cpp alteracoes 2008 - roteiro juri - jefferson zanini

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CPP alterações

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    ROTEIRO PRTICO DO JRI (De acordo com a Lei n. 11.689/08)

    Autor: Renato Mller Bratti Atualizador: Jefferson Zanini

    Juzes de Direito em Santa Catarina

    Toque da campainha.

    1. Declaro iniciados os trabalhos preparatrios da ____________ sesso do Tribunal Popular do Jri da Comarca de _______________ no corrente ano.

    Verificao da existncia, na urna, das cdulas com os nomes dos vinte e cinco jurados sorteados para a sesso peridica (art. 462).

    2. Determino que as testemunhas sejam recolhidas em lugar que umas no possam ouvir os depoimentos das outras (art. 460).

    3. Diante da ausncia das testemunhas ________________________ que, devidamente intimadas,

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    no se fizeram presentes e nem apresentaram qualquer justificativa, aplico-lhes a multa de um salrio mnimo.

    A multa pode ser de at dez (10) salrios mnimos, sem prejuzo da ao penal pela desobedincia (art. 458). A falta de qualquer testemunha no ser motivo para adiamento, salvo se uma das partes tiver requerido sua intimao declarando no prescindir do depoimento e indicar a sua localizao (art. 461). Se a testemunha declarada imprescindvel for intimada e no comparecer, o Juiz Presidente suspender os trabalhos e mandar conduzi-la ou adiar o julgamento para o primeiro dia desimpedido, ordenando sua conduo (art. 461, 1). O julgamento ser realizado mesmo na hiptese de a testemunha no ser encontrada no local indicado, se assim for certificado por Oficial de Justia (art. 461, 2).

    4. Proceda o senhor Escrivo a chamada nominal dos jurados (art. 462).

    5. Tendo comparecido o nmero suficiente de jurados (15), declaro instalada a sesso (art. 463).

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    Se no comparecerem pelo menos 15 jurados, o Juiz designar nova data para a sesso, fazendo sorteio dos jurados suplentes (art. 464).

    6. Aos jurados faltosos:

    ____________________________

    ____________________________

    que no justificaram a falta com causa legtima, aplico a multa de um salrio mnimo (art. 442).

    Somente sero aceitas as escusas fundadas em motivo relevante, devidamente comprovado, e apresentadas at o momento da chamada, salvo caso de fora maior (art. 443). A dispensa de jurados dever ser consignada na ata e ser devidamente fundamentada (art. 444).

    7. Tendo ocorrido a falta de ______ jurados, procederei ao sorteio de jurados suplentes que devero ser notificados para comparecerem prxima sesso (art. 464).

    O sorteio das cdulas dever ser feito pelo Juiz, das existentes na urna maior.

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    8. Ser submetido a julgamento o processo em que autor o Ministrio Pblico do Estado de Santa Catarina, por seu Promotor de Justia, e ru ____________________________, pronunciado como incurso nas sanes do art. 121, _________________ do Cdigo Penal, tendo como vtima ________________________.

    Apregoe o senhor Oficial de Justia as partes.

    Dever ser providenciada a juntada do termo de prego ou ser lavrada certido do ato (art. 463, 1).

    9. A seguir, procederei ao sorteio dos sete (7) jurados que formaro o Conselho de Sentena (art. 467).

    Ao serem chamados, queiram os senhores jurados tomarem assento no local destinado ao Egrgio Conselho de Sentena.

    Advirto-os, porm, que no podero servir no mesmo conselho, por impedimento (art. 466):

    marido e mulher, companheiro e companheira, ascendente e descendente, sogro e genro ou nora, irmos, cunhados durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado (art. 448).

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    Tambm no podero servir, desta feita por suspeio:

    os jurados que tiverem parentesco com o Juiz, com o Promotor, com o Advogado, com o ru ou com a vtima; que forem amigos ntimos ou inimigos capitais do acusado ou da vtima; que tenham atuado como testemunha neste processo (art. 252).

    Por fim, no podero servir, por incompatibilidade:

    os jurados que tiverem funcionado em julgamento anterior do mesmo processo; que tiverem integrado o conselho de sentena que tenha julgado o outro acusado; que tenha manifestado prvia disposio para condenar ou absolver o acusado (art. 449).

    Advirto-os, ainda, que depois de sorteados, os jurados no podero comunicar-se com outrem, nem manifestar sua opinio sobre o processo, sob pena de excluso do conselho de sentena e aplicao de multa (art. 466, 1).

    Os jurados que estiverem em qualquer das circunstncias das quais foram advertidos, devero manifestar seu impedimento, suspeio ou incompatibilidade ao serem chamados.

    10. Convido a acusao e a defesa para o sorteio dos jurados que formaro o Conselho de Sentena.

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    O Juiz vai tirando as cdulas da urna, mostra ao defensor e depois ao Promotor de Justia para evitar constrangimentos, e em seguida procede a leitura em voz alta.

    A defesa, e depois dela, a acusao, podero recusar os jurados sorteados, at trs cada uma, sem dar os motivos da recusa (art. 468). Se forem dois ou mais os acusados os defensores podero incumbir um deles para as recusas (art. 469). Se em razo das recusas no for obtido o nmero mnimo de sete (7) jurados ocorrer a separao do julgamento, mantendo-se a sesso em relao ao autor ou, em caso de co-autoria, aplicar-se- o critrio de preferncia disposto no artigo 429 do CPP (art. 469, 1 e 2).

    11. Solicito a todos a se levantarem para exortao e compromisso dos jurados.

    Senhores Jurados: em nome da Lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa deciso de acordo com a vossa conscincia e os ditames da justia.

    Ao serem chamados nominalmente, os senhores e senhoras devero responder: assim o prometo (art. 472).

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    12. Queira senhor escrivo colher a assinatura do senhores jurados no termo de compromisso (art. 473).

    Dever ser fornecido aos jurados cpia da sentena de pronncia, do acrdo, se houver, e do relatrio do processo (art. 472, pargrafo nico).

    13. Aos jurados que compareceram e no foram sorteados, dispenso-vos dos trabalhos, no sem antes agradec-los pelo pronto atendimento convocao, convidando-os para assistirem sesso, se assim desejarem.

    14. Neste momento ser iniciada a instruo plenria, com a inquirio das testemunhas arroladas pela acusao (art. 473).

    Reperguntas testemunha, nesta ordem, pelo Ministrio Pblico, pelo defensor e pelos jurados. O Ministrio Pblico e o defensor podero formular perguntas diretamente testemunha, enquanto que os jurados devero elaborar questionamento por intermdio do Juiz Presidente (art. 473, 2). Terminada a inquirio, deve a testemunha aguardar para ver se haver necessidade de acareao ou reinquirio (arts. 473, 3, e 474, 4).

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    15. Agora, sero inquiridas as testemunhas arroladas pela defesa.

    Reperguntas testemunha, nesta ordem, pelo defensor, pelo Ministrio Pblico e pelos jurados. Terminada a inquirio, deve a testemunha aguardar para ver se haver necessidade de acareao ou reinquirio (arts. 473, 3, e 476, 4).

    16. Tendo findado a inquirio, indago s partes e jurados se pretendem reinquirir as testemunhas aps os debates (art. 476, 4), ou se tem interesse na acareao entre as mesmas. Indago, ainda, se possuem outras provas a produzir, bem como se possuem interesse na leitura de peas que se refiram, exclusivamente, s provas colhidas por carta precatria e s provas cautelares (art. 473, 3).

    Se a acusao e a defesa, desde j, se manifestarem pela desnecessidade, as testemunhas podero ser dispensadas.

    17. Acareaes, reconhecimento de pessoas e coisas e esclarecimento dos peritos, bem como a leitura de peas que se refiram, exclusivamente, s provas colhidas por carta precatria e s provas cautelares (art. 473, 4).

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    18. A seguir, ser o acusado interrogado (art. 474).

    Queira o ru se postar diante da Tribuna.

    No ser admitido o uso de algemas, salvo se absolutamente necessrio ordem dos trabalhos, segurana das testemunhas ou garantia da integridade fsica dos presentes art. 474, 3.

    Advirto o senhor de que no est obrigado a responder sobre aquilo que lhe for perguntado, podendo, se assim o desejar, permanecer calado sem que desse silncio resulte algum prejuzo sua defesa (art. 186).

    O Juiz ler a denncia para o ru e, aps, far o seu interrogatrio (art. 186). O Ministrio Pblico, o assistente e o defensor, nessa ordem, podero formular, diretamente, perguntas ao acusado (art. 474, 1). Os jurados formularo perguntas por intermdio do Juiz Presidente (art. 474, 2)

    19. A instruo est encerrada (art. 476).

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    20. Passaremos, agora, ao incio dos debates, pelo que a palavra concedida ao doutor Promotor de Justia pelo tempo de uma hora e meia - duas horas e meia se houver mais de um ru (art. 477, caput, e 2).

    Cientifico aos jurados que podero a qualquer momento, por intermdio do Juiz Presidente, pedir ao orador que indique a folha dos autos onde se encontra a pea por ele lida ou citada (art. 480).

    Advirto o orador de que no poder, sob pena de nulidade, fazer referncias, como argumento de autoridade: pronncia; ao acrdo, se houver; determinao para uso de algemas; ou ao silncio do acusado ou ausncia ao julgamento (art. 478).

    21. A seguir, concedo a palavra ao defensor do ru, para defesa, pelo tempo de uma hora e meia - duas horas e meia se houver mais de um ru (art. 477, caput, e 2).

    22. Consulto o Dr. Promotor de Justia se pretende replicar (art. 476, 4) .

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    23. Reinquirio das testemunhas, se for o caso (art. 476, 4) e estas no tiverem sido dispensadas pelas partes.

    24. Concedo a palavra acusao para a rplica, pelo tempo de uma hora (art. 477, caput) - duas horas se houver mais de um ru (art. 477, 2).

    25. Concedo a palavra defesa para a trplica, pelo tempo de uma hora (art. 477, caput) - duas horas se houver mais de um ru (art. 477, 2).

    26. Indago os senhores jurados se esto habilitados a julgar a causa ou se necessitam de mais esclarecimentos (art. 480, 1).

    Se houver dvida sobre questo de fato, o Juiz Presidente prestar esclarecimentos vista dos autos (art. 480, 2).

    27. Os quesitos a serem respondidos pelos jurados so os seguintes:

    O Juiz ler os quesitos j elaborados, dando a significao legal de cada um (art. 484, caput, e pargrafo nico).

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    28. Indago se as partes tem algum requerimento ou reclamao a fazer, sobre os quesitos (art. 484)

    Constar da ata as reclamaes ou requerimentos.

    29. Proceder-se- o julgamento, para o que convindo os jurados, o Ministrio Pblico, o Defensor, o Escrivo e os Oficiais de Justia na se dirigirem sala secreta (art. 485).

    Durante o julgamento o Juiz Presidente, para que seja preservado o sigilo, encerrar a votao quando houver a resposta negativa de mais de trs (3) jurados, anotando no termo as cdulas no utilizadas (arts. 483, 1, 4 88, pargrafo nico).

    30. Agradeo aos senhores jurados a presena e o cumprimento do dever, ficando encerrada a incomunicabilidade.

    Encerrada a votao o termo de quesitao ser assinado pelo Juiz Presidente, pelos jurados e pelas partes (art. 491).

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    Lavratura da sentena.

    31. Convido a todos a se levantarem para a leitura da sentena (art. 493).

    32. Consulto as partes se pretendem fazer uso da palavra.

    33. Agradecimentos.

    34. Declaro encerrada a sesso.