conhecimento elementar para visita ao doente

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Page 1: Conhecimento elementar para visita ao doente

CURSO DE CAPELANIA HOSPITALAR - MÓDULO IIPr. Linaldo Oliveira – E-mail: [email protected]

Capelania

CONHECIMENTOS ELEMENTARES QUANDO DA VISITAAO PACIENTE.

Existem conhecimentos que, qualquer pessoa que pretenda fazer visitação hospitalar precisa ter, para efetuar essa visitação com eficiência. Sem esses conhecimentos, a visita poderá não alcançar o objetivo desejado, e poderá, até mesmo, se tornar prejudicial para o doente.

1. Quando visitar o paciente, as mãos devem estar limpas e não se deve deixar impressionar por sua situação ou enfermidade.

2. Deve estar bem fisicamente. Se o visitador estiver doente pode contaminar o paciente.

3. O visitador deve também estar bem emocionalmente. Se o visitador estiver estressado, deprimido ou alterado psicologicamente irá a afetar o paciente.

4. Procurar visitar em horários adequados ao doente, respeitando as limitações dele.

5. Posicionar-se adequadamente ao paciente, e ter o cuidado para não tropeçar nos instrumentos.

6. Evitar falar com ele muito próximo, para não salivar.

7. Com a aproximação da equipe de saúde, para procedimentos, deverá o visitador deixar o local.

8. Evitar fazer visitas longas, o paciente cansa facilmente.

9. Evitar levar crianças.

10.Não levar flores, por que também são agentes transmissores de doenças.

11.Não fazer perguntas com relação a sua doença e não dá seu parecer pessoal. Converse num tom natural e não cochiche com outras pessoas.

12.É necessário ter muita simplicidade e delicadeza. Não esquecer que a dor torna a pessoa mais sensível. No momento oportuno, a ocasião certamente aparecerá; amando o paciente, ele, se desejar, contará sua história. Por isso, não deve fazer tantas perguntas, mas saber escutar.

13.Não cobrar do paciente que ele tenha fé para ser curado, ou, prometer a cura divina, para não provocar sentimentos de culpa nele, ou até alguma reação mais forte.

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14.Deus não é volúvel. É fiel. Ele será mais ou menos percebido, conforme as circunstâncias que o paciente atravessa; conseqüentemente, é preciso ajudá-lo humanamente, e Deus se manifestará a seu tempo. Amá-los tanto quanto possa, não somente por Deus, mas por eles mesmos. As pessoas que se ocupam com os doentes só por Deus e com certa frieza em seu comportamento, fazem pensar que eles são apenas instrumentos e meios de santificação delas.

15.Nada de visitas protocolares, formais, rígidas. É melhor não ir visitar os pacientes se não se é capaz de estender a mão, de sorrir largamente, de abrir de par em par as portas do coração.

16.Alguém pode interrogar: “Que posso dizer a ele?” Procurar o bom senso. Há momentos que o mais recomendável é saber sorrir. É tão fácil: sorria, por favor. Pode existir uma ponte mais segura que o sorrir?

17.Quando se tornarem confidentes, preocupar-se com seus problemas, evitando dizer: “Mas eu também tive isso ou aquilo”. É preciso entendê-los e fazê-los seus. Eles, com sua fina percepção sentirão que encontraram eco. Pode ser que você permaneça impotente para tirar o fardo de seus ombros, mas esteja certo de que aliviou consideravelmente o coração deles.

18.Se o paciente concordar que se faça uma prece, não elevar muito a voz, não ser prolixo, e lembrar que você está num hospital e não numa igreja.

CONCLUSÃO

Acima de tudo, com seriedade e solidariedade, o visitador deve empenhar-se para fazer o seu trabalho com muito amor, lembrando que o Hospital é uma empresa diferenciada de qualquer outra. Os erros cometidos podem trazer seqüelas irreparáveis. O visitador hospitalar tem uma responsabilidade muito grande ao manter contato com os pacientes, pois são vidas que estão abertas para receber o que ele tem para dar. O mais importante é a sua doação de AMOR. Como bem escreveu o apóstolo Paulo aos Coríntios: “Ainda que eu fale a língua dos anjos e dos homens, se não tiver amor, nada serei”.