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CONTANDO UMA BE HISTORIA : A TETORIA DAABEn BAHIA TELLINGABEAUTIFUL STORY: THE TRAJECTORY O F THE BRAZILIAN ASSOCIATION OF NURSING (ABEn) IN THE FEDERAL STATE OF BAHIA CONTANDO UNAHERMOSAHISTORIA: LATRAYECTORIADE LAABEn- BAHIA leda Pessoa de Aant ara 1 Maria Antonieta de Vasconcellos L uckesi 2 Mian Santos Paiva 3 RESUMO: Trata este trabalho de contar a historia da ABEn-Ba desde sua criag80 ate os dias atuais, tragando um paralelo com a trajet oria da ABEn Naci onal e destacando os grandes marcos deste caminhar de cinquenta e tr es anos. Fica evidente que a historia repetiu-se ao colocar no destino da ABED / ABEn - Ba um comego relacionado a fund ag80 da Escola de Enferma gem da Universidade Federal da Bahia, pois a vivencia na Associag80 experimentada pelas professoras - enfermeiras em seus estados de origem, que as impulsionou para a cria g80 da Seg80 Ba. Historia semelhante teve a Regional Feira de Santana, tamb em formada apos a criag80 d o Curso da Universidade Estadual de Feira de Santana. Ao longo da sua historia a ABEn - Ba vem primand o por ser uma entidade democratic a sempre atenta as lut as da categoria, na defesa da saude da pop ulag80 brasileira, bem como, na busca do foalecimento da Entidade. PALAVRAS-CHAVE: ABEn, historia da enfermagem, organizag80 profissional Compreender as raizes da h istoria daABEn - Ba, e confundi-Ia com a propria historia da ABEn - Nacional e com 0 sistema que se expandiu por todas as partes do mundo caracterizado como "enfermagem moderna ", nascido na Inglaterra e implantado por Florence Nightingale em 1860, ou seja, uma enfermagem "implantada em bases cient f ficas". Com a fundaao da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia em 1 946 e para viabiliza ao do Hospit al das C lfnicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federa l da Bahia, surgiu a premente necessidade de trazer de outras regi oes enfermeiras que pudessem compor 0 corpo docente da nova Escola, assim como, para organizar e dirigir 0 Departamento de Enfermagem do Hospital Universitario. Para organizar essas duas institui oes foram recrutadas enfermeiras da Escola de Enfermagem da Universidade de S ao P aulo (USP), que n ao p araram por ai, expand iram seus papeis, traaram m etas e pianos que foram ma is alem, firmou-s e entao um compromisso maior entre as enfermeiras docen tes e hospitalares que somaram foras numa luta (mica sob a liderana das profissionais oriundas do sudoeste do Pa is. Foi esse grupo, integrado por professoras - enfermeiras, com alguma vivencia das Associaoes d o Distrito Federal (n a epoc a, Rio de Janeiro) e de S ao P a u l o 0 respons3vel, pela ide ia de criar a Se ao - Bahia, cuja fundaao foi concretiz ada em 12 de maio de 1948. A historia repetiu-se a o colocar no destin� da ABED I ABEn - Ba um comeo relacionado a funda ao d a Escola de Enfermagem da Universidade Federa l da Bahia. A primeira Diretoria foi 1 Direlora da A BEn-BA na Geslao 1986- 1989; Pres/denle da ABEn-BA Geslao 1992- 1995. 2 Direlora da ABEn-BA nas Gestoes 1980- 1984 e 1992- 1995 J Direlora da ABEn-BA nas Gestoes 1980- 1984 e 1992- 1995 e da ABEn Naci ona/ nas Gestoes 1995- 1998 e 1998-200 1. R. Bras. Enferm. , Brasil ia, v. 53 , nA , p. 271-277 , abr./jun . 2001 271

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Page 1: CONTANDO UMA BELA HISTORIA: A TRAJETORIA DAABEn BAHIA · 2014. 8. 15. · CONTANDO UNAHERMOSAHISTORIA: LATRAYECTORIADE LAABEn BAHIA leda Pessoa de Alcantara 1 Maria Antonieta de Vasconcellos

CONTANDO UMA BELA HISTORIA : A TRAJETORIA DAABEn • BAHIA

TELL I N G A BEAUTI FUL STORY: TH E TRAJ ECTORY OF TH E B RAZ IL IAN ASSOCIAT ION O F N U RS I N G (AB E n ) IN THE F E D E RAL STATE O F BAH IA CONTAN DO U NA H ERMOSA H I STORIA: LA TRAYECTORIA D E LAABE n­

BAH IA

leda Pessoa de Alcantara 1

Maria Antonieta de Vasconcellos Luckesi 2 Mirian Santos Paiva 3

RESUMO: Trata este trabalho de contar a h istoria da ABEn-Ba desde sua criag80 ate os d ias atua is , tragando u m para le lo com a trajetoria da ABEn Nac iona l e destacando os g randes marcos deste cam inhar de c inquenta e tres anos. F ica evidente que a h istoria repetiu-se ao colocar no dest ino da ABED / ABEn - Ba um comego relacionado a fundag80 da Escola de Enfermagem da U n ivers idade Federa l da Bahia , pois a vivencia na Associag80 experimentada pelas professoras - enfermeiras em seus estados de origem, que as impu ls ionou para a criag80 da Seg80 Ba . H istoria semelhante teve a Reg iona l Fe i ra de Santana , tambem formada apos a criag80 do Curso da U n ivers idade Estadua l de Fe i ra de Santana . Ao longo da sua h istoria a ABEn - Ba vem primando por ser uma ent idade democratica sempre atenta as l utas da categoria , na defesa da saude da populag80 bras i le i ra , bem como, na busca do fortalecimento da Ent idade .

PALAVRAS-CHAVE : ABEn , h istoria da enfermagem , organ izag80 profiss ional

Compreender as ra izes da h istor ia da ABEn - Ba, e confund i- Ia com a propr ia h istoria da ABEn - Nac iona l e com 0 s istema que se expand iu por todas as partes do mundo caracterizado como "enfermagem moderna" , nascido na I ng laterra e imp lantado por F lorence N ight inga le em 1 860 , ou seja , uma enfermagem " imp lantada em bases c ient fficas" .

Com a funda<;:ao da Escola de Enfermagem da U n ivers idade Federal da Bah ia em 1 946 e para v iab i l iza<;:ao do Hospita l das C l f n icas da Facu ldade de Med ic ina da U n ivers idade Federa l da Bah ia , surg iu a premente necessidade de trazer de outras regioes enfermeiras q u e pudessem com por 0 corpo docente da nova Esco la , assim como, para organ izar e d i r ig i r 0 Departa mento de Enfermagem do Hosp ita l U n ivers itar io .

Para organ izar essas duas i nst itu i<;:oes fora m recrutadas enferme i ras d a Escola de Enfermagem da U n ivers idade de Sao Pau lo ( U S P ) , que nao pararam por a i , expand i ra m seus papei s , tra<;:ara m metas e p ianos que fora m mais a lem, f irmou-se entao u m compromisso maior entre as enfermeiras docentes e hospita lares que somaram for<;:as numa luta (m ica sob a l ideran<;:a das p rofiss iona is ori u ndas do sudoeste do P a is .

F o i esse grupo , i ntegrado por professoras - enferme i ras , com a lguma vivenc ia das Associa<;:oes do D istrito Federal ( na epoca , R io de Janei ro ) e de Sao Pau lo 0 respons3ve l , pe la ide ia de cri a r a Se<;:ao - Bah ia , cuja fu nda<;:ao fo i concretizad a em 1 2 de ma io d e 1 94 8 .

A h istoria repeti u-se a o colocar no dest in� da ABED I ABEn - Ba u m come<;:o re lac ionado a fu nda<;:ao da Esco la de Enfermagem da U n ivers idade Federa l da Bah ia . A primeira D i retoria fo i

1 Direlora da ABEn-BA na Geslao 1986- 1989; Pres/denle da ABEn-BA Geslao 1992- 1995. 2 Direlora da ABEn-BA nas Gestoes 1980- 1984 e 1992- 1995. J Direlora da ABEn-BA nas Gestoes 1980- 1984 e 1992- 1995 e da ABEn Naciona/ nas Gestoes

1995- 1998 e 1998-200 1.

R. Bras. Enferm. , Bras i l ia , v. 53 , n A , p. 27 1 -277 , abr. /j u n . 200 1 2 7 1

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Contando uma bela h istoria . . .

proposta pe la entao d i retora d a Esco la , Professora Ha idee Guana is Dourado , e formada pelas docentes do curso , tendo s ide esco lh i da para a 1 a Pres idente a enfermeira Olga Verderese (Gestao 1 948/1 949) .

Os pr ime i ros passos da nova Associagao d izem respe ito a sua estruturagao . Foram fe itos os reg imentos provisor ios e encam inhados a AB E D - Centra l para ana l ise e aprovagao . As d i retr izes centra i s eram r igorosamente observadas . As reu n i6es ord i n ar ias ocorr i am mensa lmente , a pr i me i ra q u i nta-fe i ra do mes , i n i c i a l mente , em uma das sa las do Hosp ita l das C l fn icas , com horar ios pre - estabelec idos para 0 i n fc io e 0 term i no ( 1 6 : 00 as 1 7 :20 h ) , r igorosamente cumpr id o . Esta r ig idez era entend ida e cumpr ida na epoca (decadas de 1 9401 1 950) , onde a m u l her nao t i nha a autonomia dos d ias atua i s .

U m dos cu idados i n ic ia i s e sempre presentes , fo i com os Ana i s d e E nfermagem, denominado posteriormente de Revista Bras i le i ra de Enfermagem (REBEn) , por entender ser 0 maior orgao de d ivu lgagao da Associagao e o gra nde estimu lador da produgao do conhecimento c ient ffico da categoria . AABEn - Ba sempre co la borou com a R E B E nl Ana is de Enfermagem , nao so na sua d ivu lgagao, como tambem atraves de publ icag6es de trabalhos cientfficos rea l izados por suas assoc iadas e que refleti am 0 d i a a d i a de sua prat ica , apresentados em d iversos eventos c ient ff icos , particu larmente nos Congressos Bras i le i ros de E nfermagem (CBEn ) . Mas , contr i bu i u e vem contr i bu i ndo , pr i nc ipa l mente , a part i r do traba lho d e suas assoc iadas que coordenaram a Comissao/D i retor ia responsavel pe la pub l icagao da Revista , como tambem por aque las q u e compusera m e comp6em 0 corpo de consu ltoras ao longo de todos este anos .

A preocupagao com a d ivu lgagao da profissao e com 0 estabelec imento de u m cana l que aproxi masse a d i regao da ent idade e suas assoc iadas fez com que , a exemplo da N ac iona l , fosse cr iado u m outr� orgao de d ivu lgagao a l e m da R E B E n - 0 Bo let im I nformat ivo . Va le sa l ientar, que 0 1 0 nu mero do Bolet im I nformativo (B I ) da ABEn - Ba fo i ed itado em novembro de 1 957.

Para a compos igao do seu quadro de socios fo i criada a Comissao espec ffica para 0 "a l ic ia mento de soc ias" , no sent ido de "atra i r a s i , convidar, seduz i r, angari a r" associadas(os) para a entao recem cri ada ABED - ABEn - Ba . 0 quad ro d e soc ias fo i e cont i nua sendo , a g rande preocu pagao das(os) suas/seus d i r igentes .

Todos sabemos que uma Ent idade para ser forte , part ic ipativa e respeitada e necessario que seja representativa . Este quadro sempre sofreu grandes osci lag6es . Tivemos momentos de grande part ic ipagao e de grande evasao . Em determ inado momenta da decada de 1 950 houve 1 00% de adesao . Eram cerca de 300 enfermeiras e todas socias . Ja na decada de 1 960 , a nao part ic i pagao motivou a formagao de uma Comissao para descobr i r "0 q u e estava afasta ndo a enferme i ra de sua Associagao" . Na decada de 1 980 voltamos a ser fortes . Hoje ma is uma vez , experi mentamos osci lag6es , porem necessitamos compreender a conj u ntu ra e ident if icar os porques da d ificu ldade de associ agao .

No i n fcio , a enfermeira para ser socia era apresentada por uma outra associ ada e aprovada em p lenari a . No presente , basta a dec isao de ser soc ia (o ) da A B E n e comprovar que e enfermeira (o ) . Mu itas tem s ido as estrateg ias ut i l izadas para i ncrementar 0 quad ro , como : campanhas de assoc iagao , env io d e correspondenc i a s , v i s i tas a s re u n ioes d e serv igo , esc lareci mentos no Bo let im I nformativo , mas como a associagao e u m ate de l ivre esco lha de cada profiss iona l , 0 q u adro esta sempre na dependenc ia do gra u d e consc ient izagao e compromisso i nd iv id ua l com a profissao .

Para le lo a preocupagao de aumentar 0 quadro de socias , estava 0 cu idado com a Imagem da Enfermeira e a Enfermagem como Profissao, pois por ser a epoca uma profi ssao emergente , necessar io se fazia d ivu lga- Ia j u nto a sociedade como profissao de n fvel su perior. Para ta nto , a ABED exerc ia u m pape l de fisca l izadora , pri nc ipa lmente , quanto a postu ra da enfermeira (vestuar io , comportamento) . 0 tratamento no local de traba lho era forma l , ate mesmo entre co legas e a vig i l anc ia com a imagem era grande , i nterferindo , i nc lus ive, na organ izagao de

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ALCANTARA, I . P. de et a l .

desfi les c ivicos e de agrem ia90es carnava lescas . Mas a preocupac;ao da imagem d a E nferme i ra n a o se l i m itava a aparenc ia . Exig i a-se ,

pr i nc ipa lmente , a competenc ia tecn ica e 0 conhec imento c ient ff ico . N este parti cu la r, a Se9ao Bah ia , da Associa9ao Bras i le i ra de E nfermag e m , ganhou proj e9ao nac ion a l , pois e um ce le i ro de g ra ndes expressoes e referenc ias em todo 0 Bras i l . Nossas assoc iadas sao conv idadas para profer ir pa lestras , conferE'mc ias , m i n istrar cu rsos dentro e fora da Bah ia . Sao i nd icados para coordenar e / ou partic ipar da Comissao de Temas de Congressos , part ic iparam e part ic ipam de cargos na D i retor ia da ABEn no amb ito N ac io n a l , e , como sabemos , por duas vezes , socias da ABEn - Ba pres id i ram os dest inos a nossa Associagao , nac iona l mente , a saber Profa Dra . Enfa . Maria I vete R ibe i ro de Ol iveira e a Profa . E nfa . Ste l la Mar ia Pere i ra Fernandes de Barros .

Por volta do ana de 1 98 3 , a A B E n - Ba i nter ior izou-se com a i nsta l agao da Reg iona l Fe i ra de Santana , tambem formada apos a cr iagao do Curso da U n ivers idade Estadua l de Fe i ra de Santana . Outros nucleos foram viab i l izados , como os de Vitoria da Conqu ista , Jequ ie , I tabuna / I I heus , sendo que , no momento , estao desat ivados .

U ma outra expansao que ora se desenvo lve e a articu lagao com os grupos de especia l istas em enfermagem . Gru pos de I nteresse fora m criados , co legas agregadas por espec ia l idades ut i l izam 0 espago da ABEn - B a , para com e la tragarem d i retrizes de ac;ao . No momenta temos em at iv i dade : Grupo de I nteresse em CC e C M E ; Associagao Bras i l e i ra de Obstetrizes e E nfe rme i ras O bstetras , N uc leo d e E nfermag e m e m E d u cagao Cont i n u a d a . As dema i s Sociedades e Gru pos traba l ham com a ABEn - Ba de forma esporad ica , como acontece neste momenta em que se organ iza 0 1 ° Congresso Ba iano das Espec i a l idades em E nfermagem , a ser rea l izado em setembro v indouro .

AABEn - Ba ja fu nc ionou em q uatro sedes . N o i n ic io as reu n ioes da ABED - Ba era m rea l izadas em u m a sala do Hospital d a s C l in icas , hoje Hospita l U n iversitario Prof. Edgard Santos . Posteriormente passou a funcionar na Escola de Enfermagem da U n ivers idade Federal da Bah ia (EE - U F Ba) onde Ihe foi destinada uma sa la e par u m grande periodo desenvolveu suas agoes . No enta nto 0 sonho da sede propria , espago onde poder ia coordenar mel hor suas at ividades e fac i l ita r 0 acesso das associadas , foi concret izado em 20 de dezembro de 1 968 . Ba luarte nesta i n ic iativa foi a enfermeira N i lza Garcia , que com d i nam ismo comandou a sua compra , pagamento e instalagao na Avenida 7 de Setembro , no Ed ificio Fundagao Pol itecn ica , Salas 88/89. Entretanto com 0 cresci menta do centro da c idade , su rg i ra m prob lemas com a seg u ranga , tornando cad a d i a ma is d i fic i l 0 seu acesso , pr i nc ipa lmente , e m at iv idades notu rnas . A Categoria passa a reivi nd icar a sua muda nga . Ma is uma vez trava-se grande esforgo para concretizar este desejo . Mas em novembro de 1 992 a sede d a ABEn - Ba m udou-se para 0 ba i rro do Rio Verme lho , sendo sua pr ime i ra reforma conc l u ida em 1 995 . Na sede atu a l , as (os) assoc iadas(os) tem acesso ao acervo b ib l i ografico atua l izado e d is poe d e u m aud itor io frequentemente ut i l izado para a rea l izagao de eventos c ientificos .

A melhor ia da qua l idade da ass istenc ia de enfermagem sempre fo i a pr inc i pa l motivagao para que a ABEn - Ba se empenhasse ao longo de sua h istori a , em promover atividades d iversas, de cunho c ient ifico - cu l tura l . Foru ns de d iscussoes , cu rsos , seminarios , pa lestras , encontros , congressos gara nt i ra m a troca d e exper ienc ias e 0 est fmu lo ao desenvo lv imento c ient ifico , cu ltu ra l , po l i t ico e socia l . Cu riosamente n a pr i me i ra reu n iao a pos a i n sta lagao da AB E D - B a , fora m criados cursos e recic lagens n o s propr ios serv ic;os , para aux i l i ares de enfermagem , especia l mente de puer icu l tura e tubercu lose .

o que a ABEn vem fazendo pe la enfermagem ba iana e bras i l e i ra e i nd iscr i t fvel po is e i mposs ive l d esassoc iar a ABEn da enfermagem . N a sceram e crescera m j u ntas , vejamos :

EDUCACAo EM ENFERMAGEM

Tem sido 0 grande carro-chefe da ABEn e sempre orquestrada pela Comissao Permanente

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Contando uma bela h ist6ria . . .

de Educa<;:aol O i retor ia de Educa<;:ao , desenvo lveu at ividades v isando a : - forma<;:ao d a ( 0 ) enfermeira( 0 ) - forma<;:ao e m enfermagem de n ivel med io - profiss iona l iza<;:ao das( os) exercentes - qua l if ica<;:ao em n ivel de p6s - gradua<;:ao . A a<;:ao magna fo i e tem s ide 0 a mp lo e permanente d ebate, em n ivel nac iona l sobre 0

ens ino de enfermagem na defi n i<;:ao de u m a pol it ica d e forma<;:ao e profiss iona l iza<;:ao das categor ias - Leis do Ens ino . A lerta e v ig i l ante a ABEn - Ba sempre correspondeu e colaborou , apo iando fi rmemente os embates d a ABEn - Nac iona l na a rea d a ed uca<;:ao destacando - se nesta l uta a atua<;:ao d iscussao nas d iversas mudan<;:as de Pareceres que i nst i tu i ra m os curriculos m in imos para os cursos de enfermagem e a lu ta atua l para a aprova<;:ao das d i retrizes curricu la res para 0 ens ino su per ior e os referenc ia is cu rricu la res para 0 ens ino profiss iona l ­'hab i l ita<;:ao tecnico. Este traba lho vem sendo desenvolvido de forma art icu lada com a Comissao de Espec ia l i stas de Enfermagem/Sesu/M E C , na qua l d estaca mos 0 traba lho das assoc iadas Profa Maria Jenny S i lva Araujo e Profa Ora Jos ice l ia Ou met Fernandes .

lEGISLAC;Ao

A Comissao Permanente de Leg is la<;:ao , j unto com a Comissao Permanente de Educayao , de l i neara m por mu ito tempo 0 tra ba lho d a ABEn . Os prob lemas do ens ino e do exerc ic io sao i nterdependentes . Longo foi 0 caminho para a regu lamenta<;:ao da profissao e para as enfermeiras serem reconhecidas como profiss iona is l i bera i s . S6 0 esfor<;:o das enferme i ras reu n idas em associa<;:ao de c lasse , poss ib i l i tou 0 i nteresse do Governo na aprova<;:ao , pelo Congresso das Le is que regem a enfermagem bras i le i ra . Ma is uma vez a ABEn - Ba esteve a lerta e ag i l em acompanhar todo esse processo, env iando telegramas como forma de pressao aos sen hores deputados e senadores , cr iando , ass im , outra forma de apoio. Aos poucos , tornou-se possive l , a aprova<;:ao do sa lar io base do padrao basico da carga horaria , da leg is la<;:ao referente a acumu la<;:ao de cargos (cont ida na CLT) e demais conq u istas da categoria , obt idas no amb ito federa l .

A rec lass if ica<;:ao de cargos e fu n<;:6es dos fu nc ionarios c iv is da un iao , bem como a gara nt ia de fiscal iza<;:ao j u nto aos serv i<;:os q u e se i nsta lavam sem a presen<;:a da enferme i ra , i nfri ng i ndo a le i nO 775 , sao outros exemplos q u e merecem destaques na h i st6ria de vit6r ias traba lh istas .

No amb ito da mob i l iza<;:ao pol it ica estadua l cou be a ABEn - Ba encampar a l uta pe la forma<;:ao do quadro da enfermagem da Secretaria Estadua l de Saude . Posteriormente foi travada uma bata l ha mais especifica que visava 0 enquadramento da enferme i ra no n ivel u n ivers i tar io , med ida que imp l icava na melhor ia de sa lar ios , in tervi ndo e part ic ipando na redefi n i<;:ao do p lano de cargos e sa larios dos serv idores estad ua i s . N a reformu la<;:ao dos estatutos da AB E n , como nao poderia ser de outro modo , destacou-se 0 br i l hante traba lho da ABEn - Ba, l i derado pe la Profa . Mar ia Jenny S i lva Araujo . Nos d ias atua is , a g rande bata lha que se tem travado e a i nstitu i<;:ao da carga horaria de 30horas para as(os) traba lhadoras(es) de enfermagem, ja que ap6s seis anos de tramita<;:ao 0 Projeto fo i aprovado no Congresso , porem vetado pelo Pres idente da Repub l ica .

ENTIDADES DE CLASSE

AAB En foi a entidade - mae das demais que hoje representam e defendem os i nteresses dos profiss iona is de enfermagem. Foi atraves do esfor<;:o de suas d i retorias , da conscientiza<;:ao das suas associadas sobre a importancia dos d iversos papeis assumidos, que hoje elas existem .

Tudo come<;:ou com a necess idade d e u m S i nd icato para 0 enfrentamento das q uest6es

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ALCANTARA, I . P. de et a l .

traba lh i stas . Ass i m em 1 959 , motivada e estimu lada pe la ABEn - Ba e criada a Associa<;:ao dos Profiss iona is l i bera i s em E nfermagem do Estado da Bah ia (AP l E N ) . Entreta nto sua atua<;:ao e pequena , esbarra na fa lta de a po io d a categoria e nas restri<;:oes pol f t icas i nsta ladas no pa is nos anos 60 aca ba se exti ngu i ndo , para ressurg i rem nos a nos 70 .

E m 1 973 , mais uma vez , ca pita neada pe la ABEn - B a , su rge a Associa<;:ao Profi ss iona l das E nferme i ras d a Bah ia (AP E B ) . E m 1 979 a ABEn - Ba cr ia uma Comissao Especia l para j u nto com a APEB ag i l izar a cr ia<;:ao do S i nd icato . Em 1 980 , du rante a rea l iza<;:ao do Congresso Bras i le iro de Enfermagem, rea l izado em Bras i l ia , a ent idade recebe, fi na lmente, a Carta S ind ica l . o S ind icato d o s E nferme i ros do Estado da Bah i a ( S E E B ) passa s e r uma rea l i dade em 1 98 1 , ate mead os dos a nos 90 fu nc ionou nas dependenc ias da sed e da ABEn e d u rante toda a sua existenc ia vem desenvolvendo uma agenda de forma in tegrada e art icu lada com a ABE n .

D i ante d a necess idade d e i ntens ificar a reg u l a menta<;:ao e fisca l iza<;:ao do exerc ic io profiss iona l , tornou-se necessar ia a cr ia<;:ao de u m novo 6rgao . Depo is de mu itos embates , em 1 973 foi cr iado 0 Conselho Federa l de Enfermagem e i nsta lada a sua primeira D i retoria Provis6ria em 1 975 , med ia nte a apresenta<;:ao de uma l i sta pela ABEn . Do mesmo modo a A B E n - Ba tam bem i nd icou a J u nta Espec ia l para a i nsta la<;:ao do Conse lho Reg iona l de E nfermagem (COREN - Ba) , formada por duas enfermeiras e u ma aux i l i a r de enfermagem .

Ao l ongo da sua h ist6r ia a ABEn - Ba vem pri mando po r se r uma ent idade democrat ica sempre atenta as l utas da categor ia e na d efesa da saude da popu la<;:ao bras i le i ra . Por esta razao , nao se atem a penas as l utas especificas , mas, busca estar i ntegrada as l utas gera i s d a popu la<;:ao . Dentro deste pri nc ip io e q u e n o s a nos oitenta , a l e m de part ic ipar d o s mov imentos socia is que c la mavam pel a democratiza<;:ao do pa is , i ntegrou 0 Movimento Part ic i pa<;:ao, que se const i tu i u n u m mov imento de opos i<;:ao , q u e t i nha como objet ivo democrat izar a ent idade , quest ionando 0 pape l q u e e la v inha desempenhando , buscavando a rt i cu l a<;:ao com a c lasse traba l hadora e engajando-se nos dema is movimentos soc ia is e da area da saude . Embora , no amb ito naciona l , a pr imeira d i retoria advinda deste movimento tenha tomado posse em 1 986 , na ABEn - Ba a part i r d e 1 983 e ate os d ias atu a i s , sao assoc iadas ori g i nar ias deste mov imento q u e tem d i r ig ido a ent idade .

ATIVIDADES CIENTrFICAS CULTURAIS, POLrTICAS E SOCIAlS

Estas at ividades refletem a preocu pa<;:ao consta nte com a pratica da enfermage m . Sao f6runs de d iscussoes , de troca de experienc ias , acompa nhando sempre 0 desenvo lv imento c ient ifico e tecno l6g ico .

Destacamos , e m seg u i d a , os eventos de ma ior porte : - E ncontro de E nfermagem em Centro C i ru rg ico e Centro de Materi a l Esteri l izado - Jornada de E nfermagem Med ico C iru rg ica . - Reun iao de E nfermagem Materno - I nfant i l da Bah ia - Jornada d e Adm in i stra<;:ao em Enfermagem - Encontro d e E nfermagem Soc ia l da Bah i a - Jornada Ba i ana de E nfermagem - Jornada Ba iana de Enfermagem na Assistenc ia Domic i l i a r - C ic los de Estudo em Ad m i n i stra<;:ao de Serv i<;:os de E nfermagem e Aud itor ia - Encontro d e Pesq u isa em E nfermagem da Bah ia

- Encontros Reg iona is - ENF Nordeste

1 ° Encontro de Enfermagem do N ordeste ( 1 ° E N F Nordeste) Tema - Nordeste : Desafio para a E nfermagem Gestao - Enfa Rosamar ia S i lva N u nes

R. Bras. Enferm. , Bras i l ia , v . 53 , nA, p . 27 1 -277 , abr. /j u n . 200 1 275

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Contando uma bela h ist6ria . . .

1 1 ° E ncontro d e Enfermagem do Nordeste ( 1 1 ° E N F Nordeste) Tema - Espec ia l iza<;ao em E nfermagem Gestao Enfa l eda Pess6a de Alcantara

1 6° Encontro d e Enfermagem do Nordeste ( 1 6° E N F Nordeste) Tema - Prod uz indo e Pesqu isando 0 Cuidado de Enfermagem a rea l idade do N ordeste Gestao - Ana L ig ia Cumming e S i lva

- Encontro I nternaciona l

1 ° E ncontro I nternac iona l de E nfermagem de Pa rses de L ingua Ofic ia l Portug uesa Tema -A E nfermagem no Desenvolvimento da Aten<;ao Primaria em Saude - um desejo

para a q u a l i dade Gestao - l ed a Pessoa de Alcantara

- Congressos Bras i le i ros de E nfermagem (CBEn)

4° CBEn - 1 950 Tema - E nfermagem Profiss iona l Gestao - E n� Al i ne Reg is Ga lvao

1 6° C B E n - 1 964 Temas - E nfermagem e Pesq u isa

Ass istenc ia em Enfermagem E nfermagem Profissao L i bera l

Gestao - E nfa E u rides Corre ia Rocha

27° C B E n - 1 975 Temas : I ntegra<;ao do Ens ino e Servi<;o de Enfermagem

Part ic ipa<;ao do Pessoa l de Enfermagem nos Programas de Ass istencia a Saude nas Popu la<;oes da Zona Rura l P rob lemas d e Assistenc ia de Enfermagem nos Hospi ta i s e C l i n icas Part icu lares de Grandes Centros U rbanos Recentes Pesq u isas em E nfermagem

Gestao - Enfa Jand i ra Santos Orrico

39° C B E n - 1 987 Tema : 0 Tra ba lho na E nfermagem Gestao : Enfa Na i r Fab io da S i lva

50° C B E n - 1 998 Tema : C u ida r - A<;ao Terapeut ica d a E nfermagem Gestao : E nfa Ana L ig ia Cumming e S i lva Semanas Bras i le i ras de E nfermagem Como todos os eventos c ient if icos rea l izados pe la ABEn - Ba foram ca lorosamente

ce lebrados , com as Semanas Bras i le i ras de Enfermagem nao poder ia ser d iferente . Sempre com 0 objetivo de d ivu lgar a profissao , refleti r sobre a prat ica da enfermagem ,

trocar experienc ias e favorecer 0 congra<;amento da c lasse . Destacamos como uma das at iv idades d esse evento a " Fe i ra de Saude" , rea l izada a part i r do fi na l d a decada de 1 980 , promo<;ao que va i ate 0 seio da comu n idade, cuja i n iciativa deveu-se a enfermeira Na i r Fab io da

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ALCANTARA, I . P. de et a l .

S i lva , entao Pres idente da ASEn - Sa . AASE n - Sa , como toda a enfermagem bras i le i ra , cresceu e tornou-se adu lta . N a decada

de 1 980 passa a d i scut i r a prat ica de enfermagem levando tambem em cons ideragao seu aspecto po l i t ico - socia l . Com 0 entend i mento de q u e , 0 traba l ho de enfermagem nao e so tecn ico , mas q u e reprad uz as re lagoes soci a i s , fi rma-se a necess idade de aprofundar a competenc ia tecn ico-c ient ffica agregada a competenc ia po l ft ica .

AASEn tem partic ipado de forma crft ica e efetiva nos foru n s po l i t icos de d iscussao : - Conse lho N ac iona l de Saude - Conse lho Estad ua l de Saude - Conse lho M u n ic ipa l de Saude d e Sa lvador e de Fe i ra d e Santana - Comite M u n ic ipa l de Morta l i dade Matern a . A o comp letar 0 s e u J u b i leu de Oura em 1 2 de m a i o de 1 998 , a AS E n - Sa comemorou ,

em grande esti lo , atraves de u ma progra magao excl us iva , com eventos rea l izados nos pred ios do Hosp ita l U n iversitario Prof. Edgard Santos da U F Sa (ex Hosp i ta l das C l in icas ) , da Esco la de Enfermagem da U FSa e da propria sede da ASEn . Na ocasiao foi descerrada a placa comemorativa do seu 50° a n iversar io , cu l m inando com u m s i gn ificat iv� momento , onde se homenageou as I fderes ba ianas que d i ri g i ra m a E nt idade n estas c i nco decadas de existenci a , atraves d a i nauguragao da "Ga ler ia de Pres identes" , resgatando ass i m a trad igao da enfermagem ba iana . Est iveram presentes , neste momenta s ign ificativ� , mu itas dessas I fderes que fizeram parte da h i stor ia da enfermagem , exercendo 0 pape l de pres identes .

AAB E n - Sa tem p lena consc ienc ia d e suas responsa b i l idades frente ao momenta pe lo q u a l passa a Ent idade . E preciso reflet ir sobre 0 passado , forta lecer 0 presente, desenvolvendo seu tra ba l ho e cumpri ndo seus objetivos , respe ita ndo 0 comprom isso et ico e os postu lados democrat icos .

E preciso resgatar 0 prazer de ser ASEn ! ABEn , um bern que e seu . E gratif icante pertencer a uma Associagao que nos seus 70 a nos esco lheu somo s logan

" M u itas Luta s , M u itas Conq u i stas , u ma causa : a v ida e , que aos 75 a nos

ABSTRACT: This study presents the story of the B razi l i an Associat ion of N u rs ing i n Bahia federal state It para l le ls the trajectory of th is associat ion to the h isto ry of the N at ional B razi l i an Associat ion of N u rs ing , point ing out the most important events i n its fifty-th ree years of work . It is c lear that the h istory of the B razi l ian Association of Tra ined N u rses (AB ED)/ABEn-Bah ia beg ins with the foundat ion of the N u rs ing School of the Federal U n iversity of Bah ia . Teachers at th is u n iversity, who were nurses in their home states , and had participated i n other associations previous ly, were motivated to create a new branch of ABEn i n Bahia . The branch of ABEn i n the c i ty of Fe i ra de Santana-Bah ia , had a s im i lar trajectory, s ince it was a lso fou nded after the creation of the State U n ivers ity of Fe i ra de Santana . The branch of ABEn i n Bahia is considered a democratic association , which is attentive to the cla ims of the n u rs i ng profess iona ls , the health of the B razi l i an popu lat ion and a lso to the strengthen ing of the organ ization .

KEYWORDS: ABEn , h istory of nu rs ing , professiona l association

RESUM E N : Este trabajo trata de contar la h istoria de la ABEn-Ba desde su creaci6n hasta la actua l idad d ibujando u n paralelo con el recorrido de la ABEn Naciona l y destacando los marcos de ese cam ino de c incuenta y tres arios. Queda evidente que la h i storia se ha repetido al poner en el destino de la ABED / ABEn-Ba u nos com ienzos que se relacionan a la fundaci6n de la Escuela de Enfermeria de la U n iversidad Federal de Bah ia , pues e l convivio en la Asociaci6n que las p rofesoras y enfermeras tuvieron fue e l e lemento propu lsor para crear la Secci6n Ba. U n a h istoria s im i la r tuvo la"Regional Fe i ra de Santana" . A 10 la rgo de su h istor ia la ABEn-Ba pr ima por ser una ent idad democratica s iempre atenta a las luchas de la categoria y en la defensa de la sa lud de la poblaci6n bras i leria , asi como, en el forta lecimiento de la Ent idad .

PALABRAS CLAVE : ABEn , h istoria de la enfermeria , organ izaci6n profesional

R. Bras. Enferm. , Bras i l ia , v . 53 , nA, p . 27 1 -277 , abr. /j u n . 2001 277