como se preparar para esocial

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Revista especializada em informação digital traz matérias dos cuidados nesse mundo digital no dia a dia, há um artigo de minha autoria nessa edição sobre o eSocial nas paginas 8 a 10 do PDF e 14 a 19 da revista, boa leitura a todos!! Recomendo muito todos os artigos estão fantásticos.

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Page 1: Como se preparar para eSocial

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Page 2: Como se preparar para eSocial

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SUMÁRIO

E-commerce

Investimento Anjo

CAPAeSocial

DireitoDigital

Saúde

ProcessoDigital

FolhaDigital

Turismo

0610

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INFORMAÇÃODIGITAL

Page 3: Como se preparar para eSocial

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Estão previstas:: ::::::: :::: :::::::::::: ::: : ::::::: :: ::::::::: :: :::::::::: :::::::::: : :::::::::::::: :: ::::::: :: ::::::::: :: ::::::: :: :::::::::: :: ::::::: :::: :::::::::: ::::::::::: :::::::: :::::: :::::::::::::::: :::::::::: ::: :::::::::: :::::::::::: :::::::::::: ::::::::::::: :::::::::: : :::::::: :: ::::: :: ::::: ::::::: : :::::::::

As oficinas seAs oficinas serão realizadas em:: ::: ::::: :::::: ::::::: :::::: ::::: :::::: :::::: ::::: :::::: :::::: ::::::::: :::::: :::::: ::::::: ::: :: J:::::: ::J:::: ::::: :::::::::: : ::::::::: : :B::L:/:B:::T: ::::: :::::::::: ::: ::: ::::::::: ::: ::::::::::á 80 ::::: :::: :::::::::: :: :x::::::: :: :::::::::: ::: :::á ::::::::: ::: 7 :::::::::

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MAIS INFORMAÇÕES E COMO APOIAR O PROJETO:::::::: :::::::::::::::::::::::::: :11: 31:9 5190 :: 0800 773 9973

RETRATOS DA SUPERAÇÃOAprovado Lei Rouanet, artigo 18 dedução 100%

Publicação Diário Oficial – 28 de Junho/2013

O PROJETO

CIDADES CONTEMPLADAS E EXPOSIÇÕES

EDITORIAL

““

George Orwell nunca esteve tão atual. Quando, em 1949, o autor escreveu o romance 1.984, ele jamais poderia supor que sua profecia poderia se tornar tão marcante na nossa sociedade. Afinal, a cada dia estamos mais conectados, seja pelo avanço das redes sociais que aproxima pessoas, marcas e empresas, seja por obrigações instituídas pelos governos para cruzamento de dados e informações de con-tribuintes, assim a privacidade de nossas informações está cada vez mais escassa. E, a velocidade com que a diversifi-cação de obrigatoriedades é cobrada dos cidadãos, sejam eles pessoa física ou jurídica, é cada vez mais acachapante e estar preparado para conseguir atendê-las torna-se um de-safio. Se não estiver preparado, o contribuinte pode pagar caro por isso. Um exemplo disto é a implementação do eSo-cial, que trará para o ambiente digital inúmeras informações que, até hoje, ficam dispersas entre documentos físicos e sistemas eletrônicos. Mesmo antes de se tornar realidade nas empresas, o eSocial tem gerado preocupações a todos os profissionais e setores que vão ter que se adequar a eles – e não são poucos. Além disso, a comunicação digital tem provocado mudança no comportamento das pessoas, que vivem cada vez mais o Big Brother desenhado por Orwell e que podem comprometer sua vida profissional ou mesmo expor pontos estratégicos das empresas. Para auxiliar você a navegar de forma segura por este universo, criamos a re-vista Informação Digital Mais. Nosso intuito é colaborar para que empresas e pessoas saibam trilhar o melhor caminho em meio a tantos cruzamentos que se apresentam. Seja bem-vindo, junte-se a nós nesta constante capacitação para enfrentar os desafios deste mundo digitalmente globalizado.

Boa leitura!

E X P E D I E N T E

A Revista Informação Digital Mais é uma publicação, produzida epublicada pelo grupo Tiro de Letras Comunicação.Rua Martim Francisco, nº 67, sala 171A – Santa CecíliaSão Paulo/SP, CEP 01226-001Tel.: +55 11 2936-9967

Para anúncios, favor [email protected]

• Jornalista Responsável Angela Ferreira (MTB 45376/SP)[email protected]

• Diretor Comercial Eduardo [email protected]

• Projeto Gráfico e Diagramação Fabiana Ikeda

• Gráfica: Formato Editorial

• Circulação: 3.000 exemplares

A reprodução do conteúdo desta revista, mesmo que parcialmente, não é permitida, exceto com prévia autorização.

AngelaFerreiraEditora-chefe

Facebook Revista ID Mais@revistaidmais

INFORMAÇÃODIGITAL

Page 4: Como se preparar para eSocial

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E-COMMERCE

cotidiano das pesso-as está cada vez mais rodeado pelo mundo digital, seja no aspec-to corporativo, com

cruzamento de informações dos contribuintes observadas no Progra-ma SPED ou mesmo no comparti-lhamento das informações da Folha de Pagamento das empresas, com o

OMercado em expansão tem atraído novas empresas para o segmento

Como sepreparar para entrar noe-commerce?

eSocial, ou seja para ações simples do dia-a-dia das pessoas, como pa-gar contas ou fazer compras.

A facilidade de poder resolver boa parte das tarefas por meio da rede mundial de comunicação, a internet, tem contribuído para o avanço do segmento de e-commerce em níveis globais. Só no Brasil, o mercado cresceu exponencialmente nos últi-

mos anos. Dados divulgados em no-vembro pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) indicam que o faturamento do e--commerce do País saltou de R$ 8,2 bilhões, em 2008, para R$ 28 bilhões em 2012, um crescimento de mais de 300%. Este crescimento expressivo é apenas um dos indícios do forte potencial do comércio online nos

próximos anos, que ainda deverá ser muito beneficiado a medida em que novas parcelas da população tenham acesso à Internet e que o próprio se-tor de varejo intensifique os seus pro-cessos de adoção da tecnologia.

Esses motivos têm levado muitas empresas a entrarem para o seg-mento de e-commerce, entretanto, é preciso tomar alguns cuidados para

que o empresário consiga fazer seu negócio prosperar efetivamente tam-bém no mundo digital. De acordo com o especialista em vendas online, Fernando Mansano, diretor de alian-ças estratégicas de uma das princi-pais empresas desenvolvedoras de plataforma de comércio eletrônico, a JET e-Commerce, antes de pen-sar em entrar para este mercado, é

preciso que o empreendedor faça o planejamento do negócio, analise e estude o mercado, produto, pú-blico, logística e toda a cadeia que envolve a gestão da sua empresa. “Feito isto, pesquisar a empresa que irá desenvolver sua plataforma de e--commerce. Entender o processo de implantação, recursos que serão uti-lizados bem como o suporte que o

Integrações

Possuo um ERP que não é compatível com a plata-forma que utilizo. Ou seja, sua plataforma não oferece integrações com outros sis-temas.Pesquise antes e procure uma solução que automati-ze e sincronize ferramentas de gestão à sua loja virtual. Centralize o gerenciamento em um local, é mais fácil controlar e assimilar os re-sultados.

Por onde eu inicio meu e-commerce?*Escolha da plataforma.A plataforma é a base do seu e-commerce. Ao definir a empresa que irá desenvolver sua loja virtual é preciso levar em consideração diversos detalhes, mas alguns são cruciais:

Page views

Qual a quantidade de page views que a empre-sa que você está fechandopermite? O número de page views da sua página é o termômetro do seu faturamento. Quanto mais page views, mais ven-da. Atente-se se o oferecido atende a sua necessidade e se o excedente não vai acabar excedendo na sua conta.

Escalabilidade

Meu negócio cresceu de-mais e a plataforma que possuo agora precisa ser totalmente aperfeiçoada para atender a minha de-manda. A plataforma que você fechou é escalável e flexível a mudanças? Expandir é o que toda em-presa deseja! Procure por uma solução que acompa-nhe sua evolução.

Atualizações deRecursos

Com que frequência sua plataforma de e-commerce ganha uma nova versão, atualizada com novas ferra-mentas e recursos? Inova-ção constante é o segredo para diferenciar sua loja virtual. Aumente sua vanta-gem competitiva.

Suporte

Ainda que você possua um painel administrativo para gerir toda a cadeia do seu e-commerce, sempre sur-gem dúvidas com relação ao uso das ferramentas disponíveis. Escolher uma empresa que esteja presen-te no pós-desenvolvimento de plataforma é outro ponto bastante considerável.

Ferramentasde Divulgação

Escolha uma plataforma que ofereça também au-tomatização na gestão do marketing, como cupons de desconto, vale presentes, descontos, brindes, entre outros. Tais funcionalidades contribuem para conversão de vendas e promoção da sua loja.

*Informações elaboradas por Fernando Mansano

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E-COMMERCE

empresário irá receber após ter sua loja virtual pronta. Se possível, para que o planejamento seja mais certei-ro e efetivo, contrate uma consultoria especializada em e-commerce”, indi-ca o especialista.

Ainda de acordo com Mansano, é preciso que o investimento neste segmento seja muito bem planejado. “Tra-balhe com nichos específicos e di-vulgação segmen-tada. Alcance um público singular, com um produto que irá se diferen-ciar dos comumente oferecidos”, re-comenda. “Personalizar, customizar, dar exclusividade aos clientes com produtos e serviços que os atenda de forma individual. Decerto, traçar um diferencial, fará com que sua seu e-commerce chegue ao topo”, com-plementa o diretor de alianças estra-tégicas da JET e-Commerce.

Além disso, a falta de planejamen-to do negócio, do mapeamento das vendas, do estudo de comportamen-

to do consumidor navegando pela loja e o acompanhamento do dia a dia dos relatórios são erros comuns e que podem estar diretamente liga-dos ao sucesso do segmento de e--commerce de uma empresa. “É pre-

ciso acompanhar todo o fluxo de compra até a venda.

Porque seu cliente desistiu da compra? Alguma etapa está dificultando a nave-gação do meu con-sumidor? Análise e

encontre respostas e soluções”, recomenda o

especialista. (veja mais in-formações nas páginas 6 e 7).

Novo patamarCom os novos dispositivos utiliza-

dos para a comunicação, não é mais possível pensar em e-commerce apenas como um site de vendas. Quem quiser entrar neste segmento terá de aperfeiçoar a experiência de compra e estratégias de marketing para otimizar a compra via dispositi-

vos móveis. “Mesmo que seu e-com-merce esteja começando agora, não fique fora dessa”, reforça Mansano.

Se o investimentos e planejamento podem parecer um pouco complica-dos para quem está entrando agora neste setor, dados do mercado indi-cam que está é uma aposta que pode valer muito à pena. Segundo o Índice de E-Commerce de Varejo Global criado pela A.T. Kearney, divulgado na segunda quinzena de novembro, o varejo on-line na América Latina nos últimos 5 anos avançou, anualmente, 27% e supera a média mundial (17%) e da região Ásia-Pacífico (25%).

Além disso, o Mapa Estratégico di-vulgado pela Fecomércio-RJ assinala que embora tenha crescido em 115% a penetração da Internet no País, na comparação com 2003, o índice das pessoas com acesso ainda represen-ta apenas 56% da população. Com isto, pontua o documento, pode--se esperar uma participação ainda maior das vendas online nas receitas totais do comércio que, em 2011, atin-giram o patamar de R$ 2,5 trilhões, incluindo-se os negócios eletrônicos e os realizados nas lojas.

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MUNDO DIGITAL

omeçar um negócio nem sempre é fácil, mas, se o empresário tiver um bom planeja-mento e estudos que

comprovem que o seu empreendi-mento pode ser vantajoso, é pos-sível conquistar verdadeiros “anjos da guarda” que irão auxiliá-lo nesta tarefa, tanto com suporte financeiro quanto com orientações de mercado.

De forma geral, esses anjos dão suporte às empresas iniciantes com aconselhamentos, fornecimento de infraestrutura, suporte, networking, tempo e dedicação. Eles funcionam como adequados mentores dessas empresas. Entretanto, na prática, este auxílio é muito maior. De acordo com João Kepler, eles são o aval e o ombro amigo que o empreendedor precisa para levar seu sonho adiante e, claro, também o suporte para sis-tematizar o investimento financeiro a título de “cash-in”, com finalidade de suprir necessidades mensais em troca de um percentual do negócio. Kepler faz essa análise com base em sua longa experiência como empre-endedor serial, blogueiro, articulis-ta e colunista de diversos portais e revistas, palestrante, espalhador de ideias digitais e melhores práticas em negócios, mas, principalmente, como investidor anjo membro da An-

StartUps: empresas recebem apoio em seus negócios no estágio inicial

Investimento Anjo

jos do Brasil.Para quem pretende se aventurar

nesta seara, o especialista reforça que é preciso que o empreendedor tenha em mente que a realidade é que os negócios podem dar certo ou errado, e que esta lei vale para todos. “Não é uma questão de ter uma visão pessimista, ao contrário, encaro isso de forma bem simples e realista e os empreendedores não devem pensar que isso é um privilégio só deles. Afinal, não está fácil para ninguém”, analisa. Segundo Kepler, histórias de empreendedores que transformaram uma boa ideia (Investimento Anjo) em algo milionário só acontecem nas revistas ou nos contos mirabolantes baseadas no “american dreams”. “Trazendo para a realidade, uma boa ideia serve apenas de diferen-cial para ativar o processo inicial de conquista do Investidor Anjo ideal. As variáveis a partir daí são muitas e precisam estar bem estabelecidas”, pondera.

Mas, o que o empreendedor ini-ciante deve fazer para conseguir que um destes anjos diga amém para eles? Kepler afirma que este acordo é resultante da empatia e de objetivos comuns entre as partes. “O Amém que tanto esperamos ouvir está no sentido de: “Ótimo, estamos juntos, vamos em frente, eu vou in-

vestir no seu projeto, vou bancá-lo e seus problemas acabaram”; trata-se de empatia”, diz. Afinal, o amém é tão importante que transforma e estimu-las vidas, por isso mesmo pode ser encarado como um milagre dos céus encontrar um investidor que aceite compartilhar desta aventura.

Partindo para a parte técnica e teórica, Kepler observa que muito se fala em “Elevator Pitch”, “Business Model Canvas”, “Lean Startup” e etc, e que, na verdade, tudo isso é muito importante e necessário. “Metodolo-gias são muito úteis, pois ajudam na preparação, na apresentação na vali-dação, desde que usadas como auxí-lio e inteligência. Tudo cabe no papel ou no PowerPoint. No ponto de vista de um investidor, o mais importante é conseguir ter visão ampla e imediata de um todo, de como o projeto será executado, de escala e de monetiza-ção. Ou seja, dinheiro de verdade”, ressalta o especialista.

As 3 Leis do sucesso doInvestimento Anjo

Por ser um investidor anjo mem-bro da Anjos do Brasil, Kepler, de tanto avaliar projetos, estudou e pesquisou, através de fatos reais, o que verdadeiramente leva um Anjo a escolher um determinado projeto em detrimento de outro. “Descobri que as observações seguem três re-gras (ou leis) relativamente simples”, afirma. A estas regras, Kepler as de-nomina de “As novas Leis de Kepler para Sucesso no Investimento Anjo”, fazendo uma simpática analogia ao seu próprio nome “Kepler” e claro, uma homenagem as 3 famosas Leis de Kepler, do astrônomo e matemá-tico Johannes Kepler, figura-chave da revolução científica do século XVII.

Primeira nova Lei de Kepler: Lei da atração dos Anjos ideais – “MATCH”

De acordo com Kepler, é impor-tante entender que não se encontra “anjos voando e fazendo milagres” por ai no mercado. “O sentido de “an-jos” é o de apoiar e de “vamos juntos ao paraíso”. Não basta “oração” para o anjo favorito, é preciso ser consis-tente, saber encontrar, fazer o que eu chamo de MATCH”, indica.

Ainda segundo o anjo investidor, a busca pelo investidor deve ser fo-cada e de nicho. “Se o business do Investidor Anjo é o e-commerce, va-rejo ou marketing, portanto, envie propostas e projetos nesta área ou segmento de mercado. A procura pelo seu Anjo ideal começa pela pesquisa minuciosa e detalhada”, re-comenda. “Antes de qualquer abor-dagem, estude a biografia do investi-dor, siga-o nas redes sociais, analise o portfólio de empresas que investiu, descubra amigos em comum que possam recomendá-lo e, enfim, en-tender SE esse investidor tem o seu perfil e pode realmente te ajudar. Essa percepção depende exclu-sivamente do empreendedor, pois assim, não haverá perda de tempo de ambos os la-dos”, complementa.

Outra dica importan-te refere-se ao momen-to de enviar a ideia ou o projeto. “Faça antes de qualquer coisa um resumo, uma folha, um sumário executivo e envie isso somente de forma particular para um de cada vez. Depois, se esse Anjo

C João Kepler

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se interessar em conhecer o resto, encaminhe o projeto. Esse sumário

deve ter um propósito e obje-tivos claros, informando

o que é, qual o mer-cado, que pro-

blema resol-ve, qual a

inovação, algumas possibi -lidades, p o s -s í v e i s retorno,

p ú b l i c o alvo e com-

petidores”, explica. Kepler reco-

menda também que o empreendedor não deve

sair por ai feito louco enviando mai-ling para ventures e inbox de sua “descoberta”, de seu negócio, para todos que tem a palavra Anjo em sua Biografia, abordando todo mundo nos eventos, dizendo “eu tenho um negócio sensacional”. “Na verdade, todos os empreendedores que co-nheço acham que seu negócio ou ideia é incrível. Ela pode até ser, mas vá com calma”, pondera.

Um caminho mais rápido e uma grande dica recomendada por Ke-pler diz respeito a quando o empre-endedor identificar o MATCH, ou seja, quando ele encontra um Anjo para seu incrível projeto: “convide-o para ser seu mentor, ação em que ele deve investir somente tempo, ne-tworking e conhecimento em troca de ações”, avalia. Na sequência, se a parceria for boa mesmo, Kepler afirma que o investidor anjo irá que-rer apostar no projeto, pois já estará envolvido no negócio.

Segunda nova Lei de Kepler: Lei do “Ponto de Interesse”

“O “Ponto de Interesse” é quando o investidor funde seus interesses com os que o empreendedor tem a oferecer. A cabeça de um Anjo varia de acordo com o perfil de cada um. “Projetos inovadores e que resol-vam problemas específicos são o passo inicial. Assim como nos rela-cionamentos, a chave é a emoção, a paixão e a química com o negócio. Quando isto acontece, as coisas co-meçam a se encaixar”, afirma Kepler. Neste sentido, o “Ponto de Interesse” passa também pelo “bom senso”, dis-ponibilidade de tempo, afinidade ao segmento de mercado e à oportuni-dade. “Ninguém coloca dinheiro em um negócio que não seja palpável, que tenha possibilidade efetiva de retorno ou de saída, “pé no chão” e que possa mensurar com alguma segurança e responsabilidade e os possíveis riscos e resultados” analisa.

Kepler alerta que os empreende-dores devem entender que investido-res bem-sucedidos investem em pes-soas e não somente em negócios. “Investir no digital é investimento em capital intangível e, por isso, ter uma boa equipe na startup é fator funda-mental para o sucesso da empreita-da. Sendo assim, o perfil e o capital intelectual do empreendedor fazem toda a diferença no resultado. Então, se você tem um bom perfil, reforce e aposte nisso para ver se existe siner-gia no “Ponto de Interesse” com seu projeto”, recomenda.

Terceira nova Lei de Kepler: “Teoria da Assertividade” – ROI/A

Para Kepler, o tradicional Retorno sobre Investimento (ROI) ganha mais um fator, o da Assertividade, que tem uma simples fórmula aritmética ba-seado em notas de 0 a 10 para cada item de uma avaliação. “A Fórmula: (R – A); Onde R = Ponto de Interesse + Inovação + Estágio do Projeto + Per-centual do Negócio (Quanto maior os pontos, MELHOR) (–) A = Risco do Negócio + Barreiras de Entrada + De-dicação do Anjo + Dinheiro a Investir (Quanto maior os pontos, PIOR). Te-nha em mente um máximo de R = 40 pontos e A = 40 pontos”, explica. “Se o resultado final do (R – A) for acima de 10% positiva para o A, é confiá-vel entrar no negócio, porém quanto mais próximo de 50%, maiores serão as chances de entrada e participa-ção ativa na operação do negócio”, completa.

Para que o empreendedor consiga chegar neste ponto, é preciso que as duas primeiras Leis já tenham sido alcançadas, ou seja, o “Match” e o “Ponto de Interesse”. “É uma união de fatores que se forem devidamente equilibrados podem fazer um projeto ter sucesso e alcançar voos muito maiores e, claro, todos ganharem dinheiro. Disto resulta uma consta-tação de que nada se compara a emoção e a sensação de investir em negócio que resolva algum problema e que possa ser útil à sociedade. Se isso vem agregado a essa fórmula ideal apresentada e, claro, com a va-lorização do capital investido ou com uma remuneração do dinheiro maior do que o retorno nos investimentos tradicionais, melhor ainda. É nesse momento que o Anjo diz: Amém!”, finaliza.

MUNDO DIGITAL PROCESSO DIGITAL

Instituição da Lei 11.419/2006 trouxe avanços ao judiciário brasileiro

Novos parâmetros para o Processo Judicial Eletrônico

s avanços tecnológicos em nosso dia-a-dia em geral são comemora-dos pela sociedade por proporcionar facili-

dades e simplificar a vida como um todo. No sistema judiciário brasileiro, este avanço chegou por meio da Lei 11.419/2006 que definiu os parâme-tros do Processo Judicial Eletrônico no Brasil. Porém, ultimamente a ad-vocacia vem enfrentando sérias difi-culdades para aproveitar a facilidade que futuramente proporcionará o pe-ticionamento eletrônico em todos os tribunais brasileiros.

Na visão do advogado, especialis-ta em Direito Eletrônico e responsá-vel pela Coordenadoria de Processo Eletrônico da Comissão de Direito Eletrônico e Crimes de Alta Tecnolo-gia, Emerson Alvarez Predolim, um dos avanços observados nesta lei para os advogados diz respeito à mo-bilidade. “Com o processo eletrôni-co, o profissional terá mais mobilida-de podendo trabalhar em qualquer lugar com acesso a internet. Também será possível maior agilidade nos jul-gamentos como já vemos em alguns tribunais liminares sendo concedidas em 50 minutos”, exemplifica.

Entretanto, para Predolim, ainda há um longo caminho a percorrer para que seja possível aproveitar os benefícios do processo judicial ele-trônico. “Um dos primeiros proble-mas, a nosso entender, ocorre quan-do a referida legislação em seu artigo

8º deu autonomia para que os órgãos do judiciário criem sistemas próprios para o processamento eletrônico. Desta forma, atualmente, segundo le-vantamento do CFOAB, há por volta de 46 sistemas diferentes dentre os diversos tribunais no país, o que traz dificuldade para os advogados que precisa conhecer vários sistemas para exercer sua profissão”, analisa.

Com a visão de solucionar esta diversidade de sistemas, o CNJ tem declarado que deverá impor aos tri-bunais do país um sistema unificado de peticionamento eletrônico. “Se observamos o aspecto prático desta medida, teremos maior facilidade em capacitar os profissionais de direito que sofrem atualmente para se ade-quarem à esta nova forma de exercer sua profissão”, afirma o especialista.

Contudo, segundo Predolim, ao decidir por adotar o sistema utilizado nos Tribunais Regionais do Trabalho com o discurso de que o sistema está pronto, o CNJ se precipitou. “Tal sistema foi desenvolvido nos idos de 2009 e, somente em meados de 2011 que a OAB foi convidada a participar do Comitê Gestor. Ou seja, sua con-cepção não levou em conta um dos atores que formam a tríplice proces-sual e com isso vemos com frequ-ência as falhas e equívocos em sua concepção”, comenta.

Ainda de acordo com o advogado, outro ponto que traz grandes preocu-pações são os desvios processuais que decorrem das normas editadas

pelos tribunais que regulam o Pro-cesso Judicial Eletrônico. “Um ques-tionamento, por exemplo, no caso das citações em processos eletrôni-cos do TRT é que estes não trazem mais a contra-fé impressa, assim, o réu deve acessar o endereço eletrô-nico para ter acesso ao teor do pro-cesso”, explica. Muito embora esteja disponível eletronicamente, o Art. 226 do CPC traz previsão expressa da entrega da contrafé no ato da cita-ção, o que dificultará ao demandado tomar ciência efetiva do processo. “Além da questão legal, nos remotos municípios em que o acesso a inter-net por certo é difícil ou por vezes inexistente, resta cerceado o direito do requerido ao não ter ciência no ato de qual o teor das acusações que pesam sobre ele. Ademais, mesmo com a infraestrutura, muitas pessoas não têm conhecimento da tecnologia para acessarem os autos digitais”, complementa.

Apesar dos percalços, Predolim acredita que o futuro é muito promis-sor para o judiciário e todos os que dele necessitam com a implantação do Processo Judicial Eletrônico. “Mas para os causídicos tem sido um gran-de desafio trabalhar neste novo for-mato. Resta enfrentarmos e nos pre-pararmos para os dias melhores que geralmente a tecnologia proporciona e a certeza que estamos fazendo uma nova história na justiça brasilei-ra”, conclui.

O

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f.com

Page 8: Como se preparar para eSocial

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CAPA

partir de meados de 2014, a comunicação entre empresas e ór-gãos e entidades do governo federal – en-

tre eles Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério da Previdência (MPS), Ministério do Trabalho e Em-prego (MTE) e Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) - irá seguir novos rumos. Isso porque entra em vigor nesta data a nova obrigatorie-dade que irá unificar a base de rece-bimento de dados trabalhistas, previ-denciários e tributários, de modo que assim haja um cruzamento de dados, bem como a eliminação gradual de inúmeras obrigações acessórias atreladas à contratação de colabora-dores, quer seja com vínculo empre-gatício ou sem vínculo, o chamado

Como seprepararpara oeSocial

Implantação da nova

obrigação será gradual a partir de 2014, mas empresas

devem ficar atentas para as exigências

eSocial.A nova forma de comunicação,

antes prevista como parte integran-te do Programa do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), agora possui portal de informações sepa-rado que foi lançado em junho de 2013, no endereço www.esocial.gov.br. “Sabemos que há uma grande jor-nada pela frente e, que para perfeita adequação a esse novo cenário é in-dispensável o envolvimento de toda equipe da empresa, pois o eSocial não atinge somente um departamen-to, mas diversas áreas da empresa. Como exemplo temos: Tecnologia da Informação, Recursos Humanos, Departamento Pessoal, Compras, Jurídico, Contabilidade, entre outros. Por isso, é necessário seguir alguns passos para que não haja dificuldade na implantação e adequação ao eSo-

A

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Niv

ens/

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f.com

Page 9: Como se preparar para eSocial

16 ID mais ID mais 17

cial”, explica a advogada, especialis-ta em tributos, com ênfase em cru-zamento eletrônico de informações fiscais, em especial SPED e NF-e, Tânia Gurgel.O sistema só deve estar em pleno funcionamento a partir de 2015 e empregadores de todos os portes serão inseridos.

Para se adaptar, Tânia adverte que as empresas terão de mudar a manei-ra como tratam esses dados. “A maior parte das informações prestadas será de competência da área de re-cursos humanos (RH) das empresas, mas a integração entre setores será fundamental, principalmente na fase inicial de adequação ao sistema, por isso, é importante organizar todos os dados do empregador e dos empre-gados para evitar riscos trabalhistas e autuações do Ministério do Traba-lho e Emprego, do INSS e da Receita Federal”, recomenda a especialista. Além disso, as empresas têm que se atentar para o cadastro e documen-tação dos serviços tomados, sujeitos à retenção previdenciária, pois estes também serão objeto de lançamento do eSocial.

A capacitação da equipe também

será ponto crucial para prevenir o envio de possíveis informações errô-neas a estes órgãos. “Para isto, será preciso que as empresas realizem um estudo sobre a incidência de tri-butos que incidem sobre as verbas trabalhistas, bem como se há alguma discussão judicial ou administrativa sobre esta determinada verba, que, no sistema, é intitulada pública. So-mado a esta ação, é preciso elaborar um manual de procedimentos inter-nos e fazer um mapeamento dos pro-cessos, para que os departamentos tenham maior facilidade no universo eSocial”, recomenda. (veja mais di-cas no box ao final desta matéria)

De forma geral, o eSocial transpor-ta para o ambiente digital obrigações que já são cumpridas pelas empre-sas atualmente. Entretanto, existem novas informações cadastrais sobre funcionários que passarão a ser obri-gatórias, segundo previsto no layout do eSocial. “Atente-se que, pelo novo sistema, deverá, primeiramen-te, o funcionário estar cadastrado no eSocial antes do efetivo início do tra-balho, bem como os registros de aci-dente de trabalho e desligamento do

funcionário deverão ser transmitidos em real time”, aconselha Tânia.

José Carlos Antunes, diretor co-mercial da J2R Consultoria, empresa focada em soluções fiscais e tecnoló-gicas, afirma que, comparando com os atuais sistemas digitais do Fisco, como exemplo o SPED, o eSocial trata-se de uma das maiores plata-formas de informações e controles já implantados pelo Fisco no Brasil. “Ele irá determinar não só uma revi-são dos processos nas empresas, mas também uma mudança cultural. Isso porque, softwares só apoiam processos. Se a empresa trabalhar com automatização de processos errôneos, isso só servirá para que o fisco seja informado mais rapidamen-te dos erros cometidos pela empresa, mas, com um detalhe muito impor-tante: com muita riqueza de provas e detalhes das informações. Em resu-mo, se hoje você não cumpre a nor-mas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), com o e-Social você só estará informando isso mais rápido ao Fisco”, adverte o diretor. Por isso, procurar uma boa consultoria e capa-citar-se para o programa é de suma

importância.A expectativa é de que as obri-

gações acessórias hoje existentes diminuam em médio prazo, mas, neste primeiro momento, empresas, contabilistas e demais envolvidos ainda aguardam para se adaptar às novas exigências, com a disponibi-lização futura do manual e demais dados necessários. “Ao longo dos anos, foram instituídas diversas obri-gações acessórias, algumas desne-cessárias e muitas com duplicidade de informações, que serão extintas após a implantação do eSocial. Por isso, o programa também é uma ten-tativa do governo de simplificar que muitos documentos sejam utilizados para transmitir os mesmos dados por meios distintos e gerando apenas tra-balho duplicado para os setores da empresa envolvidos na entrega des-sas informações”, indica Tânia.

Ainda sobre as obrigações aces-sórias, vale destacar que o eSocial irá substituir uma série delas, entre estas estão o livro de registro de empregado, a folha de pagamento, a Comunicação de Acidente de Tra-balho (CAT), o perfil profissiográfico

previdenciário, o arquivos eletrônicos entregues à fiscalização (Manad), o termo de rescisão e formulários do seguro desemprego, a Guia de Re-colhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (Gfip), a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e a Decla-ração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf).

Layouts O eSocial também exige layouts

parametrizados de acordo com as disposições legais. “Desta forma, muitas práticas ou costumes, possí-veis ou praticados até agora, deixam de ser viáveis, tendo em vista à expo-sição do detalhe das informações e os cruzamentos passíveis que todos os órgãos terão com mais rapidez e controle”, pondera a advogada.

O trabalhador

Um grande ganho neste siste-ma é para o trabalhador, principal-

mente o autônomo, pois terão no sistema eletrônico as informações já inseridas no Cadastro Nacional de Informação Social (CNIS). Isso é importante e facilita a vida deste trabalhador, como, por exemplo, quando antes ele necessitava da concessão de um benefício do INSS, ele tinha que, diferente do trabalhador com carteira assina-da, provar vínculo de prestação de serviço e guardar documentos da época dessa prestação. Com este novo modelo, estes profissio-nais também poderão fiscalizar, no futuro, o seu próprio cadastro, evidenciando as prestações de serviço.

Já para os funcionários, o gover-no espera que o eSocial permita que os próprios trabalhadores “fiscalizem” se as empresas es-tão cumprindo com suas obriga-ções, como o depósito do FGTS, e tenham mais facilidade na pro-dução de provas para concessão de benefícios previdenciários. Da mesma maneira, as empresas

CAPA

“Agora as empresas terão de se adaptar a esta nova realidade e entender que, com oeSocial, elas perdem parte da flexibilidade que garante, entre outras coisas, a

possibilidade de conceder férias fracionadas”, Tânia Gurgel

Page 10: Como se preparar para eSocial

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1 Revisar todos os documentos e cadastros dos cola-boradores (por exemplo: verificar a consistência do ca-dastro existente no banco de dados do CNIS – Cadastro Nacional de Informações Sociais versus CPF – Cadastro de Pessoa Física);

2 Verificar o correto preenchimento dos laudos ambien-tais e condições de riscos (PCMSO – Programa de Con-trole Médico de Saúde Ocupacional; PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; e PPP – Perfil Pro-fissiográfico Previdenciário);

3 Realizar um estudo sobre a incidência de FGTS, INSS, IRRF, Contribuição Sindical, sobre as rubricas (verbas trabalhistas), bem como se há alguma discussão judicial ou administrativa sobre determinada verba;

4 Analisar os registros de contratação de terceiros e se a retenção tributária está coerente com os dispositivos legais em vigência;

5 Revisar os procedimentos internos da empresa;

6 Capacitar e integrar todos os profissionais envolvidos na implantação do eSocial;

7 Elaborar um manual de procedimentos internos e fazer um mapeamento de processo.Colocados esses procedimentos em prática, as empre-sas poderão adequar-se com maior facilidade no univer-so do eSocial.

*Informações elaboradas pela especialista Tânia Gurgel

terão como comprovar de forma mais fácil que estão em dia e não devem nada aos colaboradores. “Isso faz com que a relação entre empregados e empregadores seja mais transparente”, indica Tânia.

Entretanto, além de alterar o cotidiano das empresas, o eSocial vai impactar na coleta de dados que orientam políticas públicas, como o Cadastro Geral de Empre-gados e Desempregados (Caged). “Com isso, o governo terá um controle mais rigoroso sobre as atividades desenvolvidas ou não pelos cidadãos, cruzando as in-formações com a Receita Federal, para analisar se as informações de rendimentos prestadas são co-erentes”, indica a advogada.

Multas

Não há multas especificas do eSocial: permanecerão as já exis-tentes em cada legislação de cada órgão do Projeto eSocial, como, por exemplo, as penas previstas na CLT e na Lei 8.212/1991, que serão aplicadas pela essência da informação e não devido ao novo formato de transmissão.

Web ServiceO governo disponibilizará para o

empregador doméstico, o segurado especial, o pequeno produtor rural,

as empresas do Simples, empresas pequenas, de zero a dez funcionários e MEI um sistema pra envio das infor-mações com módulos simplificados. Estes segmentos terão uma lingua-gem menos técnica e mais didática com mensagens de orientação, bem como de informações de meses ante-riores, o qual também poderá ser in-tegrado com servidores corporativos. A grande vantagem desse web servi-ce é que haverá validações em tem-po de preenchimento e transmissão.

ArquivosTodos os arquivos serão no forma-

to XML. Cada evento é um arquivo. A folha de pagamento será desmem-brada por trabalhador, assim como outras informações previdenciárias serão desmembradas segundo a sua natureza da informação, como: retenção de nota fiscal, retenção de funcionários e a parte patronal.

LiteraturaPara auxiliar as empresas a se

adequarem as novas obrigações exi-gidas pelo eSocial, Tânia Gurgel aca-ba de lançar o livro “eSocial – Você e sua empresa estão preparados?”. De acordo com a autora, o intuito da obra é que ela sirva como Guia das principais exigências na contratação de serviços de terceiros, preparando os empresários para o cenário do eSocial, principalmente nos eventos S-1310 e S-1320.

CAPA

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Alguns passos necessários para que não hajadificuldade na implantação e adequação ao eSocial, são*:

“A lógica é de que a partir do momento em que o funcionário deixa de fazer parte do quadro da empresa,todos os seusdireitos devem ser garantidos tão logo eleestejadispensado.

Page 11: Como se preparar para eSocial

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FOLHA DE PAGAMENTO

Folha de Pagamento merece destaquecom o eSocial

s obrigações do eSo-cial envolvem essen-cialmente as relações trabalhistas entre em-presas e funcionários,

mas, principalmente, em como os empregadores irão transmitir essas informações aos órgãos competen-tes. Esse sistema irá exigir o envio de arquivos diários e arquivos mensais. “Arquivos diários são aqueles que são eventuais, como os dados para a contratação de um empregado, onde é necessário primeiro comu-nicar o governo e, depois, admitir o empregado. Já os arquivos mensais compreendem as informações do fechamento da folha de pagamento do mês de competência. E, todas es-sas informações devem ser enviadas através de arquivo XML, pela inter-net”, explica Marcos Abreu, presiden-te da Employer, empresa reconheci-da por sua excelência na cessão de mão de obra, temporária e serviços de Recursos Humanos.

A intenção do governo é de que

Aquando o cadastro do empregado estiver todo organizado, os dados dos trabalhadores possam ser ar-quivados em um único número. Isto significa que, depois que todas as informações forem incorporadas, a Caixa Econômica Federal, que utiliza o número do PIS (Programa de Inte-gração Social), e a Receita Federal, que usa o CPF (Cadastro de Pessoa Física), deverão valer-se de um único cadastro para identificar o cidadão.

Mas, para que tal objetivo seja atingido, Abreu observa que muito caminho ainda terá de ser percorri-do. “As empresas terão de se organi-zar para transmitir essas informações de forma online para o governo, mas, para que as informações possam ser compiladas de maneira correta, muitas empresas terão de capacitar o seu departamento de Recursos Humanos (RH), porque, as informa-ções não chegarem redonda, será a própria empresa quem poderá ser prejudicada lá na frente”, recomenda. “A empresa poderá ser autuada, por-

que ela é responsável pelas informa-ções que presta e a forma como ela presta essas informações pode expô--las a práticas ilegais. Ilegais não no sentido de que ela está fazendo algo errado de propósito, mas de que a empresa está fazendo algo errado por um equívoco no cadastro que ela enviou. Assim, se as empresas não se adequarem, elas serão punidas por ilegalidade, mas, de novo, não é porque ela está agindo de propósito para ser ilegal, é porque o arquivo dela a deixou exposta a um erro”, complementa o presidente.

Tentar minimizar esses erros no envio de arquivos faz parte da filo-sofia da Employer há algum tempo. Há cinco anos, mesmo antes das exigências impostas pelo eSocial, o grupo organizou, para uso próprio, o programa denominado Webfopag, como uma forma de organizar as in-formações dos funcionários das 56 fi-liais do grupo, além das informações dos contratos realizados para clien-tes. “Esse é um sistema de folha de

Empresas terão que enviar arquivos digitalmente para o governo. Cuidadono preenchimento das informações deve ser rigoroso

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Marcos Abreu

Page 12: Como se preparar para eSocial

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COLUNA

ocê considera prová-vel que sua vida ou seus negócios estejam sendo alvo de espio-nagem? Depois das

declarações de Edward Snowden, governos se atentaram à concreta es-pionagem e as negativas consequên-cias diplomáticas.

Devemos nos atentar que é pou-co factível que sua vida esteja sendo objeto de espionagem por governos estrangeiros, entretanto devemos avaliar o quanto pode ser interessan-te às outras pessoas terem acesso às suas informações.

Tomando como base uma empre-sa especializada em contabilidade, devemos considerar que dentre as informações manipuladas estão pre-sentes notas fiscais contendo a rela-ção de fornecedores e clientes.

Muitos podem não vir a se preocu-par com tais dados, entretanto, estas informações nas mãos de concor-rentes se tornam matéria prima para identificação de produtos e serviços comercializados, tais como margens de lucro ou até mesmo a identifica-ção de prejuízos que podem sinalizar problemas em relação à saúde finan-ceira de uma empresa.

Empresa de contabilidade, em geral, não é empresa especializada em sistemas ou proteção de infor-mações. Entretanto, este conteúdo pode vir a ser revelado através da au-

O ¨Big Brother¨ sobre os seus negócios.

V sência ou falta de segurança física, que pode vir a possibilitar o acesso de ofensores às instalações do escri-tório contábil.

Sistemas ainda são portas de entrada de ofensores aos dados de clientes contábeis. Considera-se como exemplo a existência de fragi-lidades presentes em infraestrutura de redes de comunicação (incluindo as redes de comunicação sem fio), sistemas de troca de mensagens eletrônicas (e-mail) e sistemas Web acessíveis ou não através da Internet que são os alvos mais comuns.

Mesmo assim uma empresa de contabilidade é responsável pela segurança das informações de seus clientes devendo assegurar que dados sejam mantidos íntegros (modificados apenas por pessoas e sistemas autorizados), disponíveis (acessíveis apenas às pessoas e sis-temas autorizados em qualquer mo-mento) e confidenciais (mantendo o sigilo de informações de acordo com a classificação do grau de sensibili-dade dos dados).

As implicações de falta de segu-rança pode ser exemplificada através de sua responsabilização legal.

E para quem ainda têm a percep-ção que segurança em sistemas é assegurar que seus computadores tenham apenas antivírus, vale ainda comentar que nem todas as ameaças são detectadas por antivírus.

Marcelo LauDiretor Executivo - Data Security

ARTIGO

pagamento nas nuvens, assim não é necessário utilizar servidor e todas as informações podem ser acessadas pelo site. Para operar, basta que o usuário digite sua senha e começa a operar”, explica Abreu. “Para con-quistar este mecanismo, fizemos um investimento de aproximada-mente R$ 50 milhões para que todo o nosso sistema ficasse locado nas nuvens. Isso significa que ele pode ser amparado por qualquer parte, a qualquer momento. E, essas informa-ções podem ser compartilhadas, ou seja, o que um faz o outro não pre-cisa fazer”, conta. No projeto desen-volvido pela empresa, trabalhadores e departamento de RH podem fazer a atualização dos dados de maneira compartilhada.

De acordo com Abreu, este mode-lo de folha de pagamento foi conce-bido pensando na colaboração do próprio trabalhador com relação a sua folha de pagamento. “Isto porque a folha de pagamento é para o traba-lhador e não para o governo. Hoje, a

concepção que se faz é de folha de pagamento para o governo, e o eSo-cial foi criado nesta linha. A nossa Webfopag pensa primeiro no traba-lhador, afinal, é ele quem tem que le-vantar cedo, pegar o vale-transporte, usar o seu uniforme, ter que trazer a sua alimentação e o seu horário de trabalho. Por isso, nada mais justo de que o próprio funcionário possa conferir as informações incluídas na sua folha de pagamento, e, princi-palmente, interagir com ela”, analisa. Porém, o presidente da Employer explica que, o fato de interagir com a folha não significa que o trabalhador tenha plenos poderes. “Ele pode inte-ragir, mas a homologação das infor-mações é feita pelo departamento de RH”, complementa.

Tal metodologia representa mais transparência na relação emprega-do x empregador, além de facilitar o trabalho do departamento de RH das empresas, segundo Abreu. “Neste sentido, o eSocial contribui com a transparência das informações. E,

não adianta as empresas quererem fugir disso, porque, se não houver transparência com o trabalhador irá ter que haver com o governo. E, o go-verno vai devolver essa informação para o trabalhador, então, a trans-parência será obrigatória”, analisa. “Sem contar que, o fato de o traba-lhador colocar os dados de seu ende-reço, seu número de vale-transporte e conferindo o seu plano de saúde, por exemplo, faz com que diminua o trabalho do RH e também as infor-mações que são processadas”, afir-ma. Quando o empregado passa a colaborar com o preenchimento das informações, ele também passa a ser corresponsável pelos dados encami-nhados ao governo. “Por exemplo, se um trabalhador tem um filho e esque-ce de comunicar ao departamento de RH, ele passa a ter responsabilida-de no fato de que as informações en-caminhadas aos órgãos e entidades do governo estejam desatualizadas”, exemplifica.

Page 13: Como se preparar para eSocial

DIREITO DIGITAL

s redes sociais têm ganhado cada vez mais espaço na vida das pessoas que estão sempre pre-

ocupadas em curtir, compartilhar, comentar, favoritar fotos, frases, ví-deos, pessoas e empresas e tudo o que estiver relacionado ao mundo digital. Quem não participa desses espaços é visto como um verdadeiro extraterrestre pelos demais. E, ape-sar das redes sociais terem contribu-ído para aproximar pessoas, marcas e empresas, há um outro lado desta moeda que pode ser muito prejudi-

As redes sociais e o mercado de

trabalho

cial. Isso porque, se as pessoas não tomarem cuidado com o que postam nessas redes, elas podem ter suas vidas privadas expostas de maneira excessiva e, muitas vezes, constran-gedora. Indo além, a vida profissio-nal de muita gente pode ser afetada consideravelmente, dependendo do comportamento que a pessoa tiver nestas redes.

Atualmente, as redes sociais têm sido utilizadas pelas empresas de re-crutamento e seleção para analisar o perfil dos candidatos. Escapar deste tipo de análise está cada vez mais di-fícil, o que pode variar, por enquanto,

Empresas analisam perfil em redes sociais na hora da contratação de um novo funcionário

é o tipo de rede que é utilizada para esta finalidade. Nos Estados Unidos, por exemplo, as empresas recruta-ram 36 milhões candidatos em 2011. Desse total, 93% dos recrutadores usaram o LinkedIn para saber um pouco mais sobre seus futuros em-pregados, assim como 34% dos re-crutadores analisam os perfis destes futuros funcionários também no Fa-cebook. Já na Ásia, 75% dos recru-tadores analisam os perfis de seus futuros empregados no Facebook, enquanto que o LinkedIn foi utilizado por 32% dos recrutadores daquela região. Na Europa a preferência pelo

AFacebook se repete, onde a análise na rede social é utilizado por 62% dos recrutadores e o LinkedIn é anali-sado em 42% dos casos.

No Brasil, estudam-se a formação de números concretos sobre esta utilização. Mas, pesquisas adiantam que os brasileiros estão começando a se monitorar mais. “Muitos jovens pararam de postar caricaturas, víde-os e palavras sem sentido e passam a usar o Facebook como uma ferra-

menta de promoção de sua imagem pessoal”, comenta Coriolano Almeida Camargo, presidente da Comissão de Direito Eletrônico e Crimes de Alta Tecnologia da OAB/SP. Para analisar essa mudança de comportamento, Coriolano utiliza-se de Shakespeare para ilustrar o debate sobre a trans-parência das informações, ao recor-dar que a verdade é como o cristal. “A verdade é como o cristal. Depende do lado em que você lança seu olhar

através dele. O importante é que o cristal seja puro, prova emblemática de que não há véu hipócrita que mas-care as ações da Justiça por respeito ou medo”, cita o presidente da Co-missão de Direito Eletrônico.

Os setores que mais oferecem tra-balho no Brasil estão voltados para as áreas de moda no FaceBook e para as áreas de TI e estas se utilizam do uso das hashtags (#) para ofere-cem um grande número de vagas de

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Page 14: Como se preparar para eSocial

DIREITO DIGITAL

emprego, ou seja, as redes são utili-zadas para a análise do perfil do can-didato, mas, também, hoje em dia, é possível encontrar uma nova oportu-nidade de emprego através delas.

As aulas particulares e escolas de dança também estão em alta nas redes sociais. Uma curiosidade des-te segmento é um vídeo postado no YouTube denominado “Evolution of Dance “, que apresenta vários estilos de dança adaptados para 32 faixas de música. Esse vídeo foi “curtido/gostado” 760.115 vezes e também é um dos mais vistos no YouTube com mais de 175 milhões de visualiza-ções. Isto demonstra que, mais uma utilidade das redes sociais é a auto-promoção de profisionais.

Liberdade de expressão x Direito à Imagem

Muitos podem se questionar sobre onde entra o direito à liberdade de expressão dentro deste novo cenário que se apresenta dentro do contexto profissional. Onde começa a liberda-

de de expressão e onde começa o di-reito à imagem e a proteção à honra e à dignidade do homem? Para Corio-lano, a grande questão envolve como as pessoas se comportam perante às demais nestas redes. “Eu “odeio meu chefe” ou “eu não gosto de acor-dar cedo” e também “eu amo o final de semana”. São escritos soltos nas ondas das redes sociais. Todavia, as pessoas se esquecem de que, atual-mente, a maneira como elas se com-portam nas redes sociais conta muito na hora da contratação. A empresa de geração de conteúdo estratégico, ou mesmo as empresas e escritórios de modo geral, sabem que o com-portamento nas redes sociais pode ser prejudicial. Uma simples palavra e uma foto postada pelo colaborador podem vir a ferir a imagem da empre-sa ou mesmo, seu conteúdo pode não estar alinhado com a identidade esperada. Não estamos sozinhos. A

imagem dos funcionários, alunos, lí-deres e formadores de opinião esta de certa forma vinculada a imagem do empregador, da escola e do escri-tório” analisa o presidente.

Coriolano lembra ainda que, caso a empresa patrocine determinada marca esportiva, não seria de bom tom, que o colaborador venha a falar mal da mesma, simplesmente por-que torce por outro time. Nesta mes-ma linha, ele comenta que as redes sociais podem revelar os mais varia-dos comportamentos e tendências. “Há pouco tempo, li um perfil que di-zia: “profissão marido na empresa mi-nha esposa”. É preciso lembrar que, a comunidade de sua preferência e até as pessoas que você curte podem e estão sendo analisadas”, pondera. Ele observa também que, caso a ativi-dade da empresa esteja voltada para um público tradicional, é natural que o departamento de recrutamento

destas empresas se preocupem em analisar a imagem de seus colabora-dores, principalmente os que atuam em áreas estratégicas e ligadas dire-tamente com seus clientes. “Neste caso, certamente, o comportamento virtual tem sido levado em considera-ção”, comenta. Para ilustrar esta abor-dagem, Coriolano recorda-se de uma discussão que teve com um grupo de seus alunos, de um caso que foi apresentado em sala de aula. “Foi re-latado que a colaboradora teria sido desligada da companhia sem justa causa, por exibir uma tatuagem enor-me nas costas que, segundo o enten-dimento de algumas vozes internas, “não pegava bem com seus clientes”. Será uma forma de discriminação ou uma forma de zelar pela imagem da empresa? Este foi o debate gerado em sala de aula e que aproveito para deixar em aberto para ouvir a opinião do leitor”, complementa.

Ainda no exemplo citado pelo pre-sidente da Comissão de Direito Ele-trônico e Crimes de Alta Tecnologia da OAB/SP, a foto da funcionária ta-tuada acabou sendo identificada por uma superiora que navegava pelas redes sociais e acabou gerando o di-lema interno na empresa. “Na sala de aula, o debate evoluiu: uma parcela dos alunos entendeu que a empresa não poderia dispensar a funcionaria por este motivo. Por outro lado, outra parcela entendeu que os clientes não estavam se sentindo seguros em sa-ber sobre o “cibercomportamento” da funcionária e que uma dispensa sem justa causa não seria uma discri-minação. Sem contar que, vale lem-brar que, muitas vezes, a empresa não revela o real motivo da dispensa” afirma.

Ainda segundo Coriolano, é im-portante lembrar que o comporta-mento nas redes sociais pode inter-

ferir também nos relacionamentos pessoais. ““Por que você curte tudo o que aquela pessoa posta”? Esse é o motivo comum das brigas e do chamado “ciberciumes” ou “ciúme virtual”, diz.

Falando em ciúmes, vale destacar que o namoro virtual também tem seu lugar. “Uma dezena de alunos que entrevistei revela que não se sente a vontade em namorar ou de aprofundar um relacionamento se a pretendente ou o pretendente não tiver uma pagina no Facebook ou em uma rede similar. A justificativa dada pela maioria é de que não é possível conhecer melhor a pessoa sem ter acesso ao conteúdo virtual e que desta forma se sentem mais segu-ros”, avalia. As opiniões são divergen-tes, mas, na análise de Coriolano isto é o resultado de que ponto de vista e sentimento de Justiça, cada qual tem o seu.

“Por que você curte tudo o que aquela

pessoa posta”? Esse é o motivo comum das brigas e do

chamado “ciberciumes” ou “ciúme virtual” “Eu “odeio meu chefe”

Uma simples palavra e uma foto postada pelo colaborador podem vir a ferir a imagem da empresa ou mesmo, seu conteúdo pode não estar alinhado com a identidade esperada. Não estamos sozinhos.

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Page 15: Como se preparar para eSocial

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erenatas de amor, doses de tequila e todo aquele dramalhão assistido nas novelas mexicanas. Ao

contrário do que muitos imaginam, não são apenas esses os cenários de alegrias e tristezas que dão forma ao México. Localizado na América do Norte, o país sugere opções de la-zer, cultura e diversão. Lá, é Onde há um mundo particular a se descobrir. Onde vive um povo intenso; de gen-te que vive em meio ao gigantesco e maravilhoso.

Quem visita o México, costuma dizer que é recebido por pessoas hospitaleiras. Alegres. O país, colo-nizado pela Espanha, abriga pelo menos 115 milhões de habitantes. 30% são de identidade indígena. O dobro desse número é composto por

DESVENDE O MÉXICO

S

País místico e de cultura festiva, abriga um universo de belezas naturais e oferece diversão aos turistas.

brancos e mestiços de índios com espanhóis. Livre de etnia, a religião católica predomina o território. Uma forte herança dos espanhóis. São muitos os devotos que expõem de suas crenças nas ruas. Também in-teiram a fé apoiados da imagem da Santa Virgem de Guadalupe.

A cultura dessas pessoas é rica e carrega traços característicos. Mes-mo entre eles, os mexicanos são culturalmente reservados. Recata-dos. Não gostam e nem acham certo revelar suas intimidades aos outros. Apesar disso, são festivos. No dia de finados, por exemplo, são donos de um hábito diferente dos de muitos outros cantos do mundo: celebrar a morte. No dia 02 de novembro de todos os anos, os cemitérios mexica-nos se transformam em verdadeiras

praças, que são tomados por um pú-blico feliz e agitado. E a manifestação calorosa vira uma festa. Amigos e familiares preparam oferendas, car-tazes e bonecos em homenagem aos queridos falecidos. Não há choro. Não há luto. Há, unicamente, a bela comemoração à vida dos que já mor-reram. Talvez seja uma oportunidade para que, juntas, essas pessoas pos-sam demonstrar o furor que guardam dentro de si nos dias comuns.

Toda essa graça e toda essa cor passeiam, também, pela capital. São muitas as opções de saídas, que vão da histórica à gastronômica. É comum que comidas apimentadas sejam servidas, pois é o que ajuda a controlar a alta temperatura do cor-po, provocada pela fervorosa condi-ção climática.

TURISMO

Arriba, abajo, al centro y adentro!

Quando a noite cai, o combustível da diversão é a tequila mexicana. A verdadeira tequila. Para quem gosta de festas agitadas, esse é o auge da distração. O bidestilado é feito com o agave azul. A planta é típica do clima seco. Cultivada no estado de Jalisco, em uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes e que leva o mesmo nome da famoso drink. Uma única planta de agave leva, em média, sete

anos para amadurecer. Só depois de maduro ele passa por um processo de cozimento que leva até catorze horas. O gosto é fiel ao do açúcar. Depois disso, a planta é triturada e forma um líquido transformado em álcool. Em seguida, acontece a fer-mentação e o produto é levado à des-tilaria para que, enfim, vire tequila. O litoral mexicano é o principal destino da bebida.

¿Llamanos a Acapulco?

Acapulco é a praia mais próxima da capital mexicana. Banhada pelo oceano pacífico, a cidade glamouro-sa situa-se na costa oeste do país. O local já foi frequentado por estrelas do cinema e da TV desde os anos 50. A partir de então, a região foi escolhi-da para construções de mansões de artistas e de grandes empresários. O conhecido balneário paradisíaco é cercado por uma vasta variedade de mercados e galerias de artesana-to. As hospedagens variam das mais econômicas pousadas até os mais luxuosos resorts. Os restaurantes,

*Júnior Cipriano

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TURISMO

instalados com mesas ao ar livre e vista às baias oferecem prato típico: mariscos.

Quem gosta de ir às compras, tem a opção de ir às tradicionais feiras de artesanatos, produtos e comidas regionais. Aqueles que preferem produtos mais sofisticados podem dirigir-se ao centro comercial – onde há mercadorias de modelo estadu-nidense. Atualmente, as visitas que predominam as praias acapulque-nhas são as nacionais, afinal, outras praias mexicanas ganharam prefe-rência de turistas internacionais.

Cancún: ¿qué tal?

Para desvendar todas as belezas de Cancun, o estrangeiro deve estar disposto a percorrer os 22 quilôme-tros de areia branca que levam-no às águas cristalinas e às paisagens aprazíveis. A cidade, banhada pe-las águas do Caribe, fica no estado de Quintana Roo e é considerada a porta de entrada para o mundo, já que foi parte da antiga civilização do povo maia. Esse é o principal destino turístico mexicano. São pelo menos 3,3 milhões de visitantes por ano. As hospedagens vão desde as mais acessíveis até as mais luxuosas.

Dali a 70 quilômetros, está o par-que ecológico XCaret. Um paraíso para quem sonha em nadar com peixes, golfinhos, tubarões ou ficar cara a cara com animais exóticos. O local lembra cenários de filmes de aventura; a diferença é que tudo é verdadeiro. Uma das atrações é o nado subterrâneo. É possível que o visitante explore-o apenas com cole-tes salva vidas e snorkel. Lá, quando o dia termina, a diversão não acaba. O parque também oferece atrações

culturais aos seus visitantes. Uma de-las é o espetáculo que conta mais da história, cultura e miscigenação dos nativos os espanhóis.

¿Qué hay enCozumel?

Perto dali, a 60 quilômetros do sul de Cancun, está a ilha de Cozumel. Mais um destino perfeito para quem gosta de mergulhar. Nadar nas águas quentes e tranquilas. Não importa o quanto o mergulho seja raso, é possí-vel admirar mais da vida oceânica. A riqueza da fauna marinha faz do pas-seio uma experiência encantadora.

Os hotéis de Cozumel tendem a ser mais em conta. Escolher entre o banho de piscina com vista para o mar ou banho de água salgada é escolha do visitante. E falando em salgado, vale arriscar o “portunhol” para conseguir algum desconto nas compras de produtos, já que boa par-te do comércio é de rua e os preços das mercadorias não são baixos. Os passeios podem ser feitos de táxis, motos ou jipes alugados.

É evidente que o México é um país místico. Há o que refletir em relação ao comportamento e cultura de todo esse povo. O conhecimento histórico pode ser engrandecido durante vi-sitas a museus e idas aos principais monumentos. Talvez a ausência do drama da morte seja por conta do costume que essa gente tem: de sa-ber abrigar e encarar a própria vida. Vida que a alma mexicana transbor-da independente de qualquer recri-minação estadunidense ou qualquer outro problema social e político. E, com o mundo, eles compartilham de suas belezas públicas. É uma dose que vale pra vida inteira.

Como chegar acidade do México:

No Brasil, há voos diretos.

Como chegar aCancún:

Nenhum voo direto para o aeroporto internacional de Cancun parte do Brasil. Empresas aéreas oferecem voos com escala em Chica-go, Washington – nos Es-tados Unidos. Outras duas opções são as escalas em Lima, no Peru ou na Cidade do México.

A zona hoteleira de Can-cun está a 20 quilômetros do aeroporto. O trajeto pode ser feito de ônibus de linha, translado do hotel, carro alu-gado ou táxi.

Para conseguir o visto me-xicano é fácil: basta acessar o site www.inm.gob.mx. Em seguida, preencher e impri-mir uma autorização eletrô-nica.

• Moeda local: peso. O dólar norte-americano é aceito em vários estabeleci-mentos, mas o troco é devol-vido em moeda mexicana.

•Mais informações do parque XCaret:

www.xcaret.com

*Matéria gentilmente cedida pelo jornalista Júnior Cipriano.

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CULTURAL

agendacultural

Dezembro é mês de festas, confraternização e também de fazer um balanço do ano que passou e se preparar para as novas conquistas do ano que se inicia. Fazer atividades culturais como ler um livro, ver um filme ou assistir a uma peça de teatro ajudam a aliviar o estresse do dia-a-dia para que assim consigamos organizar melhor as ideias. Para te ajudar a relaxar, a Informação Digital traz algumas indicações dos lançamentos pro-gramados para a grande tela neste mês, confira:

À Procura do Amor (Enough Said)Elenco: James Gandolfini, Julia Louis-Dreyfus, Toni Collette, Lennie Loftin, Jessica St. Clair, Christopher Nich-olas Smith, Tracey Fairaway, Ben Falcone, Michaela Watkins, Catherine Keener, Phillip Brock, Tavi Gevinson.Direção: Nicole HolofcenerGênero: ComédiaSinopse: Último filme de Gandolfini, que morreu em 19 de junho, À Procura do Amor conta a história de uma mãe solteira e divorciada, Eva (Julia Louis-Dreyfus) que passa seus dias trabalhando como massagista e temendo a partida de sua filha para a faculdade. Ela conhece Albert (James Gandolfini), um homem gentil e engraçado que também está prestes a enfrentar o ninho vazio. Enquanto seu romance floresce rapida-mente, Eva conhece Marianne (Catherine Keener), sua nova cliente e melhor amiga. Marianne é uma bela poeta, que parece “quase perfeita”, exceto por um pequeno detalhe: reclama demais de seu ex-marido. De repente, Eva se encontra duvidando de sua própria relação com Albert, quando descobre a verdade sobre o marido de Marianne. À Procura do Amor é uma comédia afiada e introspectiva que explora a confusão de se envolver novamente.

A Última Viagem a Vegas (Last Vegas)Elenco: Morgan Freeman, Robert De Niro, Michael Douglas, Kevin Kline, April Billingsley, Dane Davenport, Jerry Ferrara, Mary Steenburgen, Noah Harden, Phillip Wampler, Ric Reitz, Romany Malco.Direção: Jon TurteltaubGênero: ComédiaSinopse: Estrelado por quatro atores vencedores do Oscar, o filme apresenta Billy (Michael Douglas), Paddy (Robert De Niro), Archie (Morgan Freeman) e Sam (Kevin Kline), amigos desde a infância. Billy, o solteirão compromissado do grupo, finalmente pede em casamento sua namorada de trinta e poucos anos e os qua-tro vão a Las Vegas com planos de parar de agir como velhos e reviver seus dias de glória. No entanto, ao chegar, os quatro rapidamente percebem que as décadas tem transformado a Cidade do Pecado e testado suas amizades de várias formas que nunca imaginaram.

Anita (Anita & Garibaldi)Elenco: Ana Paula Arósio, Gabriel Braga Nunes, Antonio Buil, Alexandre Rodrigues, Paulo Cesar Peréio, Leonardo Medeiros.Direção: Alberto RondalliGênero: AventuraSinopse: Em “Anita e Garibaldi” é a primeira vez que a saga libertária de Garibaldi na América se transforma num grande filme de época. Os treze anos de Giuseppe Garibaldi no Brasil, Argentina e Uruguai foram anos de uma aventura sem igual. Ana Maria de Jesus Ribeiro, Anita, foi uma mulher à frente de seu tempo. Vestindo calças e liderando as tropas em batalha, surpreendeu até mesmo Garibaldi. Anita tinha consciên-cia precisa da guerrilha e da situação política. Lutou por amor a Garibaldi, mas principalmente pela causa.

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oras e horas na frente do computador sem se alongar, longos períodos mexendo em tablets ou

celulares podem causar dores que, ao longo prazo, podem se tornar in-cômodos frequentes. Ao conjunto de doenças causadas por esses esfor-ços repetitivos dá-se o nome de LER (Lesões por Esforços Repetitivos), mas também podem ser conhecidas por lesão por trauma cumulativo. Dentre as mais comuns estão tenos-sinovite, tendenite, bursite e outras doenças.

Embora conhecida há mais de 100 anos, as LER tornaram-se, a partir da década de 1990, muito frequentes devido ao advento da informática e dos computadores, justamente por isso, muitos estudiosos e instituições já preferem chamar as LER de DORT

SAÚDE

Pequenasmudanças

que fazem a diferença

Alterar alguns hábitos pode evitar as denominadas Lesões porEsforços Repetitivos (LER)

(Doenças Osteomusculares Relacio-nadas ao Trabalho). Muitas delas po-dem ser causadas por esforço repe-titivo devido à má postura, stress ou trabalho excessivo. Também certos esportes se praticados intensivamen-te podem causar LER.

Sintomas Geralmente os sintomas são de

evolução insidiosa até serem clara-mente percebidos. Com frequência, esses sintomas são desencadea-dos ou agravados após períodos de maior quantidade de trabalho ou jor-nadas prolongadas. As queixas mais comuns do portador de LER são: dor localizada, irradiada ou generalizada; desconforto; fadiga; sensação de peso; formigamento; dormência; sen-sação de diminuição de força; incha-

ço; enrijecimento muscular; choques nos membros e falta de firmeza nas mãos.

Prevenção Uma das maneiras de evitar que

esta lesão se instale é identificar ta-refas, ferramentas ou situações que causam dor ou desconforto, por isso, é importante fazer um reveza-mento nas tarefas realizadas no dia--a-dia, principalmente no ambiente de trabalho. Caso não seja possível alternar as atividades, faça pausas obrigatórias de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, evitando ultra-passar 6 horas de trabalho diário de digitação. Além disso, é importante adotar posturas corretas e levantar--se de tempos em tempos para poder movimentar as pernas.

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