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Lalur Janeiro / 2005

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Page 1: Contabilidade - LALUR

Lalur

Janeiro / 2005

Page 2: Contabilidade - LALUR

ÍNDICE Conteúdo Página 1-) Conceito – Lucro Real 02 2-) Empresas Obrigadas à Apuração 04 2.1-) Receita Total 05 3-) Formas de Apuração 06 3.1-) Apuração Trimestral 06 3.1.1-) Pagamento 08 3.2-) Apuração Lucro Real Anual 10 3.2.1-) Estimativa Mensal 10 3.2.1.1-) Pagamento 11 3.2.2-) Suspensão ou Redução 13 4-) Casos Especiais 14 4.1-) Lucro Arbitrado 14 4.2-) Fusão, Cisão, Incorporação ou Extinção 15 5-) Livro de Apuração do Lucro Real 16 5.1-) Conceito 16 5.2-) Composição 16 5.3-) Escrituração 16 5.4-) Adições 19 5.5-) Exclusões 23 5.6-) Compensação 25 5.6.1-) Prejuízos não-operacionais 25 6-) Provisões Indedutíveis 28 7-) Custos, Despesas e Encargos 29 8-) Contribuição Social s/ Lucro Líquido 31

8.1-) Base de Cálculo 31 8.1.1-) Recuperação 31

9-) Exercícios 33 10-) Bibliografia 47

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1) CONCEITO – LUCRO REAL

Lucro Real é um método de apuração do lucro líquido de algumas empresas, obtido após a escrituração dos lançamentos contábeis e ajustes (adições, exclusões e compensações) determinados pela legislação do imposto de renda.

Os lançamentos contábeis deverão obedecer às normas da legislação comercial embasado nos princípios contábeis.

Os Princípios Contábeis aceitos pela legislação são: Entidade, Continuidade, Custo Original como Base de Valor, Realização da Receita e Confrontação das Despesas (Competência), Denominador Comum Monetário, Objetividade, Materialidade ou Relevância, Conservadorismo (Prudência), Consistência (Uniformidade).

a) Princípio da Entidade – Este princípio determina que a

contabilidade deverá ser mantida para a entidade (empresa) e não para os sócios, por isso não se pode registrar gastos pessoais dos sócios na empresa;

b) Princípio da Continuidade – A sociedade é um organismo vivo

sempre em movimento ela não tem um tempo determinado para encerrar as suas atividades pelo contrário ela está sempre se ajustando de acordo com as perspectivas de mercado para continuar operando

c) Princípio Custo Original Como Base de Valor – Os ativos são

registrados pelo preço pago para comprá-los ou fabricá-los, mais todos os gastos necessários para colocá-los em condições de gerar benefícios para a empresa;1

d) Princípio do Denominador Comum Monetário – A contabilidade

deverá registrar seus lançamentos pela moeda corrente do país no Brasil a moeda vigente é R$;

e) Princípio da Realização das Receitas e Confrontação das

Despesas (Competência) – A contabilidade deverá registrar as despesas e receitas no momento que elas incorrerem e não no pagamento (regime de caixa). Ex: Contabilização da provisão de férias é lançada mensalmente independente do pagamento;

f) Princípio da Objetividade – A contabilidade deverá fazer seus

registros através de documentos de origem idônea, os critérios e procedimentos adotados devem estar embasados nos princípios de contabilidade geralmente aceitos;

1 Teoria da Contabilidade 5ª edição 1997 Iudícibus de Sérgio – Ed. Atlas

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g) Princípio da Materialidade – A base principal é o conceito do

custo x benefício, ou seja, o contador ou auditor deve quantificar o benefício de uma informação comparando com o custo para se obter. Ex: Ao conciliar a conta bancos com o extrato o contador encontrou uma diferença de R$ 1,00 para achar esta diferença ele demorou 24 horas, ou seja, o custo para encontrar tal diferença foi maior que o benefício de tê-la encontrado;

h) Princípio Conservadorismo – Este princípio exige que o

contador tenha uma atitude cautelosa em relação aos registros contábeis que poderiam induzir o usuário da informação a uma tomada de decisão errada. Isto geralmente ocorre quando se utiliza a provisão, que é um critério subjetivo, pois não se sabe o valor real;

i) Princípio da Consistência (uniformidade) – A contabilidade

deve ser uniforme em suas informações para tornar de maneira clara a interpretação dos seus relatórios no decorrer dos anos. Ex: Mudança do critério de avaliação dos estoques de um ano para outro.

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2) EMPRESAS OBRIGADAS À APURAÇÃO

Está obrigada á apuração do Lucro Real: 2

a) A empresa que no ano calendário anterior tenha apurado receita total superior a R$ 48.000.000,00 ou que tenha atingido R$ 4.000.000,00 mensais;

b) As instituições financeiras, seguradoras e entidades de previdência

privada; c) As PJ que tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital vindos

do exterior decorrentes de aplicações ou operações efetuadas no exterior (Art. 1º § 8º IN SRF 213/02);

d) As PJ que possuem benefícios fiscais ou incentivos de isenção/

dedução do imposto de renda;

As pessoas jurídicas que possuem benefícios fiscais ou incentivos conforme letra “c” são aquelas que possuem projetos de instalação, modernização ou desenvolvimentos nas áreas da SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) conf. ART. 546 a 561 do RIR/99. As empresas que explorem empreendimentos turísticos ou hoteleiros conf. Art. 564 a 573 RIR/99. As empresas que instalaram, modernizaram até 31/12/1990, na área do Programa Grande Carajás que se beneficiaram com a isenção conf. Art. 562 e 563 RIR/99.

e) As empresas de factoring;

As empresas de factoring são aquelas que compram duplicatas de outras empresas sem direito de retornar aos mesmos caso não recebam dos devedores, este tipo de operação é o contrário da duplicata descontada onde o banco antecipa o valor delas aos clientes utilizando uma taxa de desconto, após o vencimento caso algum devedor não pague o banco desconta automaticamente o valor da duplicata da conta corrente do cliente.

f) Imobiliária de construção, incorporação, compra e venda de imóveis,

que possuam registro de custo orçado, de acordo com as normas aplicáveis a este tipo de sociedade;

g) A pessoa jurídica que não esteja obrigada a nenhum dos itens acima

poderá optar pelo regime de apuração do lucro real.

2 Roteiro Federal (www.fiscosoft.com.br)

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2.1) RECEITA TOTAL

De acordo com o § 1º do art. 22 IN SRF nº 93/97 considera-se receita bruta :

- o total das receitas mensais de vendas de produtos e serviços; Para obtenção das receitas sobre as vendas deverão ser considerados os descontos incondicionais que são aqueles constantes na nota fiscal, os abatimentos, o IPI;

- as demais receitas; Variações Monetárias Ativas, Descontos Obtidos (chamados descontos financeiros), Juros Ativos, Var. Cambial Ativa (ocorre quando a empresa possui empréstimos ou financiamentos convertidos pela taxa de câmbio a partir de 01/01/2000 de acordo com a MP 2158 – 35/2001 art.30 a empresa que possuir tais empréstimos apurando os mesmos pelo regime de competência poderá optar excluir do LALUR e somente tributando no momento da liquidação do empréstimo).

- os ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados de renda variável; São rendimentos obtidos através de aplicações no mercado financeiro onde seu rendimento não é conhecido (ex. ouro, bolsa de valores).

- os rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de renda fixa; São os rendimentos obtidos através de aplicações no mercado financeiro o rendimento é conhecido, ou seja, pré-fixado (RDB/CDB).

- a parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida. Pessoas Vinculadas são as PJ domiciliadas no Brasil que possuam filiais ou sucursais (tipo de estabelecimento ligado a matriz que possui maior independência administrativa), participações societárias em coligadas ou controladas.

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3) FORMAS DE APURAÇÃO

As pessoas jurídicas que estejam sob o regime de apuração do Lucro Real deverão recolher o IRPJ E CSLL conforme demonstrado nas seguintes formas:

3.1) Apuração Trimestral

O IRPJ e CSLL são apurados conforme o levantamento de balanços trimestrais em 31 de Março, 30 de Junho, 30 de Setembro e 31 de Dezembro do ano calendário, devendo recolher os mesmos no último dia útil do mês seguinte a cada um dos trimestres descritos.

Calendário de Pagamentos

1 º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Recolhimento Recolhimento Recolhimento Recolhimento

30/04/03 31/07/03 31/10/03 31/01/03

As empresas que optarem pela apuração trimestral não poderão

compensar os prejuízos integrais ocorridos dentro dos trimestres do mesmo ano-calendário. Somente será permitido compensar 30% do lucro real e abater do saldo os prejuízos fiscais dos trimestres anteriores.

Exemplo:

Prejuízo Fiscal 1ºTrimestre ano X/1 R$ 70.000,00 Lucro Real antes da Compensação 2º Trimestre ano X/1 R$ 100.000,00 (-) Compensação 30% (do lucro real) R$ 30.000,00 Lucro Real a Tributar R$ 70.000,00 Nota: Quando a empresa tem prejuízos fiscais para abater com o lucro real ela somente poderá utilizar 30% do lucro e não do prejuízo, pode ocorrer que o saldo do seu prejuízo fiscal de períodos anteriores seja menor do que 30% do lucro real do período de apuração, então ela poderá compensar todo o prejuízo fiscal. EX: Prejuízo Fiscal Trimestre Anterior R$ 25.000,00, 30% do lucro real como exemplo anterior é R$ 30.000,00 como ela só tem R$ 25.000,00 de prejuízo fiscal a compensar ela utiliza todo o prejuízo que neste exemplo é menor do que 30% do lucro.

Saldo Prejuízos fiscais a compensar nos próximos trimestres (R$ 70.000,00 – R$ 30.000,00) = R$ 40.000,00.

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O IRPJ será calculado com a alíquota de 15% sobre o lucro real e 10% sobre AIR (adicional do imposto) quando a Base de Cálculo exceder a R$ 20.000,00 mensais. Ex. Lucro Real apurado no Lalur R$ 70.000,00 X 15% (IRPJ) = R$ 10.500,00, Adicional do Imposto de Renda a recolher base R$ 70.000,00 (-) R$ 60.000,00 (fator de redução no trimestre) = R$ 10.000,00 saldo remanescente. AIR R$ 10.000,00 X 10% = R$ 1.000,00.

Contribuição Social s/ Lucro Real a Recolher R$ 70.000,00 X 9% = R$ 6.300,00.

O Contribuinte poderá abater do valor dos impostos a pagar os incentivos fiscais aos quais esteja sujeito.

Códigos de pagamento3 IRPJ lucro real trimestral empresas em geral obrigadas à apuração

IRPJ lucro real trimestral empresas em geral não obrigadas à apuração

CSLL s/ lucro real trimestral empresas em geral

IRPJ s/ estimativa mensal empresas em geral obrigadas à apuração

IRPJ s/ estimativa mensal empresas em geral não obrigadas à apuração

CSLL s/ estimativa mensal empresas em geral

0220 3373 6012 2362 5993 2484 As empresas que fizeram a apuração pelo pagamento mensal, a alíquota que deverá ser utilizada para recolhimento do saldo será: Imposto de Renda Demais Pessoas Jurídicas optantes pelo lucro real cód. 2456 Imposto de Renda demais pessoas jurídicas obrigadas à apuração pelo lucro real cód. 2430 Contribuição Social cód. 6773

3 Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB 2004

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3.1.1) Pagamento

Fazendo esta escolha o contribuinte poderá pagar o

imposto de um trimestre em 3 quotas iguais e sucessivas corrigidas pela taxa Selic. A primeira quota quando paga até o último dia útil do mês subseqüente ao término do trimestre não terá nenhuma atualização a segunda e a terceira terão juros de 1% no mês de pagamento mais a Selic do mês acumulada que deverá ser contada a partir do 1º dia útil do segundo mês subseqüente ao encerramento até o último dia anterior ao pagamento.

Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 e se

caso o valor do imposto for inferior a R$ 2.000,00 deverá ser pago em quota única.4

Dedução do imposto apurado

O contribuinte poderá deduzir do valor a pagar os

incentivos fiscais a seguir:

A partir do ano-calendário de 1998 5 DEDUÇÕES Individual a partir de 01.01.98 Global a partir de 01.01.98 1) Programa Alimentação do Trabalhador 4% 4% 2) PDTA/PDTI após 03.06.93 4% 3) Fundos da Criança 1% Não tem 4) Operações de Caráter Cultural e Artístico 4% 4% 5) Atividade Audiovisual 3% 6) Vale-Transporte Extinto Extinto

Quando a empresa utilizar o PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador e o PDTA /PDTI (Programa Desenvolvimento Industrial e Agropecuário) para dedução do imposto de renda só poderá abater 4% das despesas relacionadas a estes incentivos, porém esta dedução só é permitida para o imposto de renda, para o adicional do imposto de renda isto não é válido.

Para a empresa ter direito ao PAT ela terá que preencher o formulário de adesão ao programa entregá-lo na ECT (Empresas de Correios e Telégrafos) ou via Internet através do site www.mte.gov.br/pat, após o seu cadastramento ela poderá utilizar o benefício.

Através deste programa as empresas podem distribuir cestas de alimentos aos funcionários, fornecer refeições em seus estabelecimentos ou contratar empresas que entreguem as refeições já prontas (marmitex), ou firmar parcerias com empresas que

4 www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/dipj/2000 5 www.fiscosoft.com.br

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administrem cupons ou tickets, desde que estas também estejam devidamente cadastradas no programa.

Os trabalhadores participam em até 20% do valor das refeições;

O valor do incentivo deverá ser calculado pelo menor valor das seguintes opções

a) 15% do total das despesas com gastos de alimentação, já incluído o desconto dos funcionários.

b) R$ 0,30 multiplicado pelo número de refeições fornecidas pela empresa.

Quando a empresa for apurar o imposto de renda, primeiro ela terá que calcular o valor do imposto de renda a alíquota de 15% e depois abater os 4% dos gastos com alimentação do menor valor dentre as opções acima “a” ou “b”.6

Exemplo:

Imposto Devido - alíquota 15% R$ 50.000,00

Despesas c/ alimentação (supondo que este seja o menor valor alternativa “a” acima.

R$ 18.200,00

Incentivo: 15% x R$ 18.200,00 R$ 2.730,00

Limite 4% do imposto devido (R$ 50.000,00 x 4%)=>

R$ 2.000,00

Excesso: R$ 2.730,00 (-) R$ 2000,00

R$ 730,00

O excesso poderá ser utilizado em períodos posteriores até dois anos calendários subseqüentes para o PAT/PDTA e PDTI. Já os outros incentivos não poderão ser aproveitados em outros anos caso haja excesso.

Compensação de imposto retido na fonte

O imposto retido na fonte sobre rendimentos pagos ou creditados por outras pessoas jurídicas poderá ser compensado na apuração do imposto de renda a pagar, a título de:

a) Remuneração de serviços profissionais;

6 Boletim IOB Nº 18/2004 (Caderno Imposto de Renda)

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b) Comissões e corretagens ou qualquer outra remuneração pela intermediação de negócios;

c) Serviços de limpeza e conservação de imóveis, segurança, vigilância e locação de mão-de-obra;

d) Multas ou quaisquer outras vantagens, inclusive indenização, em virtude de rescisão de contratos;

e) O imposto retido na fonte sobre pagamento, efetuados por órgãos públicos federais, pelo fornecimento de bens ou serviços;

f) O imposto pago pela agência de propaganda, incidente sobre serviços de propaganda e publicidade.

g) o saldo do imposto de renda a restituir ou a compensar apurado em anos calendários anteriores, nos quais a empresa foi submetida ao regime de apuração anual do lucro real.

h) Os pagamentos indevidos ou a maior, relativos aos impostos ou contribuições administrados pela SRF.

3.2) APURAÇÃO LUCRO REAL ANUAL

3.2.1) Estimativa Mensal

A PJ que optar pela apuração do lucro real anual poderá

recolher o imposto de renda e contribuição social mensalmente, com base na receita bruta através de alíquotas específicas conforme tabela abaixo, devendo em 31 de dezembro do ano calendário apurar o lucro real e recolher a diferença.

O contribuinte poderá escolher esta opção a partir de

janeiro do ano calendário vigente.

Percentuais aplicados s/ a base de cálculo

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Atividades Percentuais Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo Álcool etílico carburante e gás natural 1,6% Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combustível para consumo) Transporte de cargas,Serviços hospitalares, Atividade rural, Industrialização de prod. em que a matéria prima ou o produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização. Construção por empreitada, quando houver emprego de materiais próprios, em qualquer quantidade Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços), para a qual não esteja previsto percentual específico. 8,0% Serviços de transporte (exceto o de cargas) Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas) prestados com exclusividade Por empresas com receita bruta anual não superior a R$120.000,00. Instituições financeiras e entidades a elas equiparadas. 16,0% Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual específico, inclusive os prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas. Intermediação de negócios, inclusive representação comercial e corretagem (seguros, de imóveis etc) Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza. Factoring, Construção por empreitada, quando houver emprego unicamente de mão-de-obra, ou seja, sem o emprego de materiais Administração de consórcios, hotelaria e estacionamento. 32%

Sobre as demais receitas a alíquota do IRPJ será 15%

sobre estas receitas e 9% sobre a CSLL. Caso o contribuinte tenha mais de um tipo de atividade ele deverá considerar a alíquota correspondente sobre cada atividade para base de cálculo.

Para o cálculo da CSLL o contribuinte deverá considerar

para atividade comercial e industrial a alíquota de 12% como Base de Cálculo. Sobre estas receitas e sobre a prestação de serviços a alíquota deverá ser 32% (a partir de setembro de 2003). Lei 10.864/03 Art.22

3.2.1.1) Pagamento

O Contribuinte que fizer esta opção deverá recolher

o IRPJ, AIR, CSLL no final do mês subseqüente a apuração dos mesmos.

Em 31 de dezembro fazer a apuração definitiva, conforme levantamento do balanço. Caso haja diferença, a mesma poderá ser paga em quota única até 31/01 do ano

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calendário seguinte, corrigida pela selic a partir do 1º dia útil do mês seguinte ao vencimento, mais juros de 1% no mês de pagamento. 7

EXERCÍCIO Apurar os devidos impostos com base na estimativa mensal conforme dados Janeiro/04, preenchendo o quadro 2: Informações Vendas de Mercadorias R$ 400.000,00 Vendas de Serviços R$ 60.000,00 Icms s/ vendas R$ 90.000,00 Vendas de mercadorias filial domiciliada nas áreas da Sudene (incentivo do imposto em 50%)

R$ 200.000,00

Dividendos e Participações Recebidos R$ 8.000,00 Imposto de Renda retido na fonte s/ serviços prestados

R$ 1.200,00

DESCRIÇÃO Valor

Receita Valor Benefício

Base p/ IRPJ

IRPJ a pagar

Base AIR

AIR a pagar

Vdas. Mercs. Vdas. Servs. Icms s/ vdas. Vda. Merc. Sudene

Dividendos a receber

Imposto retido na fonte

Total DESCRIÇÃO Valor

Receita Valor Benefício

Base p/ CSLL

CSLL a pagar

Vdas. Merc. Vdas. Servs. Icms s/ vdas. Vda. Merc. Sudene

Dividendos a receber

Imposto retido na fonte

Total

7 Artigo - Federal - 2004/0687 (www.fiscosoft.com.br)

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3.2.2) Balanços ou Balancetes de Suspensão ou Redução

Esta é outra forma de recolhimento do imposto de renda s/

o lucro real em que o contribuinte poderá optar em pagar o imposto pela estimativa mensal ou suspender/pagar caso o valor apurado após ajustes seja menor ,ou seja, o contribuinte poderá escolher qual é a melhor opção em termos financeiros.

Exemplo:

Imposto Devido (cálculo pela estimativa)

R$ 10.000,00

Imposto Devido (apurado pelo lucro real)

R$ 8.000,00 *

Prejuízo fiscal (após ajustes) (R$ 1.000,00) **

* Neste caso a empresa poderia pagar o imposto de renda no menor valor (R$ 8.000,00), pois este é menor do que pela estimativa. ** Se após levantamento do balancete e devidos ajustes no LALUR, o contribuinte apurasse prejuízo fiscal, ele poderia suspender o pagamento do imposto de renda naquele mês.

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4) Casos Especiais 4.1) Lucro Arbitrado

A PJ que estiver no regime de apuração do lucro real e que:

a) No decorrer de suas atividades deixar de manter a escrituração

comercial e de elaborar as demonstrações financeiras (Demonstração Resultado do Exercício, Balanço, Demonstração Lucros ou Prejuízos Acumulados).8

b) Se a escrituração conter erros, vícios ou erros tornando-a

impossível de ser validada e nem guardar em perfeito estado livro razão, diário.

A autoridade fiscal poderá arbitrar o lucro do contribuinte quando

a receita for conhecida ele poderá utilizar percentuais aplicáveis sobre a receita bruta. (Art. 532 RIR/1999).

Quando a receita bruta é conhecida, os percentuais aplicados (ver

tabela “pág. 11”) são os mesmos utilizados para apurar o imposto sobre lucro presumido e estimativa mensal, acrescidos de 20%.

Caso a receita bruta não seja conhecida à autoridade por meio de

procedimento de ofício, conforme utilização da tabela abaixo (Art.535 RIR/99).

Bases Alternativas Coeficiente

- Lucro real referente ao último período em que a pessoa jurídica manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais.

1,5

- Soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e permanente, existentes no último balanço patrimonial conhecido.

0,04

- Valor do capital, inclusive correção monetária contabilizada como reserva de capital, constante do último balanço patrimonial conhecido ou registrado nos atos de constituição ou alteração da sociedade.

0,07

- Valor do patrimônio líquido constante do último balanço patrimonial conhecido.

0,05

- Valor das compras de mercadorias efetuadas no mês 0,4

- Soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem.

0,4

- Soma dos valores devidos no mês a empregados 0,8

- Valor mensal do aluguel 0,9

8 www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2003

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NOTAS:

1. O art. 535, § 1o, RIR/1999 estabelece que, a critério da autoridade lançadora, poderão ser adotados limites e preferências na aplicação dos percentuais, levando em consideração a atividade da empresa:

a. atividade industrial - soma da folha de pagamento dos empregados, das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem;

b. atividade comercial - valor das compras;

c. atividade de prestação de serviço - soma dos valores devidos aos empregados.

d. de acordo com a IN SRF no 93, de 1997, art.43, deve ser observado: e. no caso de empresa com atividade mista, ser adotados isoladamente em cada uma

delas;

f. se o critério eleito for o lucro real, quando este for decorrente de período-base anual ou mensal, o valor que servirá de base ao arbitramento será proporcional ao número de meses do período-base considerado;

g. ao valor determinado de acordo com estes percentuais serão adicionados, para

efeitos de se determinar o lucro arbitrado, outros resultados.9

4.2) Fusão, Cisão, Incorporação ou Extinção

Caso ocorra a fusão, cisão, incorporação ou extinção a PJ terá que levantar balanço ou balancete para apurar o imposto de renda na data do evento em que sucederam os fatos. Fusão – ocorre quando se unem duas ou mais sociedades para criar uma nova. Cisão – quando uma companhia transfere o seu patrimônio para uma ou mais sociedades, poderá ser total ou parcial. Incorporação – quando uma ou mais sociedades tem seu patrimônio absorvido por outra. 10

9 www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2004/PergResp2004/pr671a702 10 Contabilidade Avançada – Neves Silvério da e Viceconti E.V. Paulo – Ed. Frase

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5) LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL - LALUR

5.1) CONCEITO

O Livro de Apuração do Lucro Real foi criado para atender uma exigência fiscal, pois nele serão registrados os ajustes (despesas, receitas) considerados pela contabilidade comercial para apuração do lucro líquido e que perante a Legislação do Imposto de Renda tais valores não são aceitos. Ele foi criado pelo Decreto Lei 1598/77 para atender a Lei 6404/76 § 2º do Art. 177. Somente as PJ optantes pelo Lucro Real estão obrigadas a escriturar este livro (Art. 246 RIR/99).

5.2) COMPOSIÇÃO

O LALUR é composto de duas partes denominadas Parte A e Parte B, suas folhas deverão estar numeradas tipograficamente devendo ter a mesma quantidade de folhas para cada parte. Ex: O Livro possui 100 folhas, 50 destas deverão destinar-se a Parte A e o restante para a Parte B.

Na Parte A registra-se os lançamentos que fazem parte dos

ajustes sobre o lucro líquido (adições, exclusões e compensações), devendo ao final de cada apuração ser demonstrado o lucro real ou prejuízo fiscal do período.

Na Parte B o uso é exclusivo para controlar valores que possam

influenciar a determinação do Lucro Real futuro inclusive o prejuízo fiscal demonstrado na parte A. Ex: Depreciação Acelerada Incentivada, Variação Cambial, Incentivos Fiscais que não foram totalmente utilizados em um exercício. 5.3) ESCRITURAÇÃO

O Lalur deverá ser escrito em ordem cronológica de

acontecimentos folha por folha, sem intervalos, borraduras, rasuras, contendo os lançamentos dos ajustes em suas partes. A PJ poderá optar em escriturar a Parte A de uma só vez ou ao final do período de apuração, gradativamente à medida que acontecem os fatos.

Na coluna data poderá ser colocada uma única data ou em ordem

cronológica de acontecimentos. O histórico deve ser colocado com clareza informando a

característica de cada ajuste deve ser utilizada a conta ou subconta

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onde conste tal lançamento, o número de ordem do Livro Diário em que consta o lançamento e a data deste.

Ele possuirá também termos de abertura e encerramento onde

deverão constar o nome da empresa ou razão social, Cnpj, número do registro e data de arquivamento na Jucesp ou Cartório, assinatura do representante legal e do profissional responsável e tecnicamente habilitado.

Caso uma das partes (A ou B) do livro acabe primeiro que a outra

as páginas não escrituradas deverão ser canceladas e começar a escrituração em outro livro na seqüência seguinte ao anterior.

Não haverá a necessidade de registro do Lalur em nenhum órgão

fiscal, porém devido a sua obrigatoriedade ele deverá estar preenchido para que a empresa não tenha o seu lucro arbitrado.

A PJ também poderá optar em escriturar o LALUR através de

sistema eletrônico, observando as normas de processamento SRF desde que o modelo siga ao aprovado pela IN SRF Nº 28/78.

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PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO DE APURAÇÃO

DATA HISTÓRICO ADIÇÕES EXCLUSÕES 31/12/03 Demonstração do Lucro Real em 31-12-03

1 Lucro Líquido sem IR 600.000,00

2 Adições: 2.1 Multas Indedutíveis conf. lançto efetuado no Livro Diário nº 05 fls. 55 3.500,00 2.2 Realização de Reserva de Reavaliação conforme Livro Diário nº 05 fls 150 21.100,00 2.3 Participação nos Lucros dos Administr. conforme Livro Diário nº 05 fls 255 153.000,00 2.4 Despesas Indedutíveis conf. Lançto Livro Diário nº 05 fls 300 55.000,00 232.600,00

3 Exclusões: 3.1 Dividendos Recebidos conf. lançto no Livro Diário nº 05 fls 450 153.000,00 3.2 Equivalência Patrimonial conf. lançto no livro Diário nº 05 fls 455 43.500,00 3.3 Reversão da provisão de créditos incobráveis conf. Lançto no livro Diário nº 05 fls. 230 11.110,00 (207.610,00)

4 Subtotal 624.990,00 5 Compensação

Prejuízo Fiscal do Período-Base 2002 30% do lucro real (este prejuízo está demonstrado na parte B) (187.497,00)

6 Lucro Real em Reais 437.493,00

Reconhecemos a exatidão desta Demonstração

São Paulo, 31 de Dezembro de 2003. _________________ __________________ Sócio-Gerente Contador CRC-SP nº

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19

5.4) ADIÇÕES

As adições representam:

Custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro contábil e que de acordo com a legislação do imposto de renda não são dedutíveis.11

a) O valor da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL) registrada

como custo ou despesa operacional;

b) Despesas com brindes

c) Despesas que não sejam usuais e normais necessárias à atividade da empresa;

d) Provisões não autorizadas pela Legislação – exceto Provisão 13º

Salário, Férias e provisões Técnicas das companhias de seguro e capitalização; (Lei 9249/95 art.13) (Art. 335 RIR/99).

e) Multas por infrações fiscais de natureza não compensatória;

De acordo com o PN CST nº 61/79, consideram-se de natureza

compensatória (portanto, dedutíveis) as multas de mora por recolhimento espontâneo em atraso de imposto e contribuições.

As multas por descumprimento de obrigações meramente

acessórias, das quais não resulte falta ou insuficiência do recolhimento do tributo, também são dedutíveis no período em que ocorrer o pagamento. Ex. multa por atraso na apresentação de declaração (espontânea)

São indedutíveis as multas decorrentes de infração as normas de

natureza não tributária, tais como as leis administrativas (trânsito, vigilância sanitária, meio ambiente etc.).

f) Ágio de Investimentos computado no resultado do período – a

empresa deverá adicionar a amortização do ágio sobre investimentos avaliados pela equivalência patrimonial.

A empresa obrigada a avaliar seu investimento pelo MEP (método equivalência patrimonial). Poderá atualizar seu investimento pelo: a) Patrimônio Líquido quando atualiza seu investimento através de sua

quantidade de quotas; b) Valor pago a maior (ágio) ou a menor (deságio).

11 Curso Prático de Imposto de Renda Pessoa Jurídica – Neves das Silvério e Viceconti E.V. Paulo Ed. Frase

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Exemplo: A “Cia Unidos Venceremos” comprou ações das empresas A e B sendo que, o patrimônio líquido de cada uma corresponde a R$ 500.000,00. A “Cia Unidos Venceremos” comprou 30% das ações correspondentes ao capital de cada uma. Pelas ações da empresa A pagou R$ 200.000,00 e pelas ações de B pagou R$ 100.000,00 Contabilizarão do investimento A na investidora: D – Diversos D – Investimento 150.000,00 D – Ágio pelo investimento A 50.000,00 C – Caixa/Banco 200.000,00 Neste caso investir em A acarretou um ágio, pois 30% do PL representa R$ 150.000,00 e não R$ 200.000,00. Contabilização do Investimento B D – Investimento 150.000,00 C – Diversos C – Caixa/Banco 100.000,00 C – Deságio pelo investimento B 50.000,00 Para que um investimento seja avaliado pelo MEP deverá ser relevante ou influente, como: Relevância

Um investimento será relevante quando for em coligada desde que seu valor isoladamente seja igual ou superior a 10% do patrimônio líquido da investidora.

Quando a investidora possui mais de 50% ações do capital da investida.

Quando a somatória dos investimentos em controlada e coligada for igual

ou superior a 15% do patrimônio líquido da investidora. Influência

Quando a investidora tenha influência e nomeie pelo menos um dos administradores da investida.

Quando o investimento em sociedade coligada de que participe com mais

de 20% do capital social.

Investimento for em sociedade controlada. g) Resultados Negativos de Investimentos avaliados pelo PL - são

as perdas sobre os investimentos em coligadas ou controladas, avaliados pelo método de equivalência patrimonial, onde a

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investidora atualiza seu investimento de acordo com o percentual de participação no PL da investida

h) Resultados Negativos em Sociedades em Conta de Participação

– sociedades em conta de participação são aquelas formadas com a reunião de duas ou mais pessoas, onde pelo menos uma é comerciante (sócio ostensivo é quem dirige a sociedade) é o único que se obriga perante terceiros enquanto que os sócios ocultos (respondem apenas p/ o ostensivo) podem ser PF ou PJ (Cód. Comercial 325/326).

i) Reversão da Depreciação, Amortização ou Exaustão Acelerada

Incentivada;

Este tipo de depreciação foi um incentivo fornecido pelo governo para as empresas ampliar e modernizar seus equipamentos industriais, tornando-os mais eficientes do ponto de vista tecnológico.Consiste na utilização de uma taxa de depreciação além da utilizada normalmente, no primeiro momento esta despesa será excluída na parte A do Lalur reduzindo o Lucro Real, devendo a mesma ser controlada na parte B para posterior inclusão, isto ocorre quando o total da Depreciação Acumulada (normal e acelerada) atinge o limite de aquisição do bem. Quando isto ocorrer à empresa não poderá mais considerar a despesa de depreciação acelerada e para continuar a usar a despesa de depreciação normal ela terá que adicionar ao Lalur o valor da despesa de depreciação do mês diminuindo na mesma proporção na parte B.

j) O valor dos juros sobre o capital próprio que exceder aos limites

de dedutibilidade ou que tiver sido contabilizado em desacordo com as normas previstas na legislação;

O montante dos juros remuneratórios do capital passível de dedução como despesa operacional limita-se ao maior dos seguintes valores (RIR/1999, art. 347, § 1o): 12

a. cinqüenta por cento do lucro líquido do período de apuração antes do pagamento ou crédito dos juros, após a dedução da contribuição social sobre o lucro líquido e antes da provisão para o imposto de renda; ou. b. cinqüenta por cento dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros de períodos anteriores (as reservas de lucros somente foram incluídas para efeito do limite da dedutibilidade dos juros a partir de 1o/01/1997, pela Lei no 9.430, de 1996, art. 78).

k) Perdas decorrentes de créditos não liquidados que tenham sido debitadas ao resultado sem obedecer aos limites e critérios estabelecidos na legislação.

Limites: desde que a empresa tenha declaração de insolvência do devedor mediante sentença do Poder Judiciário. Sem garantia de valor até R$ 5.000,00 por operação vencidos a mais de 6 meses. De R$ 5.000,00 até R$ 30.000,00 vencidos a mais de um ano, acima de R$ 30.000,00 desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento. Com garantia,

12 www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2004/PergResp2004

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vencidos a mais de dois anos ou com devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada concordatária.

l) As importâncias pagas ou creditadas a título de comissões,

bonificações, gratificações ou semelhantes, quando não for indicada a operação ou a causa que deu origem ao rendimento e quando o comprovante do pagamento não individualizar o beneficiário;

m) As gratificações ou participações no resultado, atribuídas aos

dirigentes ou administradores da pessoa jurídica (diretores, sócios);

n) As participações nos lucros da pessoa jurídica, atribuídas às

partes beneficiárias (títulos negociáveis sem valor nominal que atribui aos seus titulares participação limitada nos lucros da empresa) de sua emissão e a seus administradores; (Lei 6404/76).

o) As participações no lucro atribuídas a técnicos estrangeiros,

domiciliados ou residentes no exterior, para execução de serviços especializados, em caráter provisório;

p) As despesas com alimentação dos sócios, acionistas ou

administradores;

q) Ganho de capital ref. venda ativo a longo prazo cujo recebimento seja efetuado, após o término do ano-calendário seguinte.(Art 421/99).

EX: Lucro na venda de bem em 31/12/x1 R$ 80.000,00 recebimento será em 4 anos. A 1ª parcela recebida em x1 R$ 20.000,00, o restante de R$ 60.000,00 será excluído no Lalur e de x2 em diante ao receber as outras parcelas o contribuinte adicionará ao lucro real.

r) O excesso de depreciação, amortização ou exaustão serão

adicionados ao lucro quando estes gastos ultrapassarem os valores estabelecidos pelo tempo de vida útil através da taxa anual permitida pela legislação do imposto de renda. Por exemplo, Móveis e Utensílios serão depreciados à alíquota de 10% a.a por dez anos.

s) As contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel de

bens móveis ou imóveis não relacionados com as atividades da empresa;

t) As doações, exceto:

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efetuadas a instituições de ensino e pesquisa, sem fins lucrativos, cuja

criação tenha sido autorizada por lei federal e que preencham os requisitos dos incisos I e II do art. 213 da Constituição Federal até o limite de 1,5% do lucro operacional, antes da sua dedução, até o limite de dois por cento do lucro operacional, antes de computada a sua dedução, as efetuadas a entidades civis, sem fins lucrativos, que prestem serviços em benefício aos empregados e respectivos dependentes, ou em benefício da comunidade;

os valores efetivamente contribuídos em favor de projetos culturais ou artísticos, na forma da regulamentação do Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC – Lei n 8.313/91 e alterações posteriores);

u) As contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a

custear seguros e planos de saúde e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica.

v) A parcela do somatório das despesas (ônus da pessoa jurídica) com contribuições para entidades de previdência privada e com contribuições para o Fundo de Aposentadoria Programa Individual (Fapi – Lei nº 9.477/97) que exceder ao limite de 20% do total dos salários dos empregados e da remuneração dos dirigentes da empresa, vinculados ao referido plano; 13

w) Preços de transferência adicionados ao lucro – as pessoas

jurídicas que realizarem operações com pessoas vinculadas no exterior que não tributem o imposto de renda sobre estas operações terão que adicionar ao lucro líquido apurado no balanço em 31 de dezembro.

5.5) Exclusões

Os valores incluídos na contabilidade a crédito do resultado e que de acordo com a legislação, não integram a base de cálculo, como:

a) A reversão da provisão de devedores duvidosos, constituídas e adicionadas à base de cálculo da contribuição em período base-anterior;

b) A parcela do lucro de empreitada ou fornecimento contratado

com a pessoa jurídica de direito público, ou empresa sob controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua

13 Lucro Fiscal 2003 - IOB

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subsidiária, proporcional ao valor das receitas desses contratos computadas no resultado no período-base e não recebidas até o final do período-base;

c) Os lucros e os dividendos recebidos de participações

societárias avaliadas pelo custo de aquisição (ou seja, não sujeitas à avaliação pelo método da equivalência patrimonial);

d) O resultado positivo de investimentos avaliados, pela

equivalência patrimonial de investimentos relevantes em sociedades coligadas ou controladas;

e) Variações cambiais ativas-MP 2.158-35/2001, Art.30 – as

pessoas jurídicas que possuem empréstimos ou financiamento poderá excluir do lucro líquido e somente recolher como receita no momento da liquidação.

f) Os encargos financeiros, auferidos após dois meses do

vencimento, relativos a crédito vencidos e não recebidos;

g) Depreciação ou Amortização Acelerada Incentivada “vide item 5.4 letra i”;

h) Amortização de deságios nas aquisições de investimentos -

esses deverão ser controlados na parte B do Lalur até ocorrer a venda ou a baixa da participação, para então ser adicionados ao lucro líquido; 14

i) Recebimento da parcela referente ao ganho s/ a venda ativo a

longo prazo.

14 Curso Prático de Imposto de Renda Pessoa Jurídica – Neves das Silvério e Viceconti E.V. Paulo Ed. Frase

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5.6) COMPENSAÇÃO

Na apuração do Lucro Real podem ser compensados os prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores, registrados no (LALUR), registrados na parte B.

São compensáveis os prejuízos fiscais apurados em períodos de

apuração encerrados a partir do ano calendário de 1995, bem como os saldos ainda não compensado, existentes em 31/12/94, de prejuízos fiscais apurados a partir do ano calendário de 1991; 15

a) somente poderão compensar prejuízos fiscais as pessoas

jurídicas que mantiverem em perfeita ordem os livros e registros que comprovem tais prejuízos;

b) somente poderão ser compensados os prejuízos fiscais apurados

em períodos nos quais a empresa for tributada pelo lucro real, portanto não poderão ser compensados os prejuízos apurados por empresas optantes do lucro presumido.

O Lucro Real apurado em cada período ajustado pelas adições e

exclusões poderá ser compensado pelos prejuízos fiscais em até 30% do lucro real do período.

A pessoa jurídica não poderá compensar seus prejuízos fiscais se

entre a data de apuração e da compensação do prejuízo houver ocorrido, cumulativamente mudança do seu controle societário e do ramo de atividade (art. 513 do RIR/99).

não impedirá a empresa de compensar o prejuízo se na apuração do

prejuízo ocorrer modificação do controle societário, sem alteração do ramo de atividade ou vice-versa;

houver modificado o controle societário e do ramo de atividade antes da apuração do prejuízo ou depois da compensação;

houver modificação do controle societário antes da apuração do prejuízo ou após a compensação e modificação do ramo de atividade entre a apuração e a compensação;

5.6.1) Prejuízos Não-Operacionais

São os resultados decorrentes de alienação de bens ou direitos do ativo permanente, que corresponde à diferença, positiva ou negativa entre o valor pelo qual o bem foi alienado e o seu valor contábil.

15 Curso Prático de Imposto de Renda Pessoa Jurídica – Neves das Silvério e Viceconti E.V. Paulo Ed. Frase

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Conforme art.36 da IN SRF nº 11/96, a separação em prejuízos não-operacionais e em prejuízos das demais atividades somente será exigida se, no período que forem verificados, cumulativamente, resultados não-operacionais negativos e lucro real negativo (prejuízo fiscal).

Verificada a hipótese acima, a pessoa jurídica deverá

comparar o prejuízo não-operacional com o prejuízo fiscal apurado na demonstração do lucro real, observado a seguir:

a) se o prejuízo fiscal for maior, todo resultado não

operacional negativo será considerado prejuízo fiscal não-operacional e a diferença será considerada prejuízo fiscal das demais atividades;

b) se todo o resultado não operacional negativo for maior ou

igual ao prejuízo fiscal, todo o prejuízo fiscal será considerado não operacional.

Os prejuízos não-operacionais e os decorrentes das

demais atividades deverão ser demonstrados em folha específica na parte B do LALUR para a compensação c/ lucros de mesma natureza.

O valor dos prejuízos não-operacionais a compensar não

poderá exceder o total do resultado não-operacional positivo de cada período de apuração.

Detalhes Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

Resultado não-operacional -80,00 -80,00 50,00 40,00

Resultado operacional 150,00 -60,00 150,00 -240,00

Adições 0,00 10,00 10,00 0,00

Exclusões 0,00 -50,00 -10,00 -10,00

Lucro real antes da compensação de prejuízos

70,00 -180,00 200,00 -210,00

Compensação prejuízo não-operacional

0,00 0,00 50,00 0,00

Compensação prejuízo operacional

(1) 10,00 0,00

Lucro real / Prejuízo Fiscal 70,00 -180,00 -140,00 -210,00

Prejuízo fiscal não-operacional a ser controlado no Lalur

0,00 -80,00 -30,00 0,00

Prejuízo fiscal operacional a ser controlado no Lalur

0,00 -100,00 -90,00 -120,00

O resultado não operacional positivo do ano 4 não poderá ser compensado com o prejuízo fiscal não operacional do ano 3, pois no ano atual o resultado operacional foi negativo e

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impedindo a compensação dos (R$ 30,00), por isso o contribuinte poderá reclassificar no Lalur o prejuízo fiscal não operacional com o prejuízo fiscal operacional de anos anteriores.16

Modelo Escrituração Parte B

PARTE B - CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE PERÍODOS FUTUROS Conta: Prejuízo Fiscal 1999 Exercício 2000

Data de Lançto Histórico Débito Crédito Saldo D/C

31.12.99 Prejuízo Fiscal fl. 02 160.000,00 C 31.12.00 Compensação feita no período,

conforme ajuste fls.03 45.000,00 115.000,00 C 31.12.01 Prejuízo Fiscal fl. 04 15.000,00 130.000,00 C 31.12.02 Prejuízo Fiscal fl.05 71.500,00 201.500,00 C 31.12.03 Compensação feita no período, 187.497,00

conforme ajuste fls.06 14.003,00 C

16 www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2004/PergResp2004/pr584a593

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6) Provisões Indedutíveis17

São aquelas que se constituem para atender aos princípios contábeis, ou por outros motivos sendo as mesmas indedutíveis para apuração do lucro real, devendo ser controlados na parte A do LALUR.

No período de apuração seguinte ao da constituição das provisões indedutíveis, a reversão do seu saldo acarretará crédito em conta de resultado e o mesmo poderá ser excluído na parte A do Lalur e baixado da parte B.

17 Curso Prático de Imposto de Renda Pessoa Jurídica – Neves das Silvério e Viceconti E.V. Paulo Ed. Frase.

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7) Custos, Despesas e Encargos

Para que as despesas, custos e encargos sejam dedutíveis é necessário comprovação de que os mesmos foram incorridos nas atividades normais da empresa. Demonstrativos de rateio de despesas que não comprovam com eficácia estes elementos não constituem prova para justificar a sua dedutibilidade.

As notas fiscais simplificada e os cupons de máquinas não representam documentos hábeis para comprovar as despesas realizadas por pessoas jurídicas na apuração do lucro real, pois não fornecem elementos capazes de verificar se os gastos realmente atendem àquilo que está sendo lançado. Os custos e despesas que tenham comprovantes por emissora de cupom fiscal (ECF) são considerados dedutíveis desde que atendam aos requisitos acima.

Notas fiscais falsas: o contribuinte que utilizar notas falsas para aumentar as despesas se beneficiando da redução dos impostos sofrerá a tributação do valor correspondente às mesmas e pagará multa agravada por caracterização de fraude.

Notas fiscais globais não são consideradas documentos hábeis de comprovação dedução de custos e despesas.

Pagamentos por mera liberalidade, não são considerados dedutíveis, por não serem necessários às atividades da empresa;

Presentes a funcionários são indedutíveis, por serem considerados desnecessários;

Prova de Prestação de Serviços: para a legislação do imposto de renda não basta apenas ter as notas fiscais que comprove se um serviço foi prestado ou não empresa terá que provar aonde foi feito o serviço ou o que recebeu para incorrer em tal despesa ou custo.

Brindes: a partir de 01/01/1996, são indedutíveis para fins de apuração do Lucro Real, bem como na base da contribuição social s/ lucro.

Participações nos lucros atribuídas a empregados serão consideradas dedutíveis desde que aprovadas pelos sócios ou acionistas através de assembléias, disposição estatuária e contratual. Sejam concedidas a todos os funcionários indistintamente. A participação nos lucros para administradores e beneficiários são consideradas indedutíveis devendo ser adicionadas na apuração do lucro líquido.

Despesas com Alimentação dos empregados são consideradas dedutíveis, porém as despesas com alimentação dos sócios são consideradas

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indedutíveis, poderão ser consideradas dedutíveis se forem integradas na remuneração dos mesmos a título de pró-labore.

Perdão de Dívida: quando uma pessoa jurídica perdoa uma dívida de outra pessoa jurídica este valor deverá ser tributado na pessoa jurídica que recebe o perdão e para a que perdoa será uma despesa indedutível por caracterizar liberalidade.

Despesas Financeiras pagas ou incorridas são dedutíveis dentre elas estão Juros passivos, descontos de títulos de crédito, deságios concedidos na colocação de debêntures e outros títulos de crédito, juros sobre o capital próprio pagos a titular, sócio ou acionista, variações monetárias passivas (a partir de 01/01/1999).

Receitas Financeiras: Entende-se por receita financeira aquelas inclusas no lucro operacional, derivadas de operações no mercado financeiro ou geradas através do recebimento de títulos pagos em atraso pelos clientes ou títulos pagos antecipadamente.

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8) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL S/ LUCRO LÍQUIDO (CSLL) Contribuintes da CSLL são todas as pessoas jurídicas domiciliadas no País e as que são equiparadas pela legislação do imposto sobre a renda - são equiparadas à pessoa jurídica as entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência (art. 60 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996). Formas de pagamentos estão expostas no item “3”.

8.1) Base de Cálculo A base de cálculo será o resultado do período antes de contabilizar a sua própria provisão, ajustado pelas adições e exclusões autorizadas pela legislação do imposto de renda.Será permitido compensar em até 30% a base de cálculo negativa de períodos anteriores s/ o lucro real anual/trimestral. A base de cálculo negativa não utilizada no ano calendário poderá ser demonstrada em folha individualizada na parte B do Lalur.

Esquema 1. Resultado do Exercício (lucro ou prejuízo), antes de computar as provisões para a CSLL e IR, depois de deduzir as participações nos lucros. 2. (+) Adições 3. (-) Exclusões 4. (=) Base de Cálculo antes da compensação 5. (-) Base de Cálculo negativa de períodos anteriores 6. (=) Base de Cálculo da CSLL.

8.1.1) Recuperação até 1/3 da COFINS com a CSLL

A legislação do imposto de renda concedeu a PJ abatimento no saldo a pagar da CSLL para os fatos geradores ocorridos em 01/02/1999 a 31/12/1999 sobre os pagamentos da COFINS paga pela alíquota de 3%, devida em cada período de apuração, somente neste período de apuração. A parcela da COFINS compensada não poderá ser considerada dedutível devendo ser adicionada na apuração do lucro real. Por exemplo: No lucro líquido abaixo está inclusa a despesa da Cofins apurada com a alíquota de 3% no valor de R$ 15.000,00.

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Lucro Líquido 1º Trim/99 R$ 100.000,00 Adição 1/3 Cofins ( R$ 15.000,00/3) R$ 5.000,00 Exclusões 0,00 Lucro Real R$ 105.000,00 Cálculo CSLL (105.000,00 * 8%) R$ 8.400,00 Compensação 1/3 da Cofins paga (R$ 5.000,00) Saldo CSLL a pagar R$ 3.400,00

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9-) Exercício

EXERCÍCIO APURAÇÃO LUCRO REAL TRIMESTRAL A empresa Coml. Tudo Certo levantou seu balanço nos seguintes trimestres: elaborando a DRE abaixo: 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre Vendas 596.550,00 253.000,00 753.000,00 (-) Impostos (113.196,00) (75.153,00) (153.116,00) (-) Abatimentos (25.196,00) (46.553,00) (12.599,00) (-) Descontos Incondicionais (13.913,00) (1.253,00) (11.253,00) (=) Receita Líquida 444.245,00 130.041,00 576.032,00 (-) Custos merc. / servs. prestados (153.215,00) (114.152,00) (183.555,00) (=) Lucro Bruto 291.030,00 15.889,00 392.477,00 (-) Despesas Operacionais (73.500,00) (83.313,00) (111.235,00) (=) Resultado Operacional Lucro 217.530,00 (67.424,00) 281.242,00 Resultado Não Operacional 13.956,00 46.953,00 25.135,00 (=) Lucro Líquido Antes da Apuração do Ir e Csll 231.486,00 (20.471,00) 306.377,00 (+) Adições 35.153,00 1.350,00 12.366,00 (-) Exclusões (13.956,00) (46.953,00) (25.135,00) Lucro Real antes da Compensação 252.683,00 (66.074,00) 293.608,00 Compensação ................... ................... ................... Lucro Real ................... ................... ................... Apurar Imposto de Renda a Recolher Adicional Imposto de Renda Contrib. Social s/ Lucro O saldo do prejuízo fiscal a compensar do ano anterior foi de R$ 310.000,00 Obs: O prejuízo a compensar é o mesmo para a base da CSLL

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Dados adicionais: Dos totais constam: Despesas c/ brindes R$ 10.000,00 Despesas c/ alimentação funcionários R$ 45.000,00 Despesas com vale transporte R$ 53.500,00 Var. cambial ativa opera. Não liquidadas R$ 55.000,00 Gratificação a sócio dirigente R$ 35.000,00 Despesas s/ comprovação R$ 5.000,00 Multa de trânsito R$ 300,00 Despesas c/ alimentação dos sócios R$ 3.000,00 Contraprestação arrendamento mercantil leasing máquinas (utilizadas na atividade)

R$ 10.000,00

Considerados os dados acima apurar o Lucro Real desta empresa com os devidos ajustes no LALUR, juntamente com o Cálculo dos impostos. 1) O Saldo dos prejuízos fiscais operacionais anteriores é de R$ 200.000,00 2) A base de cálculo negativa da CSLL anos anteriores é a mesma do Prejuízo fiscal. 3) Esta empresa apura o IRPJ/CSLL (com base em balancetes de suspensão e redução) 4) Esta empresa possui cadastramento no PAT, portanto ela tem direito ao incentivo, no mês de janeiro ela forneceu 4000 refeições.

Receita Bruta Receita Bruta (mercadorias e Serviços) 2.000.000,00

Dedução da Receita Bruta(-) Descontos Incondicionais (53.000,00) (-) Impostos Incidentes s/ Vendas (258.057,50)

(=) Receita Líquida 1.688.942,50

(-) Custos do Prods. Vends e dos Servs. Prest. (506.682,75)

(=) Lucro Bruto 1.182.259,75

Despesas Operacionais(-) Despesas c/ Vendas (35.553,50) (-) Despesas Administrativas (381.980,10) (-) Despesas Financeiras (100.150,00) (+) Receitas Financeiras 65.133,50

(=) Resultado Operacional (Lucro) 729.709,65

Resultado Não OperacionaisGanho Venda Ativo Permanente 5.000,00 Resultado Equivalência Patrimonial (positivo) 13.000,00

(=)Lucro Líquido antes da Prov. IRPJ e CSLL 747.709,65

Demonstração do Resultado Janeiro/2003

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PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO-BASE

DATA HISTÓRICO ADIÇÕES EXCLUSÕESR$ R$

1. Lucro Líquido/Prejuízo2. Mais: Adições.

Total das Adições - 3. Menos: Exclusões.

Total das Exclusões -

4. LUCRO REAL ANTES DA COMPENSAÇÃO DE PREJUIZOS FISCAIS - 5. Menos: Compensações.

Total das Compensações - 6. LUCRO REAL -

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PARTE B - CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROSEMPRESA: CONTA: Prejuizo Fiscal Acumulado a Compensar

PARA EFEITO DE ATUALIZ. MONETÁRIA CONTROLE DE VALORESDATA DO LANÇTO HISTÓRICO MÊS REF.

VALOR A CORRIGIR COEF. DÉBITO CRÉDITO SALDO

31/12/2001 ****Saldo Anterior**** (50.000,00) 31/12/2002 Prejuizo Fiscal Apurado 31/12/2002 (150.000,00) (200.000,00)

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De acordo com os dados abaixo analisar qual a melhor opção em cada mêsBalancete de Suspensão/Redução ou Estimativa Mensal.

Dados : JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

1) Rec. De Vendas de Mercadorias 100.000,00 50.000,00 130.000,00 2) Rec. Serviços 40.000,00 20.000,00 70.000,00 3) Rendto s/ Aplicação Financeira Bruta 1.500,00 500,00 600,00 4) Var. Mon. Ativa 3.000,00 2.000,00 1.500,00 5) Reversão P.D.D 2.000,00 - 500,00 6) Descontos Obtidos 500,00 600,00 100,00

TOTAL 147.000,00 73.100,00 202.700,00

DADOS ADICIONAIS

a) IMPOSTOS S/ VENDAS (20.000,00) (9.000,00) (30.000,00) b) CUSTOS (DEDUTÍVEIS) (35.000,00) (23.000,00) (48.153,00) c) DESPESAS OPERACIONAIS (75.000,00) (56.500,00) (36.300,00) d) DESPESAS FINANCEIRAS (10.000,00) (3.950,00) (2.310,00) TOTAL (140.000,00) (92.450,00) (116.763,00)

SENDO QUE:

Dentro das despesas adicionais constam:

Despesas c/ Brindes (200,00) (1.000,00) - Despesas c/ alimentação dos sócios (1.500,00) (500,00) - Despesas c/ kilometragem (vdas. Coml) (3.000,00) (953,00) (300,00) Despesas c/ gratificação (funcionários) (1.000,00) - - Despesas c/ manutenção veic. (sócio) (10.000,00) - (1.350,00) Despesas c/ Depreciação (2.350,00) (2.350,00) (2.350,00) Amortização ágio s/ investimento (1.100,00) (1.100,00) (1.100,00) Despesas c/ seguro veic. (kombi p/ entregas) (117,00) (117,00) (117,00)

TOTAL (19.267,00) (6.020,00) (5.217,00)

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CÁLCULO ESTIMATIVA

janeiro fevereiro março total receitas

JANEIRO BASE IR IRPJ BASE AIR AIR ALÍQUOTAS BASE CS CSLL TOTAL - - TOTAL - - TOTAL IMPOSTO A PAGAR EM JANEIRO -

FEVEREIRO BASE IR IRPJ BASE AIR AIR ALÍQUOTAS BASE CS CSLL TOTAL - - - - TOTAL - - TOTAL IMPOSTO A PAGAR EM FEVEREIRO -

MARÇO BASE IR IRPJ BASE AIR AIR ALÍQUOTAS BASE CS CSLL TOTAL - - TOTAL - -

TOTAL IMPOSTO A PAGAR EM MARÇO

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DRE JANEIRO FEVEREIRO MARÇO REC. VENDAS/SERVS. Impostos s/ vendas Custos Dedutíveis Despesas operacionais Despesas financeiras Receitas financeiras Reversão PDD Saldo Adições brindes alimentação sócios manutenção veic. SÓCIO AMORTIZAÇÃO ÁGIO TOTAL ADIÇÕES EXCLUSÕES REVERSÃO PDD LUCRO REAL CÁLCULO IR 15% ADICIONAL 10% CÁLCULO CSLL 9% TOTAL A PAGAR Demonstração do valor do imposto sobre renda a pagar conforme fichas modelo declaração de imposto de renda.

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Conforme dados abaixo, apurar Lucro Líquido do Exercício, LALUR parte A e B Calcular os impostos IR/AIR/CSLL Dezembro/03

EXERCÍCIO Valores Vendas 1.200.000,00 Ded. Vendas (253.000,00) Custos (116.000,00) Despesas c/ pessoal (216.111,00) Despesas c/ encargos s/ folha (110.513,00) pró-labore (85.000,00) participação nos lucros empresa (sócio) (18.990,00) brindes (2.999,00) despesas c/ refeição (25.000,00) lanches e refeições (sócios) (35.553,00) Despesa de depreciação (12.000,00) Multas mora (atraso de recolhimento) (1.153,00) Multas de Trânsito (550,00) Ganho Venda Veículo (venda em dez) 25.513,00 Despesa Contra-prestação leasing máquina (utilizada na produção) (38.900,00) despesa provisão p/ devedores duvidosos (15.000,00) variação monetária passiva (1.435,00) variação cambial ativa s/ empréstimo operação não liquidada 35.000,00 Apólice Seguro contra incêndio vigência 01/12/03 a 01/12/04 contratação (10.000,00) Dados adicionais 1)A empresa possui um investimento no valor R$ 253.513,00 equivale 25% do PL da investida. Em 31/12/03 a investida fechou balanço com um Patrimônio Líquido R$ 316.153,00 Falta fazer o lançto contábil na investidora ref. Correção deste investimento 2) A empresa está adeptda ao PAT fornece 6000 refeições 3)Imposto de Renda Fonte s/ aplicações financeiras 1.115,00 4) Imposto de Renda pago Estimativa jan/03 a nov/03 13.200,00 5) Contribuição Social pago pela Estimativa jan/03 a nov/03 11.880,00 6) Esta empresa possui prejuízo fiscal de 2002 R$ 22.313,00 7) Com relação ao seguro falta fazer a contabilização da apólice

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PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO-BASE

DATA HISTÓRICO ADIÇÕES EXCLUSÕESR$ R$

2. Mais: Adições.

Total das Adições - 3. Menos: Exclusões.

Total das Exclusões -

4. LUCRO REAL ANTES DA COMPENSAÇÃO DE PREJUIZOS FISCAIS - 5. Menos: Compensações.

Total das Compensações - 6. LUCRO REAL -

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PARTE B - CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROSEMPRESA: CONTA: Prejuizo Fiscal Acumulado a Compensar

PARA EFEITO DE ATUALIZ. MONETÁRIA CONTROLE DE VALORESLANÇTO HISTÓRICO MÊS REF. CORRIGIR COEF. DÉBITO CRÉDITO SALDO

31/12/2001 ****Saldo Anterior****31/12/2002 Prejuizo Fiscal Apurado 31/12/2002 22.313,00

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10-) Bibliografia Curso Prático de Imposto de Renda Pessoa Jurídica Autores: Silvério da Neves e Paulo E. V. Viceconti Editora Frase Contabilidade Avançada Autores: Silvério das Neves e Paulo E. V. Viceconti Editora Frase Boletim Imposto de Renda IOB Nº 07/2004 Lucro Fiscal 2003 - IOB Boletim Imposto de Renda IOB Nº 18/2004 Perguntas e Respostas da Receita Federal Site: www.receita.fazenda.gov.br Teoria Geral da Contabilidade Autor: Sérgio de Iudícibus Editora Atlas Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB - 2004