condiÇÕes fÍsicas e materiais - colegio estadual … · 2012-02-10 · a construção coletiva...

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APRESENTAÇÃ O 5

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Page 1: CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS - COLEGIO ESTADUAL … · 2012-02-10 · A construção coletiva do PPP alarga as possibilidades de se avançar e atingir um certo nível de qualidade

APRESENTAÇÃO

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O Colégio Estadual Castelo Branco está localizado em Itapejara

D’Oeste – PR, Rua Fernando Ferrari nº 356.

A nova proposta da LDB, citada através das deliberações 007/99,

003/99, 005/97 Parecer 04/98, Estatuto da Criança e do Adolescente e

Currículo Básico propõe a reestruturação do Projeto Político

Pedagógico.

A reestruturação do PPP da escola se deu de forma gradativa e

coletiva em vários momentos do ano, sempre norteada pelas exigências

da LDB. Foram reuniões, questionários, discussões, conversas, debates,

onde se juntou pareceres, idéias, sugestões e críticas.

Quando se fala em projeto se pensa logo em futuro.

Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessa para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade em função de promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores. ( Veiga, 2001, p. 18 )

Com esse compromisso de trabalho formado é que se deu a

preparação e elaboração deste trabalho que norteará as nossas ações.

As dificuldades a serem superadas são muitas, pois sabemos que

construir no papel uma identidade escolar é uma tarefa árdua. Não se

pode perder de vista o objetivo de uma escola que é formar cidadãos

críticos, autônomos, participativos, e para isso é necessário orientar as

teorias e as ações educacionais no princípio de reflexão constante.

Desta maneira, construir uma identidade significa ter autonomia,

flexibilidade.

Neste documento deve constar a organização efetiva de todo o

trabalho escolar, as finalidades da escola, a estrutura organizacional, o

currículo, o tempo escolar, o processo de decisão, os projetos ,as

relações de trabalho e a avaliação.

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A construção coletiva do PPP alarga as possibilidades de se

avançar e atingir um certo nível de qualidade na educação, deixando

para trás algumas práticas e conceitos defasados no presente.

O Projeto Político Pedagógico constitui –se num processo democrático de tomada de decisões, com o objetivo de organizar o trabalho pedagógico, no sentido de trabalhar conflitos na busca de superar relações competitivas, corporativas e autoritárias, diminuindo a fragmentação escolar. É construído com o envolvimento de todos, pela discussão, análise e posicionamento, e se organiza a nível pedagógico e político. Político, porque intecionamos a formação de um determinado tipo de homem, escola e sociedade, sendo necessária a interferência nesta direção, comprometendo – nos com a concretização desta intencionalidade.Pedagógico porque efetivamos estas concepções através da ação educativa, que deve nos remeter a uma reflexão sobre a relação do homem no mundo e com o mundo e a explicação destes determinantes. Por ser um projeto, não está pronto e acabado, uma vez que supõe uma busca constante de alternativas viáveis à efetivação do trabalho pedagógico, exigindo uma atitude de pesquisa e reflexão sobre a realidade cultural do aluno, da escola e das práticas educativas numa perspectiva não excludente.” ( Proposta Curricular de Santa Catarina: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, edição 1998 )

Seguindo este pensamento, temos neste primeiro momento o

esboço, da verdadeira reestruturação que queremos que aconteça nos

próximos anos na educação.

A falta de tempo não oportunizou a discussão mais aprofundada

de toda a problemática e complexidade que envolve a reestruturação

de um Projeto Político Pedagógico.

A participação de todos os segmentos escolares ainda não é

satisfatória pois, alguns não tomaram consciência da importância da

elaboração coletiva deste projeto.

Sabemos não ser uma tarefa fácil fazer mudanças e que estas,

também não serão radicais, porém são necessárias para que o processo

evolua, afinal este é o objetivo maior do ser humano: evoluir.

IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

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Este estabelecimento de ensino denomina-se Colégio Estadual

Castelo Branco – Ensino Médio. Está localizado à Rua Fernando

Ferrari, n.º 356 , Telefone: (46) 3526 1426, CEP 85 580 000, na

cidade e Município de Itapejara D’Oeste, Estado do Paraná, do NRE de

Pato Branco, e é mantido pelo Poder Público Estadual e administrado

pela Secretaria de Estado da Educação, oferta o Ensino Médio

modalidade regular, observando a legislação e as normas

especificamente aplicáveis. O Ato Oficial de Autorização de

Funcionamento deste Estabelecimento é a Resolução 2865/81 de

29/12/81, e o Ato de Reconhecimento é a Resolução 852/83 de

15/04/83. O Ato Oficial de Reconhecimento do Ensino Médio é a

Resolução nº 2743/02 de 08/08/02.

ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA

Em 1969, na quadra 35, com frente à Rua Salgado Filho, a

Prefeitura Municipal de Itapejara D’Oeste em convênio com a

FUNDEPAR, construiu um prédio de madeira, com seis salas de aula.

Em caráter provisório foi nomeado para responder pela direção o

professor Arlindo Alebrant, Resolução n.º 92.233/69 de 22/10/69.

Em 1970, pelo Decreto n.º 17.867, foi criado o Grupo Escolar

“Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco” do Município de

Itapejara D’ Oeste – Ensino Primário, conforme Diário Oficial n.º 256,

de 08/01/70.

Em 1971, pelo decreto n.º 21.858, de 11/02/70, foi criado o

Colégio Comercial Estadual de Itapejara D`Oeste – Ensino de 2º Grau,

com Habilitação Técnica de Contabilidade, tendo como primeiro

Diretor Professor Rui Maziero Dalmolin. Era situado à Rua Rui

Barbosa, s/n - Centro - Itapejara D’ Oeste, PR, onde funcionou até o

final do ano letivo de l975. No início de l976, foi transferido para a Rua

Fernando Ferrari, s/n – Centro – onde funcionava o Grupo Escolar

Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco.

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Iniciaram o curso em 1970, 61 alunos e concluíram em 1972, 24

alunos.

Em 1975, iniciou-se a construção do prédio em alvenaria, em

convênio com a FUNDEPAR e Prefeitura Municipal de Itapejara D

´Oeste.

Em 1976, foi inaugurado o primeiro bloco, com seis salas de aula.

Em 1977, foi concluído o segundo bloco onde funcionava a parte

administrativa, biblioteca, sanitários e uma área de recreação.

Em l979, foi dado início à reorganização do Ensino de acordo com

a Lei n.º. 5.692/71.

Em 1980, deu-se a implantação gradativa das Habilitações Básico

em Saúde e Básico em Comércio, pelo Parecer n.º 630/79. Esses cursos

foram autorizados a funcionar pela Resolução n.º 1964/82 de 22/07/82,

reconhecidos pela Resolução n.º 852/83 de 15/04/83, tendo como

Diretor o professor Celito Mattos.

Em 1980, iniciaram o Curso Básico em Saúde 70 alunos e, em

1982, 16 alunos concluíram o Curso.

Em 1980, 37 alunos iniciaram o Curso Básico em Comércio e, em

1982, 7 concluíram o Curso.

Em l981, pela Resolução n.º. 2.865/81 de 29/12/81, o

Estabelecimento passou a denominar-se Escola Castelo Branco –

Ensino de 1º Grau, pertencendo ao Complexo Escolar Padre Marcelino

Champagnat – Ensino de 1º Grau. Pela Resolução 1964/82, o Complexo

passou a denominar-se Complexo Escolar Padre Marcelino

Champagnat – Ensino de 1º e 2º Graus, com integração no Complexo

do Colégio Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino de

2º Grau, sendo que este Colégio e a Escola Castelo Branco – Ensino de

1º Grau, passaram a formar uma unidade escolar com a denominação:

Colégio Estadual Castelo Branco – Ensino de 1º e 2º Graus.

Em 1983, pela Resolução 2424/84 de 04/05/84, com implantação

gradativa, foi autorizado o Curso Propedêutico, a nível de 2º grau. No

mesmo ano teve início a cessação gradativa dos Cursos Básicos em

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Saúde e Comércio. O Curso Propedêutico ficou reconhecido pela

Resolução n.º 4095/85 de 22/08/85.

Em 1983 iniciaram o Curso Propedêutico 60 alunos e em 1985, 8

alunos concluíram o Curso.

A partir de 1988, o Curso Propedêutico passou a denominar-se

Educação Geral, com alterações na grade curricular e implantação

simultânea (Parecer 732/87).

Em 1989, com nova alteração da grade curricular Parecer

448/89, o nome passa a ser Educação Geral - Preparação Universal.

Em 1988 iniciaram o Curso Educação Geral – Preparação

Universal, 90 alunos e 31 alunos concluíram o Curso em 1990.

Em 1986, pela Resolução n.º 260/86 de 16/01/86 ficou autorizado

a funcionar o Curso Magistério, com implantação gradativa,

reconhecido pela Res. N.º 217/89. Iniciaram o Curso 45 alunos e 23

concluíram em 1988.

Em 1991, com a reformulação do Plano de Estudos, a SEED-PR

implanta gradativamente, a habilitação Magistério com duração de

quatro anos, Parecer n.º 625/90.

Em 1991, 23 alunos iniciaram o curso Magistério – 4 anos e 4

alunas concluíram.

A partir de 1992, com a municipalização do ensino, cessaram, em

caráter definitivo, as atividades escolares relativas ao Ensino das

quatro primeiras séries do 1º Grau, sendo que, desde então, este

Estabelecimento de Ensino passa a ofertar somente o Ensino de 2o

Grau, com os cursos de Educação Geral – Preparação Universal e

Habilitação Magistério. Este Estabelecimento de Ensino passou a

denominar-se: Colégio Estadual Castelo Branco – Ensino de 2o Grau.

Em 1996, por exigência da SEED-PR foi aderido ao PROEM, com

a Res. N.º 4394/96, que determinou a cessação gradativa dos cursos

de Magistério.

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Em 1997, começa a reformulação do ensino de acordo com a

Nova LDB, Lei n.º 9394/96. E em 1998, o Colégio Estadual Castelo

Branco – Ensino de 2o Grau, passa a denominar-se Colégio Estadual

Castelo Branco - Ensino Médio. Neste ano, de acordo com a Lei

9394/96, Parecer 15/98 e Resolução 03/98, é elaborada a proposta

curricular do Curso de Ensino Médio, que é implantada gradativamente

a partir de 1999, com a cessação gradativa do Curso de Educação

Geral – Preparação Universal.

Iniciaram o curso de Ensino Médio no ano de 1999, 374 alunos

tendo sua conclusão no ano de 2001.

Em 1996, iniciou a cessação gradativa do curso de Magistério.

Em 1998, com o Programa Expansão Melhoria e Inovação no Ensino

Médio do Paraná – PROEM, foi construído, em convênio entre SEED e

APM do Colégio Castelo Branco, tendo como coordenadores na

execução do projeto a diretora da escola Odila Salete Debona Biesek e

o presidente da APM, Sr. José Constantino, mais um bloco de alvenaria,

onde funciona o Laboratório de Informática e Biblioteca. Foi feito

também uma reforma geral nos dois blocos, adequação dos ambientes

e construção da quadra de esporte polivalente.

Em 1999, encerra-se definitivamente o Curso Profissionalizante de

Magistério com a formatura de 16 alunas.

Em 2002, um projeto em parceria com a Prefeitura Municipal,

possibiltou a cobertura da quadra de esportes.

Diretores que atuaram neste estabelecimento desde sua

implantação:

- Arlindo Alebrant - Resolução n.º 92.233/69 de 22/10/69

- Dejanira Alebrant - Resolução nº 282/76 de 13/02/76

- Celito Mattos - Resolução n.º 406/77

- Resolução n.º 348/80

- Resolução n.º 2689/83

- Eronita Maria Pastro Batista Vieira - Resolução n.º 5601/85 -

31/12/85

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- Rui Maziero Dal Molin - Portaria n.º - 466/71 - 02/02/71

Resolução n.º 4882/87 -

Portaria n.º 1078/88 - 01/02/88

- Verônica Strelow Matos - Resolução n.º 3423/89 - 02/01/90

Resolução n.º 04393/93

- Roseli Teresinha Alves Biesek - Resolução n.º 02727/94 -

20/06/94

- Cleides Teresinha Fries Galvan - Resolução n.º 4016/94 -

- Resolução n.º 04693/96

- Odila Salete Debona Biesek - Resolução n.º 4.292/97 - D.O.E

20/01/98

- Seila Maria de Oliveira Dariva – Resolução nº 3069/2001 D. O. E.

31/01/02

- Seila Maria de Oliveira Dariva – Resolução nº 4254/2003 D. O. E.

23/01/04

- Seila Maria de Oliveira Dariva _ Resolução nº 58/2006 D. O. E.

16/01/06

CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS

Espaço físico

O Colégio Estadual Castelo Branco conta hoje com uma área

construída de 1.233 m². São salas de aula, laboratório de Ciências,

laboratório de Informática, Biblioteca, sala dos professores, cozinha,

secretaria, sala da Equipe Pedagógica e sala da Direção, banheiros,

almoxarifado e quadra esportiva coberta. Conta ainda com saguão

coberto e possui uma área livre.

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Material didático disponível

Estufa de laboratório Máquina de escrever manual

Vídeos cassetes

Quadro negro

Balança

Microscópio binocular

Duplicadora

Antena parabólica e antena de Internet via satélite

Televisores a cores

DVDs

Mimeógrafo a álcool

Episcópio

Caixa acústica

Projetor de slides

Aparelhos de som

Computadores

Impressoras

Amplificador

Retroprojetores

Globo mundi

Videoscópio

Microfones

Caixas de som ambiente

Telas para projeção

Máquina de escrever eletrônica

Scanner

Fitas de vídeo cassete

Bolas de vôlei

Bolas de handebol

Bolas de futebol de salão

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Bolas de futebol de campo

Bolas de basquete

Redes de vôlei

Redes de futebol de salão

Mesas de pingue-pongue

Raquetes de pingue-pongue

Colchonetes

Mapas: 2 tabela periódica

1 elementos químicos

9 conjuntos do corpo humano ( 7 mapas cada)

1 esqueleto humano

1 moléstias

1 Presidentes

1 Sistema solar

1 minerais

3 Paraná

3 América

1 América do Sul

4 Brasil Físico

4 Brasil Político

1 Região Sul

2 Mundi Político

1 Mundi Físico

1 África Político

1 Ásia Político

1 Oceania Político

1 Europa Político

1 quadro mural – alunos

2 quadro mural - professores

Material geométrico em madeira

OFERTA DE CURSOS E TURMAS

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Atualmente o Colégio funciona em dois turnos – manhã e noite, e

oferta apenas o Curso de Ensino Médio. São 483 alunos no total.

No período da manhã há 303 alunos matriculados, divididos em

oito turmas, sendo três de 1ª série, três turmas de 2ª série e duas de 3ª

série. No período da noite há 180 alunos matrículados, divididos em

cinco turmas. Duas turmas de 1ª série, duas de 2ª série e uma de 3ª

série. Há turmas com uma média boa de alunos e outras com excesso.

Este Estabelecimento de Ensino oferta a seus alunos, serviços

educacionais com base nos seguintes princípios, emanados das

Constituições Federal e Estadual e da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, Lei n.º 9394/96, de 20 de dezembro de 1996:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na

escola;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a

cultura, o pensamento, a arte e o saber;

III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII – valorização do profissional da educação escolar;

VIII – gestão democrática do ensino público;

IX - garantia do padrão de qualidade;

X – valorização da experiência extra-escolar;

XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas

sociais. (Art. 2º )

O Ensino Médio, etapa final da educação básica, com duração

mínima de 3 anos, tem por finalidades( Art. 35):

I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos

adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o

prosseguimento de estudos;

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II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do

educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se

adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou

aperfeiçoamento posteriores;

III - O aprimoramento do educando como pessoa humana,

incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia

intelectual e do pensamento crítico;

IV - A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos

processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no

ensino de cada disciplina.

O currículo deste Estabelecimento de Ensino foi elaborado

observando o que determina o Art. 36 da Lei 9394/96 :

I – destaca a educação tecnológica básica, a compreensão do

significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de

transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como

instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da

cidadania;

II – adota metodologias de ensino e de avaliação que estimulam a

iniciativa dos estudantes;

III – inclui uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina

obrigatória;

Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação são

organizadas de tal forma que, ao final do Ensino Médio, o educando

demonstre:

I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem

a produção moderna;

II – conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;

III – domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia

necessários ao exercício da cidadania.

A história do Colégio Estadual Castelo Branco – Ensino Médio é

uma história de luta, já que vem enfrentando desde sua criação as

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dificuldades com a falta de profissionais em algumas áreas, a falta de

recursos financeiros e materiais, entre outras dificuldades.

CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO

A região na qual se localiza o município de Itapejara D’Oeste é

predominantemente agrícola. Aproximadamente metade dos alunos

provêm da área agrícola ou são filhos de agricultores. Muitos moram

fora da zona urbana, mas se locomovem diariamente para trabalhar.

Trabalham em fábricas de massas, jeans ou no Frigorífico local.

Os alunos, na grande maioria, se encontram na idade e série

compatível, poucos são aqueles que voltaram a estudar depois de

alguns anos parados. São jovens, alegres e ativos.

Neste ano de 2007, a faixa etária dos alunos matriculados no

Colégio está entre 14 e 20 anos, totalizando 483 alunos matriculados.

Deste total, 166 alunos utilizam transporte escolar.

A população é conhecida por sua simpatia e hospitalidade.

Grande parte dos alunos que freqüentam o Colégio Estadual

Castelo Branco – Ensino Médio, apresentam dificuldades sócio-

econômicas, com índices culturais e sociais satisfatórios em relação ao

nível nacional.

Não existe em nosso meio diferenças acentuadas quanto à cultura

e religião. Predomina o Cristianismo, Igreja Católica.

EQUIPE DE PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS, DIREÇÃO E

PEDAGOGO

Funcionários

Funcionário Função VinculoAngelina Telhoen Aux. De Serviços Gerais QPPEIvani Stefanello Aux. De Serviços Gerais CLADIvete Crestani Aux. De Serviços Gerais QPPE

Leonice Moraes da Costa Aux. De Serviços Gerais CLAD

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Loize Cristine de Oliveira Assistente de Execução QPPELuiz Maziero Dal Molin Dentista QPPE

Neusa de Oliveira Tec. Administrativo QPPEPatrícia de Souza Tec. Administrativo QPPE

Thomaz Edson S. L. de

Witt

Tec. Administrativo QPPE

Vanilsse dos Santos Aux. De Serviços Gerais QPPE

Professores

Professores Disciplina Formação VínculoAlevino Camargo Matemática/

Física

Especialista QPM

Clarice Pompeu da

Silva

Biologia Especialista QPM

Cláudia Rottini

Domingues

Português/Inglês Especialista QPM

Cleides Fries Galvan Filosofia Especialista QPMDébora Bortolon Inglês/Arte Especialista QPMGeni de Azevedo

Kozerski

Biologia Especialista SC02

Josaine Venturin Física/

Matemática

Especialista QPM

Jose Oneta Fermiano Português Especialista SC02Kátia Aparecida da

Rosa

Biologia Especialista QPM

Lorena Maria

Vendruscolo

Geografia Especialista SC02

Leoni Callegari Química Especialista SCO2Márcia Biesek Educação Física Especialista QPMMaria Olivia Rottini Arte/Sociologia Especialista REPRMarilde Oldoni Arte/Sociologia Especialista SC02Marleide Lussi História Especialista QPMMarli Fiorentin Matemática Especialista QPMMirian Calgarotto Geografia Especialista SC02Natalina de Oliveira História Especialista REPRNeuri Testa Geografia Especialista QPMOdila S. Debona Biesek Português Especialista QPMOsni Zioli Educação Física Especialista QPMRosalina Cordeiro História Especialista REPR

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Pedagogos e Secretária

Nome Formação VínculoHelena Lucini Gnoatto Especialista QPMLeonilde Colle Especialista QPMLucila Biezus Lucini Especialista QPM

Direção:

Nome Função Formação VínculoSeila de Oliveira

Dariva

Direção Especialista QPM

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OBJETIVOS

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Objetivo geral

O Ensino Médio tem como principal objetivo proporcionar

ao aluno condições básicas para o mundo do trabalho no

exercício da cidadania, dotando o educando dos instrumentos que

lhes permitam continuar aprendendo, tendo em vista o

desenvolvimento para a compreensão dos fundamentos

científicos e tecnológicos dos processos produtivos e integrar de

forma humanizada a família, a escola e a comunidade.

De acordo com a LDB 9394/96 as finalidades do Ensino

Médio são:

- consolidar e aprofundar o que foi aprendido no ensino

fundamental;

- preparar o aluno para o trabalho e a cidadania, para

que ele continue aprendendo no decorrer da sua vida;

- aprimorar o aluno como pessoa humana, através da

formação ética, da independência intelectual e do

pensamento crítico;

- propiciar a compreensão dos fundamentos da ciência e

da técnica, relacionando a teoria e a prática em cada

disciplina.

Objetivos específicos

- 1. Aprimorar e formalizar os conhecimentos trazidos pelo

educando, possibilitando ao mesmo a continuação dos seus

estudos.

- 2. Assegurar a todos a oportunidade de consolidação e

aprofundamento dos conhecimentos adquiridos nos níveis

anteriores.

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- 3. Promover o desenvolvimento dos indivíduos envolvidos no

processo de educação de forma ampla e irrestrita, no mais

pleno sentido da palavra.

- 4. Oportunizar o exercício da cidadania, reforçando sempre os

valores pregados pela instituição: Responsabilidade,

Igualdade, Justiça, Respeito e Solidariedade.

- 5. Construir um ambiente de trabalho e aprendizado baseado

na superação das desigualdades e no respeito ao ser humano e

suas capacidades tão diversas.

- 6 . Criar um ambiente de reflexão e busca de aprimoramento

constante em todas as áreas de trabalho e conhecimento.

- 7. Buscar incessantemente melhorar a qualidade do ensino

público respeitadas as normas vigentes.

- 8. Integrar escola, família e comunidade, conscientizando

sempre da importância de lutar juntos pela melhoria da

educação.

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MARCO

SITUACIONAL

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DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO

MUNICÍPIO E DA ESCOLA

A sociedade atual vive processo de mudanças. É uma sociedade

em crise, que busca alternativas de desenvolvimento e crescimento

econômico. O modelo capitalista existente, a globalização, as políticas

neoliberais provocam a desigualdade social, a má distribuição de

renda, promovendo a competitividade, o individualismo, o

materialismo, e conseqüentemente gera a pobreza (econômica,

educacional, social, cultural). A dificuldade de organização e união

limita a luta pelos direitos fundamentais. Havendo necessidade de se

investir em Educação, despertar para a ação crítica e liderança.

Nos últimos anos o estado está investindo mais em políticas

públicas e educacionais contemplando a diversidade, tentando

democratizar o ensino através de cotas distribuídas para negros, índios

e escolas públicas. A princípio são emergenciais, mas não ideais,

necessitando portanto, a longo prazo serem repensadas.

Em relação ao estado do Paraná, suas políticas públicas

educacionais se diferenciam pela valorização do profissional através de

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lutas coletivas, desenvolvem demais ações da LDB 9394/96 porém, a

luta da educação continua por mudanças reais na sociedade.

Quanto ao aspecto social e cultural, a população constitui-se

diversas etnias, apresentando diversidades culturais e religiosas. As

tradições específicas são restritas a determinadas regiões, havendo no

geral uma mistura devido a hegemonia das raças. Está haveno

modificação nos valores e costumes. Com a revolução urbana o

aumento das cidades e de habitantes acelera as desigualdades sociais e

o problema da exclusão social, o qual se concentra nas cidades como

ocorre no resto do país necessitando de novos paradigmas para

enfrentar tal situação.

No que se refere à economia, o estado do Paraná encontra-se em

fase de industrialização, predominando ainda como base desta o setor

agro-pastoril.

A nível do Município de Itapejara D´Oeste, predomina na

economia pequenas propriedades com produção diversificada:

agricultura, agropecuária, criação de aves, ampliação de indústrias,

agroindústrias e cooperativas.

Quanto à educação de Pré a 4ª série, esta é municipalizada e

atende a maior parte da clientela nesta faixa etária. Todos têm acesso à

educação básica no ensino fundamental de primeira fase, atendendo

todas as exigências da lei.

Neste ano atende a um mil e duzentos alunos e garante acesso

àqueles que não tiveram oportunidade de estudar na fase escolar,

através da EJA.

O Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série possui setecentos e

sessenta alunos regularmente matriculados e o Ensino Médio,

quatrocentos e quarenta e seis alunos. Os alunos do Ensino Médio são

os alunos do Colégio Estadual Castelo Branco, já que é o único

estabelecimento que oferece este nível de ensino no Município.

Percebe-se que há uma diferença relevante de evasão entre os

níveis de ensino. Com base nos dados citados há uma preocupação com

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estas diferenças, sendo um desafio atender a meta de democratização

de acesso a todos.

ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA

PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Realidade que temos e a que queremos

A situação encontrada em nossa escola não condiz com os ideais

de grandes educadores, famílias e profissionais da educação.

A realidade que temos:

- Novas constituições familiares;

- Individualismo;

- Interesses lucrativos;

- Falta de consciência de povo;

- Falta de auto-estima;

- Desmotivação.

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no

trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de

cultura e de agir social a partir das condições geridas pelo processo de

transformação da base econômica.

Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como

funciona a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário

compreender as leis que regem o desenvolvimento da sociedade.

Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas sim de leis

históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.

Atílio Boron (1986) questiona, que tipo de sociedade deixa como

legado estes 15 anos de hegemonia ideológica do Neoliberalismo? Uma

sociedade heterogênia e fragmentada, marcada por profunda

desigualdade de todo o tipo – classe, etnia, gêneros, religião etc. – que

foram exarcebadas com a aplicação das políticas neoliberais. Uma

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sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas velocidades”

como costuma ser denominada na Europa, porque há um amplo setor

social, um terço excluído e fatalmente condenado à marginalidade e

que não pode ser “reconvertido” em termos laborais, nem inserir-se

nos mercados de trabalho formais dos capitais desenvolvidos. Essa

crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas

conservadoras, foi por sua vez reforçada pelo excepcional avanço

tecnológico e científico e seu impacto sobre o paradigma produtivo

contemporâneo.

Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é,

portanto, aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto. A

democracia pressupõe uma possibilidade de participação do conjunto

dos membros da sociedade em todos os processos decisórios que dizem

respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc.).

Raul Pont no texto sobre democracia representativa e democracia

participativa conclui que nossa convicção funda-se no processo

histórico que nos ensina que não há verdades eternas e absolutas nas

relações entre sociedade e o Estado e que estas se fazem e se refazem

pelo protagonismo dos seres sociais e que a busca de uma democracia

substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e

igualdade social, continua sendo um horizonte histórico, em suma,

nossa utopia para a humanidade.

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MARCO

CONCEITUAL

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CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Atualmente vem ocorrendo transformações rápidas na sociedade,

e nós estamos descompassados, pois não conseguimos entendê-la como

funciona e somos ludibriados pela mídia e pela ideologia da classe

dominante.

Nos deparamos com diversos problemas como: famílias

desestruturadas; individualismo; interesses lucrativos; falta de

consciência de povo; falta auto-estima; desânimo.

Diante disso, o próprio sentido da escola, sua função social e a

natureza do trabalho educativo são questionados. E enquanto docentes,

aparecemos sem iniciativa, “arredados ou deslocados pela força

arroladora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de acontecimentos que

tornaram obsoletos os conteúdos e as praticas educativas” (Péres

Gómes, 1998). E para que isso não aconteça é que precisamos entender

claramente em que tipo de sociedade estamos inseridos.

Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por

uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada

pelas experiências individuais do homem, havendo uma

interdependência em todas as formas da atividade humana,

desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições

sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e é o jeito

especifico do homem realizar sua humildade, sendo que:

“A sociedade configura todas as experiências individuais do

homem, transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos

adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder

de cada individuo engendra e que oferece a sua comunidade. Nesse

sentido a sociedade cria o homem para si”. (Pinto, 1994).

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no

trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de

cultura e de agir social a partir das condições geridas pelo processo de

transformação da base econômica.

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Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como

funciona a sociedade não pode se limitar à aparência. É necessário

compreender as leis que regem o desenvolvimento da sociedade.

Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas sim de leis

históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.

Atílio Boron (1986) questiona que tipo de sociedade deixa como

legado estes 15 anos de hegemonia ideológica do Neoliberalismo? Uma

sociedade heterogênia e fragmentada, marcada por profunda

desigualdade de todo o tipo – classe etnia gêneros, religião etc. – que

foram exarcebadas com a aplicação das políticas neoliberais. Uma

sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas velocidades”

como costuma ser denominada na Europa, porque há um amplo setor

social, um terço excluído e fatalmente condenado à marginalidade e

que não pode ser “reconvertido” em termos laborais, nem se inserir

nos mercados de trabalho formais dos capitais desenvolvidos. Essa

crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas

conservadoras, foi por sua vez reforçada pelo excepcional avanço

tecnológico e cientifico e seu impacto sobre o paradigma produtivo

contemporâneo.

Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é,

portanto, aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto. A

democracia pressupõe uma possibilidade de participação do conjunto

dos membros da sociedade em todos os processos decisórios que dizem

respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc.).

Raul Pont no texto sobre democracia representativa e democracia

participativa conclui que nossa convicção funda-se no processo

histórico que nos ensina que não há verdades eternas e absolutas nas

relações entre sociedade e o Estado e que estas se fazem e se refazem

pelo protagonismo dos seres sociais e que a busca de uma democracia

substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e

igualdade social, continua sendo um horizonte histórico, em suma,

nossa utopia para a humanidade.

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CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza

transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse

processo de transformação, ele envolve múltiplas relações em

determinado momento histórico, assim, acumula experiências e em

decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e

planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-

materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem,

conforme Saviani (1992):

“O homem necessita produzir continuamente sua própria

existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que

adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho”.

Considerando o homem um ser social, que atua e interfere na

sociedade, que se encontra com o outro nas relações familiares,

comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo

assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da

sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro

(...) é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais transcende-as e reorganiza-as, superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva compreende suas condições existenciais transcende-as e reorganiza-as superando a condição de objeto caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva.

Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser

histórico, faz-se necessário compreendê-lo em suas relações inerentes

a natureza humana. O homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um

ser que se pronuncia sobre a realidade.

CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

O conhecimento hoje é fragmentado, a educação procura ser

libertadora.

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A educação é uma prática social, uma atividade específica dos

homens situando-os dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o

mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas

relações de trabalho.

Segundo Pinto ( 1994), a educação é um processo histórico de

criação do homem para a sociedade e simultaneamente de modificação

da sociedade para benefício do homem.

É o processo pela dimensão histórica por representar a própria

história individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.

É um fato existencial porque o homem se faz ser homem –

processo constitutivo do ser humano.

É um fato social pelas relações de interesses e valores que

movem a sociedade, num movimento contraditório de reprodução do

presente e da expectativa de transformação futura.

É intencional ao pretender formar um homem com um conceito

prévio de homem.

É libertadora porque segundo Boff (2000), se faz necessário

desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia integral,

capaz de produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e

ecologicamente sustentado.

Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que formam

o ser humano para gestar uma democracia aberta .

São eles:

- A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos

adequados para pensar a sua prática individual e social e para ganhar

uma visão globalizante da realidade que possa orientar em sua vida.

- A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento

científico, político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da

história para garantir-lhe a satisfação de suas necessidades e realizar

suas aspirações;

- A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos

instrumentos de avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-

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lo e acrescentar-lhe novos conhecimentos através de todas as

faculdades cognitivas humanas.

Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a

educação tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do

homem que dela necessita para constituir-se e transformar a realidade.

CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicar as

relações entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é

produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho.

Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de

seu trabalho e nem dos conhecimentos produzidos nestas relações

porque o trabalhador não domina as formas de produção e

sistematização do conhecimento. Segundo Marx e Engels

a classe que tem à disposição os modos de produção material controla concomitante os meios de produção intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as idéias que carecem desses meios ficam subordinadas a ela (Frigotto,1993.)

Ainda nesse sentido, Andrey (1998) confirma que “nesse processo

do desenvolvimento humano multideterminado e que envolve inter-

relações e interferências recíprocas entre idéia e condições materiais,

a base econômica será o determinante fundamental”.

Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes formas:

Censo comum, científico, teológico e estético, pressupondo diferentes

concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre si,

sobre o mundo e sobre o conhecimento.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e

das condições sociais que o geram configurando as dinâmicas

históricas que representam as necessidades do homem a cada

momento, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade,

novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando

portanto, a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz

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conseqüências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do

conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações. E,

conforme Veiga, um passo para isso é a construção coletiva do projeto

político da escola .

“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera

simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa e

aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é

resultado de fatos, conceitos, e generalizações, sendo portanto, o

objeto de trabalho do professor.

Para Boff,

Conhecer implica pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar consciência e capacidade de conceitualização. O ato de conhecer, portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação. (2000).

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no

social gerando mudanças internas e externas no cidadão e nas relações

sociais, tendo sempre uma intencionalidade.

Conforme Freire, “O conhecimento é sempre conhecimento de

alguma coisa, é sempre “intencionado”, isto é, está sempre dirigido

para alguma coisa” (2003). Portanto, há de se ter certeza com relação

ao conhecimento escolar, pois como destaca Severino, “educar contra-

ideologicamente” é utilizar, com a devida competência e criatividade,

as ferramentas do conhecimento, as únicas de que efetivamente o

homem dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua

existência real”.(1988).

CONCEPÇÃO DE ESCOLA

O século XXI traz profundas marcas das desigualdades sociais

que se expressam através da miséria, calamidades sociais, na fome

que aflige milhões de seres humanos e na grande riqueza de poucos .

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A escola ocupa um lugar de destaque no contexto das

instituições capazes de contribuir para mudar essa realidade. Por

isso, deve-se trabalhar a reflexão, a investigação e as possibilidades

de mudanças, a partir de temas contemporâneos que geram impactos

na qualidade de vida das pessoas: a promoção da saúde; a ética como

princípio das relações sociais; a cidadania como base no conhecimento

de direitos sociais; o usufruto ambiental, a defesa da vida, como

garantia da condição humana; a pluralidade de cultural do gênero

humano, os impactos sociais advindos da tecnologia.

Esses são apenas alguns temas, entre tantos outros possíveis de

reflexão, debate e ação na consolidação de uma qualidade social de

vida para todos. Todavia, são temas que precisam ser traduzidos para

uma linguagem discursiva que garanta a todos os freqüentadores da

escola o amplo acesso e domínio das questões que abordam. Assim,

trata-se de uma garantia de direitos a cidadania.

CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Em 1988, a UNESCO gerou quatro premissas norteadoras para o

processo ensino-aprendizagem: aprender a conhecer, aprender a fazer,

aprender a conviver e aprender a ser – que, em conjunto, buscam

integrar conhecimentos de diferentes componentes curriculares. O

mais significativo para a reflexão neste momento é a busca evidente da

dimensão social que a aprendizagem cumpre no percurso de

construção da cidadania, contribuindo como instrumento de

compreensão e entervenção na realidade em que vivem alunos e

professores.

Faz-se necessário que no processo de ensino-aprendizagem haja

mudanças que consiste numa visão dialética/pedagógica, ou seja, onde

haja uma interação educador e educando, onde todos ensinam e todos

aprendem, resultando na construção coletiva do conhecimento.

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Em se tratando de uma escola em que o educador apenas

transmite o conhecimento, o objetivo se restringe apenas à sustentação

da realidade, já que é o educador é que detém o conhecimento e o

transmite.

Como a dialética/pedagógica já se instalou e o objetivo da atual

proposta educativa brasileira é de transformação histórica através do

resgate de valores culturais, políticos, sociais e científicos, surge um

novo professor capaz de despertar em seus alunos as habilidades

necessárias, elevar sua auto-estima, o pensamento lógico e racional

tornando-o capaz de solucionar problemas, comunique-se de forma oral

e escrita e tenha autonomia na tomada de decisões.

Partindo dessas considerações, nossa escola se propõem a

realizar as mudanças que se fizerem necessárias para que o resultado

seja satisfatório, onde ao final teremos formado cidadãos capazes,

dotados de historicidade, críticos e atuantes.

CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

Historicamente, o Brasil foi construído por poderes coloniais e

elites alimentando as desigualdades e agravando as exclusões. Neste

momento, queremos construir uma outra base social, constituída por

aqueles excluídos da história brasileira que, organizando-se na

sociedade civil e nos diferentes movimentos sociais, acumularam força

e conseguem expressar-se, tomando as rédeas do seu destino, criando

uma nação soberana e aberta ao diálogo e a participação.

De acordo com Boff (2000)

cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino.

Reafirmando a citação de Boff, (Martins, 2000) diz:

(...) a construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres. A realização se faz através de lutas contra as

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discriminações, da abolição de barreiras segregativas entre indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais, ou seja, pela extensão das mesmas condições de acesso às políticas públicas e pela participação de todos nas tomadas de decisões. É condição essencial da cidadania, reconhecer que a emancipação depende fundamentalmente do interessado, uma vez que, quando a desigualdade é somente confrontada na arena pública, reina a tutela sobre a sociedade, fazendo-a dependente dos serviços públicos. No entanto, ser/estar interessado, não dispensa apoio, pois os serviços públicos são sempre necessários e instrumentais.

O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de

se tornar cidadão consciente, (sujeito de direitos), organizados e

participativos do processo de construção político-social e cultural.

Angel Pino (in BOFF, Severino A J., ZALUARA e outros 1992),

considera que “o conceito de cidadania traduz ao mesmo tempo, um

direito e o exercício desse direito. Sem este, aquele é uma mera

fórmula”. Portanto, a educação como um dos principais instrumentos

de formação da cidadania, deve ser entendida como a concretização

dos direitos que permitem ao indivíduo, sua inserção na sociedade.

A realidade social e educacional atual de nosso país, requer o

enfrentamento e a superação da contradição da estrutura que existe

entre a declaração constitucional dos diretos sociais (dentre eles a

educação) e a negação da pátria desses direitos; da ideologia que

associa a pobreza material à cultural; recolocar-se o problema da

escola pública em termos de direitos de todos, de acesso ao

conhecimento elaborado; recolocar a questão do trabalho como

atividade de produção/apropriação de conhecimento não apenas como

mera operação mecânica; repensar a relação escola/ trabalho.

Segundo Martins, pode-se afirmar que

aquela relação entre cidadania e democracia explicita-se no fato de que ambas são processos; o processo não se dá num vazio, a cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios, constituindo-se na criação de espaços sociais de luta na definição de instituições permanentes para expressão política. Neste sentido, a autora distingue a cidadania passiva, aquela que

é outorgada pelo Estado, com a idéia moral da tutela e do favor.

Cidadania Ativa – aquela que instituiu o cidadão com o portador de

direitos e deveres, mas essencialmente criador de direitos, de abrir

espaço de participação. Confirma ainda, que a cidadania requer a

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consciência clara sobre o papel da educação e as novas exigências

colocadas para a escola que, como instituição para o ensino – a

educação formal – pode ser um lócus excelente para construção da

cidadania.

As dimensões da cidadania, segundo Boff, são cinco:

1) A dimensão econômica produtiva: a massa é mantida

intencionalmente, como massa e a pobreza é

empobrecimento, portanto a pobreza material e política é

produzida e cultivada, por isso é profundamente injusta.

2) A dimensão político – participativa: as pessoas

interessadas lutam em prol de sua autonomia e a

participação social, tornando-se cidadãos plenos.

3) A dimensão popular: inclui somente as que têm acesso ao

sistema produtivo e exclui os demais, sendo essa

dimensão vigente.

4) A dimensão de con-cidadania: o cidadão deve reivindicar

e não pedir ao estado, os indivíduos precisam organizar-

se não para substituir, mas para fazê-lo funcionar. Define

também o cidadão mediante a solidariedade e

cooperação.

5) A cidadania Terrenal: apresenta a dimensão planetária na

consciência de causas comuns, com a responsabilidade

coletiva da garantir um futuro para a terra e a

humanidade.

Tipos de Cidadania segundo Boff:

- Cidadania seletiva - se a construção da cidadania envolve um

processo ideológico de formação de consciência pessoal, coletiva e

social, de reconhecimento desse processo em termos de direitos e

deveres, no projeto neoliberal vigente a cidadania passa a ser seletiva

porque a reduz. Boff afirma: “Ele debilita e reduz a cidadania nacional,

quer dizer, a autonomia do próprio país. Internamente reforça a

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cidadania seletiva”. Alguns setores são beneficiados pela

modernização. Os setores populares só cabem uma cidadania menor.

Outros, os excluídos, servem como massa de manobra, sem qualquer

cidadania, tirando o seu poder de rebelião, compensado, fazendo

assistencialismo fácil e promessas.

- Cidadania Menor – no projeto do capitalismo nacionalista não se leva em conta o capitalismo e sua lógica que explora e exclui. Ele é visto como criador de oportunidades e de progresso. Dá-se ênfase à auto-estima de um Brasil grande, uma potência emergente com seus recursos naturais riquíssimos e potencialidades populacionais. Aqui também a cidadania é restrita para setores beneficiários.

será uma cidadania política-participativa para os segmentos incorporados na produção, mas não será econômico-produtiva, pois trabalhadores continuarão sendo duramente explorados. Portanto terão uma cidadania de 2ª classe, esporádica, às vezes expressa em grandes manifestações públicas, mas sem conseqüências reais... As políticas estatais continuarão assistencialistas mantendo a população pobre, dependente e desmobilizada com controle aos movimentos sociais (Boff).

- Cidadania maior e plena – con-cidadania - O projeto de Democracia

racial e popular é totalmente diferente dos autores muito distante do

que vivemos. Está sendo construído por todos os excluídos da história

brasileira, se organizando dentro dos movimentos raciais. Com força

foram se infiltrando em condutos-políticos partidários, já agora em

condições de disputar a conquista e o controle do poder com muita

luta, resistência argumentos e organização. Esse projeto visa construir

para uma nação autônoma, capaz de democratizar a cidadania,

mobilizar a sociedade inteira para a mudança, primando por uma

sociedade sustentável que se desenvolva com a natureza e não contra

ela, que produza o suficiente para todos e que não permita a

acumulação para poucos. BOFF (2000) diz:

nele fica clara a vontade de soberania nacional e o tipo diferente de cidadania política, econômica, participativa, solidária e popular. Será uma cidadania cotidiana, plantada no funcionamento dos movimentos raciais e, por isso, em contínuo exercício.

Construir a cidadania e com-cidadania popular é a forma

concreta de se construir o Projeto-Brasil que buscamos.

CONCEPÇÃO DE TRABALHO

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O trabalho é uma atividade que está “na base de todas as

relações humanas, condicionando e determinando a vida. É (...) uma

atividade humana intencional que envolve forma de organização,

objetivando a produção dos bens necessários à vida” (Andery, 1998).

Nesta perspectiva, o trabalho é entendido como ação intencional,

assim, o homem em suas relações sociais, dentro da sociedade

capitalista, produz bens. Porém, é preciso compreender que o trabalho

não acontece de forma tranqüila, estando sobrecarregado pelas

relações de poder.

Quando produz bens, estes são classificados em matéria ou não

matérias. Os bens materiais são produzidos para posterior consumo,

gerando o comércio. Já nos bens não materiais como a produção e o

consumo, acontece simultaneamente no trabalho educativo o fazer e o

pensar. Esses se entrelaçam dialeticamente e é nesta dimensão que

está posto a formação do homem .

Ao consideramos o trabalho uma práxis humana, é importante o

entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material,

uma atividade intencional que envolve formas de organização

necessárias para a formação do ser humano.

O conhecimento como construção histórica é matéria-prima

(objeto de estudo) do professor e do aluno, que indagando sobre o

mesmo irá produzir novos conhecimentos, dando-lhes condições de

entender o viver, propondo modificações para a sociedade em que vive,

permitindo “ao cidadão-produtor chegar ao domínio intelectual do

técnico e das formas de organização social sendo portanto, capaz de

criar soluções originais para problemas novos que exigem criatividade,

a partir do domínio do conhecimento”(kuenzer,1985).

CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

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Sobre tecnologia, Noble assinala que se criou uma redoma

falaciosa em torno do verdadeiro propósito e natureza da mesma.

Segundo o autor,

esta é vista como se tivesse vida própria, independente das intenções sociais, poder e privilégio. Examinamos a tecnologia como se fosse algo que mudasse constantemente, e que constantemente, provocasse alterações profundas na vida das escolas. Decerto que isto é parcialmente verdade. No entanto, se nos debruçarmos sobre o que tem vindo a mudar podemos incorrer no erro de não questionar quais as relações que permanecem inalteradas. Dentre estas, as mais importantes são as desigualdades econômicas e culturais que dominam a nossa sociedade (Noble,1934).

Segundo Cristina Gomes Machado (2002), o processo educativo

há de se resolver capaz de sistematizar a tendência à inovação

solicitando o papel criador do homem. É preciso implementar no

sistema educacional, uma pedagogia mediante a qual não apenas se

reforma o ensinamento, mas que também se facilite a aprendizagem.

A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de

bens e serviços, mas também no conjunto de relações sociais e nos

padrões culturais e vigentes.

A LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, ao propor

a formação tecnológica como eixo do currículo assume, segundo

KURGER (2000), a concepção que aponta como a síntese, entre o

conhecimento geral e o específico, determina novas formas de

colecionar, organizar e tratar metodologicamente os conteúdos.

A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada

e alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir

para o aumento das desigualdades, ou para inserção social se vista

como uma forma de estabelecer mediações entre o aluno e o

conhecimento em todas as áreas.

“Urge pois, continuar a lutar pela escolarização como um bem

público contra a domesticação política que tem inflamado o debate

educativo contribuindo para a educação em geral e o currículo”

CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA

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A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados

de forma sistematizada utilizando métodos.

Para Andery (1980), “a ciência é uma das formas do

conhecimento produzido pelo homem no decorrer de sua história.

Portanto, a ciência também é determinada pelas necessidades

materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo que

nela interfere”.

Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o

conhecimento será a concepção da ciência.

No decorrer da história, a ciência está sempre presente para

produzir ou transformar.

Na sociedade capitalista o conhecimento científico é produzido

de forma desigual, estando a serviço de interesses políticos,

econômicos e sociais do processo histórico, não atingindo a totalidade

da população.

A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos

saberes científicos produzidos pela humanidade. Nereide Saviani

afirma que “ a ciência merece lugar destacado no ensino como meio de

cognição e enquanto objeto de conhecimento”, ou seja, ao mesmo

tempo em que eleva o nível de pensamento dos estudantes, permite-

lhes o conhecimento da realidade, o que é indispensável para que não

apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em que vivem, mas

com isso saibam nele atuar e transformá-lo.

CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO

Conforme o decreto nº 3298, de 20 de dezembro de 1999, artigo

24, parágrafo 1º. Estende-se um processo educacional definido em uma

proposta pedagógica assegurando um conjunto de recursos e serviços

educacionais especiais organizadas institucionalmente para

complementar, suplementar, em alguns casos, substituir os serviços

educacionais comum, de modo a garantir a educação escolar e

promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que

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apresentam necessidades especiais, em todos os níveis, etapas e

modalidades da educação (Mazzotta).

CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO

A implementação da educação do campo não vai ocorrer apenas

com a criação de várias disciplinas na Parte Diversificada, pois estas

devem tratar de conhecimentos muito específicos que não são

respondidos pelas diferentes disciplinas , da Base Nacional Comum.

No campo, faz parte da educação da criança e do jovem o

acompanhamento das atividades que os pais realizam na lavoura,

embora seja proibida.

A criança vive o seu cotidiano de forma que percebe os limites

dos lugares, na escola, a criança necessita aprender mais sobre os

diferentes tempos e lugares, sobre homens dos diferentes lugares e

tempos.

Pensar a interdisciplinaridade nas escolas pode ser um dos

caminhos para a superação do trabalho pedagógico fragmentado.

Prática docente interdisciplinar:

• Consiste em uma tentativa de incitar o diálogo, de que um pensar

venha a se complementar no outro, efetivação de pesquisas de

pesquisas interdisciplinares, uma categoria de ação, eleger temas

centrais para prática pedagógica escolar, deve-se pensar em

formas alternativas de encaminhar as práticas pedagógicas. O

diálogo e o encontro com o outro na escola, na comunidade são

centrais na elaboração de uma prática interdisciplinar. A pesquisa

é elemento essencial, cabe a escola a valorização das indagações

feitas pela criança e seu aprofundamento, para que possa ocorrer

apropriação e produção de novos conhecimentos.

Temas geradores é outra opção teórico – metodológica indicada

na perspectiva emancipatória de educação. Repensar o espaço escolar

e as formas de encaminhamento metodológico induzirá a uma

reorganização dos tempos escolares.

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A educação no campo só tem sentido quando pensada atrelada à

questão agrária.

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A Lei nº 9394/96 – LDB, determina a recuperação paralela, a

progressão parcial e a obrigatoriedade dos profissionais da educação

em participar da elaboração da proposta pedagógica da escola.

Frente a esses novos desafios educativos, introduzidos com a

LDB, a função da escola muda e a prática pedagógica passa a ver

professor e aluno como parceiros no processo ensino-aprendizagem.

Sendo assim, pode-se dizer que a avaliação é parte integrante do

planejamento do processo de ensino-aprendizagem e apresenta três

funções:

1- Função Diagnóstica

Deve investigar o conhecimento prévio e as experiências que o

aluno já tem, bem como os pré-requisitos básicos para a aquisição de

um novo saber. Permite ainda identificar progressos e dificuldades de

alunos e professores diante do objetivo proposto.

2- Função Formativa

Tem por finalidade maior propiciar ao professor e ao aluno uma

retomada dos objetivos durante o desenvolvimento do processo ensino-

aprendizagem. Deve dar chance aos envolvidos (professor / aluno) de

correção nas falhas, esclarecimentos de dúvidas e estímulo para a

continuação do trabalho. Proporciona também ao professor

informações sobre o desenvolvimento do trabalho, se os métodos e os

materiais usados são adequados, comunicação maior com o educando e

adequação da linguagem utilizada.

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3- Função Somativa

Esta função tem o propósito de oferecer subsídios para o registro

das informações referentes ao desenvolvimento do aluno.

Como a função somativa da avaliação visa proporcionar uma

medida que poderá ser expressa em números, nota ou conceito sobre o

desempenho do educando, a mesma deve acontecer ao final de cada

bimestre ou ainda no final do ano letivo, por ocasião do Conselho de

Classe, visto que esta avaliação é que tornará o diálogo mais objetivo

entre os professores.

Esse tipo de avaliação considerará tudo aquilo que foi observado

na função diagnóstica e formativa. Portanto, é preciso que fique bem

claro que provas, testes, trabalhos e pesquisas são instrumentos

utilizados na avaliação para se obter informações e estabelecer

medidas não podendo ser identificados como PROCESSO DE

AVALIAÇÃO.

É aconselhável que o docente utilize durante o processo de

avaliação, nas suas diversas funções, vários instrumentos diferentes,

porque alguns alunos apresentam uma maior dificuldade com este ou

aquele instrumento.

Podemos concluir que a avaliação é apenas mais um componente

do processo ensino-aprendizagem, que tem como propósito recolher

informações que possam possibilitar uma co-relação entre os dados

obtidos e os objetivos propostos, a fim de que o docente possa verificar

o desenvolvimento do aluno em relação ao trabalho executado,

orientando-o para as etapas seguintes.

A Instituição adota o sistema de avaliação previsto pela Lei

9394/96 e indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais.

Partindo disso, quanto maior for a amostragem, mais perfeita é a

avaliação. Todos os recursos disponíveis devem ser utilizados para a

obtenção dos dados.

A avaliação deve ser constante e contínua; as verificações podem

ser informais ou não, trabalhos, exercícios, seminários, debates,

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dinâmicas, observação, estudo de caso, aplicação de provas, pesquisas

dirigidas e outras. É importante também que o aluno conheça suas

dificuldades para poder afirmar seus acertos. Isso garante a eficácia da

avaliação.

As técnicas e instrumentos selecionados para avaliar devem,

também, estar adequados aos métodos e procedimentos usados no

ensino.

O professor terá liberdade em sua disciplina para escolher os

instrumentos de avaliação e se a média, dentro da sua matéria, será

feita de forma somatória ou aritmética, porém o docente deve ter

registrado em seu controle, no mínimo, três avaliações de cada aluno.

CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

Sendo função da escola formar o cidadão, assegurando ao

educando permanente acesso à apropriação do conhecimento

sistematizado, ela precisa, para que isso aconteça, organizar-se de

forma a possibilitar um ambiente que propicie aprendizagens

significativas e convivência democrática, constituindo assim, um

espaço favorável à plena formação do estudante.

Nesse sentido, dentre as várias opções para a organização da

escola propostas pela LDB 9394/96, este estabelecimento de ensino

adota o regime de seriação anual contemplando carga horária mínima

anual de oitocentas horas, distribuídas para um mínimo de duzentos

dias de efetivo trabalho escolar.

O desenvolvimento de atividades escolares, tanto de natureza

teórica como prática não faz-se necessário que sejam desenvolvidas

apenas em sala de aula.

Atividades relacionadas a leituras, pesquisas, trabalhos em

grupos, consoantes com o meio ambiente e com artefatos culturais e

artísticos poderão ser desenvolvidas em locais diferentes e, desde que

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exigida a freqüência e estando sob a responsabilidade de professores

habilitados, serão consideradas atividades escolares.

Colégio Estadual Castelo Branco – Ensino Médio, Município de

Itapejara D’Oeste obedecerá ao seguinte funcionamento:

- Um turno no período da manhã com oito turmas com os

seguintes horários:

1ª aula: 07:20 até 08:10h

2ª aula: 08:10 até 09:00h

3ª aula: 09:00 até 09:50h

Intervalo de 15 minutos

4ª aula:10:05 até 10:50h

5ª aula:10:50 até 11:35h.

- Um turno no período da noite com cinco turmas com os

seguintes horários:

1ª aula: 19:00 até 19:50h

2ª aula: 19:50 até 20:40h

3ª aula: 20:40 até 21:30h

Intervalo de 10 minutos

4ª aula:21:40 até 22:25h

5ª aula:22:25 até 23:10h.

GESTÃO PARTICIPATIVA

O colégio visa realizar o planejamento, o desenvolvimento e a

avaliação das ações escolares de forma participativa, organizada e

permanente, envolvendo professores, funcionários, pais e alunos.

Pretende também realizar ações em parceria com a comunidade,

outras escolas e instituições. Além disso, busca mobilizar os pais para

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participarem efetivamente das ações que contribuem para a saúde, a

autodisciplina dos alunos, a segurança e a qualidade de suas condições

físicas e materiais, bem como estimular e apoiar a organização dos

alunos para que atuem em ações conjuntas, solidárias, cooperativas e

comunitárias.

GESTÃO DE SERVIÇOS DE APOIO, RECURSOS FÍSICOS E

FINANCEIROS

Os serviços de documentação escolar e organizações como

APMF, CONSELHO ESCOLAR E GRÊMIO ESTUDANTIL deverão estar

sempre atualizados e regulamentados. Todo material didático

disponível como: vídeo, TV, retro projetor, laboratórios, aparelho de

som, rádio, quadra polivalente, mesas de pingue pongue... deverão ser

utilizadas para melhor aprendizagem e cidadania. Todos os anos

haverá um projeto de cidadania visando despertar no educando o

exercício de cidadania como: conservação, higiene, limpeza e

manutenção do patrimônio, instalações e equipamentos. A APMF, o

Conselho Escolar , o Grêmio Estudantil devem contribuir com o caixa

escolar na complementação dos recursos financeiros. As limitações

físicas muitas vezes são superadas junto a comunidade como:

Prefeitura, a Igreja Matriz, e outros para atender a proposta do projeto

político pedagógico.

Há uma preocupação constante com os resultados obtidos em

função de assegurar o acesso, a permanência e o êxito escolar. O

colégio nos últimos anos vem se preocupando com a participação

coletiva. Visa obter bons resultados com uma participação eficiente de

professores, funcionários, pais, alunos e comunidade nas diferentes

atividades desenvolvidas no ambiente escolar e fora dele. As metas e os

objetivos traçados no PPP nos últimos anos têm atingido as

expectativas em sua maioria, deixando a desejar na parte de evasão e

repetência. O trabalho de acompanhamento e gerência de acesso,

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permanência, aprovação e aproveitamento escolar vêm sendo

acompanhados rigorosamente. Os resultados deste trabalho de

acompanhamento deverão ser analisados constantemente.

Nos últimos anos o colégio registrou avanços significativos de

eficiência e eficácia no uso de recursos físicos como: a construção de

mais um bloco onde funciona o laboratório de informática e biblioteca

escolar, a aquisição de uma rede de computadores, reforma geral nos 2

blocos antigos, bem como na quadra de esportes, aquisição de material

de apoio pedagógico e de utilidades em geral.

PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES

A LDB exige mudanças dentro das reformas educacionais por

parte dos professores e todas as pessoas envolvidas na educação

básica.

Aprender a aprender e continuar aprendendo durante toda a

vida profissional é uma destas competências.

Segundo a LDB, deve-se valorizar o profissional da educação,

assegurando-lhe “aperfeiçoamento profissional continuado”.

Atualmente vivemos com uma realidade bem diferente daquela

vivida pelos professores em tempos acadêmicos, por isso, o professor

precisa aperfeiçoar-se continuamente para poder repassar essa

aprendizagem a seus alunos.

Trabalhar de forma indisciplinar contextualizada é difícil para o

profissional da educação por não ter vivido esta experiência.

A escola é um local privilegiado para formação continuada, onde

serão promovidos cursos de capacitação em equipe dentro do horário

de trabalho. As tarefas de formação permanente deverão ser

reconhecidas para com isso, estimular o desenvolvimento de projetos

pessoais de estudo e trabalho.

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A escola deve planejar as atividades de acordo com as

necessidades de seus profissionais com formas variadas como:

- grupos de estudos;

- elaboração de projetos;

- visitar escolas que estão realizando estas experiências;

- considerar os conhecimentos construídos pelos alunos fora da escola,

anteriores a vida escolar, de forma que as aprendizagens realizadas em

qualquer ambiente, tempo ou situação signifiquem ampliação do

quadro de referência de cada aluno, articulando o senso comum e

conhecimento socialmente reconhecido e valorizado;

- contextualizar os conhecimentos, os problemas e as atividades, uma

vez que o que dá sentido a aprendizagem é a dimensão vivida que a

condiciona. As situações de aprendizagem devem proporcionar o

contato efetivo com a realidade diária na qual o aluno está inserido e

para o qual é formado;

- criar e utilizar vários meios de ensino, uma vez que o foco deve ser a

aprendizagem e portanto o aluno. Por um lado, é necessário

reconhecer e respeitar as diversidades sociais, culturais e físicas

manifestadas pelos alunos nas situações de aprendizagem, é necessário

reconhecer os diferentes trajetos e estilos de aprendizagem dos alunos.

Por outro lado a metodologia é construtiva dos conteúdos aprendidos.

Compreender um conteúdo (objeto, fato, acontecimento) é aprender o

seu significado, é poder relacioná-lo com outros objetos e

acontecimentos, portanto é importante abordar os conteúdos de forma

a desvelar essa rede de significados.

A formação continuada vem de encontro ao fato de que na

sociedade do conhecimento e no mundo de trabalho será preciso achar

formas de continuar aprendendo sempre, sendo a escola o lugar para

continuar aprendendo e se desenvolver profissionalmente.

A formação continuada será realizada, principalmente, por meio da

oferta de projetos propostos pela Secretaria de Estado da Educação –

SEED, a partir de suas unidades, após amplo processo de discussão

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com as unidades envolvidas. Estes projetos poderão ser realizados por

meio de:

- Cursos e eventos descentralizados geograficamente, de forma a

atender as demandas locais, sem necessidade de grandes

deslocamentos;

- Grupos de formação continuada de, no máximo 50 professores, de

forma a possibilitar um maior envolvimento pessoal e facilitar a

exploração de problemas pedagógicos específicos dos cursistas;

- Eventos, para um número maior de docentes e profissionais, somente

para atividades de caráter informativo ou que exijam, pela especifidade

do tema, a reunião de grupos maiores;

- Cursos de formação continuada, preferencialmente presencial,

especialmente para as formações de diretrizes curriculares e das

políticas centrais adotadas pelas SEED;

- Cursos de formação em serviço, de caráter semi-presenciais, para

atendimento aos projetos de parceria com outras Secretarias, com a

utilização de materiais impressos ou por meio do uso de multimídias,

garantindo o monitoramento direto e rígido por tutores e garantindo

uma implantação gradativa, só ampliada após numa primeira fase de

implantação, ou seja, acompanhados de um processo de avaliação

contínuo;

- Grupos de estudos, com coordenação específica de profissionais

responsáveis pelas diretrizes, acompanhamento e avaliação da

proposta, cujos resultados parciais e/ou finais deverão ser apresentar a

produção resultante dos trabalhos executados;

Poderão ser ofertados igualmente cursos, eventos, seminários e

projetos advindos de proposta dos NRE, das Escolas da Rede Estadual

e do Sindicato das Categorias Profissionais, em parceria com a SEED;

Tipos de formação continuada:

1- Reuniões Técnicas

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2- Cursos de Atualização – de 16 a 39 horas/aula

3- Cursos de Proficiência – de 40 a 120 horas/aula

4- Programas de Acompanhamento da Prática Docente – de 120 a 180

horas/aula

5- Grupos e Estudos

6- Cursos de Pós-Graduação

- Cursos de Aperfeiçoamento – acima de 180 horas/aula

- Cursos de Especialização – acima de 360 horas/aula

OBS: Formação Inicial.

Todas as atividades propostas dentro do plano de formação

continuada dos professores e troca de experiências obedece a um

calendário previamente estabelecido no início de cada ano pela

Secretaria de Educação do Paraná.

O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA

É uma construção social de conhecimento. O conhecimento escolar

é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico.

O currículo passa ideologias e a escola precisa identificar e desvelar

os componentes ideológicos do conhecimento escolar.

A concepção de currículo inclui, portanto, desde aspectos básicos

que envolvem os fundamentos filosóficos e sócio- políticos da educação

até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a

concretizam na sala de aula.

Relaciona princípios e operacionalização teórica, prática,

planejamento e ação. O currículo expressa uma cultura e não pode ser

separado do contexto social. A organização curricular deve estabelecer

uma relação aberta e inter-relacionar-se em torno de uma idéia

integradora que visa reduzir o isolamento entre as diferentes

disciplinas curriculares, procurando agrupá-las num todo, mais amplo.

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Ex: Cada conteúdo deixa de ter significado por si só para assumir

uma importância relativa e passar a ter uma função bem determinada e

explícita dentro do todo que faz parte.

Através do currículo oculto está implícito o controle social: visão do

mundo, as normas e os valores dominantes, através do material e livros

didáticos, ao mesmo tempo que mantém desigualdade sócio-econômica

e cultural.

A nossa escola se propõe à adoção de um currículo aberto e

propostas diversificadas em lugar de uma concepção uniforme e

homogenizadora do currículo; a flexibilidade quanto a organização e

ao funcionamento da escola para atender a demanda diversificada dos

alunos; possibilidade de professores especializados, incluir sala de

apoio e de recursos para favorecer o processo educacional.

Essa concepção coloca em destaque a adequação curricular como

um elemento dinâmico para uma educação para todos e sua

viabilização para os alunos com necessidade educacional especial: não

se fixar no que de especial possa ter a educação dos alunos, mas

flexibilizar a prática educacional para atender a todos e propiciar a

progressão em função de suas possibilidades e diferenças individuais.

Da nossa clientela 40% é oriunda da zona rural, portanto, faz-se

necessário uma política educacional voltada a cultura do campo.

Exemplo: músicas, danças, comidas típicas. Isto possibilita uma criação

de uma identidade do aluno e ajuda a compreender o mundo e

transformá-lo. Faz-se necessária uma atenção especial para clientela

vinda da zona rural e para a clientela noturna, visto que o índice de

analfabetos, segundo o Censo Demográfico do ano de 2002, supera em

19% em relação à zona urbana (zona urbana 10,3 % e zona rural

29,8% ).

MATRIZ CURRICULAR

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A Matriz Curricular é parte importante de um Projeto Político-

Pedagógico. Sua construção deve ser entendida não somente como

enumeração de disciplinas, mas como ponto de referência para o

questionamento de temas relevantes que propiciem ao educando um

amadurecimento pessoal e motivador em sua vida fora do ambiente

escolar.

Sua sustentação depende não apenas do fiel cumprimento da

legislação vigente, mas também de um bom planejamento no

desenvolvimento de habilidades intelectuais e práticas. A distribuição

das disciplinas da Matriz Curricular, dentro do Projeto Político-

Pedagógico de uma escola, deve levar em conta a maneira como as

disciplinas se relacionam entre si, e a função dessas relações para se

chegar ao objetivo proposto.

A Matriz Curricular deste estabelecimento de Ensino Médio é

composta de 23 horas-aula semanais na Base Nacional Comum e 2

horas-aula da carga horária na Parte Diversificada em ambos os turnos.

A divisão da Matriz Curricular, em Base Nacional Comum e Parte

Diversificada, atende às exigências legais e não exime nenhuma das

disciplinas da Matriz de contemplar os conteúdos referentes ao Artigo

26 da Lei nº 9394/96.

Apesar de termos optado pela organização curricular por

disciplina gostaríamos de esclarecer que “por disciplina”, não significa

que o trabalho na realidade se dará no âmbito fragmentado de cada

uma, pois sabemos que a realidade não é disciplinar, mas para

podermos dar conta de sua complexidade, dividimos o conhecimento

desta forma, porém para que o conhecimento sobre o mundo, se

transforme em conhecimento do mundo, isto é, em competência para

compreender, prever, extrapolar, agir, mudar, manter, é preciso

reintegrar as disciplinas num conhecimento não fragmentado, por isso,

criaremos um mecanismo didático – pedagógico para conhecermos os

fenômenos do universo integrado, inter-relacionado e dinâmico.

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A proposta curricular incluirá processos de ensino voltados para

relação com as comunidades (local, regional, planetário) visando a

interação entre o ensino.

NRE : PATO BRANCO MUNICÍPIO : ITAPEJARA

D’OESTE

ESTABELECIMENTO : COL. ESTADUAL CASTELO BRANCO – EM

ENTIDADE MANTENEDORA : GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO : ENSINO MÉDIO TURNO :

DIURNO E NOTURNO

ANO DE IMPLANTAÇÃO : 2007 MÓDULO : 40

SEMANAS

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Base

Nacio

nal

Com

um DISCIPLINAS 1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE

ARTE 2 2BIOLOGIA 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2FILOSOFIA 2 2FÍSICA 2 2 2GEOGRAFIA 2 2 2HISTÓRIA 2 2 2LÍNGUA PORTUGUESA 3 3 4MATEMÁTICA 4 4 3QUÍMICA 2 2 2SOCIOLOGIA 2 2

SUB – TOTAL 23 23 23P D L.E.M. ( INGLÊS) 2 2 2

SUB – TOTAL 2 2 2 TOTAL GERAL 25 25 25

Nota : Matriz Curricular de acordo com a LDBEN nº 93994/96

* O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.

Data de emissão : 26 de Janeiro de 2007.

________________________________________

__

Assinatura do Chefe do

NRE

PEDAGOGIA PROGRESSISTA

O termo “progressista” foi empregado por Georges Snyders. É

utilizado para designar as tendências que, partindo de uma análise

crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades

sociopolíticas da educação. Como, por óbvio, uma pedagogia

progressista não tem como se institucionalizar numa sociedade

capitalista, ela deve ser considerada principalmente um instrumento de

luta, ao lado de outras práticas sociais.

A Escola é condicionada politicamente e culturalmente pelos

aspectos sociais, mas contraditoriamente existe nela um espaço que

aponta a possibilidade de transformação social.

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A educação possibilita a compreensão da realidade histórico-

social e explicita o papel do sujeito construtor/ transformador dessa

mesma realidade.

Teoria crítica

- Sustenta a finalidade sócio-política da educação.

- Instrumento de luta de professores ao lado de outras práticas

sociais.

Tendência progressista libertadora

A Pedagogia Libertadora está diretamente associada ao método

de alfabetização de adultos, de PAULO FREIRE.

Ela nasce nos anos 60 e é devedora de três correntes de

pensamento muito presentes nessa época: o escolanovismo, que

predominava nos meios pedagógicos desde o início da década de 50, o

nacional-desenvolvimentismo, defensor de industrialização e do

nacionalismo como fatores de progresso e prosperidade, que assume

corpo no pós-Guerra (no Brasil, especialmente, através do trabalho do

ISEB – Instituto Superior de Estudos Brasileiros (criado em 1955) e o

pensamento social da esquerda católica (solidarismo cristão).

A Pedagogia Libertadora afirma que o homem é “sujeito da

história” e que o autoritarismo e o paternalismo, típicos de nossa

tradição colonial-escravista, impedem que o povo explicite essa

vocação de sujeito. Daí a necessidade de “libertar o povo” do silêncio

imposto pelas classes dominantes. Cabia à Pedagogia forjar uma nova

mentalidade, trabalhando para a “conscientização do homem

brasileiro”, frente aos problemas concretos, e engajá-lo na luta política.

De acordo com a Pedagogia Libertadora, educação e escola

colaboram para prolongar a situação de mutismo do povo. A escola –

autoritária, burocratizada e anacrônica – é incapaz de colocar-se ao

lado dos oprimidos. Daí a crítica de Paulo Freire com relação a uma

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educação verbalismo, baseada na memorização e impregnada de

“ranço bacharelesco (livresco)” pregando uma “educação voltada para

a vida”.

Procurando identificar-se com aqueles “sem voz e sem vez” na

sociedade, mas que também “produzem cultura”, a Educação

Libertadora busca uma educação comprometida com os problemas da

comunidade – ponto de partida e de chegada da educação. Por isso,

defender a tese de um ensino regionalizado, comunitário, ligado aos

costumes e à cultura do local de vida da população a ser educada.

Além disso, a Pedagogia Libertadora pronunciava-se contra a

“manipulação dos meios de comunicação de massa”, propondo a

“desalienação do povo” através de uma “pedagogia do diálogo”,

baseada na horizontalidade entre educador e educando. É o que Paulo

Freire denomina de “diálogo amoroso” – o “encontro de homens que se

amam e desejam transformar o mundo”. O diálogo deve partir das

situações vividas pelo educando, problematizando-as e levando a uma

“visão crítica” da sua realidade – processo denominado

“conscientização”.

A Pedagogia Libertadora classifica a educação convencional

como uma “educação bancária”, porque baseada numa “ideologia de

opressão”, que considera o aluno como alguém destituído de qualquer

saber e, por isto, mero depósito dos dogmas ditados pelo professor.

A “educação bancária” era resumida em alguns princípios:

- o professor ensina, os alunos são ensinados;

- o professor sabe, os alunos não sabem;

- o professor fala, os alunos escutam;

- o professor escolhe, os alunos submetem-se;

- o professor trabalha, os alunos têm a ilusão que trabalham;

- o professor detém autoridade, os alunos obedecem;

- o professor é sujeito, os alunos são objeto.

Para a Pedagogia Libertadora, o ato educativo é um ato político e

o educador deve ser um “humanista revolucionário”, colocando sua

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ação político-pedagógica a serviço da transformação da sociedade e da

criação do “homem novo”.

A Pedagogia Libertadora guarda em suas formulações teóricas a

marca forte do pensamento social cristão, fundamentado na doutrina

social da Igreja, especialmente a partir das encíclicas Mater et

Magistra (1961) e Pacem in Terris (1962) de João XXIII, além da

vinculação com os movimentos ligados à igreja progressista, com a

Ação Popular (AP) que unia cristãos e socialistas num trabalho comum

na busca da “construção de um novo país”, movimento interrompido

com o golpe militar de março de 1964.

Papel da escola

- prefere falar em educação “não-formal”;

- trata a educação tradicional como “bancária”, porque visa apenas

depositar informações sobre o aluno;

- tanto a educação tradicional quanto a renovada são vistas como

domesticadoras, porque não contribuem para desvelar a realidade da

opressão;

- a educação libertadora questiona concretamente as relações dos

homens (entre si e com a natureza) visando uma transformação;

- é uma educação crítica.

Conteúdos de ensino

- os “temas geradores” são extraídos da problematização da prática de

vida dos educandos;

- o importante não é a transmissão de conteúdos específicos, mas

despertar uma nova relação com a experiência vivida;

- a transmissão de conteúdos estruturados a partir de fora é

considerada como “invasão cultural”ou “depósito de informação”,

porque não emerge do saber popular;

- é uma pedagogia de caráter essencialmente político e politizador.

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Métodos

- fundamenta-se na relação de diálogo, que é aquela em que os sujeitos

do ato de conhecer se encontram mediatizados pelo objeto a ser

conhecido;

- a forma de trabalho educativo é o “grupo de discussão”, que define o

conteúdo e a dinâmica das atividades;

- professor e alunos devem caminhar “juntos”;

- os métodos de “codificação-decodificação” e “problematização da

situação” permitem ao estudante um esforço de compreensão do

vivido, até alcançar um nível mais crítico do conhecimento da

realidade, com base na experiência da prática social;

- dispensa programa estruturado, trabalhos escritos, aulas expositivas,

verificação direta da aprendizagem, insistindo na avaliação da prática

vivenciada no grupo e na auto-avaliação.

Relacionamento professor-aluno

- no diálogo, a relação é horizontal, desaparecendo a dicotomia

educador X educando, para dar lugar ao educando-educador e ao

educador-educando;

- elimina-se toda relação baseada na autoridade: é uma “não-

diretividade”, não no sentido da não-interferência (Rogers) mas, de

uma presença que garante ao grupo a condição de “dizer sua palavra”.

Pressupostos de aprendizagem

- a motivação dá-se a partir da codificação de uma situação-problema,

da qual se toma distância, para analisá-la criticamente;

- aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta (situação

real vivida pelo educando) e somente tem sentido, se resulta de uma

aproximação crítica da realidade;

- o aprendido não decorre da memorização ou da imposição, mas do

nível crítico do conhecimento, ao qual se chega pelo processo de

compreensão, reflexão e crítica.

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Manifestações na prática escolar

- seu inspirador é Paulo Freire;

- grande influência sobre os movimentos populares e no que se

denomina de “educação popular”;

- muito disseminada na educação de adultos e nos processos de

educação popular em geral.

O EDUCADOR PROGRESSISTA

O educador que desenvolve uma prática educativa progressista

tem um ideal a alcançar.

- Ele é comprometido politicamente com a socialização do

conhecimento científico e cultural;

- Busca sua competência técnico-pedagógica;

- Tem consciência de sua historicidade;

- Sabe ser mediador ou facilitador entre as experiências trazidas

pelos alunos e o conteúdo de ensino;

- Busca a superação do imperialismo pedagógico (escola

tradicional) da crença na impossibilidade de que o professor possa

ensinar alguma coisa (escola nova) e da negação da necessidade do

professor (escola tecnicista);

- Acredita na recuperação do perfil do professor como de

fundamental importância para auxiliar o aluno a se apropriar dos

conteúdos;

- Sabe que sua autoridade, firmada na competência e no

compromisso, se constrói numa relação democrática;

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- Não se envergonha nem se omite de sua autoridade, muito

menos a utiliza como instrumento arbitrário de dominação e poder;

- Assume o papel de desestabilizador, ou seja, desencadeia

situações de desequilíbrio de forma desafiar os alunos para que

estes busquem nova equilibração.

Segundo Paulo Freire, o educador deve ter: bom senso, postura

não autoritária,coragem de lutar pela defesa da justiça e enfrentar o

conflito, tolerância, respeito,disciplina, interior, integridade ética, luta

contra preconceitos , capacidade de decisão, segurança, competência

profissional, clareza, política e alegria de viver.

Para os alunos, o bom professor é aquele que ouve, respeita sua

individualidade, tem pulso para manter a disciplina, chama a atenção

quando necessário,tem bom humor , sabe tolerar brincadeiras ,tem

conhecimento , criatividade inteligência e alegria ,não humilha os

alunos nem pratica atos de grosseria, sete prazer em dar aulas , tem

boa vontade em esclarecer dúvidas e paciência para ensinar, mostrar

os erros ao aluno e o ensina a aprender.

Em função disso, é preciso começar pela modificação da relação

destes futuros professores com seus atuais mestres, recebendo uma

formação adequada, crítica e comprometida , em prol de uma

educação libertadora respeitando a individualidade.

TENDÊNCIA HISTÓRICO-CRÍTICA

Manifestações de prática pedagógica escolar no Brasil

- Marco teórico 1970;

- A prática pedagógica propõe uma interação entre conteúdo e

realidade concreta, visando a transformação da sociedade (ação-

compreensão-ação);

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- Enfoque no conteúdo como produção histórico-social de todos os

homens;

- Superação das visões não-críticas e crítico-reprodutivistas da

educação.

Pressupostos teóricos

- Defende a escola como socializadora dos conhecimentos e

saberes universais;

- A ação educativa pressupõe uma articulação entre o ato político

e o ato pedagógico;

- Interação professor-aluno-conhecimento e contexto histórico-

social;

- A intersubjetividade é medida pela competência do professor em

situações objetivas;

- A interação social é o elemento de compreensão e intervenção

na prática social mediada pelo conteúdo;

- Concepção dialética da história (movimento e transformação);

- Pressupõe a práxis educativa que se revela numa prática

fundamentada teoricamente;

- A natureza e especificidade da educação referem-se ao trabalho

não-material, que na escola pública não se subordina ao capital;

- A tarefa desta pedagogia em relação à educação escolar

implica:

a) Identificação das formas mais desenvolvidas em que se

expressa o saber objetivo produzido historicamente, reconhecendo as

condições de sua produção e compreendendo as suas principais

manifestações, bem como as tendências atuais de transformação;

b) Conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a

torná-lo assimilável pelos alunos das camadas populares no espaço e

tempo escolares;

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c) Provimento dos meios necessários para que os alunos não

apenas assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas apreendam

o processo de sua produção, bem como as tendências de sua

transformação.

Representantes ou teóricos

- Demerval Saviani, Jamil Cury, Gaudêncio Frigotto, Luiz Carlos

de Freitas, Acácia Zeneida Kuenzer, José Carlos Libâneo (Pedagogia

Crítico-Social dos Conteúdos);

- Influências de autores internacionais como: Marx, Gramsci, G.

Snyders, M. Manacorda, Makarenko, Suchodoiski.

Psicologia

- Corrente sócio-histórica: Vigotski, Lúria, Leontiev e Wallon.

Filosofia

- Materialismo Histórico-dialético.

Papel da escola

- Valorização da escola como espaço social responsável pela

humanidade (Clássicos), permanentemente reavaliados face às

realidades sociais;

- Socialização do saber elaborado às camadas populares,

entendendo a apropriação crítica e histórica do conhecimento

enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação

crítica e democrática para a transformação desta realidade.

Conteúdos de ensino

- Conteúdos culturais universais incorporados pela humanidade

(clássicos), permanentemente reavaliados fase às realidades sociais;

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- Conteúdos indispensáveis à compreensão da prática social:

revelam a realidade concreta de forma crítica e explicitam as

possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação

desta realidade.

Função da avaliação

- A avaliação tem como função de:

- Prática emancipadora;

- Função diagnóstica (permanente e contínua) meio de obter

informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática

pedagógica para a intervenção/ reformulação desta prática e dos

processos de aprendizagem;

- Pressupõe tomada de decisão;

- O aluno toma conhecimento dos resultados de sua

aprendizagem e organiza-se para as mudanças necessárias.

Relação professor-aluno

- Relação interativa entre professor e aluno, em que ambos são

sujeitos ativos;

- Professor e aluno são seres concretos (sócio-históricos),

situados numa classe social síntese de múltiplas determinações;

- Professor – autoridade competente, direciona o processo

pedagógico; interfere e cria condições necessárias à apropriação do

conhecimento, enquanto especificidade da relação pedagógica.

Método da prática social

1. Prática Social (ponto de partida):

- Perceber e denotar: identificar o objeto e da aprendizagem e lhe

dar significação;

- O aluno tem uma visão sincrética (mecânica, desorganizada,

nebulosa, de senso comum) a respeito do conteúdo;

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- É comum a professores e alunos, já que sentem e sabem a

prática social em nível sincrético, mas ambos encontram-se em

momentos diferentes (o professor domina o conteúdo, enquanto o

aluno não o domina), por isto o professor realiza uma síntese

precária;

2. Problematização:

- Instruir e conotar;

- Momento para detectar as questões que precisam ser resolvidas

no âmbito da prática social e, em conseqüência, que

conhecimentos são necessários a serem dominados;

- Prever os futuros problemas e limites (juízos de valor ou de

qualidade), bem como identificar os tipos de conhecimentos e

técnicas necessários à solução desses problemas.

3. Instrumentalização:

- Apropriação pelas camadas populares das ferramentas culturais

necessárias à luta social para superar a condição de exploração

em que vivem;

4. Catarse (categoria gramsciana):

- Raciocinar e criticar;

- Incorporação dos instrumentos culturais, transformados em

elementos ativos de transformação social;

- Elaboração superior da estrutura em superestrutura na

consciência dos homens;

- Passagem da ação para a conscientização.

5. Prática Social (ponto de chegada):

- Retorno à pratica social, com o saber concreto pensado para

atuar e transformar as relações de produção que impedem a

construção de uma sociedade igualitária;

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- A compreensão sincrética dos alunos no ponto de partida é

agora elevada ao nível sintético;

- Visão sintética (elaborada, sistematizada, explicita, orgânica,

compreendida);

- Reduz-se a precariedade da síntese do professor (fragmentação)

no ponto de partida para uma compreensão mais orgânica no

ponto de chegada – visão de totalidade;

- O conseito é o ponto de chegada;

- A educação propõe-se a serviço da referida transformação das

relações de produções.

Como ensinar:

A estratégia de ensinar é através discussão, debates,

leituras, aulas expositivas – dialogadas, trabalhos individuais e

em grupos, com elaboração de sínteses integradoras.

Método de ensino da Tendência Histórico-Crítica

Método da Prática Social:

- Decorre das relações estabelecidas entre conteúdos – método e

concepção de mundo;

- Confronta os saberes trazidos pelo aluno com o saber elaborado

– concepção científica/ filosófica da realidade social.

- Incorpora a dialética como teoria de compreensão da realidade

e como método de intervenção nesta realidade.

- Fundamenta-se no materialismo histórico, ciência que estuda os

métodos de produção como: recursos, ideologia, poder e lucro.

- A relação de indissociabilidade entre forma e conteúdo

pressupõe a socialização do saber produzido pelo homem.

- Os fins a serem atingidos é que determina os métodos e

processos de ensino-aprendizagem.

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- Busca coerência com os fundamentos da pedagogia entendida

como processo através do qual o homem se humaniza (inclusão

do indivíduo).

- A prática é fundamento do critério de verdade e da finalidade da

teoria.

- Incorpora o procedimento histórico como determinante da

totalidade social (visão do mundo de homem de educação e de

escola).

- É na meditação entre o pensamento e o objeto (enquanto o

pensamento busca apropriar-se do objeto), quem desenvolve este

método é:

- Piaget (desenvolvimento Cognitivo).

- Vigotski (desenvolvimento da Mente).

O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO

PEDAGÓGICO

Quem é o pedagogo? Qual o seu papel na escola?

A resposta a estas questões estão diretamente vinculadas às lutas

sociais particularmente pela democratização do acesso, da

permanência e das relações do poder na escola . Scheibe (1999), faz

uma reflexão sobre este tema apontando aspectos históricos e um

resgate das lutas mais recentes pela definição da identidade e da

formação do pedagogo no contexto da construção da escola pública de

qualidade para todos.

O trabalho pedagógico é compreendido como ato educativo

coletivo, intencional, planejado, permeado de sólida formação teórico-

prática tornando-o capaz de articular, mediar as atividades educativas

voltadas para a formação humana e não somente para o mercado de

trabalho.

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O pedagogo não deve ser reduzido a mero instrumentador ou

técnico, deve agir, intervir, lançar novos desafios, contribuir com a

construção de novos conhecimentos e práticas libertadoras, na

construção da escola pública, democrática e de qualidade.

Ser pedagogo ou pedagoga implica na consciência do que somos

e do que desejamos, questionando a nós mesmos, a organização da

escola e o “sistema educacional”. Na assunção de que não há

construção isolada de um projeto de escola, de educação e de

sociedade.

É trabalho coletivo permanente, que exige participação,

construção, superação, diálogo. Cabe ao pedagogo e à pedagoga

fomentar a organização de espaços na escola, para o debate, para

organizar o trabalho pedagógico, definindo em conjunto: horários,

metodologias, atividades extra-curriculares, o currículo, questões

disciplinares, avaliação, relação com a comunidade, ampliando espaço

de participação da mesma nas decisões pedagógicas da escola.

Participar do Conselho Escolar subsidiando teórica e

metodologicamente as reflexões e decisões sobre o trabalho

pedagógico escolar.

Incentivar e propiciar a participação dos alunos nos diversos

momentos e órgãos colegiados da escola.

Coordenar a elaboração coletiva e criar condições para a

participação dos profissionais da escola e comunidade na construção

do projeto político pedagógico.

Na escola temos pessoas que desempenham diferentes funções,

todos de suma importância para o desenvolvimento do trabalho

pedagógico, precisamos exercitar o difícil aprendizado de que é na

diferença que se faz o todo, onde não há superiores e inferiores, mas

trabalhadores e trabalhadores da educação construindo uma escola

pública a cada dia mais humana, democrática e de qualidade.

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REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO

O movimento de democratização e qualificação da educação é um

amplo e complexo processo, que tem como meta a mudança da prática

em sala de aula e na escola. Neste, a equipe diretiva tem um

importante papel, dada sua influência na criação de um clima

organizacional favorável.

Tendo em vista o papel de referência que a equipe diretiva

desempenha, podemos dizer que o desenvolvimento de práticas

democráticas no interior da escola, vai depender de uma nova postura

a ser assumida por todos.

Para favorecer a mudança da prática pedagógica, basicamente o

papel da equipe de direção é criar um clima de confiança pautado

numa ética libertadora e no autêntico diálogo.

Ao nos questionarmos sobre o trabalho da equipe pedagógica,

constatamos muitas dificuldades que vêm prejudicando a qualidade do

mesmo.

Entre as principais, podemos citar:

- grande parte do tempo do Pedagogo está sendo dispensado

para orientação dos alunos – disciplina e indisciplina –

restando então, para a parte pedagógica um pequeno espaço;

- muitos professores estão dando mais ênfase aos conteúdos na

prática de suas aulas e as metodologias diferenciadas estão

sendo pouco contempladas;

- falta de espaço físico adequado, para redimensionar as

práticas pedagógicas;

- em nossa clientela predomina o nível sócio – econômico-

cultural médio-baixo, e uma desestrutura familiar muito

acentuada, dificultando a aprendizagem.

- percebe-se que o trabalho dos pais em tempo integral está

deixando os mesmos omissos quanto à orientação dos filhos e

estão tendo dificuldades em pôr limites nos mesmos;

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- parte de nossos alunos do período noturno trabalha durante

todo o dia e já chegam na escola cansados, desmotivados e

com pouco ânimo de participarem das aulas.

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MARCO

OPERACIONAL

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REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

PEDAGÓGICO

Diante das dificuldades constatadas que vêm prejudicando a

qualidade do trabalho pedagógico na escola, apontamos algumas

intervenções possíveis para superá-las, tais como:

- Dar maior ênfase à formação continuada dos professores,

estudando junto com eles textos sobre disciplina e indisciplina,

buscando formas adequadas de enfrentar o problema;

- Reorganizar a Hora Atividade dispensando um tempo maior

para a pesquisa de novas metodologias e um feedback com o

pedagogo;

- Reunir-se com os professores quando necessário para

dialogar, trocar idéias, experiências e intervenções

pedagógicas;

- Acompanhar o planejamento dos professores e sua execução;

- Incentivar os professores a exigirem tarefas de casa dos

alunos;

- Conscientizar a comunidade escolar e órgãos governamentais

para a grande necessidade de ampliação e construção de

novas escolas;

- Pôr em andamento o programa do FICA, o programa

Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da vida,

Nenhuma Criança/Adolescente fora da escola;

- Reuniões, encontros com a família para orientar e dar

subsídios que venham contribuir com educação.

PLANO DE AÇÃO - GESTÃO 2006/2008

Diretora : Seila Maria de Oliveira Dariva

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Pedagoga : Helena Lucini Gnoatto

Objetivos:

Geral - Contribuir para uma escola pública mais democrática e

solidária, de qualidade, através do desenvolvimento de um processo

que proporcione uma gestão escolar estratégica e amplamente

participativa.

Específicos:

- Criar uma proposta metodológica aplicável em nossa escola para o

desenvolvimento de processos participativos de decisão e

implementação no Projeto Político Pedagógico;

- Mobilizar alunos, professores, funcionários, pais e lideranças da

comunidade em torno de uma única meta: tornar a nossa escola cada

vez melhor;

- A partir das experiências já aplicadas e avaliadas, criar ou reformular

metodologias;

- Reafirmar o compromisso com a educação pública, gratuita e de

qualidade, com a

disseminação dos valores democráticos e a promoção da cidadania;

- Incentivar e desenvolver projetos que integrem escola e comunidade

e acrescentem aos nossos alunos experiências inovadoras e

possibilitem o ingresso dos mesmos no mercado de trabalho local ou

regional;

- Diminuir o índice de evasão e repetência;

- Promover a integração entre alunos, professores, funcionários e pais;

- Batalhar por melhores condições estruturais, para atender a nossa

clientela;

- Garantir o cumprimento de todas as leis e normas que regem o

Sistema Educacional do nosso estado.

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Princípios Orientadores

Este Plano de Ação tem como referenciais os pressupostos

evidenciados por todos os normativos que regulamentam a LDB e

outras leis que regem o Sistema de Educação Nacional ou Estadual,

sustentando-se num conjunto de princípios e valores que são

enumerados a seguir:

- Não exclusão: entendido no sentido de criar oportunidades

diferenciadas e caminhos diversos que conduzam ao sucesso educativo

dos alunos, independentemente dos seus estilos cognitivos,suas

situações sócio – econômicas ou dificuldades de aprendizagem;

- Cidadania e participação democrática: encarando cada indivíduo

da comunidade escolar como um ser ativo e capaz de intervir de forma

responsável, solidária e crítica, na escola e no meio que o envolve, bem

como no desenvolvimento de valores tais como a liberdade, a

solidariedade e a justiça;

- Integração, no respeito pela diferença: promovendo a efetiva

igualdade de direitos e de oportunidades, independentemente da classe

social, religião e demais opções de cada individuo;

- O saber: promovendo o desenvolvimento da curiosidade intelectual,

o gosto pelo trabalho, pelo estudo, pela investigação, não se limitando

apenas pelo currículo escolar ou pelas cercas da escola;

- Qualidade educativa: traduzida numa otimização dos recursos

disponíveis, tendo em vista que a estrutura física e humana tem um

grande impacto no resultado da aprendizagem e nas atividades

educativas.

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Ações Eixos organizadores

Responsável Cronograma Avaliação

-Promover encontros de integração entre as instâncias colegiadas- Apoiar integralmente as ações destes grupos-Trabalhar em conjunto- Articular para que todos tenham voz e vez de participar

Gestão Democrática

- Membros da APMF, Conselho Escolar,Grêmio Est., Monitores de Classe, Direção e Equipe Pedagógica

Durante o ano todo, no período de dois anos

A avaliação será feita pelo próprio grupo de acordo com as atividades desenvolvidas e os resultados obtidos

- Reuniões pedagógicas periódicas- Acompanhamento da hora – atividade-Planejamento baseado nas necessidades locais- Formação de grupos de estudos de Professores e de alunos- Projeto de Recuperação

Proposta Pedagógica Direção, Equipe Pedagógica, professores

-Uma reunião pedagógica a cada bimestre- Reunião para grupo de estudos, pelo menos uma vez por mês- Reunião de pais, uma por bimestre e atendimento individual ou familiar sempre que preciso- Recuperação

Será feita a avaliação com base nos resultados obtidos, será feita pelos pais e alunos através de questionários esporádicos

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Paralela- Reunião periódica de pais ou entrevistas individuais com a Equipe para acompanhamento dos educandos

Paralela em contra turno, pelo menos uma vez por semana

- Divulgação dos seminários, encontros e simpósios oferecidos pelo estado- Promoção de palestras e encontros de formação- Incentivo a leitura com a criação de uma biblioteca do professor- Promoção de pequenas viagens de pesquisa e integração- Visitas às instituições de ensino Superior

Formação Continuada

Equipe Pedagógica e Direção

- Conforme calendário dos estado- Palestras formativas, uma a cada semestre- Incentivo à leitura, durante todo o ano letivo- Uma viagem durante o ano- Uma ou duas visitas às Instituições por ano

A avaliação será feita de forma aberta pelo envolvidos nas reuniões pedagógicas , duas vezes ao ano, uma no primeiro e outra no segundo semestre de cada ano

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- Ampliação da Biblioteca- Acabamento da quadra esportiva- Construção de mais salas de aula para atender a clientela do diurno- Construção de uma sala auditório-Ampliação do espaço de lazer- Reforma da cozinha- Aquisição de data show, fax,aparelho de DVD, aparelhagem de som e outros que se fizerem necessários- Colocação de bebedouros melhores- Refazer a rede elétrica e o telhado- Reforma e manutenção das carteiras

Qualificação dos Equipamentos e Espaços

Direção, APMF e Grêmio Estudantil

Durante os dois anos- A avaliação será feita de acordo com os progressos que a escola for conseguindo

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- Promoção da Semana de Arte Moderna com as Terceiras séries- Projetos paralelos como : Jogos promovidos pelo Grêmio, Projeto Melhorando sua escolaSemana de oficinas trabalhando temas escolhido pelos alunos- Sessões culturaisBaile Tradicional com escolha do Garoto e da Garota Estudantil do Castelo-Projeto Profissões-Participação em eventos da comunidade local

Especificidades Locais

Direção , APMF e Grêmio Estudantil, Comunidade

Durante todo ( Não são datas fixas, pois precisam se adequar ao calendário Escolar e local )

A avaliação é feita, muitas vezes pelo próprio público, com base nos resultados obtidos e até no sucesso alcançado nos eventos

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A GESTÃO ESCOLAR – PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO

DA COMUNIDADE ESCOLAR

É um processo que rege o funcionamento da Escola,

compreendendo tomada de decisão, planejamento, execução,

acompanhamento e avaliação das questões administrativas e

pedagógicas, buscando o envolvimento de toda a comunidade escolar.

A Gestão Escolar, como decorrência do princípio constitucional da

democracia e colegiabilidade, terá como órgão máximo de Direção o

Conselho Escolar.

Conforme o Regimento Escolar:

Compete ao Diretor:

Convocar, elaborar, submeter, analisar, propor, coordenar,

supervisionar, cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho

Escolar, APMF, as reuniões, encontros, grupos de estudos e outros

eventos.

Compete à Equipe Pedagógica:

Elaborar, assessorar, orientar, analisar, coordenar, participar

sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões, encontros,

grupos de estudos, também acompanhar o processo de ensino, plano de

recuperação e implantação de projetos de enriquecimento curricular.

Compete ao corpo docente:

Elaborar a proposta pedagógica, escolha de livros didáticos,

desenvolver atividades de sala de aula e proceder ao processo de

avaliação, participar de encontros, reuniões, grupos de estudos, cursos,

cumprir e fazer cumprir os horários e calendário escolar.

Compete à Equipe Administrativa:

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É o suporte do funcionamento de todos os setores da Escola,

proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas reais

funções.

Compete à Equipe de Serviços Gerais:

Serviços de manutenção, preservação, segurança e merenda

escolar. Compõem os serviços gerais: merendeiras e auxiliares de

limpeza, a estes funcionários compete preparar, servir, limpar, conservar

e manter em ordem as instalações escolares além de providenciar os

materiais e produtos necessários.

PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS DA ESCOLA

Conceito

Podemos considerar que a Escola é uma Instituição na medida que

a concebemos. Como a organização das relações sociais entre os

indivíduos dos diferentes segmentos ou então, como o conjunto de

normas e orientações que regem esta organização. Nossa Escola está

estruturada pelo Conselho Escolar, Conselho de Classe, Associação de

Pais, Mestres e Funcionários e o Grêmio Estudantil.

Conselho Escolar

É um espaço de debates e decisões, é o órgão máximo de decisão no

interior da Escola. Possibilita a delegação de responsabilidades e o

envolvimento de diversos segmentos da sociedade tornando uma escola

democrática.

Conselho de Classe

81

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Instância colegiada de avaliação permanente. Avaliar é efetivar

oportunidade de ação e reflexão.

Uma avaliação eficiente consiste em rever as relações pedagógicas

alternativas e contribuir para alterar a própria organização do trabalho

pedagógico. O Conselho de Classe guarda em si a possibilidade de

articular os diversos segmentos da Escola e tem por objetivo o processo

de ensino (deverá ser o momento de avaliação de todos: professores,

diretor, pedagogos, funcionários, alunos e a busca de novas

metodologias).

Associação de Pais, Mestres e Funcionários

Espaços de decisões democráticas. Tem por finalidade a

colaboração no aprimoramento da educação e na integração Família-

Escola-Comunidade. Tem a função, também, de sustentadora jurídica das

verbas públicas recebidas e aplicadas pela Escola.

A participação dos pais no cotidiano, em cumplicidade com a

administração, faz com que a Escola se torne autônoma.

Gadotti afirma que uma escola pública “deve ser controlada pela

comunidade, cujas decisões a ela caibam e não sejam entregues aos

devaneios e ao lirismo tecnológico dos planejadores”. Ex: Mesmo as

escolas que atendem as classes menos favorecidas.

Grêmio Estudantil

A organização estudantil é a instância onde se cultiva

gradativamente o interesse do aluno além da sala de aula. O Grêmio

Estudantil é escolhido pelo voto direto e secreto. O processo de eleição

deve ser precedido de discussões, debates, confronto de idéias e

explanação de programas, gerando um saudável hábito de reflexão e

participação política, visando um amadurecimento dos estudantes frente

a sua própria problemática.

82

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O Grêmio Estudantil é o elo de ligação com a direção e a equipe

técnica da Escola e a Comunidade. É uma instância autônoma, mas não

independente.

RECURSOS QUE O COLÉGIO DISPÕE PARA REALIZAR SEU

PROJETO

Nossa escola dispõe de recursos financeiros advindos do Fundo

Rotativo, o qual é um instrumento, criado por Lei, para viabilizar, com

maior agilidade, repasse de recursos financeiros aos Estabelecimentos de

Ensino da Rede Estadual, destinados à manutenção e outras despesas

relacionadas com a atividade educacional.

Os Estabelecimentos de Ensino receberão recursos com base no

número de alunos matriculados, valor linear e outros indicadores

educacionais e sociais. Além dos critérios mencionados, a SEED poderá

repassar recursos utilizando-se de outras variáveis, dependendo do tipo

da oferta de ensino e das atividades desenvolvidas pelos

Estabelecimentos de Ensino.

Os recursos destinados às escolas, através da Cota Normal do

Programa, somente poderão ser aplicados em despesas de Manutenção.

As despesas em Investimentos deverão ser previamente solicitadas

pelos gestores(as) e autorizadas pela SEED, mediante a liberação de

recursos via Cota Suplementar.

Este Estabelecimento de ensino conta também, com a possibilidade

de colaboração do Grêmio Estudantil e de recursos da APMF os quais, de

acordo com o Estatuto da APMF, poderão ser provenientes de:

I- Contribuição voluntária dos integrantes;

II- Auxílios, subvenções e doações eventualmente concedidos pelos

poderes públicos e pessoas físicas ou jurídicas;

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III- Campanhas e promoções diversas em conformidade com a

legislação vigente;

IV- Juros bancários e correções monetárias provenientes de

aplicações em Caderneta de Poupança e/ou Conta Corrente;

V- Investimentos e operações monetárias previamente autorizadas

pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e o Conselho Escolar;

VI- Recursos auferidos a partir da celebração de convênios e

contratos, administrativos e civis, com pessoas de direito público

e privado, observando-se a legislação em vigor;

VII- Exploração da Cantina Comercial, respeitando-se a legislação

específica.

Além disso, há também a contribuição social voluntária, a qual é

fixada em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal e

Conselho Escolar, com a maioria de seus membros, no final do ano

letivo. Tal contribuição não poderá ultrapassar anualmente a 10%

do salário mínimo vigente. É fixada por família, independente do

número de flhos matriculados na Unidade Escolar, por professores

e funcionários.

Essa contribuição social voluntária, poderá ser moeda

corrente ou outras formas de arrecadação, tais como: materiais de

consumo, de expediente e serviços.

É de suma importância ressaltar que os recursos que a escola

efetivamente recebe são os que provêm do fundo rotativo, os outros

citados são eventuais.

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CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR,

HORÁRIOS LETIVOS E NÃO LETIVOS

O tempo Escolar é um dos elementos constitutivos da organização do

trabalho pedagógico.

O calendário escolar ordena o tempo: determina o início e o fim do

ano, prevendo os dias letivos, as férias, períodos escolares em que o ano

se divide, os feriados cívicos, religiosos, as datas reservadas à avaliação,

os processos para reuniões pedagógicas, Conselhos de Classe, cursos e

outras ativdades.

O horário escolar que fixa o número de horas por semana e que

varia em razão das disciplinas constante na Matriz Curricular estipula

também o número de aulas por professor.

O calendário escolar é feito a partir de um modelo apresentado pela

Secretaria de Educação do Paraná, com início e término do ano letivo

determinados. Há uma certa flexibilidade nas datas comemorativas do

município e na agenda de reuniões pedagógicas e Conselhos de Classe de

cada escola, que são decididos coletivamente com professores,

funcionários e membros da APMF sempre que possível.

Os horários das aulas, a organização das disciplinas ministradas e

da hora atividade fazem parte do organização interna de cada instituição

e fica a cargo da Direção e ou Equipe Pedagógica de cada escola

organizar. Os horários não letivos são apresentados em forma de projetos

e dependem da disponibilidade do professor, dos funcionários e do

próprio aluno.

O trabalho escolar em clima de cooperação entre todos, visa a

promoção e inclusão de condições favoráveis a doação, a execução, a

avaliação e ao aperfeiçoamento das estratégias educacionais no uso do

espaço físico do horário e do calendário escolar.

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CALENDARIO 2007 - DIURNO

JANEIRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13

14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27

28 29 30 31

FEVEREIRO

D S T Q Q S S

1 2 3

4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 13 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28

1

3 D

IAS MARÇO

D S T Q Q S S

1 2 3

4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 13 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28

22

DIA

S

1 Dia Mundial da Paz 20 Carnaval

ABRIL

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30

19

DIA

S MAIO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18 19

20 21 22 23 23 25 26

27 28 29 30 31

2

2 D

IAS JUNHO

D S T Q Q S S

1 2

3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20 21 22 23

24 25 26 27 28 29 30

1

9 D

IAS

06 Paixão 21 Tiradentes 01 Dia do Trabalho 07 Corpus Christi

JULHO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30 31

07

DIA

S

0

5 D

IAS AGOSTO

D S T Q Q S S

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

06 Fer. Munic. – Padroeiro

22

DIA

S SETEMBRO

D S T Q Q S S

1

2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29

30

19

DIA

S

07 IndependênciaOUTUBRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13

14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27

28 29 30 31

2

1 D

IAS NOVEMBRO

D S T Q Q S S

1 2 3

4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 13 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30

1

9 D

IAS DEZEMBRO

D S T Q Q S S

1

2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29

30 31

1

2 D

IAS

12 N. S.Aparecida 15 Dia do Prof.

02 Finados 15 Proc. Da República

19 Em. Pol. do PR 25 Natal

DIAS LETIVOS FÉRIAS DISCENTES FÉRIAS/RECESSO DOCENTES1º Semestre 100 dias Janeiro 31 dias Janeiro/férias 30 dias2º Semestre 100 dias Fevereiro 11 dias Julho/recesso 05 diasFeriado Municipal 01 dia Julho 17 dias Dezembro/recesso 14 dias

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Recessos 03 dias Dezembro 12 dias Outros recessos 03 diasTotal 200 dias Total 71 dias Total 64 dias

Início e términoCapacitaçãoPlanejamento/ ReplanejamentoFériasFeriadosRecessosReuniões PedagógicasConselhos de ClasseComplementação de carga horária

CALENDARIO 2007 - NOTURNO

JANEIRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13

14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27

28 29 30 31

FEVEREIRO

D S T Q Q S S

1 2 3

4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 13 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28

1

3 D

IAS MARÇO

D S T Q Q S S

1 2 3

4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 13 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28

22

DIA

S

1 Dia Mundial da Paz 20 Carnaval

ABRIL

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30

19

DIA

S MAIO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18 19

20 21 22 23 23 25 26

27 28 29 30 31

2

2 D

IAS JUNHO

D S T Q Q S S

1 2

3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20 21 22 23

24 25 26 27 28 29 30

1

9 D

IAS

06 Paixão 21 Tiradentes 01 Dia do Trabalho 07 Corpus Christi

JULHO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30 31

07

DIA

S

0

5 D

IAS AGOSTO

D S T Q Q S S

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

06 Fer. Munic. - Padroeiro

22

DIA

S SETEMBRO

D S T Q Q S S

1

2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29

30

19

DIA

S

07 IndependênciaOUTUBRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13

14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27

28 29 30 31

2

1 D

IAS NOVEMBRO

D S T Q Q S S

1 2 3

4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 13 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30

1

9 D

IAS DEZEMBRO

D S T Q Q S S

1

2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29

30 31

1

2 D

IAS

12 N. S.Aparecida 15 Dia do Prof.

02 Finados 15 Proc. Da República

19 Em. Pol. do PR 25 Natal

DIAS LETIVOS FÉRIAS DISCENTES FÉRIAS/RECESSO DOCENTES1º Semestre 100 dias Janeiro 31 dias Janeiro/férias 30 dias

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2º Semestre 100 dias Fevereiro 11 dias Julho/recesso 05 diasFeriado Municipal 01 dia Julho 17 dias Dezembro/recesso 14 diasRecessos 03 dias Dezembro 12 dias Outros recessos 03 diasTotal 200 dias Total 71 dias Total 64 dias

Início e términoCapacitaçãoPlanejamento/ ReplanejamentoFériasFeriadosRecessosReuniões PedagógicasConselhos de ClasseComplementação de carga horária Semana Cultural de Arte Moderna ( Atividades no horário de contra turno – 25 horas/ aula )

CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS

ESPAÇOS EDUCATIVOS

Quanto à organização e à utilização dos espaços educativos a escola

parte do princípio que todos que fazem parte dela são responsáveis e

têm o direito de fazer uso das instalações escolares desde que cumpram

as regras estabelecidas pela escola, como: zelar pelo patrimônio público,

cuidar da higiene, cumprir os horários estabelecidos.

Dispomos, além das salas de aula, dos seguintes espaços

educativos: quadra de esportes coberta, biblioteca, saguão, laboratório de

informática e laboratório de Ciências. Estes espaços são utilizados para

reuniões, palestras, Conselhos de Classe, gincanas e demais atividades

pedagógicas, recreativas e culturais.

A organização e a utilização destes espaços é feita de forma

democrática, ou seja, em comum acordo entre direção, professores,

equipe pedagógica e funcionários.

CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E

DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR EM RAZÃO DE

ESPECIFICIDADES

As turmas são organizadas de acordo com as matrículas recebidas,

dentro do período matutino ou noturno conforme solicitado pelo próprio

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aluno quando de maior ou pelos pais e responsáveis quando o aluno for

de menor. As turmas são mistas seguindo a média exigida de alunos por

sala. Não é dado aos alunos, o direito de escolher a turma por

entendermos que todos são iguais.

A distribuição de aulas é feita pelo representante do Núcleo Regional

de Ensino, o Documentador Escolar, de preferência com a presença dos

diretores das escolas e os professores de cada área. Esta distribuição

obedece a uma classificação prévia feita pela Secretaria de Educação,

que primeiro distribui as aulas aos professores classificados em cada

estabelecimento e depois no Município.

DIRETRIZES PARA A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO

PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE; DO CURRÍCULO, DAS

ATIVIDADES EXTRA-CURRICULARES E DO PROJETO POLÍTICO-

PEDAGÓGICO

A avaliação do pessoal docente será realizada através de

observação diária e através do acompanhamento por fichas de

intervenções pedagógicas tanto positivas quanto negativas. Além disso,

será realizada a auto avaliação com toda a comunidade escolar.

Semestralmente haverá reunião com o Conselho Escolar para

avaliar o PPP, observando o que está e o que não está sendo cumprido e

se há necessidade de alterações.

A avaliação do P.P.P. numa visão crítica, parte da necessidade de

conhecer uma realidade escolar, busca explicar e compreender

criticamente as causas e existência de problemas, suas soluções e propõe

as alternativas. O P.P.P. não é algo estanque desvinculado dos aspectos

políticos e sociais. Avaliar o P.P.P. é avaliar os resultados da própria

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organização de trabalho pedagógico. Avaliação é um ato dinâmico que

qualifica e oferece subsídio ao P.P.P.

INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS

Quando constatada a ausência de alunos na sala de aula e não há a

apresentação de atestado médico ou em casos que não há informações

por parte dos familiares dos mesmos à escola, como primeira providência

a ser tomada, faz-se uma sondagem com colegas, para mandar recados.

Caso a família não se faça presente na escola é feito o contato por

telefone ou por escrito, enviado através de amigos da família. Não

acontecendo a volta do menor, solicita-se a intervenção do Conselho

Escolar.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

A avaliação é amplamente discutida em todos os segmentos da escola.

Nos últimos anos, estes segmentos buscam redefinir ou readequar o seu

papel e a sua função social. Este Projeto Político Pedagógico está sendo

elaborado para nortear as práticas educativas e, conseqüentemente, a

avaliação.

A escola que desejamos, dentro da pedagogia preocupada com a

transformação social efetiva, e não mais com a conservação, repensa todo

o processo de aprendizagem em sala de aula. A razão desta última existir

é o aluno, e cabe aos educadores, refletir se o respeito aos alunos em

relação ao conhecimento leva em consideração quem são eles, de onde

vieram, em que contexto estão inseridos. Diante disso, tentaremos trazer

para a sala de aula um novo sentido.

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A nossa prática pedagógica e a prática de avaliação devem superar o

autoritarismo, o conteudismo, a punição, estabelecendo uma nova

perspectiva para o processo de aprendizagem e de avaliação educacional,

marcado pela autonomia do educando e pela participação do mesmo na

sociedade de forma democrática.

Na perspectiva dessas novas práticas, teremos, na sala de aula, um

professor mediador entre o sujeito e o objeto do conhecimento,

trabalhando de forma que, a partir dos conteúdos, dos conhecimentos

apropriados pelos alunos, eles possam compreender a realidade, atuar na

sociedade em que vivem e transformá-la.

Nesse processo de avaliação, o professor deve conhecer muito bem

os seus alunos, seus avanços e dificuldades, o próprio aluno também deve

aprender a se avaliar e descobrir o que é preciso mudar para garantir

melhor desempenho.

É importante que os educandos façam a reflexão sobre seus

relacionamentos e comportamentos, de forma a alterar as regras quando

necessário, para que todos alcancem os objetivos estabelecidos de forma

coletiva.

O professor, para acompanhar o desenvolvimento de cada um,

deverá registrar continuamente as considerações sobre a turma toda e

sobre cada um dos alunos, a partir das atividades desenvolvidas durante

todo o trabalho pedagógico. Tomando como parâmetros os critérios

formais da aprendizagem, deve observar: o nível de aprendizagem

relacionado ao conhecimento; o interesse e a iniciativa dos mesmos para

a leitura, o estudo, a pesquisa; a qualidade do conteúdo produzido e da

linguagem utilizada; a sistematização e ordenação das partes,

relacionadas à produção individual; a qualidade da elaboração em

conjunto com outros colegas, a capacidade crítica, a criatividade, a

capacidade de reconstrução própria e de relacionar os conteúdos das

diversas áreas do conhecimento. As considerações e opiniões dos

próprios educandos deverão também ser analisadas pelo professor.

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Não se pode esquecer que nesse processo de avaliação, o professor

também deve se avaliar, refletindo sobre o seu próprio trabalho,

verificando seus procedimentos e, quando necessário, reestruturando sua

prática pedagógica.

Depois de todas estas reflexões a Comunidade Escolar chegou a

um consenso de que a avaliação em nossa escola deve ser: Diagnóstica,

formativa, qualitativa, cumulativa e contínua, com prevalência na

qualitativa. A nota do bimestre pode ser resultante de somatória ou

média aritmética dependendo do professor e do prévio acordo com a

turma. Cada disciplina deve ter registrada pelo menos três notas, sendo

que uma pode ser de “atitudes” (disciplina, assiduidade, participação,

uso do uniforme e outras).

RECUPERAÇÃO PARALELA

Entende-se por recuperação paralela o processo de ensino e

aprendizagem que viabiliza novas oportunidades ao educando e ao

educador que não alcançarem seus objetivos poderem rever sua

caminhada na produção/apropriação dos conceitos.

A recuperação paralela realizar-se-á, após cada instrumento

avaliativo, durante o bimestre letivo para todos os educandos ou para os

alunos que não atingiram os objetivos propostos.

O educando terá direito somente a 01 (uma) avaliação de

recuperação paralela após cada instrumento avaliativo, onde deverá

prevalecer o resultado da avaliação em que o educando obtiver melhor

apropriação/produção dos conceitos.

A escola adotará como instrumentos avaliativos para recuperação

paralela: seminários, provas, pesquisas, módulos de exercícios e

trabalhos, recortes de revistas e jornais, sendo aconselhável a revisão de

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conteúdos antes de aplicar qualquer tipo de instrumento, tornando lúdico

os conteúdos, chamando a atenção e inovando.

Conforme prevê a LDB – Del. 007/99, estudos paralelos de

recuperação, consistem em momentos planejados e articulados ao

andamento dos estudos no cotidiano da sala de aula.

PROGRESSÃO PARCIAL

Atendendo ao disposto na Deliberação nº 05/98 e 006/96 do CEE e

na Instrução Normativa nº 008/97 da Superintendência de Educação da

SEED, este Estabelecimento aderiu à oferta da Progressão Parcial ou

Matrícula com Dependência desde o ano letivo de 2001.

A Progressão Parcial ou Matrícula com Dependência é aquela por

meio da qual ao aluno, reprovado em até três disciplinas da série ou

período, é permitido cursar a série ou período subseqüente

concomitantemente às disciplinas nas quais reprovou, desde que

preservada a seqüência curricular.

No regime por Dependência, o aluno maior de idade ou o pai

responsável pelo aluno menor de idade poderá optar por cursar apenas as

disciplinas nas quais estiver em dependência.

O regime por Dependência exige, para aprovação, a freqüência

prevista em lei e o aproveitamento determinado pelo Regimento Escolar.

No regime com dependência deverá ser considerada para

aprovação a freqüência equivalente a 75% e o aproveitamento previsto no

Regimento, ou seja, nunca inferior a média de 6,0 (anual) de acordo com

o Estabelecimento de Ensino em consonância com a Lei de Diretrizes e

Bases, em vigor.

A critério do Estabelecimento de Ensino a disciplina em

dependência poderá ser cumprida através do Plano Especial de Estudos,

desde que:

93

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a) A oferta do Plano Especial de Estudo tenha seu projeto analisado

pela Equipe Pedagógica e aprovado pela Direçaõ da Escola.

b) As atividades poderão envolver: módulos, pesquisas, aulas

regulares, atividades extraclasse nunca excluindo as provas bimestrais e

exames finais, caso for necessário.

c) Os critérios de aprovação, aqui regulamentados deverão obter a

opção de:

- compromisso do aluno

- compromisso do professor

- compromisso da escola

- compromisso escola/professor/aluno

d) As verificações do rendimento escolar obedecerão aos critérios

legais de acordo com a Lei nº 9394/96, Art. 24, V, a, b, c, e, dando

ênfase a:

- Avaliação contínua e cumulativa;

- Possibilidades de aceleração de estudos;

- Obrigatoriedade de estudos de recuperação para o caso de baixo

rendimento escolar;

e) Sua execução, observada as necessidades de horário compatível,

carga horária, docente disponíveis, avaliação articulada aos

parâmetros legais e acompanhada pelo Núcleo Regional de

Educação.

O certificado de conclusão do curso somente poderá ser expedido

após a aprovação pelo aluno, na(s) disciplina(s) sob regime de

Dependência.

CONSELHO DE CLASSE

94

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Antes da realização do Conselho de Classe, a equipe pedagógica

realizará com os alunos de cada turma um pré-conselho com o intuito de

constatar os avanços, a participação, o interesse, o comprometimento e

as dificuldades dos mesmos em relação às disciplinas e às metodologias.

Assim, durante o Conselho de Classe com os professores, o

pedagogo estará embasado para as intervenções pedagógicas que se

fizerem necessárias. Além disso, será enfatizada a formação continuada

de professores através da disponibilidade de textos ou vídeos para

informação ou discussão.

Com isso, pretende-se que o foco do Conselho de Classe deixe de

ser voltado apenas para o aluno/nota para direcionar-se à avaliação de

todo o processo educativo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os fundamentos estabelecidos neste documento serão os

indicadores do rumo para a intervenção pedagógica praticada nesta

Escola.

Com ele busca-se responder às exigências da sociedade que se

caracterizam pelo dinamismo de suas transformações em todos os níveis:

social, político, tecnológico e ético.

95

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A partir das Diretrizes Curriculares, constatamos que o

planejamento deve adaptar-se aos alunos e não os alunos adaptarem-se

ao planejamento.

A estética de sensibilidade, a política de igualdade e a ética da

identidade vão ser trabalhados juntamente com os valores escolhidos.

A avaliação vai ser contínua e de qualidade com recuperação

paralela durante o ano letivo.

REFERÊNCIAS

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SCHEIBE, Leda. Formação e Identidade do Pedagogo no Brasil. In:

Ensinar e Aprender: sujeitos, saberes e pesquisa. Rio de Janeiro, DP&A,

1999, pg. 9-22.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho

pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula.

6ª ed. São Paulo: Libertad Editora, 2006.

CARRARA, João Alfredo. O novo professor: função social e humanizadora

do educador. In: http: // www.profissaomestre.com.br/smu_vmat.php?

vm_idmat=665&s=501. Acessado em 15/03/07.

97

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ANEXOS

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COLÉGIO ESTADUAL CASTELO

BRANCO ENSINO MÉDIO

ITAPEJARA D´OESTE – PR

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

ANEXO II

PROPOSTA CURRICULAR

99

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2008

DISCIPLINA DE ARTE

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Através das diferentes formas de pensar, agir e definir conceitos, a arte é

influenciada pelo momento histórico na qual se desenvolveu e passa a ocupar

lugar de destaque no currículo escolar pôr exigir reflexões, definir conceitos,

saindo do senso-comum (reproduzir, limitar o educando).

Nessa nova concepção do processo pedagógico em Artes, pretende-se

desenvolver alunos que possam criar formas singulares de pensamento,

aprender e expandir suas potencialidades criativas.

As aulas examinarão a reflexão estética sobre a modernidade artística

privilegiando o contato com os diferentes tipos de discursos, e com as diferentes

modalidades assumidas pela linguagem artística no período. Destacará as

seguintes questões:

- Dissolução de fronteiras: relação entre as artes. Filosofia, Literatura e Artes

Plásticas. Arte e vida: a desmaterialização da obra e a estetização do real. A

dialética da modernidade;

- História, Teoria e Expressão. Teoria crítica da sociedade (o pensamento

frankfurtiano): a) arte e utopia: as utopias negativas: “A arte é uma promessa

de felicidade que se esfacela” (Theodor W. Adorno);

- Arte e indústria cultural. A relação entre produção e consumo: a conversão da

obra de arte em mercadoria; a reprodução mecânica do belo; a criação de

falsas necessidades; o falseamento do trágico, etc;

- A relação entre arte e sociedade: a questão da autonomia da obra de arte; a

noção de tempo histórico descontínuo e a perspectiva do presente como

ponto de vista inevitável: "Il faut être absolutment moderne" (Charles

100

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Baudelaire); a questão da emancipação: arte e negatividade (a dialética como

sinônimo de revolta cultural); a experiência estética como forma de

conhecimento: a inter-relação do sujeito e objeto; idéia e natureza; razão e

experiência sensorial; o conteúdo de verdade das obras de arte: a crítica ao

empirismo e à estética contemplativa.

Estrutura do trabalho científico. Conceituação e tipos de conhecimento. Ciência e

sociedade. Conceituação de pesquisa. Tipos de pesquisa. Estudo das questões

reflexivas e metodológicas referentes à pesquisa em arte. Projeto de pesquisa.

OBJETIVOS GERAIS

A disciplina de um modo geral, visa fornecer aos alunos uma introdução à

História da Arte e á Estética e através de uma visão comparada da produção

artística e pensamento estético, ocorridos no Ocidente, informando sobre como a

arte tem sido usada como espaço. Além disso, visa:

- Conhecer o contexto histórico que envolve obras de arte, estilos e

artistas pois não é fragmentada.

- Compreender es seus conteúdos explícitos e implícitos para aprofundar

a sua investigação

- Articular os conhecimentos estéticos, artísticos e fazer possíveis

relações ente seus elementos constitutivos.

Descrição do programa: 1. A natureza da Estética e a natureza da

História da Arte 2. Relações entre a arte e a história 3. Origens da Arte 4. A

consciência artística e suas distintas formulações 5. História da Arte e

pensamento estético no Ocidente 6. Fatores desencadeadores de mudanças

estéticas e artísticas 7. Arte e Ciência 8. Arte e Educação 9. Arte e

Educomunicação: a arte como expressão comunicativa das comunidades

educativas 10. Projetos voltados para a comunicação expressiva de alunos e

professores.

CONTEÚDOS 1ª E 2ª SÉRIES

- Artes Visuais

6) Ponto

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7) Linha

8) Superfície

9) Textura

10) Volume

11) Luz

12) Cor

13) Figurativa

14) Abstrata

15) Figura-fundo

16) Bidimensional/tridimensional

17) Semelhanças

18) Contrastes

19) Ritmo visual

20) Gêneros

21) Técnicas

Música

22) Altura

23) Duração

24) Timbre

25) Intensidade

26) Densidade

27) Ritmo

28) Melodia

29) Harmonia

30) Intervalo Melódico

31) Intervalo Harmônico

32) Tonal

33) Modal

34) Improvisação

35) Gêneros

36) Técnicas

Teatro

102

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37) Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e

faciais

38) Acão Espaço Cênico

39) Representação

40) Sonoplastia/iluminação/cenografia/figurino/caracterizaç

ão/maquia gem/adereço

41) Jogos teatrais

42) Roteiro

43) Enredo

44) Gêneros

45) Técnicas

Dança

46) Movimento Corporal

47) Tempo

48) Espaço

49) Ponto de apoio

50) Salto e queda

51) Rotação

52) Formação

53) Deslocamento

54) Sonoplastia

55) Coreografia

56) Gêneros

57) Técnicas

Movimentos e Períodos

58) Arte Pré-histórica

59) Arte no Egito Antigo

60) Arte Grego-Romana

61) Arte Pré-Colombiana

62) Arte Oriental

63) Arte Africana

64) Arte Medieval

65) Renascimento

66) Barroco

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67) Neoclassicismo

68) Romantismo

69) Realismo

70) Impressionismo

71) Expressionismo

72) Fauvismo

73) Cubismo

74) Abstracionismo

75) Dadaísmo

76) Surrealismo

77) Op-art

78) Pop-art

79) Teatro Pobre

80) Tatro de Oprimido

81) Música serial

82) Música eletrônica

83) Rap, funk, Techo

84) Música minimalista

85) Arte engajada

86) Hip Hop

87) Dança Moderna

88) Vanguardas artísticas

89) Arte brasileira

90) Arte paranaense

91) Indústria cultural

METODOLOGIA

O trabalho em sala de aula deve se pautar pela relação que o ser humano

tem como a arte: produzir arte desenvolver um trabalho artístico e sentir e

perceber as obras artísticas . Na escolar precisamos melhorar o conhecimento

que o aluno já possui.

A organização pedagógica deve ser pautada em:

104

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- O sentir e perceber: apropriação e apreciação da obra de

arte.

- O trabalho artístico: a prática criativa de uma obra.

O conhecimento em arte: o aluno vai sentir e perceber a obra artística e

desenvolver trabalhos artísticos para formar conceitos.

O aluno deverá Ter acesso as obras de música, teatro, dança e artes

visuais para se familiarizar com diversas formas de produção artística. O

professor vai mediar este acesso.

Quando o aluno vai analisar uma obra espera-se que ele perceba que no

processo de composição e o artista imprime sua visão de mundo, ideologia com a

qual se identifica, o seu momento histórico e determinações sociais, onde o

artista apresenta uma nova realidade social.

É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo

social dos alunos, e trabalhe nas aulas os conhecimentos originados pela

comunidade. É interessante discutir como as manifestações artísticas podem

produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma

obra.

A prática artística é expressão privilegiada é o exercício da imaginação

criativa. O processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se

familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos.

O aluno deverá realizar trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao

conhecimento em arte e ao trabalho artístico.

Teatro - exercícios de relaxamento, aquecimento, personagem –

expressão, vocal, gestual, corporal e facial – jogos teatrais e transposição de

texto literário para dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos.

Deve-se também discutir os conteúdos e movimentos artísticos importantes para

a história do teatro. Descrever contextos, analisar estrutura e organização da

peça e análise sob o ponto de vista do aluno.

Artes Visuais – desenvolver composições e criar efeitos de movimento e

de organização do espaço com linhas, com exemplos de obras de artistas;

- Produzir e expor trabalhos artísticos, a considerar a

formação do professor e recursos existentes na escola.

105

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Avaliação

Nas aulas de arte a avaliação será diagnóstica e processual. É diagnóstica

por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos, é

processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.

Inclui a avaliação do professor, da classe, sobre o desenvolvimento das

aulas e a auto-avaliação do aluno.

Busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno,

inclui a observação e registro do processo de aprendizagem, com os avanços e

dificuldades percebidos em suas criações. Avaliar como o aluno soluciona

problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões

em grupo.

O aluno, como sujeito desse processo deve elaborar registros de forma

sistematizada. Socializar em sala de aula, com oportunidades para o aluno

apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas, sem perder de vista a

dimensão sensível contida na aprendizagem dos conteúdos de arte.

O professor precisa investigar e diagnosticar em seus alunos qual capital

cultural eles trazem, pois forma constituídos em outros espaços sociais como:

música, artes visuais, teatro, dança, habilidades e socializar entre seus colegas.

- Trabalhos artísticos , pesquisas e provas teóricas e práticas.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

As aulas serão ministradas de diversas formas: aulas expositivas,

ilustrações com material audiovisual, seminários e leitura de textos.

A avaliação será feita através de seminários, trabalho escrito,

apresentações, sensibilidade e expressão.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSI, A. Reflexões sobre a Arte. São Paulo, Ática. 1985.

CALABRESE, Omar. El Linguage del Arte. Buenos Aires. Siglo XXI, 1987. FISCHER,

Ernest. A necessidade da Arte. R. de Janeiro, Zahar, 1971. GOMBRICH,E.M.

História da Arte. São Paulo, Azhar, 1979 GOMBRICH,E.M. Arte e ilusão. Martins

Fontes, 1987.

CANCLINI,N.G. A Socialização da Arte. São Paulo, Cultrix, 1980.

DCE, Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do

Paraná, Curitiba – PR, 2006.

HAUSER, Arnold. História Social de la Literatura y el Arte HUYGHE, René. L'Art

et L'Homme. Paris Larousse, 1957.

OSBORNE, Harols. Estética e Teoria da Arte. São Paulo, Cultrix, 1970.

PAREYSON,L. Os Problemas da Estética. São Paulo, Martins Fontes, 1984.

DISCIPLINA DE BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

As aulas de biologia tem como objetivo fornecer os conhecimentos básicos

da biologia geral e correlacionar com as aplicações sobre a especificidade,

107

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funcionamento e organização dos diferentes organismos no ambiente, bem como

o conhecimento, reflexão e a prática sobre diversidade dos seres vivos, desde o

surgimento e desenvolvimento dos mesmos, destacando os aspectos essenciais

sobre a vida e os conhecimentos científicos.

Compreender os conceitos fundamentais de Biologia e sua ligação aos

fatos cotidianos, bem como a percepção de quanto as ciências biológicas tem

sido importantes para a humanidade e novas descobertas que se delineia neste

século.

OBJETIVOS GERAIS

Levar o aluno conhecer a organização dos seres vivos relacionando-os à

existência de características comuns entre estes e seus ancestrais, bem como

compreender toda uma diversidade biológica extintas e existentes.

Levar ao estudo de mecanismos que explicam como os sistemas

orgânicos dos seres funcionam.

Desenvolver habilidades relacionadas à elaboração de atividades práticas

envolvendo o estudo da célula.

Compreender a construção de conceitos científicos na biologia.

Tornar possível a reflexão e indução à busca de novos conhecimentos na

tentativa de compreender o conceito biodiversidade e os processos pelos quais

os seres vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética e

estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade de seres vivos.

Propõe o estudo da engenharia genética sobre vida. E com os avanços da

Biologia molecular há a possibilidade de manipular o material genético dos seres

vivos.

CONTEÚDOS

1ª série :

2 origem da vida: histórico, evolução e desenvolvimento;

3 características dos seres vivos: organização celular,

conceitos, metabolismo,adaptação, mutação, etc.....

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4 citologia: estudo das células, características, histórico,

funções, divisões, câncer, radicais livres, , células tronco,

clonagem...

5 histologia animal: tipos de tecidos, glândulas,

características e funções.

6 Reprodução: Tipos de reprodução, aparelho reprodutor,

hormônios, anabolizantes, prevenção de doenças, controle

da natalidade, etc..

7 Embriologia: Fecundação, fertilização, amamentação e

desenvolvimento embrionário.

2ª série:

8 Taxionomia: classificação dos seres vivos, sistemática e

biodiversidade, critérios para classificação dos seres vivos.

9 Reinos: características gerais de todos os reinos, divisões.

Propriedades terapêuticas das plantas, preservação da

fauna e da flora;

10 histologia vegetal: movimentos vegetais, tipos de tecidos,

características e funções.

11 morfofisiologia animal;

12 morfofisiologia vegetal;

13 Estudo do vírus: doenças.

3ª série:

14 Genética:Histórico; genes, cromossomos, DNA,

transgênicos, doenças hereditárias, radioatividade,

bioética;

15 Evolução: adaptação, mutação;

16 Ecologia: relações ecológicas: homem/ambiente, meio

ambiente, desequilíbrio ambiental, urbano e rural,

ecossistemas, ciclos biogeoquímicos, biomas.

METODOLOGIA

Observação e descrição dos seres vivos através da macroscopia e microscopia.

109

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Análise de como os sistemas funcionam.

Desenvolvimento e compreensão dos conceitos de genética.

Reflexão sobre as implicações dos avanços biológicos para o desenvolvimento da

sociedade. O desenvolvimento dos conteúdos será feito através de:

- Conhecer fatos importantes da história da biologia;

- Formulação de hipóteses e da experimentação.

Aula dialogada, leitura de textos complementares, recortes, debates, vídeos,

slides, transparências, pesquisas sobre o conteúdo apresentado, passeios,

experimentos em laboratório, trabalhos individual e em grupo, exposição de

cartazes, exercícios práticos, exposição de conteúdos e avaliação individual.

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica e contínua, objetivando a construção do

conhecimento autônomo, e será realizada através de: pesquisas, debates,

seminários, relatórios, textos, provas objetivas e descritivas, participação

individual e em grupo, trabalho em grupo e individual, observação e relatórios e

atitudes.

BIBLIOGRAFIA

CARVALHO, WANDERLEY. Biologia em foco, volume único São Paulo:

FTD, 2002.

CÉSAR e SEZAR. Biologia 1ª série. Ed Saraiva, 2005.

DCE, Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica

do Paraná, Curitiba – PR, 2006.

FONSECA, ALBINO. Coleção horizontes.

LOPES, SÔNIA. Biologia, volume único / Sônia Lopes, Sérgio Rosso.1ª

edição, São Paulo: Saraiva, 2005.

SOARES, JOSÉ LUÍS. Biologia, volume único. Ed Scipione 2ª edição.

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DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino

Fundamental, enfatizando as determinações histórico-sociais nas relações do

aluno com a Cultura Corporal de Movimento, que lhe permita a prática de

atividades físicas regular, visando a construção da saúde e melhoria da qualidade

de vida, objetivando um cidadão ativo, co-responsável no processo de estudo e

ampliação das diversas práticas corporais.

OBJETIVOS

Geral:

Possibilitar aos alunos conhecimentos para o autogerenciamento das

atividades corporais, utilizando como meio as diversas manifestações da Cultura

Corporal de Movimento, através da análise crítica das mesmas para servirem

como critérios para julgamento, escolha e realização de atividades corporais

saudáveis.

Específicos:

Ao final do ano letivo o aluno deverá ser capaz de:

• Aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo humano de

forma a reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como

recurso para melhoria de suas aptidões físicas.

• Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e freqüência,

elevando-se à condição de planejador de suas práticas corporais.

• Buscar informações para o seu aprofundamento teórico de forma a construir e

adaptar alguns sistemas de melhoria de suas aptidões físicas.

• Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de

discernir e reinterpretá-los em bases científicas, adotando uma postura

111

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autônoma na seleção de atividades e procedimentos para a manutenção ou

aquisição da saúde.

• Adotar uma postura ativa de praticante de atividades físicas e consciente da

importância das mesmas na vida do cidadão.

CONTEÚDOS

- Manifestações de cultura corporal de movimento, realizando aprofundamentos

nos seguintes tópicos:

• Desenvolvimentos dos elementos técnicos e meios táticos dos esportes

coletivos em situações ativas de jogo dando sentido e significado aos

mesmos.

• Promover as diversas manifestações expressivas e recreativas.

• Promover pesquisas e trabalhos em busca do sentido e significado da

origem e evolução dos elementos da cultura corporal de movimento.

• A utilização da Cultura Corporal de Movimento como meio e como fim.

Promoção de debate e problematização para os alunos.

• As diferenças nas aulas de educação física: gênero, étnica, sopcial e cultural.

• A organização e promoção de eventos e atividades esportivas e recreativas.

- Os elementos da cultura corporal de movimento, fazendo ligações e relações

com:

• Princípios da atividade física (Individualidade, sobrecarga, especifidade,

continuidade e reversibilidade).

• Informações complementares sobre aquecimento e resfriamento

• Compreender os principais fundamentos da fisiologia do exercício

(sistemas respiratório e circulatório e coração)

• As qualidades físicas e sua utilidade.

• Nutrição e controle de peso.

METODOLOGIA

Os métodos de ensino estarão centrados na solução de problemas, visando

um aluno autônomo na busca de soluções que podem ser individuais ou em

grupo. Serão usados diversos recursos metodológicos como seminários,

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pesquisas bibliográficas e na internet. A construção do conhecimento pelo aluno

será feita sempre pela metodologia ativa em concepções abertas de ensino.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Será diagnóstica e contínua, objetivando a construção autônoma do

conhecimento, abrangendo: 1) a participação nas atividades propostas; 2)

conteúdo e forma dos trabalhos produzidos individualmente e/ou em grupos e

3) avaliações parciais das unidades a partir de saberes mínimos a serem

dominados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre:

Magister, 1992.

CAPARROZ, F.E. Entre a educação física na escola e da escola. 2ªed.

Campinas: Autores Associados, 2005.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São

Paulo: Cortez, 1992.

DCE – Educação Física – Curitiba – SEED – PR, 2006.

GARCIA, R. L.(org). O corpo que fala dentro e fora da escola. Rio de Janeiro:

DP&A, 2002.

KISHMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 8ªED. São

Paulo: Cortez, 2005.

MATTO M.G. e NEIRA, M. G. Educação física na adolescência: construindo o

conhecimento da escola. São Paulo: Phorte, 2000.

113

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FILOSOFIA

• Apresentação da disciplina

A Filosofia deixou de ser obrigatória enquanto disciplina com a Lei nº

4.024/61, sendo excluída posteriormente do currículo escolar em 1971, com a Lei

5692/71, durante a ditadura militar, pois não servia aos interesses da época, que

reprimiu toda manifestação de pensamento, sobretudo o pensamento crítico, a

prática questionadora e principalmente as ações daí decorrentes.

Em 1994 o Departamento de Ensino de Segundo Grau (Departamento de

Ensino Médio) iniciou discussões e estudos a fim de elaborar uma proposta

curricular para o Ensino de Filosofia, resultando na Proposta Curricular de

Filosofia para o Ensino de Segundo Grau.

Em 1995 este estabelecimento de ensino incluiu na Parte Diversificada da

Matriz Curricular a disciplina de Filosofia, seguindo a Proposta Curricular de

Filosofia para o Ensino de Segundo Grau.

Em 1996, a LDB 9394/96, no art. 36, determina que, ao final do Ensino Médio,

o estudante deverá “dominar os conhecimentos de Filosofia e Sociologia

necessários ao exercício da cidadania”.

Em 2006, o Parecer CNE/CEB nº 38/2006, foi homologado pelo Ministério da

Educação pela Resolução nº 04 de 16 de agosto de 2006, e torna as disciplinas

de Filosofia e Sociologia obrigatórias no Ensino Médio.

No Estado do Paraná a Lei nº 15.228, de julho de 2006 contempla a

obrigatoriedade do ensino de Filosofia, que conquista seu espaço na matriz

curricular do Ensino Médio como disciplina obrigatória.

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Enfim a Filosofia retoma seu lugar na formação dos estudantes, pois tem

uma contribuição crucial no Ensino Médio, a de recuperar as práticas reflexivas,

questionadoras, que contribuam para a compreensão de quem somos, em que

mundo vivemos.

Na elaboração desta proposta curricular para o ensino de Filosofia no Colégio

Estadual Castelo Branco – Ensino Médio, seguimos a indicação das Diretrizes

Curriculares de Filosofia no Estado do Paraná – DCE.

A disciplina de Filosofia pode possibilitar uma articulação curricular,

viabilizando condições para o trabalho coletivo escolar, na perspectiva

interdisciplinar, promovendo a compreensão do mundo da linguagem, da

literatura, da história, das ciências e da arte.

De acordo com a Proposta Curricular de Filosofia para o Ensino de Segundo

Grau, de 1994 “ao possibilitar ao educando a experiência de reflexão filosófica, o

ensino de Filosofia tem por objetivo a educação para a inteligibilidade”, o que

implica no desenvolvimento do pensamento crítico através da vinculação entre

os problemas vivenciados pelo aluno e os problemas filosóficos, permitindo-lhe

descobrir os encadeamentos, a significação, a estrutura presente nos discursos

elaborados por ele e pelos outros.

“Nesse mundo, que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, o

estudante não pode prescindir de um saber que opere por questionamentos,

conceitos e categorias de pensamento, que busque articular o espaço-temporal e

sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana”. (DCE, p.

23).

Ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares para o Ensino da Filosofia, a

Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica, de

provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação,

da investigação, da análise e criação de conceitos.

Em contato com os problemas e textos filosóficos, o estudante poderá pensar

e argumentar criticamente e nesse processo criar, recriar para si os conceitos

filosóficos.

Os conteúdos estruturantes serão trabalhados na perspectiva dos alunos, de

fazê-los pensar problemas com significado histórico e social, estudados e

analisados com textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que pensem o

problema, pesquisem, estabeleçam relações e criem conceitos.

115

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b) Objetivos

- Dominar os conhecimentos de Filosofia necessários ao exercício da cidadania;

- Estabelecer relações entre o seu cotidiano e o conteúdo filosófico,

desenvolvendo a reflexão filosófica;

- Identificar os principais temas, problemas e sistemas filosóficos, investigando

seu conteúdo;

- Analisar o problema;

- Ler textos filosóficos de modo significativo;

- Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros;

- Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo;

- Debater, tomando uma posição, defendendo argumentativamente e mudando

de posição em face de argumentos mais consistentes;

- Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos

com outras áreas de conhecimento e produções culturais;

- Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem

específica, quanto em outros planos, bibliográfico, entorno sócio-político,

histórico e cultural.

10 Conteúdos Estruturantes

De acordo com o que propõem as Diretrizes Curriculares de Filosofia, os

conteúdos estruturantes a serem estudados são:

2 Mito e Filosofia;

3 Teoria do conhecimento;

4 Ética;

5 Filosofia Política;

6 Estética;

7 Filosofia da Ciência.

Conteúdos específicos

A Filosofia no Currículo do Ensino Médio

- Significado da Filosofia

116

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- O ser humano

- Natureza e Cultura

- O pensamento Filosófico

Mito e Filosofia

- Os mitos

- Nascimento da Filosofia

- Mito e razão filosófica

- Do senso comum ao senso crítico ou filosófico

- Conhecimento espontâneo e conhecimento científico

- Conhecimento Filosófico

Teoria do Conhecimento

- O problema do conhecimento

- Origem do conhecimento

- Critérios de verdade

- Possibilidades do Conhecimento

- Âmbito do conhecimento

- Filosofia e Método

Ética

- Ética e Moral

- Os valores e as virtudes

- Ética e felicidade

- Amizade

- Liberdade

- Ética e política

- Ética Profissional

Filosofia Política

- A Política

- Política e Poder

- O Estado

- A democracia

117

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- Cidadania

- Soberania

- Justiça

- Política e violência

- Política e Ética

Filosofia da Ciência

- Filosofia e Ciência

- O progresso da ciência

- Revoluções científicas

- Ciência e Tecnologia

- Bioética

Estética

- Estética e sensibilidade

- A beleza

- A universalidade do gosto

- Arte e Sociedade

- Necessidade da Arte

11 Metodologia da disciplina

O trabalho será desenvolvido a partir dos conteúdos estruturantes e seus

conteúdos específicos conforme o que foi estabelecido nas Diretrizes

Curriculares de Filosofia:

- A sensibilização;

- A problematização;

- A investigação;

- A criação de conceitos.

Seguiremos a metodologia do Folhas, desenvolvendo o conteúdo

específico a partir do levantamento de questões, identificando problemas e

problematizando o conteúdo com auxílio dos textos filosóficos. O

desenvolvimento de relações interdisciplinares com a ciência, a arte, a

literatura, a linguagem, possibilitarão a análise do problema estudado. A

118

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leitura de textos, atividades investigativas tanto individuais como coletivas,

pesquisas, debates e o registro escrito serão necessários para que o aluno

aprofunde seus conhecimentos, defronte-se com diferentes formas de

enfrentar o problema e com as possíveis soluções elaboradas, disponha de

orientação para discussão e resolução do problema. Na busca de resolução do

problema, deve-se propiciar a análise da atualidade, através de uma

abordagem que remeta o aluno à sua própria realidade. Os problemas atuais

estudados a partir da história da Filosofia, do estudo de textos clássicos, da

interpretação científica e de sua abordagem contemporânea, permitem ao

estudante de Filosofia a elaboração de conceitos, a construção do seu

discurso filosófico. A partir do texto filosófico poderá entender e analisar

filosoficamente o problema em questão, trazendo-o para o presente com o

objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia,

atuar sobre os problemas de nossa sociedade.

Assim o estudante estará apto a elaborar um texto, terá condições de ser

construtor de idéias criativas e inovadoras, participando das discussões com

possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios lógicos,

com pensamento coerente e crítico.

12 Avaliação

A avaliação é aqui concebida em sua função diagnóstica, formativa e

somativa, tem a função de subsidiar e redirecionar as ações no processo

ensino-aprendizagem. Respeitar as posições do estudante, considerando a

capacidade de argumentar e de identificar os limites de suas posições. Levar

em conta a atividade com conceitos, sua capacidade de construir e tomar

posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e

discursos.

De acordo com a DCE de Filosofia, é relevante avaliar a capacidade do

aluno de trabalhar e criar conceitos, conforme os pressupostos abaixo

relacionados:

- qual conceito trabalhou e criou/recriou;

- qual discurso tinha antes;

- qual discurso tem após o estudo da Filosofia.

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A avaliação de Filosofia iniciará com a sensibilização, com a coleta do que

o estudante pensava antes e depois do estudo proposto. Entende-se a

avaliação, portanto, como um processo contínuo, integrado ao

desenvolvimento dos conteúdos presentes nesta proposta.

f) Referências Bibliográficas

BRASIL. Orientações curriculares para o Ensino Médio. Ciências Humanas e

suas Tecnologias. MEC/SEB, Brasília, 2006.

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 6ª ed., São Paulo. Ática, 1995.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. 15a ed., São Paulo, Saraiva,

2002.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a Filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.

288 p. (Coleção Trans).

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular para o

ensino de filosofia no 2º grau. Curitiba, 1994.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes Curriculares de

Filosofia para a Educação Básica. Curitiba: SEED-PR, 2006.

DISCIPLINA DE FÍSICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Física tem como objeto de estudo o Universo, em toda sua

complexidade. Por isso a disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da

natureza.

Tentando resolver problemas de ordem prática e garantir sua subsistência,

o olhar sobre a natureza tem origem em tempos remotos, provavelmente no

período paleolítico, o estudo da Astronomia, dando início ao estudo dos

movimentos.

A Física como conhecemos hoje começou com Galileu Galilei (1562-1643),

mostrando outra maneira de conceber o universo, pela descrição matemática dos

fenômenos físicos. Após ele tivemos muitos físicos que se destacaram, uns por

conta própria, outros com grandes ombros de apoio, influenciados cada um em

sua época por fatores políticos, econômicos,culturais e sociais, até Einsten.

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Portanto o ensino de Física deve ser centrado em conteúdos e

metodologias capazes de levar aos estudantes uma reflexão sobre o mundo das

ciências. Sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da racionalidade

científica.

OBJETIVOS GERAIS

A Física tem como objetivo, educar para a cidadania e contribuir para o

desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção

científica ao longo da história. Considerando a dimensão do conhecimento sobre

o universo de fenômenos e fazer perceber a não-neutralidade de sua produção,

mas aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais, seu comprometimento e

envolvimento com as estruturas que representam tais aspectos. Portanto o

ensino de Física deve formar sujeitos que, em sua formação e cultura, agreguem

a visão da natureza, das produções e das relações humanas.

CONTEÚDOS

* Movimento:

- Trajetórias;

- Descrição Clássica dos Conteúdos;

- Gravitação Universal.

* Termodinâmica:

- Lei Zero da Termodinâmica;

- Modelos de Calor;

- Vapor e Movimento;

1- Verso e Reverso;

- Pressão e Volume.

* Eletromagnetismo:

2- Dualidade Onda Partícula da luz;

- A Natureza da Luz e suas Propriedades;

- Carga Elétrica;

- Geração mais Transformação igual a Conservação de Energia;

121

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- Campos Eletromagnéticos.

METODOLOGIA

O processo de ensino-aprendizagem deve partir do conhecimento trazido

pelos estudantes, fruto de experiências sociais. A experimentação contribua para

a relação teoria e prática; a linguagem matemática não deve se sobrepor aos

conceitos quanto a forma de apropriação do conhecimento; seus conteúdos

devem estar relacionado com as outras disciplinas, e localizado num contexto

social, econômico, cultural e histórico, situados no tempo e no espaço. Portanto

devemos apresentar o conteúdo, localizando no contexto histórico, o que

acontecia na época, mostrar os físicos envolvidas do início até a fase final.

Comentar a relação desse conteúdo com outras disciplinas. Fazer a

experimentação sempre que possível, e após mostrar a linguagem matemática

para a comprovação.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação se verifica pelo progresso do estudante, considerando a apropriação

dos objetos da Física. A avaliação será:

- diagnóstica: analisara o conhecimento existente e o conhecimento adquirido, (a

compreensão dos conceitos físicos).

- formativa: a capacidade de análise de um texto, para uma opinião que leve em

conta o conteúdo físico.

- somatória: a capacidade de elaborar um relatório sobre uma experiência que

envolva Física.

A recuperação dos conteúdos será paralela e concomitante a cada

bimestre.

BIBLIOGRAFIA

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GARDELLI, D.. Concepções de Interação Física: subsídios para uma

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São Paulo: IFUSP, 2004.

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4, n.º 1, 2005. Acesso em 09/06/2005.

YOAV, Bem-Dov. Convite à Física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 1996.

DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A Geografia tem como objetivo de estudo o espaço como em muitas outras

áreas do conhecimento, a disciplina de geografia desenvolverá com o aluno as

dimensões econômicas da produção no espaço, a geopolítica, a dimensão sócio

ambiental e a dinâmica cultural demográfica.

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Seu objetivo é compreender a dinâmica social e espacial, que produz,

reproduz e transforma o espaço geográfico nas diversas escalas (local, regional,

nacional e mundial).

Devido ao momento de transição, a matéria de geografia poderá passar

por algumas mudanças.

Com as novas tecnologias de informação, com os avanços das pesquisas

científicas e com as transformações no território, o ensino da geografia torna-se

fundamental para a percepção do mundo atual, ter noção de como agir e se

tornar um verdadeiro cidadão no contexto global.

2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

- Compreender que a Geografia é uma disciplina explicativa da organização

espacial das sociedades;

- Que o espaço geográfico é produto, meio e condições das relações sociais

e econômicas;

- Que a ação do homem-trabalho transforma as condições naturais do

território, criando contradições: desorganização ambiental, luta pela posse

do solo, etc.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

- dimensão econômica da produção do/no espaço;

- geopolítica;

- dimensão sócioambiental; e

- dinâmica cultural e demográfica;

- modos de produção e formações sócioespaciais;

- industrialização clássica, periférica e planejada;

- revolução técnico-científica-informacional e o novo arranjo do espaço da

produção;

- distribuição espacial da indústria nas diversas escalas geográficas;

- oposição Norte-Sul e aspectos econômicos da produção;

- internacionalização do capital e sistemas financeiros;

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- formação de blocos econômicos regionais;

- urbanização e hierarquia das cidades: megalópoles, metrópoles, cidades

grandes, médias e pequenas;

- novas tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural;

- reestruturação do segundo mundo e economias de transição;

- industrialização nos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e

ambientais;

- a nova ordem mundial no início do século XXI: o fim dos três mundos e a

atual oposição norte-sul;

- fim do estado de bem-estar social e o neoliberalismo;

- os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e território;

- regionalização do espaço mundial;

- os novos papéis das organizações internacionais;

- redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos,

culturais, políticos, econômicos, entre outros;

- movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;

- conflitos rurais e estrutura fundiária;

- questões territoriais indígenas;

- territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem-teto, entre

outros.

4. METODOLOGIA:

A Geografia é uma disciplina que acompanha a transformação do espaço,

e assim também são as metodologias que devem ser diferenciadas, mas sempre

construídas a partir das práticas cotidianas, não perdendo de vista os conceitos

cartográficos (escala, legenda, alfabeto cartográfico) e os geográficos

(localização, natureza, sociedade, paisagens, região, território e lugar) não

esquecendo de considerar a dimensão local regional ou global. Assim o educando

saberá agir de forma sustentável no seu espaço.

Entre os meios de se chegar ao proposto acima citado estão: aula

explicativa, leitura de textos, exposição dialogada, uso de mapas, uso de atlas,

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uso de informática, livros, jornais, revistas, experiências práticas,

desenvolvimento de trabalho em equipe, visitas a campo e indústrias.

5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

- leitura e interpretação de textos;

- produção de textos;

- leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

- pesquisas bibliográficas;

- relatórios de aulas de campo;

- apresentação de seminários;

- construção e análise de maquetes, entre outros.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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Apostila do IBEP. Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas.

ARCHELA, R.S.; GOMES, M.F.V.B. Geografia para o ensino médio: manual de

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DISCIPLINA DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Como muitas outras áreas de conhecimento, a História é um campo de

pesquisa e produção do saber em permanente debate.

Tem diferentes abordagens que enfatizam a problematização do social,

procurando ora no grandes movimentos coletivos, ora nas particularidades

individuais de grupos e nas inter-relações, o modo de viver, sentir, pensar e agir

128

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de homens, mulheres, trabalhadores, que produzem no dia e ao longo do tempo,

as praticas culturais e mundo social.

A História e a ciência social que estuda as transformações e a

permanência que ocorrem na vida dos indivíduos e sociedades, através do tempo

e espaço. No ensino de História é fundamental que façamos uma inserção crítica

no presente. Ora, se nós estamos inseridos no presente devemos voltar nossos

olhares sobre o passado sob diferentes ângulos, para melhor compreendermos o

nosso momento histórico.

O objetivo do ensino de História no ensino médio é fazer o aluno

compreender a aprender as formas de produção desses conhecimentos através

dos conteúdos críticos dessa disciplina, tendo como ponto de partida os

acontecimentos que cercam a sua realidade. O ensino de História pode

desempenhar um papel importante na configuração da identidade, ao incorporar

a reflexão sobre a atuação do individuo nas suas relações pessoais com o grupo

de convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de

compromisso com a classe, grupos sociais, culturais, valores e com gerações do

passado e futuro.

OBJETIVOS

4. Construir a identidade social e individual;

5. Construir a identidade com as gerações passadas;

6. Aprender o tempo histórico como construção cultural;

7. Aprender o tempo histórico como duração;

8. Discernir os limites e possibilidades de atuação na permanência ou

transformação;

9. Aprender o papel do individuo como sujeito e produto histórico;

10.Reconhecer fontes documentais de natureza diversa;

11.Localizar os momentos históricos em seu processo de sucessão e em sua

simultaneidade e como duração;

12.Identificar os diferentes ritmos de duração temporais, ou as varias

temporalidades (acontecimentos breves, conjunturais e estruturais);

129

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13.Estabelecer as relações entre permanências e transformações no processo

histórico;

14.Extrair informações das diversas fontes documentais e interpretá-las;

15.Comparar problemáticas atuais e de outros tempos;

16.Redimensionar o presente em processos contínuos, nas relações que mantém

com o passado;

17.Identificar momentos de ruptura ou de irreversibilidade no processo histórico;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes relações de trabalho, relações de poder e

relações culturais organizam a investigação do conhecimento histórico e

dão sequência às dimensões política, econômico – social e cultural,

trabalhadas no Ensino Fundamental.

A disciplina de História no Ensino Médio se ocupa em trabalhar recortes

específicos e mais aprofundados dos conteúdos estruturantes, os quais estão

interligados com o objetivo de uma melhor compreensão das ações humanas.

Tais ações e relações humanas constituem o processo histórico, que é

dinâmico. Nestas Diretrizes, privilegiaram – se as relações culturais, de

trabalho e de poder, cuja articulação é possível a partir das categorias de

análise espaço e tempo.

Por meio desses conteúdos estruturantes, o professor discorre acerca de

problemas contemporâneos, bem como daqueles que representam demandas

sociais estabelecidas em lei, quais sejam: a inclusão das temáticas História e

Cultura Afro-Brasileira e História do Paraná.

Assim como as ações e relações humanas se transformam ao longo do tempo,

sua abordagem teórico-metodológica é reelaborada de acordo com o contexto

histórico em que vivem os sujeitos.

CONTEÚDOS

1ª Série

1º Bimestre

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5 Conceito de trabalho;

6 O mundo do trabalho em diferentes sociedades;

2º Bimestre

• O estado nos mundos antigos e medievais;

• O estado e as relações de poder: Formação do Estados Nacionais;

3º Bimestre

5 As cidades na História;

6 Urbanização e industrialização no Paraná;

4º Bimestre

2 Relações culturais nas sociedades gregas e romanas na

antigüidade: Mulheres, Plebeus e Escravos;

3 Relações culturais na sociedade medieval e européia:

Camponeses, Artesãos, Mulheres, Hereges e Doentes;

2ª Série

1º Bimestre

7 A construção do trabalho assalariado;

2º Bimestre

• Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: Mão de obra no

contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades: Brasileira e

Estadunidense;

• Relações de poder e violência no estado;

3º Bimestre

7 Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na

sociedade moderna;

131

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8 Urbanização e Industrialização no Paraná;

4º Bimestre

4 Urbanização e Industrialização no Século XIX;

3ª Série

1º Bimestre

8 Relações de dominação no mundo do trabalho

contemporâneo (Século XVIII e XIX);

9 Urbanização e Industrialização no Brasil;

2º Bimestre

• O trabalho na sociedade contemporânea;

• O estado imperialista e sua crise;

3º Bimestre

9 Movimentos sociais políticos e culturais na sociedade

contemporânea: é proibido proibir?;

10 Urbanização e industrialização no Paraná;

4º Bimestre

5 Urbanização e industrialização na sociedade

contemporânea;

METODOLOGIA

6 Leitura e interpretação de texto;

7 Trabalho individual e em grupo;

8 Pesquisas complementares;

9 Apresentações;

10 Analises de filmes livros e documentários;

11 Debates;

132

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12 Elaboração de textos e parodias;

13 Resolução de exercícios;

14 Interpretação de musicas;

15 Localização em mapas;

16 Teatro;

17 Elaboração de cartazes e painéis;

18 Estudo e interpretação de gravuras, fotos e charges

Proposta de trabalho para o aluno

O ensino de História deverá aprofundar temas estudados,

redimensionando aspectos da vida em sociedade e sobre o papel do indivíduo

nas transformações do processo histórico, contemplando a compreensão das

relações entre a liberdade (ação do indivíduo – sujeito da História) e a

necessidade (ações determinadas pela sociedade – produto de determinada

História). Para tal, deverá adotar a pesquisa histórica para as informações das

diversas fontes documentais e interpretando-as, estabelecendo relações e

comparações entre problemáticas atuais e as de outros tempos.

Deve-se priorizar as diferentes versões das experiências vividas no

passado e no presente, encaminhando o aluno a identificar e analisar o que

mudou, e o que permaneceu, o diferente, o semelhante e o simultâneo. As

noções ligadas ao tempo e ao espaço, percepção de semelhanças, diferenças,

mudanças e permanências, nos grupos sociais e povos em estudo, fornecem

elementos para o aluno apurar seu olhar sobre o presente e o passado,

buscando possíveis relações, identificando continuidades e rupturas, percebendo

o outro em seu grupo de convívio em diferentes tempos e espaços.

Trabalhando com temas variados em épocas diversas, de forma

comparada e a partir de diferentes fontes e linguagens.

Nesta visão de História, o trabalho com documentos de época é muito

importante. As vozes dos sujeitos expressas nos documentos possibilitam ao

aluno compreender que a construção histórica é resultado de diferentes ações

humanas. Cada grupo humano social expressa fragmentos de uma verdade,

contribuindo para mudanças ou permanecias em uma sociedade.

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Propiciar a diversificação dos horizontes através de palestras, seminários,

oficinas, pesquisas de campo, visuais e locais históricos.

Recursos Didáticos

2 Retroprojetor;

3 Vídeo;

4 Cartazes;

5 Aparelho de som;

6 Quadro negro;

7 Revistas, Jornais, Livros, Fotos, Gravuras;

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

O resultado final do trabalho do professor em sala de aula é também o

resultado da abordagem e de metodologia utilizada no processo de

desenvolvimento dos temas e conteúdos a serem trabalhados. O professor deve

identificar o avanço do aluno através de atitudes diagnosticas, observando seu

desenvolvimento.

A avaliação será pela participação continua em sala de aula e atividades

extra classe, através de mais variadas formas possíveis tais como: trabalho em

grupo, expressão oral e escrita, pesquisas, atividades no caderno, elaboração de

textos, analise de filmes e documentários, pelo exercício da cidadania e sua

própria avaliação.

A avaliação também é um momento no processo do conhecimento, para se

conhecer um pouco da realidade e poder interagir, reforçando os pontos

positivos e suprindo as deficiências. É um ato critico que subsidia o professor a

verificar a realidade, como está sendo construído o processo do saber.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Brasil. Editora Saraiva. SP 7ª

Edição; 1999.

DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do

Estado do Paraná.

HISTÓRIA – Ensino Médio. Secretaria do Estado de Educação.

ORIENTAÇÕES – Curriculares de História do Ensino Médio. Fevereiro de

2006.

PEDRO, Antonio. História da Civilização Ocidental. Editora FTD. SP; 1997.

REVISTA, Mundo Jovem.

135

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Língua Portuguesa

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros

somente nas últimas décadas do século XIX e a formação do professor dessa

disciplina teve inicio apenas nos anos 30 do século XX.

A formação da nação brasileira deve a língua muito de sua identidade. O

uso culto da língua emerge no nível popular, coloquial, práticas de língua que

definem muitos aspectos da tradição que, hoje correm o risco de desaparecer

sob os influxos da indústria cultural massiva.

Nos primeiros tempos da colônia não havia uma educação em moldes

institucionais e sim a partir de práticas restritas a alfabetização. Depois de

institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino moldavam-se

ao ensino do latim, para poucos que tinham acesso a uma escolarização mais

prolongada. Tratava-se de um ensino eloqüente, retórico, imitativo, elitista e

ornamental. Construção de uma civilização de aparências com base em uma

educação “claramente reprodutivista” voltada para a perpetuação de uma ordem

patriarcal, estamental e colonial.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal tornava obrigatório o

ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da

língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas de

Gramática, retórica e Poética, abrangendo, esta última, a Literatura. . Somente

no século XIX o conteúdo gramatical ganhou denominação de Português, e em

1871 foi criado o cargo de Professor de Português. A partir de 1967 “um

processo de democratização” do ensino eliminou o número de vagas. Como

conseqüência desse processo de “democratização” a multiplicação de alunos, as

condições escolares e pedagógicas, as necessidades passaram a serem outras

bem diferentes.

Nesse contexto, a propostas pedagógicas que levou em conta as

necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, a presença de

registros lingüísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na

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escola. Com o processo brasileiro de industrialização, institucionalizou-se a

vinculação da educação com a industrialização. A lei 5692/71 ampliou e

aprofundou essa vinculação, o ensino se voltou à qualificação para o trabalho.

Predominando uma pedagogia tecnicista que, na Língua Portuguesa, estava

pautada nas teorias da comunicação, com um viés mais pragmático e utilitário do

que a capacidade lingüística do falante.

Com a lei n. 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no

primeiro grau Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e

Comunicação em língua Portuguesa (nas quatro últimas séries). A gramática

deixou de ser o enfoque principal do ensino de língua e a teoria da comunicação

passou a ser o referencial. Durante as décadas de 1970 e 1980 passou a se

pautar, então, em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamentos de

habilidades de leitura.

Ampliação de vagas escolares e de acolhimento a professores advindos de

ambientes pouco letrados. (Soares 2001), multiplicação do número de alunos,

rebaixamento dos salários docentes, precarizou as condições de trabalho, de

modo que os professores passaram a buscar alternativas didáticas para facilitar o

ensino.

A necessidade de suprir a demanda de vagas lançou um segundo plano a

formação pedagógica, transferindo a responsabilidade do planejamento de aulas

para o livro didático, produzido industrialmente, retirando do professor a

autonomia e a responsabilidade quanto a sua pratica, em função de um ensino

produtivista e de uma pedagógica da transmissão.

Com base na estrutura dos livros didáticos, tinha-se um ensino de

Literatura focado na historiografia literária e no trabalho com fragmentos de

textos, apenas, em vez dos textos integrais. Para o ensino da língua materna,

aplicavam-se exercícios estruturais do tipo preenchimento de lacunas no

questionário de simples verificação de ocorrência. Os altos índices de evasão e

repetência das classes populares, o arrocho salarial dos professores e a abertura

indiscriminada de faculdades comprometem ainda mais a qualidade do ensino.

Os estudos lingüísticos, centrados no texto e na interação social em

meados da década de 70, contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista,

geradora de um ensino baseado na memorização cedendo espaço a novos

paradigmas passando a ser o texto como unidade fundamental de análise.

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A partir dos anos de 1980, com as contribuições teóricas, o circulo de

Bakhtin. O avanço dos estudos em torno da natureza sociológica da linguagem,

ou seja, a língua configura um espaço de interação entre sujeito que se

constituem por meio dessa interação. Essa concepção diverge das abordagens se

cunho formalista – estruturalista que enfocam o caráter normativo da língua.

Embora tenha ocorrido um avanço teórico considerável nas pesquisas acerca do

ensino da língua, com enfoque nas práticas discursiva, houve uma apropriação,

por grande parte dos professores, dos novos conceitos, sem que isso se refletisse

na mudança efetiva de sua prática.

Até meados do século XX, para o ensino da Literatura, vigorou a

predominância do cânone, baseado na Antiguidade Clássica, sendo o principal

instrumento de trabalho pedagógico eram as antologias literárias. Até as

décadas de 1960-70, a leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial,

transmitia a norma culta da língua, com base em exercícios gramaticais e

estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. Como tentativa de

rompimento com essa pratica, a abordagem do texto literário passou a centrar-se

numa analise literária simplificada, a partir de questionários sobre personagens

principais e secundários, tempo e espaço da narrativa.

A partir da década de 1970, o ensino da Literatura restringiu-se ao então

segundo grau, com abordagens estruturais ou historiográficas do texto literário.

Na análise do texto poético, adotava-se o método Francês, isto é, propunha-se a

análise do texto conforme as estruturas formais: rimas, escansão de versos,

ritmo, estrofes etc. cabia ao professor a condução da analise literária e aos

alunos a condição de meros ouvintes, excluindo o aluno de um papel ativo, sem

nenhum estimulo a reflexão crítica.

Atualmente, os livros didáticos tendem, em grande medida, a perpetuar

essa situação. Essa pratica priva o aluno de uma efetiva leitura do texto literário

e de um real exercício do pensamento critico. A busca da superação desse ensino

normativo, historiográfico, recentemente tem alcançado os estudos curriculares

e, em particular , os ensinos de Língua e Literatura,seja pelo impacto dos

pensadores contemporâneos como Deleuze, Foucault, Derrida e Barthes,

seja por meio de novos campos de saber ou espaços teóricos como a analise do

discurso, teoria da enunciação, teorias da literatura, pensamento da

desconstrução etc.

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A partir da década de 1980, os estudos lingüísticos mobilizaram os

professores para o repensar sobre o ensino da língua materna. Essas reflexões e

discussões fizeram-se presentes nos programas de reestruturação do Ensino de

2º Grau, de 1988, e do Currículo Básico de 1990, que já denunciavam “o ensino

da língua, cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no

repasse de conteúdos gramaticais” (Paraná/SEED, 1988 p.2). A proposta

Curricular foi fundamentada em pressupostos coerentes com a concepção

dialógica e social da linguagem, a partir do currículo da Bakhtin.

No Currículo do Paraná, pretendia-se uma pratica pedagógica que

enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva

de analise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos

significativos e com menos ênfase na conotação moralista. A fragilidade da

proposta aparece quando, na relação dos conteúdos, ainda seriados, não se

explica, por exemplo, a relação entre os campos de conhecimento envolvidos na

produção escrita de textos, tais como a estruturação sintática, a ortografia, os

recursos gráfico-visuais, as circunstâncias de produção, a presença do

interlocutor. Recursos coesivos, conectividade seqüencial e estruturação

temática, aparecem como conteúdos da gramática tradicional.

Nos anos finais da década de 1990 foi fundamentada a proposta para a

disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas ou discursivas,

propondo uma reflexão acerca dos estudos da linguagem oral e escrita.

Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o

ensino da Língua e Literatura requerem novos posicionamentos em relação às

práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo

envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.

OBJETIVOS

3 Empregar a língua oral em diferentes situações de uso,

saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer

as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e

propiciar a possibilidade de um posicionamento diante

deles;

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- desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o

assunto tratado, e os gêneros e suportes textuais, além do contexto de

produção/leitura;

3 refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos de

modo a atualizar o gênero e tipo de texto, assim como os

elementos gramaticais empregados na sua organização;

• aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela literatura a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da

oralidade, da leitura e da escrita;

2 reconhecer a importância da norma culta da língua, de

maneira a propiciar acesso aos recursos de expressão e

compreensão de processos discursivos, como condição

para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições

sociais em que está inserido e para a afirmação da sua

cidadania, como sujeito singular e coletivo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES''

O Conteúdo Estruturante em Língua Portuguesa é o Discurso Enquanto Prática

Social;

Nas atuais DCEs o termo discurso significa curso, percurso, correr por,

movimento. Não vê a língua como não algo pronto, a disposição dos falantes, ele

é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, não é um fim em si

mesmo, tem sua gênese sempre numa atitude responsiva a outros textos

( Bakhtin. 1996).

Os discursos jamais são concebidos dissociados de uma realidade material;

são formados por diferentes vozes que, por sua vez, representam ideologias

muitas vezes contraditórias, opostas, justificadas pelo seu uso em diferentes

esferas sociais.(Barros, 2001).

Na Literatura se concretizam práticas de uso real da língua materna,tendo

com base os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) , que diluíram o trabalho

com a língua materna numa concepção de língua como “ instrumento de

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comunicação eficaz e exterior ao individuo” , sem “noção de processo ou

historicidade” (Suassuna, 1998).

No contexto das práticas, estarão presentes os conceitos oriundos da

lingüística, sociolingüística, semiótica, pragmática, estudos literários, semântica,

morfologia, sintaxe, fonologia, analise do discurso, gramáticas normativa,

descritiva, de usos, entre outros, de modo a contribuir com o aprimoramento da

competência lingüística dos estudantes.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

BAKTHIN, M. Estética da criação verbal (. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

BARROS, D. L. P. Contribuições de Bakhtin às teorias do texto e do discurso. In:

FARACO, C. A.: CASTRO, G. de; TEZZA, C. ( orgs). Diálogos com Bakhtin.

Curitiba: Ed. Da UFPR, 2001.

GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W.

(org.). O texto em sala de aula. 2ª Ed. São Paulo: Ática, 1997.

ORLANDI, E. P. Análise do discurso: princípios e procedimentos. Campinas:

Pontes, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede

Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a

escola pública do Estado do Paraná. 3ª Ed. Curitiba: SEED, 1997.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola

pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do Ensino de 2º

Grau. Curitiba, 1988.

141

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DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Os conteúdos básicos de Matemática como números e álgebra, funções e

tratamento da informação fazem parte do cotidiano da disciplina no sentido de

desenvolver a capacidade e a habilidade para instrumentalizar o educando para

a aplicação em situações práticas dos conceitos matemáticos. A história da

Matemática relata os passos do desenvolvimento matemático relacionados às

necessidades que ocorreriam na humanidade.

Quando se afirma que o educando deve familiarizar-se com a Matemática

formal e sistematizada estamos encontrando os modelos matemáticos que

representem certos problemas concretos para poder vivenciar as práticas que

são necessárias no dia-a-dia dos educandos e colocar nele a noção da

importância de ser um pesquisador que vivencie sua formação contínua para

compreender e compor uma reflexão sobre as mudanças políticas, sociais e

tecnológicas, as quais são propostas a cada um de nós cidadãos que estamos

inseridos nesse contexto histórico.

142

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OBJETIVOS GERAIS

- Desenvolver a capacidade de raciocínio abstrato (lógico-matemático) como

um todo;

- Conhecer técnicas de resolução de problemas;

- Instrumentalizar o aluno para a aplicação, em situações práticas, dos

conceitos matemáticos;

- Aprender a encontrar modelos matemáticos que representem certos

problemas concretos (noções de modelagem matemática), em especial

quando estes se referem a situações práticas;

- Familiarizar-se com a escrita matemática formal;

- Desenvolver um estudo crítico-reflexivo das idéias com o objetivo de atender

às necessidades de formação do aluno em Matemática;

- Investigar e discutir a utilização de tecnologias e outros meios de

comunicação no ensino de Matemática;

- Fazer com que o aluno torne-se um pesquisador, que vivencie sua formação

contínua para compreender e refletir sobre as mudanças políticas, sociais,

tecnológicas, etc.

CONTEÚDOS

1ª Série

- Tratamento da informação: Estatística

- Números e álgebra: Conjuntos numéricos, Potenciação, Radiciação, Sistemas

de Coordenadas Cartesianas.

- Geometria: Geometria plana.

- Funções: Função afim, Função quadrática, Função exponencial, Função

Logaritimica, Função Trigonométrica, Função Modular, Progressão Aritmética

e Progressão Geométrica.

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2ª série

- Tratamento da informação: Estatística, Análise Combinatória, Probabilidade,

Binômio de Newton.

- Números e álgebra: Sistemas Lineares e Binômio de Newton.

- Geometria: Geometria Plana e Geometria Espacial.

- Funções: Função Trigonométrica.

3ª série

- Tratamento de Informação: Matemática Financeira

- Números e álgebra: números complexos, polinômios, matrizes,

determinantes, equação algébrica.

- Geometria: Geometria Analitica.

- Funções: Função quadrática, função logarítmica.

METODOLOGIA

A metodologia a ser utilizada tem como objetivo proporcionar ao aluno o

máximo aproveitamento de sua capacidade produtiva.

Os procedimentos metodológicos utilizados serão a resolução de

problemas; a modelagem matemática; o uso de mídias tecnológicas a

etnomatemática e a história da matemática.

Serão incentivados a desenvolver leitura dinâmica de livros e textos, a

usar tecnologia. Serão propostas vivências de situações educacionais aplicadas

ao ensino e à pesquisa em Matemática, como: Utilização de softwares

educacionais, jogos, brincadeiras, uso de materiais-estruturados, vídeos, uso de

meios de informação (jornais, revistas, internet e outras), e outras atividades

sugeridas pelos alunos.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

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No processo avaliativo o professor fará emcaminhamentos, tais como:

observação, intervenção, revisão de noções e subjetividades. Buscará diversos

métodos (formas escritas, orais e demonstrativas), inclusive utilizará ferramentas

e equipamentos (computador, calculadora, etc).

A avaliação deverá orientar o professor em sua prática docente e deve dar

espaço a interpretação e a discussão dos conteúdos trabalhados.

A avaliação será contínua e levará em consideração todas as atividades

desenvolvidas pelo aluno, tais como: leituras, elaboração das sínteses, mapas

conceituais, sites educativos, atividades e projetos de ensino e pesquisa,

presença e participação em aula.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIEMBENGUT, Maria Salett. Modelagem Matemática no Ensino – Ed. Glogal,

São Paulo, 2005.

CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática – Ed.

Gradiva, Lisboa, Portugal, 2002.

D´AMBROSIO, U. Educação Matemática: da teoria à prática. Campinas.

Papirus, 1996.

D´AMBROSIO, U. Transdisciplinaridade. São Paulo: Editora Palas Athenas,

1997.

DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas de Matemática –

Ed. Ática, São Paulo, 2005.

DCE – Secretaria de Estado da Educação – SEED Curitiba, Pr, 2006.

FREIRE P. Educação como Prática de Liberdade, Rio de Janeiro, Paz e Terra,

1987.

LONGEN, Adilson. Coleção Nova Didática: Matemática 1ª Série – Ed.

Positivo, Curitiba, PR, 2004.

LONGEN, Adilson. Coleção Nova Didática: Matemática 2ª Série – Ed.

Positivo, Curitiba, PR, 2004.

LONGEN, Adilson. Coleção Nova Didática: Matemática 3ª Série – Ed.

Positivo, Curitiba, PR, 2004.

Matemática – Vários autores – Curitiba SEED – PR, 2006.

145

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ZASLAVSKY, Claudia. Jogos e Atividades Matemáticas no Mundo Inteiro –

Ed. Artmed, Porto Alegre, RS, 2000.

ZUNINO, Delia Lerner de. A Matemática na Escola: Aqui e Agora – Ed. Artes

Médicas, Porto Alegre, RS, 1995.

QUÍMICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Química é uma Ciência Experimental, que suas teorias são elaboradas para

explicar as situações de que são relacionadas. O grande desafio é mostrar como

as teorias justificam os fatos que ocorreram no nosso dia-a-dia, sendo assim,

desenvolvemos um projeto diferenciado.

A Química visa proporcionar aos alunos condições de compreender os

fundamentos básicos dos fenômenos químicos envolvidos em sua vida. Foi

organizado relações explícitas entre diversos tópicos onde cada um emerge em

função da necessidade de explicitação de um anterior.

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Dar condições aos alunos para participar ativamente de seu processo de

aprendizagem, o que acreditamos ser essencial para que eles aprendam

significativamente o conteúdo de Química.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Matéria e sua natureza (composição, transformação e propriedades):

A abordagem da história da química é necessária ao desenvolvimento da

compreensão de teorias e em especial dos modelos atômicos. A concepção de

átomo é imprescindível para que possam entender os aspectos macroscópios dos

materiais com o ser humano está em contato diário e perceber o que ocorre no

interior dessas substâncias, portanto o conhecimento microscópio.

Biogeoquímica

O conteúdo biogeoquímica surge a partir de uma sobreposição de biologia,

geologia e química, isto é, a química dos organismos vivos e química dos

minerais.

Química Sintética

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Entende-se por química sintética, a possibilidade de apropriação de

produtos já existentes para diferentes finalidades e a criação e utilização de

novos materiais.

CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

• História da Química

• Química no Dia-a-dia

• Energia e Massa

• Propriedades da Matéria

• Átomo

• Misturas

• Ligações Químicas

• Ligas Metálicas

• Reações Químicas

• Funções Inorgânicas

• Texto LDP – Liofilizados, Desidratados, Dessalinizados...

– Ligue e Fique Ligado

12- Pesquisas: * História da Química

* Elementos Químicos

* Substâncias Químicas importantes

* Ciclos Biogeoquímicos

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2ª SÉRIE

- Revisão de conteúdo da 1ª série

- Estequiometria

- Reações Químicas

- Soluções

- Calor e Reação

- Eletrólise

- Pilhas

- Água

- Propriedades Coligativas

- Textos LDP – A Química de todo o dia

– A Energia do Açúcar

- Pesquisas: * Caloria dos Alimentos

* Pilhas

* Problemas Ambientais

* Energia Nuclear

3ª SÉRIE

1- Compostos Orgânicos

2- Isometria

3- Polímeros

4- Derivados do Petróleo

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5- Reações Nucleares

6- Gases e Leis

7- Composição Atmosférica

8- Solo

9- Produtos Agromonicos

10-Fertilizantes

11-Problemática Ambiental e o uso da Química

12-Textos LDP – Combústivel. Qual o melhor?

– Radiação e Vida

13-Pesquisas: * Compostos Orgânicos

* Lixo

* Agrotóxicos

* Química e questões do Meio Ambiente

OBJETIVOS GERAIS

Os objetivos principais da disciplina de química são: fazer com que o jovem

reconheça o valor da ciência na busca do conhecimento da realidade objetiva e

se utilize dele no seu cotidiano; discutir o papel da Ciência e da Tecnologia na

real melhoria dos padrões de vida da população e dar condições para a

participação crítica no mundo do trabalho; fomentar o senso crítico do educando

propiciando uma atuação sistêmica nos diversos espaços profissionais e também

reconhecer a Química como uma ciência fundamental tanto nas sociedades

antigas, através de dados históricos, como nos atuais.

DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO

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Buscar a partir da metodologia utilizada alternativas para um ensino com

utilidade, onde o ensino de química leve o aluno a uma verdadeira alfabetização

científica, através de uma relação dialógica em sala de aula, onde se possa dar

sentido ao que se aprende e se relacione o conhecimento adquirido com leitura

da sua realidade e do mundo.

Pois de acordo com BERNARDELLI, 2004, p.2 “Devemos criar condições

favoráveis e agradáveis para o ensino e aprendizagem da disciplina,

aproveitando, no primeiro momento, a vivência dos alunos, os fatos do dia-a-dia,

a tradição cultural e mídia, buscando com isso reconstruir os conhecimentos

químicos para que o aluno possa refazer a leitura do seu mundo”.

RECURSOS DIDÁTICOS

Quadro e giz, sala de aula, Livro didático público, sala de informática,

laboratório, pen-drive, CD-ROM, portal educacional do PR, biblioteca, revistas

científicas, periódicos, etc.

PROPOSTA DE TRABALHO PARA O ALUNO

Busca-se uma relação de conceitos, porém relacionados a sua finalidade

através de atividades diversas tais como: explicação dos termos químicos

conhecidos pelos alunos ; pesquisas em grupos ou individuais ; construção de

materiais que comprovem e relacionem as leis químicas estudadas ; utilização do

laboratório ; aulas práticas (experimentais) leitura ; produção de textos, aulas

com auxílio da tecnologia (vídeos, informática, visitas a ambientes indústriais,

parques ambientais, etc) ; como ferramentas que permitam o desenvolvimento

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de conhecimentos que sirvam de instrumentos mediadores da interação do

individuo (aluno) com o mundo e sua realidade.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Centrada no desenvolvimento de atitudes e valores por meio de uma

vivência ativa do aluno em sala de aula, de acordo com o contexto escolar,

dentro das normas estabelecidas pelo regimento (contínua, cumulativa e

somatória), assim o aluno será avaliado ao longo do ano letivo através de

diversas atividades, tais como: registros escritos, orais, individuais ou em grupo,

elaboração e apresentação de pesquisas, relatórios, onde será verificado o

processo de construção de conhecimento, o interesse, a participação e a

assimilação significativa dos conceitos propriamente ditos pelo aluno.

A avaliação poderá conter ainda, atividades referentes a tarefas de casa,

provas livros ou trabalhos não previstos no calendário.

Dessa maneira o aluno passa a ser um sujeito do processo e não apenas

executor de tarefas escolares com objetivo exclusivo de acumular pontos para a

avaliação final.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

CHASSOT, A.I. A Educação no Ensino de Química. Ijuí, Livraria Ijuí, 1990.

FREIRE P. Educação como Prática de Liberdade, Rio de Janeiro, Paz e Terra,

1987.

GEPEG, Química para o 2° Grau. São Paulo, Universidade de São Paulo, 1998.

LUCKESL, C.C, Avaliação da Aprendizagem Escolar São Paulo Cortez, 1998.

ORIENTAÇÕES CURRICULARES/ DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO QUÍMICA

SEED, Fevereiro 2006.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes Curriculares de

Química para a Educação Básica. Curitiba: SEED-PR, 2006.

QUÍMICA NOVA ESCOLA, revista n° 4. Nov. 1996.

QUÍMICA/ Vários autores – Curitiba: SEED – PR, 2006.

RUSSEL. JB. Química Geral, S.P, Mcraw – Hill, 1981.

SANDELLA A: FALCONE, M. Química Geral, Série Brasil. S. P. Ática, 2004.

153

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SOCIOLOGIA

a) Apresentação geral da disciplina

A Sociologia tem um histórico de idas e vindas no currículo escolar da

Educação Básica. Foi com a Lei de Diretrizes e Bases, Lei 9394/96 que

voltou a ser mencionada no art. 36, que determina: ao final do Ensino

Médio, o estudante deverá “dominar os conhecimentos de Filosofia e

Sociologia necessários ao exercício da cidadania”.

Em 2006, o Parecer CNE/CEB nº 38/2006, foi homologado pelo

Ministério da Educação pela Resolução nº 04 de 16 de agosto de 2006, e

torna as disciplinas de Filosofia e Sociologia obrigatórias no Ensino Médio.

No Estado do Paraná a Lei nº 15.228, de julho de 2006 implementa a

obrigatoriedade do ensino de Sociologia, que passa a fazer parte da matriz

curricular do Ensino Médio como disciplina obrigatória, confirmando sua

presença na matriz curricular deste estabelecimento de ensino, que segue

a Diretriz Curricular de Sociologia na elaboração desta proposta.

Como ciência a Sociologia surgiu na Europa no século XIX, criada para

o estudo das sociedades modernas após a Revolução Industrial e a

Revolução Francesa.

As inquietações que mobilizaram o pensamento dos primeiros

sociólogos no final do século XIX, após a Revolução Industrial, em muitos

aspectos podem ser aproximados das preocupações dos sociólogos

contemporâneos, ou seja, compreender as modificações nas relações

sociais decorrentes das mudanças estruturais impostas pela formação de

um novo modo de produção econômica.

Hoje embora já consolidado, o sistema capitalista não cessa sua

dinâmica, assumindo inéditas formas de produção, distribuição e opressão

nunca imaginadas pelos precursores do estudo da sociedade, o que

implica em novas formas de olhar, compreender e atuar socialmente.

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A imaginação sociológica, acima de tudo, exige de nós que pensemos

fora das rotinas familiares de nossas vidas cotidianas, a fim de que as

observemos de modo renovado.

Os objetivos desses estudiosos, os franceses Augusto Comte e Émile

Durkheim, os alemães Karl Marx e Max Weber, era entender a sociedade e

as mudanças ocorridas que as transformaram em urbanas, industriais e

capitalistas.

No Brasil, os esforços de pesquisadores como Gilberto Freyre, Sérgio

Buarque, entre outros, a sociologia se desenvolveu oferecendo uma

grande contribuição para entendermos como se estrutura a sociedade

brasileira e como ela se relaciona com as demais sociedades.

Diante da realidade contemporânea não há mais espaço para

discussões pretensamente neutras como as da sociologia do século XIX. A

sociologia no presente tem o papel histórico que vai muito além da leitura

e explicações teóricas da sociedade. Não cabem mais as explicações e

compreensões das normas sociais e institucionais, para a melhor

adequação social, ou mesmo para a mera crítica social, mas sim a

desconstrução e a desnaturalização do social no sentido de suas

transformações.

Os grandes problemas que vivemos, provenientes do acirramento das

forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial

desenfreado, entre outras causas, exigem cidadãos capazes de romper

com a lógica neoliberal da destruição social e planetária. É tarefa inadiável

da escola e da sociologia a formação de valores, de uma ética

acompanhada por práticas sociais que apontem para a possibilidade de

construção de novas relações sociais.

A Lei nº 10.639/03 de nove de janeiro de 2003 altera a Lei nº

9.394/96, que passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e

79-B, determinando a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura

Afro-Brasileira, com a inclusão do estudo da História da África e dos

Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro

na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo

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negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do

Brasil. Estes conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão

ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, e o calendário escolar

incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.

b) Objetivos

18.Desenvolver o pensamento sociológico;

19.Compreender a sociologia (dentre as demais ciências) como um

constructo, histórica e socialmente determinada;

20.Compreender a totalidade social como expressão de simultaneidade e

complexidade dos fenômenos sociais, produto de condicionamentos

diversos;

21.Perceber o processo de mundialização da economia e de inserção do

país no mercado internacional;

22.Perceber os direitos (e respectivos deveres) do cidadão como parte de

uma construção social;

23.Compreender as diferentes manifestações culturais como expressão de

povos, etnias, nacionalidades, segmentos sociais diversos;

24.Construir sua identidade social (e pessoal) a partir do princípio de

alteridade;

25.Compreender a Indústria Cultural em suas ações com os contextos

econômico, político, social e cultural em que se insere;

26.Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e as práticas

sociais;

27.Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises,

interpretações, sínteses, servindo-se para tanto dos conhecimentos

sociológicos;

28.Exercitar relacionar práticas sociais com contextos diversos;

29.Caracterizar as relações políticas, econômicas, e sociais em nível

nacional e internacional;

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30.Identificar funções desenvolvidas pelo Estado e funções cobradas ao

Estado, analisá-las, compará-las;

31.Observar nas práticas sociais o respeito/desrespeito,

conhecimento/desconhecimento dos direitos e deveres no exercício da

cidadania;

32.Identificar os direitos (e respectivos deveres) emergentes cuja

necessidade de institucionalização é reivindicada socialmente;

33.Lidar de maneira construtiva com as diferenças, de tal forma a atuar

em equipe, construir, realizar e avaliar projetos de ação escolar;

34.Analisar fenômenos da mídia servindo-se de conhecimentos

sociológicos.

35.Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a

realidade: as explicações das Ciências Sociais, amparadas nos vários

paradigmas teóricos, e as do senso comum.

36.Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a partir

das observações e reflexões realizadas.

37.Construir instrumentos para uma melhor compreensão da vida

cotidiana, ampliando a “visão de mundo” e o horizonte de expectativas,

nas relações interpessoais com os vários grupos sociais.

38.Construir uma visão mais crítica da indústria cultural e dos meios de

comunicação de massa, avaliando o papel ideológico do “marketing”,

enquanto estratégia de persuasão do consumidor e do próprio eleitor.

39.Compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais de

etnias e segmentos sociais, agindo de modo a preservar o direito à

diversidade, enquanto princípio estético, político e ético que supera

conflitos e tensões do mundo atual.

40.Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil

de qualificação exigida, gerados por mudanças na ordem econômica.

41.Construir a identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício

da cidadania plena, no contexto do Estado de Direito, atuando para que

haja efetivamente, uma reciprocidade de direitos e deveres entre o

poder público e o cidadão e também entre os diferentes grupos.

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c) Conteúdos Estruturantes

De acordo com o que propõem as Diretrizes Curriculares de Sociologia,

os conteúdos estruturantes a serem estudados são:

- O processo de socialização e as instituições sociais

- A cultura e a indústria cultural

- Trabalho, produção e classes sociais

- Poder, política e ideologia

- Cidadania e movimentos sociais

2ª SÉRIE

- O surgimento da Sociologia e Teorias sociológicas

o - O surgimento da Sociologia

o - A importância da Sociologia na Educação Básica

1.3- Conceito e significado da Sociologia

1.4- A sociologia como ciência

1.5- As ciências sociais e o cotidiano

- Comunidade, sociedade e cidadania.

2.1- As relações indivíduo-sociedade

2.2- Cidadania em construção

2.3- Identidade pessoal e social

2.4- Indivíduo, individualidade e individualismo

2.5- Diálogo

2.6- Diferentes formas de ser

2.7- A importância de jovens na sociedade

2.8- Personalidade

2.9- Identidade e diversidade

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2.10- Consumo, alienação e cidadania

2.11- Socialização e cidadania

2.12- Educar para o exercício da cidadania

- A convivência humana

3.1- Sociologia como ciência da sociedade

3.2- Fato social

3.3- Conceitos das Ciências Sociais

3.4- Sociabilidade

3.5- Isolamento social

3.6- Contatos Sociais

3.7- Comunicação

3.8- Interação Social

3.9- Processos Sociais

3.10- O coletivo

3.11- Aldeia e aldeia global

3.12- Diferenças Sociais

- Cultura, sociedade e indústria cultural

4.1- Diferenças culturais

4.2- Cultura e sociedade

4.3- Cultura e ideologia

4.4- Diversidade cultural

4.5- Valores culturais brasileiros

4.6- Culturas erudita e popular e indústria cultural

4.7- A indústria cultural no Brasil

4.8- Cultura e contracultura

4.9- Relações entre educação e cultura

4.10- Os movimentos de contracultura

4.11- Relativismo e etnocentrismo cultural

4.12- Questões de gênero, étnicas e de outras minorias

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4.13- Cultura Afro-Brasileira

- Os agrupamentos sociais

5.1- Os agrupamentos sociais

5.2- Grupo social

5.3- Exclusão X Inclusão

5.4- Grupos e regras

5.5- Normas e sanções sociais

5.6- Símbolos

5.7- Valores sociais

5.8- Papéis sociais

5.9- Organização social

5.10- Direitos Humanos

6- Instituições sociais

6.1- As instituições sociais e o processo de socialização

6.2- Instituições familiares, educativas, religiosas, políticas,

econômicas, jurídicas, meios de comunicação.

6.3- A sociedade brasileira e as relações patrimonialistas e clientelistas

6.4- Como se processa a institucionalização

6.5- Origem das instituições sociais vigentes

6.6- Processos de mudança e implicações ideológicas

6.7- Família, Escola, Igreja, Direito, Estado, Segurança, Partidos

Políticos, Sindicatos, Comunicação

3ª SÉRIE

- Trabalho, produção e classes sociais

1.1- O processo de globalização da cultura e da economia;

1.2- O processo de mundialização da economia e a inserção do país no

mercado internacional;

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1.3- A base econômica da sociedade: Os modos de produção

1.4- O estágio do desenvolvimento do capitalismo monopolista e

dependente da América Latina

1.5- Formas de controle social do mercado de trabalho

1.6- Desigualdades sociais e econômicas: Classes sociais, estratificação

e mobilidade social

1.7- Exclusão social

1.8- Trabalho e produção social

1.9- Salário e lucro

1.10- Empreendedorismo

1.11- Empregabilidade e produtividade

1.12- Análise e processamento de mercado

1.13- Desemprego conjuntural e estrutural

1.14- Subemprego e informalidade

1.15- Terceirização, voluntariado e cooperativismo

1.16- Agronegócio

1.17- Justiça social

1.18- Reforma trabalhista, CLT e Organização Internacional do Trabalho

1.19- Reforma sindical

1.20- Estatização e privatização

1.21- Parcerias público-privadas

1.22- Relações de mercado

2- O subdesenvolvimento

2.1- Indicadores de subdesenvolvimento: vitais, econômicos, sociais,

políticos

2.2- Crescimento econômico e desenvolvimento

2.3- A origem do subdesenvolvimento

2.4- Importações e exportações brasileiras

2.5- A origem do déficit público no Brasil

2.6- A origem e a situação atual da dívida externa brasileira

2.7- Economia global

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3- Poder, política e ideologia

3.1- Estado, sociedade civil e globalização

3.2- Instituições políticas, econômicas, jurídicas, meios de comunicação

3.3- Aparelhos ideológicos de reprodução social

3.4- Mudanças de conceitos, visão, metas, valores, competência

essencial

3.5- A representação política e as eleições

3.6- As relações de poder presente na sociedade brasileira

3.7- Política partidária

3.8- Construção de noções de sociedade política sociedade de direitos

individuais e coletivos, legitimidade e governo, representação,

participação e poder.

4- Mudança social

4.1- Mudança social e cidadania

4.2- Causas da mudança social

4.3- Invenções e difusão cultural

4.4- Fatores contrários e favoráveis à mudança social

4.5- Conseqüências da mudança social

6. Direito, cidadania e movimentos sociais

6.1- Direito

6.2- Legislação

6.3- Trabalho e mobilidade social

6.4- Mercado de trabalho e profissão

6.5- Profissionalização e ascensão social

6.6- A conquista dos direitos e deveres e o exercício da cidadania

6.7- A construção histórica dos direitos e deveres dos cidadãos

6.8- Movimentos sociais urbanos, estudantis, rurais e conservadores

d) Metodologia

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No ensino de Sociologia o trabalho com o conhecimento sociológico

deve incentivar a observação, a pesquisa e a reflexão sobre as

sociedades e fenômenos sociais. Dessa forma, estará contribuindo para

que o aluno desenvolva sua autonomia intelectual, sendo capaz de

confrontar diferentes interpretações e construir sua própria versão de

mundo. Possibilitar a compreensão dos condicionantes econômicos,

políticos, sociais, demográficos e culturais da realidade brasileira

através de leitura crítica de textos (jornais, revistas, livros, charges,

etc.) vídeos, construindo referenciais de análise da sociedade

contemporânea.

Um filme, por exemplo, deve ser entendido também como um texto,

e como tal deve ser passível de uma leitura pelo aluno, pois o cinema e

a TV são dotados de linguagens próprias e compreendê-los não

significa apenas apreciar imagens e sons. É preciso que o professor

proponha uma leitura reflexiva, inserida em um determinado contexto.

Deve-se considerar as diferentes matrizes de pensamento para

ampliar as possibilidades de análise, tendo em vista a complexidade

dos fenômenos sociais, pois nenhum deles pode ser explicado apenas a

partir de uma única perspectiva teórica.

Assim, a construção de um campo de análise que amplie a

capacidade de compreensão da vida e do mundo, deve passar,

necessariamente, pela busca de pensamentos diversos que possam

colocar referências para uma investigação dos problemas

contemporâneos.

A sociedade brasileira será privilegiada, enquanto objeto de análise

e eixo de trabalho, proporcionando uma via de mão dupla: do

questionamento de seus problemas ao campo teórico que possibilite

sua compreensão propondo novos caminhos de investigação.

A compreensão do mundo do trabalho será construída a partir de

diferentes perspectivas que abordem a revolução contemporânea no

seu modo de organização, bem como os diferentes determinantes da

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sua divisão técnica, em nível internacional, observando as

especificações regionais e locais.

É de fundamental importância proporcionar uma visão sobre a

constituição das relações sociais em nível internacional e nacional.

Também é importante perceber o processo de globalização da

economia e da inserção do país no mercado internacional.

Nesse sentido, os alunos serão capazes de analisar e avaliar as

conseqüências sociais marcadas pela ordem mundial, e as dificuldades

de ingresso e permanência no mercado de trabalho formal.

A construção de uma concepção de sociedade permitirá ao

estudante estabelecer relações entre os diferentes elementos que a

compõem compreendendo seus mecanismos de funcionamento como

uma totalidade, mas sendo capaz de expressar o que é diverso e

parcial.

A partir da construção dessa concepção de sociedade é possível ao

aluno compreender a emergência dos temas que hoje ocupam o

cenário das manifestações sociais, tais como de ordem étnica,

religiosa, racial, sexual, ecológica que exige uma discussão sobre a

diversidade cultural.

Proporcionar-se-á a compreensão de que diferentes manifestações

culturais são a legítima expressão dos povos, nacionalidades, raças e

etnias que buscam novas significações para suas identidades coletivas.

Através da discussão, possibilitar a formação de uma identidade social

e pessoal que permita ao aluno respeitar o outro a partir do princípio de

respeito mútuo. Junto desses, proporcionar a compreensão da indústria

cultural e suas relações entre a cultura de massa e a cultura de elite.

O Estado pode ser visto como instituição social a partir da discussão

de suas origens, no contexto histórico e político que o construiu, e nas

suas diferentes formas de desenvolvimento e dinâmicas de

funcionamento.

Debates sobre o Estado e seus mecanismos clássicos de

funcionamento podem ser abordados: a conquista dos direitos e

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deveres; o exercício da cidadania; a representação política e as

eleições em todos os níveis; o atendimento às demandas básicas

sociais.

Deve-se possibilitar ao aluno, a apreensão da tradição autoritária da

sociedade brasileira, visando à construção de noções sobre as relações

sociais e políticas daí decorrentes, contribuindo para que o aluno

apreenda as diferenças e semelhanças entre as várias formas de

hierarquização das relações sociais existentes na mesma.

Ampliar as possibilidades de exercício da cidadania a partir do

conhecimento sobre a construção histórica dos direitos e deveres dos

cidadãos, tendo em vista a construção de noções de sociedade política,

sociedade civil, direitos individuais e coletivos, legitimidade e

governabilidade, representação, participação e poder.

e) Critérios de avaliação

Os alunos serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:

14-Participação nas atividades;

15-Participação nas dinâmicas e discussões;

16-Argumentação nos debates;

17-Realização das atividades propostas;

18-Produção de texto;

19-Apresentação de alternativas e resultados;

20-Prova;

21-Desenvolvimento de pesquisas;

22-Dramatização;

- Referências bibliográficas

BRASIL. Orientações curriculares para o Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias. MEC/SEB, Brasília, 2006.

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GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4 ed. Artmed. 2005

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 25ª ed. São Paulo-SP, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes Curriculares de Sociologia para a Educação Básica. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SOCIOLOGIA/ vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. 280 p.

COLÉGIO ESTADUAL CASTELO BRANCO – ENSINO MÉDIOPROFESSORAS: MARIA OLIVIA ROTINI E MARILDE OLDONIÁREA DO CONHECIMENTO: SOCIOLOGIASÉRIE: 2ªHORAS/AULAS: 02 AULAS SEMANAISPERÍODO: 14/02/2008 a 18/12/2008

PLANO DE TRABALHO DOCENTE

CONTEÚDOS

1.O surgimento da Sociologia e Teorias sociológicas

o - O surgimento da Sociologia

o - A importância da Sociologia na Educação Básica

1.3- Conceito e significado da Sociologia

1.4- A sociologia como ciência

1.5- As ciências sociais e o cotidiano

2.Comunidade, sociedade e cidadania.

2.1- As relações indivíduo-sociedade

2.2- Cidadania em construção

2.3- Identidade pessoal e social

2.4- Indivíduo, individualidade e individualismo

2.5- Diálogo

2.6- Diferentes formas de ser

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2.7- A importância de jovens na sociedade

2.8- Personalidade

2.9- Identidade e diversidade

2.10- Consumo, alienação e cidadania

2.11- Socialização e cidadania

2.12- Educar para o exercício da cidadania

3.A convivência humana

3.1- Sociologia como ciência da sociedade

3.2- Fato social

3.3- Conceitos das Ciências Sociais

3.4- Sociabilidade

3.5- Isolamento social

3.6- Contatos Sociais

3.7- Comunicação

3.8- Interação Social

3.9- Processos Sociais

3.10- O coletivo

3.11- Aldeia e aldeia global

3.12- Diferenças Sociais

4.Cultura, sociedade e indústria cultural

4.1- Diferenças culturais

4.2- Cultura e sociedade

4.3- Cultura e ideologia

4.4- Diversidade cultural

4.5- Valores culturais brasileiros

4.6- Culturas erudita e popular e indústria cultural

4.7- A indústria cultural no Brasil

4.8- Cultura e contracultura

4.9- Relações entre educação e cultura

4.10- Os movimentos de contracultura

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4.11- Relativismo e etnocentrismo cultural

4.12- Questões de gênero, étnicas e de outras minorias

4.13- Cultura Afro-Brasileira

5.Os agrupamentos sociais

5.1- Os agrupamentos sociais

5.2- Grupo social

5.3- Exclusão X Inclusão

5.4- Grupos e regras

5.5- Normas e sanções sociais

5.6- Símbolos

5.7- Valores sociais

5.8- Papéis sociais

5.9- Organização social

5.10- Direitos Humanos

6- Instituições sociais

6.1- As instituições sociais e o processo de socialização

6.2- Instituições familiares, educativas, religiosas, políticas,

econômicas, jurídicas, meios de comunicação.

6.3- A sociedade brasileira e as relações patrimonialistas e clientelistas

6.4- Como se processa a institucionalização

6.5- Origem das instituições sociais vigentes

6.6- Processos de mudança e implicações ideológicas

6.7- Família, Escola, Igreja, Direito, Estado, Segurança, Partidos

Políticos, Sindicatos, Comunicação

METODOLOGIA

No ensino de Sociologia o trabalho com o conhecimento sociológico

deve incentivar a observação, a pesquisa e a reflexão sobre as

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sociedades e fenômenos sociais. Dessa forma, estará contribuindo para

que o aluno desenvolva sua autonomia intelectual, sendo capaz de

confrontar diferentes interpretações e construir sua própria versão de

mundo. Possibilitar a compreensão dos condicionantes econômicos,

políticos, sociais, demográficos e culturais da realidade brasileira

através de leitura crítica de textos (jornais, revistas, livros, charges,

etc.) vídeos, construindo referenciais de análise da sociedade

contemporânea.

Um filme, por exemplo, deve ser entendido também como um texto,

e como tal deve ser passível de uma leitura pelo aluno, pois o cinema e

a TV são dotados de linguagens próprias e compreendê-los não

significa apenas apreciar imagens e sons. É preciso que o professor

proponha uma leitura reflexiva, inserida em um determinado contexto.

Deve-se considerar as diferentes matrizes de pensamento para

ampliar as possibilidades de análise, tendo em vista a complexidade

dos fenômenos sociais, pois nenhum deles pode ser explicado apenas a

partir de uma única perspectiva teórica.

Assim, a construção de um campo de análise que amplie a

capacidade de compreensão da vida e do mundo, deve passar,

necessariamente, pela busca de pensamentos diversos que possam

colocar referências para uma investigação dos problemas

contemporâneos.

A sociedade brasileira será privilegiada, enquanto objeto de análise

e eixo de trabalho, proporcionando uma via de mão dupla: do

questionamento de seus problemas ao campo teórico que possibilite

sua compreensão propondo novos caminhos de investigação.

A construção de uma concepção de sociedade permitirá ao

estudante estabelecer relações entre os diferentes elementos que a

compõem compreendendo seus mecanismos de funcionamento como

uma totalidade, mas sendo capaz de expressar o que é diverso e

parcial.

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A partir da construção dessa concepção de sociedade é possível ao

aluno compreender a emergência dos temas que hoje ocupam o

cenário das manifestações sociais, tais como de ordem étnica,

religiosa, racial, sexual, ecológica que exige uma discussão sobre a

diversidade cultural.

Deve-se proporcionar a compreensão de que diferentes

manifestações culturais são a legítima expressão dos povos,

nacionalidades, raças e etnias que buscam novas significações para

suas identidades coletivas. Através da discussão, possibilitar a

formação de uma identidade social e pessoal que permita ao aluno

respeitar o outro a partir do princípio de respeito mútuo. Junto desses,

proporcionar a compreensão da indústria cultural e suas relações entre

a cultura de massa e a cultura de elite.

Deve-se possibilitar ao aluno, a apreensão da tradição autoritária da

sociedade brasileira, visando a construção de noções sobre as relações

sociais e políticas daí decorrentes, contribuindo para que o aluno

apreenda as diferenças e semelhanças entre as várias formas de

hierarquização das relações sociais existentes na mesma.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:

23-Participação nas atividades;

24-Participação nas dinâmicas e discussões;

25-Argumentação nos debates;

26-Realização das atividades propostas;

27-Produção de texto;

28-Apresentação de alternativas e resultados;

29-Prova;

30-Desenvolvimento de pesquisas;

31-Dramatização;

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Orientações curriculares para o Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias. MEC/SEB, Brasília, 2006.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4 ed. Artmed. 2005

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 25ª ed. São Paulo-SP, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes Curriculares de Sociologia para a Educação Básica. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SOCIOLOGIA/ vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. 280 p.

COLÉGIO ESTADUAL CASTELO BRANCO – ENSINO MÉDIOPROFESSORAS: CLEIDES TEREZINHA FRIES GALVAN E MARILDE OLDONIÁREA DO CONHECIMENTO: SOCIOLOGIASÉRIE: 3ªHORAS/AULAS: 02 AULAS SEMANAISPERÍODO: 14/02/2008 a 18/12/2008

PLANO DE TRABALHO DOCENTE

CONTEÚDOS

1.Trabalho, produção e classes sociais

1.1- O processo de globalização da cultura e da economia;

1.2- O processo de mundialização da economia e a inserção do país no

mercado internacional;

1.3- A base econômica da sociedade: Os modos de produção

1.4- O estágio do desenvolvimento do capitalismo monopolista e

dependente da América Latina

1.5- Formas de controle social do mercado de trabalho

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1.6- Desigualdades sociais e econômicas: Classes sociais, estratificação

e mobilidade social

1.7- Exclusão social

1.8- Trabalho e produção social

1.9- Salário e lucro

1.10- Empreendedorismo

1.11- Empregabilidade e produtividade

1.12- Análise e processamento de mercado

1.13- Desemprego conjuntural e estrutural

1.14- Subemprego e informalidade

1.15- Terceirização, voluntariado e cooperativismo

1.16- Agronegócio

1.17- Justiça social

1.18- Reforma trabalhista, CLT e Organização Internacional do

Trabalho

1.19- Reforma sindical

1.20- Estatização e privatização

1.21- Parcerias público-privadas

1.22- Relações de mercado

2- O subdesenvolvimento

2.1- Indicadores de subdesenvolvimento: vitais, econômicos, sociais,

políticos

2.2- Crescimento econômico e desenvolvimento

2.3- A origem do subdesenvolvimento

2.4- Importações e exportações brasileiras

2.5- A origem do déficit público no Brasil

2.6- A origem e a situação atual da dívida externa brasileira

2.7- Economia global

3- Poder, política e ideologia

3.1- Estado, sociedade civil e globalização

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3.2- Instituições políticas, econômicas, jurídicas, meios de comunicação

3.3- Aparelhos ideológicos de reprodução social

3.4- Mudanças de conceitos, visão, metas, valores, competência

essencial

3.5- A representação política e as eleições

3.6- As relações de poder presente na sociedade brasileira

3.7- Política partidária

3.8- Construção de noções de sociedade política sociedade de direitos

individuais e coletivos, legitimidade e governo, representação,

participação e poder.

4- Mudança social

4.1- Mudança social e cidadania

4.2- Causas da mudança social

4.3- Invenções e difusão cultural

4.4- Fatores contrários e favoráveis à mudança social

4.5- Conseqüências da mudança social

5. Direito, cidadania e movimentos sociais

5.1- Direito

5.2- Legislação

5.3- Trabalho e mobilidade social

5.4- Mercado de trabalho e profissão

5.5- Profissionalização e ascensão social

5.6- A conquista dos direitos e deveres e o exercício da cidadania

5.7- A construção histórica dos direitos e deveres dos cidadãos

5.8- Movimentos sociais urbanos, estudantis, rurais e conservadores

METODOLOGIA

No ensino de Sociologia o trabalho com o conhecimento sociológico

deve incentivar a observação, a pesquisa e a reflexão sobre as

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sociedades e fenômenos sociais. Dessa forma, contribuirá para que o

aluno desenvolva sua autonomia intelectual, sendo capaz de confrontar

diferentes interpretações e construir sua própria versão de mundo.

Possibilitará a compreensão dos condicionantes econômicos, políticos,

sociais, demográficos e culturais da realidade brasileira através de

leitura crítica de textos (jornais, revistas, livros, charges, etc.) vídeos,

construindo referenciais de análise da sociedade contemporânea.

Um filme, por exemplo, deve ser entendido também como um texto,

e como tal deve ser passível de uma leitura pelo aluno, pois o cinema e

a TV são dotados de linguagens próprias e compreendê-los não

significa apenas apreciar imagens e sons. É preciso propor uma leitura

reflexiva, inserida em um determinado contexto.

Deve-se considerar as diferentes matrizes de pensamento para

ampliar as possibilidades de análise, tendo em vista a complexidade

dos fenômenos sociais, pois nenhum deles pode ser explicado apenas a

partir de uma única perspectiva teórica.

Assim, a construção de um campo de análise que amplie a

capacidade de compreensão da vida e do mundo, passará,

necessariamente, pela busca de pensamentos diversos que possam

colocar referências para uma investigação dos problemas

contemporâneos.

A sociedade brasileira será privilegiada, enquanto objeto de análise

e eixo de trabalho, proporcionando uma via de mão dupla: do

questionamento de seus problemas ao campo teórico que possibilite

sua compreensão propondo novos caminhos de investigação.

A compreensão do mundo do trabalho será construída a partir de

diferentes perspectivas que abordem a revolução contemporânea no

seu modo de organização, bem como os diferentes determinantes da

sua divisão técnica, em nível internacional, observando as

especificações regionais e locais.

É de fundamental importância proporcionar uma visão sobre a

constituição das relações sociais em nível internacional e nacional.

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Também é importante perceber o processo de globalização da

economia e da inserção do país no mercado internacional.

Nesse sentido, os alunos serão capazes de analisar e avaliar as

conseqüências sociais marcadas pela ordem mundial, e as dificuldades

de ingresso e permanência no mercado de trabalho formal.

A construção de uma concepção de sociedade permitirá ao

estudante estabelecer relações entre os diferentes elementos que a

compõem compreendendo seus mecanismos de funcionamento como

uma totalidade, mas sendo capaz de expressar o que é diverso e

parcial.

A partir da construção dessa concepção de sociedade é possível ao

aluno compreender a emergência dos temas que hoje ocupam o

cenário das manifestações sociais, tais como de ordem étnica,

religiosa, racial, sexual, ecológica que exige uma discussão sobre a

diversidade cultural.

O Estado pode ser visto como instituição social a partir da discussão

de suas origens, no contexto histórico e político que o construiu, e nas

suas diferentes formas de desenvolvimento e dinâmicas de

funcionamento.

Debates sobre o Estado e seus mecanismos clássicos de

funcionamento podem ser abordados: a conquista dos direitos e

deveres; o exercício da cidadania; a representação política e as

eleições em todos os níveis; o atendimento às demandas básicas

sociais.

Deve-se possibilitar ao aluno, a apreensão da tradição autoritária da

sociedade brasileira, visando à construção de noções sobre as relações

sociais e políticas daí decorrentes, contribuindo para que o aluno

apreenda as diferenças e semelhanças entre as várias formas de

hierarquização das relações sociais existentes na mesma.

Ampliar as possibilidades de exercício da cidadania a partir do

conhecimento sobre a construção histórica dos direitos e deveres dos

cidadãos, tendo em vista a construção de noções de sociedade política,

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sociedade civil, direitos individuais e coletivos, legitimidade e

governabilidade, representação, participação e poder.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:

32-Participação nas atividades;

33-Participação nas dinâmicas e discussões;

34-Argumentação nos debates;

35-Realização das atividades propostas;

36-Produção de texto;

37-Apresentação de alternativas e resultados;

38-Prova;

39-Desenvolvimento de pesquisas;

40-Dramatização;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Orientações curriculares para o Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias. MEC/SEB, Brasília, 2006.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4 ed. Artmed. 2005

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 25ª ed. São Paulo-SP, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes Curriculares de Sociologia para a Educação Básica. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SOCIOLOGIA/ vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. 280 p.

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DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: L.E.M.

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A língua inglesa é um idioma de fundamental importância no mundo

globalizado de hoje. Cada vez mais pessoas estudam e falam inglês. Há então,

necessidade de se aprender a língua e conhecer a cultura de povos de primeiro

mundo, pois, se isto não acontecer, a conseqüente idealização desses povos

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pode ser indesejável a formação da identidade cultural do povo brasileiro. Já há

algum tempo, o inglês tornou-se um dos principais veículos de comunicação nos

meios diplomáticos, no comércio mundial, nas competições esportivas, no

turismo, nos encontros de líderes políticos mundiais, nos congressos sobre

ciência, tecnologia, arte, etc dentre outras. A língua está em constante

transformação. Sua freqüência, seu uso vêm sofrendo transformações desde a

chegada da família real em 1808 até os dias atuais. O inglês tinha o seu espaço

garantido por ser o idioma mais usado nas transações comerciais. Então a língua

passa a ser vista como um conjunto de hábitos a serem automatizados e não

mais como um conjunto de regras a serem memorizadas.

Atualmente o ensino de língua inglesa nas escolas Públicas

principalmente no Ensino Médio, tem como prioridade a comunicação, a

interação social e a utilização das 4 habilidades: reading, listening, writing and

speaking. As abordagens de ensino de Língua Estrangeira vêm mudando desde o

final do final século passado até agora. Hoje enfatiza-se a abordagem

comunicativa, gerando inúmeras possibilidades a serem agregadas ao ensino de

um LEM. Esta abordagem surgiu com um papel de resgatar a língua como um

todo, da forma como ela ocorre na comunicação.

A aprendizagem e o ensino de uma língua estrangeira apresentam um

grande potencial em termos de desenvolvimento cognitivo, comunicativo e

afetivo do aluno, como o objetivo do Ensino Médio é a formação de um sujeito

crítico, capaz de interagir criticamente com o mundo a sua volta. Dar ao homem

condições de dominar sua própria língua e torná-lo mais apto a observar,

analisar, refletir e compreender o mundo para, então, transformá-lo. Fornecer

suporte para ir além do conhecimento do seu mundo, ampliar-lhe os horizontes

e colocá-lo frente a um contexto mais abrangente e global.

OBJETIVOS

Levando em consideração que o objeto de estudo da LEM é a Língua , e

esta interliga-se com a cultura, ideologia, sujeito e identidade, o professor deve

ao planejar, pensar na realidade que envolve o indivíduo, ter a percepção do

mundo que irá construir, de suas identidades e de seus sentidos, respeitando o

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papel das línguas na sociedade, bem como sua importância no trabalho e

estudos posteriores.

Objetivos Gerais do ensino de Língua Inglesa

- Ampliar o universo do aluno, fazendo-o entrar em contato com a

cultura e a civilização de outros povos onde o idioma é falado e assim comunicar-

se de forma oral ou escrita com êxito.

- Tornar o aluno consciente da importância do estudo do inglês em suas

futuras atividades profissionais;

- Estimular o aluno a estabelecer analogias e diferenciações entre seu

país e outras civilizações. Reconhecendo e compreendendo a diversidade

lingüística e cultural;

- Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade.

Objetivos Específicos

- Revisar, ampliar e aprofundar as estruturas básicas da língua alvo;

- Incentivar o uso contínuo da abordagem comunicativa;

- Aumentar a compreensão da linguagem escrita através de textos,

exercícios e testes de compreensão;

- Consolidar e ampliar o vocabulário aprendido no Ensino Fundamental;

- Preparar o aluno para o seu ingresso na universidade e torna-lo apto a

enfrentar futuras atividades profissionais no mercado de trabalho;

- Desenvolver no aluno habilidades comunicativas de compreensão oral

(audição) e compreensão escrita (leitura); produção oral (conversação) e

produção escrita (redação);

- Propiciar ao aluno oportunidades para que ele reconheça que a língua

se desenvolve dentro de contextos específicos de interação social (contexto

situacional e cultural), e não isoladamente;

- Cooperar para que o aluno adquira uma conscientização reflexiva

sobre a língua inglesa e sobre sua própria língua;

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- Capacitar o aluno a usar a língua inglesa em diferentes contextos,

principalmente na comunicação.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Para que a aprendizagem de uma LEM ocorra, alguns saberes são

necessários. Estes, chamados de conteúdos estruturantes que se desdobram em

vários conteúdos específicos. Os conteúdos estruturantes se constituem através

da história, são legitimados socialmente e por isso são provisórios e processuais.

Conscientizando-se que a língua é fator decisivo na interação social,

utilizaremos o conteúdo estruturante – DISCURSO – através de formas dinâmicas

por meio da leitura, oralidade e escrita.

Se assumimos a interação como fundamento para o nosso trabalho,

precisamos pensar o ensino-aprendizagem de uma LEM como algo significativo

para o aluno, que realmente garanta a sua interação na língua meta . Isso se

dará através do discurso nos seus mais variados gêneros: orais, escritos e visuais

para que o estimulem a entrar no “universo” da LEM e a interagir com “ele”.

Optou-se por não estabelecer conteúdos por série, para isso o professor

deve se preocupar com a diversidade de textos existentes e a especificidade do

tratamento da Língua Estrangeira na prática pedagógica, a fim de estabelecer

critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino, de acordo com a

realidade da sala de aula, as condições de trabalho existentes na escola, a

interdisciplinaridade e o projeto pedagógico .

Para podermos dar continuidade ao estudo, tendo a manutenção da

progressão entre as séries, devem ser analisados os seguintes elementos:

a) conhecimentos lingüísticos: dizem respeito ao vocabulário, à fonética

e as regras gramaticais;

b) conhecimento discursivo: diferentes gêneros discursivos nas praticas

sociais;

c) conhecimentos culturais: tudo aquilo que sente,acredita, pensa, diz,

faz e tem uma sociedade; (contexto físico)

d) conhecimentos sócio-pragmáticos: valores ideológicos, sociais e

verbais ( contexto sócio-subjetivo)

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Os elementos de interdiscurso e intradiscurso facilitarão para a

organização curricular, construindo sentidos e auxiliando os discentes na

construção de sua identidade, compreendendo a diversidade lingüística e

cultural.

SUGESTÕES DE CONTEÚDOS ESPECÍFICOS PARA O ENSINO MÉDIO

- Gêneros textuais;

- Percepção do conteúdo vinculado, interlocutores, assunto, fonte,

papéis sociais representados, intencionalidade, valor estético e condições de

produção ;

- Elementos coesivos e marcadores do discurso responsáveis pela

progressão textual, encadeamento das idéias e coerência do texto;

- Variedades lingüísticas: diferentes registros e graus de formalidade;

- Diversidade cultural: interna e externa, ou seja, entre as comunidades

de língua estrangeira e / ou de língua materna e , ainda, não âmbito de uma

mesma comunidade;

Conhecimentos lingüísticos: ortografia, fonética e fonologia, elementos

gramaticais.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Entende-se como metodologia da disciplina de língua inglesa a forma

ou maneira que as aulas são ministradas. A partir do conteúdo estruturante

Discurso como prática social, serão abordadas questões lingüísticas,

sociopragmáticas, culturais e discursivas, assim como as práticas do uso da

língua: leitura, escrita e oralidade. Levando sempre em consideração a realidade

em que o aluno está inserido, a escola, o professor, o clima, os materiais

didáticos disponíveis....

Antigamente a língua inglesa era elitizada, agora ela tem foco na

comunicação, na interação e troca social, nos valores sócio culturais e na ciência

do uso da língua.

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A competência comunicativa deve ser voltada para o uso efetivo da

língua e não apenas para o estudo da ‘língua pela língua’, para a busca da

interação e não apenas da precisão, atendendo as necessidades dos alunos do

mundo real.

A comunicação verbal, escrita, oral ou visual será ponto de partida da

aula de LEM e se utilizará o texto como unidade de linguagem em uso que trará

uma problematização em ralação a um tema. A busca por sua solução deverá

despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática analítica e

crítica, ampliem seus conhecimentos lingüísticos e percebam as implicações

sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso.

Então as aulas são ministradas tentando atender essas necessidades.

Com a apresentação do discurso nos seus mais variados gêneros: orais, escritos

ou visuais, garantirá ao aluno o estímulo necessário para que entre no “

universo” da língua inglesa.

O maior objetivo é a produção de significados. A gramática, o contexto

sociolingüístico, os papéis dos falantes na situação, os meios não lingüísticos

(gestos, interjeições......) têm papel primordial nesse caso e a cultura funciona

também como pano de fundo para todas as interações.

Conhecer novas culturas implica constatar que uma cultura não é

necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim diferente. O conhecimento

de outra cultura colabora para a elaboração da consciência da própria

identidade, pois o aluno consegue perceber-se também como sujeito histórico e

socialmente constituído.

O centro da aula se desloca do professor, que perde seu papel de

autoridade detentora do conhecimento, para o aluno, que é visto como agente do

processo de aprendizagem e a ele será apresentado textos em diversos gêneros

textuais (publicitários, literários, informativos...) com a variedade discursiva

presente nas diversas práticas sociais tornando o leitor critico. Cabe ao professor

proporcionar elementos para que os avaliados consigam expressar-se.

Então o ensino de língua inglesa deve ultrapassar as questões técnicas

e instrumentais e se centrar na educação, pois para que o aluno reflita e

transforme a realidade que se apresenta, é preciso, que entenda essa realidade e

transforme a realidade que se apresenta, seus processos sociais, políticos,

econômicos, tecnológicos e culturais pois esta em constante mudança. O

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aprendiz deixa de ser visto individualmente para ser visto como membro de um

grupo social e ele próprio fazer sua interação. Para isso, serão usadas as

seguintes metodologias:

- Aulas Expositivas e aulas práticas;

- Músicas;

- Act out;

- Puzzles;

- Filmes; trailers;

- Pesquisas de fatos relevantes;

- Produção de projetos;

- Produção de Jogos Lúdicos;

- Debates / Exposição de idéias;

- Exercícios orais;

- Produção de Cards, Cartazes;

- Produção de material explicativo para datas comemorativas;

- Mesa Redonda sobre as diferenças culturais;

- Produção de diálogos, frases;

- Apresentação em grupos;

- Aulas de Recuperação paralela;

- Atividades interdisciplinares.

- Literatura Inglesa ( livros, poemas, sonetos)

- Crossword,

- utilização da internet facilitando o conhecimento das demais culturas.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

O ensino da Língua Estrangeira, tanto na escola ou fora dela, vem

carregado de lutas e transformações, desde a colonização até os tempos atuais.

Estas lutas acarretaram muitas conquistas decisivas à educação e

principalmente ao ensino da Língua Inglesa que não tinha muito espaço, pois

prevalecia o latim, o grego e o francês.

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As metodologias passaram a ser avaliadas e reformuladas tendo em

vista a interação social. Quebrando barreiras, diminuindo a distância,

informatizando... enfim, revolucionando a esfera de ensino-aprendizagem.

A avaliação é a reflexão sobre as práticas pedagógicas atuantes

favorecendo o processo de ensino aprendizagem e propiciando ao aluno o

conhecimento da dimensão de seu próprio crescimento.

Com essa revolução, o papel do professor passou a ser ainda mais

importante e decisivo. Cabe ao professor adaptar suas necessidades e as dos

alunos. Cabe a ele selecionar, pesquisar, dosar, avaliar e utilizar os conteúdos

estruturantes de acordo com cada escola e/ou turma. Adaptar à realidade de sua

comunidade. A avaliação deve ser então significativa.

Esta não deve ser em momento algum punitiva, de controle ou um

simples instrumento de mediação da apreensão de conteúdos. Deve partir do

erro do aluno, partir das dificuldades, avanços e produções dos mesmos. O erro

deve ser visto como efeito da própria prática, um passo para que a

aprendizagem se efetive com sucesso.

Deve ser também diagnóstica e formativa, respeitando as diferenças

individuais. A participação, o comportamento, o esforço, o engajamento do

aluno... também serão levados em conta.

A avaliação será composta de atividades que desenvolvam as 4

habilidades: reading, listening, writinh and speaking, como: trabalhos, pesquisas,

apresentações de Act Out, a participação, Homeworks (deveres de casa),

puzzles, conceitos atitudinais, músicas, jogos lúdicos, ditados.

A avaliação será uma maneira de diagnosticar informações

relevantes demonstradas pelos alunos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DCE, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do

Estado do Paraná. Língua Estrangeira Moderna. Secretaria de Estado da

Educação – SEED.

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FERRARI, Mariza Tiemann. Inglês: volume único: ensino médio. São Paulo:

Scipione, 2000.

FIGUEIREDO, Luciane. Improve your English. São Paulo: Ática 1995.

GLENDINNING, E. H. and MCEWAN, J. English in Computing – Student Book.

São Paulo: Longman do Brasil 1989.

MARQUES, Amadeu. Reading Texts in English. São Paulo: Ática 1995.

FILHO, José Carlos P. de Almeida. (2005). O professor de língua Estrangeira

em Formação. 2ª edição. Ed. Pontes.

LIBERATO, Wilson Antônio. Comapct English book. São Paulo: FTD, 1998.

MÜLLER, Simone Sarmento Vera.(2004). O ensino do inglês como Língua

Estrangeira – Estudos e reflexões. APIRS.

SARMENTO, S. (2001). O ensino de Cultura na aula de língua estrangeira:

O discurso e a prática do professor. Dissertação de mestrado. Porto Alegre:

UFRGS.

185