controle de fator de potência no secundário (lado da carga) de

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57 [16]- SILVA JR., A. N. Eficiência Energética em Sistemas de Aeração de Silos de Armazenagem de Grãos, utilizando Inversores de Freqüência. 2004.132p. Tese(Doutorado) Universidade Estadual Paulista - UNESP. Botucatu, 2004. [17]-SILVEIRA, P.; SANTOS, W. Automação e Controle Discreto. 10. Ed. Tatuapé. SP.: Ed. Érica, 2002. 229p. [18]-SIMPSON, C. D. Programmable Logic Controllers. NJ. Regents / Prentice Hall, 1994.294 p. [19]- SOUZA, F. C. Desenvolvimento de metodologia de aplicação de redes de Petri para automação de sistemas industriais com controladores lógicos programáveis. 2006.146p. Dissertação (Mestrado) Universidade de São Paulo - USP. São Paulo, 2006. [20]- TAIT, A. Internets and intranets for industrial applications. Hypermedia in Manufacturing Seminar, 1998. [21]- UDDIN, S.; NOR, K. M.; SALAM, S. Integration technique for an expert system on to a real-time system. Proceedings of the TENCON’2000, 2000. [22]-WARNOCK, I.G. Programmable Controllers Operation and Application. Ed. Prentice Hall Europe, 1997. 447 p. [23]- WERNECK, M. M. Transdutores e Interfaces. 1 Ed. Rio de Janeiro: Editora Livros Técnicos e Científicos, 1996. 226 p. [24]- ZANCO,W.S. Microcontroladores PIC, 1ªed;Érica,2005.

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Page 1: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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[16]- SILVA JR., A. N. Eficiência Energética em Sistemas de Aeração de Silos de Armazenagem de Grãos, utilizando Inversores de Freqüência. 2004.132p. Tese(Doutorado) Universidade Estadual Paulista - UNESP. Botucatu, 2004. [17]-SILVEIRA, P.; SANTOS, W. Automação e Controle Discreto. 10. Ed. Tatuapé. SP.: Ed. Érica, 2002. 229p. [18]-SIMPSON, C. D. Programmable Logic Controllers. NJ. Regents / Prentice Hall, 1994.294 p. [19]- SOUZA, F. C. Desenvolvimento de metodologia de aplicação de redes de Petri para automação de sistemas industriais com controladores lógicos programáveis. 2006.146p. Dissertação (Mestrado) Universidade de São Paulo - USP. São Paulo, 2006. [20]- TAIT, A. Internets and intranets for industrial applications. Hypermedia in Manufacturing Seminar, 1998. [21]- UDDIN, S.; NOR, K. M.; SALAM, S. Integration technique for an expert system on to a real-time system. Proceedings of the TENCON’2000, 2000. [22]-WARNOCK, I.G. Programmable Controllers – Operation and Application. Ed. Prentice Hall Europe, 1997. 447 p. [23]- WERNECK, M. M. Transdutores e Interfaces. 1 Ed. Rio de Janeiro: Editora Livros Técnicos e Científicos, 1996. 226 p. [24]- ZANCO,W.S.Microcontroladores PIC,1ªed;Érica,2005.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. [1]- CAMPBELL, D. L. How customer need focused the development of a new remote terminal unit line. IEEE Computers Applications in Power, 1988. [2]- CORETTI, J. A. Manual de Treinamento Básico de Controlador Programável.Sertãozinho, Centro de Treinamento SMAR, 1998. [3] -CREDER, H., Instalações Elétricas; LTC; 2000. [4]-ELETROBRÁS. Eficiência Energética em Sistemas de Bombeamento. 1998, 76p. [5]-EPE - Empresa de Pesquisa Energética. Estatística e Análise do Mercado de Energia Elétrica. Ministério de Minas e Energia. Boletim mensal, mês base janeiro de 2007,mar/2007. [6] -GARCIA, A. G. P. Impacto da Lei de Eficiência Energética para Motores Elétricos no Potencial de Conservação de Energia na Indústria. 2003. 127 p. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Rio de Janeiro, 2003. [7]-GEORGINI, M. Automação Aplicada: descrição e implementação de sistemas seqüências com PLC’s. 9. Ed. Tatuapé. SP.: Ed. Érica, 2003. 217p. [8]- JESUS, C. E. Amperes Automation. Cubatão, 2002. Disponível em <http://www.amperesautomation.hpg.ig.com.br/index0.html> Acesso: 07. junho. 2009. [9]- MELENDEZ, J.; COLOMER, J.; DE LA ROSA, J. Expert supervision based on cases.8th IEEE International Conference on Emerging Technologies and Factory Automation,2001. [10]-MINTCHEL, G.. Plan Ahead to Build the Perfect HMI System. Control Engineering,2001. [11]-MORAES, C. C.; CASTRUCCI, P. L. Engenharia de Automação Industrial. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Livros Técnicos e Científicos, 2001. 358 p. [12]-NATALE, F. Automação Industrial. 1. Ed. São Paulo: Editora Érica, 2000. 256 p. [13]- OGATA, K. Engenharia de controle moderno. 4. Ed. Rio de Janeiro: Editora Prentice -Hall do Brasil, 2003. 800 p. [14]- PEREIRA,F.Microcontroladores PIC,São Paulo:Érica,2004. [15]- PUPO, M. S. Intervenção homem-máquina para supervisão em um CLP em controle de processos através da WWW. 2002. 113p. Dissertação (Mestrado) Universidade de São Paulo - USP. São Carlos, 2002.

Page 3: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

55

9.2.2 Entrada dos Capacitores

Deve-se melhorar a programação para a entrada de cada capacitor, pois é recomendado que

tenha um intervalo entre o chaveamento entre dois capacitores isso melhora o refino do

controle conseqüentemente aumenta da eficiência energética.

9.2.3 Teste e Verificação dos transformadores de Isolação

A colocação dos transformadores de interface do circuito de potência e o circuito de comando.

Page 4: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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9. CONCLUSÃO E SUGESTOES PARA TRABALHOS FUTUROS

9.1 Conclusão

A instalação de dispositivos de correção do fator de potência é necessária não só para

otimização do sistema de potência e para liberação do fluxo de potência do transformador,

como é para evitar gastos de dinheiro desnecessários com multas por operar com fator de

potência abaixo do limite determinado em lei. Com objetivo de melhorar a eficiência

energética de um sistema de um transformador trifásico foi elaborado um projeto de controle

de fator de potência usando capacitor em paralelo com a carga. Este sistema permite a

correção automática do fator de potência de uma instalação trifásica industrial. O uso de

dispositivo eletrônico como o microcontroladores para o controle torna o sistema flexível, de

baixo custo, configurável por software, permitido monitorar a falhas, Além disso, é possível

comunicar com o CLP que se comunique com o microcontrolador, informando a qualquer

momento as condições do sistema de potência. O objetivo alcançado neste trabalho

apresentou-se satisfatórios, pois a simulação feita no software proteus, software Proficy

Machine Edition e posteriormente a implementação da programação no CLP GE Fanuc Versa

Max e no microcontrolador para o chaveamento dos capacitores foi positiva.. A necessidade

de se preservar energia foi despertada aliada ao retorno financeiro proporcionando ao

consumidor. O investimento inicial aplicado ao controle fator de potência justifica sua

implementação.

9.2 Sugestões para trabalhos Futuros

9.2.1 Implementação da Comunicação : PIC para CLP

Com a posse dos dados de tempo de defasagem calculados pelo microcontrolador PIC, é

necessário que seja feita a transferência desse tempo de defasagem do PIC para PLC, isto é

conseguido substituindo o microcontrolador usado no protótipo por outro que ofereça um

modulo adicional de saída analógica.

Page 5: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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8. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Algumas tentativas foram feitas para obter os sinais de tensão e corrente: 1º-Tentou-se fazer a captura do sinal de tensão sobre uma resistência variável, e amostrar no

sistema de supervisão. O resultado não foi satisfatório, visto que, o número de pontos obtido

pelo sistema de supervisão era pequeno para reconstrução do sinal.

2º- Utilizou-se de um sensor de corrente e outro de tensão que era ligado diretamente na

entrada digital do CLP, mais se verificou que o sinal fornecido pelos sensores não era

compatível com a entrada do módulo deste CLP.

3º-A terceira tentativa foi ligado os sensores de tensão e de corrente a um tiristor de potência

,que era ligado ao CLP, mais ouve problema com a entrada digital do módulo do CLP que é a

base de relé eletromecânico.

4º-Tentativa foi a melhor, com a utilização dos sensores de corrente e tensão ligado com um

microcontrolador que por sua vez estava ligado com a entrada analógica do CLP.

Foi montado um protótipo trifásico, com um banco de quatro capacitores para acionar três

motores e lâmpadas. Nesse protótipo podemos variar a capacitância em cada fase. Procurou-

se desenvolver um protótipo que mostrasse, que á medida que a carga fosse ligada por meio

de chaves, os bancos capacitivos fossem sendo acionados, mantendo o fator de potência

dentro dos limites impostos pelo usuário. Como apresentado na foto da montagem prática

experimental da figura 7.2, onde vemos as cargas, botões de acionamentos, entrada das cargas

para ser acionadas via CLP e na para inferior não mostrada na maquete relés de acionamento.

A utilização de transformadores que faz a interface do sistema de potência e o sistema de

controle não atingiu o resultado esperado, pois não foi feita uma analise teórica sobre

transformadores isoladores acredita-se que com um pouco de estudo pode-se chegar uma

relação no número de espiras que elimine ou pelo menos atenue os efeitos dos ruídos,

prejudicando um pouco o resultado do controle.

Page 6: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

52

Figura 7.9 Faixa de Alocação dos Capacitores

Page 7: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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Na segunda linha da programação faz simplesmente o seguinte: obtém o tempo de defasagem

fornecido pelo microcontrolador calcula o valor do ângulo e guarda em um registrador de

memória chamado “FI”, na terceira linha é calculado o cosseno de ângulo FI e guarda em

outro registrador chamado auxi05 Na Figura 7.9 mostra a programação do fator de potência

para a faixa menor 0,62 e para faixa entre 0,62 e 0,72 feita no proficy Machine e foi definido

quatro faixas 0,62; 0,72;0,82 e 0,92 para o acionamento do banco de capacitores ligado em

cada fase da rede. Esse controle verifica quantos capacitores irá entrar no sistema, já com os

valores calculados do FP, visto no item 7.5.1, verifica se o FP calculado for menor do que

0,62 ele aciona as quatro saída digital do CLP colocando em nível lógico 1, se ficar na faixa

entre 0,62 e 0,72 ele aciona três saída digital ,se ficar na faixa entre 0,72 e 0,82 aciona duas

saídas digitais, se ficar na faixa entre 0,82 e 0,92 aciona e saída digital e acima disto não faz

nada, fechando uma chave que aciona uma fonte de corrente continua que alimenta a bobina

do relé de 24VCC que por sua vez aciona os capacitores.

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Figura 7.8 Cálculo do Fator de Potência

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No microcontrolador através do módulo CCP configurou-se os dois pinos, um para capturar o

sinal de subida de defasagem de tempo e em outro pino para capturar o sinal de decida deste

mesmo sinal. A exatidão desta medida é garantida por ele fazer esta contagem baseando em

um cristal oscilador com freqüência de 20 MHz. Os recursos do microcontrolador utilizados

foram módulos de captura de sinal, contagem de eventos (interrupções) e saída analógica para

envio das informações ao PLC.

• A Comunicação entre o Circuito de obtenção de Defasagem de Tempo e o CLP

Como visto no item 3.1 deste trabalho, que o microcontrolado também possui dois módulos

de comunicação de dados serial um chamado MSSP e o outro USART. Podendo ser usado

para leitura em um microcomputador ou envido de dados para um CLP que também se

comunique com estes protocolo. Após a obtenção das informações do tempo de defasagem

entre tensão e corrente de todas as fases foi previsto no projeto inicial que seria função do

microcontrolador o envio destes dados ao PLC através de uma saída analógica. Porém como o

microcontrolador disponível para ser utilizado neste trabalho possui funções de captura,

compare e PWM (Pulse Width Modulation) em apenas dois pinos não foi possível

implementar este envido de dados, sendo necessário um microcontrolador que possua no

mínimo três pinos disponíveis com esta função,sendo que dois pinos para captura do

sinal(borda de subida e de decida) e um para PWM para gerar o sinal analógico a ser enviado

para o PLC.

7.5 A programação do CLP e a Correção do fator de Potência

A programação para correção do fator de potência foi desenvolvido em um software chamado

Proficy Machine Edition utilizados para simular lógica de linguagem ladder que permite

desenvolver lógica combinacionais, seqüenciais e circuito que envolva ambas, utilizando

como operador para essa lógica entradas, saídas, estados auxiliares e registro numéricos.

7.5.1 A programação da lógica do Fator de Potência

A lógica desenvolvida para essa finalidade está mostrada na Figura 7.8

Page 10: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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O sinal de defasagem:

Após a obtenção dos sinais que representam os instantes de passagem por zero de tensão e

corrente, obtidos através do comparador descritos anteriormente, foi utilizado um circuito

integrado HFE4081 (porta lógica AND) que somando estes dois sinais constrói um terceiro

sinal que representa exatamente a defasagem em tempo entre tensão e corrente, conforme a

Figura 7.7 onda em verde.

Figura 7.7 - Sinal de Defasagem entre a Tensão e Corrente

Na figura o sinal de tensão é representado pela onda quadrada em amarelo, o sinal de corrente

pela onda de cor azul, o sinal de defasagem pela cor verde. Verifica-se que o sinal de

defasagem é obtido no momento em que ocorre uma primeira passagem do sinal de tensão por

zero, seguido momento em que a corrente passa por esta mesma transição, do semicírculo

negativo para o positivo, defasagem entre os sinais de tensão e corrente representa o tempo de

defasagem.

• O microcontrolador

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7.4 Princípio de Funcionamento do Circuito

O circuito da Figura 7.6 simulado também no proteus mostra a obtenção do tempo de defasagem entre a tensão e a corrente para uma única fase.

Figura 7.6 – Circuito com Sensores e PIC

Page 12: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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Figura 7.5 Sinal da Saída do Sensor de Tensão

Page 13: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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7.3.2 Principio de funcionamento do sensor de Tensão

Figura 7.4 Transformador Acoplado ao Sensor de Tensão O sensor de tensão mostrado na Figura 7.4 também foi simulador na plataforma de

desenvolvimento proteus e funciona da seguinte maneira: O primário de um transformador é

ligado diretamente em uma das fases da rede, a tensão senoidal do primário é refletida para o

secundário, então esse sinal entra em um comparador, que compara o sinal de entrada com 0V

se o valor de entrada for positivo a saída vai para +5V e se o sinal de entrada for negativo a

saída vai para -5V.A Figura 7.5 mostra como a onda da saída do comparador acompanha a

onda senoidal a uma freqüência de 60HZ.

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Figura 7.3 Transformador Acoplado ao Sensor de Corrente O sensor de corrente mostrado na figura 7.3 foi simulador na plataforma de desenvolvimento

proteus e funciona da seguinte maneira: O primário de um transformador é ligado diretamente

em uma das fases da rede alimenta as cargas indutivas e resistivas, a corrente senoidal do

primário é refletida para o secundário, então esse sinal entra em um comparador, que compara

o sinal de entrada com 0 v se o valor de entrada for positivo a saída vai para +5V e se o sinal

de entrada for negativo a saída vai para -5V.

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• Três bancos de capacitores, que serão inseridos em paralelo com as cargas indutivas como

forma de correção do fator de potência.

• Uma prancha de madeira, usada como suporte para o painel.

• 8 Botões com retenção.

• Disjuntores de proteção.

• Bornes.

• Fios.

• CLP.

• Relés eletromecânicos.

7.3 Os Sensores

Devido à dificuldade de encontrar os sensores de tensão e de corrente, e também de encontrar

um de baixo custo, para realizar as medidas de tensão e corrente, optou-se por construir

sensores utilizados.

7.3.1 Principio de funcionamento do sensor de Corrente

Page 16: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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determinada posição da rede trifásica. [Por motivo de segurança e por falta de equipamentos,

não se implementou um sistemas que pudesse fazer uma controle global, visto que os

sensores ficaria na entrada do secundário de um transformador trifásico de alta tensão e a

manipulação dessas variáveis de tensão e corrente aumenta o risco de acidentes.] A Figura 7.2

abaixo mostra a maquete do trabalho.

Figura 7.2 – A Maquete

Os equipamentos utilizados na construção da maquete foram:

• Um sensor, para detecção de defasagem entre tensão e corrente.

• Cargas indutivas (Ventiladores).

• Cargas resistivas (lâmpadas).

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Figura 7.1 – Esquema de Ligação dos Componentes

7.2 A Maquete

Foi desenvolvido um protótipo em uma maquete, para controlar o fator de potência de um

transformador trifásico, controle local, ou seja, controla as cargas ligadas em uma

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7. PRÓTOTIPO DE DESENVOLVIMENTO PARA CORREÇÃO DE FATOR DE

POTÊNCIA

7.1 Metodologia

O projeto foi realizado com a construção de uma maquete que contém os seguintes

componentes: banco de capacitores, pois é a configuração mais utilizada na prática, o

resultado contém o menor custo final. Utilizou-se bancos de capacitores em paralelo com as

cargas de cada fase, um CLP GE Fanuc VersaMax que controla o chaveamento dos

capacitores de acordo com o fator de potência momentâneo e um microcontrolador utilizado

para medir a defasagem do tempo entre a tensão e a corrente, utilização de um software

elipse escada de sistema de supervisão que mostrou o de fator de potência, utilização de

sensores de corrente e de tensão que irá monitorar seus estados, utilização de lâmpadas para

servir como carga resistiva, de ventiladores para servir como carga indutivas, de switch para

o acionamento das cargas, de um software computacional chamado proteus para simulação de

controle do microcontrolador e de um transformador para alimentar o circuito e disjuntores de

proteção contra descargas elétricas entre outros. A Figura 7.1 mostra o esquema de ligação do

componente citados nesta metodologia.

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quais dados um computador vai atuar, como estes dados serão armazenados ou transmitidos e

quais ações devem ser tomadas sob várias circunstâncias.

Uma das principais metas das linguagens de programação é permitir que programadores

tenham uma maior produtividade, permitindo expressar suas intenções mais facilmente do que

quando comparado com a linguagem que um computador entende nativamente (código de

máquina). Assim, linguagens de programação são projetadas para adotar uma sintaxe de nível

mais alto, que pode ser mais facilmente entendida por programadores humanos. Linguagens

de programação são ferramentas importantes para que programadores e engenheiros de

software escrevam programas mais organizados e com maior rapidez. Linguagens de

programação também tornam os programas menos dependentes de computadores ou

ambientes computacionais específicos. Isto acontece porque programas escritos em

linguagens de programação são traduzidos para o código de máquina do computador no qual

será executado em vez de ser diretamente executado.

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• Históricos e Banco de Dados;

• Lógica de Programação Interna (Scripts);

• Comunicação com outros Sistemas SCADA.

A regra geral para o funcionamento de sistemas SCADA parte dos processos de comunicação

com os equipamentos de campo, cujas informações são enviadas para o núcleo de

processamento. O núcleo é responsável por coordenar e distribuir o fluxo de informações para

os demais módulos, até chegarem na forma esperada para o operador do sistema, através da

interface gráfica, possivelmente acompanhada de gráficos e animações.

6.5 Software Supervisório

Segundo Ogata (2003), o software supervisório é visto como o conjunto de programas

gerados e configurado no software básico de supervisão, implementando as estratégias de

controle e supervisão com telas gráficas de interfaceamento homem-máquina que facilitam a

visualização do contexto atual, a aquisição e tratamento de dados do processo e a gerência de

relatórios e alarmes. Este software deve ter entrada de dados manual, através de teclado. Os

dados serão requisitados através de telas com campos pré-formatados que o operador deverá

preencher. Estes dados deverão ser auto-explicativos e possuírem limites para as faixas

válidas. A entrada dos dados deve ser realizada por telas individuais, seqüencialmente, com

seleção automática da próxima entrada. Após todos os dados de um grupo ser inserido, esses

poderão ser alterados ou adicionados pelo operador, que será o responsável pela validação das

alterações.

6.6 Linguagem de Programação

Uma linguagem de programação é um método padronizado para expressar instruções para um

computador. É um conjunto de regras sintáticas e semânticas usadas para definir um programa

de computador. Uma linguagem permite que um programador especifique precisamente sobre

Page 21: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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modo como as informações fluem do CLP para os microcomputadores, pode ser

implementada através de redes Ethernet, fibras óticas, linhas dial-up, rádio, etc. Assim, é

possível conseguir uma intercomunicabilidade entre todos os elementos da estrutura de

automação através de um meio físico adequado definido para a transmissão de dados, criando

um sistema de comunicação em rede em que os elementos podem trocar dados e compartilhar

recursos entre si (TAIT, 1998). As estações de monitoração são responsáveis por recolher as

informações geradas pelas estações remotas e agir em conformidade com os eventos

detectados, sendo também responsáveis pela interação com os operadores. Podem ser

centralizadas num único computador ou distribuídas por uma rede de computadores, de modo

a permitir o compartilhamento das informações obtidas (SILVA; SALVADOR, 2004).

Figura 6.3 – Rede de Comunicação

6.4.2 Componentes Lógicos de um Sistema SCADA

Internamente, os sistemas SCADA se dividem em blocos ou módulos, que vão permitir maior

ou menor flexibilidade e robustez, dependendo da aplicação desejada. Basicamente, pode-se

dividir um supervisório nos seguintes módulos:

• Núcleo de Processamento;

• Módulo de Comunicação com o CLP;

• Interface Gráfica;

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(2000), os sistemas de supervisão de processos industrias desempenham três atividades

básicas:

• Supervisão;

• Operação;

• Controle.

Na supervisão, incluem-se todas as funções de monitoramento do sistema, tais como gráficos

de tendências das variáveis analógicas ou digitais, relatórios em vídeo e impressos, entre

outros (CAMPBELL, 1988). A operação nos atuais sistemas SCADA tem a vantagem de

substituir as funções da mesa de controle, otimizando as opções de ligar e desligar

equipamentos ou seqüência de equipamentos, ou ainda mudar o modo de operação dos

equipamentos de controle. No controle supervisório os algoritmos de controle são executados

numa unidade de processamento autônomo (CLP). Assim o supervisório é responsável por

ajustar o set-point do mecanismo de controle dinamicamente, de acordo com o

comportamento global do processo.

6.4.1 Componentes Físicos

Os componentes físicos de um sistema SCADA podes ser resumidos basicamente em:

sensores e atuadores, rede de comunicação, estações remotas e as estações de monitoração

central (microcomputadores). Segundo Werneck (1996), os sensores podem ser analogamente

comparados aos olhos, pois capturam as informações relativas ao estado do processo físico

industrial e as transmitem ao controlador do processo, assim como os olhos capturam as

imagens e as transmitem ao cérebro. O instrumento de medição nas industriais tem os

sensores como elemento primário e podem ser classificados de acordo com o tipo de sinal

transmitido, podendo ser analógico ou digital. O processo de controle e aquisição de dados se

inicia nas estações remotas, CLP’s, com a leitura dos valores atuais dos dispositivos que a ele

estão associados e seu respectivo controle.

Os CLP’s são unidades computacionais específicas, utilizadas comumente nas indústrias para

ler entradas, realizar cálculos ou comandos e atualizar saídas. A rede de comunicação é o

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35

Como os transistores, as saídas triac são silenciosas, não tem peças móveis sujeitas a desgaste,

são rápidas e transportam cargas de até 0,5A. As saídas de estado sólido (triacs e transistores)

podem ser danificadas e destruídas em caso de sobre tensão ou sobrecarga.

6.3.6 Fonte de Alimentação

Dispositivo responsável pela alimentação fornecida à CPU e aos módulos (circuitos) de

entrada / saída. Em alguns casos proporciona saída auxiliar de baixa corrente.

6.4 Sistema Scada

Segundo Melendez (2001), os sistemas de supervisão de processos industriais são também

conhecidos como sistemas SCADA (Supervisory Control and Data Aquisition). Os primeiros

sistemas SCADA, basicamente telemétricos, permitiam mostrar o estado corrente de

processos industriais monitorando apenas sinais representativos de medidas e estados de

dispositivos através de um painel de lâmpadas e indicadores, sem que houvesse qualquer

interface de operação com o utilizador.

Atualmente os sistemas de automação industrial utilizam tecnologia de computação e

comunicação para automatizar a monitoração e controle dos processos industriais, efetuando a

coleta e análise de dados em ambiente complexo, e a respectiva apresentação de modo

amigável para os operadores, com recursos gráficos elaborados como animações e conteúdo

multimídia. Para permitir isso, os sistemas SCADA identificam os tags, que são todas as

variáveis numéricas ou alfanuméricas envolvidas na aplicação, podendo executar funções

computacionais (operações matemáticas, lógicas, com vetores ou strings, etc.) ou representar

pontos de entrada/saída de dados do processo que está sendo controlado.

Neste caso corresponde às variáveis do processo real (ex: temperatura, pressão, nível de água,

etc.), se comportando como a ligação entre o controlador e o sistema. É com base nos valores

das tags que os dados são apresentados ao usuário (SILVA; SALVADOR, 2004). Os sistemas

supervisórios têm se mostrado de fundamental importância na estrutura de gestão das

empresas, fato pelo qual deixaram de ser vistos como meras ferramentas operacionais, ou de

engenharia, e passaram a ser vistos como uma relevante fonte de informação. Segundo Uddin

Page 24: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

34

Os sinais elétricos enviados pelos dispositivos de campo ao CLP são normalmente de 120

VAC ou 24 VDC. Os circuitos de entrada no CLP recebem esta tensão vinda do campo e a

“condiciona” de forma que possa ser utilizada pelo CLP. Tal condicionamento é necessário já

que os componentes internos de um CLP operam a 5 DC e devem, portanto, estar protegidos

de flutuações da tensão. Para que os componentes internos fiquem eletricamente isolados dos

terminais de entrada, os CLP’s empregam um isolador óptico, que usa a luz para acoplar os

sinais de um dispositivo elétrico a outro. Os circuitos de entrada do CLP também “filtram” os

sinais de tensão vindos do campo para classificá-los como válidos (os sinais de um sensor, por

exemplo) ou não válidos (ruído elétrico de alta freqüência ou estática). Os filtros de entrada

determinam a validade de um sinal pela sua duração; eles “esperam” para poder confirmar se

um sinal é uma referência de um dispositivo de entrada ou ruído elétrico. O tempo de

filtragem é normalmente de 8ms, mas alguns CLP’s permitem ajustar o tempo de resposta dos

filtros de entrada. Um maior tempo de resposta permite uma melhor filtragem do ruído

elétrico. Os menores tempos de resposta ajudam em aplicações que exigem operação de alta

velocidade (ex. interrupções e contagens).

6.3.5 Saídas Os dispositivos tais como solenóides, relés, contadores, partidas de motores, luzes

indicadoras, válvulas e alarmes estão conectados aos terminais de saída do CLP. Os circuitos

de saída funcionam de maneira similar aos circuitos de entrada: os sinais emitidos pela CPU

passam por uma barreira de isolamento antes de energizar os circuitos de saída. Os CLP’s

utilizam vários circuitos de saída para energizar seus terminais de saída: relés, transistores e

triacs. Os relés podem ser usados com alimentação alternada ou contínua. Os relés

eletromagnéticos de CLP’s tradicionais aceitam correntes de até alguns amperes. Os relés

suportam de forma melhor os picos de tensão porque contem uma camada de ar entre seus

contatos que elimina a possibilidade de ocorrência de corrente de fuga. No entanto, são

comparativamente lentos e sujeitos a desgaste como tempo.

Os transistores chaveiam corrente contínua, são silenciosos e não têm peças móveis sujeitas a

desgaste. Os transistores são rápidos e podem reduzir o tempo de resposta, mas suportam

cargas de, no máximo, 0,5A. Certos tipos especiais de transistores, os FET’s podem aceitar

cargas maiores, normalmente até 1A. Os triacs chaveiam exclusivamente corrente alternada.

Page 25: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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• Sistema de Memória

Conforme Souza (2006), o sistema de memória da CPU é composto por:

Memória do sistema de operação, onde é armazenado o programa de execução desenvolvido

pelo fabricante, e que determina como o sistema deve operar, incluindo a execução dos

programas do usuário, controle de serviços periféricos, atualização dos módulos de

entrada/saída etc. Memória de aplicação ou memória de usuário, onde o programa

desenvolvido pelo usuário, chamado de aplicação, é armazenado. Ainda segundo Souza

(2006), juntamente com o programa de aplicação, é armazenado os dados do sistema em uma

tabela para realização dos controles dos módulos de entrada/saída utilizados. Cada ponto de

entrada/saída conectado aos módulos tem um endereço especifico na tabela de dados, o qual é

acessado pelo programa de aplicação.

• Barramento de Dado

Canal físico por onde circula dados vindos da memória para outra memória ou para um

dispositivo externo.

• Barramento de Endereço

Canal físico por onde circula informações ligadas ao endereçamento de memória.

6.3.4 Entradas Os terminais de entrada conectados no CLP formam a interface pela qual os dispositivos de

campo são conectados ao CLP. As entradas incluem itens tais como botões, chave, chaves

seletoras, sensores de proximidade e sensores fotoelétricos. Todos estes são dispositivos

discretos que fornecem um estado energizado ou desernergizado ao CLP. Enquanto que os

CLP’s de maior porte podem aceitar valores analógicos (sinais variáveis de corrente e tensão),

tais como os fornecidos por sensores de pressão e temperatura, os micros-CLP’s não possuem

normalmente este recurso.

Page 26: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

32

6.3.1 Estrutura Básica de um CLP

Para aprender como funciona um CLP, é necessário uma análise rápida de seus componentes.

A estrutura básica de um CLP é ilustrada na Figura 6.2 Todos os CLP’s, dos micros ao

grandes CLP’s, usam os mesmos componentes básicos e estão estruturados de forma similar.

Figura 6.2 - Estrutura Básica de um CLP

Os sistemas CLP consistem de:

6.3.2 Unidade Central de Processamento

A estrutura básica da CPU é composta pelo processador, sistema de memória e barramento de

dados, controle e endereço.

6.3.3 Processador

Processador é o principal componente do CLP, responsável pela atividade afim do sistema.

Segundo Souza (2006), ele é responsável pelo gerenciamento total do sistema, controlando os

barramentos de endereços, de dados e de controle, interpreta e executa as instruções do

programa de aplicação, controla a comunicação com dispositivos externos e verifica a

integridade de todo o sistema realizando relatórios ou diagnósticos do sistema operacional.

Page 27: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

31

• A unidade deve ser capaz de operar na planta com maior confiabilidade do queum painel de

relés.

• Deve ser fisicamente menor que um painel de controle de relés e assim reduzirao mínimo a

necessidade de espaço no chão da fábrica.

• A unidade deve ser capaz de produzir dados para uma estação central e coleta de dados.

• A unidade deve ter preço competitivo face aos relés e painéis de estado sólido utilizados

atualmente.

Conforme Coretti (1998), no final da década de 70 foram incorporados recursos de

comunicação aos CLP’s que, embora limitados, proporcionaram a integração entre

controladores distantes, tornando-os parte de um sistema integrado de fabricação e operação

de uma planta individual. Na década de 80 houve a redução do tamanho físico e a introdução

de módulos inteligentes de E/S proporcionando alta velocidade e controle preciso em

aplicações de posicionamento. Foi introduzida a programação por software em

microcomputadores e a primeira tentativa de padronização de comunicação através do MAP

(Manufactoring Automation Protocol), também da General Motors (PUPO, 2002).

Na década de 90 houve a introdução de IHM, softwares supervisórios e de gerenciamento, as

interfaces para barramento de campo e os blocos de funções. Devido a ampla gama de

equipamentos e sistemas disponíveis para controle industrial, aliada à crescente capacidade de

recursos que o CLP vem agregando, existe a possibilidade de se confundir outros

equipamentos com ele. Para evitar tal equívoco, devem-se observar as duas características

básicas, que servem de referência para identificar um equipamento de controle industrial

como sendo um controlador lógico programável (JESUS, 2002):

• O equipamento deve executar uma rotina cíclica de operação enquanto em funcionamento;

• A forma básica de programação deve ser realizada a partir de uma linguagem

oriunda dos diagramas elétricos de relés.

Page 28: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

30

6.3 O Controlado Lógico Programável (CLP)

O controlado Lógico Programável, ou simplesmente CLP (Programmble Logic Controller) é

definido por Georgini (2003) como um dispositivo de estado sólido – um Computador

Industrial, capaz de armazenar instruções para implementação de funções de controle

(seqüência lógica, temporização e contagem, por exemplo), além de realizar lógicas e

aritméticas, manipulação de dados e comunicação em rede, sendo utilizado no controle de

sistemas automatizados.

Um PLC assim como um computador pessoal é composto pelos seguintes componentes: CPU

que é responsável pelas operações matemáticas. Módulos de entrada e saída ligados a

comunicação do CLP com outros equipamentos e por último o sistema de alimentação. Para a

programação dos CLP’s sentiu-se a necessidade da construção de um padrão que fosse

seguido pelos fabricantes. Isto teve inicio em 1979 com o IEC que iniciou seus trabalhos com

este propósito e como resultado temos hoje a IEC 61131 onde se encontra com 8 partes sendo

que algumas ainda não finalizadas.

Segundo Natale (2000), CLP é “um computador com as mesmas características conhecidas do

computador pessoal, porém, em uma aplicação dedicada” na Automação de processos em

geral, assim como no Comando Numérico Computadorizado, que trata de um computador da

Manufatura. Foram inicialmente projetados para esta função e aplicados em 1969 à linha de

produção da General Motors nos Estados Unidos como seqüenciadores de estado das

máquinas. Durante a década de 70, adquiriram instruções de temporização, contatores,

operações aritméticas, controle de impressão, movimentação de dados, operações matriciais e

controle analógico PID.

Segundo Simpson (1994), os CLP’s foram inicialmente concebidos por um grupo de

engenheiros da divisão de hidramática da General Motors em 1968, levando-se em conta os

seguintes critérios:

• A máquina deve ser facilmente programada. Ela deve ter seqüências de

operações prontamente modificadas.

• Deve ser de fácil manutenção e reparação em módulos conectáveis.

Page 29: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

29

6.1.3 Atuador

Os atuadores são dispositivos a serem acionados para executarem uma determinada força de

deslocamento ou outra ação física, definida pelo sistema controlador por meio de uma ação de

controle (maneira pelo qual o controlador produz o sinal de controle). Podem se magnéticos,

hidráulicos, pneumáticos, elétricos ou de acionamento misto.

6.2 Arquitetura da Automação Industrial

Segundo Moraes e Castrucci (2001), a automação industrial exige a realização de muitas

funções. A Figura 6.1 representa a chamada Pirâmide de Automação, com os diferentes níveis

de automação encontrados em uma planta industrial. Na base da pirâmide está freqüentemente

envolvido o Controlador Programável, atuando via inversores, conversores ou sistemas de

partidas suaves, sobre máquinas e motores e outros processos produtivos. No topo da

pirâmide, a característica marcante é a informatização ligada ao setor corporativo da empresa.

Figura 6.1-Pirâmide de Automação

Page 30: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

28

6. SISTEMA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Segundo Silveira e Santos (1998), automação industrial é um conceito e um conjunto de

técnicas por meio das quais se constroem sistemas ativos capazes de atuar com uma eficiência

ótima pelo uso de informações recebidas do meio sobre o qual atuam. Com base nas

informações, o sistema calcula a ação corretiva mais apropriada para a execução da ação e

esta é uma característica de sistemas em malha fechada, conhecidos como sistemas de

realimentação, ou seja, aquele que mantém uma relação expressa entre o valor da saída em

relação ao da entrada de referência do processo. Essa relação entrada/saída serve para corrigir

eventuais valores na saída que estejam fora dos valores desejados.

6.1 Sensor ,Transdutor e Atuador

6.1.1 Sensor

Ainda segundo Silveira e Santos (1998), Sensor é definido como sendo um dispositivo

sensível a um fenômeno físico, tais como: temperatura, umidade, luz, pressão, entre outros.

Por meio desta sensibilidade, os sensores enviam um sinal, que pode ser um simples abrir e

fechar de contatos, para os dispositivos de medição e controle. Ou, caso exista a necessidade

de medir uma grandeza elétrica (como, por exemplo: corrente) a partir de um fenômeno físico

qualquer envolvendo grandezas físicas que não sejam de natureza elétrica, tem-se,

conceitualmente, a necessidade de utilizar um transdutor.

6.1.2 Transdutor

Caracteriza por um dispositivo capaz de responder ao fenômeno físico, ou estímulo, de forma

a converter sua magnitude em um sinal elétrico conhecido, proporcional á amplitude desses

estímulos.

Page 31: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

27

depois o programa continua a ser executado no mesmo ponto que estava. Elas servem para a

solução de muitos programas complexos (SOUZA, 2003).

5.4 Módulo CCP O módulo CCP é um periférico que pode funcionar de três modos diferentes: Capture,

Compare e PWM. Os bits adequados deste módulo são utilizados para configurar o módulo

CCP do PIC utilizado.

5.4.1 Módulo Compare

Nesse modo de funcionamento do módulo CCP, o conteúdo do par de registradores específico

deste módulo é comparado, a todo o instante, com o conteúdo do par de outro registrador.

Quando ocorre a igualdade de conteúdo, o pino deste módulo compare será Chaveado de

acordo com o modo de funcionamento do Compare no momento (ZANCO, 2005).

5.4.2 Módulo Capture

Nesse modo de operação TIMER1 é utilizado para medir o tempo entre dois eventos

ocorridos no específico. Esses eventos são, na verdade, transições positivas (bordas de subida)

ou transições negativas (bordas de descidas) ocorridas nesse pino, dependendo da

configuração adotada para o modo de Capture (ZANCO, 2005).

5.4.3 Módulo PWM

Esse é o modo de funcionamento mais poderoso do módulo CCP e pode ser utilizado em

diversas aplicações, como por exemplo, conversor digital/analógico, fonte chaveadas,

nobresks, etc. O PWM, conhecido como modulação por largura d pulso, é um sinal com

freqüência fixa, mais com largura de pulso variável (ZANCO, 2005).

Page 32: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

26

5.1 Comunicação Serial Nos microcontroladores PIC, a comunicação serial é controlada por dois módulos: o MSSP

(Máster Synchronous Serial Port), que oferece recursos para o protocolo SPI(Serial

Peripheral Interface) e o barramento Inter Integrated Circuit e o Usart(Universal Synchronous

Asynchonous Receiver Transmitter) que disponibiliza a comunicação serial via

RS232(Recommended Standard)(BATES,2006). Na comunicação serial, a transmissão de

dados é feito bit a bit, ou seja, é transmitido um bit de cada vez. Cada bit permanece na linha

transmissão durante um tempo predefinido, chamado período do bit, para que possa ser lido.

A comunicação serial pode ter somente uma linha de transmissão. Esta é uma característica

que faz com que ela seja uma forma muito utilizada de transmissão de dados, principalmente

em transmissões de longa distância (ZANCO, 2005).

5.2 Portas

O estado das portas em um microcontrolador é acessado diretamente em duas posições

distintas da memória. Quando um pino dessas portas é configurado como entrada, ao ler o seu

bit relacionado, encontra-se diretamente o nível lógico aplicado a esse pino. Da mesma

maneira, configurando um pino como saída, pode-se alterar o seu estado, escrevendo

diretamente no bit relacionado (SOUZA,2003).

5.3 Interrupções É um evento externo ao programa que provoca a parada de sua execução, a verificação e

tratamento do referido evento e em seguida o retorno do programa ao ponto em que havia sido

interrompido. As estruturas de interrupção são utilizadas para que a CPU tome conhecimento

de eventos de alta prioridade para o programa. Quando ocorre um evento de interrupção, a

instrução em execução é completada, o conteúdo do contador de programa (ou equivalente) é

armazenado na pilha e o programa é desviado para um endereço conhecido com vetor de

interrupção (PEREIRA, 2004). Como o próprio nome diz, uma interrupção serve para

interromper o programa imediatamente. Desta maneira, podemos tomar atitudes instantâneas.

As interrupções são ações tratadas diretamente pelo hardware, o que as torna muito rápidas e

disponíveis em qualquer ponto do sistema. Assim sendo, quando uma interrupção acontecer, o

programa é paralisado, uma função específica (definida pelo programador) é executada e

Page 33: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

25

5. MICROCONTROLADOR PIC

Figura 5 Diagrama de Pinagem do Microcontrolador O PIC é uma família de microcontroladores fabricada atualmente pela Microchip. Surgiu na

década de 70 baseado no processador CP1600 da General Instruments. Na época, os

microcontroladores ofereciam poucos recursos de E/S, porém isso mudou nas décadas

seguintes devido ao desenvolvimento tecnológico e a necessidade de cada vez maior de

executar tarefas envolvendo esses recursos. Assim, os microcontroladores passaram a ser

projetados com CPUs mais otimizadas, maior quantidade de memória e melhores interfaces

de comunicação originando uma diversidade de equipamentos aplicáveis em vários ramos da

eletrônica(SANCHEZ,CANTON,2007) em poucas palavras, poderíamos definir o

microcontroladores com um “pequeno” componente eletrônico, dotado de uma “inteligência”

programável, utilizado no controle de processo lógicos (SOUZA,2006). O controle de

processos deve ser entendido como o controle de periféricos, tais como: Leds, display de

segmentos, display de cristal líquido (LCD), resistências, relês, sensores diversos

(temperatura, posição, etc.) e muitos outros. São chamados de controladores lógicos, pois a

operação do sistema baseia-se nas ações lógicas que devem ser executadas, dependendo do

estado dos periféricos de entrada e/ou saídas.

Page 34: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

24

Sobre cargas nos equipamentos de manobras, limitando sua vida útil;

Aumento das perdas elétricas na linha distribuição pelo efeito joule;

Necessidade de aumento do diâmetro dos condutores;

Necessidade de aumento dos equipamentos de manobras e de proteção;

4.5 Causa do baixo Fator de Potência

Motores de indução trabalhando a vazio;

Motores superdimensionados para sua necessidade de trabalho;

Transformadores trabalhando a vazio ou com pouca carga;

Reatores de baixo fator de potência no sistema de iluminação;

Page 35: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

23

Figura 4 Seção do Cabo em Função do Fator de Potência

A correção do fator de potência por si só já libera capacidade para instalação de novos

equipamentos, sem a necessidade de investimentos em transformador ou substituição de

condutores para esse fim especifico.

4.4 Principais Conseqüências

Acréscimo na conta de energia elétrica por estar operando com baixo fator de potência;

Limitação da capacidade dos transformadores de Alimentação;

Flutuações de tensão nos circuitos de distribuição;

Page 36: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

22

4. CAUSAS E CONSEQUÊNCIA DO BAIXO FATOR DE POTÊNCIA

4.1 Perdas nas Instalações As perdas de energia elétricas ocorrem em forma de calor e são proporcionais ao quadrado da

corrente total. Como essa corrente cresce com o excesso de energia reativa, estabelece-se uma

relação entre o incremento das perdas e o baixo fator de potência, provocando o aumento do

aquecimento de condutores e equipamentos ligado a rede.

4.2 Queda de Tensão O aumento da corrente devido ao excesso de energia relativa leva a queda de tensão

acentuada, podendo ocasionar a interrupção do fornecimento de energia elétrica e a

sobrecarga em certos elementos da rede. Esse risco é sobretudo acentuado durante os

períodos nos quais a rede é fortemente solicitada. As quedas de tensão podem provocar ainda

a diminuição da intensidade luminosa das lâmpadas e aumento da corrente nos motores.

4.3 Subutilização da Capacidade instalada

A energia reativa, ao sobrecarregar uma instalação elétrica, inviabiliza sua plena utilização,

condicionando a instalação de novas cargas a investimentos que seriam evitados se o fator de

potência apresenta-se valores mais elevados. O “espaço” ocupado pela energia reativa poderia

se então utilizado para o atendimento de novas cargas. Os investimentos em ampliação das

instalações estão relacionados principalmente aos transformadores e condutores necessários.

O transformador a ser instalado deve atender á potência total dos equipamentos utilizados,

mais devido a presença de potência reativa, a sua capacidade de ser calculada com base na

potência aparente das instalações.

Também aumenta o custo dos sistemas de comando, proteção e controle dos equipamentos

crescem com o aumento da energia reativa. Da mesma forma, para transportar a mesma

potência ativa sem o aumento de perdas, a seção dos condutores deve aumentar á medida em

que o fator de potência diminui.

Veja a variação da seção do cabo em função do fator de potência na Figura 4

Page 37: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

21

sempre que a corrente nominal dos mesmos for superior a 90% da corrente de excitação do

motor).

-Motores com menos de 10CV corrige-se por grupos.

Figura 3.3 – Diagrama dos Tipos de Instalação

Page 38: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

20

Correção na entrada da energia de baixa tensão: Permite uma correção bastante

significativa, normalmente com bancos automáticos de capacitores. Utiliza-se este tipo de

correção em instalações elétricas com elevados números de cargas com potências diferentes e

regimes de utilização pouco uniforme.

Correção por grupos de cargas: o capacitor é instalado de forma a corrigir um setor ou um

conjunto de pequenas máquinas (10CV). È instalado junto ao quadro de distribuição que

alimenta esses equipamentos. Tem como desvantagem não diminuir a corrente nos circuitos

de cada equipamento.

Correção localizada: È obtida instalando-se os capacitores junto ao equipamento que se

pretende corrigir o fator de potência. Representa do ponto de vista técnico, a melhor solução,

apresentando as seguintes vantagens:

-Reduz as perdas energéticas em toda a instalação.

-Diminui a carga nos circuitos de alimentação dos equipamentos.

-Pode-se utilizar em sistema único de acionamentos para a carga e o capacitor,economizando-

se um equipamento de manobra.

-Gera potência reativa somente onde é necessário.

Correção mista: No ponto de vista “Conservação de Energia” considerando aspectos

técnicos práticos e financeiros, torna-se a melhor solução.

Usa-se o seguinte critério para correção mista:

- Insta-se um capacitor fixo diretamente no lado secundário do transformador.

- Motores de aproximadamente 10CV ou mais, corrige-se localmente (cuidado com motores

de alta inércia, pois não se deve dispensar o uso de contatores para manobra dos capacitores

Page 39: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

19

Fator de Potência é uma relação entre a energia ativa e a energia aparente ou total:

(2.6)

3.6 Potência Ativa

Potência Ativa, medida em KW, é a que realmente produz trabalho útil, isto é, faz os motores

e transformadores funcionarem. De acordo com o triângulo de Potência da figura temos:

P= S.cos = V.I.cos (2.7)

3.7 Potência Reativa

Quando existe em um circuito uma ou mais bobinas (cargas indutivas), é verificado que a

potencia total fornecida é diferente da potência lida num wattímetro. Isso ocorre porque

equipamentos como transformadores, motores e geradores necessitam de energia reativa para

seu funcionamento. Essa energia reativa é medida em kVArh, não realiza trabalho efetivo

mais tem a função de criar e manter os campos magnéticos das cargas. E é dado segundo o

triângulo de potência por:

Q=Ssen =VIsen (2.8)

3.8 Localização dos Capacitores para Correção de Fator de Potência A correção pode ser feita instalando os capacitores de quatro maneiras diferentes, tendo como

objetivos a conservação de energia e a relação custo/benefício:

Correção na entrada da energia de alta tensão: Corrige o fator de potência visto que pela

concessionária, permanecendo internamente todos os inconvenientes citados pelo baixo fator

de potência e custo é elevado.

Page 40: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

18

Diminua as variações de tensão (oscilações);

Melhora o aproveitamento dos equipamentos com menos consumo;

Aumenta a vida útil dos equipamentos;

Os condutores tornam-se menos aquecidos, diminuindo as perdas de energia elétrica na

instalação;

3.5 Potência Total

A potência total ou aparente é composta pela potência ativa e reativa juntas, é aquela entregue

pela fonte de energia num intervalo de tempo a uma carga ou a um consumidor. Analisando

em termos das componentes da potência ativa, reativa e aparente, pode-se, a partir de uma

descrição geométrica destas componentes como na Figura 3.2, determinarem o fator de

potência .

Figura 3.2 – Triângulo de Potência

A potência total é dada por: S=V.I (2.5)

Page 41: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

17

Onde é o ângulo de defasagem entre a corrente e tensão de um circuito operando a CA,

sendo = *t, onde é a velocidade angular em radianos por segundos e “t” é o intervalo de

tempo que ocorre a defasagem.

3.2 Meios de Controle de Fator de Potência Modificação da rotina operacional-orientação no sentido de se manter, por exemplo, os

motores em operação a plena carga, para diminuição de energia reativa indutivas no sistema;

Instalação de motores síncronos super excitados - pode ser acoplada alguma carga da

própria produção em substituição a um motor de indução. Entretanto, devido ao fato de ser

um equipamento bastante caro, nem sempre é compensador do ponto de vista econômico,

sendo competitivo, em princípio, para potências superiores a 200CV e funcionamento por

períodos longos.

Instalação de capacitores – é a solução mais empregada e adotada nesse trabalho.

3.3 Onde Corrigir o Fator de Potência

Uma forma econômica e mais utilizada para operação de equipamentos é a instalação de

capacitores próximos esse equipamentos, a instalação de capacitores, porém deve ser

precedida de medidas operacionais para que levem á diminuição de energia reativa indutivas

no sistema, como o desligamento de motores e outras cargas indutivas ociosas ou

superdimensionadas.

3.4 Com o Fator de Potência elevado para 0.92 ou mais, isto faz com que Desapareça a sobretaxa cobrada nas contas de energia elétrica;

Melhora o aproveitamento da energia elétrica para geração de trabalho útil;

Page 42: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

16

3. FATOR DE POTÊNCIA

3.1 Conceitos Básicos

A maioria das cargas das unidades consumidoras consome energia reativa indutivas, tais

como: motores, transformadores, reatores para lâmpadas de descarga, fornos de indução, entre

outros. As cargas indutivas necessitam de campo eletromagnético para o seu funcionamento,

por isso sua operação requer dois tipos de potência como veremos mais adiante.

O fator de potência é um valor pré-determinado pela Agência Nacional de Engenharia

Elétrica, que é um órgão do governo federal, para que haja melhor aproveitamento da energia

elétrica, já que nos dias atuais ela se encontra tão escassa. O valor determinado pelo governo

foi fixado em noventa e dois por cento (0.92), ou seja, do cem por cento de energia total

entregue pela concessionária, somente oito por cento poderá retornar a linha como forma de

energia reativa.

Segundo Creder (2000) chama-se fator de potência o co-seno do ângulo de defasagem entre a

corrente e a tensão, a Figura 3.1 mostra o ângulo de defasagem entre a tensão e a corrente.

Figura 3.1 – Tensão (V) e Corrente (I)

Page 43: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

15

2.3 Transformador Elevador

São transformadores que aumentam o valor da tensão de entrada em reação á saída, ou seja,

recebe certo valor de tensão no primário e transformam para um valor maior no secundário.

2.4 Transformador de Isolação São transformadores que não variam a tensão de entrada, ou seja, recebe certo valor de tensão

no primário e mantém este valor no secundário.

2.5 Relação de Potência nos Transformadores

Desconsiderando as perdas por aquecimento no transformador (da ordem de 10%) pode-se

dizer que o primário absorve da rede a mesma potência que o secundário fornece á carga, ou

seja, a potência do primário é a mesma potência do secundário.

(2.2)

Esta igualdade acima pode ser apresenta como: O produto da tensão do primário pela corrente

do primário é igual ao produto da tensão do secundário pela corrente do secundário.

(2.3)

Logo podemos deduzir a partir destas equações e da relação de transformação apresentada

antes que:

(2.4)

Page 44: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

14

2. PRINCIPIO BÁSICO DE FUNCIONAMENTO DO TRANSFOMADOR

O principio básico de funcionamento de um transformador é o fenômeno conhecido com

indução eletromagnética: quando um circuito é submetido a um campo magnético variável,

aparece nele uma corrente cuja intensidade é proporcional as variações do fluxo magnético.

Os transformadores, na sua forma mais simples, consistem de dois enrolamentos de fio (o

primário e o secundário), que geralmente envolvem os braços de um quadro metálico (o

núcleo). Uma corrente alternada aplicada ao primário produz um campo magnético

proporcional á intensidade dessa corrente e ao número de espiras do enrolamento (número de

voltas do fio em torno do braço metálico). Através do metal, o fluxo magnético quase não

encontra resistência e, assim, concentra-se no núcleo, em grande parte, e então, a indução

eletromagnética: no secundário surge uma corrente elétrica, que varia de acordo com a

corrente do primário e com a razão entre os números de espiras dos dois enrolamentos.

2.1 Relação de transformação Relação de transformação é o nome dado a relação entre tensão induzida no secundário e

tensão aplicada no primário. Como esta relação depende fundamentalmente do número de

espiras do primário e secundário, pode-se escrever:

Relação de transformação

(2.1)

A partir desta relação podemos classificar os transformadores em três tipos diferentes. São

eles: Transformador Abaixador, transformador elevador e transformador de isolação.

2.2 Transformador Abaixador São transformadores que reduzem a tensão de entrada em relação á de saída, ou seja, recebem

certo valor de tensão no primário e transformam para um valor menor no secundário.

Page 45: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

13

1.2 Objetivo Geral

Este trabalho faz parte de um trabalho mais amplo envolvendo o desenvolvimento de um

sistema supervisório para correção do fator de potência e balanceamento de cargas de um

sistema trifásico realizado simultaneamente pelos alunos Davi Leite, Rodrigo Guedes e

Robson Lage, todos do Curso de Engenharia de Controle e Automação da Escola de Minas de

Ouro Preto.

1.3 Objetivo Especifico

Desenvolver um sistema de controle e automação para fazer o controle do fator de potência no

secundário de um transformador trifásico, e o controle do acionamento de bancos de

capacitores, de tal forma, que mantenha o fator de potência dentro de limites estabelecido em

lei e reduzir a sobrecarga de energia reativa no sistema elétrico, proporcionando o aumento da

vida útil dos equipamentos ligados ao secundário do transformador.

Page 46: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

12

1. INTRODUÇÃO

1.1 Generalidade

A energia elétrica, nos dias atuais é indispensável à vida humana, De natureza complexa,

qualquer erro por parte dos profissionais que lidam com ela, pode resultá em prejuízos

amplos, que vão desde os desastres ambientais até a perda de recursos financeiros

expressivos.

No entanto, a necessidade da criação de mecanismo, que possibilitem a utilização racional de

energia elétrica é de extrema importância. Muitos estudos têm sido feitos sobre estes assuntos,

tanto por parte das universidades quanto pela indústria de modo geral. A utilização da energia

elétrica no Brasil movimenta elevadas cifras de reais por ano, sendo que grande parte desse

dinheiro é perdido pela má utilização da mesma. Isso acontece por razões como falta de

planejamento, dimensionamentos incorretos de instalações, uso em horários mais onerosos e

até mesmo por contratos mal feitos junto às concessionárias de energia.

Vários especialistas do setor elétrico dizem que o Brasil tem um grande espaço para

aproveitar melhor a energia já existente, e a desinformação sobre esse assunto é notável. A

preocupação quanto á possibilidade da falta de suprimento de energia elétrica remete á

necessidade de se avaliar de que forma esse tipo de energia vem sendo utilizado. Isso torna

evidente que o problema não se limita apenas a necessidade de gerar cada vez mais energia,

mas, primeiramente, a eliminar desperdícios, buscando o máximo desempenho com o mínimo

de consumo, segundo a empresa ELETROBRÁS (1998).

O aquecimento da economia implica diretamente na ampliação do parque industrial brasileiro,

notoriamente reconhecido como o grande setor consumidor de energia elétrica. Do total da

energia consumida no país, estima-se, segundo a Empresa de Pesquisa Energética - EPE

(2007), que aproximadamente a metade (44%) é consumida pelo setor industrial. De acordo

com Garcia (2003) os motores destacam-se dentre as cargas elétricas de uma indústria

representando até 60% do total de energia elétrica consumida na mesma.

.

Page 47: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

11

6.4.1 Componentes Físicos .......................................................................................................... 36

6.4.2 Componentes Lógicos de um Sistema SCADA .......................................................... 37

6.5 Software Supervisório .................................................................................................................... 38

6.6 Linguagem de Programação........................................................................................................... 38

7. PRÓTOTIPO DE DESENVOLVIMENTO PARA CORREÇÃO DE FATOR DE POTÊNCIA ................................................................................................................... 40

7.1 Metodologia..................................................................................................................................... 40

7.2 A Maquete ....................................................................................................................................... 41

7.3 Os Sensores ..................................................................................................................................... 43

7.3.1 Principio de funcionamento do sensor de Corrente ............................................... 43

7.3.2 Principio de funcionamento do sensor de Tensão ................................................... 45

7.4 Princípio de Funcionamento do Circuito ....................................................................................... 47

7.5 A programação do CLP e a Correção do fator de Potência .......................................................... 49

7.5.1 A programação da lógica do Fator de Potência ....................................................... 49

8. RESULTADOS EXPERIMENTAIS ...................................................................... 53

9. CONCLUSÃO E SUGESTOES PARA TRABALHOS FUTUROS .................... 54

9.1 Conclusão ........................................................................................................................................ 54

9.2 Sugestões para trabalhos Futuros .................................................................................................. 54

9.2.1 Implementação da Comunicação : PIC para CLP .................................................. 54

9.2.2 Entrada dos Capacitores .................................................................................................. 55

9.2.3 Teste e Verificação dos transformadores de Iso lação ........................................... 55

Page 48: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

10

3.8 Localização dos Capacitores para Correção de Fator de Potência ............................................. 19

4. CAUSAS E CONSEQUÊNCIA DO BAIXO FATOR DE POTÊNCIA .............. 22

4.1 Perdas nas Instalações .................................................................................................................... 22

4.2 Queda de Tensão ............................................................................................................................. 22

4.3 Subutilização da Capacidade instalada ......................................................................................... 22

4.4 Principais Conseqüências ............................................................................................................... 23

4.5 Causa do baixo Fator de Potência .................................................................................................. 24

5. MICROCONTROLADOR PIC .............................................................................. 25

5.1 Comunicação Serial ........................................................................................................................ 26

5.2 Portas .............................................................................................................................................. 26

5.3 Interrupções .................................................................................................................................... 26

5.4 Módulo CCP ................................................................................................................................... 27

5.4.1 Módulo Compare ................................................................................................................. 27

5.4.2 Módulo Capture ................................................................................................................... 27

5.4.3 Módulo PWM ........................................................................................................................ 27

6. SISTEMA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL ..................................................... 28

6.1 Sensor ,Transdutor e Atuador........................................................................................................ 28

6.1.1 Sensor ...................................................................................................................................... 28

6.1.2 Transdutor ............................................................................................................................. 28

6.1.3 Atuador ................................................................................................................................... 29

6.2 Arquitetura da Automação Industrial .......................................................................................... 29

6.3 O Controlado Lógico Programável (CLP) ..................................................................................... 30

6.3.1 Estrutura Básica de um CLP .......................................................................................... 32

6.3.2 Unidade Central de Processamento .............................................................................. 32

6.3.3 Processador ............................................................................................................................ 32

6.3.4 Entradas .................................................................................................................................. 33

6.3.5 Saídas ....................................................................................................................................... 34

6.3.6 Fonte de Alimentação ........................................................................................................ 35

6.4 Sistema Scada ................................................................................................................................ 35

Page 49: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ................................................................................................... 2

RESUMO ......................................................................................................................... 4

ABSTRACT ...................................................................................................................... 5

LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................... 6

LISTA DE SIGLAS ........................................................................................................ 7

LISTA DE NOTAÇÕES ................................................................................................ 8

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 12

1.1 Generalidade ................................................................................................................................... 12

1.2 Objetivo Geral ................................................................................................................................ 13

1.3 Objetivo Especifico ......................................................................................................................... 13

2. PRINCIPIO BÁSICO DE FUNCIONAMENTO DO TRANSFOMADOR ........ 14

2.1 Relação de transformação .............................................................................................................. 14

2.2 Transformador Abaixador ............................................................................................................. 14

2.3 Transformador Elevador................................................................................................................ 15

2.4 Transformador de Isolação ........................................................................................................... 15

2.5 Relação de Potência nos Transformadores .................................................................................... 15

3. FATOR DE POTÊNCIA.......................................................................................... 16

3.1 Conceitos Básicos ............................................................................................................................ 16

3.2 Meios de Controle de Fator de Potência ........................................................................................ 17

3.3 Onde Corrigir o Fator de Potência ................................................................................................ 17

3.4 Com o Fator de Potência elevado para 0.92 ou mais, isto faz com que ......................................... 17

3.5 Potência Total ................................................................................................................................. 18

3.6 Potência Ativa ................................................................................................................................ 19

3.7 Potência Reativa ............................................................................................................................. 19

Page 50: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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LISTA DE NOTAÇÕES

Todas as notações ou símbolos utilizados no documento em ordem alfabética, em separado as

letras gregas.

Variáveis Descrição Unidade

U Tensão Volts [V]

I Corrente Elétrica Ampére [A]

C Capacitância Faraday [F]

Ângulo de defasagem Graus

Constate

L Indutância Henry [H]

N s Numero de espira Secundário

Np Numero de espiras Primário

P Potência Ativa Watts [W]

Vp Tensão no primário Volts [V]

VS Tensão no secundário Volts [V]

Ip Corrente no primário Ampére[A]

Is Corrente no secundário Ampéres[A]

Q Potência Reativa Volts Ámpere [VA]

S Potência Aparente Watts [W]

VCA Corrente Alternada Volts

VCC Corrente Continua Volts

FP Fator de Potência

F Freqüência [Hz]

Pp Potência no Primário Watts[W]

Ps Potência no Secundário Watts[W]

Page 51: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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LISTA DE SIGLAS Siglas Significado

CLP Controlador Lógico Programável

IHM Interface Homem Máquina

IEC International Electronical Comission

CNC Comando Numérico Computadorizado

FET Transistor de Efeito de Campo

SET-POINT Valor desejado

SCADA Supervisory Control and Data Acquisition

MAP Manufactoring Automation Protocol

CPU Unidade Central de Processamento

LCD Display de Cristal Liquido

MSSP Master Synchronous Serial Port

CCP Compare , Capture e PWM

PID Proporcional, Integral e Derivativo

PWM Modulação por largura de Pulso

Page 52: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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LISTA DE FIGURAS

Figura 3.1 Tensão(V) e Corrente (I) 14 Figura 3.2 Triângulo de Potência 17 Figura 3.3 Diagrama dos Tipos de Instalação 20 Figura 4 Seção do cabo em Função do Fator de Potência 22 Figura 5 Diagrama de Pinagem do Microcontrolador 24 Figura 6.1 Pirâmide de Automação 28 Figura 6.2 Estrutura básica de um CLP 31 Figura 6.3 Rede de Comunicação 36 Figura 7.1 Esquema de Ligação dos Componentes 40 Figura 7.2 A Maquete 41 Figura 7.3 Transformador Acoplado ao Sensor de Corrente 43 Figura 7.4 Transformador Acoplado ao Sensor de Tensão 44 Figura 7.5 Sinal da Saída do Sensor de Tensão 45 Figura 7.6 Circuito Com Sensores e PIC 46 Figura 7.7 Sinal de Defasagem entre a Tensão e a Corrente 47 Figura 7.8 Cálculo do Fator de Potência 49 Figura 7.9 Faixa de Alocação dos Capacitores 50

Page 53: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

5

ABSTRACT

This work presents a study of correction of power factor, through the installation of capacitors

in the secondary of a transformer, it shows the importance of correcting the power factor, and

the relevance of this control in the industries, aiming to optimize the use of the electric power

used on country, to provide the growth of the it elaborates without it affects the environmental

laws, it describes the control system using sensors and a microcontroller used for calculates

time between tension and current, a CLP that obtain this time calculates the power factor.

According to the demand in real time, the control system maintains the power factor inside of

the established limits for the electric power dealership. The validation of the proposed control

is realized by simulations that uses the packages like Proteus and Proficy Machine.

Keywords: CLP, Microcontroller, Power Factor.

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RESUMO

Este trabalho apresenta um estudo de correção de fator de potência, através da instalação de

capacitores no secundário de um transformador trifásico. A importância de se corrigir o fator

de potência, e a relevância deste controle nas indústrias de médio e grande porte no Brasil,

objetivando otimizar. O uso da energia elétrica usada no pais, para proporcionar o

crescimento da industria sem que afete as leis ambientais, descreve o sistema de controle

usando sensores de tensão e corrente e um microcontrolador utilizado para calcular o tempo

de defasagem entre a tensão e a corrente da rede elétrica, um CLP que após obtido o tempo

calcula o fator de potência e aciona o banco de capacitores com o objetivo de corrigir

automaticamente o fator de potência. Conforme a demanda em tempo real, o sistema de

controle mantém o fator de potência dentro dos limites estabelecidos pela concessionária de

energia elétrica. A validação do controle proposto se dá por meio da realização de simulações

que utiliza o pacotes computacionais como Proteus e Proficy Machine.

Palavras chaves: CLP, Microcontrolador, Fator de Potência.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, pela compreensão e por terem me dado a oportunidade de estudar. Aos meus

parentes e amigos, por tornarem a minha vida bem mais feliz. Em especial ao professor Paulo

Monteiro, pela dedicação, paciência. Ao professor Ríspoli, pelo apoio e incentivo. Ao

Robson Dal Col e o Fernando dos Santos Alves Fernandes pela disposição e ajuda nas etapas

práticas deste projeto. E, sobretudo, a Deus, pela vida.

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DAVI LEITE DA SILVA

CONTOLE DE FATOR DE POTÊNCIA NO SECUDÁRIO (LADO DA CARGA) DE UM TRANSFORMADOR TRIFÁSICO

Monografia apresentada ao Curso de Engenharia de Controle e Automação da Universidade Federal de Ouro Preto como parte dos requisitos para a obtenção do Grau de Engenheiro de Controle e Automação.

Orientador:

Prof. Dr. Paulo Marcos de Barros Monteiro

Co-orientador:

Prof. Dr. Agnaldo José de Rocha Reis

Ouro Preto

Escola de Minas – UFOP

Dezembro/2009

Page 58: Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS

COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO - CECAU

Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de

um Transformador Trifásico

Monografia de Graduação em Engenharia de Controle e Automação

DAVI LEITE DA SILVA

Ouro Preto, 2009