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A REPÚBLICA LIBERAL (1946-1964)

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A REPÚBLICA LIBERAL (1946-1964)

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SOBRE O PERÍODO•Considerado um dos períodos mais democráticos da História brasileira, com alternância de partidos na presidência, fortalecimento dos sindicatos, surgimento de movimentos sociais no campo e ampliação no acesso ao voto.•Mesmo com todas essas vitórias, ainda observamos nesse período a exclusão dos analfabetos e dos suboficiais quanto ao voto, forte controle das elites sobre a política, problemas econômicos e sociais.

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SOBRE O PERÍODO•O fim da Segunda Guerra fez despertar um grande desejo por democracia, algo ainda não vivido pelo Brasil. Contradição com o “Queremismo”.•Surgimento dos principais partidos políticos ocorreu ainda no Estado Novo.•A República Liberal teve os anos dourados de JK, passou pelos anos rebeldes de Jango e terminou com os anos de chumbo iniciados com o golpe militar.•Disputa entre “Nacionalista” e “Entreguistas”.

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OS PRINCIPAIS PARTIDOS•UDN (União Democrática Nacional) – formada por empresários e latifundiários. Representava o grupo que fora prejudicado pelo Estado Novo e que faziam forte oposição à Vargas. •PSD (Partido Social Democrático) – era o verdadeiro “papa votos”. Formado por antigos interventores e funcionários do regime varguista, aproveitando-se desse legado para conseguir arrebanhar votos.

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OS PRINCIPAIS PARTIDOS•PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) – fundado por Vargas para manter-se próximo aos seus fieis seguidores, os trabalhadores. Evitava que o PCB crescesse e garantia grande quantidade de votos para Vargas e seus aliados. Procurou seguir a linha trabalhista de Vargas, mas com o crescimento do partido, o desenvolvimento urbano e industrial o partido começou a ver crescer um grupo que defendia a autonomia dos trabalhadores e o crescimento social.

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A CONSTITUIÇÃO DE 1946•Essa constituição foi quase um reedição da Constituição de 1934. Podemos destacar o aumento da participação de voto para as mulheres, incorporações dos territórios nacionais de Iguaçu (PR) e Ponta Porã (MS), o relaxamento do controle sobre os sindicatos, o pluripartidarismo, o mandato presidencial passaria para 5 anos sem direito a reeleição, sendo os candidatos eleitos separadamente.•Foi promulgada no governo de Dutra.

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GOVERNO DUTRA (1946-1951)•Apesar de eleito pela coligação PSD/PTB e ter seu nome ligado ao Estado Novo teve postura considerada “entreguista”. Sua forte ligação com os EUA fez com que o Brasil fosse alinhado ao bloco capitalista. Teve como principais destaques:O rompimento diplomático com a URSS;Fechamento do PCB e cassação dos mandatos de seus membros;Fechamento de sindicatos e prisão de líderes sindicais opositores do governo;

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GOVERNO DUTRA (1946-1951)Perseguição e demissão de funcionários públicos “subversivos”;Criação da Escola Superior de Guerra para formação de oficiais, visando a defesa nacional;Abertura do mercado para os produtos estrangeiros;Proibição dos jogos de azar;Implantação do Plano SALTE, mas com a perda de reservas não conseguiu se tornar realidade.

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GOVERNO DUTRA (1946-1951)•Teve um governo de características keynesianistas, com o Plano SALTE, mas seu fracasso trouxe mais instabilidade econômica ao país. •A inflação subia, houve perda de poder aquisitivo das classes trabalhadoras e falência de empresas nacionais.•Não tardou para o povo sentir falta de Vargas.

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GOVERNO VARGAS (1951-1954)•Eleito com quase 50% dos votos, Vargas realmente “voltou nos braços do povo”.•Assumiu em um contexto bem diferente do de 1930 – Constituição, Guerra Fria e embates entre “entreguistas” e “nacionalistas”.•Manteve seu caráter nacionalista e intervencionista, promovendo o desenvolvimento econômico do país.•Criação da Petrobras, da Eletrobrás e do BNDE.•Não conseguiu conter a inflação e passou a ser questionado até pelos trabalhadores (greves).

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GOVERNO VARGAS (1951-1954)•O aumento de 100% do salário mínimo (1954) desgastou seu governo junto aos empresários e despertou o ânimo dos sindicatos.•Sofreu forte oposição de grupos internacionais. Negou o envio de tropas à Guerra da Coreia.•Atentado da Rua Toneleros – deflagrou forte crise política. Pressão por parte da UDN e das Forças armadas para a renúncia de Vargas.•24/08/1954 – suicídio de Vargas.

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GOVERNO VARGAS (1951-1954)•O vice presidente café Filho assumiu e tomou medidas de controle da economia como a restrição ao crédito, aumento de impostos e taxas.•Forte atuação política da UDN e de militares.•Afastado do poder, novas eleições foram convocadas. A vitória de JK abriu uma crise política.•Um tentativa de golpe por parte da Marinha e da UDN quase impediu a posse de JK.

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GOVERNO JK (1956-1961)•Ganhou as eleições com baixo percentual de votos. Teve como vice João Goulart. Quase não assumiu por causa de uma tentativa de golpe.•Apresentou o Plano de Metas (“50 anos em 5”) baseado no desenvolvimentismo. Atuação em áreas de infraestrutura e indústria – Rodoviarismo e entrada de multinacionais (ABC paulista)•Intenso êxodo rural – migração para os grandes centros em busca de emprego.•Aumento de postos de trabalho, abertura de crédito, acesso ao consumo e modernização.

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GOVERNO JK (1956-1961)•Crescimento cultural (“Bossa Nova” e Cinema Novo), econômico e até esportivo (Copa do Mundo de 1958 e Campeonato Mundial de Basquete de 1959) – “Brasil país do futuro”.•Os Anos Dourados deixaram, porém, um legado negativo: dependência do capital externo, dívida externa, crescimento desordenado das cidades, intensas migrações, concentração de renda e aumento da desigualdade social.• Construção de Brasília – transferência da capital como meio de desenvolver o Centro-Oeste e afastar o centro político de áreas densamente povoadas.

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GOVERNO JÂNIO QUADROS (1961)•Eleito com grande porcentagem de votos em uma coligação que contava com a UDN. Sua campanha defendia a moralidade e a família (“vassourinha”).•Governo contraditório, com forte caráter conservador na questão interna como o congelamento de salários, restrição ao crédito, desvalorização da moeda e até proibição de biquínis. Enquanto isso, tomou uma postura de não alinhamento ao reatar relações com a URSS e condecorar “Che” Guevara.

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GOVERNO JÂNIO QUADROS (1961)•Forte pressão popular diante da ineficiência em contar a crise econômica e desconfiança de setores estrangeiros.•Renunciou em agosto de 1961

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GOVERNO JOÃO GOULART(1961-1964)•Eleito vice presidente, Jango deveria assumir após a renúncia de Jânio Quadros. Estava na China no momento da renúncia e era visto como simpatizante do comunismo. A UDN e os militares ficaram contra sua posse.•“Campanha da Legalidade” – adesão do Comando Militar do RS, sindicatos, intelectuais e da UNE.•A implantação do Parlamentarismo foi a solução e Jango pode assumir, em setembro de 1961. Durante esse período houve forte agitação social com uma greve geral, a criação da CGT e a imposição do 13º salário.

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GOVERNO JOÃO GOULART(1961-1964)•Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social – combate a inflação.•Em janeiro de 1963, houve um plebiscito que devolveu o Brasil ao regime Presidencialista, com mais de 80% de votos.•Como chefe de governo, Jango tentou seguir a risca o Plano Trienal, mas a recessão o obrigou a tomar medidas populistas. As “Reformas de Base” deveriam ser levadas ao extremo: reforma eleitoral, no sistema bancário, na habitação, nas universidades, na estrutura fundiária e suas relações trabalhistas e na remessa de lucros.

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GOVERNO JOÃO GOULART(1961-1964)•Diante da “radicalização” do governo os grupos conservadores se organizaram. O comício da Central do Brasil, em março de 1964 assustou parte da classe média brasileira – “Marcha da Família com Deus e pela Liberdade”.•31 de março de 1964 – golpe militar derrubou Jango.

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