Coprodução do Controle e Accountability Social:

panorama de iniciativas e tendências (parte II)

Paula Chies Schommer

Estágios da Incorporção da Accountability na Cultura Política

Brasileira

Sociedade

Governo

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Sociedade

Governo

Accountability tradicional Accountability transversal

Governo

Sociedade

Accountability sistêmica Accountability difusa

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Fonte: Schommer et al. (2014)

“Quando dissociado de quaisquer esforços sistemáticos para promover o alcance efetivo dos valores desejados, a accountability torna-se um pretexto sutil para a inação, um valor “apenas de domingo”, reconhecido mecanicamente como uma forma mundana de protestos meramente verbais.” (ETZIONI, 2009, p. 288)

Valores e Instrumentos

Iniciativas governamentais, multilaterais, empresariais, sociais

Iniciativas com foco em cidades

Observatórios Sociais Rede OSB

Exercício da cidadania.Organizações da sociedade civil:

para a melhoria da gestão pública.

Em favor da transparência e da qualidade na aplicação dos recursos públicos.

Monitoramento de compras públicas.Educação para a cidadania fiscal.

Ministério Público

Tribunal de Contas

Câmara Vereadores

Controle Interno

Observatórios Sociais

O Sistema de Controle no Âmbito Local

Coprodução do Controle em Itajaí

RecursosPoder para obter certas informações e torná-las

disponíveis aos envolvidosSuporte institucional às demandas do

ObservatórioPoder para inquirir testemunhas

Capacidade para adotar procedimentos legais para levar casos ao Judiciário

RecursosPessoas disponíveis para monitorar todos os

passos das compras públicasConhecimento sobre compras e preços

praticados no mercadoSistema para monitoramento de licitações

disponibilizado pela Rede OSBInfraestrutura e flexibilidade para coletar

evidências de possíveis ilegalidades (fotos...)

Produtos ou ServiçosInvestigações complementares

Ações civis públicas ao Judiciário

Produtos ou ServiçosProcessos baseados em informações mais

qualificadas em situações em que há suspeitas de ilegalidade

CoproduçãoControle mais efetivo,

Compras e aplicação de recursos públicos mais qualificados

Ministério Público Observatório Social de Itajaí

Tensões criativasDiversidade de possibilidades, interações e repertórios em torno de propósitos comuns.Potencial dos diversos interessados e envolvidos nas variadas formas de se construir accountability.Transparência e controle para quê? Informação a serviço do interesse público, não do controle pelo controle; como podem ser úteis para construir cotidianamente uma vida boa para todos? Das regras e instrumentos “assustadores”, inibidores e fundados em desconfiança no outro para regras e instrumentos que convidam ao engajamento, que abrem caminhos, que são simples e se baseiam na confiança mútua.Poucas regras, que sejam cumpridas; menos controle formal, mais controle cidadão, pelos envolvidos, controle democrático, contextualizado (accountability complexa e contextualizada, situada, localizada).

REFERÊNCIASABRUCIO, Fernando L.; LOUREIRO, Maria R. Finanças públicas, democracia e accountability. In: ARVATE, P. R.; BIDERMAN, C. Economia do setor público no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier; Campus, 2005. p. 75-102. FOX, Jonathan. Social accountability: what does the evidence really say? Global Partnership for Social Accountability. GPSA Working papers series, Washington, n.1, sep. 2014. Disponível em: <http://gpsaknowledge.org/knowledge-repository/social-accountability-what-does-the-evidence-really-say-2/#.VWDegk9VhBc>. Acesso: 23 maio 2015. HEIDEMANN, Francisco G. Ética de responsabilidade: sensibilidade e correspondência a promessas e expectativas contratadas. In: HEIDEMANN, Francisco G.; SALM, José F. (Org.). Políticas públicas e desenvolvimento: bases epistemológicas e modelos de análise. Brasília, DF: UnB, 2009. p. 301-309.

HERNANDEZ, Andres; CUADROS, Diana. Iniciativas de transparência y accountability en America Latina: naturaleza, tipológía e incidência en la democracia y el desarollo In: PINHEIRO, Daniel; MELO, Danilo; COSTA, João (Org.). Democracia: desafios, oportunidades e tendências. Florianópolis: Imaginar o Brasil, 2014. p. 226-270. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/0B6dymYHDfMNzakQyRkVlaVVGWXc/view>. Acesso em: 30 nov. 2015.  

REFERÊNCIASKEANE, John. The life and death of democracy. London: Simon & Schuster, 2009. KLUVERS, Ron; TIPPETT, John. Mechanisms of accountability in local government: an exploratory study. International Journal of Business and Management, Toronto, v. 5, n. 7, p. 46-53, jul., 2010. KOPPELL, Jonathan G. S. Pathologies of accountability: ICANN and the challenge of “Multiple Accountabilities Disorder”. Public Administration Review, Malden, v. 65, n. 1, p. 94-108, jan./feb., 2005. PINHO, José A. G; SACRAMENTO, Ana R. S. Accountability: já podemos traduzi-la para o português? Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 43, n. 6, p. 1343-68, nov./dez., 2009. SCHOMMER, Paula Chies; ROCHA, Arlindo Carvalho; SPANIOL, Enio L.; DAHMER, Jeferson; SOUSA, Alessandra Debone de. Accountability and co-production of information and control: social observatories and their relationship with government agencies. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, 49, n. 6, p. 1.375-1.400, nov./dez., 2015  

Obrigada!

Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC/ESAG

Grupo de Pesquisa Polieia: Coprodução do Bem Público – Accountability e Gestão

<www.coproducaopublica.blogspot.com.br>

maio, 2015