conf amb acustica arq aulas 01 a 04

110
Sino-Italian Ecological and Energy EfficientBuilding - SIEEB Conforto Ambiental –Acústica Arquitetônica UNIDADE I –Acústica Arquitetônica – Conceitos Básicos e Condicionamento Acústico Março de 2012 Prof. Dr. Eduardo Gralada Cunha

Upload: denison-almeida-de-souza

Post on 04-Aug-2015

71 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

Sino-Italian Ecological and Energy Efficient Building - SIEEB

Conforto Ambiental – Acústica Arquitetônica

UNIDADE I – Acústica Arquitetônica –Conceitos Básicos e Condicionamento

Acústico

Março de 2012

Prof. Dr. Eduardo Grala da Cunha

Page 2: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

• Objetivos do Módulo I:

– Compreender as possibilidades de atuação do profissional no ambiente construído considerando as necessidades de adequação ao condicionamento e isolamento acústico necessários;

– revisar os conceitos básicos da acústica arquitetônica;

– entender o que é e como é desenvolvido o projeto de condicionamento acústico;

– verificar aspectos gerais da NBR 12179 – Tratamento acústico em recintos fechados.

Page 3: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

INTRODUÇÃO – MÓDULO I• SUMÁRIO

– 1. Introdução

– 2. Conceitos Físicos do Som

• 2.1 Som, ruído e ondas

• 2.2 Intensidade Sonora

• 2.3 Características do Som

– 3. Acústica Arquitetônica

• 3.1 Estudo da Morfologia do Local e Estudo Geométrico Acústico

• 3.2 Cálculo do Tempo de Reverberação – NBR 12179

• 3.3 Materiais, usos, aplicações e estratégias

Page 4: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

1. Introdução

• 1.1 Som e Ruído

• Som – sensação produzida no sistema auditivo a partir da vibração de um meio elástico (ar, água, corpos, entre outros).– Variação da pressão do ambiente detectável pelo

sistema auditivo.

Page 5: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

1. Introdução• 1.1 Som e Ruído

– Ruído – é um som indesejável (ruído do trânsito, ruído das turbinas de um avião, ruído de uma casa noturna no entorno edificado – ações judiciais);

– O ruído repercute:a) No aparelho auditivo – trauma acústico (temporário ou

permanente);

b) Nas atividades do cérebro – indivíduo necessita de 20% a mais de energia para efetuar tarefas com intenso barulho;

c) Em vários órgãos – ação reflexa (influenciando pressão arterial, composição hemática, perda de equilíbrio e vômitos);

d) Atividade física e mental;

Page 6: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

1. Introdução

• 1.1 Som e Ruído

• São necessárias as seguintes preocupações:

Tratamento acústico

Condicionamento acústico

Isolamento acústico

03/12/2012 04/12/2012

Page 7: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

1. Introdução

Page 8: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

2. Conceitos Físicos do Som

• 2.1 – Ondas– Movimentos oscilatórios que se

propagam num meio devido a uma perturbação. Nesses movimentos somente energia é transferida, não havendo transporte de matéria. Ex: pedra em um lago

– Classificação: Mecânicas e Eletromagnéticas.

– Ondas Sonoras: São aquelas que necessitam de um meio elástico para se propagar.

Page 9: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

2. Conceitos Físicos do Som

Page 10: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

10

• 2.1 Ondas:

• Elementos constituintes de uma onda:(Estas características definem as

estratégias no projeto arquitetônico no que diz respeitos a revestimentos e fechamentos horizontais e verticais.)

• Comprimento de Onda (λλλλ): é a

distância entre duas cristas ou dois vales ou dois vales consecutivos;

• Amplitude: é o nome dado à altura de

uma crista ou de um vale;

• Período (T): tempo necessário para uma

onda deslocar-se de uma crista a outra;

2. Conceitos Físicos do Som

Page 11: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

11

• Freqüência (f): é o número de

oscilações (ciclos) realizadas pela onda na unidade de tempo; 1 Hertz = 1 ciclo por segundo. f = 1/T – T = 1/f

• O ouvido humano identifica sons entre 20 e 20000 Hz;

• Intensidade: A amplitude do raio

sonoro indica a intensidade do mesmo.

2. Conceitos Físicos do Som

Page 12: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

12

Freqüências (Hz) Fontes de Ruído

125 a 250 máquinas, instrumentos de percussão

250 a 500 ruído de escritório em geral

500 a 1000 conversa

2000 a 4000 máquina de escrever, apitos e aviões

Frequência (f):• O conceito de bandas de oitava, corresponde a excitação de uma mesma zona da membrana basiliar. O domínio do audível encontra-se coberto por cerca de 24 bandas críticas, cada uma das quais parece corresponder a um comprimento de cerca de 1,3 mm ao longo da membrana basilar. • A voz humana varia 500 Hz a 1000 Hz;• Os estudos devem considerar 125 Hz, 1024 Hz e 2048 Hz;

Notas Freqüências

Ré 73 Hz

Mi 82 Hz

Fá 87 Hz

Sol 98 Hz

Lá 109 Hz

Si 121 Hz

2. Conceitos Físicos do Som

Page 13: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

13

Freqüências audíveis

Infrasom Ultrasom

Graves Médios Agudos z

0 20 400 1600 20.000

Classificação das Freqüências: Fonte: CENEC –

Simões 1999

Classificação das Freqüências: Greven et al. (ABC

Conforto Acústico)

Voz Humana:500 a 1000 Hz

2. Conceitos Físicos do Som

Page 14: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

Classificação das Freqüências: Greven et al. (ABC

Conforto Acústico)

Page 15: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

15

• Qualidades do Som:

• Altura: é a qualidade que permite diferenciar um som grave (freqüência baixa) de um agudo(freqüência alta).

• Intensidade: é a qualidade que permite identificar um som alto ou forte (na física, um som alto ou baixo está relacionado com a quantidade de energia transferida.

– Vozes femininas: soprano e contralto;

– Vozes masculinas: tenor, barítono e baixo;

2. Conceitos Físicos do Som

Page 16: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

16Fonte: Greven et al (ABC Conforto Acústico)

2. Conceitos Físicos do Som

O tom é a interpretação subjetiva da frequência de um som. Isso fica claramente estabelecido para sons com tonalidade pura. Sons complexos são fisicamente determinados por seus espectros, cuja interpretação subjetiva é o timbre. Fonte: Greven et al

(ABC Conforto Acústico)

Page 17: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

2. Conceitos Físicos do Som• Bell e Decibel- Pressão mínima (limiar da audição) = 2.10-6 N/m2

- Pressão máxima (limiar da dor) = 20 N/m2

- Diferença entre o limiar da audição e o limiar da dor é de 1.000.000 de vezes;

- db = decibel = relação de amplificação - escala logarítmica

- 1 bel = 10 decibéis

Page 18: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

18

0,3 dB

Exemplo 1:

NR1 = 85 dB;

NR2 = 70 dB;

NR = 85 dB + 0,3 dB

= 85,3 dBExemplo 2:

NR1 = 75 dB;

NR2 = 70 dB;

NR = 75 dB + 1,2 dB

= 76,2 dB

1,2 dB

• Níveis sonoros não podem ser somados aritmeticamente – são grandezas logarítmicas;

• Somatório de Ruídos de diferentes intensidades

- Caminhão 85 dB;

- Carros 70 dB; 85 dB – 70 dB = 15 dB -> ∆L -> (Gráfico)

2. Conceitos Físicos do Som

Page 19: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

19Fonte: Greven et al (ABC Conforto Acústico)

Sensibilidade Auditiva: O aparelho auditivo humano não percebe sons de freqüênciasdiferentes com a mesma sensibilidade.A figura 3 apresenta as curvas de igual sensação sonora do aparelho auditivo humano, na qual a parte colorida corresponde a voz humana;Nos graves o ouvido humano é menos seletivo, o que explica a diferença de sensação auditiva entre dois ruídos de um mesmo nível sonoro. Fonte:Greven et al (ABC Conforto Acústico)

2. Conceitos Físicos do Som

Page 20: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

20

Frequência do ruído do trânsito

Fonte: CENEC, Simões 1999

2. Conceitos Físicos do Som

Page 21: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

21

λλλλ = C . T λλλλ = C

FOnde:

λ= comprimento de onda

C = velocidade do som no ar (340 m/s)

F = frequência4000 HZ

λ = 340 m/s = 0,085m 4000 ciclos/s 8,5 cm

125 HZ

λ = 340 m/s = 2,7m

125 ciclos/s

2. Conceitos Físicos do Som

Page 22: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

22

2. Conceitos Físicos do Som

2.2. Intensidade do Som

• Pressão Sonora: N / m2 – força/área =

pressão

• Unidades:

• Pressão mínima (limiar da audição) = 2.10-6 N/m2

• Pressão máxima (limiar da dor) = 20 N/m2

• Diferença mínima identificada pelo ouvido humano = 1 dB;

Page 23: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

• 2.2. Intensidade do Som

– Cada 10 dB de ampliação é identificado pelo ouvido humano como uma duplicação da pressão sonora;

– O dB é pouco usado, dando lugar ao dB (A), um valor ponderado que leva em consideração os valores correspondentes de igual sensação sonora do aparelho auditivo humano. É o filtro mais abrangente para as bandas de oitavas

2. Conceitos Físicos do Som

Page 24: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

24

• 2.2. Intensidade do Som• Para que um som com frequência de 1000 Hz possa ser ouvido é

necessário 1 dB;• Para que um som com frequência de 40 Hz possa ser ouvido são • necessários 40 dB; NORMA DIN sugere frequência média de 550

Hz;

2. Conceitos Físicos do Som

Page 25: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

25

2.2. Intensidade do Som

• Um som de 60 dB até 11 m ouvimos sem reflexão;

• Cada vez que um ponto afastar o dobro da distância da

fonte, seu nível de som cairá 8 dB ou, inversamente se

aproximar-se da fonte para a metade da distância, o seu

nível sonoro dobrará;

54 dBFonte – 70 dB 62 dB

4 m4 m

46 dB

8 m

2. Conceitos Físicos do Som

Page 26: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

2.2.-Intensidade Sonora

Apud LISOT (2008)

Page 27: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

27

120 Limiar de sensibilidade

110 Trovão, artilharia, rebitador, trem em

ferrovia elevada, fábrica de caldeiras

Ensurdecedor

100

90 Ruas extremamente barulhentas,

fábricas barulhentas, plataformas de

trens sem absorventes de som, apitos

de polícia

muito barulhento,

estrondosa

80

70 Escritórios barulhentos, ruas com

ruídos médio, rádio com volume médio,

fábrica com ruído médio

barulhento

60

50 Casa barulhentas, escritórios médios,

conversação média, rádio com volume

baixo

moderado

40

30 Casa silenciosa ou escitório individual,

auditório médio, conversação baixa

fraca

20

10 Sussuros, trabalhos intelectuais em um

quarto

muito fraca

0 Limiar da auditibilidade

2.2.-Intensidade Sonora

Page 28: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

28

Atividade Nível Sonoro em dB Intensidade

Watts/cm2

Nível mínimo, murmurar 20 10-8

Homem conversando tranqüilamente 30 10-4

Mulher conversando tranqüilamente 25 3.15x10-13

Homem conversando normalmente 55 3.15x10-14

Mulher conversando normalmente 50 10-11

Homem falando em público, sem

esforçar-se

65 3.15x10-11

Mulher falando em público, sem

esforçar-se

60 10-10

Homem falando em público,

esforçando-se

75 3.15x10-10

Mulher falando em público,

esforçando-se

70 10-9

Grito de Homem 85 3.5x10-9

Grito de Mulher 80 10-8

Canto de um profissional 80 10-7

2.2.-Intensidade

Sonora

Page 29: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

29

2.2.-Intensidade SonoraRuído gerado Causas Tempo de exposição perigoso

80 Metrô, tráfego pesado, despertador a

60 cm, ruído de fábrica

Mais de 8 horas

90 Trânsito de caminhões, aparelhos

domésticos, máquina de cortar

grama;

Mais de 4 horas;

100 Serra Elétrica, britadeira; Mais de 1 hora;

120 Show de Rock, trovoada; A lesão pode ocorrer em

questão de minutos;

180 Lançamento de um foguete Perda auditiva

Page 30: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

30

Ruído do trânsito

Fonte: CENEC, Simões 1999

2. Conceitos Físicos do Som

>70 DB

Page 31: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

31

2.3. Características do Som

• Velocidade do Som – 340 m/s (depende meio e temp.)

• Reflexão do Som –Importante conceito que vai caracterizar as estratégias quanto as dimensões, a forma das paredes e forro e tratamento dos revestimentos internos dos auditórios.

– A reflexão gera REVERBERAÇÃO e ECO.

– Eco: distância de 17 m entre a fonte e um anteparo (parede). Som percorre 34 m de distância(ida e volta) em 1/10 s. (som emitido e refletido são percebidos simultaneamente).

2. Conceitos Físicos do Som

Page 32: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

32

� A reflexão gera REVERBERAÇÃO e ECO.

� Reverberação: “É a persistência do som em um recinto limitado, depois de cessada sua emissão por uma fonte”.

2. Conceitos Físicos do Som

Page 33: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

33

• Reflexão do Som – Quando uma onda sonora pura ou livre atinge uma superfície uniforme a reflexão do som assemelha-se muito à da luz.

Concentra a energia;

Difunde a energia;

2. Conceitos Físicos do Som

Reflexão homogênea;

Page 34: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

2. Conceitos Físicos do Som

Page 35: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

35

• Difração do som – É a mudança sofrida na direção de onda sonora, devido ao seu encontro com um obstáculo, contornando-o;

Parede

Pequeno orifício na parede

2. Conceitos Físicos do Som

Page 36: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

2. Conceitos Físicos do Som

Page 37: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

2. Conceitos Físicos do Som

Page 38: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

2. Conceitos Físicos do Som

Page 39: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

39

Frequência de Ressonância dos materiais:

- Os materiais apresentam frequências nas quais os mesmo vibram e diminuem a sua capacidade de isolamento;

- Estas frequências são classificadas como críticas;

- Uma das formas de se evitar a ressonância dos fechamentos duplos é a utilização de painéis com diferentes espessuras;

2. Conceitos Físicos do Som

Page 40: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• Aspectos Gerais:

– Na abordagem da acústica de edificações é importante ter domínio sobre três fenômenos importantes da propagação sonora, a saber, o isolamento sonoro, a reflexão sonora e a absorção sonora, que serão introduzidos a seguir.

Page 41: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 42: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• 3.1 Estudo da Morfologia do Local e Estudo Geométrico Acústico (auditórios e salas de conferência)

• 3.2 Cálculo do Tempo de Reverberação – NBR12179 (auditórios, salas de conferência, escritórios, igrejas, ambientes onde é desejado o controle do ruído)

• 3.3 Materiais, usos, aplicações e estratégias

Page 43: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica• 3.2 Cálculo do tempo de reverberação

– NBR 12179/1992 – Tratamento Acústico em

Recintos Fechados

– Roteiro para o desenvolvimento do tratamento acústico

• A) isolamento acústico

– Necessária impermeabilidade acústica;

• B) condicionamento acústico

– Estudo geométrico acústico do recinto e cálculo do tempo de reverberação;

Page 44: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

44

• 3.1 Estudo da Morfologia do Local e Estudo Geométrico Acústico (Projeto de auditórios, salas de conferência,...)

• JOGO RÁPIDO - ALGUMAS REGRAS QUE AJUDAM BASTANTE!• Relação entre dimensões;

• h - altura, c - comprimento, l - largura;

• 0.40 C < h < 0.55 C• 1.4 L < C < 1.6 L• Comprimento < 17.0 metros (quando possível);

– C = distância do palco até a última fileira de cadeiras;

• Segundo NEUFERT: A relação correta entre altura, largura e comprimento é:

– 2 (H), 3 (L) e 5 (C).– H = 0,4 C;– C = 1,66 L;

3. Acústica Arquitetônica

Page 45: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica• 3.1 Estudo da Morfologia do Local e Estudo

Geométrico Acústico – Até 300 m3 de volume – simples voz sem

dificuldades (7,0m x 9,8m x 4,4m = 301 m3);

– Dimensão menor que 8,5 m (f/2 - χ = 17 m - 20 Hz – menor frequência audível) possibilidades de ressonância com sons graves;

– Volumes maiores 300 – 30.000 m3 – necessidade de reforçar o som para parte mais distante;

– Ambientes maiores que 8000 - 8500 m3 –necessidade de sistema de amplificação (18m x 28,80m x 15,80m);

Page 46: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica• 3.1 Estudo da Morfologia do Local e Estudo

Geométrico Acústico (dimensionar considerando o

volume)

Page 47: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• 3.1 Estudo da Morfologia do Local e Estudo Geométrico Acústico

Page 48: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica• 3.1 Estudo da Morfologia do Local e Estudo

Geométrico Acústico

Page 49: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

49

• Estuda a distribuição do som no ambiente;

•Princípio da reflexão;•Diferenças entre raios diretos e refletidos;•Beneficiar os usuários que ocupam as cadeiras do fundo do auditório com o raio sonoro refletido pelas paredes e pelo forro;

3. Acústica Arquitetônica

Page 50: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

50

≠≠≠≠ Entre T1 e T2 ≤≤≤≤ 20m (0,02s)V = 340 m/sV = d/T

d = 6,8m

3. Acústica Arquitetônica

Page 51: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

51

Comportamento das

Superfícies quanto à

reflexão do som;

Côncavas;Convexas;

Page 52: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica• 3.2 Cálculo do tempo de reverberação

• REVERBERAÇÃO EM UM AMBIENTE:

- Persistência do som no ambiente;

- Tempo necessário para que o som em um ambiente seja atenuado em 60 dB;

Page 53: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

53

• Cada atividade tem um tempo ideal de absorção, o qual é determinado pelo volume, e atividade a ser desempenhada no local.

3. Acústica Arquitetônica

Page 54: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

54

Page 55: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• 3.2 Cálculo do tempo de reverberação

– Para a frequência de 125 Hz é necessário uma correção do tempo ideal de reverberação;

Tideal (125 Hz) = Tideal (1000 Hz) x 1,5

Page 56: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

56

Tempo Ideal de Reverberação

Page 57: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica• 3.2 Cálculo do tempo de reverberação

• ABSORÇÃO

Page 58: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• 3.2 Cálculo do tempo de reverberação• Coeficientes que caracterizam o comportamento

do som– Coeficiente de Reflexão;

– Coeficiente de Transmissão;

– Coeficiente de Absorção - varia de 0 a 1 – Energia dissipada + energia transmitida;

• Superfície teoricamente rígida e polida teria ∝= 0;

• Janela aberta ∝= 1;

• Unidade de área de absorção = 1 m2 = sabine;

• Ex: tapete com ∝= 0,7 – 70% da energia é absorvida, ou seja, 1 m2 de tapete equivale a 0,7 m2 de uma janela aberta;

Page 59: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

• 3.2 Cálculo do tempo de reverberação

Tipo de revestimentos:

a) Muito refletores 0,1 > αααα ≥≥≥≥ 0,01;

b) Ligeiramente absorventes 0,5 > αααα ≥≥≥≥ 0,1;

c) Muito absorventes αααα ≥≥≥≥ 0,5;

3. Acústica Arquitetônica

Page 60: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

60

Fonte: Greven et al (ABC do Conforto Acústico)

3- Acústica Arquitetônica – Coeficientes de Absorção

Page 61: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• Materiais Reflexivos 0,1 > αααα ≥≥≥≥ 0,01

Page 62: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 63: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• Materiais medianamente absorvedores 0,5 < α < 0,1

Page 64: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• Materiais medianamente absorvedores 0,5 < α < 0,1

Page 65: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• Materiais absorvedores α > 0,5

Page 66: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 67: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Eurobafles – BaflesEuroacoustic

Indústrias, academias, escritórios, ginásios,...

Page 68: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

Eurobafles – BaflesEuroacoustic

3. Acústica Arquitetônica

Page 69: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 70: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 71: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 72: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• Materiais absorvedores αααα ≥≥≥≥ 0,5

• Elementos absorventes seletivos (Ressonadores)

• Basicamente existem os seguintes tipos de ressonadores:

– De membrana ou diafragmático;

– Simples de cavidade (Helmholtz);

– Múltiplo de cavidade (Helmholtz) a base de painéis perfurados ou ranhurados;

– Múltiplo de cavidade (Helmholtz) a base de ripas.

Page 73: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

• De membrana ou diafragmático (interior de casas

noturnas)

3. Acústica Arquitetônica

M = 0,5 cm – 1,5Kg/m2

D = 3 cmf0 = 490 Hz

M = 0,5 cm – 1,5Kg/m2

D = 10 cmf0 = 270 Hz

M = 0,5 cm – 1,5Kg/m2

D = 2,0 cmf0 = 600 Hz

- Painel de compensado é reflexivo –quando afastado da parede absorve graves;- Mesmo ocorre com painéis de gesso acartonado;

Efeito Massa-Mola

Page 74: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

• De membrana ou diafragmático (Cálculo do Pico

de absorção);

3. Acústica Arquitetônica

A expressão vale para painéis de 2 cm de câmara de ar com no mínimo 80 cm de comprimento;

Page 75: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

• De membrana ou diafragmático;

3. Acústica Arquitetônica

– Ensaio Laboratório

• e = 3 mm, 0,3 cm – M = 1,8 Kg/m2

• d = 4,4 cm

• f0 = 213 Hz

Page 76: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

ISOVER – Saint-Gobain

Page 77: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

• Simples de cavidade (Helmholtz);

3. Acústica Arquitetônica

Page 78: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• Simples de cavidade (Helmholtz);

Page 79: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• Simples de cavidade (Helmholtz);

Page 80: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

• Múltiplo de cavidade (Helmholtz) a base de painéis perfurados ou ranhurados;

3. Acústica Arquitetônica

Page 81: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

• Múltiplo de cavidade (Helmholtz) a base de painéis perfurados ou ranhurados;

– Painel de gesso com 13 mm perfurado 18%;

– Cavidade com 10 cm de profundidade;

– Com e sem absorvedor junto à parede 80 mm – 8 cm;

– f0 = 550 Hz;

3. Acústica Arquitetônica

Page 82: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 83: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 84: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica• Múltiplo de cavidade (Helmholtz) a base de

painéis perfurados ou ranhurados;

– Mudando a espessura da cavidade como também a simetria ou homogeneidade dos furos o ressonador passa a absorver de forma mais geral;

Page 85: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 86: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 87: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 88: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04
Page 89: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

89

2- Acústica Arquitetônica – Coeficientes de Absorção

Page 90: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

90

2- Acústica Arquitetônica – Coeficientes de Absorção

Page 91: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

• Múltiplo de cavidade (Helmholtz) a base de tiras - Ranhuradas

3. Acústica Arquitetônica

Page 92: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

• Múltiplo de cavidade (Helmholtz) a base de tiras

3. Acústica Arquitetônica

Page 93: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 94: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

• Múltiplo de cavidade (Helmholtz) a base de painéis perfurados ou ranhurados a base de ripas;

3. Acústica Arquitetônica

Page 95: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 96: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

Ressonadores múltiplo de cavidade (Helmholtz) a base de ripas de madeira (Teatro do Bourbon Country)

3. Acústica Arquitetônica

Page 97: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04
Page 98: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica• 3.2 Cálculo do tempo de reverberação

• PROCEDIMENTOS PARA O CÁLCULO:

– 1) Determinar o coeficiente de absorção médio• Ʃ (Superfícien x αn)/ Ʃ (Superfícien)

– 2) Caso seja menor que 0,3 utilizar a equação de Sabine

• Tr = 0,161 . V / Absorção

• Absorção = Ʃ Superfícien x αn + Elementon x αn

– 3) Caso seja maior que 0,3 utilizar a equação de Eyring

• Tr = 0,161 . V / -2,3 S log (1 - αm )

Page 99: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica• 3.2 Cálculo do tempo de reverberação

• PROCEDIMENTOS PARA O CÁLCULO:

– 4) Comparar o tempo de reverberação real com o tempo de reverberação ideal

Se Treal muito alto

Aumentar a Absorção do ambiente – piso, paredes laterais

Se Treal muito baixo

Diminuir a Absorção do ambiente – piso, paredes laterais

Tideal + 10% ≥ Treal ≥ Tideal – 10%

Page 100: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

ESTUDO DE CASO I – IGREJA EM PELOTAS, RSPROJETO DE CONDICIONAMENTO ACÚSTICO

Page 101: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica• 3.3 Exemplos de aplicações

– Projeto de Condicionamento Acústico de Igreja em Pelotas, RS, 2012 – (Projeto GREFE)

Page 102: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

Page 103: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• 3.3 Exemplos de aplicações– Estudo dos raios de

visão

Page 104: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

• 3.3 Exemplos de aplicações– Cálculo do Tempo de Reverberação (ESTRATÉGIAS INICIAS

PARA DEFINIÇÃO DOS MATERIAIS)• Parede do fundo absorvente – evitar ecos;

• Paredes laterais e forro reflexivos;

• Forro da parte inferior ao mezanino – medianamente absorvente;

• Geometria do Forro direcionando raios sonoros refletidos para o fundo (Geometria Acústica)

• Piso na proposta inicial medianamente absorvente;

– Alterações:• Devido à elevada ocupação (924 lugares) e consequentemente alta

absorção houve necessidades de mudanças:– Forro mezanino – reflexivo para médios e agudos e absorvente para graves;

– Piso – reflexivo;

Page 105: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica3.3 Exemplos de aplicações

Cálculo do Tempo de Reverberação (ESTRATÉGIAS INICIAS PARA DEFINIÇÃO DOS MATERIAIS)

Page 106: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica3.3 Exemplos de aplicações -Cálculo do Tempo de Reverberação

Page 107: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica3.3 Exemplos de aplicações -Cálculo do Tempo de Reverberação

Page 108: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica3.3 Exemplos de aplicações -Cálculo do Tempo de Reverberação

Page 109: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica3.3 Exemplos de aplicações -Cálculo do Tempo de Reverberação

Page 110: Conf Amb Acustica Arq Aulas 01 a 04

3. Acústica Arquitetônica

ESTUDO DE CASO II – AUDITÓRIO DA UNOESC – Xanxerê, RS, 2007, (Projeto ARCON)

PROJETO DE ISOLAMENTO, CONDICIONAMENTO ACÚSTICO E

LUMINOTECNIAMemorial_Descritivo_Versão_Definitiva_UNOESC.docx