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PREOCUPAÇÕES E INTENÇÕES DE GASTOS AO REDOR DO MUNDO 2º TRIMESTRE DE 2015 CONFIANÇA DO CONSUMIDOR SÉRIE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR, 2015 | 2ª EDIÇÃO

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Page 1: CONFIANÇA DO CONSUMIDOR - Nielsen · Enquanto isso, o Brasil, com sua combinação incomum de recessão e inflação, viu a confiança dos consumidores cair para um recorde de baixo

PREOCUPAÇÕES E INTENÇÕES DE GASTOS AO REDOR DO MUNDO2º TRIMESTRE DE 2015

CONFIANÇA DO CONSUMIDOR

SÉRIE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR, 2015 | 2ª EDIÇÃO

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2 2º TRIMESTRE DE 2015 – ESTUDO GLOBAL - CONFIANÇA DO CONSUMIDOR

A CONFIANÇA DO CONSUMIDOR MELHOROU NA EUROPA NO SEGUNDO TRIMESTRE, ENQUANTO DIMINUIU OU MANTEVE-SE CONSTANTE EM OUTRAS REGIÕES

• A confiança aumentou na Europa para 79 - seu nível mais alto em cinco anos.

• A confiança norte-americana manteve-se otimista com 101, mas diminuiu em cinco pontos desde o primeiro trimestre.

• A confiança da Ásia manteve-se constante em 107, o nível mais alto de todas as regiões.

• A confiança da América Latina continuou a diminuir, caindo em três pontos, para 83 - o nível mais baixo desde 2009.

• A confiança no Oriente Médio/África caiu em dois pontos, para 94, pois os gastos e a opinião financeira pessoal caíram.

• A opinião quanto à recessão melhorou em 78% nos mercados europeus medidos, mas agravou-se ao longo de todas as outras regiões.

A confiança global dos consumidores diminuiu um ponto no índice do segundo trimestre, indo para 96, já que o sentimento geral sobre as perspectivas de emprego e finanças pessoais caíram dois pontos e um ponto percentual, respectivamente, a partir do primeiro trimestre.

Esta pontuação, quase na linha de base, que tem permanecido relativamente estável por mais de um ano, reflete uma perspectiva globalmente estável, mas o desempenho desigual em nível de país aumentou nas regiões - especialmente na América Latina e no Oriente Médio.

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3Copyright© 2015 The Nielsen Company

Regionalmente, a confiança continuou a crescer na Europa, aumentando dois pontos, indo para 79 - sua pontuação mais alta desde 2010, já que 65% dos mercados mostraram melhora desde o primeiro trimestre. Na Ásia-Pacífico, a confiança manteve-se estável, em 107, e declinou cinco pontos na América do Norte (101), dois pontos no Oriente Médio/África (94) e três pontos na América Latina (83).

Entre as maiores economias do mundo, a confiança manteve-se em níveis próximos e acima da linha de base na Alemanha (97) e nos EUA (101), apesar de declínios trimestrais de índice de três e seis pontos, respectivamente. Na China (107) e Reino Unido (99) a confiança do consumidor aumentou um e dois pontos, respectivamente, e aumentou um ponto no Japão (83) a partir do primeiro trimestre.

“O contraste dentro e entre os mercados continua a ser uma característica dominante da economia global”, disse Louise Keely, vice-presidente sênior da Nielsen, e presidente do Instituto Demand. “A confiança dos consumidores nos mercados na zona do Euro tem sido relativamente estável, com a notável exceção da Grécia. Enquanto a flexibilização quantitativa é largamente vista como fazendo o previsto, a Europa agora está atravessando a crise da dívida grega. Um ponto de partida relativamente forte para a confiança apoiará os gastos do consumidor enquanto houver crise . Na China, a desaceleração do crescimento do PIB está lado a lado com um mercado de ações que cresce. A confiança não vacilou tampouco aí, o que é uma boa provisão para os gastos dos consumidores a curto prazo. Enquanto isso, o Brasil, com sua combinação incomum de recessão e inflação, viu a confiança dos consumidores cair para um recorde de baixo nível neste trimestre. Esperamos que a situação lá continue impactando o comportamento do consumidor.”

No mais recente levantamento online, realizado entre 11 e 29 maio de 2015, a confiança do consumidor aumentou em 27 dos 60 mercados medidos pela Nielsen (45%). A pontuação da Índia de 131 foi a mais alta dentre os 60 mercados, seguida pelas Filipinas (122), Indonésia (120) e Dinamarca (112) Filipinas mostrou o maior avanço trimestral, pois a confiança subiu em 7 pontos, e a Grécia mostrou o maior declínio trimestral, de 12 pontos, desde o primeiro trimestre. A Coréia do Sul apresentou a menor pontuação, 45 pontos.

O índice de confiança do consumidor da Nielsen mede a percepção de perspectivas de empregos locais, finanças pessoais e intenções de gastos imediatos. Os níveis de confiança do consumidor acima e abaixo de uma linha de base de 100 indicam os graus de otimismo e pessimismo, respectivamente. A Pesquisa Global Confiança do Consumidor e Intenção de Gastos da Nielsen, criada em 2005, mede a confiança dos consumidores, as principais preocupações e intenções de gastos entre mais de 30.000 entrevistados, com acesso à Internet, em 60 países.

SOBRE A METODOLOGIA DA PESQUISA GLOBAL

As constatações nesta pesquisa se baseiam em entrevistados com acesso à Internet em 60 países (a menos que de outra forma observado). Apesar da metodologia de pesquisa online possibilitar enorme escala e alcance global, oferece uma perspectiva dos hábitos apenas dos internautas existentes, não das populações totais. Em mercados em desenvolvimento, onde a penetração de Internet ainda está expandindo, os públicos podem ser mais jovens e mais ricos que a população geral do país. Além disto, as respostas da pesquisa se baseiam no comportamento declarado pelos entrevistados, não em dados efetivamente mensurados.

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4 2º TRIMESTRE DE 2015 – ESTUDO GLOBAL - CONFIANÇA DO CONSUMIDOR

+7-3

+6-3

-7+1

-2

-1

-8

0

-6

-3

-1

+2

+2

+4

-3

-4

-1

+4

+1

-6-5

-4+3

+5+1+10+3-5-2-4

-1+1

+4-1

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-7

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+4

+6

+2

+1

+5

-3

+3

+6

-3

+4

+1

-2-2

-4-12

-3

87 ÁFRICA D

O SU

L 87 TU

RQU

IA 88

SUÉCIA 88

REPÚBLICA TCHECA

88 NO

RUEGA

88

GRÉCIA 53

89 MALÁSIA

ITÁLIA 53

89 AUSTRÁLIA

HUNGRIA 55

PORTUGAL 57

90 HOLANDA

CROÁCIA 59

92 ISRAEL

ESLOVÊNIA

61

93 COLÔMBIA

VENEZUELA 62

95 PERU

FRANÇA 66

97 ALEMANHA

FINLÂNDIA 66

98 SUÍÇA

POLÔNIA 70

98 CANADÁ

ESPANHA 72 99 REINO UNIDO BULGÁRIA 73 99 SINGAPURA

ESLOVÁQUIA 75

99 NOVA ZELÂNDIA

RÚSSIA 78

101 ESTADOS UNIDOS

ROMÊNIA 78

102 PAQUISTÃO

LETÔNIA 79

104 VIETNÃ

BRASIL 81

105 HONG KONG

ARGENTINA 81

105 ARÁBIA SAUDITA

ESTÔNIA 82

107 CHIN

A

BÉLGICA 8

3

108 E

MIRADOS ÁRABES UNIDOS

JAPÃO

83

111

TAILÂ

NDIA

LITUÂNIA

8

3

112

DINAM

ARCA

CHIL

E

84

120

INDO

NÉSIA

TAIW

AN

84

122

FIL

IPIN

AS

MÉX

ICO

8

4EG

ITO

85ÁU

STRI

A

85

0

SÉRVIA 53

+1

131

ÍN

DIA

+7

UCRÂNIA

48

-1

CORÉIA D

O SUL 45

CONFIANÇA GLOBAL DO CONSUMIDOR

60 PAÍSES – TENDÊNCIA TRIMESTRALÍNDICE DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR DA NIELSEN – 2º TRIMESTRE DE 2015

* Pesquisa baseada em entrevistados que têm acesso à Internet. Os resultados da pesquisa na China re�etem uma metodologia mista. Os níveis dos índices acima e abaixo de 100 indicam os graus de otimismo/pessimismo.

96

ÍNDICES ACIMA DE 100 INDICAM OTIMISM

O

MÉDIAGLOBAL

(variação de -1 do 1º trimestre de 2015)

MEN

OS C

ONFIANTES MAIS CONFIANTES

EUROPA ÁSIA-PACÍFICOORIENTE MÉDIO/ÁFRICAAMÉRICA LATINAAMÉRICA DO NORTE

ÍND

ICE

PAÍ

S

IRLANDA

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5Copyright© 2015 The Nielsen Company

A CONFIANÇA DO CONSUMIDOR ESTÁ RELACIONADA ÀS AÇÕES DO VAREJO

As opiniões dos consumidores sobre a economia e as suas próprias situações financeiras podem ter um impacto direto sobre a sua disposição para gastar e suas tendências para economizar. Como tais, existe uma relação entre as mudanças na confiança dos consumidores e as medidas que os consumidores dizem que tomam para economizar nas despesas domésticas.

“Mesmo que a impressão sobre a própria situação pessoal dos consumidores tenha melhorado nos últimos anos, ainda há uma preocupação generalizada entre os consumidores quanto à recessão”, disse Keely. “Na verdade, seis anos após o fim oficial da Grande Recessão, mais da metade (54%) dos entrevistados globais ainda acredita que o seu país esteja em recessão. Assim, enquanto a confiança global dos consumidores tem subido lentamente até chegar a níveis quase otimistas no ano passado, ainda há evidência de que os consumidores sentem dúvidas sobre o futuro de seus países. A atividade de vendas no varejo tem sido mais lenta para reagir, sendo reflexo dessa prolongada incerteza.”

Níveis fracos de gastos dos consumidores são reflexo do fato de que quase dois terços (65%) dos consumidores no mundo estão com uma mentalidade de economizar, ao invés de gastar. Esta perspectiva cautelosa é mais prevalente na América Latina (79%), seguida pelo Oriente Médio/África (69%), Ásia-Pacífico (66%), América do Norte (59%) e na Europa (58%), já que mais da metade dos entrevistados nessas regiões dizem que estão ativamente tomando medidas para economizar em despesas domésticas, em comparação a um ano atrás.

As prioridades de estratégias para economizar diferem entre as regiões.

Entre aqueles que dizem que estão tomando medidas para economizar, as duas principais áreas destinadas à redução são a redução de gastos com roupas e com lazer fora de casa. Cortar gastos com combustível e eletricidade, gastar menos com refeições e optar por produtos de marcas mais baratas em supermercados são outras das maiores prioridades no que diz respeito à economia. Despesas um tanto mais protegidas são aquelas que afetam o transporte, feriados anuais/ férias, lazer em casa e a troca de aparelhos domésticos.

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6 2º TRIMESTRE DE 2015 – ESTUDO GLOBAL - CONFIANÇA DO CONSUMIDOR

AS 5 MELHORES ESTRATÉGIAS PARA ECONOMIZAR, POR REGIÃO

COMPARADO AO ANO PASSADO, NESTA MESMA ÉPOCA, QUAIS DAS SEGUINTES ATITUDES VOCÊ TOMOU A FIM DE ECONOMIZAR EM DESPESAS DOMÉSTICAS?

EUROPAÁSIA-PACÍFICO

ORIENTE MÉDIO/ÁFRICA AMÉRICA LATINA

AMÉRICA DO NORTE

ECONOMIZOU C/ COMBUSTÍVELE ELETRICIDADE

46% 57%

52%

43%

50%

38%

41%

38%

27%

31%

49%

41%

40%

28%

48%

53%

48%

50%

46%

46%

32%

44%

48%

51%

49%

CORTOU DESPESAS COM LAZER, FORA DE CASA

GASTOU MENOS COM ROUPAS

MUDOU SUA ESCOLHA POR MARCAS DE MANTIMENTOS MAIS BARATAS

CORTOU DESPESAS C/REFEIÇÕES PRONTAS

Fonte: Pesquisa Global da Nielsen sobre A Conança & Intenções de Gastos do Consumidor, 2º Trimestre de 2015

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7Copyright© 2015 The Nielsen Company

MAIORES PREOCUPAÇÕES DOS CONSUMIDORES SÃO DIFERENTES EM CADA PARTE DO MUNDO

Certas preocupações são universais. As preocupações sobre o estado da economia, o medo de perder o emprego ou ansiedades sobre questões de saúde são as principais preocupações em todas as regiões do mundo. Mas outras preocupações tem maior significado dependendo de onde você mora. Compreender a carga emocional que pesa sobre os consumidores fornece uma compreensão sobre os fatores que podem motivar o comportamento.

Por exemplo, dívidas e aumento de preços dos alimentos são as principais preocupações entre os norte-americanos. Crime e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal estão no topo da lista das ansiedades na América Latina. Bem-estar e felicidade dos pais são questões fundamentais para aqueles da Ásia-Pacifico, Oriente Médio/África, e o aumento dos valores das contas é uma das principais preocupações para os europeus.

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8 2º TRIMESTRE DE 2015 – ESTUDO GLOBAL - CONFIANÇA DO CONSUMIDOR

“Estratégias de crescimento em função da demanda, de negócios de interação direta com o consumidor são vitais para conectar os produtos certos e a comunicação certa com os consumidores certos”, disse Keely. “As estratégias devem ser desenvolvidas com a compreensão de quais são as preocupações e inquietações dos consumidores, o que pode informar tanto as necessidades não atendidas e como as oportunidades para inovação de produtos, bem como indicações para estabelecer uma melhor estratégia de anúncios para os consumidores”.

Níveis de preocupação variam de país para país, e a importância relativa de cada uma ilustra a abundância de preocupações que afetam os consumidores no cenário global.

AUMENTO NOS PREÇOS DE COMBUSTÍVEIS

A PRIMEIRA E A SEGUNDA MAIOR PREOCUPAÇÃO NOS PRÓXIMOS SEIS MESES Países com o mais alto nível para cada preocupação

2º Trimestre 2015 2009

SEGURANÇA NO TRABALHO Colômbia 42% 50%

GUERRA Ucrânia 56% Israel 9%

Venezuela 46% Turquia 56%

SAÚDE Lituânia 42% Romênia 28%

Portugal 38% Indonésia 33%

CRIME Venezuela 37% Argentina 35%

Venezuela 33% França 29%

Lituânia 31% Hungria 24%

DÍVIDA Grécia 30% Romênia 29%

Irlanda 27% Polônia 37%

FELICIDADE E BEM ESTAR DOS PAIS

24% Indonésia 25%

TERRORISMO França 22% Paquistão 18%

Turquia 22% Venezuela 24%

Índia 19% Noruega 11%

Vietnã 18% Estados Unidos

11%

IMIGRAÇÃO Reino Unido

16% Reino Unido

10%

A ECONOMIA

EQUILÍBRIO TRABALHO/VIDA

AUMENTO NOS PREÇOS DOS ALIMENTOS

BEM ESTAR E EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS

AUMENTO NAS CONTAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS

ESTABILIDADE POLÍTICA

AQUECIMENTO GLOBAL

Emirados Árabes Unidos

Emirados Árabes Unidos

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9Copyright© 2015 The Nielsen Company

28%

22%

17%

15%

22%

31%

25%

22%

21%

20%

19%

17%

NEM TODAS AS PREOCUPAÇOES SÃO IGUAIS AO REDOR DO MUNDO

A PRIMEIRA E A SEGUNDA MAIOR PREOCUPAÇÃO NOS PRÓXIMOS SEIS MESES

ECONOMIA 29%

29%

19%

17%

15%

27%

26%

22%

ECONOMIA

ECONOMIA

SAÚDE

ECONOMIA MANTER-SENO EMPREGO

DÍVIDA

ECONOMIA

EQUILÍBRIOTRABALHO/VIDA

BEM ESTAR EFELICIDADE DOS PAIS CRIME

AUMENTO NOSPREÇOS DOS ALIMENTOS

SAÚDE

SEGURANÇANO TRABALHO

SEGURANÇANO TRABALHO

SEGURANÇANO TRABALHO

TERRORISMO SAÚDE

SAÚDE E MANTER-SEEMPREGADO

AUMENTONAS CONTAS

EUROPAÁSIA-PACÍFICO

ORIENTE MÉDIO/AFRICA

AMÉRICA DO NORTE

AMÉRICA LATINA

= PREOCUPAÇÃO É SIGNIFICATIVAMENTEMAIOR DO QUE NAS OUTRAS REGIÕES

Fonte: Pesquisa Global da Nielsen sobre A Conança & Intenções de Gastos do Consumidor, 2º Trimestre de 2015

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10 2º TRIMESTRE DE 2015 – ESTUDO GLOBAL - CONFIANÇA DO CONSUMIDOR

Enquanto a impressão de recessão persiste em mais da metade dos entrevistados (54%) no mundo, os níveis melhoraram em 31 dos 60 países a partir do primeiro trimestre. As maiores melhorias vieram de países europeus, com a impressão de recessão da Rússia caindo em 16 pontos percentuais, indo para 65%. Embora os níveis de impressão de recessão sejam ainda elevados em toda a Europa, melhorias trimestrais significativas são evidentes na Áustria, Bélgica, Romênia, Reino Unido, Israel e Eslovênia.

O mesmo não acontece na América Latina, onde a impressão de recessão é alta na Venezuela (94%), Brasil (90%) e México (82%), e continua a crescer no Peru, Chile e Colômbia.

A impressão de recessão também cresceu nos EUA (57%), Índia (50%) e Nova Zelândia (35%) por sete, seis e cinco pontos percentuais, respectivamente, a partir do primeiro trimestre.

O FUTURO PARECE MAIS BRILHANTE POR TODA A EUROPA

AS IMPRESSÕES DE RECESSÃO MELHORAM NA EUROPA E PIORAM NA AMÉRICA LATINA

MAIOR MELHORIA NA RECESSÃO

IMPRESSÃO CRESCENTE DE RECESSÃO

1º Trim. 2015

2º Trim. 2015 Variação

Rússia 81% 65% -16%

Áustria 69% 61% -8%

Bélgica 71% 63% -8%

Romênia 54% 48% -6%

Reino Unido 51% 45% -6%

Israel 59% 53% -6%

Eslovênia 83% 77% -6%

Variação

Peru 46% 56% 10%

Chile 47% 55% 8%

Colômbia 59% 66% 7%

Estônia 42% 49% 7%

Estados Unidos 50% 57% 7%

Índia 44% 50% 6%

Brasil 85% 90% 5%

Nova Zelândia 30% 35% 5%

1º Trim. 2015

2º Trim. 2015

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11Copyright© 2015 The Nielsen Company

SINAIS DE MELHORIA SÃO EVIDENTES NA EUROPAA confiança do consumidor cresceu em toda a região da Europa no segundo trimestre, pois 21 dos 32 mercados (65%) foram mais otimistas do que no início do ano. A confiança na Alemanha, a maior economia da região, diminuiu três pontos no índice, caindo para 97, o primeiro declínio em um ano. No Reino Unido, a confiança aumentou dois pontos, subindo para 99, o sexto trimestre de aumentos consecutivos.

“A confiança do consumidor alemão apresentou um ligeiro recuo no segundo trimestre, mas persistentes taxas de juro baixas e produção econômica estável são indicativos de um clima para o consumidor que é geralmente positivo”, disse Ingo Schier, diretor geral da Nielsen Alemanha. “Desenvolvimentos positivos do mercado de trabalho continuam no país, e a opinião em relação às perspectivas de emprego continua forte. Enquanto as preocupações sobre o terrorismo diminuíram nos últimos três meses, permanecem sendo uma das maiores ansiedades para os consumidores, bem como preocupações com a saúde e aumento dos preços de serviços públicos”.

“No Reino Unido, a inflação salarial está começando a superar a inflação dos preços pela primeira vez em anos, as taxas de inflação e de hipotecas estão em níveis historicamente baixos e o desemprego está caindo de forma constante, tudo contribuindo para visão mais positiva do consumidor”, disse Steve Smith, líder de mercado da Nielsen do Reino Unido e Irlanda. “Enquanto a renda familiar líquida e a segurança no emprego estão se recuperando, o consumidor ainda não retornou ao costume de esbanjar. O volume de vendas de bens de consumo rápido nos grandes supermercados está crescendo um pouco, e algumas marcas estão vendo agora pequena elevação de volume. Ainda estão sob pressão, contudo, pois as lojas que dão descontos estão aumentando sua quota de mercado. Agora é um bom momento de inovar, o que ajudará a impulsionar o crescimento futuro dos negócios.”

Regionalmente, a confiança aumentou mais na Ucrânia (48), subindo sete pontos do índice desde o primeiro trimestre, mas ainda deixando o país muito abaixo de 100, o ponto de equilíbrio do pessimismo/otimismo. A pontuação da Dinamarca de 112 - um aumento de seis pontos - é o mais alto nível do país desde o terceiro trimestre de 2009. A Rússia também aumentou seis pontos e foi a 78, já que perspectivas de emprego e intenções de gastos imediatos subiram em sete e quatro pontos percentuais, respectivamente. A pontuação da França de 66, um aumento de seis pontos, é maior do país desde o segundo trimestre de 2011.

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12 2º TRIMESTRE DE 2015 – ESTUDO GLOBAL - CONFIANÇA DO CONSUMIDOR

“Na Ucrânia, uma trégua do governo em fevereiro e uma taxa mais estável de oferta monetária, provavelmente contribuíram para o aumento do otimismo no segundo trimestre, mas os níveis de confiança do consumidor são historicamente baixos,” disse Tatiana Bessmertnaya, líder de mercado, Nielsen Ucrânia e a Bielorrússia. “Enquanto as vendas de bens de consumo rápido aumentaram 19,3% em 2015, o volume diminuiu 13,5%, enquanto os consumidores estão comprando menos e pagando mais devido à inflação e a desvalorização da moeda.”

“Na Dinamarca, há uma mudança nos padrões de compra no varejo em todo o comércio de produtos alimentares em direção aos produtos superiores, o que pode indicar que os consumidores estão prontos para abrir suas carteiras e gastar dinheiro em mantimentos mais caros do que antes”, disse Cecilie Westh, líder de mercado, Nielsen Países Nórdicos. “Há muitos sinais de que a recuperação na Dinamarca está no caminho certo. A produção nas fábricas aumentou e os mercados de trabalho e as percepções de finanças pessoais têm melhorado”.

“Os consumidores russos estão começando a se recuperar, pois a desaceleração da inflação e as taxas de câmbio estáveis estão oferecendo um ambiente melhor para gastar”, disse Kyriakos Kyriakou, diretor regional, Nielsen Europa Oriental. “Enquanto as vendas no varejo até maio de 2015 caíram 7,2%, a taxa de declínio ao longo dos últimos meses tem diminuído, e os russos estão mais confiantes em suas perspectivas de emprego e estão se tornando mais ousados em suas despesas após passarem meses economizando”.

“Na França, a queda na taxa de conversão do Euro, preços do petróleo mais favoráveis e uma melhoria nas exportações de manufaturado são sinais positivos de que a economia francesa está melhorando”, disse Laurent Zeller, diretor geral da Nielsen França. “As tendências rápidas na compra de bens de consumo mostram que o volume de vendas está crescendo, já que os preços mais baixos dos alimentos estão impulsionando um maior consumo e um aumento nas compras de produtos de qualidade superior nas cestas dos franceses”.

Nem todos os países na Europa registraram desempenho positivo no segundo trimestre, e vários países reverteram os ganhos em confiança do primeiro trimestre. A confiança na Grécia diminuiu 12 pontos do índice, caindo para 53 - o maior decréscimo trimestral dos 60 países da pesquisa. A confiança também diminuiu em quatro pontos na Irlanda (88) e na Itália (53).

Dinamarca

Reino Unido

Suíça

Alemanha

Israel

Holanda

Noruega

Irlanda

Suécia

República Checa

Turquia

Áustria

Lituânia

Bélgica

Estônia

Letônia

Rússia

Romênia

Eslováquia

Bulgária

Espanha

Polônia

Finlândia

França

Eslovênia

Croácia

Portugal

Hungria

Grécia

Sérvia

Itália

Ucrânia

AUMENTOU

DIMINUIUNÃO MUDOU

+6

+2

+4

-3

+4

+1

+3

-4

+1

+5

+1

+3

-1

+4

-1

-1

+6

+4

+2

+1

+5

-3

+3

+6

+4

+1

-2

-2

-12

0

-4

+7

112 |

99 |

98 |

97 |

92 |

90 |

88 |

88 |

88 |

88 |

87 |

85 |

83 |

83 |

82 |

79 |

78 |

78 |

75 |

73 |

72 |

70 |

66 |

66 |

61 |

59 |

57 |

55 |

53 |

53 |

53 |

48 |

ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR AUMENTA EM 65% NOS MERCADOS EUROPEUS NO 2º TRIMESTREVARIAÇÃO DO 1º TRI.DE 2015

ÍNDICE NO 2º TRI. DE 2015

Fonte: Pesquisa Global da Nielsen sobre A Con�ança & Intenções de Gastos do Consumidor, 2º Trimestre de 2015

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13Copyright© 2015 The Nielsen Company

A CONFIANÇA DOS ESTADOS UNIDOS CAI, MAS PERMANECE EM UM NÍVEL OTIMISTAA confiança do consumidor americano diminuiu seis pontos no índice no segundo trimestre, caindo para uma pontuação de 101, mas permaneceu em um nível otimista, acima da linha de base. A confiança dos consumidores no Canadá aumentou dois pontos, subindo para 98, depois de ter descido seis pontos no primeiro trimestre.

Nos EUA, os três indicadores de confiança caíram no segundo trimestre, com intenções de gastos imediatos diminuindo no máximo em seis pontos percentuais, indo para 44%. A opinião quanto a perspectivas de emprego caiu cinco pontos percentuais, indo para 50% e a impressão sobre as finanças pessoais diminuiu um ponto percentual, indo para 61%, a partir do primeiro trimestre.

“A confiança nos Estados Unidos mantém-se em níveis elevados, mas é uma recuperação desigual, já que mais da metade dos americanos ainda sente os efeitos da recessão, e cerca de 40% estão vivendo de contracheque em contracheque”, disse James Russo, vice-presidente sênior, da Nielsen Global Consumer Insights. “Embora as vendas em dólar de bens de consumo rápido subiram 2,6% em maio de 2015, impulsionado pela inflação e o crescimento periférico das lojas de produtos de cuidados com a saúde e cuidado pessoal, esperamos que a tendência de vendas para períodos de cinco anos seja estável.”

No Canadá, as intenções de gastos imediatos aumentaram quatro pontos percentuais no segundo trimestre, indo para 41%, o que reverteu o declínio a partir do primeiro trimestre. A expectativa quanto à perspectiva de trabalho também melhorou, subindo em um ponto percentual, indo para 45%. Enquanto isso, a expectativa quanto às finanças pessoais diminuiu um ponto percentual, indo para 54%, o terceiro trimestre consecutivo de quedas.

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14 2º TRIMESTRE DE 2015 – ESTUDO GLOBAL - CONFIANÇA DO CONSUMIDOR

Fonte: Pesquisa Global da Nielsen sobre A Conança & Intenções de Gastos do Consumidor, 2º Trimestre de 2015

PORCENTAGEM DOS QUE DIZEM QUE OS PRÓXIMOS 12 MESES SERÃO BONS/EXCELENTES

A CONFIANÇA CAI NOS ESTADOS UNIDOS NO 2º TRIMESTRE; MELHORA NO CANADÁ

PERSPECTIVAS DE TRABALHO

FINANÇAS PESSOAIS

INTEÇÕES DE GASTOSIMEDIATOS

+1

+4

45%

44% 41%

2ºTRI2015

DO 1º TRI.2015

CANADÁESTADOS UNIDOS

50%

61% 54%

VARIAÇÃO2ºTRI2015

DO 1º TRI.2015

VARIAÇÃO

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AMÉRICA LATINA CAI EM PROFUNDO SENTIMENTO DE RECESSÃO A confiança dos consumidores diminuiu em seis dos sete mercados latino-americanos medidos no segundo trimestre, com o Brasil (81) relatando a maior queda de sete pontos de índice a partir do primeiro trimestre. O declínio representa o terceiro trimestre consecutivo de queda para a maior economia da região, e a pontuação é a menor já registrada pela Nielsen (o Índice de Confiança do Consumidor Nielsen foi criado em 2005).

No Brasil, o sentimento em relação aos três indicadores econômicos atingiu novos mínimos, enquanto que as perspectivas futuras de trabalho diminuíram quatro pontos percentuais, chegando a 23%, o sentimento em relação às finanças pessoais diminuiu quatro pontos percentuais, chegando a 56%, e as intenções de gastos imediatos diminuíram em nove pontos percentuais, ficando em 32%. Quase todos os entrevistados brasileiros acreditam que estão em recessão, já que o sentimento aumentou cinco pontos percentuais, para 90% a partir do primeiro trimestre.

“No Brasil, as percepções globais de consumo continuam piorando enquanto as condições econômicas permanecem em ordem”, disse Luís Arjona, cluster leader da Nielsen Brasil. “O aumento no desemprego e uma taxa de inflação alta são agravados por uma ligeira queda do PIB. Enquanto as autoridades governamentais adotarem medidas de disciplina fiscal, isso vai levar tempo antes que o crescimento econômico se restabeleça. Como resposta, os consumidores estão reduzindo níveis de dívidas, buscando promoções e compras em formatos de varejo que ofereçam preços mais competitivos”.

O índice do Peru (95) diminuiu quatro pontos, seguidos por quedas de três pontos cada no Chile (84) e Venezuela (62). A confiança do consumidor no México (84) e na Colômbia (93) diminuiu dois e um ponto, nessa ordem, a partir do primeiro trimestre. A Argentina foi o único país medido na região com nível de confiança impulsionado, subindo seis pontos e atingindo 81 pontos no segundo trimestre.

Regionalmente, as perspectivas de vagas de emprego boas/excelentes em 12 meses diminuíram um ponto percentual, chegando a 26%, o sentimento de finanças pessoais caiu um ponto percentual, chegando a 55%, e as intenções de gastos imediatos diminuíram quatro pontos percentuais, chegando a 32%. O sentimento de recessão cresceu na região, passando de 78% para 81% no segundo trimestre - o mais alto de todas as regiões.

PERU

VENEZUELA

BRASIL

95

81

62

CHILE

84

ARGENTINA

816

COLÔMBIA

93

MÉXICO

84

ARGENTINA APRESENTA O ÚNICO AUMENTO NA CONFIANÇA DO CONSUMIDOR NO SEGUNDO TRIMESTRE

VARIAÇÃO DO 1º TRI.DE 2015

ÍNDICENO 2º TRI.

DE 2015

Fonte: Pesquisa Global de Con ança do Consumidor & Intenções de Gastos da Nielsen, 2º. trimestre de 2015

AUMENTOU DIMINUIU NÃO MUDOU

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16 2º TRIMESTRE DE 2015 – ESTUDO GLOBAL - CONFIANÇA DO CONSUMIDOR

A CONFIANÇA AUMENTA NA CHINA, JAPÃO E FILIPINAS, MAS CAI EM OUTROS 10 PAÍSES DA ÁSIA-PACÍFICORevertendo o desempenho no início do ano, a confiança dos consumidores na região da Ásia-Pacífico melhorou em apenas quatro países no segundo trimestre, tendo diminuído em dez outros. As Filipinas mostraram o maior aumento trimestral de confiança em sete pontos do índice, subindo para uma pontuação de mais alto nível - 122 - a maior já registrada no país. A confiança também aumentou um ponto na Índia (131), na China (107) e no Japão (83) a partir do primeiro trimestre.

“Nas Filipinas, um forte aumento nas receitas da indústria de terceirização de processos de negócios, uma recuperação no setor da construção e fortes níveis de gastos no consumo estão alimentando o crescimento do país”, disse Stuart Jamieson, diretor da Nielsen Filipinas. “O movimento nas vendas de bens de consumo rápido estão acima de 9,5% entre jan/abril de 2015 se comparados com o ano passado, com crescimento em todos os canais de varejo. Os consumidores têm mais dinheiro e estão usando para tirar férias com a família e amigos e jantar fora”.

Índia

Filipinas

Indonésia

Tailândia

China

Hong Kong

Vietnã

Singapura

Austrália

Malásia

Taiwan

Japão

131

122

120

111

107

105

104

99

99

89

89

84

83

45

CONFIANÇA DO CONSUMIDOR AUMENTA MAIS NAS FILIPINAS NO SEGUNDO SEMESTRE

1

7

-3

-3

1

-1

-8

-3

-1

-6

-5

-4

1

-1

VARIAÇÃO DO 1º TRI.DE 2015

ÍNDICE NO 2º TRI. DE 2015

AUMENTOU

DIMINUIUNÃO MUDOU

Nova Zelândia

Coréia do Sul

Fonte: Pesquisa Global de Con�ança do Consumidor& Intenções de Gastos da Nielsen, 2º. Trimestre de 2015

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“Na Índia, o otimismo do consumidor está em seu nível mais alto desde 2011, o que é uma notícia positiva, mas os níveis de gastos públicos ainda deverão passar por uma enorme transformação”, disse Piyush Mathur, presidente da Nielsen da Índia e Região. “Há sinais de crescimento positivo nos gastos dos consumidores em bens de consumo embalados, indicados por um ligeiro aumento do crescimento em comparação aos trimestres anteriores. Houve também uma diminuição gradual nas preocupações com a segurança do emprego ao longo dos últimos trimestres, juntamente com cortes de juros, e um aumento na intenção de tomada de empréstimos para compra da casa própria,crescendo assim o sentimento sobre a economia, o que retrata um quadro otimista para o futuro. No entanto, o próximo trimestre será crítico na medida em que as preocupações com oclimacontinuam a ter um efeito silencioso sobre o consumo.”

“Na China, o desejo dos consumidores para gastar é crescente, especialmente nas cidades com as camadas mais baixas da população e nas zonas rurais do país”, disse Yan Xuan, presidente da Nielsen Greater China. “Os níveis de rendimentos mais elevados e crescente penetração do e-commerce nessas áreas, em particular, representam importantes passos para aumentar o consumo interno. A região leste da China está liderando a transformação econômica do país com alto grau de confiança e os níveis de intenção de gastos onde os canais online, offline, canais tradicionais e de especialidades estão convergindo e induzindo a escolhas mais sofisticadas de produtos”.

Regionalmente, o Vietnã (104) relatou o maior declínio trimestral em confiança chegando a oito pontos, seguido pela Austrália (89) e a Malásia (89), que o índice caiu em seis e cinco pontos, respectivamente, a partir do primeiro trimestre.

“O ambiente de varejo no Vietnã tem evoluído a partir de um dos mercados de mais rápido crescimento em 2012 para um que está lutando para permanecer em crescimento, com níveis de vendas entre 2% e 3% para a maioria dos últimos 12 meses”, disse Vaughan Ryan, diretor da Nielsen Vietnã. “Pela primeira vez, em mais de uma década, o Vietnã apresentou um índice negativo de preços ao consumidor em fevereiro, e o investimento direto estrangeiro caiu mais de 20% no primeiro trimestre no ano passado. Os consumidores estão se sentindo menos otimistas sobre seu futuro imediato, mas eles estão confiantes, a longo prazo, já que a maioria espera que a economia vá melhorar no próximo ano”.“Na Austrália, existem vários fatores que contribuem para o declínio da confiança econômica dos consumidores, e fatores históricos precisam ser levados em consideração”, disse Chris Percy, diretor geral da Nielsen Pacífico. “O fraco crescimento da renda, uma queda no dólar australiano e o aumento do custo de vida está deixando mais australianos sem dinheiro de reserva. Além disso, a sazonalidade também colabora, como os meses de inverno normalmente trazem resultados abaixo da média, e enquanto o trimestre é notavelmente baixo em comparação com o início do ano, a confiança dos consumidores é de até quatro pontos em comparação com o mesmo período do ano anterior”.

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18 2º TRIMESTRE DE 2015 – ESTUDO GLOBAL - CONFIANÇA DO CONSUMIDOR

CONFIANÇA CAI NOS EMIRADOS ÁRABES UNIDOS, ARÁBIA SAUDITA E EGITOA confiança dos consumidores diminuiu em três dos cinco países avaliados na região do Oriente Médio/África e manteve-se estável em dois, no segundo trimestre. Os Emirados Árabes Unidos (EAU) apresentaram o maior índice na região, 108 pontos, mas diminuiu sete pontos em relação ao primeiro trimestre - a maior queda trimestral em seis anos. A confiança diminuiu cinco pontos no Egito e foi para 85 e dois pontos na Arábia Saudita, caindo para 105. Os níveis de confiança no Paquistão (102) e África do Sul (87) não foram alterados desde o primeiro trimestre.

“Nos Emirados Árabes Unidos, preocupações com a segurança no emprego estão ampliando, já que os preços do petróleo mais baixos podem alimentar expectativas de cortes de gastos do governo”, disse Arslan Ashraf, diretor geral da Nielsen Península Arábica. “Além disso, dois setores chave da economia - imóveis e turismo - estão mostrando sinais de abrandamento. Como tais, os consumidores estão economizando mais e gastando menos, com a intenção de frear as despesas com roupas novas, lazer fora de casa e reformas da casa.”

Regionalmente, enquanto a expectativa quanto às perspectivas de emprego subiu um ponto percentual, passando para 45%, a expectativa quanto às finanças pessoais diminuiu dois pontos percentuais, passando para 58%, e as intenções de gastos imediatos diminuíram três pontos percentuais, caindo para 36%, em relação ao primeiro trimestre. A impressão de recessão aumentou em quatro dos cinco mercados do Oriente Médio/África: Egito e África do Sul aumentaram em três pontos percentuais cada um, indo para 82% e 73%, respectivamente, e a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos aumentaram dois pontos percentuais e passaram para 45% e 41%, respectivamente.

Regionalmente, trimestre a trimestre, gastos arbitrários e intenções de poupar mudaram o estilo de vida na maioria das categorias. Intenções para economizar diminuíram dois pontos percentuais, passando para 37%, mas pode ter um aumento de dois pontos percentuais, indo para 12%. Pagar dívidas foi a prioridade para 22% dos entrevistados, um aumento de três pontos percentuais, e os gastos com roupas novas (27%) e feriados/férias (19%) aumentaram um ponto percentual cada a partir do primeiro trimestre.

A CONFIANÇA DO CONSUMIDOR TEVE A MAIOR QUEDA NOS EMIRADOS ÁRABES UNIDOS NO 2º TRIMESTRE

0

0

EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

ARÁBIA SAUDITA

PAQUISTÃO

EGITO

ÁFRICA DO SUL

108

105

102

85

87

AUMENTOU DIMINUIU NÃO MUDOU

VARIAÇÃO DO 1º TRI.DE 2015

ÍNDICENO 2º TRI.

DE 2015

Fonte: Pesquisa Global da Nielsen sobre A Conança & Intenções de Gastos do Consumidor, 2º Trimestre de 2015

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CONFIANÇA AUMENTA NO QUÊNIA E NIGÉRIA, MAS CAI EM GANAO índice de confiança do consumidor no Quênia aumentou em oito pontos (112) e três pontos na Nigéria (132) no segundo trimestre. Por outro lado, a confiança diminuiu cinco pontos em Gana (94), o segundo trimestre consecutivo de declínios.

Os três países foram adicionados à medição do índice de confiança do consumidor da Nielsen no primeiro trimestre de 2014, utilizando uma metodologia de pesquisa via celular, a qual difere da metodologia via Internet, usada para relatar a confiança do consumidor e intenções de gastos para os outros 60 países descritos neste relatório. Assim, os três mercados africanos subsaarianos não estão incluídos nas médias globais ou do Oriente Médio/África, discutidas ao longo deste relatório.

As perspectivas para o emprego aumentaram significativamente na Nigéria e no Quênia, subindo onze e oito pontos percentuais, respectivamente, no primeiro trimestre. Da mesma forma, a impressão sobre as finanças pessoais e intenções de gastos imediatos também aumentaram em ambos os países.Oitenta e cinco por cento dos entrevistados nigerianos e 67% dos entrevistados do Quênia acreditam que o estado de suas finanças pessoais é bom/excelente, subindo dois e três pontos percentuais, respectivamente. Por outro lado, a expectativa para todos os três indicadores caiu em Gana.

A maioria dos entrevistados nos três países (70% em Gana, 64% no Quênia e 58% na Nigéria), disseram que eles não têm dinheiro de sobra, níveis que aumentaram em Gana, mas diminuíram no Quênia e na Nigéria, em relação ao primeiro trimestre. Entre aqueles que reivindicam fundos discricionários, a economia continuou a ser uma prioridade para a maioria: 82% em Gana, 83% no Quênia e 79% na Nigéria planejam colocar dinheiro em contas de poupança. Intenções de gastos discricionários para projetos de melhoria de casa foram a segunda maior prioridade entre os entrevistados nos três países.

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20 2º TRIMESTRE DE 2015 – ESTUDO GLOBAL - CONFIANÇA DO CONSUMIDOR

OTIMISMO EM ALTA NA NIGÉRIA E NO QUÊNIA

2º TRIM. 2014 3º TRIM. 2014 4º TRIM. 2014 1º TRIM. 2014 2º TRIM. 2015

GANA

QUÊNIA

NIGÉRIA

10397

10299

94

111

121

105

123

113

127

104

129

112

132

ÍNDICE DE CONFIAÇA DO CONSUMIDOR

Fonte: Pesquisa Global da Nielsen sobre A Conança & Intenções de Gastos do Consumidor, 2º Trimestre de 2015Países da África Subsaariana usam metodologia de celular.

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ÁSIA-PACÍFICO

MERCADO PENETRAÇÃO DE INTERNET

AUSTRÁLIA 94%

CHINA 47%

HONG KONG 81%

ÍNDIA 20%

INDONÉSIA 28%

JAPÃO 86%

MALÁSIA 67%

NOVA ZELÂNDIA 95%

FILIPINAS 41%

SINGAPURA 80%

CORÉIA DO SUL 92%

TAIWAN 80%

TAILÂNDIA 30%

VIETNÃ 44%

EUROPA

MERCADO PENETRAÇÃO DE INTERNET

ÁUSTRIA 87%

BÉLGICA 90%

BULGÁRIA 59%

CROÁCIA 71%

REPÚBLICA CHECA 78%

DINAMARCA 97%

ESTÔNIA 83%

EUROPA

MERCADO PENETRAÇÃO DE INTERNET

FINLÂNDIA 97%

FRANÇA 83%

ALEMANHA 87%

GRÉCIA 60%

HUNGRIA 75%

IRLANDA 79%

ISRAEL 76%

ITÁLIA 59%

LETÔNIA 75%

LITUÂNIA 69%

HOLANDA 96%

NORUEGA 95%

POLÔNIA 67%

PORTUGAL 65%

ROMÊNIA 51%

RÚSSIA 61%

SÉRVIA 65%

ESLOVÁQUIA 82%

ESLOVÊNIA 76%

ESPANHA 75%

SUÉCIA 95%

SUÍÇA 89%

TURQUIA 57%

REINO UNIDO 90%

UCRÂNIA 42%

AMÉRICA LATINA

MERCADO PENETRAÇÃO DE INTERNET

ARGENTINA 75%

BRASIL 54%

CHILE 67%

COLÔMBIA 62%

MÉXICO 49%

PERU 42%

VENEZUELA 50%

ORIENTE MÉDIO/ÁFRICA

MERCADO PENETRAÇÃO DE INTERNET

EGITO 53%

PAQUISTÃO 15%

ARÁBIA SAUDITA 67%

ÁFRICA DO SUL 52%

EMIRADOS ÁRABES UNIDOS 96%

AMÉRICA DO NORTE

MERCADO PENETRAÇÃO DE INTERNET

CANADÁ 95%

ESTADOS UNIDOS 87%

ÁFRICA SUBSAARIANA

MERCADO PENETRAÇÃO DE CELULAR*

GANA 99%

QUÊNIA 68%

NIGÉRIA 64%

Fonte: Internet World Stats, 30 de junho de 2014

*Com base em aparelhos móveis, divididos pela população.

Fonte: CIA World Factbook, 2012

PAÍSES NO ESTUDO

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22 2º TRIMESTRE DE 2015 – ESTUDO GLOBAL - CONFIANÇA DO CONSUMIDOR

SOBRE A PESQUISA GLOBAL DA NIELSENA Pesquisa Global da Nielsen Sobre a Confiança e Intenções de Gastos do Consumidor foi conduzida de 11 a 29 de Maio de 2015 e entrevistou mais de 30.000 consumidores online em 60 países em toda a Ásia-Pacífico, Europa, América Latina Oriente Médio/África e América do Norte. A amostra possui quotas de faixas etárias e sexo para cada país com base nos internautas de cada país e é ponderada para ser representativa dos consumidores com acesso à Internet, tendo uma margem de erro máxima de ±0,6%. Esta pesquisa da Nielsen se baseia apenas no comportamento de entrevistados com acesso à Internet. As taxas de penetração de Internet variam por país. A Nielsen utiliza um reporte padrão mínimo de 60% de penetração de Internet ou uma população de no mínimo 10 milhões de usuários de Internet para que o país seja incluído na pesquisa. O Índice de Confiança do Consumidor da China é compilado a partir de um levantamento isolado que utiliza metodologia mista conduzida com 3.500 entrevistados na China. Os países da África Subsaariana neste estudo são compilados a partir de um levantamento separado conduzido pela plataforma móvel entre 1.600 entrevistados em Gana, Quênia e Nigéria. A Pesquisa Global da Nielsen, que inclui o Índice de Confiança Global do Consumidor, foi estabelecida em 2005.

SOBRE A NIELSENA Nielsen Holding N.V. (NYSE: NLSN) é uma empresa global de gestão de informação, que proporciona um entendimento completo sobre o que os consumidores assistem e compram (Watch & Buy). No segmento Watch, a Nielsen oferece aos clientes de mídia e publicidade serviços de medição de audiência (Total Audience) de qualquer dispositivo em que é possível ter acesso a conteúdos (vídeo, áudio, texto). O segmento Buy oferece aos fabricantes de bens de consumo e varejistas uma visão global única do desempenho da indústria. Ao integrar as informações dos segmentos de Watch e Buy com dados de outras fontes, a Nielsen apresenta aos seus clientes uma medição de primeiro nível, bem como análises avançadas que permitem o crescimento de seus negócios. A Nielsen, empresa conceituada na Standard & Poors 500, está presente em mais de 100 países, representando 90 por cento da população mundial.

Para mais informações, visite www.nielsen.com.

Copyright © 2015 The Nielsen Company. Todos os direitos reserva-dos. Nielsen e a logomarca Nielsen são marcas-fantasias ou marcas registradas de CZT/ACN Trademarks, L.L.C. Outros nomes de produtos e serviços são marcas-fantasias ou marcas registradas de suas respectivas empresas. 15/8827

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22 EVERY BREAKTHROUGH PRODUCT NEEDS AN AUDIENCE