Negócios de Portugal / Notação: Códice 746, volume 3 / Microfilme: AN 12-98 / PDF: 410 ao 657.

De acordo com o número total de folhas da documentação solicitada (247 folhas), o seu orçamento ficará da seguinte forma:

Cópia em papel A4: R$98,80 (cópias) + R$7,35 (carta registrada).Valor total: R$106,15 (cento e seis reais e quinze centavos);

Cópia digital: R$296,40 (cópias) + R$30,68 (sedex). Valor total: R$327,08 (trezentos e vinte e sete reais e oito centavos).

Para que possamos elaborar a Guia de Recolhimento da União – GRU, com valor correspondente, é necessário que nos informe o seu CPF ou o CNPJ da empresa, assim como a razão social.

Para a verificação integral da tabela de preços e Ordem de Serviço de Reprodução de Documentos, acesse o seguinte endereço eletrônico:

http://www.portalan.arquivonacional.gov.br/media/ARQUIVO%20NACIONAL%20-%20Ordem%20de%20Serviço%20nº%20%20003%20de%2025%20setembro%202013.pdf

http://www.portalan.arquivonacional.gov.br/media/tabela_atualizada_2013setfinal.pdf pdf

O serviço de reprodução será executado pela Coordenação de Preservação do Acervo – COPAC, em até 30 dias úteis, contados a partir da confirmação de pagamento da GRU. Portanto, Vossa Senhoria deverá nos remeter cópia do comprovante de pagamento, por e-mail, Correio ou fax (21) 2179-1302.

Atenciosamente,

Pedro Badini da Costa

técnico responsável pelas informações

 

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MOTIVO DO CRIME.

Pouco citado mas o caso foi de traição. A marquesa nova teve em 1758 um filho BERNARDO JOSÉ DE LORENA com o Rei d. José I. Os Távoras quiseram então matar o Reio como vingança. Alta Traição Lesa Magestade. Este menino foi criado por tios. Foi protegido de sua meia irmã Maria I e de seu sobrinho D. João VI. Foi governador de São Paulo e de Minas Gerais. Faleceu em mais ou menos 1818 não se sabe se no Rio de Janeiro 0u na África. Foi muito amigo do Frei Lourenço do Caraça fugitivo do Caso Távora. Frei Lourenço da Família Figueiredo de São João de Pesqueira onde os Távora são condes, deixou em 1821 seus bens para a Coroa. Há toda uma gratidão dos perseguidos com Dona Maria e Dom João os quais amenizaram a situação deles.

O suplício dos Távoras

A 13 de Janeiro de 1759, há 250 anos, foram executados os acusados de estarem implicados no atentado ao rei D. José I, ocorrido uns meses antes, a 3 de Setembro de 1758.

Após um processo sumário, a sentença final, proferida a 12 de Janeiro de 1759 no Palácio da Ajuda, considerou o veredicto que todos os réus eram, de facto, culpados.

O documento apresenta o patíbulo montado em Belém, no qual foram sacrificados e mortos D. Francisco de Assis de Távora e D. Leonor (marqueses ‘velhos’ de Távora) José Maria de Távora, Luís Bernardo de Távora (filhos dos Marqueses de Távora), D. José de Mascarenhas (duque de Aveiro), D. Jerónimo de Ataíde (conde de Atouguia), Manuel Alvares Ferreira (guarda roupa do duque de Aveiro), Brás José Romeiro (cabo da Esquadra da Companhia do Marquês de Távora), João Miguel (moço de acompanhar o duque de Aveiro) e José Policarpo de Azevedo, queimado figurativamente em estátua, porque andava foragido.

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Veja a descrição deste documento

‘Mapa ou vista do cadafalso em que foram executados os fidalgos que deram os tiros’ no atentado ao rei D. José I. Portugal, Torre do Tombo, Manuscritos da Livraria, nº 1103, f. 447.

Descubra mais na Torre do Tombo…

Processos de administração judicial dos bens sequestrados à Casa de Távora. Portugal, Torre do Tombo, Juízo do Fisco da Inconfidência e dos Ausentes, Casa de Távora, mç 33 a 38.

Autos de averiguação sobre José Policarpo de Azevedo. 1772. Portugal, Torre do Tombo, Documentação de conventos por identificar, cx. 18.

Álbum de ampliações fotográficas extraídas de microfilme de partes do Processo dos Távoras (24 ampliações). Portugal, Torre do Tombo, Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, vol. 37.

‘Os Távoras’. Tragicomédia em quatro actos e prólogo de Carlos Selvagem. 1960. Portugal, Torre do Tombo, Secretariado Nacional de Informação, Direcção Geral dos Serviços de Espectáculos, Processos de censura a peças de teatro, proc. 6214.

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“Exposição lúgubre, desastrada, desumana e cruel morte de D. João de Mascarenhas, que foi Duque de Aveiro, e de outros mais fidalgos compreendidos no crime de lesa magestade, de rebelião e alta traição, contra a preciosa vida do senhor rei D. José I de saudosa memória. Feita por uma testemunha ocular do mesmo facto, que se achou na Praça de Belém no dia da execução. Fielmente copiada do seu original.” 1759. Portugal, Torre do Tombo, Manuscritos da Livraria, nº 2661.

“Colecção sobre a [revisão da] sentença, que em 12 de Janeiro de 1759, se proferiu no Juízo da Inconfidência.” 1780-1783. Portugal, Torre do Tombo, Manuscritos da Livraria, nº 2658.

“Sentença proferida em 12 de Janeiro de 1759 contra do Duque de Aveiro e mais fidalgos que morreram estrangulados na Praça de Belém no dia 13 de Janeiro de 1759.” 17–. Portugal, Torre do Tombo, Manuscritos da Livraria, nº 2333.

“Carta que a Senhora Marquesa de Távora escreveu para seus filhos, estando na Índia.” 1751. Portugal, Torre do Tombo, Manuscritos da Livraria, nº 2226.

LEIA MAIS SOBRE OS TÁVORA, aqui:

NENHUM DELES TÊM CORAGEM DE DIZER QUE BERNARDO JOSÉ DE LORENA É FILHO BASTARDO DO REI DOM JOSÉ E PROTEGIDO DE SUA IRMÃ DONA MARIA I

0 1 caso, Família   Távora

0 1 caso, processo Távora, e Bernardo José de   Lorena

0 1 caso, processo Távora, Frei Lourenço do   Caraça

Uma análise jurídica sobre o “processo dos Távora”

Francisco Carlos Távora de Albuquerque Caixeta

Elaborado em 11/2005

http://jus.uol.com.br/revista/texto/7669/uma-analise-juridica-sobre-o-processo-dos-tavora

No ano de 1758, o rei português D. José I foi vítima de um atentado dentro de seu próprio país. A partir daí, sob a acusação da prática dos crimes de Traição e Lesa-Majestade, procedeu-se uma perseguição a membros de algumas das principais famílias da nobreza de Portugal, especialmente o Duque de Aveiro e o Marquês de Távora. Tal perseguição culminou num julgamento de cunho político repleto de irregularidades jurídicas e numa execução

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bárbara com requintes de crueldade que entrou para a história como “O Processo dos Távora”.

“O Processo dos Távora”, igualmente cognominado de “O Caso dos Távoras” é um episódio histórico muito famoso em Portugal, mas que permanece até os presentes dias cercado de lacunas e pontos obscuros tanto do ponto de vista fático quanto jurídico.

Como se trata de um acontecimento praticamente desconhecido no Brasil e pelo fato de aqui serem residentes e domiciliados vários descendentes das famílias envolvidas nessa tragédia, pareceu-me oportuno escrever a respeito do tema.

A história remonta o ano de 1750, quando El-Rei Nosso Senhor de Portugal, D. João V (tratamento conferido aos reis da época) nomeou D. Francisco de Assis (o Marquês de Távora), para o cargo de Vice-Rei da Índia. Assim, em março daquele ano o Marquês de Távora partiu para a Índia com o intuito de representar a Coroa Portuguesa naquele país, acompanhado de sua esposa D. Leonor Tomásia de Távora [01] (a Marquesa de Távora) e seus filhos Luís Bernardo (o Marquês-novo) e José Maria, deixando em Portugal suas duas filhas casadas e a esposa de Luís Bernardo, Teresa de Távora e Lorena (a Marquesa-nova).

Enquanto D. Francisco de Assis estava em Goa, na Índia, o rei D. João V faleceu, assumindo o trono o até então príncipe D. José (agora El-Rei D.José I).

Ao regressarem a Portugal, após quatro anos de bem sucedido governo de D. Francisco de Assis na Índia, os Marqueses de Távora foram informados por amigos e parentes que a esposa de Luís Bernardo de Távora, D. Teresa de Távora [02] havia se tornado a amante preferida do rei D. José I, e que esse relacionamento amoroso adulterino já era de conhecimento público. Indignada com a situação, D. Leonor passou a pleitear a anulação canônica do casamento de seu filho Luís Bernardo e exigiu que o mesmo não mais convivesse maritalmente com D. Teresa.

A posição radical adotada pela Marquesa de Távora em relação ao casamento do filho mais velho, aborreceu extremamente o rei D. José I, o qual mandou seu principal ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, tentar convencer os Marqueses de Távora de que D. Teresa deveria retomar a vida conjugal normal com o marido Luís Bernardo de Távora. Contudo, os Marqueses se mostraram irredutíveis. Posteriormente, o próprio rei D. José I solicitou pessoalmente a D. Francisco de Assis que fosse relevado o “suposto affair” de D. Teresa com aquele regente em troca de favores e títulos no governo, mas D. Francisco de Assis recusou a proposta do rei, irritando-o mais profundamente ainda.

Pouco tempo depois, em 1º de novembro de 1755, dia de feriado religioso católico português denominado “Dia de Todos os Santos”, a cidade de Lisboa (capital do Império Português) sofreu um terrível terremoto que destruiu casas, igrejas, edifícios e palácios, e que foi sentido

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inclusive em outras cidades do Reino. Não se tratou de mais um dos tantos abalos sísmicos a que os europeus estavam acostumados, mas sim o pior da história do velho continente já registrado. Além do terremoto, Lisboa foi inundada por um grande maremoto e depois ficou ardendo em chamas durante seis dias.

Os membros do clero de Portugal encararam essa catástrofe natural como uma revolta de Deus em relação aos amores adulterinos do rei D. José I e de sua política de governo, da qual era figura fundamental o ministro Carvalho e Melo. Um dos sacerdotes mais exaltados foi o padre Gabriel Malagrida, o qual chegou a escrever um manifesto intitulado “Juízo da Verdadeira Causa do Terremoto” descrevendo o cataclismo como punição divina aos pecados dos governantes do país e profetizando novos desastres se os culpados continuassem a agir daquela forma; o que provocou a ira do rei e do ministro Carvalho e Melo.

É imperioso mencionar que o rei D. José I não gostava de governar e delegava a maioria de seus poderes, principalmente para o seu ministro de confiança Sebastião José de Carvalho e Melo (o qual futuramente foi nomeado Marquês de Pombal [03]). Desse modo, determinados membros da nobreza começaram a se incomodar com o fato de uma pessoa considerada de origem inferior a deles deter cada vez mais poder prestígio e importância no Reino.

Foram nessas circunstâncias que se esboçou um movimento palaciano contestatório, encabeçado pelo desembargador Costa Freire, com o fulcro de derrubar o governo e substituí-lo por outro, a ser constituído por alguns membros da nobreza portuguesa.

Posto isso, em 03 de setembro de 1758, deu-se o incidente que mudou a história. Nessa noite, o rei D. José I saiu secretamente para uma breve visita a sua amante predileta, D. Teresa de Távora. Tanto era secreto esse encontro que alguns dias antes o rei havia decretado luto oficial no país em virtude da morte de sua irmã Maria Bárbara, ex-rainha da Espanha; fato esse que impedia as saídas dos membros da Família Real do Paço que habitavam em Belém, depois do terremoto em Lisboa. Desse modo, o rei não se serviu da carruagem nem da escolta reais.

Ao retornar do encontro com a Marquesa-nova, o monarca tomou a estrada de volta ao Paço, quando por volta das onze e meia da noite, homens encapuzados abriram fogo de clavina e pistola sobre a carruagem que transportava o soberano, ferindo-o no ombro e braço direitos, bem como nas costas. Contudo, o cocheiro conseguiu escapar levando o rei até a casa do Marquês de Angeja [04], na Junqueira, onde permaneceu até o amanhecer, quando regressou ao Paço numa carruagem real e escoltado por um corpo de Dragões.

Depois do ocorrido, o rei D. José I ordenou que o ministro Carvalho e Melo procedesse a uma investigação sobre o atentado [05] com o intuito de apenar os culpados. Sendo assim, o aludido ministro se aproveitou da situação utilizando o atentado sofrido pelo monarca como pretexto para deflagrar um processo de perseguição aos maiores opositores deles (ou seja,

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pessoas contrárias ao rei e ao ministro), culpando e incriminando setores do clero e da nobreza pelos crimes de Traição e Lesa-Majestade.

As principais retaliações sofridas pelo clero foram à queda da Companhia de Jesus, o encarceramento de figuras exponenciais do alto e baixo clero e até mesmo a morte de alguns deles.

Por sua vez, no que tange à nobreza, foi criado expressamente para julgar as pessoas as quais se atribuíam à culpa da tentativa de regicídio um órgão denominado Tribunal da Inconfidência; porém os juízes encarregados do caso jamais lograram provar substancialmente uma inteira e líquida culpabilidade dos réus, pois as provas eram tão fracas e inconsistentes que às vezes nada mais eram do que deduções extraídas do que indivíduos teriam dito ou ouvido pelas ruas, e as confissões obtidas de alguns réus teriam sido conseguidas por intermédio de coação física.

É nesse contexto que deve ser analisada a confissão do Duque de Aveiro, o qual sob tortura chegou a confessar muito mais do que lhe fora perguntado, implicando na conjura todos aqueles que sabia terem caído no desagrado do Rei e de seu todo-poderoso ministro. Por conseguinte, asseverou que o desacato havia sido cometido por instigação dos padres jesuítas, tendo como cúmplices os nobres Marquês de Angeja, o Conde de Avintes, os Condes da Ribeira Grande, Óbidos e São Lourenço, os Marqueses de Távora pai e filho, José Maria de Távora e o Desembargador Costa Freire [06]. Todavia, por ordem do ministro, o conteúdo dessa “confissão” não serviu para incriminar a totalidade das pessoas nele envolvidas, mas apenas as que lhe interessavam.

Ademais, a Marquesa Leonor de Távora nunca esteve presente no Tribunal e sequer foi inquirida pelos juízes, pois nem se sabia que ela estava entre os acusados. De fato, só quando o desembargador Eusébio Tavares de Sequeira (o qual houvera sido incumbido pelo próprio rei de proceder à defesa dos inculpados) requereu a Carvalho e Melo os quesitos do processo e inculpação para redigir tal defesa, é que o ministro lhe comunicou que ela era um dos principais acusados.

Vale ressaltar a incrível celeridade com que ocorreram os derradeiros atos da marcha processual, pois a defesa dos réus foi entregue no dia 11 de janeiro de 1759 às quatro horas da tarde e nesse mesmo dia a Junta conclui os autos e requereu ao rei permissão para agravar as penas previstas em lei. No dia 12, foi concluída a devassa, redigida a sentença, comunicada aos réus e executada na manhã do dia 13.

Destarte, o julgamento em tela foi em tudo contrário às leis e a justiça, mesmo porque consoante o escritor português Luiz Lancastre e Távora [07] há registros de que a sentença já se encontrava previamente lavrada antes mesmo do término do julgamento. Tanto isso é

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verdade que nem os juízes cuidaram em averiguar um único fato alegado pelos réus em sua defesa ou em inquirir uma só testemunha por eles oferecidas.

Não obstante, passa-se, enfim, à parte das sentenças: ao Duque de Aveiro e ao Marquês de Távora pai seria aplicada a pena de serem rompidos em vida, quebrando-lhes os ossos das pernas, braços e peito a golpes de maça, estando seus corpos atados às rodas, após o que seria queimados, sendo as cinzas jogadas ao mar. D. Leonor teria a cabeça decepada à espada pelo carrasco, o qual após expor a cabeça ao povo deveria queimá-la juntamente com o restante do corpo e lançar as cinzas ao mar. O Marquês Luís Bernardo, José Maria Távora e o Conde de Atouguia seriam logo garrotados e só depois quebrados os ossos das pernas e braços, antes de serem seus corpos lançados na mesma fogueira que os predecessores. Pena igual aplicar-se-ia aos criados Manuel Álvares e João Miguel, assim como ao cabo Brás Romeiro. António Álvares e José Policarpo de Azevedo seriam atados em postes altos e queimados em vida, tendo suas cinzas o mesmo destino das dos outros réus. Além disso, todos foram condenados a desnaturazilação de Portugal, exautoração das honras e privilégios da nobreza a que tinham direito e total confisco de bens.

Ademais, no tocante especificamente à família Távora, ficava de futuro proibido o uso do sobrenome Távora; determinava-se que suas armas fossem picadas e raspadas onde quer que se encontrassem; o restante das mulheres deveriam ser separadas dos filhos (os quais ficavam obrigados a professar) e encerradas em conventos; e suas casas arrasadas e salgados os chãos onde se erguiam para eterna lembrança desse castigo.

A execução da sentença ocorreu no sítio de Belém, no chamado Cais Grande, onde se construiu especialmente para tal feito um alto e grande patíbulo [08] todo em madeira sobre o qual se encontravam os postes, as rodas, as aspas e todos os outros apetrechos necessários a sua realização; e onde até hoje existe um pelourinho.

À luz do exposto, percebe-se que todo o processo foi uma farsa, levada a cabo para ocultar, sob uma aparência de legalidade, uma das mais atrozes vinganças pessoais e uma política de governo autocrática e absoluta, constituindo-se “O Processo dos Távora” num ato meramente político e sendo o Tribunal da Inconfidência tão-somente um instrumento da política pombalina.

Alfim, faz-se-mister ressaltar que após a morte do rei D. José I e da saída do Marquês de Pombal do governo português, a nova rainha D. Maria I ordenou que se procedesse a um inquérito sobre a atuação do ex-ministro e consentiu na revisão do processo dos Távora. Nesse sentido, os juízes que examinaram a petição de revisão da sentença condenatória dos Marqueses de Távora, filhos e genro, o Conde de Atouguia, consideraram -lhes inocentes face às provas que haviam sido usadas para incriminá-los; reabilitando-se a Memória da família Távora e devolvendo-se, na medida do possível, os títulos e bens a que tinham direito.

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Notas

01 Leonor Tomásia de Távora e Francisco de Assis eram primos legítimos entre si e tiveram o casamento arranjado desde cedo pelos respectivos pais (como era de praxe na época). Ela era herdeira da Casa dos Távoras e ele era filho do Conde de Alvor. Desse matrimônio nasceram 13 filhos, dos quais 09 pereceram em tenra idade, sobrevivendo só dois homens e duas mulheres, a saber: Mariana Bernarda de Távora (primeiro rebento do casal), Luís Bernardo de Távora (o primeiro filho homem do casal), José Maria de Távora e Leonor de Lorena e Távora.

02 Teresa de Távora e Lorena (a Marquesa-nova) era filha do Conde de Alvor (portanto, irmã de Francisco de Assis) e nasceu com poucos dias de diferença de Luís Bernardo. Assim, em tom de jocosidade, o Conde de Alvor dissera que deveria ficar desde logo aprazado o casamento da tia com o sobrinho legítimo; o que para a desgraça da família realmente viera a se concretizar em 1742.

03 O título de Marquês de Pombal foi instituído em benefício de Sebastião José de Carvalho e Melo por decreto do rei D.José I em 16 de Setembro de 1769.

04 O qual era cunhado do rei D. José I.

05 Na realidade, nunca se descobriram as verdadeiras pessoas nem motivações envolvidas por trás daquele incidente, existindo diversas teorias a respeito. Pessoalmente, filio-me a corrente que sustenta trata-se o atentado ao rei D. José I de uma simples tentativa de assalto, muito comum àquela hora e local.

06 O qual já havia sido castigado há bastante tempo com o desterro para Angola, na África.

07 D. Leonor de Távora. O Tempo da Ira. O Processo dos Távora, 3.ed., Lisboa: Quetzal, 2003. (Livro que serviu de base à redação do presente artigo).

=

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CASA DOS TÁVORAS

A família dos Távoras tem origens antiquíssimas, que alguns estudos genealógicos fazem remontar a um dos filhos de Ramiro II, Rei de Leão. O primeiro Senhor de Távora é Rozendo Hermingues, um nobre hispânico que viveu algures nos finais do século XI, princípios do século XII. O senhorio do morgado de Távora permanece na linha varonil desta casa. O hexaneto de Rozendo Hermingues é Lourenço Pires de Távora (c.1350-?), 8º Senhor de Távora, cavaleiro do Reino de Portugal e Senhor do Minhocal e do Couto de S. Pedro das

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Águias por mercê do Rei D. Pedro I. Diz-se também, embora não haja provas documentais, que foi esta nobre família transmontana a fundadora do Mosteiro de S. Pedro das Águias. O filho primogénito de Lourenço Pires de Távora é Álvaro Pires de Távora (c.1370-?), 1º Senhor do Mogadouro por mercê do Rei D. Fernando I. A família Távora é um dos raros casos de ascendência social constante devido ao desempenho de cargos militares e/ou administrativos do Reino. Tanto que, a 21 de Fevereiro de 1611, o Rei D. Filipe II de Portugal, III de Espanha concedeu a D. Luís Álvares de Távora (c.1590-?), 15º Senhor de Távora e 7º Senhor do Mogadouro, o título de 1º Conde de São João da Pesqueira.

D. Luís Álvares de Távora (1634-?), 3º Conde de São João da Pesqueira, foi elevado a 1º Marquês de Távora a 8 de Agosto de 1669 pelo príncipe herdeiro e Regente do Reino D. Pedro, futuro D. Pedro II, em nome do Rei D. Afonso VI.

O irmão mais novo do 1º Marquês de Távora, D. Francisco de Távora, foi elevado a 1º Conde de Alvor por carta régia de 4 de Fevereiro de 1683 passada pelo Rei D. Pedro II. A nomeação deveu-se a serviços prestados por ele na Índia, onde foi o 33º Vice-Rei da Índia entre 1681 e 1686. As duas linhas uniram-se pelo matrimónio de D. Leonor de Távora (1700-1759), 3ª Marquesa de Távora, com D. Francisco de Assis e Távora (1703-1759), 3º Conde de Alvor.

Os Marqueses de Távora tornaram-se figuras mais relevantes do Reino, pois alianças matrimoniais da família os uniram aos Condes de Atouguia, os Marqueses de Alorna, os Condes da Ribeira Grande, os Condes de Vila Nova, os Duques de Aveiro e os Duques do Cadaval.

D. Francisco Assis de Távora, 3º Conde de Alvor e 3º Marquês de Távora, foi nomeado em 1750 pelo Rei D. João V 45º Vice-Rei da Índia, sucedendo no cargo ao seu compadre D. Pedro de Almeida Portugal, conde de Assumar e 1º Marquês de Alorna

Já no reinado de D. José I as relações entre esta Casa nobiliárquica e a Coroa agravaram-se, essencialmente, por três motivos: a falta de reconhecimento por parte do Rei ao 3º Marquês de Távora pelos serviços prestados na Índia, onde os marqueses tiveram de empenhar o que tinham e o que não tinham para sustentar o Governo do Império do Oriente; o facto de Sebastião José de Carvalho e Mello, membro da baixa nobreza, ser o novo valido do Rei como conde de Oeiras e futuro Marquês de Pombal; e, por fim, os amores ilícitos entre D. José I e D. Teresa de Távora e Lorena, irmã do 3º Conde de Alvor e esposa de seu sobrinho D. Luís Bernardo de Távora, o Marquês Novo.

Quando em Setembro de 1758 o Rei D. José I sofreu um atentado, o Primeiro-Ministro Carvalho e Mello aproveita a situação para culpabilizar a alta nobreza e assim diminuir-lhe o poder, parte da sua estratégia para a centralização do poder. O Processo dos Távoras, como ficou conhecido, ainda é um tema controverso e não se pode ter a certeza se realmente a

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alta nobreza fora culpada do atentado. Contudo, uma coisa é clara: Sebastião José de Carvalho e Mello queria que fosse.

Os Távoras, devido à sua animosidade para com Sua Majestade, foram culpabilizados, julgados e condenados. Em 1759 os Marqueses Velhos, o Marquês Novo, o Conde da Atouguia, D. José Maria de Távora e o Duque de Aveiro subiram ao cadafalso e foram executados por crime de lesa-majestade. As mulheres, as crianças e os demais homens da família foram encarcerados em conventos e mosteiros separados, obrigados a professar. Os bens das Casas de Távora, Atouguia, Alorna, Aveiro e Vila Nova passaram para a Coroa, as armas dos Távoras foram picadas e o uso do apelido Távora foi interdito. Quando D. Maria I subiu ao trono reabilitou os membros da família, restituindo-lhes os títulos, mas nunca teve coragem para declarar inválida a decisão de seu pai D. José I.

A representação da varonia desta Casa encontra-se na Casa dos Condes de São Vicente, para a qual em 1768 passou o morgado Távora e demais bens, como por exemplo o Paço dos Távoras em Mirandela.

O actual representante activo da varonia da Casa de Távora é o 10º Conde de São Vicente, D. José Maria Carlos da Cunha Silveira e Lorena.

Alguns ramos desta ilustre casa senhorial sobreviveram com outros apelidos de família como Cunha Silveira e Lorena, Lencastre, Mascarenhas e Câmara. A chefia da Casa de Távora é simbolicamente representada por D. Fernando José Fernandes Costa Mascarenhas, 9º Marquês de Alorna.

PROCESSO DOS TÁVORAS

O Processo dos Távoras refere-se a um escândalo político português do século XVIII. Os acontecimentos foram desencadeados pela tentativa de assassinato do Rei D. José I em 1758, e culminaram na execução pública de toda a família Távora e dos seus parentes próximos em 1759. Alguns historiadores interpretam o assunto como uma tentativa do primeiro-ministro Sebastião de Melo (Marquês de Pombal) de limitar os poderes crescentes de famílias da alta nobreza.

No seguimento do terramoto de Lisboa de 1 de Novembro de 1755, que destruiu o palácio real, o rei D. José I vivia num grande complexo de tendas e barracas instaladas na Ajuda, às saídas da cidade. Este era o presente centro da vida política e social portuguesa.

Apesar de constituírem acomodações pouco espectaculares, as tendas da Ajuda eram o centro de uma corte tão glamorosa e rica como a de Versalhes de Luís XV de França. O rei vivia rodeado pela sua equipa administrativa, liderada pelo primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, e pelos seus nobres. O primeiro-ministro era um homem severo, filho de um fidalgo de província, com algum rancor para com a velha nobreza, que o desprezava.

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Desavenças entre ele e os nobres eram frequentes e toleradas pelo rei, que confiava em Sebastião de Melo pela sua liderança competente após o terramoto.

D. José I era casado com Mariana Vitoria de Borbón, princesa espanhola, e tinha 4 filhas. Apesar de ter uma vida familiar alegre, (o rei adorava as filhas e apreciava brincar com elas e levá-las em passeio), D. José I tinha uma amante: Teresa Leonor, mulher de Luís Bernardo, herdeiro da família de Távora.

A Marquesa Leonor de Távora e o seu marido Francisco Assis, conde de Alvor (e antigo vice-rei da Índia), eram as cabeças de uma das famílias mais poderosas do reino, ligadas às casas de Aveiro, Cadaval, São Vicente e de Alorna. Eram também inimigos cerrados de Sebastião de Melo. Leonor de Távora era uma mulher política, preocupada com os negócios do Reino, entregue a seu ver a um novo-rico sem educação. Ela era também uma devota católica, com forte afiliação aos jesuítas, tendo como confessor um deles, Gabriel Malagrida.

Na noite de 3 de Setembro de 1758, D. José I seguia incógnito numa carruagem que percorria uma rua secundária nos arredores de Lisboa. O rei regressava para as tendas da Ajuda de uma noite com a amante. Pelo caminho, a carruagem foi interceptada por três homens, que dispararam sobre os ocupantes. D. José I foi ferido num braço, o seu condutor também ficou ferido gravemente, mas ambos sobreviveram e regressaram à Ajuda.

Sebastião de Melo tomou o controle imediato da situação. Mantendo em segredo o ataque e os ferimentos do rei, ele efectuou julgamento rápido. Poucos dias depois, dois homens foram presos e torturados. Os homens confessaram a culpa e que tinham tido ordens da família dos Távoras, que estavam a conspirar pôr o duque de Aveiro, José Mascarenhas, no trono. Ambos foram enforcados no dia seguinte, mesmo antes da tentativa de regicídio ter sido tornada pública. Nas semanas que se seguem, a marquesa Leonor de Távora, o seu marido, o conde de Alvor, todos os seus filhos, filhas e netos foram encarcerados. Os conspiradores, o duque de Aveiro e os genros dos Távoras, o marquês de Alorna e o conde de Atouguia foram presos com as suas famílias. Gabriel Malagrida, o jesuíta confessor de Leonor de Távora foi igualmente preso.

Foram todos acusados de alta traição e de regicídio. As provas apresentadas em tribunal eram simples: a) As confissões dos assassinos executados, b)  A arma do crime pertencia ao duque de Aveiro e c) O facto de apenas os Távoras poderem ter sabido dos afazeres do rei nessa noite, uma vez que ele regressava de uma ligação com Teresa de Távora, presa com os outros. Os Távoras negaram todas as acusações mas foram condenados à morte. Os seus bens foram confiscados pela coroa, o seu nome apagado da nobreza e os brasões familiares foram proibidos. A varonia Távora e morgadio foram então transferidos para a casa dos condes de São Vicente.

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A sentença ordenou a execução de todos, incluindo mulheres e crianças. Apenas as intervenções da Rainha Mariana e de Maria Francisca, a herdeira do trono, salvaram a maioria deles. A marquesa, porém, não seria poupada. Ela e outros acusados que tinham sido sentenciados à morte foram torturados e executados publicamente em 13 de Janeiro de 1759 num descampado perto de Lisboa. A execução foi violenta mesmo para a época, as canas das mãos e dos pés dos condenados foram partidas com paus e as suas cabeças decapitadas e depois os restos dos corpos queimados e as cinzas deitadas ao rio Tejo. O rei esteve presente, juntamente com a sua corte, absolutamente desnorteada. Os Távoras eram seus semelhantes, mas o rei quis que a lição fosse aprendida e para que nunca mais a nobreza se rebelasse contra a autoridade régia.

O palácio do Duque de Aveiro, em Belém, Lisboa foi demolido e o terreno salgado, simbolicamente, para que nunca mais nada ali crescesse. No local, hoje chamado Beco do Chão Salgado, existe um marco alusivo ao acontecimento mandado erigir por D. José com uma lápide que pode ser lida. As armas da família Távora foram picadas e o nome Távora foi mesmo proibido de ser citado.

Gabriel Malagrida foi queimado vivo alguns dias depois e a ordem dos jesuítas declarada ilegal. Todos as suas propriedades foram confiscadas e os jesuítas expulsos do território português, na Europa e no Ultramar (o filme “A missão” retrata a expulsão de uma comunidade jesuíta da floresta brasileira). A família Alorna e as filhas do Duque de Aveiro foram condenadas a prisão perpétua em mosteiros e conventos.

Sebastião de Melo foi feito Conde de Oeiras pelo seu tratamento competente do caso, e posteriormente, em 1770, obteve o título de Marquês de Pombal, o nome pelo qual é conhecido hoje.

A culpa ou inocência dos Távoras é ainda debatida hoje por historiadores portugueses. Por um lado, as más relações entre a alta nobreza e o rei estão bem documentadas. A falta de um herdeiro masculino ao trono era motivo de desagrado para muitos, e o Duque de Aveiro era de facto uma opção.

Por outro lado, alguns referem uma coincidência: com a condenação dos Távoras e dos Jesuítas, desapareceram os inimigos de Sebastião de Melo e a nobreza foi domada. Adicionalmente, os acusados Távoras argumentaram que a tentativa de assassínio de D. José I teria sido um assalto comum, uma vez que o rei viajava sem guarda nem sinais de distinção numa perigosa rua de Lisboa.

Outra pista de suposta inocência é o facto de nenhum dos Távoras ou familiares terem tentado escapar de Portugal nos dias que se seguiram ao atentado. Culpados ou não, as execuções dos Távoras foram um acontecimento devastador para Portugal. Numa altura em que a pena de morte já estava em desuso, a execução de uma família prestigiada constituiu

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um choque. A futura rainha Dona Maria I ficou tão afectada pelos eventos que aboliu a pena de morte (excepto em estado de guerra) tão cedo como pode, quando chegou ao trono. Portugal terá sido um dos primeiros países do mundo a fazê-lo.

O desprezo da rainha pelo primeiro-ministro de seu pai foi absoluto. Ela removeu-lhe todos os poderes e expulsou-o de Lisboa. Foi emitido um decreto proibindo a sua presença a uma distância inferior a 20 milhas da capital.

 

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Uma resposta to “0 1 Caso Crime Autos do Processo Távora em PDF –”

1. Clovis Pena Says: 4 de agosto de 2011 às 7:27 pm | Responder   Editar

Onde posso consultar sobre os descendentes do Marquês de Pombal no Brasil ?

Grato. [email protected]

Clovis Manoel Pena

Curitiba – Brasil