condiÇÕes fÍsicas e materiais - colegio estadual … · 2012-02-10 · a construção coletiva...
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APRESENTAÇÃO
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O Colégio Estadual Castelo Branco está localizado em Itapejara
D’Oeste – PR, Rua Fernando Ferrari nº 356.
A nova proposta da LDB, citada através das deliberações 007/99,
003/99, 005/97 Parecer 04/98, Estatuto da Criança e do Adolescente e
Currículo Básico propõe a reestruturação do Projeto Político
Pedagógico.
A reestruturação do PPP da escola se deu de forma gradativa e
coletiva em vários momentos do ano, sempre norteada pelas exigências
da LDB. Foram reuniões, questionários, discussões, conversas, debates,
onde se juntou pareceres, idéias, sugestões e críticas.
Quando se fala em projeto se pensa logo em futuro.
Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessa para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade em função de promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores. ( Veiga, 2001, p. 18 )
Com esse compromisso de trabalho formado é que se deu a
preparação e elaboração deste trabalho que norteará as nossas ações.
As dificuldades a serem superadas são muitas, pois sabemos que
construir no papel uma identidade escolar é uma tarefa árdua. Não se
pode perder de vista o objetivo de uma escola que é formar cidadãos
críticos, autônomos, participativos, e para isso é necessário orientar as
teorias e as ações educacionais no princípio de reflexão constante.
Desta maneira, construir uma identidade significa ter autonomia,
flexibilidade.
Neste documento deve constar a organização efetiva de todo o
trabalho escolar, as finalidades da escola, a estrutura organizacional, o
currículo, o tempo escolar, o processo de decisão, os projetos ,as
relações de trabalho e a avaliação.
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A construção coletiva do PPP alarga as possibilidades de se
avançar e atingir um certo nível de qualidade na educação, deixando
para trás algumas práticas e conceitos defasados no presente.
O Projeto Político Pedagógico constitui –se num processo democrático de tomada de decisões, com o objetivo de organizar o trabalho pedagógico, no sentido de trabalhar conflitos na busca de superar relações competitivas, corporativas e autoritárias, diminuindo a fragmentação escolar. É construído com o envolvimento de todos, pela discussão, análise e posicionamento, e se organiza a nível pedagógico e político. Político, porque intecionamos a formação de um determinado tipo de homem, escola e sociedade, sendo necessária a interferência nesta direção, comprometendo – nos com a concretização desta intencionalidade.Pedagógico porque efetivamos estas concepções através da ação educativa, que deve nos remeter a uma reflexão sobre a relação do homem no mundo e com o mundo e a explicação destes determinantes. Por ser um projeto, não está pronto e acabado, uma vez que supõe uma busca constante de alternativas viáveis à efetivação do trabalho pedagógico, exigindo uma atitude de pesquisa e reflexão sobre a realidade cultural do aluno, da escola e das práticas educativas numa perspectiva não excludente.” ( Proposta Curricular de Santa Catarina: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, edição 1998 )
Seguindo este pensamento, temos neste primeiro momento o
esboço, da verdadeira reestruturação que queremos que aconteça nos
próximos anos na educação.
A falta de tempo não oportunizou a discussão mais aprofundada
de toda a problemática e complexidade que envolve a reestruturação
de um Projeto Político Pedagógico.
A participação de todos os segmentos escolares ainda não é
satisfatória pois, alguns não tomaram consciência da importância da
elaboração coletiva deste projeto.
Sabemos não ser uma tarefa fácil fazer mudanças e que estas,
também não serão radicais, porém são necessárias para que o processo
evolua, afinal este é o objetivo maior do ser humano: evoluir.
IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
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Este estabelecimento de ensino denomina-se Colégio Estadual
Castelo Branco – Ensino Médio. Está localizado à Rua Fernando
Ferrari, n.º 356 , Telefone: (46) 3526 1426, CEP 85 580 000, na
cidade e Município de Itapejara D’Oeste, Estado do Paraná, do NRE de
Pato Branco, e é mantido pelo Poder Público Estadual e administrado
pela Secretaria de Estado da Educação, oferta o Ensino Médio
modalidade regular, observando a legislação e as normas
especificamente aplicáveis. O Ato Oficial de Autorização de
Funcionamento deste Estabelecimento é a Resolução 2865/81 de
29/12/81, e o Ato de Reconhecimento é a Resolução 852/83 de
15/04/83. O Ato Oficial de Reconhecimento do Ensino Médio é a
Resolução nº 2743/02 de 08/08/02.
ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA
Em 1969, na quadra 35, com frente à Rua Salgado Filho, a
Prefeitura Municipal de Itapejara D’Oeste em convênio com a
FUNDEPAR, construiu um prédio de madeira, com seis salas de aula.
Em caráter provisório foi nomeado para responder pela direção o
professor Arlindo Alebrant, Resolução n.º 92.233/69 de 22/10/69.
Em 1970, pelo Decreto n.º 17.867, foi criado o Grupo Escolar
“Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco” do Município de
Itapejara D’ Oeste – Ensino Primário, conforme Diário Oficial n.º 256,
de 08/01/70.
Em 1971, pelo decreto n.º 21.858, de 11/02/70, foi criado o
Colégio Comercial Estadual de Itapejara D`Oeste – Ensino de 2º Grau,
com Habilitação Técnica de Contabilidade, tendo como primeiro
Diretor Professor Rui Maziero Dalmolin. Era situado à Rua Rui
Barbosa, s/n - Centro - Itapejara D’ Oeste, PR, onde funcionou até o
final do ano letivo de l975. No início de l976, foi transferido para a Rua
Fernando Ferrari, s/n – Centro – onde funcionava o Grupo Escolar
Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco.
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Iniciaram o curso em 1970, 61 alunos e concluíram em 1972, 24
alunos.
Em 1975, iniciou-se a construção do prédio em alvenaria, em
convênio com a FUNDEPAR e Prefeitura Municipal de Itapejara D
´Oeste.
Em 1976, foi inaugurado o primeiro bloco, com seis salas de aula.
Em 1977, foi concluído o segundo bloco onde funcionava a parte
administrativa, biblioteca, sanitários e uma área de recreação.
Em l979, foi dado início à reorganização do Ensino de acordo com
a Lei n.º. 5.692/71.
Em 1980, deu-se a implantação gradativa das Habilitações Básico
em Saúde e Básico em Comércio, pelo Parecer n.º 630/79. Esses cursos
foram autorizados a funcionar pela Resolução n.º 1964/82 de 22/07/82,
reconhecidos pela Resolução n.º 852/83 de 15/04/83, tendo como
Diretor o professor Celito Mattos.
Em 1980, iniciaram o Curso Básico em Saúde 70 alunos e, em
1982, 16 alunos concluíram o Curso.
Em 1980, 37 alunos iniciaram o Curso Básico em Comércio e, em
1982, 7 concluíram o Curso.
Em l981, pela Resolução n.º. 2.865/81 de 29/12/81, o
Estabelecimento passou a denominar-se Escola Castelo Branco –
Ensino de 1º Grau, pertencendo ao Complexo Escolar Padre Marcelino
Champagnat – Ensino de 1º Grau. Pela Resolução 1964/82, o Complexo
passou a denominar-se Complexo Escolar Padre Marcelino
Champagnat – Ensino de 1º e 2º Graus, com integração no Complexo
do Colégio Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino de
2º Grau, sendo que este Colégio e a Escola Castelo Branco – Ensino de
1º Grau, passaram a formar uma unidade escolar com a denominação:
Colégio Estadual Castelo Branco – Ensino de 1º e 2º Graus.
Em 1983, pela Resolução 2424/84 de 04/05/84, com implantação
gradativa, foi autorizado o Curso Propedêutico, a nível de 2º grau. No
mesmo ano teve início a cessação gradativa dos Cursos Básicos em
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Saúde e Comércio. O Curso Propedêutico ficou reconhecido pela
Resolução n.º 4095/85 de 22/08/85.
Em 1983 iniciaram o Curso Propedêutico 60 alunos e em 1985, 8
alunos concluíram o Curso.
A partir de 1988, o Curso Propedêutico passou a denominar-se
Educação Geral, com alterações na grade curricular e implantação
simultânea (Parecer 732/87).
Em 1989, com nova alteração da grade curricular Parecer
448/89, o nome passa a ser Educação Geral - Preparação Universal.
Em 1988 iniciaram o Curso Educação Geral – Preparação
Universal, 90 alunos e 31 alunos concluíram o Curso em 1990.
Em 1986, pela Resolução n.º 260/86 de 16/01/86 ficou autorizado
a funcionar o Curso Magistério, com implantação gradativa,
reconhecido pela Res. N.º 217/89. Iniciaram o Curso 45 alunos e 23
concluíram em 1988.
Em 1991, com a reformulação do Plano de Estudos, a SEED-PR
implanta gradativamente, a habilitação Magistério com duração de
quatro anos, Parecer n.º 625/90.
Em 1991, 23 alunos iniciaram o curso Magistério – 4 anos e 4
alunas concluíram.
A partir de 1992, com a municipalização do ensino, cessaram, em
caráter definitivo, as atividades escolares relativas ao Ensino das
quatro primeiras séries do 1º Grau, sendo que, desde então, este
Estabelecimento de Ensino passa a ofertar somente o Ensino de 2o
Grau, com os cursos de Educação Geral – Preparação Universal e
Habilitação Magistério. Este Estabelecimento de Ensino passou a
denominar-se: Colégio Estadual Castelo Branco – Ensino de 2o Grau.
Em 1996, por exigência da SEED-PR foi aderido ao PROEM, com
a Res. N.º 4394/96, que determinou a cessação gradativa dos cursos
de Magistério.
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Em 1997, começa a reformulação do ensino de acordo com a
Nova LDB, Lei n.º 9394/96. E em 1998, o Colégio Estadual Castelo
Branco – Ensino de 2o Grau, passa a denominar-se Colégio Estadual
Castelo Branco - Ensino Médio. Neste ano, de acordo com a Lei
9394/96, Parecer 15/98 e Resolução 03/98, é elaborada a proposta
curricular do Curso de Ensino Médio, que é implantada gradativamente
a partir de 1999, com a cessação gradativa do Curso de Educação
Geral – Preparação Universal.
Iniciaram o curso de Ensino Médio no ano de 1999, 374 alunos
tendo sua conclusão no ano de 2001.
Em 1996, iniciou a cessação gradativa do curso de Magistério.
Em 1998, com o Programa Expansão Melhoria e Inovação no Ensino
Médio do Paraná – PROEM, foi construído, em convênio entre SEED e
APM do Colégio Castelo Branco, tendo como coordenadores na
execução do projeto a diretora da escola Odila Salete Debona Biesek e
o presidente da APM, Sr. José Constantino, mais um bloco de alvenaria,
onde funciona o Laboratório de Informática e Biblioteca. Foi feito
também uma reforma geral nos dois blocos, adequação dos ambientes
e construção da quadra de esporte polivalente.
Em 1999, encerra-se definitivamente o Curso Profissionalizante de
Magistério com a formatura de 16 alunas.
Em 2002, um projeto em parceria com a Prefeitura Municipal,
possibiltou a cobertura da quadra de esportes.
Diretores que atuaram neste estabelecimento desde sua
implantação:
- Arlindo Alebrant - Resolução n.º 92.233/69 de 22/10/69
- Dejanira Alebrant - Resolução nº 282/76 de 13/02/76
- Celito Mattos - Resolução n.º 406/77
- Resolução n.º 348/80
- Resolução n.º 2689/83
- Eronita Maria Pastro Batista Vieira - Resolução n.º 5601/85 -
31/12/85
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- Rui Maziero Dal Molin - Portaria n.º - 466/71 - 02/02/71
Resolução n.º 4882/87 -
Portaria n.º 1078/88 - 01/02/88
- Verônica Strelow Matos - Resolução n.º 3423/89 - 02/01/90
Resolução n.º 04393/93
- Roseli Teresinha Alves Biesek - Resolução n.º 02727/94 -
20/06/94
- Cleides Teresinha Fries Galvan - Resolução n.º 4016/94 -
- Resolução n.º 04693/96
- Odila Salete Debona Biesek - Resolução n.º 4.292/97 - D.O.E
20/01/98
- Seila Maria de Oliveira Dariva – Resolução nº 3069/2001 D. O. E.
31/01/02
- Seila Maria de Oliveira Dariva – Resolução nº 4254/2003 D. O. E.
23/01/04
- Seila Maria de Oliveira Dariva _ Resolução nº 58/2006 D. O. E.
16/01/06
CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS
Espaço físico
O Colégio Estadual Castelo Branco conta hoje com uma área
construída de 1.233 m². São salas de aula, laboratório de Ciências,
laboratório de Informática, Biblioteca, sala dos professores, cozinha,
secretaria, sala da Equipe Pedagógica e sala da Direção, banheiros,
almoxarifado e quadra esportiva coberta. Conta ainda com saguão
coberto e possui uma área livre.
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Material didático disponível
Estufa de laboratório Máquina de escrever manual
Vídeos cassetes
Quadro negro
Balança
Microscópio binocular
Duplicadora
Antena parabólica e antena de Internet via satélite
Televisores a cores
DVDs
Mimeógrafo a álcool
Episcópio
Caixa acústica
Projetor de slides
Aparelhos de som
Computadores
Impressoras
Amplificador
Retroprojetores
Globo mundi
Videoscópio
Microfones
Caixas de som ambiente
Telas para projeção
Máquina de escrever eletrônica
Scanner
Fitas de vídeo cassete
Bolas de vôlei
Bolas de handebol
Bolas de futebol de salão
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Bolas de futebol de campo
Bolas de basquete
Redes de vôlei
Redes de futebol de salão
Mesas de pingue-pongue
Raquetes de pingue-pongue
Colchonetes
Mapas: 2 tabela periódica
1 elementos químicos
9 conjuntos do corpo humano ( 7 mapas cada)
1 esqueleto humano
1 moléstias
1 Presidentes
1 Sistema solar
1 minerais
3 Paraná
3 América
1 América do Sul
4 Brasil Físico
4 Brasil Político
1 Região Sul
2 Mundi Político
1 Mundi Físico
1 África Político
1 Ásia Político
1 Oceania Político
1 Europa Político
1 quadro mural – alunos
2 quadro mural - professores
Material geométrico em madeira
OFERTA DE CURSOS E TURMAS
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Atualmente o Colégio funciona em dois turnos – manhã e noite, e
oferta apenas o Curso de Ensino Médio. São 483 alunos no total.
No período da manhã há 303 alunos matriculados, divididos em
oito turmas, sendo três de 1ª série, três turmas de 2ª série e duas de 3ª
série. No período da noite há 180 alunos matrículados, divididos em
cinco turmas. Duas turmas de 1ª série, duas de 2ª série e uma de 3ª
série. Há turmas com uma média boa de alunos e outras com excesso.
Este Estabelecimento de Ensino oferta a seus alunos, serviços
educacionais com base nos seguintes princípios, emanados das
Constituições Federal e Estadual e da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, Lei n.º 9394/96, de 20 de dezembro de 1996:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – valorização do profissional da educação escolar;
VIII – gestão democrática do ensino público;
IX - garantia do padrão de qualidade;
X – valorização da experiência extra-escolar;
XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
sociais. (Art. 2º )
O Ensino Médio, etapa final da educação básica, com duração
mínima de 3 anos, tem por finalidades( Art. 35):
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos
adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o
prosseguimento de estudos;
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II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do
educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se
adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou
aperfeiçoamento posteriores;
III - O aprimoramento do educando como pessoa humana,
incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico;
IV - A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no
ensino de cada disciplina.
O currículo deste Estabelecimento de Ensino foi elaborado
observando o que determina o Art. 36 da Lei 9394/96 :
I – destaca a educação tecnológica básica, a compreensão do
significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de
transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como
instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da
cidadania;
II – adota metodologias de ensino e de avaliação que estimulam a
iniciativa dos estudantes;
III – inclui uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina
obrigatória;
Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação são
organizadas de tal forma que, ao final do Ensino Médio, o educando
demonstre:
I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem
a produção moderna;
II – conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III – domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia
necessários ao exercício da cidadania.
A história do Colégio Estadual Castelo Branco – Ensino Médio é
uma história de luta, já que vem enfrentando desde sua criação as
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dificuldades com a falta de profissionais em algumas áreas, a falta de
recursos financeiros e materiais, entre outras dificuldades.
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
A região na qual se localiza o município de Itapejara D’Oeste é
predominantemente agrícola. Aproximadamente metade dos alunos
provêm da área agrícola ou são filhos de agricultores. Muitos moram
fora da zona urbana, mas se locomovem diariamente para trabalhar.
Trabalham em fábricas de massas, jeans ou no Frigorífico local.
Os alunos, na grande maioria, se encontram na idade e série
compatível, poucos são aqueles que voltaram a estudar depois de
alguns anos parados. São jovens, alegres e ativos.
Neste ano de 2007, a faixa etária dos alunos matriculados no
Colégio está entre 14 e 20 anos, totalizando 483 alunos matriculados.
Deste total, 166 alunos utilizam transporte escolar.
A população é conhecida por sua simpatia e hospitalidade.
Grande parte dos alunos que freqüentam o Colégio Estadual
Castelo Branco – Ensino Médio, apresentam dificuldades sócio-
econômicas, com índices culturais e sociais satisfatórios em relação ao
nível nacional.
Não existe em nosso meio diferenças acentuadas quanto à cultura
e religião. Predomina o Cristianismo, Igreja Católica.
EQUIPE DE PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS, DIREÇÃO E
PEDAGOGO
Funcionários
Funcionário Função VinculoAngelina Telhoen Aux. De Serviços Gerais QPPEIvani Stefanello Aux. De Serviços Gerais CLADIvete Crestani Aux. De Serviços Gerais QPPE
Leonice Moraes da Costa Aux. De Serviços Gerais CLAD
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Loize Cristine de Oliveira Assistente de Execução QPPELuiz Maziero Dal Molin Dentista QPPE
Neusa de Oliveira Tec. Administrativo QPPEPatrícia de Souza Tec. Administrativo QPPE
Thomaz Edson S. L. de
Witt
Tec. Administrativo QPPE
Vanilsse dos Santos Aux. De Serviços Gerais QPPE
Professores
Professores Disciplina Formação VínculoAlevino Camargo Matemática/
Física
Especialista QPM
Clarice Pompeu da
Silva
Biologia Especialista QPM
Cláudia Rottini
Domingues
Português/Inglês Especialista QPM
Cleides Fries Galvan Filosofia Especialista QPMDébora Bortolon Inglês/Arte Especialista QPMGeni de Azevedo
Kozerski
Biologia Especialista SC02
Josaine Venturin Física/
Matemática
Especialista QPM
Jose Oneta Fermiano Português Especialista SC02Kátia Aparecida da
Rosa
Biologia Especialista QPM
Lorena Maria
Vendruscolo
Geografia Especialista SC02
Leoni Callegari Química Especialista SCO2Márcia Biesek Educação Física Especialista QPMMaria Olivia Rottini Arte/Sociologia Especialista REPRMarilde Oldoni Arte/Sociologia Especialista SC02Marleide Lussi História Especialista QPMMarli Fiorentin Matemática Especialista QPMMirian Calgarotto Geografia Especialista SC02Natalina de Oliveira História Especialista REPRNeuri Testa Geografia Especialista QPMOdila S. Debona Biesek Português Especialista QPMOsni Zioli Educação Física Especialista QPMRosalina Cordeiro História Especialista REPR
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Pedagogos e Secretária
Nome Formação VínculoHelena Lucini Gnoatto Especialista QPMLeonilde Colle Especialista QPMLucila Biezus Lucini Especialista QPM
Direção:
Nome Função Formação VínculoSeila de Oliveira
Dariva
Direção Especialista QPM
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OBJETIVOS
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Objetivo geral
O Ensino Médio tem como principal objetivo proporcionar
ao aluno condições básicas para o mundo do trabalho no
exercício da cidadania, dotando o educando dos instrumentos que
lhes permitam continuar aprendendo, tendo em vista o
desenvolvimento para a compreensão dos fundamentos
científicos e tecnológicos dos processos produtivos e integrar de
forma humanizada a família, a escola e a comunidade.
De acordo com a LDB 9394/96 as finalidades do Ensino
Médio são:
- consolidar e aprofundar o que foi aprendido no ensino
fundamental;
- preparar o aluno para o trabalho e a cidadania, para
que ele continue aprendendo no decorrer da sua vida;
- aprimorar o aluno como pessoa humana, através da
formação ética, da independência intelectual e do
pensamento crítico;
- propiciar a compreensão dos fundamentos da ciência e
da técnica, relacionando a teoria e a prática em cada
disciplina.
Objetivos específicos
- 1. Aprimorar e formalizar os conhecimentos trazidos pelo
educando, possibilitando ao mesmo a continuação dos seus
estudos.
- 2. Assegurar a todos a oportunidade de consolidação e
aprofundamento dos conhecimentos adquiridos nos níveis
anteriores.
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- 3. Promover o desenvolvimento dos indivíduos envolvidos no
processo de educação de forma ampla e irrestrita, no mais
pleno sentido da palavra.
- 4. Oportunizar o exercício da cidadania, reforçando sempre os
valores pregados pela instituição: Responsabilidade,
Igualdade, Justiça, Respeito e Solidariedade.
- 5. Construir um ambiente de trabalho e aprendizado baseado
na superação das desigualdades e no respeito ao ser humano e
suas capacidades tão diversas.
- 6 . Criar um ambiente de reflexão e busca de aprimoramento
constante em todas as áreas de trabalho e conhecimento.
- 7. Buscar incessantemente melhorar a qualidade do ensino
público respeitadas as normas vigentes.
- 8. Integrar escola, família e comunidade, conscientizando
sempre da importância de lutar juntos pela melhoria da
educação.
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MARCO
SITUACIONAL
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DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO
MUNICÍPIO E DA ESCOLA
A sociedade atual vive processo de mudanças. É uma sociedade
em crise, que busca alternativas de desenvolvimento e crescimento
econômico. O modelo capitalista existente, a globalização, as políticas
neoliberais provocam a desigualdade social, a má distribuição de
renda, promovendo a competitividade, o individualismo, o
materialismo, e conseqüentemente gera a pobreza (econômica,
educacional, social, cultural). A dificuldade de organização e união
limita a luta pelos direitos fundamentais. Havendo necessidade de se
investir em Educação, despertar para a ação crítica e liderança.
Nos últimos anos o estado está investindo mais em políticas
públicas e educacionais contemplando a diversidade, tentando
democratizar o ensino através de cotas distribuídas para negros, índios
e escolas públicas. A princípio são emergenciais, mas não ideais,
necessitando portanto, a longo prazo serem repensadas.
Em relação ao estado do Paraná, suas políticas públicas
educacionais se diferenciam pela valorização do profissional através de
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lutas coletivas, desenvolvem demais ações da LDB 9394/96 porém, a
luta da educação continua por mudanças reais na sociedade.
Quanto ao aspecto social e cultural, a população constitui-se
diversas etnias, apresentando diversidades culturais e religiosas. As
tradições específicas são restritas a determinadas regiões, havendo no
geral uma mistura devido a hegemonia das raças. Está haveno
modificação nos valores e costumes. Com a revolução urbana o
aumento das cidades e de habitantes acelera as desigualdades sociais e
o problema da exclusão social, o qual se concentra nas cidades como
ocorre no resto do país necessitando de novos paradigmas para
enfrentar tal situação.
No que se refere à economia, o estado do Paraná encontra-se em
fase de industrialização, predominando ainda como base desta o setor
agro-pastoril.
A nível do Município de Itapejara D´Oeste, predomina na
economia pequenas propriedades com produção diversificada:
agricultura, agropecuária, criação de aves, ampliação de indústrias,
agroindústrias e cooperativas.
Quanto à educação de Pré a 4ª série, esta é municipalizada e
atende a maior parte da clientela nesta faixa etária. Todos têm acesso à
educação básica no ensino fundamental de primeira fase, atendendo
todas as exigências da lei.
Neste ano atende a um mil e duzentos alunos e garante acesso
àqueles que não tiveram oportunidade de estudar na fase escolar,
através da EJA.
O Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série possui setecentos e
sessenta alunos regularmente matriculados e o Ensino Médio,
quatrocentos e quarenta e seis alunos. Os alunos do Ensino Médio são
os alunos do Colégio Estadual Castelo Branco, já que é o único
estabelecimento que oferece este nível de ensino no Município.
Percebe-se que há uma diferença relevante de evasão entre os
níveis de ensino. Com base nos dados citados há uma preocupação com
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estas diferenças, sendo um desafio atender a meta de democratização
de acesso a todos.
ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA
PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICO-PRÁTICA
Realidade que temos e a que queremos
A situação encontrada em nossa escola não condiz com os ideais
de grandes educadores, famílias e profissionais da educação.
A realidade que temos:
- Novas constituições familiares;
- Individualismo;
- Interesses lucrativos;
- Falta de consciência de povo;
- Falta de auto-estima;
- Desmotivação.
A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no
trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de
cultura e de agir social a partir das condições geridas pelo processo de
transformação da base econômica.
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como
funciona a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário
compreender as leis que regem o desenvolvimento da sociedade.
Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas sim de leis
históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.
Atílio Boron (1986) questiona, que tipo de sociedade deixa como
legado estes 15 anos de hegemonia ideológica do Neoliberalismo? Uma
sociedade heterogênia e fragmentada, marcada por profunda
desigualdade de todo o tipo – classe, etnia, gêneros, religião etc. – que
foram exarcebadas com a aplicação das políticas neoliberais. Uma
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sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas velocidades”
como costuma ser denominada na Europa, porque há um amplo setor
social, um terço excluído e fatalmente condenado à marginalidade e
que não pode ser “reconvertido” em termos laborais, nem inserir-se
nos mercados de trabalho formais dos capitais desenvolvidos. Essa
crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas
conservadoras, foi por sua vez reforçada pelo excepcional avanço
tecnológico e científico e seu impacto sobre o paradigma produtivo
contemporâneo.
Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é,
portanto, aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto. A
democracia pressupõe uma possibilidade de participação do conjunto
dos membros da sociedade em todos os processos decisórios que dizem
respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc.).
Raul Pont no texto sobre democracia representativa e democracia
participativa conclui que nossa convicção funda-se no processo
histórico que nos ensina que não há verdades eternas e absolutas nas
relações entre sociedade e o Estado e que estas se fazem e se refazem
pelo protagonismo dos seres sociais e que a busca de uma democracia
substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e
igualdade social, continua sendo um horizonte histórico, em suma,
nossa utopia para a humanidade.
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MARCO
CONCEITUAL
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CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Atualmente vem ocorrendo transformações rápidas na sociedade,
e nós estamos descompassados, pois não conseguimos entendê-la como
funciona e somos ludibriados pela mídia e pela ideologia da classe
dominante.
Nos deparamos com diversos problemas como: famílias
desestruturadas; individualismo; interesses lucrativos; falta de
consciência de povo; falta auto-estima; desânimo.
Diante disso, o próprio sentido da escola, sua função social e a
natureza do trabalho educativo são questionados. E enquanto docentes,
aparecemos sem iniciativa, “arredados ou deslocados pela força
arroladora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de acontecimentos que
tornaram obsoletos os conteúdos e as praticas educativas” (Péres
Gómes, 1998). E para que isso não aconteça é que precisamos entender
claramente em que tipo de sociedade estamos inseridos.
Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por
uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada
pelas experiências individuais do homem, havendo uma
interdependência em todas as formas da atividade humana,
desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições
sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e é o jeito
especifico do homem realizar sua humildade, sendo que:
“A sociedade configura todas as experiências individuais do
homem, transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos
adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder
de cada individuo engendra e que oferece a sua comunidade. Nesse
sentido a sociedade cria o homem para si”. (Pinto, 1994).
A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no
trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de
cultura e de agir social a partir das condições geridas pelo processo de
transformação da base econômica.
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Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como
funciona a sociedade não pode se limitar à aparência. É necessário
compreender as leis que regem o desenvolvimento da sociedade.
Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas sim de leis
históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.
Atílio Boron (1986) questiona que tipo de sociedade deixa como
legado estes 15 anos de hegemonia ideológica do Neoliberalismo? Uma
sociedade heterogênia e fragmentada, marcada por profunda
desigualdade de todo o tipo – classe etnia gêneros, religião etc. – que
foram exarcebadas com a aplicação das políticas neoliberais. Uma
sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas velocidades”
como costuma ser denominada na Europa, porque há um amplo setor
social, um terço excluído e fatalmente condenado à marginalidade e
que não pode ser “reconvertido” em termos laborais, nem se inserir
nos mercados de trabalho formais dos capitais desenvolvidos. Essa
crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas
conservadoras, foi por sua vez reforçada pelo excepcional avanço
tecnológico e cientifico e seu impacto sobre o paradigma produtivo
contemporâneo.
Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é,
portanto, aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto. A
democracia pressupõe uma possibilidade de participação do conjunto
dos membros da sociedade em todos os processos decisórios que dizem
respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc.).
Raul Pont no texto sobre democracia representativa e democracia
participativa conclui que nossa convicção funda-se no processo
histórico que nos ensina que não há verdades eternas e absolutas nas
relações entre sociedade e o Estado e que estas se fazem e se refazem
pelo protagonismo dos seres sociais e que a busca de uma democracia
substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e
igualdade social, continua sendo um horizonte histórico, em suma,
nossa utopia para a humanidade.
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CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza
transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse
processo de transformação, ele envolve múltiplas relações em
determinado momento histórico, assim, acumula experiências e em
decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e
planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-
materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem,
conforme Saviani (1992):
“O homem necessita produzir continuamente sua própria
existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que
adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho”.
Considerando o homem um ser social, que atua e interfere na
sociedade, que se encontra com o outro nas relações familiares,
comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo
assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da
sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro
(...) é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais transcende-as e reorganiza-as, superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva compreende suas condições existenciais transcende-as e reorganiza-as superando a condição de objeto caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva.
Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser
histórico, faz-se necessário compreendê-lo em suas relações inerentes
a natureza humana. O homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um
ser que se pronuncia sobre a realidade.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
O conhecimento hoje é fragmentado, a educação procura ser
libertadora.
31
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos
homens situando-os dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o
mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas
relações de trabalho.
Segundo Pinto ( 1994), a educação é um processo histórico de
criação do homem para a sociedade e simultaneamente de modificação
da sociedade para benefício do homem.
É o processo pela dimensão histórica por representar a própria
história individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.
É um fato existencial porque o homem se faz ser homem –
processo constitutivo do ser humano.
É um fato social pelas relações de interesses e valores que
movem a sociedade, num movimento contraditório de reprodução do
presente e da expectativa de transformação futura.
É intencional ao pretender formar um homem com um conceito
prévio de homem.
É libertadora porque segundo Boff (2000), se faz necessário
desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia integral,
capaz de produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e
ecologicamente sustentado.
Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que formam
o ser humano para gestar uma democracia aberta .
São eles:
- A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos
adequados para pensar a sua prática individual e social e para ganhar
uma visão globalizante da realidade que possa orientar em sua vida.
- A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento
científico, político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da
história para garantir-lhe a satisfação de suas necessidades e realizar
suas aspirações;
- A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos
instrumentos de avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-
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lo e acrescentar-lhe novos conhecimentos através de todas as
faculdades cognitivas humanas.
Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a
educação tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do
homem que dela necessita para constituir-se e transformar a realidade.
CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicar as
relações entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é
produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho.
Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de
seu trabalho e nem dos conhecimentos produzidos nestas relações
porque o trabalhador não domina as formas de produção e
sistematização do conhecimento. Segundo Marx e Engels
a classe que tem à disposição os modos de produção material controla concomitante os meios de produção intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as idéias que carecem desses meios ficam subordinadas a ela (Frigotto,1993.)
Ainda nesse sentido, Andrey (1998) confirma que “nesse processo
do desenvolvimento humano multideterminado e que envolve inter-
relações e interferências recíprocas entre idéia e condições materiais,
a base econômica será o determinante fundamental”.
Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes formas:
Censo comum, científico, teológico e estético, pressupondo diferentes
concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre si,
sobre o mundo e sobre o conhecimento.
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e
das condições sociais que o geram configurando as dinâmicas
históricas que representam as necessidades do homem a cada
momento, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade,
novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando
portanto, a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz
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conseqüências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do
conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações. E,
conforme Veiga, um passo para isso é a construção coletiva do projeto
político da escola .
“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera
simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa e
aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é
resultado de fatos, conceitos, e generalizações, sendo portanto, o
objeto de trabalho do professor.
Para Boff,
Conhecer implica pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar consciência e capacidade de conceitualização. O ato de conhecer, portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação. (2000).
O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no
social gerando mudanças internas e externas no cidadão e nas relações
sociais, tendo sempre uma intencionalidade.
Conforme Freire, “O conhecimento é sempre conhecimento de
alguma coisa, é sempre “intencionado”, isto é, está sempre dirigido
para alguma coisa” (2003). Portanto, há de se ter certeza com relação
ao conhecimento escolar, pois como destaca Severino, “educar contra-
ideologicamente” é utilizar, com a devida competência e criatividade,
as ferramentas do conhecimento, as únicas de que efetivamente o
homem dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua
existência real”.(1988).
CONCEPÇÃO DE ESCOLA
O século XXI traz profundas marcas das desigualdades sociais
que se expressam através da miséria, calamidades sociais, na fome
que aflige milhões de seres humanos e na grande riqueza de poucos .
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A escola ocupa um lugar de destaque no contexto das
instituições capazes de contribuir para mudar essa realidade. Por
isso, deve-se trabalhar a reflexão, a investigação e as possibilidades
de mudanças, a partir de temas contemporâneos que geram impactos
na qualidade de vida das pessoas: a promoção da saúde; a ética como
princípio das relações sociais; a cidadania como base no conhecimento
de direitos sociais; o usufruto ambiental, a defesa da vida, como
garantia da condição humana; a pluralidade de cultural do gênero
humano, os impactos sociais advindos da tecnologia.
Esses são apenas alguns temas, entre tantos outros possíveis de
reflexão, debate e ação na consolidação de uma qualidade social de
vida para todos. Todavia, são temas que precisam ser traduzidos para
uma linguagem discursiva que garanta a todos os freqüentadores da
escola o amplo acesso e domínio das questões que abordam. Assim,
trata-se de uma garantia de direitos a cidadania.
CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Em 1988, a UNESCO gerou quatro premissas norteadoras para o
processo ensino-aprendizagem: aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a conviver e aprender a ser – que, em conjunto, buscam
integrar conhecimentos de diferentes componentes curriculares. O
mais significativo para a reflexão neste momento é a busca evidente da
dimensão social que a aprendizagem cumpre no percurso de
construção da cidadania, contribuindo como instrumento de
compreensão e entervenção na realidade em que vivem alunos e
professores.
Faz-se necessário que no processo de ensino-aprendizagem haja
mudanças que consiste numa visão dialética/pedagógica, ou seja, onde
haja uma interação educador e educando, onde todos ensinam e todos
aprendem, resultando na construção coletiva do conhecimento.
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Em se tratando de uma escola em que o educador apenas
transmite o conhecimento, o objetivo se restringe apenas à sustentação
da realidade, já que é o educador é que detém o conhecimento e o
transmite.
Como a dialética/pedagógica já se instalou e o objetivo da atual
proposta educativa brasileira é de transformação histórica através do
resgate de valores culturais, políticos, sociais e científicos, surge um
novo professor capaz de despertar em seus alunos as habilidades
necessárias, elevar sua auto-estima, o pensamento lógico e racional
tornando-o capaz de solucionar problemas, comunique-se de forma oral
e escrita e tenha autonomia na tomada de decisões.
Partindo dessas considerações, nossa escola se propõem a
realizar as mudanças que se fizerem necessárias para que o resultado
seja satisfatório, onde ao final teremos formado cidadãos capazes,
dotados de historicidade, críticos e atuantes.
CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
Historicamente, o Brasil foi construído por poderes coloniais e
elites alimentando as desigualdades e agravando as exclusões. Neste
momento, queremos construir uma outra base social, constituída por
aqueles excluídos da história brasileira que, organizando-se na
sociedade civil e nos diferentes movimentos sociais, acumularam força
e conseguem expressar-se, tomando as rédeas do seu destino, criando
uma nação soberana e aberta ao diálogo e a participação.
De acordo com Boff (2000)
cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino.
Reafirmando a citação de Boff, (Martins, 2000) diz:
(...) a construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres. A realização se faz através de lutas contra as
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discriminações, da abolição de barreiras segregativas entre indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais, ou seja, pela extensão das mesmas condições de acesso às políticas públicas e pela participação de todos nas tomadas de decisões. É condição essencial da cidadania, reconhecer que a emancipação depende fundamentalmente do interessado, uma vez que, quando a desigualdade é somente confrontada na arena pública, reina a tutela sobre a sociedade, fazendo-a dependente dos serviços públicos. No entanto, ser/estar interessado, não dispensa apoio, pois os serviços públicos são sempre necessários e instrumentais.
O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de
se tornar cidadão consciente, (sujeito de direitos), organizados e
participativos do processo de construção político-social e cultural.
Angel Pino (in BOFF, Severino A J., ZALUARA e outros 1992),
considera que “o conceito de cidadania traduz ao mesmo tempo, um
direito e o exercício desse direito. Sem este, aquele é uma mera
fórmula”. Portanto, a educação como um dos principais instrumentos
de formação da cidadania, deve ser entendida como a concretização
dos direitos que permitem ao indivíduo, sua inserção na sociedade.
A realidade social e educacional atual de nosso país, requer o
enfrentamento e a superação da contradição da estrutura que existe
entre a declaração constitucional dos diretos sociais (dentre eles a
educação) e a negação da pátria desses direitos; da ideologia que
associa a pobreza material à cultural; recolocar-se o problema da
escola pública em termos de direitos de todos, de acesso ao
conhecimento elaborado; recolocar a questão do trabalho como
atividade de produção/apropriação de conhecimento não apenas como
mera operação mecânica; repensar a relação escola/ trabalho.
Segundo Martins, pode-se afirmar que
aquela relação entre cidadania e democracia explicita-se no fato de que ambas são processos; o processo não se dá num vazio, a cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios, constituindo-se na criação de espaços sociais de luta na definição de instituições permanentes para expressão política. Neste sentido, a autora distingue a cidadania passiva, aquela que
é outorgada pelo Estado, com a idéia moral da tutela e do favor.
Cidadania Ativa – aquela que instituiu o cidadão com o portador de
direitos e deveres, mas essencialmente criador de direitos, de abrir
espaço de participação. Confirma ainda, que a cidadania requer a
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consciência clara sobre o papel da educação e as novas exigências
colocadas para a escola que, como instituição para o ensino – a
educação formal – pode ser um lócus excelente para construção da
cidadania.
As dimensões da cidadania, segundo Boff, são cinco:
1) A dimensão econômica produtiva: a massa é mantida
intencionalmente, como massa e a pobreza é
empobrecimento, portanto a pobreza material e política é
produzida e cultivada, por isso é profundamente injusta.
2) A dimensão político – participativa: as pessoas
interessadas lutam em prol de sua autonomia e a
participação social, tornando-se cidadãos plenos.
3) A dimensão popular: inclui somente as que têm acesso ao
sistema produtivo e exclui os demais, sendo essa
dimensão vigente.
4) A dimensão de con-cidadania: o cidadão deve reivindicar
e não pedir ao estado, os indivíduos precisam organizar-
se não para substituir, mas para fazê-lo funcionar. Define
também o cidadão mediante a solidariedade e
cooperação.
5) A cidadania Terrenal: apresenta a dimensão planetária na
consciência de causas comuns, com a responsabilidade
coletiva da garantir um futuro para a terra e a
humanidade.
Tipos de Cidadania segundo Boff:
- Cidadania seletiva - se a construção da cidadania envolve um
processo ideológico de formação de consciência pessoal, coletiva e
social, de reconhecimento desse processo em termos de direitos e
deveres, no projeto neoliberal vigente a cidadania passa a ser seletiva
porque a reduz. Boff afirma: “Ele debilita e reduz a cidadania nacional,
quer dizer, a autonomia do próprio país. Internamente reforça a
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cidadania seletiva”. Alguns setores são beneficiados pela
modernização. Os setores populares só cabem uma cidadania menor.
Outros, os excluídos, servem como massa de manobra, sem qualquer
cidadania, tirando o seu poder de rebelião, compensado, fazendo
assistencialismo fácil e promessas.
- Cidadania Menor – no projeto do capitalismo nacionalista não se leva em conta o capitalismo e sua lógica que explora e exclui. Ele é visto como criador de oportunidades e de progresso. Dá-se ênfase à auto-estima de um Brasil grande, uma potência emergente com seus recursos naturais riquíssimos e potencialidades populacionais. Aqui também a cidadania é restrita para setores beneficiários.
será uma cidadania política-participativa para os segmentos incorporados na produção, mas não será econômico-produtiva, pois trabalhadores continuarão sendo duramente explorados. Portanto terão uma cidadania de 2ª classe, esporádica, às vezes expressa em grandes manifestações públicas, mas sem conseqüências reais... As políticas estatais continuarão assistencialistas mantendo a população pobre, dependente e desmobilizada com controle aos movimentos sociais (Boff).
- Cidadania maior e plena – con-cidadania - O projeto de Democracia
racial e popular é totalmente diferente dos autores muito distante do
que vivemos. Está sendo construído por todos os excluídos da história
brasileira, se organizando dentro dos movimentos raciais. Com força
foram se infiltrando em condutos-políticos partidários, já agora em
condições de disputar a conquista e o controle do poder com muita
luta, resistência argumentos e organização. Esse projeto visa construir
para uma nação autônoma, capaz de democratizar a cidadania,
mobilizar a sociedade inteira para a mudança, primando por uma
sociedade sustentável que se desenvolva com a natureza e não contra
ela, que produza o suficiente para todos e que não permita a
acumulação para poucos. BOFF (2000) diz:
nele fica clara a vontade de soberania nacional e o tipo diferente de cidadania política, econômica, participativa, solidária e popular. Será uma cidadania cotidiana, plantada no funcionamento dos movimentos raciais e, por isso, em contínuo exercício.
Construir a cidadania e com-cidadania popular é a forma
concreta de se construir o Projeto-Brasil que buscamos.
CONCEPÇÃO DE TRABALHO
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O trabalho é uma atividade que está “na base de todas as
relações humanas, condicionando e determinando a vida. É (...) uma
atividade humana intencional que envolve forma de organização,
objetivando a produção dos bens necessários à vida” (Andery, 1998).
Nesta perspectiva, o trabalho é entendido como ação intencional,
assim, o homem em suas relações sociais, dentro da sociedade
capitalista, produz bens. Porém, é preciso compreender que o trabalho
não acontece de forma tranqüila, estando sobrecarregado pelas
relações de poder.
Quando produz bens, estes são classificados em matéria ou não
matérias. Os bens materiais são produzidos para posterior consumo,
gerando o comércio. Já nos bens não materiais como a produção e o
consumo, acontece simultaneamente no trabalho educativo o fazer e o
pensar. Esses se entrelaçam dialeticamente e é nesta dimensão que
está posto a formação do homem .
Ao consideramos o trabalho uma práxis humana, é importante o
entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material,
uma atividade intencional que envolve formas de organização
necessárias para a formação do ser humano.
O conhecimento como construção histórica é matéria-prima
(objeto de estudo) do professor e do aluno, que indagando sobre o
mesmo irá produzir novos conhecimentos, dando-lhes condições de
entender o viver, propondo modificações para a sociedade em que vive,
permitindo “ao cidadão-produtor chegar ao domínio intelectual do
técnico e das formas de organização social sendo portanto, capaz de
criar soluções originais para problemas novos que exigem criatividade,
a partir do domínio do conhecimento”(kuenzer,1985).
CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
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Sobre tecnologia, Noble assinala que se criou uma redoma
falaciosa em torno do verdadeiro propósito e natureza da mesma.
Segundo o autor,
esta é vista como se tivesse vida própria, independente das intenções sociais, poder e privilégio. Examinamos a tecnologia como se fosse algo que mudasse constantemente, e que constantemente, provocasse alterações profundas na vida das escolas. Decerto que isto é parcialmente verdade. No entanto, se nos debruçarmos sobre o que tem vindo a mudar podemos incorrer no erro de não questionar quais as relações que permanecem inalteradas. Dentre estas, as mais importantes são as desigualdades econômicas e culturais que dominam a nossa sociedade (Noble,1934).
Segundo Cristina Gomes Machado (2002), o processo educativo
há de se resolver capaz de sistematizar a tendência à inovação
solicitando o papel criador do homem. É preciso implementar no
sistema educacional, uma pedagogia mediante a qual não apenas se
reforma o ensinamento, mas que também se facilite a aprendizagem.
A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de
bens e serviços, mas também no conjunto de relações sociais e nos
padrões culturais e vigentes.
A LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, ao propor
a formação tecnológica como eixo do currículo assume, segundo
KURGER (2000), a concepção que aponta como a síntese, entre o
conhecimento geral e o específico, determina novas formas de
colecionar, organizar e tratar metodologicamente os conteúdos.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada
e alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir
para o aumento das desigualdades, ou para inserção social se vista
como uma forma de estabelecer mediações entre o aluno e o
conhecimento em todas as áreas.
“Urge pois, continuar a lutar pela escolarização como um bem
público contra a domesticação política que tem inflamado o debate
educativo contribuindo para a educação em geral e o currículo”
CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA
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A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados
de forma sistematizada utilizando métodos.
Para Andery (1980), “a ciência é uma das formas do
conhecimento produzido pelo homem no decorrer de sua história.
Portanto, a ciência também é determinada pelas necessidades
materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo que
nela interfere”.
Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o
conhecimento será a concepção da ciência.
No decorrer da história, a ciência está sempre presente para
produzir ou transformar.
Na sociedade capitalista o conhecimento científico é produzido
de forma desigual, estando a serviço de interesses políticos,
econômicos e sociais do processo histórico, não atingindo a totalidade
da população.
A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos
saberes científicos produzidos pela humanidade. Nereide Saviani
afirma que “ a ciência merece lugar destacado no ensino como meio de
cognição e enquanto objeto de conhecimento”, ou seja, ao mesmo
tempo em que eleva o nível de pensamento dos estudantes, permite-
lhes o conhecimento da realidade, o que é indispensável para que não
apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em que vivem, mas
com isso saibam nele atuar e transformá-lo.
CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO
Conforme o decreto nº 3298, de 20 de dezembro de 1999, artigo
24, parágrafo 1º. Estende-se um processo educacional definido em uma
proposta pedagógica assegurando um conjunto de recursos e serviços
educacionais especiais organizadas institucionalmente para
complementar, suplementar, em alguns casos, substituir os serviços
educacionais comum, de modo a garantir a educação escolar e
promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que
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apresentam necessidades especiais, em todos os níveis, etapas e
modalidades da educação (Mazzotta).
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO
A implementação da educação do campo não vai ocorrer apenas
com a criação de várias disciplinas na Parte Diversificada, pois estas
devem tratar de conhecimentos muito específicos que não são
respondidos pelas diferentes disciplinas , da Base Nacional Comum.
No campo, faz parte da educação da criança e do jovem o
acompanhamento das atividades que os pais realizam na lavoura,
embora seja proibida.
A criança vive o seu cotidiano de forma que percebe os limites
dos lugares, na escola, a criança necessita aprender mais sobre os
diferentes tempos e lugares, sobre homens dos diferentes lugares e
tempos.
Pensar a interdisciplinaridade nas escolas pode ser um dos
caminhos para a superação do trabalho pedagógico fragmentado.
Prática docente interdisciplinar:
• Consiste em uma tentativa de incitar o diálogo, de que um pensar
venha a se complementar no outro, efetivação de pesquisas de
pesquisas interdisciplinares, uma categoria de ação, eleger temas
centrais para prática pedagógica escolar, deve-se pensar em
formas alternativas de encaminhar as práticas pedagógicas. O
diálogo e o encontro com o outro na escola, na comunidade são
centrais na elaboração de uma prática interdisciplinar. A pesquisa
é elemento essencial, cabe a escola a valorização das indagações
feitas pela criança e seu aprofundamento, para que possa ocorrer
apropriação e produção de novos conhecimentos.
Temas geradores é outra opção teórico – metodológica indicada
na perspectiva emancipatória de educação. Repensar o espaço escolar
e as formas de encaminhamento metodológico induzirá a uma
reorganização dos tempos escolares.
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A educação no campo só tem sentido quando pensada atrelada à
questão agrária.
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A Lei nº 9394/96 – LDB, determina a recuperação paralela, a
progressão parcial e a obrigatoriedade dos profissionais da educação
em participar da elaboração da proposta pedagógica da escola.
Frente a esses novos desafios educativos, introduzidos com a
LDB, a função da escola muda e a prática pedagógica passa a ver
professor e aluno como parceiros no processo ensino-aprendizagem.
Sendo assim, pode-se dizer que a avaliação é parte integrante do
planejamento do processo de ensino-aprendizagem e apresenta três
funções:
1- Função Diagnóstica
Deve investigar o conhecimento prévio e as experiências que o
aluno já tem, bem como os pré-requisitos básicos para a aquisição de
um novo saber. Permite ainda identificar progressos e dificuldades de
alunos e professores diante do objetivo proposto.
2- Função Formativa
Tem por finalidade maior propiciar ao professor e ao aluno uma
retomada dos objetivos durante o desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem. Deve dar chance aos envolvidos (professor / aluno) de
correção nas falhas, esclarecimentos de dúvidas e estímulo para a
continuação do trabalho. Proporciona também ao professor
informações sobre o desenvolvimento do trabalho, se os métodos e os
materiais usados são adequados, comunicação maior com o educando e
adequação da linguagem utilizada.
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3- Função Somativa
Esta função tem o propósito de oferecer subsídios para o registro
das informações referentes ao desenvolvimento do aluno.
Como a função somativa da avaliação visa proporcionar uma
medida que poderá ser expressa em números, nota ou conceito sobre o
desempenho do educando, a mesma deve acontecer ao final de cada
bimestre ou ainda no final do ano letivo, por ocasião do Conselho de
Classe, visto que esta avaliação é que tornará o diálogo mais objetivo
entre os professores.
Esse tipo de avaliação considerará tudo aquilo que foi observado
na função diagnóstica e formativa. Portanto, é preciso que fique bem
claro que provas, testes, trabalhos e pesquisas são instrumentos
utilizados na avaliação para se obter informações e estabelecer
medidas não podendo ser identificados como PROCESSO DE
AVALIAÇÃO.
É aconselhável que o docente utilize durante o processo de
avaliação, nas suas diversas funções, vários instrumentos diferentes,
porque alguns alunos apresentam uma maior dificuldade com este ou
aquele instrumento.
Podemos concluir que a avaliação é apenas mais um componente
do processo ensino-aprendizagem, que tem como propósito recolher
informações que possam possibilitar uma co-relação entre os dados
obtidos e os objetivos propostos, a fim de que o docente possa verificar
o desenvolvimento do aluno em relação ao trabalho executado,
orientando-o para as etapas seguintes.
A Instituição adota o sistema de avaliação previsto pela Lei
9394/96 e indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Partindo disso, quanto maior for a amostragem, mais perfeita é a
avaliação. Todos os recursos disponíveis devem ser utilizados para a
obtenção dos dados.
A avaliação deve ser constante e contínua; as verificações podem
ser informais ou não, trabalhos, exercícios, seminários, debates,
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dinâmicas, observação, estudo de caso, aplicação de provas, pesquisas
dirigidas e outras. É importante também que o aluno conheça suas
dificuldades para poder afirmar seus acertos. Isso garante a eficácia da
avaliação.
As técnicas e instrumentos selecionados para avaliar devem,
também, estar adequados aos métodos e procedimentos usados no
ensino.
O professor terá liberdade em sua disciplina para escolher os
instrumentos de avaliação e se a média, dentro da sua matéria, será
feita de forma somatória ou aritmética, porém o docente deve ter
registrado em seu controle, no mínimo, três avaliações de cada aluno.
CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
Sendo função da escola formar o cidadão, assegurando ao
educando permanente acesso à apropriação do conhecimento
sistematizado, ela precisa, para que isso aconteça, organizar-se de
forma a possibilitar um ambiente que propicie aprendizagens
significativas e convivência democrática, constituindo assim, um
espaço favorável à plena formação do estudante.
Nesse sentido, dentre as várias opções para a organização da
escola propostas pela LDB 9394/96, este estabelecimento de ensino
adota o regime de seriação anual contemplando carga horária mínima
anual de oitocentas horas, distribuídas para um mínimo de duzentos
dias de efetivo trabalho escolar.
O desenvolvimento de atividades escolares, tanto de natureza
teórica como prática não faz-se necessário que sejam desenvolvidas
apenas em sala de aula.
Atividades relacionadas a leituras, pesquisas, trabalhos em
grupos, consoantes com o meio ambiente e com artefatos culturais e
artísticos poderão ser desenvolvidas em locais diferentes e, desde que
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exigida a freqüência e estando sob a responsabilidade de professores
habilitados, serão consideradas atividades escolares.
Colégio Estadual Castelo Branco – Ensino Médio, Município de
Itapejara D’Oeste obedecerá ao seguinte funcionamento:
- Um turno no período da manhã com oito turmas com os
seguintes horários:
1ª aula: 07:20 até 08:10h
2ª aula: 08:10 até 09:00h
3ª aula: 09:00 até 09:50h
Intervalo de 15 minutos
4ª aula:10:05 até 10:50h
5ª aula:10:50 até 11:35h.
- Um turno no período da noite com cinco turmas com os
seguintes horários:
1ª aula: 19:00 até 19:50h
2ª aula: 19:50 até 20:40h
3ª aula: 20:40 até 21:30h
Intervalo de 10 minutos
4ª aula:21:40 até 22:25h
5ª aula:22:25 até 23:10h.
GESTÃO PARTICIPATIVA
O colégio visa realizar o planejamento, o desenvolvimento e a
avaliação das ações escolares de forma participativa, organizada e
permanente, envolvendo professores, funcionários, pais e alunos.
Pretende também realizar ações em parceria com a comunidade,
outras escolas e instituições. Além disso, busca mobilizar os pais para
47
participarem efetivamente das ações que contribuem para a saúde, a
autodisciplina dos alunos, a segurança e a qualidade de suas condições
físicas e materiais, bem como estimular e apoiar a organização dos
alunos para que atuem em ações conjuntas, solidárias, cooperativas e
comunitárias.
GESTÃO DE SERVIÇOS DE APOIO, RECURSOS FÍSICOS E
FINANCEIROS
Os serviços de documentação escolar e organizações como
APMF, CONSELHO ESCOLAR E GRÊMIO ESTUDANTIL deverão estar
sempre atualizados e regulamentados. Todo material didático
disponível como: vídeo, TV, retro projetor, laboratórios, aparelho de
som, rádio, quadra polivalente, mesas de pingue pongue... deverão ser
utilizadas para melhor aprendizagem e cidadania. Todos os anos
haverá um projeto de cidadania visando despertar no educando o
exercício de cidadania como: conservação, higiene, limpeza e
manutenção do patrimônio, instalações e equipamentos. A APMF, o
Conselho Escolar , o Grêmio Estudantil devem contribuir com o caixa
escolar na complementação dos recursos financeiros. As limitações
físicas muitas vezes são superadas junto a comunidade como:
Prefeitura, a Igreja Matriz, e outros para atender a proposta do projeto
político pedagógico.
Há uma preocupação constante com os resultados obtidos em
função de assegurar o acesso, a permanência e o êxito escolar. O
colégio nos últimos anos vem se preocupando com a participação
coletiva. Visa obter bons resultados com uma participação eficiente de
professores, funcionários, pais, alunos e comunidade nas diferentes
atividades desenvolvidas no ambiente escolar e fora dele. As metas e os
objetivos traçados no PPP nos últimos anos têm atingido as
expectativas em sua maioria, deixando a desejar na parte de evasão e
repetência. O trabalho de acompanhamento e gerência de acesso,
48
permanência, aprovação e aproveitamento escolar vêm sendo
acompanhados rigorosamente. Os resultados deste trabalho de
acompanhamento deverão ser analisados constantemente.
Nos últimos anos o colégio registrou avanços significativos de
eficiência e eficácia no uso de recursos físicos como: a construção de
mais um bloco onde funciona o laboratório de informática e biblioteca
escolar, a aquisição de uma rede de computadores, reforma geral nos 2
blocos antigos, bem como na quadra de esportes, aquisição de material
de apoio pedagógico e de utilidades em geral.
PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
A LDB exige mudanças dentro das reformas educacionais por
parte dos professores e todas as pessoas envolvidas na educação
básica.
Aprender a aprender e continuar aprendendo durante toda a
vida profissional é uma destas competências.
Segundo a LDB, deve-se valorizar o profissional da educação,
assegurando-lhe “aperfeiçoamento profissional continuado”.
Atualmente vivemos com uma realidade bem diferente daquela
vivida pelos professores em tempos acadêmicos, por isso, o professor
precisa aperfeiçoar-se continuamente para poder repassar essa
aprendizagem a seus alunos.
Trabalhar de forma indisciplinar contextualizada é difícil para o
profissional da educação por não ter vivido esta experiência.
A escola é um local privilegiado para formação continuada, onde
serão promovidos cursos de capacitação em equipe dentro do horário
de trabalho. As tarefas de formação permanente deverão ser
reconhecidas para com isso, estimular o desenvolvimento de projetos
pessoais de estudo e trabalho.
49
A escola deve planejar as atividades de acordo com as
necessidades de seus profissionais com formas variadas como:
- grupos de estudos;
- elaboração de projetos;
- visitar escolas que estão realizando estas experiências;
- considerar os conhecimentos construídos pelos alunos fora da escola,
anteriores a vida escolar, de forma que as aprendizagens realizadas em
qualquer ambiente, tempo ou situação signifiquem ampliação do
quadro de referência de cada aluno, articulando o senso comum e
conhecimento socialmente reconhecido e valorizado;
- contextualizar os conhecimentos, os problemas e as atividades, uma
vez que o que dá sentido a aprendizagem é a dimensão vivida que a
condiciona. As situações de aprendizagem devem proporcionar o
contato efetivo com a realidade diária na qual o aluno está inserido e
para o qual é formado;
- criar e utilizar vários meios de ensino, uma vez que o foco deve ser a
aprendizagem e portanto o aluno. Por um lado, é necessário
reconhecer e respeitar as diversidades sociais, culturais e físicas
manifestadas pelos alunos nas situações de aprendizagem, é necessário
reconhecer os diferentes trajetos e estilos de aprendizagem dos alunos.
Por outro lado a metodologia é construtiva dos conteúdos aprendidos.
Compreender um conteúdo (objeto, fato, acontecimento) é aprender o
seu significado, é poder relacioná-lo com outros objetos e
acontecimentos, portanto é importante abordar os conteúdos de forma
a desvelar essa rede de significados.
A formação continuada vem de encontro ao fato de que na
sociedade do conhecimento e no mundo de trabalho será preciso achar
formas de continuar aprendendo sempre, sendo a escola o lugar para
continuar aprendendo e se desenvolver profissionalmente.
A formação continuada será realizada, principalmente, por meio da
oferta de projetos propostos pela Secretaria de Estado da Educação –
SEED, a partir de suas unidades, após amplo processo de discussão
50
com as unidades envolvidas. Estes projetos poderão ser realizados por
meio de:
- Cursos e eventos descentralizados geograficamente, de forma a
atender as demandas locais, sem necessidade de grandes
deslocamentos;
- Grupos de formação continuada de, no máximo 50 professores, de
forma a possibilitar um maior envolvimento pessoal e facilitar a
exploração de problemas pedagógicos específicos dos cursistas;
- Eventos, para um número maior de docentes e profissionais, somente
para atividades de caráter informativo ou que exijam, pela especifidade
do tema, a reunião de grupos maiores;
- Cursos de formação continuada, preferencialmente presencial,
especialmente para as formações de diretrizes curriculares e das
políticas centrais adotadas pelas SEED;
- Cursos de formação em serviço, de caráter semi-presenciais, para
atendimento aos projetos de parceria com outras Secretarias, com a
utilização de materiais impressos ou por meio do uso de multimídias,
garantindo o monitoramento direto e rígido por tutores e garantindo
uma implantação gradativa, só ampliada após numa primeira fase de
implantação, ou seja, acompanhados de um processo de avaliação
contínuo;
- Grupos de estudos, com coordenação específica de profissionais
responsáveis pelas diretrizes, acompanhamento e avaliação da
proposta, cujos resultados parciais e/ou finais deverão ser apresentar a
produção resultante dos trabalhos executados;
Poderão ser ofertados igualmente cursos, eventos, seminários e
projetos advindos de proposta dos NRE, das Escolas da Rede Estadual
e do Sindicato das Categorias Profissionais, em parceria com a SEED;
Tipos de formação continuada:
1- Reuniões Técnicas
51
2- Cursos de Atualização – de 16 a 39 horas/aula
3- Cursos de Proficiência – de 40 a 120 horas/aula
4- Programas de Acompanhamento da Prática Docente – de 120 a 180
horas/aula
5- Grupos e Estudos
6- Cursos de Pós-Graduação
- Cursos de Aperfeiçoamento – acima de 180 horas/aula
- Cursos de Especialização – acima de 360 horas/aula
OBS: Formação Inicial.
Todas as atividades propostas dentro do plano de formação
continuada dos professores e troca de experiências obedece a um
calendário previamente estabelecido no início de cada ano pela
Secretaria de Educação do Paraná.
O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA
É uma construção social de conhecimento. O conhecimento escolar
é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico.
O currículo passa ideologias e a escola precisa identificar e desvelar
os componentes ideológicos do conhecimento escolar.
A concepção de currículo inclui, portanto, desde aspectos básicos
que envolvem os fundamentos filosóficos e sócio- políticos da educação
até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a
concretizam na sala de aula.
Relaciona princípios e operacionalização teórica, prática,
planejamento e ação. O currículo expressa uma cultura e não pode ser
separado do contexto social. A organização curricular deve estabelecer
uma relação aberta e inter-relacionar-se em torno de uma idéia
integradora que visa reduzir o isolamento entre as diferentes
disciplinas curriculares, procurando agrupá-las num todo, mais amplo.
52
Ex: Cada conteúdo deixa de ter significado por si só para assumir
uma importância relativa e passar a ter uma função bem determinada e
explícita dentro do todo que faz parte.
Através do currículo oculto está implícito o controle social: visão do
mundo, as normas e os valores dominantes, através do material e livros
didáticos, ao mesmo tempo que mantém desigualdade sócio-econômica
e cultural.
A nossa escola se propõe à adoção de um currículo aberto e
propostas diversificadas em lugar de uma concepção uniforme e
homogenizadora do currículo; a flexibilidade quanto a organização e
ao funcionamento da escola para atender a demanda diversificada dos
alunos; possibilidade de professores especializados, incluir sala de
apoio e de recursos para favorecer o processo educacional.
Essa concepção coloca em destaque a adequação curricular como
um elemento dinâmico para uma educação para todos e sua
viabilização para os alunos com necessidade educacional especial: não
se fixar no que de especial possa ter a educação dos alunos, mas
flexibilizar a prática educacional para atender a todos e propiciar a
progressão em função de suas possibilidades e diferenças individuais.
Da nossa clientela 40% é oriunda da zona rural, portanto, faz-se
necessário uma política educacional voltada a cultura do campo.
Exemplo: músicas, danças, comidas típicas. Isto possibilita uma criação
de uma identidade do aluno e ajuda a compreender o mundo e
transformá-lo. Faz-se necessária uma atenção especial para clientela
vinda da zona rural e para a clientela noturna, visto que o índice de
analfabetos, segundo o Censo Demográfico do ano de 2002, supera em
19% em relação à zona urbana (zona urbana 10,3 % e zona rural
29,8% ).
MATRIZ CURRICULAR
53
A Matriz Curricular é parte importante de um Projeto Político-
Pedagógico. Sua construção deve ser entendida não somente como
enumeração de disciplinas, mas como ponto de referência para o
questionamento de temas relevantes que propiciem ao educando um
amadurecimento pessoal e motivador em sua vida fora do ambiente
escolar.
Sua sustentação depende não apenas do fiel cumprimento da
legislação vigente, mas também de um bom planejamento no
desenvolvimento de habilidades intelectuais e práticas. A distribuição
das disciplinas da Matriz Curricular, dentro do Projeto Político-
Pedagógico de uma escola, deve levar em conta a maneira como as
disciplinas se relacionam entre si, e a função dessas relações para se
chegar ao objetivo proposto.
A Matriz Curricular deste estabelecimento de Ensino Médio é
composta de 23 horas-aula semanais na Base Nacional Comum e 2
horas-aula da carga horária na Parte Diversificada em ambos os turnos.
A divisão da Matriz Curricular, em Base Nacional Comum e Parte
Diversificada, atende às exigências legais e não exime nenhuma das
disciplinas da Matriz de contemplar os conteúdos referentes ao Artigo
26 da Lei nº 9394/96.
Apesar de termos optado pela organização curricular por
disciplina gostaríamos de esclarecer que “por disciplina”, não significa
que o trabalho na realidade se dará no âmbito fragmentado de cada
uma, pois sabemos que a realidade não é disciplinar, mas para
podermos dar conta de sua complexidade, dividimos o conhecimento
desta forma, porém para que o conhecimento sobre o mundo, se
transforme em conhecimento do mundo, isto é, em competência para
compreender, prever, extrapolar, agir, mudar, manter, é preciso
reintegrar as disciplinas num conhecimento não fragmentado, por isso,
criaremos um mecanismo didático – pedagógico para conhecermos os
fenômenos do universo integrado, inter-relacionado e dinâmico.
54
A proposta curricular incluirá processos de ensino voltados para
relação com as comunidades (local, regional, planetário) visando a
interação entre o ensino.
NRE : PATO BRANCO MUNICÍPIO : ITAPEJARA
D’OESTE
ESTABELECIMENTO : COL. ESTADUAL CASTELO BRANCO – EM
ENTIDADE MANTENEDORA : GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO : ENSINO MÉDIO TURNO :
DIURNO E NOTURNO
ANO DE IMPLANTAÇÃO : 2007 MÓDULO : 40
SEMANAS
55
Base
Nacio
nal
Com
um DISCIPLINAS 1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE
ARTE 2 2BIOLOGIA 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2FILOSOFIA 2 2FÍSICA 2 2 2GEOGRAFIA 2 2 2HISTÓRIA 2 2 2LÍNGUA PORTUGUESA 3 3 4MATEMÁTICA 4 4 3QUÍMICA 2 2 2SOCIOLOGIA 2 2
SUB – TOTAL 23 23 23P D L.E.M. ( INGLÊS) 2 2 2
SUB – TOTAL 2 2 2 TOTAL GERAL 25 25 25
Nota : Matriz Curricular de acordo com a LDBEN nº 93994/96
* O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.
Data de emissão : 26 de Janeiro de 2007.
________________________________________
__
Assinatura do Chefe do
NRE
PEDAGOGIA PROGRESSISTA
O termo “progressista” foi empregado por Georges Snyders. É
utilizado para designar as tendências que, partindo de uma análise
crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades
sociopolíticas da educação. Como, por óbvio, uma pedagogia
progressista não tem como se institucionalizar numa sociedade
capitalista, ela deve ser considerada principalmente um instrumento de
luta, ao lado de outras práticas sociais.
A Escola é condicionada politicamente e culturalmente pelos
aspectos sociais, mas contraditoriamente existe nela um espaço que
aponta a possibilidade de transformação social.
56
A educação possibilita a compreensão da realidade histórico-
social e explicita o papel do sujeito construtor/ transformador dessa
mesma realidade.
Teoria crítica
- Sustenta a finalidade sócio-política da educação.
- Instrumento de luta de professores ao lado de outras práticas
sociais.
Tendência progressista libertadora
A Pedagogia Libertadora está diretamente associada ao método
de alfabetização de adultos, de PAULO FREIRE.
Ela nasce nos anos 60 e é devedora de três correntes de
pensamento muito presentes nessa época: o escolanovismo, que
predominava nos meios pedagógicos desde o início da década de 50, o
nacional-desenvolvimentismo, defensor de industrialização e do
nacionalismo como fatores de progresso e prosperidade, que assume
corpo no pós-Guerra (no Brasil, especialmente, através do trabalho do
ISEB – Instituto Superior de Estudos Brasileiros (criado em 1955) e o
pensamento social da esquerda católica (solidarismo cristão).
A Pedagogia Libertadora afirma que o homem é “sujeito da
história” e que o autoritarismo e o paternalismo, típicos de nossa
tradição colonial-escravista, impedem que o povo explicite essa
vocação de sujeito. Daí a necessidade de “libertar o povo” do silêncio
imposto pelas classes dominantes. Cabia à Pedagogia forjar uma nova
mentalidade, trabalhando para a “conscientização do homem
brasileiro”, frente aos problemas concretos, e engajá-lo na luta política.
De acordo com a Pedagogia Libertadora, educação e escola
colaboram para prolongar a situação de mutismo do povo. A escola –
autoritária, burocratizada e anacrônica – é incapaz de colocar-se ao
lado dos oprimidos. Daí a crítica de Paulo Freire com relação a uma
57
educação verbalismo, baseada na memorização e impregnada de
“ranço bacharelesco (livresco)” pregando uma “educação voltada para
a vida”.
Procurando identificar-se com aqueles “sem voz e sem vez” na
sociedade, mas que também “produzem cultura”, a Educação
Libertadora busca uma educação comprometida com os problemas da
comunidade – ponto de partida e de chegada da educação. Por isso,
defender a tese de um ensino regionalizado, comunitário, ligado aos
costumes e à cultura do local de vida da população a ser educada.
Além disso, a Pedagogia Libertadora pronunciava-se contra a
“manipulação dos meios de comunicação de massa”, propondo a
“desalienação do povo” através de uma “pedagogia do diálogo”,
baseada na horizontalidade entre educador e educando. É o que Paulo
Freire denomina de “diálogo amoroso” – o “encontro de homens que se
amam e desejam transformar o mundo”. O diálogo deve partir das
situações vividas pelo educando, problematizando-as e levando a uma
“visão crítica” da sua realidade – processo denominado
“conscientização”.
A Pedagogia Libertadora classifica a educação convencional
como uma “educação bancária”, porque baseada numa “ideologia de
opressão”, que considera o aluno como alguém destituído de qualquer
saber e, por isto, mero depósito dos dogmas ditados pelo professor.
A “educação bancária” era resumida em alguns princípios:
- o professor ensina, os alunos são ensinados;
- o professor sabe, os alunos não sabem;
- o professor fala, os alunos escutam;
- o professor escolhe, os alunos submetem-se;
- o professor trabalha, os alunos têm a ilusão que trabalham;
- o professor detém autoridade, os alunos obedecem;
- o professor é sujeito, os alunos são objeto.
Para a Pedagogia Libertadora, o ato educativo é um ato político e
o educador deve ser um “humanista revolucionário”, colocando sua
58
ação político-pedagógica a serviço da transformação da sociedade e da
criação do “homem novo”.
A Pedagogia Libertadora guarda em suas formulações teóricas a
marca forte do pensamento social cristão, fundamentado na doutrina
social da Igreja, especialmente a partir das encíclicas Mater et
Magistra (1961) e Pacem in Terris (1962) de João XXIII, além da
vinculação com os movimentos ligados à igreja progressista, com a
Ação Popular (AP) que unia cristãos e socialistas num trabalho comum
na busca da “construção de um novo país”, movimento interrompido
com o golpe militar de março de 1964.
Papel da escola
- prefere falar em educação “não-formal”;
- trata a educação tradicional como “bancária”, porque visa apenas
depositar informações sobre o aluno;
- tanto a educação tradicional quanto a renovada são vistas como
domesticadoras, porque não contribuem para desvelar a realidade da
opressão;
- a educação libertadora questiona concretamente as relações dos
homens (entre si e com a natureza) visando uma transformação;
- é uma educação crítica.
Conteúdos de ensino
- os “temas geradores” são extraídos da problematização da prática de
vida dos educandos;
- o importante não é a transmissão de conteúdos específicos, mas
despertar uma nova relação com a experiência vivida;
- a transmissão de conteúdos estruturados a partir de fora é
considerada como “invasão cultural”ou “depósito de informação”,
porque não emerge do saber popular;
- é uma pedagogia de caráter essencialmente político e politizador.
59
Métodos
- fundamenta-se na relação de diálogo, que é aquela em que os sujeitos
do ato de conhecer se encontram mediatizados pelo objeto a ser
conhecido;
- a forma de trabalho educativo é o “grupo de discussão”, que define o
conteúdo e a dinâmica das atividades;
- professor e alunos devem caminhar “juntos”;
- os métodos de “codificação-decodificação” e “problematização da
situação” permitem ao estudante um esforço de compreensão do
vivido, até alcançar um nível mais crítico do conhecimento da
realidade, com base na experiência da prática social;
- dispensa programa estruturado, trabalhos escritos, aulas expositivas,
verificação direta da aprendizagem, insistindo na avaliação da prática
vivenciada no grupo e na auto-avaliação.
Relacionamento professor-aluno
- no diálogo, a relação é horizontal, desaparecendo a dicotomia
educador X educando, para dar lugar ao educando-educador e ao
educador-educando;
- elimina-se toda relação baseada na autoridade: é uma “não-
diretividade”, não no sentido da não-interferência (Rogers) mas, de
uma presença que garante ao grupo a condição de “dizer sua palavra”.
Pressupostos de aprendizagem
- a motivação dá-se a partir da codificação de uma situação-problema,
da qual se toma distância, para analisá-la criticamente;
- aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta (situação
real vivida pelo educando) e somente tem sentido, se resulta de uma
aproximação crítica da realidade;
- o aprendido não decorre da memorização ou da imposição, mas do
nível crítico do conhecimento, ao qual se chega pelo processo de
compreensão, reflexão e crítica.
60
Manifestações na prática escolar
- seu inspirador é Paulo Freire;
- grande influência sobre os movimentos populares e no que se
denomina de “educação popular”;
- muito disseminada na educação de adultos e nos processos de
educação popular em geral.
O EDUCADOR PROGRESSISTA
O educador que desenvolve uma prática educativa progressista
tem um ideal a alcançar.
- Ele é comprometido politicamente com a socialização do
conhecimento científico e cultural;
- Busca sua competência técnico-pedagógica;
- Tem consciência de sua historicidade;
- Sabe ser mediador ou facilitador entre as experiências trazidas
pelos alunos e o conteúdo de ensino;
- Busca a superação do imperialismo pedagógico (escola
tradicional) da crença na impossibilidade de que o professor possa
ensinar alguma coisa (escola nova) e da negação da necessidade do
professor (escola tecnicista);
- Acredita na recuperação do perfil do professor como de
fundamental importância para auxiliar o aluno a se apropriar dos
conteúdos;
- Sabe que sua autoridade, firmada na competência e no
compromisso, se constrói numa relação democrática;
61
- Não se envergonha nem se omite de sua autoridade, muito
menos a utiliza como instrumento arbitrário de dominação e poder;
- Assume o papel de desestabilizador, ou seja, desencadeia
situações de desequilíbrio de forma desafiar os alunos para que
estes busquem nova equilibração.
Segundo Paulo Freire, o educador deve ter: bom senso, postura
não autoritária,coragem de lutar pela defesa da justiça e enfrentar o
conflito, tolerância, respeito,disciplina, interior, integridade ética, luta
contra preconceitos , capacidade de decisão, segurança, competência
profissional, clareza, política e alegria de viver.
Para os alunos, o bom professor é aquele que ouve, respeita sua
individualidade, tem pulso para manter a disciplina, chama a atenção
quando necessário,tem bom humor , sabe tolerar brincadeiras ,tem
conhecimento , criatividade inteligência e alegria ,não humilha os
alunos nem pratica atos de grosseria, sete prazer em dar aulas , tem
boa vontade em esclarecer dúvidas e paciência para ensinar, mostrar
os erros ao aluno e o ensina a aprender.
Em função disso, é preciso começar pela modificação da relação
destes futuros professores com seus atuais mestres, recebendo uma
formação adequada, crítica e comprometida , em prol de uma
educação libertadora respeitando a individualidade.
TENDÊNCIA HISTÓRICO-CRÍTICA
Manifestações de prática pedagógica escolar no Brasil
- Marco teórico 1970;
- A prática pedagógica propõe uma interação entre conteúdo e
realidade concreta, visando a transformação da sociedade (ação-
compreensão-ação);
62
- Enfoque no conteúdo como produção histórico-social de todos os
homens;
- Superação das visões não-críticas e crítico-reprodutivistas da
educação.
Pressupostos teóricos
- Defende a escola como socializadora dos conhecimentos e
saberes universais;
- A ação educativa pressupõe uma articulação entre o ato político
e o ato pedagógico;
- Interação professor-aluno-conhecimento e contexto histórico-
social;
- A intersubjetividade é medida pela competência do professor em
situações objetivas;
- A interação social é o elemento de compreensão e intervenção
na prática social mediada pelo conteúdo;
- Concepção dialética da história (movimento e transformação);
- Pressupõe a práxis educativa que se revela numa prática
fundamentada teoricamente;
- A natureza e especificidade da educação referem-se ao trabalho
não-material, que na escola pública não se subordina ao capital;
- A tarefa desta pedagogia em relação à educação escolar
implica:
a) Identificação das formas mais desenvolvidas em que se
expressa o saber objetivo produzido historicamente, reconhecendo as
condições de sua produção e compreendendo as suas principais
manifestações, bem como as tendências atuais de transformação;
b) Conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a
torná-lo assimilável pelos alunos das camadas populares no espaço e
tempo escolares;
63
c) Provimento dos meios necessários para que os alunos não
apenas assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas apreendam
o processo de sua produção, bem como as tendências de sua
transformação.
Representantes ou teóricos
- Demerval Saviani, Jamil Cury, Gaudêncio Frigotto, Luiz Carlos
de Freitas, Acácia Zeneida Kuenzer, José Carlos Libâneo (Pedagogia
Crítico-Social dos Conteúdos);
- Influências de autores internacionais como: Marx, Gramsci, G.
Snyders, M. Manacorda, Makarenko, Suchodoiski.
Psicologia
- Corrente sócio-histórica: Vigotski, Lúria, Leontiev e Wallon.
Filosofia
- Materialismo Histórico-dialético.
Papel da escola
- Valorização da escola como espaço social responsável pela
humanidade (Clássicos), permanentemente reavaliados face às
realidades sociais;
- Socialização do saber elaborado às camadas populares,
entendendo a apropriação crítica e histórica do conhecimento
enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação
crítica e democrática para a transformação desta realidade.
Conteúdos de ensino
- Conteúdos culturais universais incorporados pela humanidade
(clássicos), permanentemente reavaliados fase às realidades sociais;
64
- Conteúdos indispensáveis à compreensão da prática social:
revelam a realidade concreta de forma crítica e explicitam as
possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação
desta realidade.
Função da avaliação
- A avaliação tem como função de:
- Prática emancipadora;
- Função diagnóstica (permanente e contínua) meio de obter
informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para a intervenção/ reformulação desta prática e dos
processos de aprendizagem;
- Pressupõe tomada de decisão;
- O aluno toma conhecimento dos resultados de sua
aprendizagem e organiza-se para as mudanças necessárias.
Relação professor-aluno
- Relação interativa entre professor e aluno, em que ambos são
sujeitos ativos;
- Professor e aluno são seres concretos (sócio-históricos),
situados numa classe social síntese de múltiplas determinações;
- Professor – autoridade competente, direciona o processo
pedagógico; interfere e cria condições necessárias à apropriação do
conhecimento, enquanto especificidade da relação pedagógica.
Método da prática social
1. Prática Social (ponto de partida):
- Perceber e denotar: identificar o objeto e da aprendizagem e lhe
dar significação;
- O aluno tem uma visão sincrética (mecânica, desorganizada,
nebulosa, de senso comum) a respeito do conteúdo;
65
- É comum a professores e alunos, já que sentem e sabem a
prática social em nível sincrético, mas ambos encontram-se em
momentos diferentes (o professor domina o conteúdo, enquanto o
aluno não o domina), por isto o professor realiza uma síntese
precária;
2. Problematização:
- Instruir e conotar;
- Momento para detectar as questões que precisam ser resolvidas
no âmbito da prática social e, em conseqüência, que
conhecimentos são necessários a serem dominados;
- Prever os futuros problemas e limites (juízos de valor ou de
qualidade), bem como identificar os tipos de conhecimentos e
técnicas necessários à solução desses problemas.
3. Instrumentalização:
- Apropriação pelas camadas populares das ferramentas culturais
necessárias à luta social para superar a condição de exploração
em que vivem;
4. Catarse (categoria gramsciana):
- Raciocinar e criticar;
- Incorporação dos instrumentos culturais, transformados em
elementos ativos de transformação social;
- Elaboração superior da estrutura em superestrutura na
consciência dos homens;
- Passagem da ação para a conscientização.
5. Prática Social (ponto de chegada):
- Retorno à pratica social, com o saber concreto pensado para
atuar e transformar as relações de produção que impedem a
construção de uma sociedade igualitária;
66
- A compreensão sincrética dos alunos no ponto de partida é
agora elevada ao nível sintético;
- Visão sintética (elaborada, sistematizada, explicita, orgânica,
compreendida);
- Reduz-se a precariedade da síntese do professor (fragmentação)
no ponto de partida para uma compreensão mais orgânica no
ponto de chegada – visão de totalidade;
- O conseito é o ponto de chegada;
- A educação propõe-se a serviço da referida transformação das
relações de produções.
Como ensinar:
A estratégia de ensinar é através discussão, debates,
leituras, aulas expositivas – dialogadas, trabalhos individuais e
em grupos, com elaboração de sínteses integradoras.
Método de ensino da Tendência Histórico-Crítica
Método da Prática Social:
- Decorre das relações estabelecidas entre conteúdos – método e
concepção de mundo;
- Confronta os saberes trazidos pelo aluno com o saber elaborado
– concepção científica/ filosófica da realidade social.
- Incorpora a dialética como teoria de compreensão da realidade
e como método de intervenção nesta realidade.
- Fundamenta-se no materialismo histórico, ciência que estuda os
métodos de produção como: recursos, ideologia, poder e lucro.
- A relação de indissociabilidade entre forma e conteúdo
pressupõe a socialização do saber produzido pelo homem.
- Os fins a serem atingidos é que determina os métodos e
processos de ensino-aprendizagem.
67
- Busca coerência com os fundamentos da pedagogia entendida
como processo através do qual o homem se humaniza (inclusão
do indivíduo).
- A prática é fundamento do critério de verdade e da finalidade da
teoria.
- Incorpora o procedimento histórico como determinante da
totalidade social (visão do mundo de homem de educação e de
escola).
- É na meditação entre o pensamento e o objeto (enquanto o
pensamento busca apropriar-se do objeto), quem desenvolve este
método é:
- Piaget (desenvolvimento Cognitivo).
- Vigotski (desenvolvimento da Mente).
O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO
PEDAGÓGICO
Quem é o pedagogo? Qual o seu papel na escola?
A resposta a estas questões estão diretamente vinculadas às lutas
sociais particularmente pela democratização do acesso, da
permanência e das relações do poder na escola . Scheibe (1999), faz
uma reflexão sobre este tema apontando aspectos históricos e um
resgate das lutas mais recentes pela definição da identidade e da
formação do pedagogo no contexto da construção da escola pública de
qualidade para todos.
O trabalho pedagógico é compreendido como ato educativo
coletivo, intencional, planejado, permeado de sólida formação teórico-
prática tornando-o capaz de articular, mediar as atividades educativas
voltadas para a formação humana e não somente para o mercado de
trabalho.
68
O pedagogo não deve ser reduzido a mero instrumentador ou
técnico, deve agir, intervir, lançar novos desafios, contribuir com a
construção de novos conhecimentos e práticas libertadoras, na
construção da escola pública, democrática e de qualidade.
Ser pedagogo ou pedagoga implica na consciência do que somos
e do que desejamos, questionando a nós mesmos, a organização da
escola e o “sistema educacional”. Na assunção de que não há
construção isolada de um projeto de escola, de educação e de
sociedade.
É trabalho coletivo permanente, que exige participação,
construção, superação, diálogo. Cabe ao pedagogo e à pedagoga
fomentar a organização de espaços na escola, para o debate, para
organizar o trabalho pedagógico, definindo em conjunto: horários,
metodologias, atividades extra-curriculares, o currículo, questões
disciplinares, avaliação, relação com a comunidade, ampliando espaço
de participação da mesma nas decisões pedagógicas da escola.
Participar do Conselho Escolar subsidiando teórica e
metodologicamente as reflexões e decisões sobre o trabalho
pedagógico escolar.
Incentivar e propiciar a participação dos alunos nos diversos
momentos e órgãos colegiados da escola.
Coordenar a elaboração coletiva e criar condições para a
participação dos profissionais da escola e comunidade na construção
do projeto político pedagógico.
Na escola temos pessoas que desempenham diferentes funções,
todos de suma importância para o desenvolvimento do trabalho
pedagógico, precisamos exercitar o difícil aprendizado de que é na
diferença que se faz o todo, onde não há superiores e inferiores, mas
trabalhadores e trabalhadores da educação construindo uma escola
pública a cada dia mais humana, democrática e de qualidade.
69
REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO
O movimento de democratização e qualificação da educação é um
amplo e complexo processo, que tem como meta a mudança da prática
em sala de aula e na escola. Neste, a equipe diretiva tem um
importante papel, dada sua influência na criação de um clima
organizacional favorável.
Tendo em vista o papel de referência que a equipe diretiva
desempenha, podemos dizer que o desenvolvimento de práticas
democráticas no interior da escola, vai depender de uma nova postura
a ser assumida por todos.
Para favorecer a mudança da prática pedagógica, basicamente o
papel da equipe de direção é criar um clima de confiança pautado
numa ética libertadora e no autêntico diálogo.
Ao nos questionarmos sobre o trabalho da equipe pedagógica,
constatamos muitas dificuldades que vêm prejudicando a qualidade do
mesmo.
Entre as principais, podemos citar:
- grande parte do tempo do Pedagogo está sendo dispensado
para orientação dos alunos – disciplina e indisciplina –
restando então, para a parte pedagógica um pequeno espaço;
- muitos professores estão dando mais ênfase aos conteúdos na
prática de suas aulas e as metodologias diferenciadas estão
sendo pouco contempladas;
- falta de espaço físico adequado, para redimensionar as
práticas pedagógicas;
- em nossa clientela predomina o nível sócio – econômico-
cultural médio-baixo, e uma desestrutura familiar muito
acentuada, dificultando a aprendizagem.
- percebe-se que o trabalho dos pais em tempo integral está
deixando os mesmos omissos quanto à orientação dos filhos e
estão tendo dificuldades em pôr limites nos mesmos;
70
- parte de nossos alunos do período noturno trabalha durante
todo o dia e já chegam na escola cansados, desmotivados e
com pouco ânimo de participarem das aulas.
71
MARCO
OPERACIONAL
72
REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO
Diante das dificuldades constatadas que vêm prejudicando a
qualidade do trabalho pedagógico na escola, apontamos algumas
intervenções possíveis para superá-las, tais como:
- Dar maior ênfase à formação continuada dos professores,
estudando junto com eles textos sobre disciplina e indisciplina,
buscando formas adequadas de enfrentar o problema;
- Reorganizar a Hora Atividade dispensando um tempo maior
para a pesquisa de novas metodologias e um feedback com o
pedagogo;
- Reunir-se com os professores quando necessário para
dialogar, trocar idéias, experiências e intervenções
pedagógicas;
- Acompanhar o planejamento dos professores e sua execução;
- Incentivar os professores a exigirem tarefas de casa dos
alunos;
- Conscientizar a comunidade escolar e órgãos governamentais
para a grande necessidade de ampliação e construção de
novas escolas;
- Pôr em andamento o programa do FICA, o programa
Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da vida,
Nenhuma Criança/Adolescente fora da escola;
- Reuniões, encontros com a família para orientar e dar
subsídios que venham contribuir com educação.
PLANO DE AÇÃO - GESTÃO 2006/2008
Diretora : Seila Maria de Oliveira Dariva
73
Pedagoga : Helena Lucini Gnoatto
Objetivos:
Geral - Contribuir para uma escola pública mais democrática e
solidária, de qualidade, através do desenvolvimento de um processo
que proporcione uma gestão escolar estratégica e amplamente
participativa.
Específicos:
- Criar uma proposta metodológica aplicável em nossa escola para o
desenvolvimento de processos participativos de decisão e
implementação no Projeto Político Pedagógico;
- Mobilizar alunos, professores, funcionários, pais e lideranças da
comunidade em torno de uma única meta: tornar a nossa escola cada
vez melhor;
- A partir das experiências já aplicadas e avaliadas, criar ou reformular
metodologias;
- Reafirmar o compromisso com a educação pública, gratuita e de
qualidade, com a
disseminação dos valores democráticos e a promoção da cidadania;
- Incentivar e desenvolver projetos que integrem escola e comunidade
e acrescentem aos nossos alunos experiências inovadoras e
possibilitem o ingresso dos mesmos no mercado de trabalho local ou
regional;
- Diminuir o índice de evasão e repetência;
- Promover a integração entre alunos, professores, funcionários e pais;
- Batalhar por melhores condições estruturais, para atender a nossa
clientela;
- Garantir o cumprimento de todas as leis e normas que regem o
Sistema Educacional do nosso estado.
74
Princípios Orientadores
Este Plano de Ação tem como referenciais os pressupostos
evidenciados por todos os normativos que regulamentam a LDB e
outras leis que regem o Sistema de Educação Nacional ou Estadual,
sustentando-se num conjunto de princípios e valores que são
enumerados a seguir:
- Não exclusão: entendido no sentido de criar oportunidades
diferenciadas e caminhos diversos que conduzam ao sucesso educativo
dos alunos, independentemente dos seus estilos cognitivos,suas
situações sócio – econômicas ou dificuldades de aprendizagem;
- Cidadania e participação democrática: encarando cada indivíduo
da comunidade escolar como um ser ativo e capaz de intervir de forma
responsável, solidária e crítica, na escola e no meio que o envolve, bem
como no desenvolvimento de valores tais como a liberdade, a
solidariedade e a justiça;
- Integração, no respeito pela diferença: promovendo a efetiva
igualdade de direitos e de oportunidades, independentemente da classe
social, religião e demais opções de cada individuo;
- O saber: promovendo o desenvolvimento da curiosidade intelectual,
o gosto pelo trabalho, pelo estudo, pela investigação, não se limitando
apenas pelo currículo escolar ou pelas cercas da escola;
- Qualidade educativa: traduzida numa otimização dos recursos
disponíveis, tendo em vista que a estrutura física e humana tem um
grande impacto no resultado da aprendizagem e nas atividades
educativas.
75
Ações Eixos organizadores
Responsável Cronograma Avaliação
-Promover encontros de integração entre as instâncias colegiadas- Apoiar integralmente as ações destes grupos-Trabalhar em conjunto- Articular para que todos tenham voz e vez de participar
Gestão Democrática
- Membros da APMF, Conselho Escolar,Grêmio Est., Monitores de Classe, Direção e Equipe Pedagógica
Durante o ano todo, no período de dois anos
A avaliação será feita pelo próprio grupo de acordo com as atividades desenvolvidas e os resultados obtidos
- Reuniões pedagógicas periódicas- Acompanhamento da hora – atividade-Planejamento baseado nas necessidades locais- Formação de grupos de estudos de Professores e de alunos- Projeto de Recuperação
Proposta Pedagógica Direção, Equipe Pedagógica, professores
-Uma reunião pedagógica a cada bimestre- Reunião para grupo de estudos, pelo menos uma vez por mês- Reunião de pais, uma por bimestre e atendimento individual ou familiar sempre que preciso- Recuperação
Será feita a avaliação com base nos resultados obtidos, será feita pelos pais e alunos através de questionários esporádicos
76
Paralela- Reunião periódica de pais ou entrevistas individuais com a Equipe para acompanhamento dos educandos
Paralela em contra turno, pelo menos uma vez por semana
- Divulgação dos seminários, encontros e simpósios oferecidos pelo estado- Promoção de palestras e encontros de formação- Incentivo a leitura com a criação de uma biblioteca do professor- Promoção de pequenas viagens de pesquisa e integração- Visitas às instituições de ensino Superior
Formação Continuada
Equipe Pedagógica e Direção
- Conforme calendário dos estado- Palestras formativas, uma a cada semestre- Incentivo à leitura, durante todo o ano letivo- Uma viagem durante o ano- Uma ou duas visitas às Instituições por ano
A avaliação será feita de forma aberta pelo envolvidos nas reuniões pedagógicas , duas vezes ao ano, uma no primeiro e outra no segundo semestre de cada ano
77
- Ampliação da Biblioteca- Acabamento da quadra esportiva- Construção de mais salas de aula para atender a clientela do diurno- Construção de uma sala auditório-Ampliação do espaço de lazer- Reforma da cozinha- Aquisição de data show, fax,aparelho de DVD, aparelhagem de som e outros que se fizerem necessários- Colocação de bebedouros melhores- Refazer a rede elétrica e o telhado- Reforma e manutenção das carteiras
Qualificação dos Equipamentos e Espaços
Direção, APMF e Grêmio Estudantil
Durante os dois anos- A avaliação será feita de acordo com os progressos que a escola for conseguindo
78
- Promoção da Semana de Arte Moderna com as Terceiras séries- Projetos paralelos como : Jogos promovidos pelo Grêmio, Projeto Melhorando sua escolaSemana de oficinas trabalhando temas escolhido pelos alunos- Sessões culturaisBaile Tradicional com escolha do Garoto e da Garota Estudantil do Castelo-Projeto Profissões-Participação em eventos da comunidade local
Especificidades Locais
Direção , APMF e Grêmio Estudantil, Comunidade
Durante todo ( Não são datas fixas, pois precisam se adequar ao calendário Escolar e local )
A avaliação é feita, muitas vezes pelo próprio público, com base nos resultados obtidos e até no sucesso alcançado nos eventos
79
A GESTÃO ESCOLAR – PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO
DA COMUNIDADE ESCOLAR
É um processo que rege o funcionamento da Escola,
compreendendo tomada de decisão, planejamento, execução,
acompanhamento e avaliação das questões administrativas e
pedagógicas, buscando o envolvimento de toda a comunidade escolar.
A Gestão Escolar, como decorrência do princípio constitucional da
democracia e colegiabilidade, terá como órgão máximo de Direção o
Conselho Escolar.
Conforme o Regimento Escolar:
Compete ao Diretor:
Convocar, elaborar, submeter, analisar, propor, coordenar,
supervisionar, cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho
Escolar, APMF, as reuniões, encontros, grupos de estudos e outros
eventos.
Compete à Equipe Pedagógica:
Elaborar, assessorar, orientar, analisar, coordenar, participar
sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões, encontros,
grupos de estudos, também acompanhar o processo de ensino, plano de
recuperação e implantação de projetos de enriquecimento curricular.
Compete ao corpo docente:
Elaborar a proposta pedagógica, escolha de livros didáticos,
desenvolver atividades de sala de aula e proceder ao processo de
avaliação, participar de encontros, reuniões, grupos de estudos, cursos,
cumprir e fazer cumprir os horários e calendário escolar.
Compete à Equipe Administrativa:
80
É o suporte do funcionamento de todos os setores da Escola,
proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas reais
funções.
Compete à Equipe de Serviços Gerais:
Serviços de manutenção, preservação, segurança e merenda
escolar. Compõem os serviços gerais: merendeiras e auxiliares de
limpeza, a estes funcionários compete preparar, servir, limpar, conservar
e manter em ordem as instalações escolares além de providenciar os
materiais e produtos necessários.
PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS DA ESCOLA
Conceito
Podemos considerar que a Escola é uma Instituição na medida que
a concebemos. Como a organização das relações sociais entre os
indivíduos dos diferentes segmentos ou então, como o conjunto de
normas e orientações que regem esta organização. Nossa Escola está
estruturada pelo Conselho Escolar, Conselho de Classe, Associação de
Pais, Mestres e Funcionários e o Grêmio Estudantil.
Conselho Escolar
É um espaço de debates e decisões, é o órgão máximo de decisão no
interior da Escola. Possibilita a delegação de responsabilidades e o
envolvimento de diversos segmentos da sociedade tornando uma escola
democrática.
Conselho de Classe
81
Instância colegiada de avaliação permanente. Avaliar é efetivar
oportunidade de ação e reflexão.
Uma avaliação eficiente consiste em rever as relações pedagógicas
alternativas e contribuir para alterar a própria organização do trabalho
pedagógico. O Conselho de Classe guarda em si a possibilidade de
articular os diversos segmentos da Escola e tem por objetivo o processo
de ensino (deverá ser o momento de avaliação de todos: professores,
diretor, pedagogos, funcionários, alunos e a busca de novas
metodologias).
Associação de Pais, Mestres e Funcionários
Espaços de decisões democráticas. Tem por finalidade a
colaboração no aprimoramento da educação e na integração Família-
Escola-Comunidade. Tem a função, também, de sustentadora jurídica das
verbas públicas recebidas e aplicadas pela Escola.
A participação dos pais no cotidiano, em cumplicidade com a
administração, faz com que a Escola se torne autônoma.
Gadotti afirma que uma escola pública “deve ser controlada pela
comunidade, cujas decisões a ela caibam e não sejam entregues aos
devaneios e ao lirismo tecnológico dos planejadores”. Ex: Mesmo as
escolas que atendem as classes menos favorecidas.
Grêmio Estudantil
A organização estudantil é a instância onde se cultiva
gradativamente o interesse do aluno além da sala de aula. O Grêmio
Estudantil é escolhido pelo voto direto e secreto. O processo de eleição
deve ser precedido de discussões, debates, confronto de idéias e
explanação de programas, gerando um saudável hábito de reflexão e
participação política, visando um amadurecimento dos estudantes frente
a sua própria problemática.
82
O Grêmio Estudantil é o elo de ligação com a direção e a equipe
técnica da Escola e a Comunidade. É uma instância autônoma, mas não
independente.
RECURSOS QUE O COLÉGIO DISPÕE PARA REALIZAR SEU
PROJETO
Nossa escola dispõe de recursos financeiros advindos do Fundo
Rotativo, o qual é um instrumento, criado por Lei, para viabilizar, com
maior agilidade, repasse de recursos financeiros aos Estabelecimentos de
Ensino da Rede Estadual, destinados à manutenção e outras despesas
relacionadas com a atividade educacional.
Os Estabelecimentos de Ensino receberão recursos com base no
número de alunos matriculados, valor linear e outros indicadores
educacionais e sociais. Além dos critérios mencionados, a SEED poderá
repassar recursos utilizando-se de outras variáveis, dependendo do tipo
da oferta de ensino e das atividades desenvolvidas pelos
Estabelecimentos de Ensino.
Os recursos destinados às escolas, através da Cota Normal do
Programa, somente poderão ser aplicados em despesas de Manutenção.
As despesas em Investimentos deverão ser previamente solicitadas
pelos gestores(as) e autorizadas pela SEED, mediante a liberação de
recursos via Cota Suplementar.
Este Estabelecimento de ensino conta também, com a possibilidade
de colaboração do Grêmio Estudantil e de recursos da APMF os quais, de
acordo com o Estatuto da APMF, poderão ser provenientes de:
I- Contribuição voluntária dos integrantes;
II- Auxílios, subvenções e doações eventualmente concedidos pelos
poderes públicos e pessoas físicas ou jurídicas;
83
III- Campanhas e promoções diversas em conformidade com a
legislação vigente;
IV- Juros bancários e correções monetárias provenientes de
aplicações em Caderneta de Poupança e/ou Conta Corrente;
V- Investimentos e operações monetárias previamente autorizadas
pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e o Conselho Escolar;
VI- Recursos auferidos a partir da celebração de convênios e
contratos, administrativos e civis, com pessoas de direito público
e privado, observando-se a legislação em vigor;
VII- Exploração da Cantina Comercial, respeitando-se a legislação
específica.
Além disso, há também a contribuição social voluntária, a qual é
fixada em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal e
Conselho Escolar, com a maioria de seus membros, no final do ano
letivo. Tal contribuição não poderá ultrapassar anualmente a 10%
do salário mínimo vigente. É fixada por família, independente do
número de flhos matriculados na Unidade Escolar, por professores
e funcionários.
Essa contribuição social voluntária, poderá ser moeda
corrente ou outras formas de arrecadação, tais como: materiais de
consumo, de expediente e serviços.
É de suma importância ressaltar que os recursos que a escola
efetivamente recebe são os que provêm do fundo rotativo, os outros
citados são eventuais.
84
CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR,
HORÁRIOS LETIVOS E NÃO LETIVOS
O tempo Escolar é um dos elementos constitutivos da organização do
trabalho pedagógico.
O calendário escolar ordena o tempo: determina o início e o fim do
ano, prevendo os dias letivos, as férias, períodos escolares em que o ano
se divide, os feriados cívicos, religiosos, as datas reservadas à avaliação,
os processos para reuniões pedagógicas, Conselhos de Classe, cursos e
outras ativdades.
O horário escolar que fixa o número de horas por semana e que
varia em razão das disciplinas constante na Matriz Curricular estipula
também o número de aulas por professor.
O calendário escolar é feito a partir de um modelo apresentado pela
Secretaria de Educação do Paraná, com início e término do ano letivo
determinados. Há uma certa flexibilidade nas datas comemorativas do
município e na agenda de reuniões pedagógicas e Conselhos de Classe de
cada escola, que são decididos coletivamente com professores,
funcionários e membros da APMF sempre que possível.
Os horários das aulas, a organização das disciplinas ministradas e
da hora atividade fazem parte do organização interna de cada instituição
e fica a cargo da Direção e ou Equipe Pedagógica de cada escola
organizar. Os horários não letivos são apresentados em forma de projetos
e dependem da disponibilidade do professor, dos funcionários e do
próprio aluno.
O trabalho escolar em clima de cooperação entre todos, visa a
promoção e inclusão de condições favoráveis a doação, a execução, a
avaliação e ao aperfeiçoamento das estratégias educacionais no uso do
espaço físico do horário e do calendário escolar.
85
CALENDARIO 2007 - DIURNO
JANEIRO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31
FEVEREIRO
D S T Q Q S S
1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 13 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28
1
3 D
IAS MARÇO
D S T Q Q S S
1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 13 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28
22
DIA
S
1 Dia Mundial da Paz 20 Carnaval
ABRIL
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30
19
DIA
S MAIO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 23 25 26
27 28 29 30 31
2
2 D
IAS JUNHO
D S T Q Q S S
1 2
3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 30
1
9 D
IAS
06 Paixão 21 Tiradentes 01 Dia do Trabalho 07 Corpus Christi
JULHO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 31
07
DIA
S
0
5 D
IAS AGOSTO
D S T Q Q S S
1 2 3 4
5 6 7 8 9 10 11
12 13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23 24 25
26 27 28 29 30 31
06 Fer. Munic. – Padroeiro
22
DIA
S SETEMBRO
D S T Q Q S S
1
2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28 29
30
19
DIA
S
07 IndependênciaOUTUBRO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31
2
1 D
IAS NOVEMBRO
D S T Q Q S S
1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 13 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30
1
9 D
IAS DEZEMBRO
D S T Q Q S S
1
2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28 29
30 31
1
2 D
IAS
12 N. S.Aparecida 15 Dia do Prof.
02 Finados 15 Proc. Da República
19 Em. Pol. do PR 25 Natal
DIAS LETIVOS FÉRIAS DISCENTES FÉRIAS/RECESSO DOCENTES1º Semestre 100 dias Janeiro 31 dias Janeiro/férias 30 dias2º Semestre 100 dias Fevereiro 11 dias Julho/recesso 05 diasFeriado Municipal 01 dia Julho 17 dias Dezembro/recesso 14 dias
86
Recessos 03 dias Dezembro 12 dias Outros recessos 03 diasTotal 200 dias Total 71 dias Total 64 dias
Início e términoCapacitaçãoPlanejamento/ ReplanejamentoFériasFeriadosRecessosReuniões PedagógicasConselhos de ClasseComplementação de carga horária
CALENDARIO 2007 - NOTURNO
JANEIRO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31
FEVEREIRO
D S T Q Q S S
1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 13 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28
1
3 D
IAS MARÇO
D S T Q Q S S
1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 13 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28
22
DIA
S
1 Dia Mundial da Paz 20 Carnaval
ABRIL
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30
19
DIA
S MAIO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 23 25 26
27 28 29 30 31
2
2 D
IAS JUNHO
D S T Q Q S S
1 2
3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 30
1
9 D
IAS
06 Paixão 21 Tiradentes 01 Dia do Trabalho 07 Corpus Christi
JULHO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 31
07
DIA
S
0
5 D
IAS AGOSTO
D S T Q Q S S
1 2 3 4
5 6 7 8 9 10 11
12 13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23 24 25
26 27 28 29 30 31
06 Fer. Munic. - Padroeiro
22
DIA
S SETEMBRO
D S T Q Q S S
1
2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28 29
30
19
DIA
S
07 IndependênciaOUTUBRO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31
2
1 D
IAS NOVEMBRO
D S T Q Q S S
1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 13 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30
1
9 D
IAS DEZEMBRO
D S T Q Q S S
1
2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28 29
30 31
1
2 D
IAS
12 N. S.Aparecida 15 Dia do Prof.
02 Finados 15 Proc. Da República
19 Em. Pol. do PR 25 Natal
DIAS LETIVOS FÉRIAS DISCENTES FÉRIAS/RECESSO DOCENTES1º Semestre 100 dias Janeiro 31 dias Janeiro/férias 30 dias
87
2º Semestre 100 dias Fevereiro 11 dias Julho/recesso 05 diasFeriado Municipal 01 dia Julho 17 dias Dezembro/recesso 14 diasRecessos 03 dias Dezembro 12 dias Outros recessos 03 diasTotal 200 dias Total 71 dias Total 64 dias
Início e términoCapacitaçãoPlanejamento/ ReplanejamentoFériasFeriadosRecessosReuniões PedagógicasConselhos de ClasseComplementação de carga horária Semana Cultural de Arte Moderna ( Atividades no horário de contra turno – 25 horas/ aula )
CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS
ESPAÇOS EDUCATIVOS
Quanto à organização e à utilização dos espaços educativos a escola
parte do princípio que todos que fazem parte dela são responsáveis e
têm o direito de fazer uso das instalações escolares desde que cumpram
as regras estabelecidas pela escola, como: zelar pelo patrimônio público,
cuidar da higiene, cumprir os horários estabelecidos.
Dispomos, além das salas de aula, dos seguintes espaços
educativos: quadra de esportes coberta, biblioteca, saguão, laboratório de
informática e laboratório de Ciências. Estes espaços são utilizados para
reuniões, palestras, Conselhos de Classe, gincanas e demais atividades
pedagógicas, recreativas e culturais.
A organização e a utilização destes espaços é feita de forma
democrática, ou seja, em comum acordo entre direção, professores,
equipe pedagógica e funcionários.
CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E
DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR EM RAZÃO DE
ESPECIFICIDADES
As turmas são organizadas de acordo com as matrículas recebidas,
dentro do período matutino ou noturno conforme solicitado pelo próprio
88
aluno quando de maior ou pelos pais e responsáveis quando o aluno for
de menor. As turmas são mistas seguindo a média exigida de alunos por
sala. Não é dado aos alunos, o direito de escolher a turma por
entendermos que todos são iguais.
A distribuição de aulas é feita pelo representante do Núcleo Regional
de Ensino, o Documentador Escolar, de preferência com a presença dos
diretores das escolas e os professores de cada área. Esta distribuição
obedece a uma classificação prévia feita pela Secretaria de Educação,
que primeiro distribui as aulas aos professores classificados em cada
estabelecimento e depois no Município.
DIRETRIZES PARA A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO
PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE; DO CURRÍCULO, DAS
ATIVIDADES EXTRA-CURRICULARES E DO PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO
A avaliação do pessoal docente será realizada através de
observação diária e através do acompanhamento por fichas de
intervenções pedagógicas tanto positivas quanto negativas. Além disso,
será realizada a auto avaliação com toda a comunidade escolar.
Semestralmente haverá reunião com o Conselho Escolar para
avaliar o PPP, observando o que está e o que não está sendo cumprido e
se há necessidade de alterações.
A avaliação do P.P.P. numa visão crítica, parte da necessidade de
conhecer uma realidade escolar, busca explicar e compreender
criticamente as causas e existência de problemas, suas soluções e propõe
as alternativas. O P.P.P. não é algo estanque desvinculado dos aspectos
políticos e sociais. Avaliar o P.P.P. é avaliar os resultados da própria
89
organização de trabalho pedagógico. Avaliação é um ato dinâmico que
qualifica e oferece subsídio ao P.P.P.
INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS
Quando constatada a ausência de alunos na sala de aula e não há a
apresentação de atestado médico ou em casos que não há informações
por parte dos familiares dos mesmos à escola, como primeira providência
a ser tomada, faz-se uma sondagem com colegas, para mandar recados.
Caso a família não se faça presente na escola é feito o contato por
telefone ou por escrito, enviado através de amigos da família. Não
acontecendo a volta do menor, solicita-se a intervenção do Conselho
Escolar.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
A avaliação é amplamente discutida em todos os segmentos da escola.
Nos últimos anos, estes segmentos buscam redefinir ou readequar o seu
papel e a sua função social. Este Projeto Político Pedagógico está sendo
elaborado para nortear as práticas educativas e, conseqüentemente, a
avaliação.
A escola que desejamos, dentro da pedagogia preocupada com a
transformação social efetiva, e não mais com a conservação, repensa todo
o processo de aprendizagem em sala de aula. A razão desta última existir
é o aluno, e cabe aos educadores, refletir se o respeito aos alunos em
relação ao conhecimento leva em consideração quem são eles, de onde
vieram, em que contexto estão inseridos. Diante disso, tentaremos trazer
para a sala de aula um novo sentido.
90
A nossa prática pedagógica e a prática de avaliação devem superar o
autoritarismo, o conteudismo, a punição, estabelecendo uma nova
perspectiva para o processo de aprendizagem e de avaliação educacional,
marcado pela autonomia do educando e pela participação do mesmo na
sociedade de forma democrática.
Na perspectiva dessas novas práticas, teremos, na sala de aula, um
professor mediador entre o sujeito e o objeto do conhecimento,
trabalhando de forma que, a partir dos conteúdos, dos conhecimentos
apropriados pelos alunos, eles possam compreender a realidade, atuar na
sociedade em que vivem e transformá-la.
Nesse processo de avaliação, o professor deve conhecer muito bem
os seus alunos, seus avanços e dificuldades, o próprio aluno também deve
aprender a se avaliar e descobrir o que é preciso mudar para garantir
melhor desempenho.
É importante que os educandos façam a reflexão sobre seus
relacionamentos e comportamentos, de forma a alterar as regras quando
necessário, para que todos alcancem os objetivos estabelecidos de forma
coletiva.
O professor, para acompanhar o desenvolvimento de cada um,
deverá registrar continuamente as considerações sobre a turma toda e
sobre cada um dos alunos, a partir das atividades desenvolvidas durante
todo o trabalho pedagógico. Tomando como parâmetros os critérios
formais da aprendizagem, deve observar: o nível de aprendizagem
relacionado ao conhecimento; o interesse e a iniciativa dos mesmos para
a leitura, o estudo, a pesquisa; a qualidade do conteúdo produzido e da
linguagem utilizada; a sistematização e ordenação das partes,
relacionadas à produção individual; a qualidade da elaboração em
conjunto com outros colegas, a capacidade crítica, a criatividade, a
capacidade de reconstrução própria e de relacionar os conteúdos das
diversas áreas do conhecimento. As considerações e opiniões dos
próprios educandos deverão também ser analisadas pelo professor.
91
Não se pode esquecer que nesse processo de avaliação, o professor
também deve se avaliar, refletindo sobre o seu próprio trabalho,
verificando seus procedimentos e, quando necessário, reestruturando sua
prática pedagógica.
Depois de todas estas reflexões a Comunidade Escolar chegou a
um consenso de que a avaliação em nossa escola deve ser: Diagnóstica,
formativa, qualitativa, cumulativa e contínua, com prevalência na
qualitativa. A nota do bimestre pode ser resultante de somatória ou
média aritmética dependendo do professor e do prévio acordo com a
turma. Cada disciplina deve ter registrada pelo menos três notas, sendo
que uma pode ser de “atitudes” (disciplina, assiduidade, participação,
uso do uniforme e outras).
RECUPERAÇÃO PARALELA
Entende-se por recuperação paralela o processo de ensino e
aprendizagem que viabiliza novas oportunidades ao educando e ao
educador que não alcançarem seus objetivos poderem rever sua
caminhada na produção/apropriação dos conceitos.
A recuperação paralela realizar-se-á, após cada instrumento
avaliativo, durante o bimestre letivo para todos os educandos ou para os
alunos que não atingiram os objetivos propostos.
O educando terá direito somente a 01 (uma) avaliação de
recuperação paralela após cada instrumento avaliativo, onde deverá
prevalecer o resultado da avaliação em que o educando obtiver melhor
apropriação/produção dos conceitos.
A escola adotará como instrumentos avaliativos para recuperação
paralela: seminários, provas, pesquisas, módulos de exercícios e
trabalhos, recortes de revistas e jornais, sendo aconselhável a revisão de
92
conteúdos antes de aplicar qualquer tipo de instrumento, tornando lúdico
os conteúdos, chamando a atenção e inovando.
Conforme prevê a LDB – Del. 007/99, estudos paralelos de
recuperação, consistem em momentos planejados e articulados ao
andamento dos estudos no cotidiano da sala de aula.
PROGRESSÃO PARCIAL
Atendendo ao disposto na Deliberação nº 05/98 e 006/96 do CEE e
na Instrução Normativa nº 008/97 da Superintendência de Educação da
SEED, este Estabelecimento aderiu à oferta da Progressão Parcial ou
Matrícula com Dependência desde o ano letivo de 2001.
A Progressão Parcial ou Matrícula com Dependência é aquela por
meio da qual ao aluno, reprovado em até três disciplinas da série ou
período, é permitido cursar a série ou período subseqüente
concomitantemente às disciplinas nas quais reprovou, desde que
preservada a seqüência curricular.
No regime por Dependência, o aluno maior de idade ou o pai
responsável pelo aluno menor de idade poderá optar por cursar apenas as
disciplinas nas quais estiver em dependência.
O regime por Dependência exige, para aprovação, a freqüência
prevista em lei e o aproveitamento determinado pelo Regimento Escolar.
No regime com dependência deverá ser considerada para
aprovação a freqüência equivalente a 75% e o aproveitamento previsto no
Regimento, ou seja, nunca inferior a média de 6,0 (anual) de acordo com
o Estabelecimento de Ensino em consonância com a Lei de Diretrizes e
Bases, em vigor.
A critério do Estabelecimento de Ensino a disciplina em
dependência poderá ser cumprida através do Plano Especial de Estudos,
desde que:
93
a) A oferta do Plano Especial de Estudo tenha seu projeto analisado
pela Equipe Pedagógica e aprovado pela Direçaõ da Escola.
b) As atividades poderão envolver: módulos, pesquisas, aulas
regulares, atividades extraclasse nunca excluindo as provas bimestrais e
exames finais, caso for necessário.
c) Os critérios de aprovação, aqui regulamentados deverão obter a
opção de:
- compromisso do aluno
- compromisso do professor
- compromisso da escola
- compromisso escola/professor/aluno
d) As verificações do rendimento escolar obedecerão aos critérios
legais de acordo com a Lei nº 9394/96, Art. 24, V, a, b, c, e, dando
ênfase a:
- Avaliação contínua e cumulativa;
- Possibilidades de aceleração de estudos;
- Obrigatoriedade de estudos de recuperação para o caso de baixo
rendimento escolar;
e) Sua execução, observada as necessidades de horário compatível,
carga horária, docente disponíveis, avaliação articulada aos
parâmetros legais e acompanhada pelo Núcleo Regional de
Educação.
O certificado de conclusão do curso somente poderá ser expedido
após a aprovação pelo aluno, na(s) disciplina(s) sob regime de
Dependência.
CONSELHO DE CLASSE
94
Antes da realização do Conselho de Classe, a equipe pedagógica
realizará com os alunos de cada turma um pré-conselho com o intuito de
constatar os avanços, a participação, o interesse, o comprometimento e
as dificuldades dos mesmos em relação às disciplinas e às metodologias.
Assim, durante o Conselho de Classe com os professores, o
pedagogo estará embasado para as intervenções pedagógicas que se
fizerem necessárias. Além disso, será enfatizada a formação continuada
de professores através da disponibilidade de textos ou vídeos para
informação ou discussão.
Com isso, pretende-se que o foco do Conselho de Classe deixe de
ser voltado apenas para o aluno/nota para direcionar-se à avaliação de
todo o processo educativo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os fundamentos estabelecidos neste documento serão os
indicadores do rumo para a intervenção pedagógica praticada nesta
Escola.
Com ele busca-se responder às exigências da sociedade que se
caracterizam pelo dinamismo de suas transformações em todos os níveis:
social, político, tecnológico e ético.
95
A partir das Diretrizes Curriculares, constatamos que o
planejamento deve adaptar-se aos alunos e não os alunos adaptarem-se
ao planejamento.
A estética de sensibilidade, a política de igualdade e a ética da
identidade vão ser trabalhados juntamente com os valores escolhidos.
A avaliação vai ser contínua e de qualidade com recuperação
paralela durante o ano letivo.
REFERÊNCIAS
96
SCHEIBE, Leda. Formação e Identidade do Pedagogo no Brasil. In:
Ensinar e Aprender: sujeitos, saberes e pesquisa. Rio de Janeiro, DP&A,
1999, pg. 9-22.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho
pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula.
6ª ed. São Paulo: Libertad Editora, 2006.
CARRARA, João Alfredo. O novo professor: função social e humanizadora
do educador. In: http: // www.profissaomestre.com.br/smu_vmat.php?
vm_idmat=665&s=501. Acessado em 15/03/07.
97
ANEXOS
98
COLÉGIO ESTADUAL CASTELO
BRANCO ENSINO MÉDIO
ITAPEJARA D´OESTE – PR
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ANEXO II
PROPOSTA CURRICULAR
99
2008
DISCIPLINA DE ARTE
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Através das diferentes formas de pensar, agir e definir conceitos, a arte é
influenciada pelo momento histórico na qual se desenvolveu e passa a ocupar
lugar de destaque no currículo escolar pôr exigir reflexões, definir conceitos,
saindo do senso-comum (reproduzir, limitar o educando).
Nessa nova concepção do processo pedagógico em Artes, pretende-se
desenvolver alunos que possam criar formas singulares de pensamento,
aprender e expandir suas potencialidades criativas.
As aulas examinarão a reflexão estética sobre a modernidade artística
privilegiando o contato com os diferentes tipos de discursos, e com as diferentes
modalidades assumidas pela linguagem artística no período. Destacará as
seguintes questões:
- Dissolução de fronteiras: relação entre as artes. Filosofia, Literatura e Artes
Plásticas. Arte e vida: a desmaterialização da obra e a estetização do real. A
dialética da modernidade;
- História, Teoria e Expressão. Teoria crítica da sociedade (o pensamento
frankfurtiano): a) arte e utopia: as utopias negativas: “A arte é uma promessa
de felicidade que se esfacela” (Theodor W. Adorno);
- Arte e indústria cultural. A relação entre produção e consumo: a conversão da
obra de arte em mercadoria; a reprodução mecânica do belo; a criação de
falsas necessidades; o falseamento do trágico, etc;
- A relação entre arte e sociedade: a questão da autonomia da obra de arte; a
noção de tempo histórico descontínuo e a perspectiva do presente como
ponto de vista inevitável: "Il faut être absolutment moderne" (Charles
100
Baudelaire); a questão da emancipação: arte e negatividade (a dialética como
sinônimo de revolta cultural); a experiência estética como forma de
conhecimento: a inter-relação do sujeito e objeto; idéia e natureza; razão e
experiência sensorial; o conteúdo de verdade das obras de arte: a crítica ao
empirismo e à estética contemplativa.
Estrutura do trabalho científico. Conceituação e tipos de conhecimento. Ciência e
sociedade. Conceituação de pesquisa. Tipos de pesquisa. Estudo das questões
reflexivas e metodológicas referentes à pesquisa em arte. Projeto de pesquisa.
OBJETIVOS GERAIS
A disciplina de um modo geral, visa fornecer aos alunos uma introdução à
História da Arte e á Estética e através de uma visão comparada da produção
artística e pensamento estético, ocorridos no Ocidente, informando sobre como a
arte tem sido usada como espaço. Além disso, visa:
- Conhecer o contexto histórico que envolve obras de arte, estilos e
artistas pois não é fragmentada.
- Compreender es seus conteúdos explícitos e implícitos para aprofundar
a sua investigação
- Articular os conhecimentos estéticos, artísticos e fazer possíveis
relações ente seus elementos constitutivos.
Descrição do programa: 1. A natureza da Estética e a natureza da
História da Arte 2. Relações entre a arte e a história 3. Origens da Arte 4. A
consciência artística e suas distintas formulações 5. História da Arte e
pensamento estético no Ocidente 6. Fatores desencadeadores de mudanças
estéticas e artísticas 7. Arte e Ciência 8. Arte e Educação 9. Arte e
Educomunicação: a arte como expressão comunicativa das comunidades
educativas 10. Projetos voltados para a comunicação expressiva de alunos e
professores.
CONTEÚDOS 1ª E 2ª SÉRIES
- Artes Visuais
6) Ponto
101
7) Linha
8) Superfície
9) Textura
10) Volume
11) Luz
12) Cor
13) Figurativa
14) Abstrata
15) Figura-fundo
16) Bidimensional/tridimensional
17) Semelhanças
18) Contrastes
19) Ritmo visual
20) Gêneros
21) Técnicas
Música
22) Altura
23) Duração
24) Timbre
25) Intensidade
26) Densidade
27) Ritmo
28) Melodia
29) Harmonia
30) Intervalo Melódico
31) Intervalo Harmônico
32) Tonal
33) Modal
34) Improvisação
35) Gêneros
36) Técnicas
Teatro
102
37) Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e
faciais
38) Acão Espaço Cênico
39) Representação
40) Sonoplastia/iluminação/cenografia/figurino/caracterizaç
ão/maquia gem/adereço
41) Jogos teatrais
42) Roteiro
43) Enredo
44) Gêneros
45) Técnicas
Dança
46) Movimento Corporal
47) Tempo
48) Espaço
49) Ponto de apoio
50) Salto e queda
51) Rotação
52) Formação
53) Deslocamento
54) Sonoplastia
55) Coreografia
56) Gêneros
57) Técnicas
Movimentos e Períodos
58) Arte Pré-histórica
59) Arte no Egito Antigo
60) Arte Grego-Romana
61) Arte Pré-Colombiana
62) Arte Oriental
63) Arte Africana
64) Arte Medieval
65) Renascimento
66) Barroco
103
67) Neoclassicismo
68) Romantismo
69) Realismo
70) Impressionismo
71) Expressionismo
72) Fauvismo
73) Cubismo
74) Abstracionismo
75) Dadaísmo
76) Surrealismo
77) Op-art
78) Pop-art
79) Teatro Pobre
80) Tatro de Oprimido
81) Música serial
82) Música eletrônica
83) Rap, funk, Techo
84) Música minimalista
85) Arte engajada
86) Hip Hop
87) Dança Moderna
88) Vanguardas artísticas
89) Arte brasileira
90) Arte paranaense
91) Indústria cultural
METODOLOGIA
O trabalho em sala de aula deve se pautar pela relação que o ser humano
tem como a arte: produzir arte desenvolver um trabalho artístico e sentir e
perceber as obras artísticas . Na escolar precisamos melhorar o conhecimento
que o aluno já possui.
A organização pedagógica deve ser pautada em:
104
- O sentir e perceber: apropriação e apreciação da obra de
arte.
- O trabalho artístico: a prática criativa de uma obra.
O conhecimento em arte: o aluno vai sentir e perceber a obra artística e
desenvolver trabalhos artísticos para formar conceitos.
O aluno deverá Ter acesso as obras de música, teatro, dança e artes
visuais para se familiarizar com diversas formas de produção artística. O
professor vai mediar este acesso.
Quando o aluno vai analisar uma obra espera-se que ele perceba que no
processo de composição e o artista imprime sua visão de mundo, ideologia com a
qual se identifica, o seu momento histórico e determinações sociais, onde o
artista apresenta uma nova realidade social.
É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo
social dos alunos, e trabalhe nas aulas os conhecimentos originados pela
comunidade. É interessante discutir como as manifestações artísticas podem
produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma
obra.
A prática artística é expressão privilegiada é o exercício da imaginação
criativa. O processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se
familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos.
O aluno deverá realizar trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao
conhecimento em arte e ao trabalho artístico.
Teatro - exercícios de relaxamento, aquecimento, personagem –
expressão, vocal, gestual, corporal e facial – jogos teatrais e transposição de
texto literário para dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos.
Deve-se também discutir os conteúdos e movimentos artísticos importantes para
a história do teatro. Descrever contextos, analisar estrutura e organização da
peça e análise sob o ponto de vista do aluno.
Artes Visuais – desenvolver composições e criar efeitos de movimento e
de organização do espaço com linhas, com exemplos de obras de artistas;
- Produzir e expor trabalhos artísticos, a considerar a
formação do professor e recursos existentes na escola.
105
Avaliação
Nas aulas de arte a avaliação será diagnóstica e processual. É diagnóstica
por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos, é
processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.
Inclui a avaliação do professor, da classe, sobre o desenvolvimento das
aulas e a auto-avaliação do aluno.
Busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno,
inclui a observação e registro do processo de aprendizagem, com os avanços e
dificuldades percebidos em suas criações. Avaliar como o aluno soluciona
problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões
em grupo.
O aluno, como sujeito desse processo deve elaborar registros de forma
sistematizada. Socializar em sala de aula, com oportunidades para o aluno
apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas, sem perder de vista a
dimensão sensível contida na aprendizagem dos conteúdos de arte.
O professor precisa investigar e diagnosticar em seus alunos qual capital
cultural eles trazem, pois forma constituídos em outros espaços sociais como:
música, artes visuais, teatro, dança, habilidades e socializar entre seus colegas.
- Trabalhos artísticos , pesquisas e provas teóricas e práticas.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
As aulas serão ministradas de diversas formas: aulas expositivas,
ilustrações com material audiovisual, seminários e leitura de textos.
A avaliação será feita através de seminários, trabalho escrito,
apresentações, sensibilidade e expressão.
106
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOSI, A. Reflexões sobre a Arte. São Paulo, Ática. 1985.
CALABRESE, Omar. El Linguage del Arte. Buenos Aires. Siglo XXI, 1987. FISCHER,
Ernest. A necessidade da Arte. R. de Janeiro, Zahar, 1971. GOMBRICH,E.M.
História da Arte. São Paulo, Azhar, 1979 GOMBRICH,E.M. Arte e ilusão. Martins
Fontes, 1987.
CANCLINI,N.G. A Socialização da Arte. São Paulo, Cultrix, 1980.
DCE, Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do
Paraná, Curitiba – PR, 2006.
HAUSER, Arnold. História Social de la Literatura y el Arte HUYGHE, René. L'Art
et L'Homme. Paris Larousse, 1957.
OSBORNE, Harols. Estética e Teoria da Arte. São Paulo, Cultrix, 1970.
PAREYSON,L. Os Problemas da Estética. São Paulo, Martins Fontes, 1984.
DISCIPLINA DE BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
As aulas de biologia tem como objetivo fornecer os conhecimentos básicos
da biologia geral e correlacionar com as aplicações sobre a especificidade,
107
funcionamento e organização dos diferentes organismos no ambiente, bem como
o conhecimento, reflexão e a prática sobre diversidade dos seres vivos, desde o
surgimento e desenvolvimento dos mesmos, destacando os aspectos essenciais
sobre a vida e os conhecimentos científicos.
Compreender os conceitos fundamentais de Biologia e sua ligação aos
fatos cotidianos, bem como a percepção de quanto as ciências biológicas tem
sido importantes para a humanidade e novas descobertas que se delineia neste
século.
OBJETIVOS GERAIS
Levar o aluno conhecer a organização dos seres vivos relacionando-os à
existência de características comuns entre estes e seus ancestrais, bem como
compreender toda uma diversidade biológica extintas e existentes.
Levar ao estudo de mecanismos que explicam como os sistemas
orgânicos dos seres funcionam.
Desenvolver habilidades relacionadas à elaboração de atividades práticas
envolvendo o estudo da célula.
Compreender a construção de conceitos científicos na biologia.
Tornar possível a reflexão e indução à busca de novos conhecimentos na
tentativa de compreender o conceito biodiversidade e os processos pelos quais
os seres vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética e
estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade de seres vivos.
Propõe o estudo da engenharia genética sobre vida. E com os avanços da
Biologia molecular há a possibilidade de manipular o material genético dos seres
vivos.
CONTEÚDOS
1ª série :
2 origem da vida: histórico, evolução e desenvolvimento;
3 características dos seres vivos: organização celular,
conceitos, metabolismo,adaptação, mutação, etc.....
108
4 citologia: estudo das células, características, histórico,
funções, divisões, câncer, radicais livres, , células tronco,
clonagem...
5 histologia animal: tipos de tecidos, glândulas,
características e funções.
6 Reprodução: Tipos de reprodução, aparelho reprodutor,
hormônios, anabolizantes, prevenção de doenças, controle
da natalidade, etc..
7 Embriologia: Fecundação, fertilização, amamentação e
desenvolvimento embrionário.
2ª série:
8 Taxionomia: classificação dos seres vivos, sistemática e
biodiversidade, critérios para classificação dos seres vivos.
9 Reinos: características gerais de todos os reinos, divisões.
Propriedades terapêuticas das plantas, preservação da
fauna e da flora;
10 histologia vegetal: movimentos vegetais, tipos de tecidos,
características e funções.
11 morfofisiologia animal;
12 morfofisiologia vegetal;
13 Estudo do vírus: doenças.
3ª série:
14 Genética:Histórico; genes, cromossomos, DNA,
transgênicos, doenças hereditárias, radioatividade,
bioética;
15 Evolução: adaptação, mutação;
16 Ecologia: relações ecológicas: homem/ambiente, meio
ambiente, desequilíbrio ambiental, urbano e rural,
ecossistemas, ciclos biogeoquímicos, biomas.
METODOLOGIA
Observação e descrição dos seres vivos através da macroscopia e microscopia.
109
Análise de como os sistemas funcionam.
Desenvolvimento e compreensão dos conceitos de genética.
Reflexão sobre as implicações dos avanços biológicos para o desenvolvimento da
sociedade. O desenvolvimento dos conteúdos será feito através de:
- Conhecer fatos importantes da história da biologia;
- Formulação de hipóteses e da experimentação.
Aula dialogada, leitura de textos complementares, recortes, debates, vídeos,
slides, transparências, pesquisas sobre o conteúdo apresentado, passeios,
experimentos em laboratório, trabalhos individual e em grupo, exposição de
cartazes, exercícios práticos, exposição de conteúdos e avaliação individual.
CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica e contínua, objetivando a construção do
conhecimento autônomo, e será realizada através de: pesquisas, debates,
seminários, relatórios, textos, provas objetivas e descritivas, participação
individual e em grupo, trabalho em grupo e individual, observação e relatórios e
atitudes.
BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, WANDERLEY. Biologia em foco, volume único São Paulo:
FTD, 2002.
CÉSAR e SEZAR. Biologia 1ª série. Ed Saraiva, 2005.
DCE, Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica
do Paraná, Curitiba – PR, 2006.
FONSECA, ALBINO. Coleção horizontes.
LOPES, SÔNIA. Biologia, volume único / Sônia Lopes, Sérgio Rosso.1ª
edição, São Paulo: Saraiva, 2005.
SOARES, JOSÉ LUÍS. Biologia, volume único. Ed Scipione 2ª edição.
110
DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino
Fundamental, enfatizando as determinações histórico-sociais nas relações do
aluno com a Cultura Corporal de Movimento, que lhe permita a prática de
atividades físicas regular, visando a construção da saúde e melhoria da qualidade
de vida, objetivando um cidadão ativo, co-responsável no processo de estudo e
ampliação das diversas práticas corporais.
OBJETIVOS
Geral:
Possibilitar aos alunos conhecimentos para o autogerenciamento das
atividades corporais, utilizando como meio as diversas manifestações da Cultura
Corporal de Movimento, através da análise crítica das mesmas para servirem
como critérios para julgamento, escolha e realização de atividades corporais
saudáveis.
Específicos:
Ao final do ano letivo o aluno deverá ser capaz de:
• Aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo humano de
forma a reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como
recurso para melhoria de suas aptidões físicas.
• Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e freqüência,
elevando-se à condição de planejador de suas práticas corporais.
• Buscar informações para o seu aprofundamento teórico de forma a construir e
adaptar alguns sistemas de melhoria de suas aptidões físicas.
• Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de
discernir e reinterpretá-los em bases científicas, adotando uma postura
111
autônoma na seleção de atividades e procedimentos para a manutenção ou
aquisição da saúde.
• Adotar uma postura ativa de praticante de atividades físicas e consciente da
importância das mesmas na vida do cidadão.
CONTEÚDOS
- Manifestações de cultura corporal de movimento, realizando aprofundamentos
nos seguintes tópicos:
• Desenvolvimentos dos elementos técnicos e meios táticos dos esportes
coletivos em situações ativas de jogo dando sentido e significado aos
mesmos.
• Promover as diversas manifestações expressivas e recreativas.
• Promover pesquisas e trabalhos em busca do sentido e significado da
origem e evolução dos elementos da cultura corporal de movimento.
• A utilização da Cultura Corporal de Movimento como meio e como fim.
Promoção de debate e problematização para os alunos.
• As diferenças nas aulas de educação física: gênero, étnica, sopcial e cultural.
• A organização e promoção de eventos e atividades esportivas e recreativas.
- Os elementos da cultura corporal de movimento, fazendo ligações e relações
com:
• Princípios da atividade física (Individualidade, sobrecarga, especifidade,
continuidade e reversibilidade).
• Informações complementares sobre aquecimento e resfriamento
• Compreender os principais fundamentos da fisiologia do exercício
(sistemas respiratório e circulatório e coração)
• As qualidades físicas e sua utilidade.
• Nutrição e controle de peso.
METODOLOGIA
Os métodos de ensino estarão centrados na solução de problemas, visando
um aluno autônomo na busca de soluções que podem ser individuais ou em
grupo. Serão usados diversos recursos metodológicos como seminários,
112
pesquisas bibliográficas e na internet. A construção do conhecimento pelo aluno
será feita sempre pela metodologia ativa em concepções abertas de ensino.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Será diagnóstica e contínua, objetivando a construção autônoma do
conhecimento, abrangendo: 1) a participação nas atividades propostas; 2)
conteúdo e forma dos trabalhos produzidos individualmente e/ou em grupos e
3) avaliações parciais das unidades a partir de saberes mínimos a serem
dominados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre:
Magister, 1992.
CAPARROZ, F.E. Entre a educação física na escola e da escola. 2ªed.
Campinas: Autores Associados, 2005.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São
Paulo: Cortez, 1992.
DCE – Educação Física – Curitiba – SEED – PR, 2006.
GARCIA, R. L.(org). O corpo que fala dentro e fora da escola. Rio de Janeiro:
DP&A, 2002.
KISHMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 8ªED. São
Paulo: Cortez, 2005.
MATTO M.G. e NEIRA, M. G. Educação física na adolescência: construindo o
conhecimento da escola. São Paulo: Phorte, 2000.
113
FILOSOFIA
• Apresentação da disciplina
A Filosofia deixou de ser obrigatória enquanto disciplina com a Lei nº
4.024/61, sendo excluída posteriormente do currículo escolar em 1971, com a Lei
5692/71, durante a ditadura militar, pois não servia aos interesses da época, que
reprimiu toda manifestação de pensamento, sobretudo o pensamento crítico, a
prática questionadora e principalmente as ações daí decorrentes.
Em 1994 o Departamento de Ensino de Segundo Grau (Departamento de
Ensino Médio) iniciou discussões e estudos a fim de elaborar uma proposta
curricular para o Ensino de Filosofia, resultando na Proposta Curricular de
Filosofia para o Ensino de Segundo Grau.
Em 1995 este estabelecimento de ensino incluiu na Parte Diversificada da
Matriz Curricular a disciplina de Filosofia, seguindo a Proposta Curricular de
Filosofia para o Ensino de Segundo Grau.
Em 1996, a LDB 9394/96, no art. 36, determina que, ao final do Ensino Médio,
o estudante deverá “dominar os conhecimentos de Filosofia e Sociologia
necessários ao exercício da cidadania”.
Em 2006, o Parecer CNE/CEB nº 38/2006, foi homologado pelo Ministério da
Educação pela Resolução nº 04 de 16 de agosto de 2006, e torna as disciplinas
de Filosofia e Sociologia obrigatórias no Ensino Médio.
No Estado do Paraná a Lei nº 15.228, de julho de 2006 contempla a
obrigatoriedade do ensino de Filosofia, que conquista seu espaço na matriz
curricular do Ensino Médio como disciplina obrigatória.
114
Enfim a Filosofia retoma seu lugar na formação dos estudantes, pois tem
uma contribuição crucial no Ensino Médio, a de recuperar as práticas reflexivas,
questionadoras, que contribuam para a compreensão de quem somos, em que
mundo vivemos.
Na elaboração desta proposta curricular para o ensino de Filosofia no Colégio
Estadual Castelo Branco – Ensino Médio, seguimos a indicação das Diretrizes
Curriculares de Filosofia no Estado do Paraná – DCE.
A disciplina de Filosofia pode possibilitar uma articulação curricular,
viabilizando condições para o trabalho coletivo escolar, na perspectiva
interdisciplinar, promovendo a compreensão do mundo da linguagem, da
literatura, da história, das ciências e da arte.
De acordo com a Proposta Curricular de Filosofia para o Ensino de Segundo
Grau, de 1994 “ao possibilitar ao educando a experiência de reflexão filosófica, o
ensino de Filosofia tem por objetivo a educação para a inteligibilidade”, o que
implica no desenvolvimento do pensamento crítico através da vinculação entre
os problemas vivenciados pelo aluno e os problemas filosóficos, permitindo-lhe
descobrir os encadeamentos, a significação, a estrutura presente nos discursos
elaborados por ele e pelos outros.
“Nesse mundo, que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, o
estudante não pode prescindir de um saber que opere por questionamentos,
conceitos e categorias de pensamento, que busque articular o espaço-temporal e
sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana”. (DCE, p.
23).
Ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares para o Ensino da Filosofia, a
Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica, de
provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação,
da investigação, da análise e criação de conceitos.
Em contato com os problemas e textos filosóficos, o estudante poderá pensar
e argumentar criticamente e nesse processo criar, recriar para si os conceitos
filosóficos.
Os conteúdos estruturantes serão trabalhados na perspectiva dos alunos, de
fazê-los pensar problemas com significado histórico e social, estudados e
analisados com textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que pensem o
problema, pesquisem, estabeleçam relações e criem conceitos.
115
b) Objetivos
- Dominar os conhecimentos de Filosofia necessários ao exercício da cidadania;
- Estabelecer relações entre o seu cotidiano e o conteúdo filosófico,
desenvolvendo a reflexão filosófica;
- Identificar os principais temas, problemas e sistemas filosóficos, investigando
seu conteúdo;
- Analisar o problema;
- Ler textos filosóficos de modo significativo;
- Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros;
- Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo;
- Debater, tomando uma posição, defendendo argumentativamente e mudando
de posição em face de argumentos mais consistentes;
- Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos
com outras áreas de conhecimento e produções culturais;
- Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem
específica, quanto em outros planos, bibliográfico, entorno sócio-político,
histórico e cultural.
10 Conteúdos Estruturantes
De acordo com o que propõem as Diretrizes Curriculares de Filosofia, os
conteúdos estruturantes a serem estudados são:
2 Mito e Filosofia;
3 Teoria do conhecimento;
4 Ética;
5 Filosofia Política;
6 Estética;
7 Filosofia da Ciência.
Conteúdos específicos
A Filosofia no Currículo do Ensino Médio
- Significado da Filosofia
116
- O ser humano
- Natureza e Cultura
- O pensamento Filosófico
Mito e Filosofia
- Os mitos
- Nascimento da Filosofia
- Mito e razão filosófica
- Do senso comum ao senso crítico ou filosófico
- Conhecimento espontâneo e conhecimento científico
- Conhecimento Filosófico
Teoria do Conhecimento
- O problema do conhecimento
- Origem do conhecimento
- Critérios de verdade
- Possibilidades do Conhecimento
- Âmbito do conhecimento
- Filosofia e Método
Ética
- Ética e Moral
- Os valores e as virtudes
- Ética e felicidade
- Amizade
- Liberdade
- Ética e política
- Ética Profissional
Filosofia Política
- A Política
- Política e Poder
- O Estado
- A democracia
117
- Cidadania
- Soberania
- Justiça
- Política e violência
- Política e Ética
Filosofia da Ciência
- Filosofia e Ciência
- O progresso da ciência
- Revoluções científicas
- Ciência e Tecnologia
- Bioética
Estética
- Estética e sensibilidade
- A beleza
- A universalidade do gosto
- Arte e Sociedade
- Necessidade da Arte
11 Metodologia da disciplina
O trabalho será desenvolvido a partir dos conteúdos estruturantes e seus
conteúdos específicos conforme o que foi estabelecido nas Diretrizes
Curriculares de Filosofia:
- A sensibilização;
- A problematização;
- A investigação;
- A criação de conceitos.
Seguiremos a metodologia do Folhas, desenvolvendo o conteúdo
específico a partir do levantamento de questões, identificando problemas e
problematizando o conteúdo com auxílio dos textos filosóficos. O
desenvolvimento de relações interdisciplinares com a ciência, a arte, a
literatura, a linguagem, possibilitarão a análise do problema estudado. A
118
leitura de textos, atividades investigativas tanto individuais como coletivas,
pesquisas, debates e o registro escrito serão necessários para que o aluno
aprofunde seus conhecimentos, defronte-se com diferentes formas de
enfrentar o problema e com as possíveis soluções elaboradas, disponha de
orientação para discussão e resolução do problema. Na busca de resolução do
problema, deve-se propiciar a análise da atualidade, através de uma
abordagem que remeta o aluno à sua própria realidade. Os problemas atuais
estudados a partir da história da Filosofia, do estudo de textos clássicos, da
interpretação científica e de sua abordagem contemporânea, permitem ao
estudante de Filosofia a elaboração de conceitos, a construção do seu
discurso filosófico. A partir do texto filosófico poderá entender e analisar
filosoficamente o problema em questão, trazendo-o para o presente com o
objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia,
atuar sobre os problemas de nossa sociedade.
Assim o estudante estará apto a elaborar um texto, terá condições de ser
construtor de idéias criativas e inovadoras, participando das discussões com
possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios lógicos,
com pensamento coerente e crítico.
12 Avaliação
A avaliação é aqui concebida em sua função diagnóstica, formativa e
somativa, tem a função de subsidiar e redirecionar as ações no processo
ensino-aprendizagem. Respeitar as posições do estudante, considerando a
capacidade de argumentar e de identificar os limites de suas posições. Levar
em conta a atividade com conceitos, sua capacidade de construir e tomar
posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e
discursos.
De acordo com a DCE de Filosofia, é relevante avaliar a capacidade do
aluno de trabalhar e criar conceitos, conforme os pressupostos abaixo
relacionados:
- qual conceito trabalhou e criou/recriou;
- qual discurso tinha antes;
- qual discurso tem após o estudo da Filosofia.
119
A avaliação de Filosofia iniciará com a sensibilização, com a coleta do que
o estudante pensava antes e depois do estudo proposto. Entende-se a
avaliação, portanto, como um processo contínuo, integrado ao
desenvolvimento dos conteúdos presentes nesta proposta.
f) Referências Bibliográficas
BRASIL. Orientações curriculares para o Ensino Médio. Ciências Humanas e
suas Tecnologias. MEC/SEB, Brasília, 2006.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 6ª ed., São Paulo. Ática, 1995.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. 15a ed., São Paulo, Saraiva,
2002.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a Filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.
288 p. (Coleção Trans).
FILOSOFIA/ vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. 336 p.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular para o
ensino de filosofia no 2º grau. Curitiba, 1994.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes Curriculares de
Filosofia para a Educação Básica. Curitiba: SEED-PR, 2006.
DISCIPLINA DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Física tem como objeto de estudo o Universo, em toda sua
complexidade. Por isso a disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da
natureza.
Tentando resolver problemas de ordem prática e garantir sua subsistência,
o olhar sobre a natureza tem origem em tempos remotos, provavelmente no
período paleolítico, o estudo da Astronomia, dando início ao estudo dos
movimentos.
A Física como conhecemos hoje começou com Galileu Galilei (1562-1643),
mostrando outra maneira de conceber o universo, pela descrição matemática dos
fenômenos físicos. Após ele tivemos muitos físicos que se destacaram, uns por
conta própria, outros com grandes ombros de apoio, influenciados cada um em
sua época por fatores políticos, econômicos,culturais e sociais, até Einsten.
120
Portanto o ensino de Física deve ser centrado em conteúdos e
metodologias capazes de levar aos estudantes uma reflexão sobre o mundo das
ciências. Sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da racionalidade
científica.
OBJETIVOS GERAIS
A Física tem como objetivo, educar para a cidadania e contribuir para o
desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção
científica ao longo da história. Considerando a dimensão do conhecimento sobre
o universo de fenômenos e fazer perceber a não-neutralidade de sua produção,
mas aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais, seu comprometimento e
envolvimento com as estruturas que representam tais aspectos. Portanto o
ensino de Física deve formar sujeitos que, em sua formação e cultura, agreguem
a visão da natureza, das produções e das relações humanas.
CONTEÚDOS
* Movimento:
- Trajetórias;
- Descrição Clássica dos Conteúdos;
- Gravitação Universal.
* Termodinâmica:
- Lei Zero da Termodinâmica;
- Modelos de Calor;
- Vapor e Movimento;
1- Verso e Reverso;
- Pressão e Volume.
* Eletromagnetismo:
2- Dualidade Onda Partícula da luz;
- A Natureza da Luz e suas Propriedades;
- Carga Elétrica;
- Geração mais Transformação igual a Conservação de Energia;
121
- Campos Eletromagnéticos.
METODOLOGIA
O processo de ensino-aprendizagem deve partir do conhecimento trazido
pelos estudantes, fruto de experiências sociais. A experimentação contribua para
a relação teoria e prática; a linguagem matemática não deve se sobrepor aos
conceitos quanto a forma de apropriação do conhecimento; seus conteúdos
devem estar relacionado com as outras disciplinas, e localizado num contexto
social, econômico, cultural e histórico, situados no tempo e no espaço. Portanto
devemos apresentar o conteúdo, localizando no contexto histórico, o que
acontecia na época, mostrar os físicos envolvidas do início até a fase final.
Comentar a relação desse conteúdo com outras disciplinas. Fazer a
experimentação sempre que possível, e após mostrar a linguagem matemática
para a comprovação.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação se verifica pelo progresso do estudante, considerando a apropriação
dos objetos da Física. A avaliação será:
- diagnóstica: analisara o conhecimento existente e o conhecimento adquirido, (a
compreensão dos conceitos físicos).
- formativa: a capacidade de análise de um texto, para uma opinião que leve em
conta o conteúdo físico.
- somatória: a capacidade de elaborar um relatório sobre uma experiência que
envolva Física.
A recuperação dos conteúdos será paralela e concomitante a cada
bimestre.
BIBLIOGRAFIA
122
DCE. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná. Física. Curitiba-SEED- PR 2006.
FÌSICA/ Vários autores.Curitiba- SEED- PR 2006.
GARDELLI, D.. Concepções de Interação Física: subsídios para uma
abordagem histórica do assunto no Ensino Médio. Dissertação de Mestrado.
São Paulo: IFUSP, 2004.
NEWTON, ISAAC. Princípios Matemáticos de Filosofia Natural, vol.1.Trad:
Ricci, Trieste [ et. Al.] São Paulo: Nova Stella – EDUSP,1990, p. 1-17.
PARANÁ/SEED/DESG. Reestruturação do Ensino de 2º Grau – Física.
Curitiba: SEED/DESG, 1993.
ROCHA, J. F. M.. Origens e evolução das idéias da Física. Salvador: EDUFBA,
2002, p.21 a 36.
ROSA, A. B. da & ROSA, C. W. da. Ensino de Física: objetivos e imposições
no ensino médio. In: Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias. V.
4, n.º 1, 2005. Acesso em 09/06/2005.
YOAV, Bem-Dov. Convite à Física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 1996.
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A Geografia tem como objetivo de estudo o espaço como em muitas outras
áreas do conhecimento, a disciplina de geografia desenvolverá com o aluno as
dimensões econômicas da produção no espaço, a geopolítica, a dimensão sócio
ambiental e a dinâmica cultural demográfica.
123
Seu objetivo é compreender a dinâmica social e espacial, que produz,
reproduz e transforma o espaço geográfico nas diversas escalas (local, regional,
nacional e mundial).
Devido ao momento de transição, a matéria de geografia poderá passar
por algumas mudanças.
Com as novas tecnologias de informação, com os avanços das pesquisas
científicas e com as transformações no território, o ensino da geografia torna-se
fundamental para a percepção do mundo atual, ter noção de como agir e se
tornar um verdadeiro cidadão no contexto global.
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Compreender que a Geografia é uma disciplina explicativa da organização
espacial das sociedades;
- Que o espaço geográfico é produto, meio e condições das relações sociais
e econômicas;
- Que a ação do homem-trabalho transforma as condições naturais do
território, criando contradições: desorganização ambiental, luta pela posse
do solo, etc.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
- dimensão econômica da produção do/no espaço;
- geopolítica;
- dimensão sócioambiental; e
- dinâmica cultural e demográfica;
- modos de produção e formações sócioespaciais;
- industrialização clássica, periférica e planejada;
- revolução técnico-científica-informacional e o novo arranjo do espaço da
produção;
- distribuição espacial da indústria nas diversas escalas geográficas;
- oposição Norte-Sul e aspectos econômicos da produção;
- internacionalização do capital e sistemas financeiros;
124
- formação de blocos econômicos regionais;
- urbanização e hierarquia das cidades: megalópoles, metrópoles, cidades
grandes, médias e pequenas;
- novas tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural;
- reestruturação do segundo mundo e economias de transição;
- industrialização nos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e
ambientais;
- a nova ordem mundial no início do século XXI: o fim dos três mundos e a
atual oposição norte-sul;
- fim do estado de bem-estar social e o neoliberalismo;
- os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e território;
- regionalização do espaço mundial;
- os novos papéis das organizações internacionais;
- redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos,
culturais, políticos, econômicos, entre outros;
- movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;
- conflitos rurais e estrutura fundiária;
- questões territoriais indígenas;
- territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem-teto, entre
outros.
4. METODOLOGIA:
A Geografia é uma disciplina que acompanha a transformação do espaço,
e assim também são as metodologias que devem ser diferenciadas, mas sempre
construídas a partir das práticas cotidianas, não perdendo de vista os conceitos
cartográficos (escala, legenda, alfabeto cartográfico) e os geográficos
(localização, natureza, sociedade, paisagens, região, território e lugar) não
esquecendo de considerar a dimensão local regional ou global. Assim o educando
saberá agir de forma sustentável no seu espaço.
Entre os meios de se chegar ao proposto acima citado estão: aula
explicativa, leitura de textos, exposição dialogada, uso de mapas, uso de atlas,
125
uso de informática, livros, jornais, revistas, experiências práticas,
desenvolvimento de trabalho em equipe, visitas a campo e indústrias.
5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
- leitura e interpretação de textos;
- produção de textos;
- leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
- pesquisas bibliográficas;
- relatórios de aulas de campo;
- apresentação de seminários;
- construção e análise de maquetes, entre outros.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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Apostila do IBEP. Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas.
ARCHELA, R.S.; GOMES, M.F.V.B. Geografia para o ensino médio: manual de
aulas práticas. Londrina: Ed. UEL, 1999.
ARCHELA, Rolely Sampaio; Gomes – Maquina de Freitas, Vilas Boas. Geografia
para ensino médio: Manual de Aulas Práticas. Londrina. Ed. UEL, 1999.
BARBOSA, J.L. Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do inesperado.
In: CARLOS, A.F.A.(Org.) A geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto,
1999.
BRASIL, Lei n. 9394, 20 de setembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de setembro de 1996.
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília:
Ministério da educação, 2002.
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Livre, São Paulo, n. 16, p. 133-152,2001.
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126
CARVALHO, M.I. Fim de século: a escola e a geografia. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 1998.
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brasileiras. Revista Alfageo, v. 1, n. 1, 1999.
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CHRISTOFOLETTI, A. (Org.) Perspectivas da geografia. São Paulo: Difel, 1982.
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Janeiro: Ed. UFRJ, 2001.
COELHO, Marcos de A. Morin. Geografia Geral – o espaço Natural e Sócio
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CONTO, Marcos. O conteúdo do conceito científico e suas implicações
psicológicos – didáticos. São Paulo,2005.
CORREA, R.L. Região e organização espacial. São Paulo Ática, 1986.
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SCHAFFER, N.O. Guia de percurso urbano. In: CASTORGIOVANNI, A.C. (Org.)
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SIMIELLI, M.E.R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A.F.A.
(Org.) A Geografia na sala e aula. São Paulo: Contexto, 1999.
DISCIPLINA DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Como muitas outras áreas de conhecimento, a História é um campo de
pesquisa e produção do saber em permanente debate.
Tem diferentes abordagens que enfatizam a problematização do social,
procurando ora no grandes movimentos coletivos, ora nas particularidades
individuais de grupos e nas inter-relações, o modo de viver, sentir, pensar e agir
128
de homens, mulheres, trabalhadores, que produzem no dia e ao longo do tempo,
as praticas culturais e mundo social.
A História e a ciência social que estuda as transformações e a
permanência que ocorrem na vida dos indivíduos e sociedades, através do tempo
e espaço. No ensino de História é fundamental que façamos uma inserção crítica
no presente. Ora, se nós estamos inseridos no presente devemos voltar nossos
olhares sobre o passado sob diferentes ângulos, para melhor compreendermos o
nosso momento histórico.
O objetivo do ensino de História no ensino médio é fazer o aluno
compreender a aprender as formas de produção desses conhecimentos através
dos conteúdos críticos dessa disciplina, tendo como ponto de partida os
acontecimentos que cercam a sua realidade. O ensino de História pode
desempenhar um papel importante na configuração da identidade, ao incorporar
a reflexão sobre a atuação do individuo nas suas relações pessoais com o grupo
de convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de
compromisso com a classe, grupos sociais, culturais, valores e com gerações do
passado e futuro.
OBJETIVOS
4. Construir a identidade social e individual;
5. Construir a identidade com as gerações passadas;
6. Aprender o tempo histórico como construção cultural;
7. Aprender o tempo histórico como duração;
8. Discernir os limites e possibilidades de atuação na permanência ou
transformação;
9. Aprender o papel do individuo como sujeito e produto histórico;
10.Reconhecer fontes documentais de natureza diversa;
11.Localizar os momentos históricos em seu processo de sucessão e em sua
simultaneidade e como duração;
12.Identificar os diferentes ritmos de duração temporais, ou as varias
temporalidades (acontecimentos breves, conjunturais e estruturais);
129
13.Estabelecer as relações entre permanências e transformações no processo
histórico;
14.Extrair informações das diversas fontes documentais e interpretá-las;
15.Comparar problemáticas atuais e de outros tempos;
16.Redimensionar o presente em processos contínuos, nas relações que mantém
com o passado;
17.Identificar momentos de ruptura ou de irreversibilidade no processo histórico;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes relações de trabalho, relações de poder e
relações culturais organizam a investigação do conhecimento histórico e
dão sequência às dimensões política, econômico – social e cultural,
trabalhadas no Ensino Fundamental.
A disciplina de História no Ensino Médio se ocupa em trabalhar recortes
específicos e mais aprofundados dos conteúdos estruturantes, os quais estão
interligados com o objetivo de uma melhor compreensão das ações humanas.
Tais ações e relações humanas constituem o processo histórico, que é
dinâmico. Nestas Diretrizes, privilegiaram – se as relações culturais, de
trabalho e de poder, cuja articulação é possível a partir das categorias de
análise espaço e tempo.
Por meio desses conteúdos estruturantes, o professor discorre acerca de
problemas contemporâneos, bem como daqueles que representam demandas
sociais estabelecidas em lei, quais sejam: a inclusão das temáticas História e
Cultura Afro-Brasileira e História do Paraná.
Assim como as ações e relações humanas se transformam ao longo do tempo,
sua abordagem teórico-metodológica é reelaborada de acordo com o contexto
histórico em que vivem os sujeitos.
CONTEÚDOS
1ª Série
1º Bimestre
130
5 Conceito de trabalho;
6 O mundo do trabalho em diferentes sociedades;
2º Bimestre
• O estado nos mundos antigos e medievais;
• O estado e as relações de poder: Formação do Estados Nacionais;
3º Bimestre
5 As cidades na História;
6 Urbanização e industrialização no Paraná;
4º Bimestre
2 Relações culturais nas sociedades gregas e romanas na
antigüidade: Mulheres, Plebeus e Escravos;
3 Relações culturais na sociedade medieval e européia:
Camponeses, Artesãos, Mulheres, Hereges e Doentes;
2ª Série
1º Bimestre
7 A construção do trabalho assalariado;
2º Bimestre
• Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: Mão de obra no
contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades: Brasileira e
Estadunidense;
• Relações de poder e violência no estado;
3º Bimestre
7 Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na
sociedade moderna;
131
8 Urbanização e Industrialização no Paraná;
4º Bimestre
4 Urbanização e Industrialização no Século XIX;
3ª Série
1º Bimestre
8 Relações de dominação no mundo do trabalho
contemporâneo (Século XVIII e XIX);
9 Urbanização e Industrialização no Brasil;
2º Bimestre
• O trabalho na sociedade contemporânea;
• O estado imperialista e sua crise;
3º Bimestre
9 Movimentos sociais políticos e culturais na sociedade
contemporânea: é proibido proibir?;
10 Urbanização e industrialização no Paraná;
4º Bimestre
5 Urbanização e industrialização na sociedade
contemporânea;
METODOLOGIA
6 Leitura e interpretação de texto;
7 Trabalho individual e em grupo;
8 Pesquisas complementares;
9 Apresentações;
10 Analises de filmes livros e documentários;
11 Debates;
132
12 Elaboração de textos e parodias;
13 Resolução de exercícios;
14 Interpretação de musicas;
15 Localização em mapas;
16 Teatro;
17 Elaboração de cartazes e painéis;
18 Estudo e interpretação de gravuras, fotos e charges
Proposta de trabalho para o aluno
O ensino de História deverá aprofundar temas estudados,
redimensionando aspectos da vida em sociedade e sobre o papel do indivíduo
nas transformações do processo histórico, contemplando a compreensão das
relações entre a liberdade (ação do indivíduo – sujeito da História) e a
necessidade (ações determinadas pela sociedade – produto de determinada
História). Para tal, deverá adotar a pesquisa histórica para as informações das
diversas fontes documentais e interpretando-as, estabelecendo relações e
comparações entre problemáticas atuais e as de outros tempos.
Deve-se priorizar as diferentes versões das experiências vividas no
passado e no presente, encaminhando o aluno a identificar e analisar o que
mudou, e o que permaneceu, o diferente, o semelhante e o simultâneo. As
noções ligadas ao tempo e ao espaço, percepção de semelhanças, diferenças,
mudanças e permanências, nos grupos sociais e povos em estudo, fornecem
elementos para o aluno apurar seu olhar sobre o presente e o passado,
buscando possíveis relações, identificando continuidades e rupturas, percebendo
o outro em seu grupo de convívio em diferentes tempos e espaços.
Trabalhando com temas variados em épocas diversas, de forma
comparada e a partir de diferentes fontes e linguagens.
Nesta visão de História, o trabalho com documentos de época é muito
importante. As vozes dos sujeitos expressas nos documentos possibilitam ao
aluno compreender que a construção histórica é resultado de diferentes ações
humanas. Cada grupo humano social expressa fragmentos de uma verdade,
contribuindo para mudanças ou permanecias em uma sociedade.
133
Propiciar a diversificação dos horizontes através de palestras, seminários,
oficinas, pesquisas de campo, visuais e locais históricos.
Recursos Didáticos
2 Retroprojetor;
3 Vídeo;
4 Cartazes;
5 Aparelho de som;
6 Quadro negro;
7 Revistas, Jornais, Livros, Fotos, Gravuras;
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O resultado final do trabalho do professor em sala de aula é também o
resultado da abordagem e de metodologia utilizada no processo de
desenvolvimento dos temas e conteúdos a serem trabalhados. O professor deve
identificar o avanço do aluno através de atitudes diagnosticas, observando seu
desenvolvimento.
A avaliação será pela participação continua em sala de aula e atividades
extra classe, através de mais variadas formas possíveis tais como: trabalho em
grupo, expressão oral e escrita, pesquisas, atividades no caderno, elaboração de
textos, analise de filmes e documentários, pelo exercício da cidadania e sua
própria avaliação.
A avaliação também é um momento no processo do conhecimento, para se
conhecer um pouco da realidade e poder interagir, reforçando os pontos
positivos e suprindo as deficiências. É um ato critico que subsidia o professor a
verificar a realidade, como está sendo construído o processo do saber.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
134
COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Brasil. Editora Saraiva. SP 7ª
Edição; 1999.
DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná.
HISTÓRIA – Ensino Médio. Secretaria do Estado de Educação.
ORIENTAÇÕES – Curriculares de História do Ensino Médio. Fevereiro de
2006.
PEDRO, Antonio. História da Civilização Ocidental. Editora FTD. SP; 1997.
REVISTA, Mundo Jovem.
135
Língua Portuguesa
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros
somente nas últimas décadas do século XIX e a formação do professor dessa
disciplina teve inicio apenas nos anos 30 do século XX.
A formação da nação brasileira deve a língua muito de sua identidade. O
uso culto da língua emerge no nível popular, coloquial, práticas de língua que
definem muitos aspectos da tradição que, hoje correm o risco de desaparecer
sob os influxos da indústria cultural massiva.
Nos primeiros tempos da colônia não havia uma educação em moldes
institucionais e sim a partir de práticas restritas a alfabetização. Depois de
institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino moldavam-se
ao ensino do latim, para poucos que tinham acesso a uma escolarização mais
prolongada. Tratava-se de um ensino eloqüente, retórico, imitativo, elitista e
ornamental. Construção de uma civilização de aparências com base em uma
educação “claramente reprodutivista” voltada para a perpetuação de uma ordem
patriarcal, estamental e colonial.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal tornava obrigatório o
ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da
língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas de
Gramática, retórica e Poética, abrangendo, esta última, a Literatura. . Somente
no século XIX o conteúdo gramatical ganhou denominação de Português, e em
1871 foi criado o cargo de Professor de Português. A partir de 1967 “um
processo de democratização” do ensino eliminou o número de vagas. Como
conseqüência desse processo de “democratização” a multiplicação de alunos, as
condições escolares e pedagógicas, as necessidades passaram a serem outras
bem diferentes.
Nesse contexto, a propostas pedagógicas que levou em conta as
necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, a presença de
registros lingüísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na
136
escola. Com o processo brasileiro de industrialização, institucionalizou-se a
vinculação da educação com a industrialização. A lei 5692/71 ampliou e
aprofundou essa vinculação, o ensino se voltou à qualificação para o trabalho.
Predominando uma pedagogia tecnicista que, na Língua Portuguesa, estava
pautada nas teorias da comunicação, com um viés mais pragmático e utilitário do
que a capacidade lingüística do falante.
Com a lei n. 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no
primeiro grau Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e
Comunicação em língua Portuguesa (nas quatro últimas séries). A gramática
deixou de ser o enfoque principal do ensino de língua e a teoria da comunicação
passou a ser o referencial. Durante as décadas de 1970 e 1980 passou a se
pautar, então, em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamentos de
habilidades de leitura.
Ampliação de vagas escolares e de acolhimento a professores advindos de
ambientes pouco letrados. (Soares 2001), multiplicação do número de alunos,
rebaixamento dos salários docentes, precarizou as condições de trabalho, de
modo que os professores passaram a buscar alternativas didáticas para facilitar o
ensino.
A necessidade de suprir a demanda de vagas lançou um segundo plano a
formação pedagógica, transferindo a responsabilidade do planejamento de aulas
para o livro didático, produzido industrialmente, retirando do professor a
autonomia e a responsabilidade quanto a sua pratica, em função de um ensino
produtivista e de uma pedagógica da transmissão.
Com base na estrutura dos livros didáticos, tinha-se um ensino de
Literatura focado na historiografia literária e no trabalho com fragmentos de
textos, apenas, em vez dos textos integrais. Para o ensino da língua materna,
aplicavam-se exercícios estruturais do tipo preenchimento de lacunas no
questionário de simples verificação de ocorrência. Os altos índices de evasão e
repetência das classes populares, o arrocho salarial dos professores e a abertura
indiscriminada de faculdades comprometem ainda mais a qualidade do ensino.
Os estudos lingüísticos, centrados no texto e na interação social em
meados da década de 70, contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista,
geradora de um ensino baseado na memorização cedendo espaço a novos
paradigmas passando a ser o texto como unidade fundamental de análise.
137
A partir dos anos de 1980, com as contribuições teóricas, o circulo de
Bakhtin. O avanço dos estudos em torno da natureza sociológica da linguagem,
ou seja, a língua configura um espaço de interação entre sujeito que se
constituem por meio dessa interação. Essa concepção diverge das abordagens se
cunho formalista – estruturalista que enfocam o caráter normativo da língua.
Embora tenha ocorrido um avanço teórico considerável nas pesquisas acerca do
ensino da língua, com enfoque nas práticas discursiva, houve uma apropriação,
por grande parte dos professores, dos novos conceitos, sem que isso se refletisse
na mudança efetiva de sua prática.
Até meados do século XX, para o ensino da Literatura, vigorou a
predominância do cânone, baseado na Antiguidade Clássica, sendo o principal
instrumento de trabalho pedagógico eram as antologias literárias. Até as
décadas de 1960-70, a leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial,
transmitia a norma culta da língua, com base em exercícios gramaticais e
estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. Como tentativa de
rompimento com essa pratica, a abordagem do texto literário passou a centrar-se
numa analise literária simplificada, a partir de questionários sobre personagens
principais e secundários, tempo e espaço da narrativa.
A partir da década de 1970, o ensino da Literatura restringiu-se ao então
segundo grau, com abordagens estruturais ou historiográficas do texto literário.
Na análise do texto poético, adotava-se o método Francês, isto é, propunha-se a
análise do texto conforme as estruturas formais: rimas, escansão de versos,
ritmo, estrofes etc. cabia ao professor a condução da analise literária e aos
alunos a condição de meros ouvintes, excluindo o aluno de um papel ativo, sem
nenhum estimulo a reflexão crítica.
Atualmente, os livros didáticos tendem, em grande medida, a perpetuar
essa situação. Essa pratica priva o aluno de uma efetiva leitura do texto literário
e de um real exercício do pensamento critico. A busca da superação desse ensino
normativo, historiográfico, recentemente tem alcançado os estudos curriculares
e, em particular , os ensinos de Língua e Literatura,seja pelo impacto dos
pensadores contemporâneos como Deleuze, Foucault, Derrida e Barthes,
seja por meio de novos campos de saber ou espaços teóricos como a analise do
discurso, teoria da enunciação, teorias da literatura, pensamento da
desconstrução etc.
138
A partir da década de 1980, os estudos lingüísticos mobilizaram os
professores para o repensar sobre o ensino da língua materna. Essas reflexões e
discussões fizeram-se presentes nos programas de reestruturação do Ensino de
2º Grau, de 1988, e do Currículo Básico de 1990, que já denunciavam “o ensino
da língua, cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no
repasse de conteúdos gramaticais” (Paraná/SEED, 1988 p.2). A proposta
Curricular foi fundamentada em pressupostos coerentes com a concepção
dialógica e social da linguagem, a partir do currículo da Bakhtin.
No Currículo do Paraná, pretendia-se uma pratica pedagógica que
enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva
de analise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos
significativos e com menos ênfase na conotação moralista. A fragilidade da
proposta aparece quando, na relação dos conteúdos, ainda seriados, não se
explica, por exemplo, a relação entre os campos de conhecimento envolvidos na
produção escrita de textos, tais como a estruturação sintática, a ortografia, os
recursos gráfico-visuais, as circunstâncias de produção, a presença do
interlocutor. Recursos coesivos, conectividade seqüencial e estruturação
temática, aparecem como conteúdos da gramática tradicional.
Nos anos finais da década de 1990 foi fundamentada a proposta para a
disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas ou discursivas,
propondo uma reflexão acerca dos estudos da linguagem oral e escrita.
Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o
ensino da Língua e Literatura requerem novos posicionamentos em relação às
práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo
envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.
OBJETIVOS
3 Empregar a língua oral em diferentes situações de uso,
saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer
as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e
propiciar a possibilidade de um posicionamento diante
deles;
139
- desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o
assunto tratado, e os gêneros e suportes textuais, além do contexto de
produção/leitura;
3 refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos de
modo a atualizar o gênero e tipo de texto, assim como os
elementos gramaticais empregados na sua organização;
• aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela literatura a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da
oralidade, da leitura e da escrita;
2 reconhecer a importância da norma culta da língua, de
maneira a propiciar acesso aos recursos de expressão e
compreensão de processos discursivos, como condição
para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições
sociais em que está inserido e para a afirmação da sua
cidadania, como sujeito singular e coletivo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES''
O Conteúdo Estruturante em Língua Portuguesa é o Discurso Enquanto Prática
Social;
Nas atuais DCEs o termo discurso significa curso, percurso, correr por,
movimento. Não vê a língua como não algo pronto, a disposição dos falantes, ele
é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, não é um fim em si
mesmo, tem sua gênese sempre numa atitude responsiva a outros textos
( Bakhtin. 1996).
Os discursos jamais são concebidos dissociados de uma realidade material;
são formados por diferentes vozes que, por sua vez, representam ideologias
muitas vezes contraditórias, opostas, justificadas pelo seu uso em diferentes
esferas sociais.(Barros, 2001).
Na Literatura se concretizam práticas de uso real da língua materna,tendo
com base os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) , que diluíram o trabalho
com a língua materna numa concepção de língua como “ instrumento de
140
comunicação eficaz e exterior ao individuo” , sem “noção de processo ou
historicidade” (Suassuna, 1998).
No contexto das práticas, estarão presentes os conceitos oriundos da
lingüística, sociolingüística, semiótica, pragmática, estudos literários, semântica,
morfologia, sintaxe, fonologia, analise do discurso, gramáticas normativa,
descritiva, de usos, entre outros, de modo a contribuir com o aprimoramento da
competência lingüística dos estudantes.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
BAKTHIN, M. Estética da criação verbal (. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
BARROS, D. L. P. Contribuições de Bakhtin às teorias do texto e do discurso. In:
FARACO, C. A.: CASTRO, G. de; TEZZA, C. ( orgs). Diálogos com Bakhtin.
Curitiba: Ed. Da UFPR, 2001.
GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W.
(org.). O texto em sala de aula. 2ª Ed. São Paulo: Ática, 1997.
ORLANDI, E. P. Análise do discurso: princípios e procedimentos. Campinas:
Pontes, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a
escola pública do Estado do Paraná. 3ª Ed. Curitiba: SEED, 1997.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola
pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do Ensino de 2º
Grau. Curitiba, 1988.
141
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Os conteúdos básicos de Matemática como números e álgebra, funções e
tratamento da informação fazem parte do cotidiano da disciplina no sentido de
desenvolver a capacidade e a habilidade para instrumentalizar o educando para
a aplicação em situações práticas dos conceitos matemáticos. A história da
Matemática relata os passos do desenvolvimento matemático relacionados às
necessidades que ocorreriam na humanidade.
Quando se afirma que o educando deve familiarizar-se com a Matemática
formal e sistematizada estamos encontrando os modelos matemáticos que
representem certos problemas concretos para poder vivenciar as práticas que
são necessárias no dia-a-dia dos educandos e colocar nele a noção da
importância de ser um pesquisador que vivencie sua formação contínua para
compreender e compor uma reflexão sobre as mudanças políticas, sociais e
tecnológicas, as quais são propostas a cada um de nós cidadãos que estamos
inseridos nesse contexto histórico.
142
OBJETIVOS GERAIS
- Desenvolver a capacidade de raciocínio abstrato (lógico-matemático) como
um todo;
- Conhecer técnicas de resolução de problemas;
- Instrumentalizar o aluno para a aplicação, em situações práticas, dos
conceitos matemáticos;
- Aprender a encontrar modelos matemáticos que representem certos
problemas concretos (noções de modelagem matemática), em especial
quando estes se referem a situações práticas;
- Familiarizar-se com a escrita matemática formal;
- Desenvolver um estudo crítico-reflexivo das idéias com o objetivo de atender
às necessidades de formação do aluno em Matemática;
- Investigar e discutir a utilização de tecnologias e outros meios de
comunicação no ensino de Matemática;
- Fazer com que o aluno torne-se um pesquisador, que vivencie sua formação
contínua para compreender e refletir sobre as mudanças políticas, sociais,
tecnológicas, etc.
CONTEÚDOS
1ª Série
- Tratamento da informação: Estatística
- Números e álgebra: Conjuntos numéricos, Potenciação, Radiciação, Sistemas
de Coordenadas Cartesianas.
- Geometria: Geometria plana.
- Funções: Função afim, Função quadrática, Função exponencial, Função
Logaritimica, Função Trigonométrica, Função Modular, Progressão Aritmética
e Progressão Geométrica.
143
2ª série
- Tratamento da informação: Estatística, Análise Combinatória, Probabilidade,
Binômio de Newton.
- Números e álgebra: Sistemas Lineares e Binômio de Newton.
- Geometria: Geometria Plana e Geometria Espacial.
- Funções: Função Trigonométrica.
3ª série
- Tratamento de Informação: Matemática Financeira
- Números e álgebra: números complexos, polinômios, matrizes,
determinantes, equação algébrica.
- Geometria: Geometria Analitica.
- Funções: Função quadrática, função logarítmica.
METODOLOGIA
A metodologia a ser utilizada tem como objetivo proporcionar ao aluno o
máximo aproveitamento de sua capacidade produtiva.
Os procedimentos metodológicos utilizados serão a resolução de
problemas; a modelagem matemática; o uso de mídias tecnológicas a
etnomatemática e a história da matemática.
Serão incentivados a desenvolver leitura dinâmica de livros e textos, a
usar tecnologia. Serão propostas vivências de situações educacionais aplicadas
ao ensino e à pesquisa em Matemática, como: Utilização de softwares
educacionais, jogos, brincadeiras, uso de materiais-estruturados, vídeos, uso de
meios de informação (jornais, revistas, internet e outras), e outras atividades
sugeridas pelos alunos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
144
No processo avaliativo o professor fará emcaminhamentos, tais como:
observação, intervenção, revisão de noções e subjetividades. Buscará diversos
métodos (formas escritas, orais e demonstrativas), inclusive utilizará ferramentas
e equipamentos (computador, calculadora, etc).
A avaliação deverá orientar o professor em sua prática docente e deve dar
espaço a interpretação e a discussão dos conteúdos trabalhados.
A avaliação será contínua e levará em consideração todas as atividades
desenvolvidas pelo aluno, tais como: leituras, elaboração das sínteses, mapas
conceituais, sites educativos, atividades e projetos de ensino e pesquisa,
presença e participação em aula.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIEMBENGUT, Maria Salett. Modelagem Matemática no Ensino – Ed. Glogal,
São Paulo, 2005.
CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática – Ed.
Gradiva, Lisboa, Portugal, 2002.
D´AMBROSIO, U. Educação Matemática: da teoria à prática. Campinas.
Papirus, 1996.
D´AMBROSIO, U. Transdisciplinaridade. São Paulo: Editora Palas Athenas,
1997.
DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas de Matemática –
Ed. Ática, São Paulo, 2005.
DCE – Secretaria de Estado da Educação – SEED Curitiba, Pr, 2006.
FREIRE P. Educação como Prática de Liberdade, Rio de Janeiro, Paz e Terra,
1987.
LONGEN, Adilson. Coleção Nova Didática: Matemática 1ª Série – Ed.
Positivo, Curitiba, PR, 2004.
LONGEN, Adilson. Coleção Nova Didática: Matemática 2ª Série – Ed.
Positivo, Curitiba, PR, 2004.
LONGEN, Adilson. Coleção Nova Didática: Matemática 3ª Série – Ed.
Positivo, Curitiba, PR, 2004.
Matemática – Vários autores – Curitiba SEED – PR, 2006.
145
ZASLAVSKY, Claudia. Jogos e Atividades Matemáticas no Mundo Inteiro –
Ed. Artmed, Porto Alegre, RS, 2000.
ZUNINO, Delia Lerner de. A Matemática na Escola: Aqui e Agora – Ed. Artes
Médicas, Porto Alegre, RS, 1995.
QUÍMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Química é uma Ciência Experimental, que suas teorias são elaboradas para
explicar as situações de que são relacionadas. O grande desafio é mostrar como
as teorias justificam os fatos que ocorreram no nosso dia-a-dia, sendo assim,
desenvolvemos um projeto diferenciado.
A Química visa proporcionar aos alunos condições de compreender os
fundamentos básicos dos fenômenos químicos envolvidos em sua vida. Foi
organizado relações explícitas entre diversos tópicos onde cada um emerge em
função da necessidade de explicitação de um anterior.
146
Dar condições aos alunos para participar ativamente de seu processo de
aprendizagem, o que acreditamos ser essencial para que eles aprendam
significativamente o conteúdo de Química.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Matéria e sua natureza (composição, transformação e propriedades):
A abordagem da história da química é necessária ao desenvolvimento da
compreensão de teorias e em especial dos modelos atômicos. A concepção de
átomo é imprescindível para que possam entender os aspectos macroscópios dos
materiais com o ser humano está em contato diário e perceber o que ocorre no
interior dessas substâncias, portanto o conhecimento microscópio.
Biogeoquímica
O conteúdo biogeoquímica surge a partir de uma sobreposição de biologia,
geologia e química, isto é, a química dos organismos vivos e química dos
minerais.
Química Sintética
147
Entende-se por química sintética, a possibilidade de apropriação de
produtos já existentes para diferentes finalidades e a criação e utilização de
novos materiais.
CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
• História da Química
• Química no Dia-a-dia
• Energia e Massa
• Propriedades da Matéria
• Átomo
• Misturas
• Ligações Químicas
• Ligas Metálicas
• Reações Químicas
• Funções Inorgânicas
• Texto LDP – Liofilizados, Desidratados, Dessalinizados...
– Ligue e Fique Ligado
12- Pesquisas: * História da Química
* Elementos Químicos
* Substâncias Químicas importantes
* Ciclos Biogeoquímicos
148
2ª SÉRIE
- Revisão de conteúdo da 1ª série
- Estequiometria
- Reações Químicas
- Soluções
- Calor e Reação
- Eletrólise
- Pilhas
- Água
- Propriedades Coligativas
- Textos LDP – A Química de todo o dia
– A Energia do Açúcar
- Pesquisas: * Caloria dos Alimentos
* Pilhas
* Problemas Ambientais
* Energia Nuclear
3ª SÉRIE
1- Compostos Orgânicos
2- Isometria
3- Polímeros
4- Derivados do Petróleo
149
5- Reações Nucleares
6- Gases e Leis
7- Composição Atmosférica
8- Solo
9- Produtos Agromonicos
10-Fertilizantes
11-Problemática Ambiental e o uso da Química
12-Textos LDP – Combústivel. Qual o melhor?
– Radiação e Vida
13-Pesquisas: * Compostos Orgânicos
* Lixo
* Agrotóxicos
* Química e questões do Meio Ambiente
OBJETIVOS GERAIS
Os objetivos principais da disciplina de química são: fazer com que o jovem
reconheça o valor da ciência na busca do conhecimento da realidade objetiva e
se utilize dele no seu cotidiano; discutir o papel da Ciência e da Tecnologia na
real melhoria dos padrões de vida da população e dar condições para a
participação crítica no mundo do trabalho; fomentar o senso crítico do educando
propiciando uma atuação sistêmica nos diversos espaços profissionais e também
reconhecer a Química como uma ciência fundamental tanto nas sociedades
antigas, através de dados históricos, como nos atuais.
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
150
Buscar a partir da metodologia utilizada alternativas para um ensino com
utilidade, onde o ensino de química leve o aluno a uma verdadeira alfabetização
científica, através de uma relação dialógica em sala de aula, onde se possa dar
sentido ao que se aprende e se relacione o conhecimento adquirido com leitura
da sua realidade e do mundo.
Pois de acordo com BERNARDELLI, 2004, p.2 “Devemos criar condições
favoráveis e agradáveis para o ensino e aprendizagem da disciplina,
aproveitando, no primeiro momento, a vivência dos alunos, os fatos do dia-a-dia,
a tradição cultural e mídia, buscando com isso reconstruir os conhecimentos
químicos para que o aluno possa refazer a leitura do seu mundo”.
RECURSOS DIDÁTICOS
Quadro e giz, sala de aula, Livro didático público, sala de informática,
laboratório, pen-drive, CD-ROM, portal educacional do PR, biblioteca, revistas
científicas, periódicos, etc.
PROPOSTA DE TRABALHO PARA O ALUNO
Busca-se uma relação de conceitos, porém relacionados a sua finalidade
através de atividades diversas tais como: explicação dos termos químicos
conhecidos pelos alunos ; pesquisas em grupos ou individuais ; construção de
materiais que comprovem e relacionem as leis químicas estudadas ; utilização do
laboratório ; aulas práticas (experimentais) leitura ; produção de textos, aulas
com auxílio da tecnologia (vídeos, informática, visitas a ambientes indústriais,
parques ambientais, etc) ; como ferramentas que permitam o desenvolvimento
151
de conhecimentos que sirvam de instrumentos mediadores da interação do
individuo (aluno) com o mundo e sua realidade.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Centrada no desenvolvimento de atitudes e valores por meio de uma
vivência ativa do aluno em sala de aula, de acordo com o contexto escolar,
dentro das normas estabelecidas pelo regimento (contínua, cumulativa e
somatória), assim o aluno será avaliado ao longo do ano letivo através de
diversas atividades, tais como: registros escritos, orais, individuais ou em grupo,
elaboração e apresentação de pesquisas, relatórios, onde será verificado o
processo de construção de conhecimento, o interesse, a participação e a
assimilação significativa dos conceitos propriamente ditos pelo aluno.
A avaliação poderá conter ainda, atividades referentes a tarefas de casa,
provas livros ou trabalhos não previstos no calendário.
Dessa maneira o aluno passa a ser um sujeito do processo e não apenas
executor de tarefas escolares com objetivo exclusivo de acumular pontos para a
avaliação final.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
CHASSOT, A.I. A Educação no Ensino de Química. Ijuí, Livraria Ijuí, 1990.
FREIRE P. Educação como Prática de Liberdade, Rio de Janeiro, Paz e Terra,
1987.
GEPEG, Química para o 2° Grau. São Paulo, Universidade de São Paulo, 1998.
LUCKESL, C.C, Avaliação da Aprendizagem Escolar São Paulo Cortez, 1998.
ORIENTAÇÕES CURRICULARES/ DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO QUÍMICA
SEED, Fevereiro 2006.
152
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes Curriculares de
Química para a Educação Básica. Curitiba: SEED-PR, 2006.
QUÍMICA NOVA ESCOLA, revista n° 4. Nov. 1996.
QUÍMICA/ Vários autores – Curitiba: SEED – PR, 2006.
RUSSEL. JB. Química Geral, S.P, Mcraw – Hill, 1981.
SANDELLA A: FALCONE, M. Química Geral, Série Brasil. S. P. Ática, 2004.
153
SOCIOLOGIA
a) Apresentação geral da disciplina
A Sociologia tem um histórico de idas e vindas no currículo escolar da
Educação Básica. Foi com a Lei de Diretrizes e Bases, Lei 9394/96 que
voltou a ser mencionada no art. 36, que determina: ao final do Ensino
Médio, o estudante deverá “dominar os conhecimentos de Filosofia e
Sociologia necessários ao exercício da cidadania”.
Em 2006, o Parecer CNE/CEB nº 38/2006, foi homologado pelo
Ministério da Educação pela Resolução nº 04 de 16 de agosto de 2006, e
torna as disciplinas de Filosofia e Sociologia obrigatórias no Ensino Médio.
No Estado do Paraná a Lei nº 15.228, de julho de 2006 implementa a
obrigatoriedade do ensino de Sociologia, que passa a fazer parte da matriz
curricular do Ensino Médio como disciplina obrigatória, confirmando sua
presença na matriz curricular deste estabelecimento de ensino, que segue
a Diretriz Curricular de Sociologia na elaboração desta proposta.
Como ciência a Sociologia surgiu na Europa no século XIX, criada para
o estudo das sociedades modernas após a Revolução Industrial e a
Revolução Francesa.
As inquietações que mobilizaram o pensamento dos primeiros
sociólogos no final do século XIX, após a Revolução Industrial, em muitos
aspectos podem ser aproximados das preocupações dos sociólogos
contemporâneos, ou seja, compreender as modificações nas relações
sociais decorrentes das mudanças estruturais impostas pela formação de
um novo modo de produção econômica.
Hoje embora já consolidado, o sistema capitalista não cessa sua
dinâmica, assumindo inéditas formas de produção, distribuição e opressão
nunca imaginadas pelos precursores do estudo da sociedade, o que
implica em novas formas de olhar, compreender e atuar socialmente.
154
A imaginação sociológica, acima de tudo, exige de nós que pensemos
fora das rotinas familiares de nossas vidas cotidianas, a fim de que as
observemos de modo renovado.
Os objetivos desses estudiosos, os franceses Augusto Comte e Émile
Durkheim, os alemães Karl Marx e Max Weber, era entender a sociedade e
as mudanças ocorridas que as transformaram em urbanas, industriais e
capitalistas.
No Brasil, os esforços de pesquisadores como Gilberto Freyre, Sérgio
Buarque, entre outros, a sociologia se desenvolveu oferecendo uma
grande contribuição para entendermos como se estrutura a sociedade
brasileira e como ela se relaciona com as demais sociedades.
Diante da realidade contemporânea não há mais espaço para
discussões pretensamente neutras como as da sociologia do século XIX. A
sociologia no presente tem o papel histórico que vai muito além da leitura
e explicações teóricas da sociedade. Não cabem mais as explicações e
compreensões das normas sociais e institucionais, para a melhor
adequação social, ou mesmo para a mera crítica social, mas sim a
desconstrução e a desnaturalização do social no sentido de suas
transformações.
Os grandes problemas que vivemos, provenientes do acirramento das
forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial
desenfreado, entre outras causas, exigem cidadãos capazes de romper
com a lógica neoliberal da destruição social e planetária. É tarefa inadiável
da escola e da sociologia a formação de valores, de uma ética
acompanhada por práticas sociais que apontem para a possibilidade de
construção de novas relações sociais.
A Lei nº 10.639/03 de nove de janeiro de 2003 altera a Lei nº
9.394/96, que passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e
79-B, determinando a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura
Afro-Brasileira, com a inclusão do estudo da História da África e dos
Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro
na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo
155
negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do
Brasil. Estes conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão
ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, e o calendário escolar
incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.
b) Objetivos
18.Desenvolver o pensamento sociológico;
19.Compreender a sociologia (dentre as demais ciências) como um
constructo, histórica e socialmente determinada;
20.Compreender a totalidade social como expressão de simultaneidade e
complexidade dos fenômenos sociais, produto de condicionamentos
diversos;
21.Perceber o processo de mundialização da economia e de inserção do
país no mercado internacional;
22.Perceber os direitos (e respectivos deveres) do cidadão como parte de
uma construção social;
23.Compreender as diferentes manifestações culturais como expressão de
povos, etnias, nacionalidades, segmentos sociais diversos;
24.Construir sua identidade social (e pessoal) a partir do princípio de
alteridade;
25.Compreender a Indústria Cultural em suas ações com os contextos
econômico, político, social e cultural em que se insere;
26.Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e as práticas
sociais;
27.Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises,
interpretações, sínteses, servindo-se para tanto dos conhecimentos
sociológicos;
28.Exercitar relacionar práticas sociais com contextos diversos;
29.Caracterizar as relações políticas, econômicas, e sociais em nível
nacional e internacional;
156
30.Identificar funções desenvolvidas pelo Estado e funções cobradas ao
Estado, analisá-las, compará-las;
31.Observar nas práticas sociais o respeito/desrespeito,
conhecimento/desconhecimento dos direitos e deveres no exercício da
cidadania;
32.Identificar os direitos (e respectivos deveres) emergentes cuja
necessidade de institucionalização é reivindicada socialmente;
33.Lidar de maneira construtiva com as diferenças, de tal forma a atuar
em equipe, construir, realizar e avaliar projetos de ação escolar;
34.Analisar fenômenos da mídia servindo-se de conhecimentos
sociológicos.
35.Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a
realidade: as explicações das Ciências Sociais, amparadas nos vários
paradigmas teóricos, e as do senso comum.
36.Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a partir
das observações e reflexões realizadas.
37.Construir instrumentos para uma melhor compreensão da vida
cotidiana, ampliando a “visão de mundo” e o horizonte de expectativas,
nas relações interpessoais com os vários grupos sociais.
38.Construir uma visão mais crítica da indústria cultural e dos meios de
comunicação de massa, avaliando o papel ideológico do “marketing”,
enquanto estratégia de persuasão do consumidor e do próprio eleitor.
39.Compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais de
etnias e segmentos sociais, agindo de modo a preservar o direito à
diversidade, enquanto princípio estético, político e ético que supera
conflitos e tensões do mundo atual.
40.Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil
de qualificação exigida, gerados por mudanças na ordem econômica.
41.Construir a identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício
da cidadania plena, no contexto do Estado de Direito, atuando para que
haja efetivamente, uma reciprocidade de direitos e deveres entre o
poder público e o cidadão e também entre os diferentes grupos.
157
c) Conteúdos Estruturantes
De acordo com o que propõem as Diretrizes Curriculares de Sociologia,
os conteúdos estruturantes a serem estudados são:
- O processo de socialização e as instituições sociais
- A cultura e a indústria cultural
- Trabalho, produção e classes sociais
- Poder, política e ideologia
- Cidadania e movimentos sociais
2ª SÉRIE
- O surgimento da Sociologia e Teorias sociológicas
o - O surgimento da Sociologia
o - A importância da Sociologia na Educação Básica
1.3- Conceito e significado da Sociologia
1.4- A sociologia como ciência
1.5- As ciências sociais e o cotidiano
- Comunidade, sociedade e cidadania.
2.1- As relações indivíduo-sociedade
2.2- Cidadania em construção
2.3- Identidade pessoal e social
2.4- Indivíduo, individualidade e individualismo
2.5- Diálogo
2.6- Diferentes formas de ser
2.7- A importância de jovens na sociedade
2.8- Personalidade
2.9- Identidade e diversidade
158
2.10- Consumo, alienação e cidadania
2.11- Socialização e cidadania
2.12- Educar para o exercício da cidadania
- A convivência humana
3.1- Sociologia como ciência da sociedade
3.2- Fato social
3.3- Conceitos das Ciências Sociais
3.4- Sociabilidade
3.5- Isolamento social
3.6- Contatos Sociais
3.7- Comunicação
3.8- Interação Social
3.9- Processos Sociais
3.10- O coletivo
3.11- Aldeia e aldeia global
3.12- Diferenças Sociais
- Cultura, sociedade e indústria cultural
4.1- Diferenças culturais
4.2- Cultura e sociedade
4.3- Cultura e ideologia
4.4- Diversidade cultural
4.5- Valores culturais brasileiros
4.6- Culturas erudita e popular e indústria cultural
4.7- A indústria cultural no Brasil
4.8- Cultura e contracultura
4.9- Relações entre educação e cultura
4.10- Os movimentos de contracultura
4.11- Relativismo e etnocentrismo cultural
4.12- Questões de gênero, étnicas e de outras minorias
159
4.13- Cultura Afro-Brasileira
- Os agrupamentos sociais
5.1- Os agrupamentos sociais
5.2- Grupo social
5.3- Exclusão X Inclusão
5.4- Grupos e regras
5.5- Normas e sanções sociais
5.6- Símbolos
5.7- Valores sociais
5.8- Papéis sociais
5.9- Organização social
5.10- Direitos Humanos
6- Instituições sociais
6.1- As instituições sociais e o processo de socialização
6.2- Instituições familiares, educativas, religiosas, políticas,
econômicas, jurídicas, meios de comunicação.
6.3- A sociedade brasileira e as relações patrimonialistas e clientelistas
6.4- Como se processa a institucionalização
6.5- Origem das instituições sociais vigentes
6.6- Processos de mudança e implicações ideológicas
6.7- Família, Escola, Igreja, Direito, Estado, Segurança, Partidos
Políticos, Sindicatos, Comunicação
3ª SÉRIE
- Trabalho, produção e classes sociais
1.1- O processo de globalização da cultura e da economia;
1.2- O processo de mundialização da economia e a inserção do país no
mercado internacional;
160
1.3- A base econômica da sociedade: Os modos de produção
1.4- O estágio do desenvolvimento do capitalismo monopolista e
dependente da América Latina
1.5- Formas de controle social do mercado de trabalho
1.6- Desigualdades sociais e econômicas: Classes sociais, estratificação
e mobilidade social
1.7- Exclusão social
1.8- Trabalho e produção social
1.9- Salário e lucro
1.10- Empreendedorismo
1.11- Empregabilidade e produtividade
1.12- Análise e processamento de mercado
1.13- Desemprego conjuntural e estrutural
1.14- Subemprego e informalidade
1.15- Terceirização, voluntariado e cooperativismo
1.16- Agronegócio
1.17- Justiça social
1.18- Reforma trabalhista, CLT e Organização Internacional do Trabalho
1.19- Reforma sindical
1.20- Estatização e privatização
1.21- Parcerias público-privadas
1.22- Relações de mercado
2- O subdesenvolvimento
2.1- Indicadores de subdesenvolvimento: vitais, econômicos, sociais,
políticos
2.2- Crescimento econômico e desenvolvimento
2.3- A origem do subdesenvolvimento
2.4- Importações e exportações brasileiras
2.5- A origem do déficit público no Brasil
2.6- A origem e a situação atual da dívida externa brasileira
2.7- Economia global
161
3- Poder, política e ideologia
3.1- Estado, sociedade civil e globalização
3.2- Instituições políticas, econômicas, jurídicas, meios de comunicação
3.3- Aparelhos ideológicos de reprodução social
3.4- Mudanças de conceitos, visão, metas, valores, competência
essencial
3.5- A representação política e as eleições
3.6- As relações de poder presente na sociedade brasileira
3.7- Política partidária
3.8- Construção de noções de sociedade política sociedade de direitos
individuais e coletivos, legitimidade e governo, representação,
participação e poder.
4- Mudança social
4.1- Mudança social e cidadania
4.2- Causas da mudança social
4.3- Invenções e difusão cultural
4.4- Fatores contrários e favoráveis à mudança social
4.5- Conseqüências da mudança social
6. Direito, cidadania e movimentos sociais
6.1- Direito
6.2- Legislação
6.3- Trabalho e mobilidade social
6.4- Mercado de trabalho e profissão
6.5- Profissionalização e ascensão social
6.6- A conquista dos direitos e deveres e o exercício da cidadania
6.7- A construção histórica dos direitos e deveres dos cidadãos
6.8- Movimentos sociais urbanos, estudantis, rurais e conservadores
d) Metodologia
162
No ensino de Sociologia o trabalho com o conhecimento sociológico
deve incentivar a observação, a pesquisa e a reflexão sobre as
sociedades e fenômenos sociais. Dessa forma, estará contribuindo para
que o aluno desenvolva sua autonomia intelectual, sendo capaz de
confrontar diferentes interpretações e construir sua própria versão de
mundo. Possibilitar a compreensão dos condicionantes econômicos,
políticos, sociais, demográficos e culturais da realidade brasileira
através de leitura crítica de textos (jornais, revistas, livros, charges,
etc.) vídeos, construindo referenciais de análise da sociedade
contemporânea.
Um filme, por exemplo, deve ser entendido também como um texto,
e como tal deve ser passível de uma leitura pelo aluno, pois o cinema e
a TV são dotados de linguagens próprias e compreendê-los não
significa apenas apreciar imagens e sons. É preciso que o professor
proponha uma leitura reflexiva, inserida em um determinado contexto.
Deve-se considerar as diferentes matrizes de pensamento para
ampliar as possibilidades de análise, tendo em vista a complexidade
dos fenômenos sociais, pois nenhum deles pode ser explicado apenas a
partir de uma única perspectiva teórica.
Assim, a construção de um campo de análise que amplie a
capacidade de compreensão da vida e do mundo, deve passar,
necessariamente, pela busca de pensamentos diversos que possam
colocar referências para uma investigação dos problemas
contemporâneos.
A sociedade brasileira será privilegiada, enquanto objeto de análise
e eixo de trabalho, proporcionando uma via de mão dupla: do
questionamento de seus problemas ao campo teórico que possibilite
sua compreensão propondo novos caminhos de investigação.
A compreensão do mundo do trabalho será construída a partir de
diferentes perspectivas que abordem a revolução contemporânea no
seu modo de organização, bem como os diferentes determinantes da
163
sua divisão técnica, em nível internacional, observando as
especificações regionais e locais.
É de fundamental importância proporcionar uma visão sobre a
constituição das relações sociais em nível internacional e nacional.
Também é importante perceber o processo de globalização da
economia e da inserção do país no mercado internacional.
Nesse sentido, os alunos serão capazes de analisar e avaliar as
conseqüências sociais marcadas pela ordem mundial, e as dificuldades
de ingresso e permanência no mercado de trabalho formal.
A construção de uma concepção de sociedade permitirá ao
estudante estabelecer relações entre os diferentes elementos que a
compõem compreendendo seus mecanismos de funcionamento como
uma totalidade, mas sendo capaz de expressar o que é diverso e
parcial.
A partir da construção dessa concepção de sociedade é possível ao
aluno compreender a emergência dos temas que hoje ocupam o
cenário das manifestações sociais, tais como de ordem étnica,
religiosa, racial, sexual, ecológica que exige uma discussão sobre a
diversidade cultural.
Proporcionar-se-á a compreensão de que diferentes manifestações
culturais são a legítima expressão dos povos, nacionalidades, raças e
etnias que buscam novas significações para suas identidades coletivas.
Através da discussão, possibilitar a formação de uma identidade social
e pessoal que permita ao aluno respeitar o outro a partir do princípio de
respeito mútuo. Junto desses, proporcionar a compreensão da indústria
cultural e suas relações entre a cultura de massa e a cultura de elite.
O Estado pode ser visto como instituição social a partir da discussão
de suas origens, no contexto histórico e político que o construiu, e nas
suas diferentes formas de desenvolvimento e dinâmicas de
funcionamento.
Debates sobre o Estado e seus mecanismos clássicos de
funcionamento podem ser abordados: a conquista dos direitos e
164
deveres; o exercício da cidadania; a representação política e as
eleições em todos os níveis; o atendimento às demandas básicas
sociais.
Deve-se possibilitar ao aluno, a apreensão da tradição autoritária da
sociedade brasileira, visando à construção de noções sobre as relações
sociais e políticas daí decorrentes, contribuindo para que o aluno
apreenda as diferenças e semelhanças entre as várias formas de
hierarquização das relações sociais existentes na mesma.
Ampliar as possibilidades de exercício da cidadania a partir do
conhecimento sobre a construção histórica dos direitos e deveres dos
cidadãos, tendo em vista a construção de noções de sociedade política,
sociedade civil, direitos individuais e coletivos, legitimidade e
governabilidade, representação, participação e poder.
e) Critérios de avaliação
Os alunos serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:
14-Participação nas atividades;
15-Participação nas dinâmicas e discussões;
16-Argumentação nos debates;
17-Realização das atividades propostas;
18-Produção de texto;
19-Apresentação de alternativas e resultados;
20-Prova;
21-Desenvolvimento de pesquisas;
22-Dramatização;
- Referências bibliográficas
BRASIL. Orientações curriculares para o Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias. MEC/SEB, Brasília, 2006.
165
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4 ed. Artmed. 2005
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 25ª ed. São Paulo-SP, 2004.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes Curriculares de Sociologia para a Educação Básica. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SOCIOLOGIA/ vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. 280 p.
COLÉGIO ESTADUAL CASTELO BRANCO – ENSINO MÉDIOPROFESSORAS: MARIA OLIVIA ROTINI E MARILDE OLDONIÁREA DO CONHECIMENTO: SOCIOLOGIASÉRIE: 2ªHORAS/AULAS: 02 AULAS SEMANAISPERÍODO: 14/02/2008 a 18/12/2008
PLANO DE TRABALHO DOCENTE
CONTEÚDOS
1.O surgimento da Sociologia e Teorias sociológicas
o - O surgimento da Sociologia
o - A importância da Sociologia na Educação Básica
1.3- Conceito e significado da Sociologia
1.4- A sociologia como ciência
1.5- As ciências sociais e o cotidiano
2.Comunidade, sociedade e cidadania.
2.1- As relações indivíduo-sociedade
2.2- Cidadania em construção
2.3- Identidade pessoal e social
2.4- Indivíduo, individualidade e individualismo
2.5- Diálogo
2.6- Diferentes formas de ser
166
2.7- A importância de jovens na sociedade
2.8- Personalidade
2.9- Identidade e diversidade
2.10- Consumo, alienação e cidadania
2.11- Socialização e cidadania
2.12- Educar para o exercício da cidadania
3.A convivência humana
3.1- Sociologia como ciência da sociedade
3.2- Fato social
3.3- Conceitos das Ciências Sociais
3.4- Sociabilidade
3.5- Isolamento social
3.6- Contatos Sociais
3.7- Comunicação
3.8- Interação Social
3.9- Processos Sociais
3.10- O coletivo
3.11- Aldeia e aldeia global
3.12- Diferenças Sociais
4.Cultura, sociedade e indústria cultural
4.1- Diferenças culturais
4.2- Cultura e sociedade
4.3- Cultura e ideologia
4.4- Diversidade cultural
4.5- Valores culturais brasileiros
4.6- Culturas erudita e popular e indústria cultural
4.7- A indústria cultural no Brasil
4.8- Cultura e contracultura
4.9- Relações entre educação e cultura
4.10- Os movimentos de contracultura
167
4.11- Relativismo e etnocentrismo cultural
4.12- Questões de gênero, étnicas e de outras minorias
4.13- Cultura Afro-Brasileira
5.Os agrupamentos sociais
5.1- Os agrupamentos sociais
5.2- Grupo social
5.3- Exclusão X Inclusão
5.4- Grupos e regras
5.5- Normas e sanções sociais
5.6- Símbolos
5.7- Valores sociais
5.8- Papéis sociais
5.9- Organização social
5.10- Direitos Humanos
6- Instituições sociais
6.1- As instituições sociais e o processo de socialização
6.2- Instituições familiares, educativas, religiosas, políticas,
econômicas, jurídicas, meios de comunicação.
6.3- A sociedade brasileira e as relações patrimonialistas e clientelistas
6.4- Como se processa a institucionalização
6.5- Origem das instituições sociais vigentes
6.6- Processos de mudança e implicações ideológicas
6.7- Família, Escola, Igreja, Direito, Estado, Segurança, Partidos
Políticos, Sindicatos, Comunicação
METODOLOGIA
No ensino de Sociologia o trabalho com o conhecimento sociológico
deve incentivar a observação, a pesquisa e a reflexão sobre as
168
sociedades e fenômenos sociais. Dessa forma, estará contribuindo para
que o aluno desenvolva sua autonomia intelectual, sendo capaz de
confrontar diferentes interpretações e construir sua própria versão de
mundo. Possibilitar a compreensão dos condicionantes econômicos,
políticos, sociais, demográficos e culturais da realidade brasileira
através de leitura crítica de textos (jornais, revistas, livros, charges,
etc.) vídeos, construindo referenciais de análise da sociedade
contemporânea.
Um filme, por exemplo, deve ser entendido também como um texto,
e como tal deve ser passível de uma leitura pelo aluno, pois o cinema e
a TV são dotados de linguagens próprias e compreendê-los não
significa apenas apreciar imagens e sons. É preciso que o professor
proponha uma leitura reflexiva, inserida em um determinado contexto.
Deve-se considerar as diferentes matrizes de pensamento para
ampliar as possibilidades de análise, tendo em vista a complexidade
dos fenômenos sociais, pois nenhum deles pode ser explicado apenas a
partir de uma única perspectiva teórica.
Assim, a construção de um campo de análise que amplie a
capacidade de compreensão da vida e do mundo, deve passar,
necessariamente, pela busca de pensamentos diversos que possam
colocar referências para uma investigação dos problemas
contemporâneos.
A sociedade brasileira será privilegiada, enquanto objeto de análise
e eixo de trabalho, proporcionando uma via de mão dupla: do
questionamento de seus problemas ao campo teórico que possibilite
sua compreensão propondo novos caminhos de investigação.
A construção de uma concepção de sociedade permitirá ao
estudante estabelecer relações entre os diferentes elementos que a
compõem compreendendo seus mecanismos de funcionamento como
uma totalidade, mas sendo capaz de expressar o que é diverso e
parcial.
169
A partir da construção dessa concepção de sociedade é possível ao
aluno compreender a emergência dos temas que hoje ocupam o
cenário das manifestações sociais, tais como de ordem étnica,
religiosa, racial, sexual, ecológica que exige uma discussão sobre a
diversidade cultural.
Deve-se proporcionar a compreensão de que diferentes
manifestações culturais são a legítima expressão dos povos,
nacionalidades, raças e etnias que buscam novas significações para
suas identidades coletivas. Através da discussão, possibilitar a
formação de uma identidade social e pessoal que permita ao aluno
respeitar o outro a partir do princípio de respeito mútuo. Junto desses,
proporcionar a compreensão da indústria cultural e suas relações entre
a cultura de massa e a cultura de elite.
Deve-se possibilitar ao aluno, a apreensão da tradição autoritária da
sociedade brasileira, visando a construção de noções sobre as relações
sociais e políticas daí decorrentes, contribuindo para que o aluno
apreenda as diferenças e semelhanças entre as várias formas de
hierarquização das relações sociais existentes na mesma.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:
23-Participação nas atividades;
24-Participação nas dinâmicas e discussões;
25-Argumentação nos debates;
26-Realização das atividades propostas;
27-Produção de texto;
28-Apresentação de alternativas e resultados;
29-Prova;
30-Desenvolvimento de pesquisas;
31-Dramatização;
170
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Orientações curriculares para o Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias. MEC/SEB, Brasília, 2006.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4 ed. Artmed. 2005
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 25ª ed. São Paulo-SP, 2004.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes Curriculares de Sociologia para a Educação Básica. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SOCIOLOGIA/ vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. 280 p.
COLÉGIO ESTADUAL CASTELO BRANCO – ENSINO MÉDIOPROFESSORAS: CLEIDES TEREZINHA FRIES GALVAN E MARILDE OLDONIÁREA DO CONHECIMENTO: SOCIOLOGIASÉRIE: 3ªHORAS/AULAS: 02 AULAS SEMANAISPERÍODO: 14/02/2008 a 18/12/2008
PLANO DE TRABALHO DOCENTE
CONTEÚDOS
1.Trabalho, produção e classes sociais
1.1- O processo de globalização da cultura e da economia;
1.2- O processo de mundialização da economia e a inserção do país no
mercado internacional;
1.3- A base econômica da sociedade: Os modos de produção
1.4- O estágio do desenvolvimento do capitalismo monopolista e
dependente da América Latina
1.5- Formas de controle social do mercado de trabalho
171
1.6- Desigualdades sociais e econômicas: Classes sociais, estratificação
e mobilidade social
1.7- Exclusão social
1.8- Trabalho e produção social
1.9- Salário e lucro
1.10- Empreendedorismo
1.11- Empregabilidade e produtividade
1.12- Análise e processamento de mercado
1.13- Desemprego conjuntural e estrutural
1.14- Subemprego e informalidade
1.15- Terceirização, voluntariado e cooperativismo
1.16- Agronegócio
1.17- Justiça social
1.18- Reforma trabalhista, CLT e Organização Internacional do
Trabalho
1.19- Reforma sindical
1.20- Estatização e privatização
1.21- Parcerias público-privadas
1.22- Relações de mercado
2- O subdesenvolvimento
2.1- Indicadores de subdesenvolvimento: vitais, econômicos, sociais,
políticos
2.2- Crescimento econômico e desenvolvimento
2.3- A origem do subdesenvolvimento
2.4- Importações e exportações brasileiras
2.5- A origem do déficit público no Brasil
2.6- A origem e a situação atual da dívida externa brasileira
2.7- Economia global
3- Poder, política e ideologia
3.1- Estado, sociedade civil e globalização
172
3.2- Instituições políticas, econômicas, jurídicas, meios de comunicação
3.3- Aparelhos ideológicos de reprodução social
3.4- Mudanças de conceitos, visão, metas, valores, competência
essencial
3.5- A representação política e as eleições
3.6- As relações de poder presente na sociedade brasileira
3.7- Política partidária
3.8- Construção de noções de sociedade política sociedade de direitos
individuais e coletivos, legitimidade e governo, representação,
participação e poder.
4- Mudança social
4.1- Mudança social e cidadania
4.2- Causas da mudança social
4.3- Invenções e difusão cultural
4.4- Fatores contrários e favoráveis à mudança social
4.5- Conseqüências da mudança social
5. Direito, cidadania e movimentos sociais
5.1- Direito
5.2- Legislação
5.3- Trabalho e mobilidade social
5.4- Mercado de trabalho e profissão
5.5- Profissionalização e ascensão social
5.6- A conquista dos direitos e deveres e o exercício da cidadania
5.7- A construção histórica dos direitos e deveres dos cidadãos
5.8- Movimentos sociais urbanos, estudantis, rurais e conservadores
METODOLOGIA
No ensino de Sociologia o trabalho com o conhecimento sociológico
deve incentivar a observação, a pesquisa e a reflexão sobre as
173
sociedades e fenômenos sociais. Dessa forma, contribuirá para que o
aluno desenvolva sua autonomia intelectual, sendo capaz de confrontar
diferentes interpretações e construir sua própria versão de mundo.
Possibilitará a compreensão dos condicionantes econômicos, políticos,
sociais, demográficos e culturais da realidade brasileira através de
leitura crítica de textos (jornais, revistas, livros, charges, etc.) vídeos,
construindo referenciais de análise da sociedade contemporânea.
Um filme, por exemplo, deve ser entendido também como um texto,
e como tal deve ser passível de uma leitura pelo aluno, pois o cinema e
a TV são dotados de linguagens próprias e compreendê-los não
significa apenas apreciar imagens e sons. É preciso propor uma leitura
reflexiva, inserida em um determinado contexto.
Deve-se considerar as diferentes matrizes de pensamento para
ampliar as possibilidades de análise, tendo em vista a complexidade
dos fenômenos sociais, pois nenhum deles pode ser explicado apenas a
partir de uma única perspectiva teórica.
Assim, a construção de um campo de análise que amplie a
capacidade de compreensão da vida e do mundo, passará,
necessariamente, pela busca de pensamentos diversos que possam
colocar referências para uma investigação dos problemas
contemporâneos.
A sociedade brasileira será privilegiada, enquanto objeto de análise
e eixo de trabalho, proporcionando uma via de mão dupla: do
questionamento de seus problemas ao campo teórico que possibilite
sua compreensão propondo novos caminhos de investigação.
A compreensão do mundo do trabalho será construída a partir de
diferentes perspectivas que abordem a revolução contemporânea no
seu modo de organização, bem como os diferentes determinantes da
sua divisão técnica, em nível internacional, observando as
especificações regionais e locais.
É de fundamental importância proporcionar uma visão sobre a
constituição das relações sociais em nível internacional e nacional.
174
Também é importante perceber o processo de globalização da
economia e da inserção do país no mercado internacional.
Nesse sentido, os alunos serão capazes de analisar e avaliar as
conseqüências sociais marcadas pela ordem mundial, e as dificuldades
de ingresso e permanência no mercado de trabalho formal.
A construção de uma concepção de sociedade permitirá ao
estudante estabelecer relações entre os diferentes elementos que a
compõem compreendendo seus mecanismos de funcionamento como
uma totalidade, mas sendo capaz de expressar o que é diverso e
parcial.
A partir da construção dessa concepção de sociedade é possível ao
aluno compreender a emergência dos temas que hoje ocupam o
cenário das manifestações sociais, tais como de ordem étnica,
religiosa, racial, sexual, ecológica que exige uma discussão sobre a
diversidade cultural.
O Estado pode ser visto como instituição social a partir da discussão
de suas origens, no contexto histórico e político que o construiu, e nas
suas diferentes formas de desenvolvimento e dinâmicas de
funcionamento.
Debates sobre o Estado e seus mecanismos clássicos de
funcionamento podem ser abordados: a conquista dos direitos e
deveres; o exercício da cidadania; a representação política e as
eleições em todos os níveis; o atendimento às demandas básicas
sociais.
Deve-se possibilitar ao aluno, a apreensão da tradição autoritária da
sociedade brasileira, visando à construção de noções sobre as relações
sociais e políticas daí decorrentes, contribuindo para que o aluno
apreenda as diferenças e semelhanças entre as várias formas de
hierarquização das relações sociais existentes na mesma.
Ampliar as possibilidades de exercício da cidadania a partir do
conhecimento sobre a construção histórica dos direitos e deveres dos
cidadãos, tendo em vista a construção de noções de sociedade política,
175
sociedade civil, direitos individuais e coletivos, legitimidade e
governabilidade, representação, participação e poder.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:
32-Participação nas atividades;
33-Participação nas dinâmicas e discussões;
34-Argumentação nos debates;
35-Realização das atividades propostas;
36-Produção de texto;
37-Apresentação de alternativas e resultados;
38-Prova;
39-Desenvolvimento de pesquisas;
40-Dramatização;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Orientações curriculares para o Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias. MEC/SEB, Brasília, 2006.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4 ed. Artmed. 2005
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 25ª ed. São Paulo-SP, 2004.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes Curriculares de Sociologia para a Educação Básica. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SOCIOLOGIA/ vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. 280 p.
176
DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: L.E.M.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A língua inglesa é um idioma de fundamental importância no mundo
globalizado de hoje. Cada vez mais pessoas estudam e falam inglês. Há então,
necessidade de se aprender a língua e conhecer a cultura de povos de primeiro
mundo, pois, se isto não acontecer, a conseqüente idealização desses povos
177
pode ser indesejável a formação da identidade cultural do povo brasileiro. Já há
algum tempo, o inglês tornou-se um dos principais veículos de comunicação nos
meios diplomáticos, no comércio mundial, nas competições esportivas, no
turismo, nos encontros de líderes políticos mundiais, nos congressos sobre
ciência, tecnologia, arte, etc dentre outras. A língua está em constante
transformação. Sua freqüência, seu uso vêm sofrendo transformações desde a
chegada da família real em 1808 até os dias atuais. O inglês tinha o seu espaço
garantido por ser o idioma mais usado nas transações comerciais. Então a língua
passa a ser vista como um conjunto de hábitos a serem automatizados e não
mais como um conjunto de regras a serem memorizadas.
Atualmente o ensino de língua inglesa nas escolas Públicas
principalmente no Ensino Médio, tem como prioridade a comunicação, a
interação social e a utilização das 4 habilidades: reading, listening, writing and
speaking. As abordagens de ensino de Língua Estrangeira vêm mudando desde o
final do final século passado até agora. Hoje enfatiza-se a abordagem
comunicativa, gerando inúmeras possibilidades a serem agregadas ao ensino de
um LEM. Esta abordagem surgiu com um papel de resgatar a língua como um
todo, da forma como ela ocorre na comunicação.
A aprendizagem e o ensino de uma língua estrangeira apresentam um
grande potencial em termos de desenvolvimento cognitivo, comunicativo e
afetivo do aluno, como o objetivo do Ensino Médio é a formação de um sujeito
crítico, capaz de interagir criticamente com o mundo a sua volta. Dar ao homem
condições de dominar sua própria língua e torná-lo mais apto a observar,
analisar, refletir e compreender o mundo para, então, transformá-lo. Fornecer
suporte para ir além do conhecimento do seu mundo, ampliar-lhe os horizontes
e colocá-lo frente a um contexto mais abrangente e global.
OBJETIVOS
Levando em consideração que o objeto de estudo da LEM é a Língua , e
esta interliga-se com a cultura, ideologia, sujeito e identidade, o professor deve
ao planejar, pensar na realidade que envolve o indivíduo, ter a percepção do
mundo que irá construir, de suas identidades e de seus sentidos, respeitando o
178
papel das línguas na sociedade, bem como sua importância no trabalho e
estudos posteriores.
Objetivos Gerais do ensino de Língua Inglesa
- Ampliar o universo do aluno, fazendo-o entrar em contato com a
cultura e a civilização de outros povos onde o idioma é falado e assim comunicar-
se de forma oral ou escrita com êxito.
- Tornar o aluno consciente da importância do estudo do inglês em suas
futuras atividades profissionais;
- Estimular o aluno a estabelecer analogias e diferenciações entre seu
país e outras civilizações. Reconhecendo e compreendendo a diversidade
lingüística e cultural;
- Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade.
Objetivos Específicos
- Revisar, ampliar e aprofundar as estruturas básicas da língua alvo;
- Incentivar o uso contínuo da abordagem comunicativa;
- Aumentar a compreensão da linguagem escrita através de textos,
exercícios e testes de compreensão;
- Consolidar e ampliar o vocabulário aprendido no Ensino Fundamental;
- Preparar o aluno para o seu ingresso na universidade e torna-lo apto a
enfrentar futuras atividades profissionais no mercado de trabalho;
- Desenvolver no aluno habilidades comunicativas de compreensão oral
(audição) e compreensão escrita (leitura); produção oral (conversação) e
produção escrita (redação);
- Propiciar ao aluno oportunidades para que ele reconheça que a língua
se desenvolve dentro de contextos específicos de interação social (contexto
situacional e cultural), e não isoladamente;
- Cooperar para que o aluno adquira uma conscientização reflexiva
sobre a língua inglesa e sobre sua própria língua;
179
- Capacitar o aluno a usar a língua inglesa em diferentes contextos,
principalmente na comunicação.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para que a aprendizagem de uma LEM ocorra, alguns saberes são
necessários. Estes, chamados de conteúdos estruturantes que se desdobram em
vários conteúdos específicos. Os conteúdos estruturantes se constituem através
da história, são legitimados socialmente e por isso são provisórios e processuais.
Conscientizando-se que a língua é fator decisivo na interação social,
utilizaremos o conteúdo estruturante – DISCURSO – através de formas dinâmicas
por meio da leitura, oralidade e escrita.
Se assumimos a interação como fundamento para o nosso trabalho,
precisamos pensar o ensino-aprendizagem de uma LEM como algo significativo
para o aluno, que realmente garanta a sua interação na língua meta . Isso se
dará através do discurso nos seus mais variados gêneros: orais, escritos e visuais
para que o estimulem a entrar no “universo” da LEM e a interagir com “ele”.
Optou-se por não estabelecer conteúdos por série, para isso o professor
deve se preocupar com a diversidade de textos existentes e a especificidade do
tratamento da Língua Estrangeira na prática pedagógica, a fim de estabelecer
critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino, de acordo com a
realidade da sala de aula, as condições de trabalho existentes na escola, a
interdisciplinaridade e o projeto pedagógico .
Para podermos dar continuidade ao estudo, tendo a manutenção da
progressão entre as séries, devem ser analisados os seguintes elementos:
a) conhecimentos lingüísticos: dizem respeito ao vocabulário, à fonética
e as regras gramaticais;
b) conhecimento discursivo: diferentes gêneros discursivos nas praticas
sociais;
c) conhecimentos culturais: tudo aquilo que sente,acredita, pensa, diz,
faz e tem uma sociedade; (contexto físico)
d) conhecimentos sócio-pragmáticos: valores ideológicos, sociais e
verbais ( contexto sócio-subjetivo)
180
Os elementos de interdiscurso e intradiscurso facilitarão para a
organização curricular, construindo sentidos e auxiliando os discentes na
construção de sua identidade, compreendendo a diversidade lingüística e
cultural.
SUGESTÕES DE CONTEÚDOS ESPECÍFICOS PARA O ENSINO MÉDIO
- Gêneros textuais;
- Percepção do conteúdo vinculado, interlocutores, assunto, fonte,
papéis sociais representados, intencionalidade, valor estético e condições de
produção ;
- Elementos coesivos e marcadores do discurso responsáveis pela
progressão textual, encadeamento das idéias e coerência do texto;
- Variedades lingüísticas: diferentes registros e graus de formalidade;
- Diversidade cultural: interna e externa, ou seja, entre as comunidades
de língua estrangeira e / ou de língua materna e , ainda, não âmbito de uma
mesma comunidade;
Conhecimentos lingüísticos: ortografia, fonética e fonologia, elementos
gramaticais.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Entende-se como metodologia da disciplina de língua inglesa a forma
ou maneira que as aulas são ministradas. A partir do conteúdo estruturante
Discurso como prática social, serão abordadas questões lingüísticas,
sociopragmáticas, culturais e discursivas, assim como as práticas do uso da
língua: leitura, escrita e oralidade. Levando sempre em consideração a realidade
em que o aluno está inserido, a escola, o professor, o clima, os materiais
didáticos disponíveis....
Antigamente a língua inglesa era elitizada, agora ela tem foco na
comunicação, na interação e troca social, nos valores sócio culturais e na ciência
do uso da língua.
181
A competência comunicativa deve ser voltada para o uso efetivo da
língua e não apenas para o estudo da ‘língua pela língua’, para a busca da
interação e não apenas da precisão, atendendo as necessidades dos alunos do
mundo real.
A comunicação verbal, escrita, oral ou visual será ponto de partida da
aula de LEM e se utilizará o texto como unidade de linguagem em uso que trará
uma problematização em ralação a um tema. A busca por sua solução deverá
despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática analítica e
crítica, ampliem seus conhecimentos lingüísticos e percebam as implicações
sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso.
Então as aulas são ministradas tentando atender essas necessidades.
Com a apresentação do discurso nos seus mais variados gêneros: orais, escritos
ou visuais, garantirá ao aluno o estímulo necessário para que entre no “
universo” da língua inglesa.
O maior objetivo é a produção de significados. A gramática, o contexto
sociolingüístico, os papéis dos falantes na situação, os meios não lingüísticos
(gestos, interjeições......) têm papel primordial nesse caso e a cultura funciona
também como pano de fundo para todas as interações.
Conhecer novas culturas implica constatar que uma cultura não é
necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim diferente. O conhecimento
de outra cultura colabora para a elaboração da consciência da própria
identidade, pois o aluno consegue perceber-se também como sujeito histórico e
socialmente constituído.
O centro da aula se desloca do professor, que perde seu papel de
autoridade detentora do conhecimento, para o aluno, que é visto como agente do
processo de aprendizagem e a ele será apresentado textos em diversos gêneros
textuais (publicitários, literários, informativos...) com a variedade discursiva
presente nas diversas práticas sociais tornando o leitor critico. Cabe ao professor
proporcionar elementos para que os avaliados consigam expressar-se.
Então o ensino de língua inglesa deve ultrapassar as questões técnicas
e instrumentais e se centrar na educação, pois para que o aluno reflita e
transforme a realidade que se apresenta, é preciso, que entenda essa realidade e
transforme a realidade que se apresenta, seus processos sociais, políticos,
econômicos, tecnológicos e culturais pois esta em constante mudança. O
182
aprendiz deixa de ser visto individualmente para ser visto como membro de um
grupo social e ele próprio fazer sua interação. Para isso, serão usadas as
seguintes metodologias:
- Aulas Expositivas e aulas práticas;
- Músicas;
- Act out;
- Puzzles;
- Filmes; trailers;
- Pesquisas de fatos relevantes;
- Produção de projetos;
- Produção de Jogos Lúdicos;
- Debates / Exposição de idéias;
- Exercícios orais;
- Produção de Cards, Cartazes;
- Produção de material explicativo para datas comemorativas;
- Mesa Redonda sobre as diferenças culturais;
- Produção de diálogos, frases;
- Apresentação em grupos;
- Aulas de Recuperação paralela;
- Atividades interdisciplinares.
- Literatura Inglesa ( livros, poemas, sonetos)
- Crossword,
- utilização da internet facilitando o conhecimento das demais culturas.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O ensino da Língua Estrangeira, tanto na escola ou fora dela, vem
carregado de lutas e transformações, desde a colonização até os tempos atuais.
Estas lutas acarretaram muitas conquistas decisivas à educação e
principalmente ao ensino da Língua Inglesa que não tinha muito espaço, pois
prevalecia o latim, o grego e o francês.
183
As metodologias passaram a ser avaliadas e reformuladas tendo em
vista a interação social. Quebrando barreiras, diminuindo a distância,
informatizando... enfim, revolucionando a esfera de ensino-aprendizagem.
A avaliação é a reflexão sobre as práticas pedagógicas atuantes
favorecendo o processo de ensino aprendizagem e propiciando ao aluno o
conhecimento da dimensão de seu próprio crescimento.
Com essa revolução, o papel do professor passou a ser ainda mais
importante e decisivo. Cabe ao professor adaptar suas necessidades e as dos
alunos. Cabe a ele selecionar, pesquisar, dosar, avaliar e utilizar os conteúdos
estruturantes de acordo com cada escola e/ou turma. Adaptar à realidade de sua
comunidade. A avaliação deve ser então significativa.
Esta não deve ser em momento algum punitiva, de controle ou um
simples instrumento de mediação da apreensão de conteúdos. Deve partir do
erro do aluno, partir das dificuldades, avanços e produções dos mesmos. O erro
deve ser visto como efeito da própria prática, um passo para que a
aprendizagem se efetive com sucesso.
Deve ser também diagnóstica e formativa, respeitando as diferenças
individuais. A participação, o comportamento, o esforço, o engajamento do
aluno... também serão levados em conta.
A avaliação será composta de atividades que desenvolvam as 4
habilidades: reading, listening, writinh and speaking, como: trabalhos, pesquisas,
apresentações de Act Out, a participação, Homeworks (deveres de casa),
puzzles, conceitos atitudinais, músicas, jogos lúdicos, ditados.
A avaliação será uma maneira de diagnosticar informações
relevantes demonstradas pelos alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Estado do Paraná. Língua Estrangeira Moderna. Secretaria de Estado da
Educação – SEED.
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FERRARI, Mariza Tiemann. Inglês: volume único: ensino médio. São Paulo:
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MARQUES, Amadeu. Reading Texts in English. São Paulo: Ática 1995.
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SARMENTO, S. (2001). O ensino de Cultura na aula de língua estrangeira:
O discurso e a prática do professor. Dissertação de mestrado. Porto Alegre:
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