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Controle Aduaneiro das Medidas de Defesa Comercial

Oswaldo Moraes

26.09.2013

AGENDA

I. Instrumentos de Controle Aduaneiro

Licenciamento Não Automático

Regras de Origem Não Preferencial

Controle e Investigação de Origem

Produtos excluídos do escopo das Medida de Defesa Comercial

II. Inteligência Aduaneira

Centro Nacional de Gestão de Riscos Aduaneiros (Cerad)

Grupo de Inteligência de Comércio Exterior (GI-CEX)

III. Conclusões/Recomendações

Licenciamento Não Automático

3

Produto idêntico, mas não objeto de medida de defesa comercial, originário de países ouprodutores não gravados pela medida de defesa comercial.

O importador deverá obter junto ao produtor ou exportador estrangeiro Declaração deOrigem.

Comprovar que o produto não é originário do país objeto da medida de defesa comercial.

Quando do pedido da licença de importação no SISCOMEX, o importador deverá declarar nocampo "Informações Complementares":

I - que o produto é originário do país mencionado no pedido de licença, conforme as regras deorigem não preferenciais; e

II - que tem a posse e se compromete a apresentar à SECEX, no prazo de 10 dias, quandosolicitado, a Declaração de Origem ou, na hipótese de acordos internacionais concedendopreferências tarifárias, o Certificado de Origem Preferencial.

A SECEX poderá, em caso de indícios de infrações ao regime de licenciamento deimportação, sujeitar a licenciamento importações determinadas ou todas as importações aserem realizadas pela pessoa suspeita de ter cometido a infração.

Referência legislativa: Portaria Secex nº 23/2011

Licenciamento Não Automático

3

Modelo de Declaração de Origem

(Anexo XXVI da Portaria Secex nº 23/2011)

Regras de Origem Não Preferencial

3

Mercadorias integralmente

obtidas

• Produtos totalmente obtidos em certo país (vegetais, animais, minerais, etc.); e

• Produtos elaborados integralmente no território do país, quando em sua elaboraçãoforem utilizados, única e exclusivamente, materiais dele originários.

Mercadorias Transformadas

• Se a mercadoria for resultante de material ou de mão-de-obra de mais de um país, opaís de origem será aquele onde houver recebido transformação substancial (processoque confira uma nova individualidade, caracterizada pelo fato de estaremclassificadas em uma posição tarifária (4 dígitos) do Sistema Harmonizado diferentedos materiais).

Exceções

• A mera montagem, embalagem, fracionamento em lotes ou volumes, etc., que nãoaltere as características do produto como originário não são consideradas comotransformação substancial, ainda que essas operações alterem a classificação doproduto, considerada a 4 (quatro) dígitos.

Referência legislativa: Lei nº 12.546/2011 e Resolução Camex nº 80/2010

Controle e Investigação de Origem

SECEX/DEINT (MDIC)

� Licenciamento de importação – Circular SECEX nº39/2011

� Não comprovação de origem não-preferencial resulta no indeferimento de quaisquerlicenças de importação do produto objeto da verificação de origem, exportado pelofornecedor estrangeiro investigado.

� 19 investigações, que concluíram pela não observância da regra de origem entre 2011 e2013.

� Produtos: Imã de Ferrite, Lápis de Madeira, Escova de Cabelo, Magnésio Metálico eCalçados.

RFB/COANA (MF)

� Despacho Aduaneiro – Instrução Normativa nº1169/2011 (canal cinza)

� Não comprovação de origem não-preferencial pode resultar na aplicação de pena deperdimento sobre os bens importados, além da instauração de procedimento penal contraos representantes do importador.

� Responsabilidade solidária do Importador e Exportador/Produtor quanto às informaçõesprestadas.

� SECEX e RFB devem agir de forma coordenada.

Controle e Investigação de Origem

SECEX /DEINT- Investigação de Origem:

A SECEX selecionará, por meio de análise deriscos, os pedidos de licenças que estarãosujeitas ao procedimentos especial deverificação de origem, devendo considerardentre outros fatores:

I - histórico de importações do bem declarado nopedido de licença de importação;

II - histórico das operações realizadas pelo importador;

III - histórico das exportações, para o Brasil, do país deorigem declarada do bem;

IV - histórico das exportações, para o Brasil, dasempresas declaradas como exportadoras e produtorasdo bem em questão;

V - condições relativas a certificados ou outrosdocumentos de origem que instruam o pedido delicença e sua entidade emissora; e

VI - denúncias fundamentadas apresentadas à SECEX.

� A investigação será concluída pelo Departamento de Negociações Internacionais(DEINT) no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias.

� As licenças de importação submetidas somente serão deferidas após a conclusãoda investigação que comprove a origem declarada.

Controle e Investigação de Origem

3

Informações solicitadas -DEINT

I - localização do estabelecimento produtor;

II - capacidade operacional;

III - processo de fabricação;

IV - matérias-primas constitutivas do produto;

V - índice de insumos não originários utilizados na obtenção do produto;

VI - layout da fábrica;

VII - quantidade de insumos utiliza dos na fabricação do produto; e

VIII - relação contendo histórico de compra de matérias -primas e comprovação da aquisição das mesmas.

� Outras fontes de informação: (i) assistência técnica de entidades e especialistas de capacidade técnica reconhecida; e (ii) visitas técnicas aos estabelecimentos de produtores nacionais.

� Prazo para resposta ao questionário: 20 + 10 dias.

� Após elaboração de Relatório Preliminar: 10 dias para apresentar manifestação.

� Relatório Final.

Controle e Investigação de Origem

Canal Cinza

Procedimento especial de controle aduaneiro que aplica-se a toda operação deimportação ou de exportação de bens ou de mercadorias sobre a qual recaiasuspeita de irregularidade punível com pena de perdimento.

As situações de irregularidade compreendem todas as suspeitas relacionadas noart. 2º da IN RFB nº 1.169/2011 incluindo os casos relacionados com a origem nãopreferencial.

Controle e Investigação de Origem

Canal Cinza: Possíveis ações/providências

I - realizar diligência ou fiscalização no estabelecimento do interveniente, ou solicitar a sua realização, em caráter prioritário, à unidade de jurisdição aduaneira de zona secundária;

II - encaminhar à Coordenação-Geral de Relações Internacionais (Corin) pedido de requisição de informações à administração aduaneira do país do fornecedor ou ao adido aduaneiro e tributário nele localizado;

III - solicitar laudo técnico para identificar a mercadoria, inclusive suas matérias-primas constitutivas e obter cotações de preços no mercado internacional;

IV - iniciar procedimento para apurar a veracidade da declaração e autenticidade do certificado de origem das mercadorias, inclusive intimando o importador ou o exportador a apresentar documentação comprobatória sobre a localização, capacidade operacional e processo de fabricação para a produção dos bens importados;

V - solicitar a movimentação financeira do importador, exportador, ou outro interveniente da operação e, se necessário, emitir a correspondente Requisição de Informação sobre a Movimentação Financeira (RMF); e

VI - intimar o importador, exportador, ou outro interveniente na operação, a apresentar informaçõese documentos adicionais que se mostrem necessários ao andamento dos trabalhos, inclusive osrelativos a outras operações de comércio exterior que tenha realizado, observado o disposto nalegislação específica e o prazo decadencial.

� A mercadoria investigada ficará retida até a conclusão da verificação.

� A investigação deve ser concluída dentro de 180 dias.

Produtos excluídos do escopo das Medida de Defesa Comercial

3

•O mesmo Código da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) pode incluir produtos distintos dos gravados pela medida de defesa comercial.

•A aplicação de medidas de defesa comercial pode ser restrita a certos produtos dentro de um ou mais códigos da NCM.

• Exemplo 1: Revisão de direito antidumping aplicado contra importações brasileiras de cadeados, exceto para bicicletas, comumente classificadas no item 8301.10.00 da NCM, originárias da China (Iniciada por meio da Circular Secex nº 61/2012).

• Exemplo 2: Caneta esferográfica descartável, fabricada à base de resinas plásticas, comumente classificadas no item 9608.10.00 da NCM, originárias da China (Direito antidumping aplicado pela Resolução Camex nº 24/2010).

•Como o importador de cadeados para bicicletas, ou canetas esferográficas de luxo, deve preencher a declaração de importação?

Referência legislativa: Portaria Secex nº 23/2011

Centro Nacional de Gestão de Riscos Aduaneiros (Cerad)

Atribuições I - coordenar orientar e executar estudos e pesquisas com vistas à seleção fiscal aduaneira de zona primária e à determinação de áreas de risco aduaneiro;

II - realizar estudos e pesquisas sobre fraudes no comércio exterior;

III - propor rotinas e procedimentos relativos à seleção fiscal aduaneira;

IV - gerenciar e avaliar sistemas de seleção fiscal para as atividades executadas em locais e recintos alfandegados;

V - inserir os parâmetros de seleção fiscal aduaneira nos sistemas informatizados de controle de carga; trânsito e despacho aduaneiro;

VI - avaliar a efetividade dos parâmetros de seleção fiscal aduaneira inseridos nos sistemas informatizados de controle de carga, trânsito e despacho aduaneiro;

VII - prestar assessoramento nas participações da RFB em fóruns nacionais e internacionais relacionados ao gerenciamento de risco no âmbito da administração aduaneira; e

VIII - administrar e supervisionar as atividades pertinentes à Seção de Estatísticas de Comércio Exterior e de Aplicação de Regimes Tributários - Sarex, à Seção de Pesquisa e Seleção - Sapes e à Seção de Análise Merceológica - Saama.

• Previsto na Portaria MF nº 203/2012 e criado em julho de 2012.

Grupo de Inteligência de Comércio Exterior (GI-CEX)

3

• Criado pela Portaria Conjunta MDIC/MF nº 149/2011.

• Vinculado ao CERAD.

• Composição: Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRF) + Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).

Atribuições

(i) Identificar setores e produtos propensos às práticas desleaise ilegais no comércio exterior;

(ii) Propor diretrizes, prioridades e medidas para a detecçãodas práticas desleais e ilegais no comércio exterior e para oseu combate; e

(iii) Estabelecer canais de comunicação e cooperação comoutros órgãos anuentes no comércio exterior para a obtençãode informação e conhecimentos para detectar e combater aspráticas.

Conclusões/Recomendações

3

Postura ofensiva e/ou

defensiva?

Adaptação aos novos controles

Atenção a possíveis novas

regras

Alinhamento com

prestadores de serviços

Identificação dos interesses de terceiros

Bom relacionamento

com Órgãos envolvidos