concepção de infancia

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CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA

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Page 1: Concepção de infancia

CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA

Page 2: Concepção de infancia

Contrastes em relação ao sentimento de infância no decorrer dos tempos

A humanidade nem sempre viu a criança como um ser em particular, e por muito tempo a tratou como um

“adulto em miniatura”.

Page 3: Concepção de infancia

O sentimento de infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças,

corresponde à consciência da particularidade infantil, que

distingue essencialmente a criança do adulto.

Page 4: Concepção de infancia

SENTIMENTO DE INFÂNCIAÉ algo que caracteriza a criança, a sua essência enquanto ser, o seu modo de

agir e pensar, que se diferencia do adulto.

Idade MédiaDeterminava a infância como o período

que vai do nascimento dos dentes até os sete anos de idade.

Page 5: Concepção de infancia

ATÉ O SÉCULO XVII

A sociedade não dava muita importância às crianças. Devido às más

condições sanitárias, a mortalidade infantil alcançava níveis alarmantes, por isso a criança era vista como um ser ao

qual não se podia apegar, pois a qualquer momento ela poderia deixar de existir.

Page 6: Concepção de infancia

Nesse contexto, até o século XVII as crianças eram vistas, igualmente, como

adultos, desempenhavam tarefas, se vestiam e se portavam socialmente como tais. O brincar era algo que as crianças desconheciam, pois eram

criadas desde cedo sem nenhum tratamento especial, elas viviam

e participavam de um mundo adulto.

Page 7: Concepção de infancia

Nesse sentido, tiradas do convívio familiar logo aos sete anos, essas crianças eram

criadas por famílias estranhas, onde aprendiam todo o tipo de serviço doméstico. Esses ensinamentos

práticos eram considerados muito importantes

naquela época.

Page 8: Concepção de infancia

A PARTIR DO SÉCULO XVII Marco importante no despertar do

sentimento de infância.

AS REFORMAS RELIGIOSAS CATÓLICAS E PROTESTANTES Contribuíram decisivamente

para a construção de um sentimento de infância.

Page 9: Concepção de infancia

A afetividade ganhou mais importância no seio da família.

Essa afetividade era demonstrada, principalmente, por meio da valorização

que a educação passou a ter.

O trabalho com fins educativos foisubstituído pela escola, que passou a serresponsável pelo processo de formação. Comenius

Page 10: Concepção de infancia

A IGREJA SE ENCARREGA EM DIRECIONAR A APRENDIZAGEM

Preocupada com a formação moral da criança, visando corrigir os desvios da criança, acreditando que ela era fruto do pecado,

e deveria ser guiada para o caminho do bem.

Page 11: Concepção de infancia

Neste momento, o sentimento de infância

corresponde a duas atitudes contraditórias:Uma considera a criança ingênua, inocente

e graciosa e é traduzida pela paparicação dos adulto.

A outra se contrapõe a 1ª, tornando a criança um ser imperfeito e incompleto, que necessita de ”moralização” e da

educação feita pelo adulto.

Page 12: Concepção de infancia

Esses dois sentimentos são originados por uma nova postura da Família em

relação à criança, que começa a perceber a criança como um

investimento futuro, que precisa ser preservado, e portanto deve ser

afastada de maus físicos e morais. Não é a família que é nova, mas sim o sentimento de família inseparável do sentimento de infância, que surge nos

séculos XVI e XVII.

Page 13: Concepção de infancia

A FAMÍLIA NO SÉCULO XVII KRAMER, Sônia – Em A política do Pré-Escolar no Brasil

Aos poucos a família assume o papel que

antes era destinado à comunidade.A vida familiar ganha um caráter

mais privado.Esse sentimento de infância e de

família representa um padrão burguês, que se transformou universal.

Page 14: Concepção de infancia

Diminuição dos índices de mortalidade(Século XVII)

A família passou a se interessar pelas questões relacionadas à higiene

e à saúde da criança.

Page 15: Concepção de infancia

A Aprendizagem Preocupação em conhecer a mentalidade das

crianças, a fim de adaptar os métodos de educação a elas, facilitando o

processo de aprendizagem. Surge uma ênfase na imagem da

criança como um anjo, “testemunho da inocência batismal”

e por isso próximo a Cristo, dando o caráter cristão ao qual a educação foi ancorado.

A Aprendizagem Preocupação em conhecer a mentalidade das

crianças, a fim de adaptar os métodos de educação a elas, facilitando o

processo de aprendizagem. Surge uma ênfase na imagem da

criança como um anjo, “testemunho da inocência batismal”

e por isso próximo a Cristo, dando o caráter cristão ao qual a educação foi ancorado.

Page 16: Concepção de infancia

EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNDOSociedades Primitivas: As crianças se

encontravam em situações desfavoráveis, como o abandono, eram cuidadas por uma rede de

parentesco, ou seja, dentro da própria família.Idade Antiga: Os cuidados eram oferecidos por

mães mercenárias, que não tinham nenhum tipo de preocupação com as crianças, sendo que muitas

morriam sob seus cuidados.Idade Média e Moderna: Existiam as”rodas”

(cilindros ocos de madeira, giratórios), construídos em muros de igrejas ou hospitais de caridade, onde as crianças deixadas eram recolhidas.

Page 17: Concepção de infancia

Diante dessa situação ficam claras as raízes da desvalorização do

Profissional da Educação Infantil. É preciso mudar esse

estereótipo, de que para se trabalhar com crianças não

é necessário Qualificação Profissional.

Page 18: Concepção de infancia

NOS SÉCULOS XVIII e XIXCom a Revolução Industrial

Surgimento de instituições para crianças desfavorecidas.2 tipos de atendimento às crianças pequenas:

Uma de boa qualidade para a elite.A outra servia de custódia e disciplina

para os desfavorecidos.

Page 19: Concepção de infancia

Dentro desse cenário aumenta a discussão Como se deve educar as crianças ? SURGEM OS PENSADORES : COMÊNIO ROUSSEAU PESTALOZZI DECROLY FROEBEL MONTESSORI

Page 20: Concepção de infancia

APÓS A 1ª GUERRA MUNDIAL Cresce a ideia de respeito à criança.

Culminando no Movimento das Escolas Novas Com preceitos importantes:

* Necessidade de proporcionar uma escola que respeitasse a criança como um ser

específico.* Direcionar seu trabalho de forma a

corresponder as características do pensamento infantil.

A Anísio

Teixeira

Page 21: Concepção de infancia

NA PSICOLOGIADécada de 20 e 30

Vygotsky – defende a idéia de que a criança deve ser introduzida no mundo da cultura por

parceiros mais experientes.Wallon – destaca a afetividade como fator de- terminante para processo de aprendizagem.

Piaget – com suas pesquisas revolucionou a visão de como as crianças aprendem, a teoria dos

estágios de desenvolvimento. As teorias pedagógicas se apropriam

gradativamente das concepções psicológicas, especialmente na Educação Infantil.

NA PSICOLOGIADécada de 20 e 30

Vygotsky – defende a idéia de que a criança deve ser introduzida no mundo da cultura por

parceiros mais experientes.Wallon – destaca a afetividade como fator de- terminante para processo de aprendizagem.

Piaget – com suas pesquisas revolucionou a visão de como as crianças aprendem, a teoria dos

estágios de desenvolvimento. As teorias pedagógicas se apropriam

gradativamente das concepções psicológicas, especialmente na Educação Infantil.

Page 22: Concepção de infancia

Pós-segunda Guerra Mundial

Surge a preocupação com a situação

social da infância.A ONU promulga em 1959, a Declaração dos

Direitos da Criança, em decorrência da Declaração dos Direitos Humanos.

Obs.: Esse é um fator importante para a concepção de infância que permeia a

contemporaneidade, a criança como sujeito de direitos.

Pós-segunda Guerra Mundial

Surge a preocupação com a situação

social da infância.A ONU promulga em 1959, a Declaração dos

Direitos da Criança, em decorrência da Declaração dos Direitos Humanos.

Obs.: Esse é um fator importante para a concepção de infância que permeia a

contemporaneidade, a criança como sujeito de direitos.