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Profª. Eulália Ferreira HISTÓRIA Construção do Estado Liberal: Independência das colônias latino-americanas Parte 4

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Page 1: Construção do Estado Liberal: Independência das colônias ... · ajuda da Argentina acordo inglês garante liberdade do Uruguai . Construção do Estado Liberal: Independência

Profª. Eulália Ferreira

HISTÓRIA

Construção do Estado Liberal: Independência das

colônias latino-americanas

Parte 4

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Construção do Estado Liberal: Independência das colônias latino-americanas

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Construção do Estado Liberal: Independência das colônias latino-americanas

Recordando os interesses em pauta.....

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Construção do Estado Liberal: Independência das colônias latino-americanas

1- Tratado de Utrecht (1713) celebrado após a derrota da Espanha na "Guerra de Sucessão Espanhola“ - concessões à Inglaterra - asiento - fornecimento de escravos africanos - e o permiso - venda direta de manufaturados às colônias. Inglaterra tem interesse direto na libertação da região para poder comerciar livremente

2- Fatores fundamentais para as lutas de libertação : - Interesses dos criollos - controlar a máquina político-administrativa –

privilégio dos peninsulares. - Elites criollas interessadas em independência transformam os

Cabildos em Juntas Governativas- defesa da ideia de ruptura definitiva com a metrópole.

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Lideranças....

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- Simón Bolívar (1783-1830)- “ El Libertador” Aristocrata venezuelano de origem basca, educado por discípulo de Jean- Jacques Rousseau. Viveu na Espanha e na França revolucionária. Na Venezuela em 1807 - atividades anticoloniais clandestinas.

-1813 Domínio de Caracas - recebido como libertador, MAS depois enfrenta oposição - refúgio na Jamaica. Carta da Jamaica - razões da emancipação americana.

-1814 - retorna e forma a República da Colômbia (união da Venezuela e Nova Granada) eleito presidente. - comandante das guerras de independência do Equador, Peru e

Bolívia em 1825. Em 1826 - chefe supremo do Peru+ presidência da Colômbia e da Bolívia. Em 1830 por conflitos separatistas abandona o poder Santa Marta, na Colômbia morre.

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San Martín (1775-1850) - Militar argentino - - Filho de um coronel espanhol, é educado na Espanha e serve o Exército

espanhol por mais de 22 anos. - 1812 volta à Argentina e se envolve no movimento pela Independência. - Adota a estratégia de expulsar os espanhóis de território americano,

promovendo a independência dos países vizinhos. - Depois da libertação da Argentina em 1816, San Martín prepara um

exército e no ano seguinte atravessa os Andes para libertar o Chile e depois, por mar, chega ao Peru.

- Em 1822, decide se exilar na Bélgica e depois na França, onde morre.

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Vice Reinado do Prata Vice Reinado do Prata

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Paraguai proclama a independência em 1811 Gaspar Francia Argentina em 1816 – General Belgrano recebe apoio das forças do general José de San Martín ( Exército dos Andes)

San Martín organiza no Capitania do Chile a luta contra a Espanha e, com o líder chileno Bernardo O''Higgins, liberta o país em 1818

Formação do Exército Unido – exército dos Andes associado à forças chilenas as lutas de libertação do Vice Reinado do Peru .

Ajuda da frota (financiada pela Argentina ) chefiada pelo oficial inglês Lord Cockrane - região do Peru independente em 1822 (3 anos)

Uruguai Província Cisplantina do Brasil 1816, liberta em 1828 ajuda da Argentina acordo inglês garante liberdade do Uruguai

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Construção do Estado Liberal: Independência das colônias latino-americanas

Situação pós independências:

- Independência político-administrativa

- Manutenção das estruturas sócio-econômicas herdadas do período da dominação espanhola

- Movimentos libertários liderados em grande parte por mestiços (México) , negros (Haiti) e nativos (Peru) sufocados à longo prazo

- Influência estadunidense e inglesa no que tange à relações econômicas.

- Fracionamento territorial – Fracasso do ideal do Bolivarismo

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Construção do Estado Liberal: Independência das colônias latino-americanas

"Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na América a maior nação do mundo, menos por sua extensão e riquezas do que pela liberdade e glória (...)”

Trecho CARTA DA JAMAICA Simon Bolívar

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Bolivarismo em diferentes temporalidades

- Projeto de Bolivar:

• 1826 - convocação de representantes dos países recém-independentes para participarem da Conferência do Panamá, cujo objetivo era a criação de uma confederação pan-americana

No entanto... “ideologia bolivariana” tem contornos vagos e imprecisos, por conta não só da imensa e diversificada obra de Bolivar como também pela apropriação feita em diferentes projetos e contextos em Estados da Hispano-América

(Roberto Maringoni : http.//www.diariodocentrocomundo.com.br/quem-foi-simon-bolívar. Acesso em 11.04.2018)

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- O sonho bolivariano de unidade política (PANAMERICANISMO) chocou-se com os interesses das oligarquias locais e com a oposição da Inglaterra e dos Estados Unidos, a quem não interessavam países unidos e fortes.

- Outros fatores que interferiram na fragmentação política:

- isolamento geográfico das diversas regiões

- compartimentação populacional –

- divisão administrativa colonial

- pouca integração econômica das diferentes áreas do antigo

Império Espanhol na América

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Construção do Estado Liberal: Independência das colônias latino-americanas

Segundo o historiador, Domingo Felipe Maza Zavala, no governo de Eleazar López Contreras (1936-1941), na Venezuela, “o culto a Bolívar foi elevado à significação de um fundamento político”.

“Através de variadas interpretações, a figura do Libertador foi reivindicada por todas as classes sociais do país como uma espécie de fator de unidade nacional ou até como símbolo da manutenção de determinada ordem. Assim, existe um bolivarianismo conservador, traduzido na profusão das estátuas equestres disseminadas nas praças de praticamente todos os municípios venezuelanos, bem como na sacralização estática de lugares e feitos do pai da Pátria. Essa vertente tenta esvaziar a figura de Bolívar de seu conteúdo transformador e anticolonialista, destinando-a à veneração estéril “

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Construção do Estado Liberal: Independência das colônias latino-americanas

“ E há um bolivarianismo de esquerda, que busca nas lutas contra o domínio espanhol a inspiração para ações tidas como antiimperialistas. As duas visões envolvem um sem-número de nuances. O ideário bolivariano sempre foi elástico e flexível o bastante para permitir leituras de um lado e de outro.

O culto a Bolívar não é uma criação ficcional, fruto de um patriotismo exacerbado em alguns países. É mais do que isso. Ele se constitui em uma necessidade histórica e, em um recurso destinado a compensar o desalento causado pela frustração de uma emancipação nacional que não se completaria. Bolívar seria o elo histórico com um ideal de soberania, liberdade e justiça. Daí sua força, tanto política, quanto como veneração quase religiosa “