contabilidade gerencial como instrumento de gestÃo das micro e pequenas empresas
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FACULDADE METROPOLITANA DE MARABÁ
CURSO DE CIÊNCIAS CONTABÉISEDUCACIONAL
Leonardo Da Vinci
LAÍS BRUNA XAVIER DE MEDEIROS
A CONTABILIDADE GERENCIAL COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO
PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
MARABÁ2012
LAÍS BRUNA XAVIER DE MEDEIROS
A CONTABILIDADE GERENCIAL COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO PARA
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Projeto de Pesquisa apresentado como requisito parcial para conclusão do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Metropolitana de Marabá.
Orientador: Prof. Manuela Tavares Padovani Ikeda.
Marabá2012
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................04
2. OBJETIVO......................................................................................................................06
3. JUSTIFICATIVA............................................................................................................06
4. METODOLOGIA............................................................................................................08
5. CRONOGRAMA............................................................................................................08
6. REFERÊNCIAS .............................................................................................................09
1. INTRODUÇÃO
A Contabilidade passou por vários períodos importantes, seus primeiros registros
aconteceram no principio da humanidade. Pode-se dizer que as primeiras experiências com a
contabilidade ocorreram no início da raça humana. A maneira rudimentar de contar já era um
modo de inventário, pois tinha como objetivo o controle do seu patrimônio, como rebanhos,
fardos de alimentos, instrumentos de caça e pesca e outros bens quantitativos (CREPALDI,
2004).
Através desses registros históricos podemos observar que desde a antiguidade o
homem já tinha uma preocupação com suas riquezas e propriedades, mesmo na pré-história
havia um controle de bens. Conforme a humanidade foi evoluindo a contabilidade também
passou por um processo de evolução.
Nesse estágio nasce à contabilidade gerencial que esta voltada aos setores internos,
podendo ser eles de produção, de contabilidade, financeiro, comercial, recursos humanos,
administrativo, entre outros, permitindo não só uma escrituração, mas também uma previsão
para que gestores possam tomar decisões através de escriturações e dados passados,
garantindo uma melhoria em todo o sistema organizacional, ou seja, ao conjunto de elementos
que têm um objetivo em comum, e que se relacionam entre si, de forma dinâmica.
O sistema organizacional se refere ao sistema aplicado por uma determinada empresa
ou organização na execução de suas tarefas. Iudícibus (1998, p.20) considera que a
Contabilidade Gerencial procura suprir informações que se encaixem de maneira válida e
efetiva no modelo decisório do administrador, levando em conta cursos de ação futuros.
Informação é uma poderosa ferramenta de gestão a disposição da organização, podendo-se
traçar um planejamento estratégico adequado a partir dessas informações.
A contabilidade gerencial recebe inúmeras definições. Para melhor entendimento da
contabilidade gerencial tem que se levar em consideração duas palavras-chaves: informação e
gestão. Iudícibus (1998, p.21), caracteriza a contabilidade gerencial como:
Um enfoque especial conferido às várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise de balanços, etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.
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Crepaldi (2004, p.18), por sua vez, afirma claramente que a contabilidade gerencial é
uma parte da Contabilidade:
Contabilidade gerencial é um ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funções gerencias. É voltada para melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de informação gerencial.
As duas definições citadas apresentam um ponto em comum, que é o reconhecimento
formal da existência de uma parte da contabilidade qualificada como gerencial. Crepaldi é o
mais direto, mencionando o enquadramento da Contabilidade Gerencial num todo maior que é
a Contabilidade. Interessante ressaltar que a Contabilidade Gerencial é uma das modalidades
de aplicação da Contabilidade na prática, como a Contabilidade Financeira, a Contabilidade
de Custos, a Contabilidade Orçamentária, a Análise Econômica- financeira, o controle
Interno, a Auditoria, etc.
As empresas estão em constantes mudanças, cada vez mais necessitam de controles
precisos e de informações oportunas sobre seu negócio para adequar as suas operações às
novas situações.
Para Raza (2008, p.16), “a falta de informações é o grande vilão nas pequenas
empresas”. Muitos empreendedores possuem o capital e resolvem montar um negócio
desconhecendo todos os outros fatores necessários ao sucesso do empreendimento, tais como,
o controle do capital de giro, relação entre despesas e receitas, os custos inerentes à
continuidade do negócio, dentre outros.
As micro e pequenas empresas normalmente são administradas pelos próprios sócios,
em que na maioria dos casos não possuem formação profissional contábil nem de gestão de
negócios, dificultando a administração e o controle de seu empreendimento. Isto tem levado a
um grande numero de mortalidade e fechamento das pequenas empresas nos seus primeiros
anos de vida.
Neste sentido a contabilidade gerencial busca apresentar ferramentas de organização e
gestão, para um controle maior em que possa auxiliar nas tomas de decisão e no
fortalecimento das micro e pequenas empresas.
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2. OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é de mostrar os benefícios alcançados com a utilização da
contabilidade gerencial pelas micro e pequenas empresas. Evidenciando a função da
contabilidade, que é a de fornecer informações ajudando os gestores na administração das
micro e pequenas empresas, pois maioria dos pequenos empresários não tem esse
conhecimento e tomam suas decisões, baseados apenas nas suas experiências.
3. JUSTIFICATIVA
A contabilidade tem como objetivo fornecer informações que auxiliem na tomada de
decisão, sendo esse o objetivo maior da ciência contábil.
Iudícibus (1994, p.26) define o objetivo da contabilidade como sendo o de: “[...]
fornecer informação econômica relevante para que cada usuário possa tomar suas decisões e
realizar seus julgamentos com segurança”. A partir da contabilidade, o usuário possui
parâmetros para definir suas projeções, tomar decisões com a segurança necessária e baseada
em fatores confiáveis.
Segundo Ching (2003, p.4), “para poder trabalhar de maneira efetiva, as pessoas em
uma organização precisam constantemente de informação a respeito do montante de recursos
envolvidos e utilizados”. Não existe possibilidade de a empresa funcionar e cumprir sua
missão sem um sistema de informação que possa fornecer dados que a todo instante se fazem
necessários, tendo em vista a continuidade do negócio e o fato da dinâmica das informações.
Nesse aspecto, segundo Iudícibus (1994, p.26), “a contabilidade assume seu papel
principal, ou seja, o de apoiar o gestor em suas decisões, e dar maior segurança aos seus
julgamentos”.
Assim como é importante saber do passado de uma empresa, com base na
contabilidade financeira, torna-se essencial saber o que fazer no futuro das empresas, traçando
estratégias para saber lidar com situações de dificuldades a serem enfrentadas, fazer um
planejamento das atividades, ou seja, utilizar a contabilidade como uma ferramenta de gestão
empresarial (DIAS, 2006).
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As micro e pequenas empresas muitas vezes são desprovidas de apoio contábil em sua
administração, já que os contadores, em sua maioria apenas cumprem as obrigações fiscais e
assessórias que a legislação impõe, mas pouco ou nada fazem para auxiliar a administração
dessas empresas com informações úteis ao seu planejamento.
Conforme destaca Chér (1991, p.36), “a contabilidade tem sido encarada como um
instrumento tão somente para se atender a uma série de exigências legais e burocráticas, e não
encarada como um instrumento de apoio à administração”.
Os pequenos empresários, frequentemente, não dão o devido valor à contabilidade
como instrumento de apoio, mas devido ao excesso de burocracia e obrigações acessórias que
suas empresas têm de cumprir, vêem o contador como a pessoa que cuida de tudo isso, mas
não como um suporte a administração.
Segundo Longenecker (1997, p.515)
[...] os administradores precisam ter informações precisas, significativas e oportunas, se quiserem tomar boas decisões. Isso é particularmente verdadeiro quando se refere à necessidade de informações financeiras sobre as operações da empresa. A experiência sugere que a falta de aptidão em sistemas contábeis é um fator básico de insucesso entre pequenas empresas.
A contabilidade aparece como instrumento principal para fundamentar as decisões do
administrador, que através das informações geradas, conseguem tomar decisões com maior
segurança. Um dos instrumentos eficazes na administração de recursos é o planejamento
financeiro, que segundo Santiago (2006, p.49) afirma que, “todo planejamento financeiro
deve ter por base registros contábeis que se constituem em ferramentas de fundamental
importância na medida em que trazem informações gerais para a tomada de decisão”.
Para Chér (1991, p.35), “[...], a contabilidade desenvolve e fornece dados para o setor
financeiro da empresa, usando princípios legais e padronizados, prepara principalmente, as
demonstrações financeiras”.
Os pequenos empresários podem fazer análises financeiras através de relatórios
contábeis, para tomarem conhecimento da situação que se encontra a empresa, podendo fazer
comparações com a concorrência e a partir dessas análises tomarem suas decisões, com maior
segurança.
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4. METODOLOGIA
A metodologia é a ferramenta utilizada pelo acadêmico para elaboração de um projeto
de pesquisa. O método pode ser caracterizado pelo um combinado de analises sistemáticas e
racionais, que permite ao pesquisador uma segurança, para alcançar os seus objetivos
(LAKATOS, 2003).
Este trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica e de
publicações já existentes. Através de pesquisas em livros, artigos e boletins informativos que
foram possíveis recolher, selecionar e interpretar as contribuições teóricas sobre o
determinado assunto (MARTINS, 1994).
5. CRONOGRAMA
FASES ATIVIDADES PERÍODO
1ª Introdução Agosto
2ª Plataforma teórica Agosto/Setembro
3ª Parte Prática / Objetivo Novembro
3ª Considerações Finais Novembro
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6. REFERÊNCIAS
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade gerencial: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2004.
RAZA, Cláudio. Informações contábeis: o cliente não sabe pedir e o escritório contábil, na sua grande maioria, não está preparado para fornecer. Boletim CRC SP, São Paulo, n.166, p.16-17, maio 2008.
IUDÍCIBUS, Sergio de. Teoria da contabilidade, 4.ed. São Paulo: Atlas, 1994.
CHING, Yuh Hong. MARQUES, Fernando. PRADO, Lucilene. Contabilidade e Finanças para não especialistas, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003.
DIAS, Elaine Ap. O contador Gerencial. Boletim CRC SP, São Paulo, n.159, p.12-13, ago. 2006.
CHÉR, Rogério. A gerencia das pequenas e médias empresas: o que saber para administrá-las, 2ed. rev. e ampl. São Paulo: Maltese, 1991.
LONGENECKER, Justin G.; MOORE, Carlos W.; PETTY, J.Willian. Administração de pequenas empresas, São Paulo: Makron Books, 1997.
SANTIAGO, Marlene Ferreira. O efeito da tributação no planejamento financeiro das empresas prestadoras de serviços: um estudo de caso de desenvolvimento regional. 2006. 139f. Dissertação de Mestrado – Universidade de Taubaté, 2006.
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica / Maria de Andrade Marconi, Eva Maria Lakatos. 5. ed. – São Paulo: Atlas 2003.
MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para a elaboração de monografias e dissertações. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1994.
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