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LEONARDO KOURY MARTINS COM LIBERDADE livro de poesias

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LEONARDO KOURY MARTINS

COM LIBERDADE livro de poesias

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Este Livro em mídia eletrônica tem como princípio o fomento da forma de vida mais importante do mundo, a liberdade.

A liberdade é a única expressão de que se é possível se manifestar como humano. Ser humano é propiciar sonhos, desejos, pensamentos e atitudes que apenas com a Liberdade se é possível.

Apenas com a Liberdade podemos sair da cadeia de nossas cabeças e produzir para nós e para o mundo a realização do que temos em mente, criar e trazer ao mundo a mais honesta construção, a nossa vontade de mudança.

Não pode existir outro mundo sem dialogar o que é Liberdade, digo a Liberdade que começa com a letra maiúscula, pois a “liberdade” capitalista existe apenas no consumo, diminuída pelas aspas e pela “minusculidade” de não se traduzir pelo que realmente é.

Liberdade só pode existir quando convicta de que não se faz daquela letra minúscula que se pensa o “indivíduo” o “sozinho”, pois só pode existir essa Liberdade se for coletivamente e apostada nas construções de uma pluralidade que busca um mundo igualitário na sua exposição e diversificado na sua subjetividade.

Do que seria a humanidade, se não fosse o desejo de ter a Liberdade como seu maximo significado.

COM LIBERDADE livro de poesias

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Licença Aberta para reprodução do conteúdo: ©Todos os direitos reservados ao autor: Leonardo Koury MartinsLei nº 9610 de 1998E-book 2013

Dedicado a FK e BVKmuito especiais e eternos..

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Liberdade ao povo brasileiro

Aquele Silva que se chama povoQue da luta a silva se faz,Que busca no horizonte o passadoE seu passado não lembra mais.

Hoje é povo vencido, pelo capitalismoQue acorda de dia para sobreviver.

Ontem escravo perdido,Nordestino sofridoSem pão para comer.

Mas quem sabe juntos na lutaDas portas das fábricas e lojas e construçõesSe dirigindo as mesmas ruas,Manifestações irão provocar.

Para que estes silvas, da selvas que um diaSua própria batalha terão fim para comemorar.Pois a luta termina quando menos se espera e entãoTerão sim para dizer num país mais justo E sem opressão.

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Com o sentimento aquecido

Parte a cada passoMeus olhos escorremA solidão.

A cada olharVejo sua saídaE a despedidaNão quero mais não.

Desejo te procurar,Mas teu endereçoEu não sei não.Posso pelo teu cheiroTe achar.Mas não seiSe me queresE então.

Eu conheçoTeus hábitos,Teus contornosE seus lábios.As batidas do seu coração.

Mas eis um diaSe da distância cansar,Voltarei e ireiTe encontrar,Porque nossa distânciaDestoa qualquer canção.

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A chegada partida

E na vida,corrida,sofrida.

Não há esperança,quando se antes da chegadase espera a despedida.

E encontro vocêna contra mão,esquecida.

Porem, você pode sera minha saída.

Que é teu nome,proclamo a todosque buscam escutar,porem, demora a chegadae a despedidade te encontrar.

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Soneto de Coração partido

Meu coração agora anda partidopor algo que a dor não traduznem mesmo o perdão vem com a cruzda igreja de um endereço esquecido

O deposito de amor, em mim vívido.o que me faz escrever e a vida conduzpara mostrar que nossa união "faz juz"aos poemas meus que tens sempre lido

Não seria partido pela angustia fatalnem mesmo pelas magoas da não verdadepode ser que eu também não seja normal

Porem, parte meu peito é a saudadeum poeta vive o dia a dia e o irrealmas eu, busco em nós apenas a eternidade.

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Eu giro

na sua boca eu deliromeu coração acelerae começa o giroo desejopensar em teu beijopensar em vocêno teu corpono teu calorno teu amor.

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Ser distante presente

E ser distante presente,magoa o coração da gente.as suas diferençassão minhas diferenças,não conheço bem vocêmas quem conheces bemo outro.

Noutra historia talvezsejamos menos displicentespelo que está ligando a gente.Pode vir o frio ou no aruma corrente que varra tudodas terras da gente.

Dai nos encontramose seguimos em frente.Sempre haverá tempopara quem quer seguirem frente.

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Versos simples

versos simplesmedida perfeitanum sol, teu sorrisoo mundo se ajeita.

te ter, seria impossívelporem quero perto estaro mundo pode serimprevisível,porem difícil de mimvocê gostar.

E te querer, lhe desejarteu perfume faz ser contemplaçãoe assim eu vou ficarperdido em teu sorrisonas ondas do mar.

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Malvada e Coitadinho

E ela, seu jeito caiçara,selvagem e cruel,

Eu, que também vim de longe,não sou nenhum mongenem busco o céu.Entre a malvada e o coitadinho,as aves que se alimentam de ovose os passaros que morrem nos ninhos,lições que a vida ensinapara nos emancipar.

Você e eu, quero-te em meu caminho,no despertar abri teu pergaminhoe escrevi em todas as páginasque de ti venho a gostar.

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Platonismo

E eu que nos seu olhos percoentre o caminho dos teus lábiose do seu coração.

Perco no platônico perfeitomesmo não tendo o direitofico na solidão.

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Suicídio

Suicídio é uma forma de desprender do passadoRenegar o que parecia estar acabadoBurlar as regras que te empoe uma vidaVida que te levou a assassinar a solidão.

Para que viver,Viver pode também ser sofrerE a distância a cada diaParece prevalecer.

Daí disponho de sonhos,Mas sonhos não alimentamMeu coração.Para os outros, meus pensamentos medonhosNão conseguem dizer sim,Se calam no primeiro não.

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Um amor, o amor

Um amor, meu atual e único amoronde palavras não seriam suficientessão inúteis perto das batidas do coraçãosão frágeis perto do tom de vozdo nervosismoe da saudade,que sinto paixão, calor, alegriaserenidade.

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Desejo mais doses de você

Me contento ao acaso,sem data e sem nomeaonde a esperatransformao sentimento dos homens.

E sinto o teu cheiro,que não me basta poucos encontrosnem mesmo apenas tua voz.

Quero te eternizar,mas além de versos e lembranças.Quero me degustar da tua presençae deixar em marcas de meu corpotuas unhas espostas diariamente,me fazer de um jeito loucoe perder minha voz, ficar rouco.

E no fim, me aliviareiirei ao nirvana e volterei.Não ficarei nos ceús eternamenteporque gosto da realidade,onde simplesmentesei que és de verdade.

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Poema de Bom dia

E se pudesse escolher ao clarõesda madrugada, ao meio de chuva e trovoada, esperaria o final da escuridão, pois antes que tardia, poderia lhe dizer bom dia.

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Poema sensível

Que amor é esse, feroz e sensivel, fatal ou previsivel que nao vê do seu nao um sim.

Que amor é esseque ultrapassa a distânciae continua assim.

Não se importa com o tempo,que se torna rude, beloque é duro mas se abalacom o vento.

Que amor é esseque ignora o dinheiro,mas nao resiste aos teus desejose pensamentos.

Que mesmo longe é pertoe mesmo sem materianão morre.

Porque é abstratopois é sentimento. 16

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Subterfúgio

Escondo a todo instanteTiro e despisto tal semblanteE camuflo a todo o momentoSaio sem perceber que o tempoPode mesmo que apesar de todaA força esconderQue sangra o meu peitoAi que dor.Este sentimentoQue se chama amor.

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Ladrilhando

Lada,Ladrilha,O ladrãoQue rouba a jóiaQue brilha.

Sua pele escuraSua boca muda,Que apenas murmuraA injustiça vivida.

E vem a políciaCom sua matilha,Que busca pistasDaquele que roubaEm pleno dia.

E como nãoSem esquecerDos hábitos da ditaduraAo escurecerLembranças da torturaUma nova escravidão,Que confessa sim,Mesmo sendo um não.

Mas o que eraPor conta de um,

Aglomera mais unsE começa a se organizar.

Tal crime vira rotinaComo Guantánamo

Não dá pra todos teremUma ilha,

Para o crime amargamenteConfessar.

E aqueles que sobramCom medo da opressão

Continuam a rua fazerPara os cães ali pisar.

E com todo pesar,Aquele escuro então

Escondia-se no medoDa nossa quase intenção.

De negar à históriaDos ricos que com nosso sangue

Sujaram suas mãos.

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Ausente Para romper tal ausência que teu peito urge, sinta-me de forma profunda, na qual teus lábios falarão meu nome, e quando tais sentimental fico melhor serei, por te querer. Existe muitas maneiras de amar, mas só a saudade para fazer-se perceber.

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Soneto apaixonado

Contei sobre você para meu coraçãoE ao ouvir teu nome, bateu mais forteAcelerou entre a vida e a morteE seu som, tornou-se canção.

Não sei se seria esta a intençãoAs feridas se reduziram num pequeno corteA bússola marcava sul, agora ao norteAssim resolvi contar a minha versão.

Queria dizer que melhor que a calmariaÉ deixar o amor viver sem a chuva para destruirPois a paixão pode ser uma tempestade avassaladora.

Saber de tua existência me traz alegriaE vale muito o teu carinho insistirOnde te querer é poetizar de forma encantadora.

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Latino americano

A unidade se faz quando percebemosQue a história que igualmente temosE o mundo que juntos queremosApenas coletivamente poderemos buscar.

No passado de invasões européiasE nos golpes estadunidenses provocadosNos governos militares que nos deixavam caladosRompemos e não queremos a essa história voltar.

Um continente presente em luta e rebeliõesCom sangue latino lavando diversas escravidõesQue vão dos navios negreiros a farsa do sistema capitalista

Porem a revolta que se transforma em luta nos coraçõesMarcados pelo orgulho latino e pelas inúmeras paixõesDe um mundo melhor e possível sempre a nossa vista.

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CORAÇÃO DANÇANTE

Corre nas veias minhase escorre entre as tuasde forma vibrante.

Não sabe onde escondee em que momento acelera,não são bytes, nem voltsmas suas voltas percorree me desesperada imensa saudadeque se encontramanifestante.

Por toda essa manifestação,que percorreu-seentre as curvas do meu coraçãode forma a se latejar.

E tanto bate,como se pode percebermeu coração dançantetreme em meu peitotoda vez que te vê.

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Extrema necessidade de você

Preciso te encontrar agoraE nesse instante olhar em vocêE perceber pela sua respiraçãoO que tens imaginado longe de mim.

Preciso estar perto de tiPara que ao olhar em teus olhosPossa em palavras sincerasDescrever meus sentimentosQue por ti guardo há tempos.

Dizer que teu sorriso, contemploE a cada dia sem o mesmoMuita falta sinto.

Dizer que seu calor me aqueceE que a distância é uma mentiraQue me traz a saudadeE para não sofrer digo que estou bemPorem você sabe que eu minto.

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E solta os olhos

Aquele sentimento que solta os olhos,Arde em meu peito, que a qualquer tempoQue se manifesta a qualquer horaE na sua falta a solidão me consomeE na sua presença você me ignora.Se não me der valor, não te dou meu sorrisoE neste último aviso, digo que não vou te procurarE se no futuro você me encontrar, me beijeQue esqueço tudo que passou e viverei o agora.E caso teu olhar no instante não me enxergarViro as costas e como cheguei irei embora.

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As Flores

Já sofri por tiros, por cortes,perdi mais que ganhei,senti na vida muitas dores.

Porem aprendi a nãopisar nas flores.

Não se deve dispensar aquelaque de sua forma singelanos serve de tantos favores.

Como assim se fazem os sinosque no seu incomodo contínuonos recebem com carinho.

E como as frutas nos alimentamnos dando a grande esperançade estarmos de pé para novos amores.

Assim são as flores.

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Poema da negação

E não adiantava você novamente pedirPara que um poema a ti eu não escrevessePode dizer que não queira e por isso insistirQue desobedeço mesmo que não merecesse.

Pode até não ler, não gostar, podes fingir.Pode dizer que leu e teu coração adoecesseMas não adianta, pois eu vou persistirMesmo dizendo que existe desinteresse.

Pois apenas escrevo o que está no meu coração.O que em você observo e me contento.Com apenas em ti pensar e também observar.

Poema pode apenas para ti ser uma invenção.Tento descrever tua alma que em meu pensamento.Não faz nada além de fingir que não quer me amar.

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Livre arbítrio

Pense bem o que querPrender nas garras da moralNessa idéia que oprime por nadaSeu corpo uma propriedade privadaDizendo ser uma vontade racional

O que você diz por racionalidadePara mim pura vaidadeQue criaste a te justificar.

Amor, corpo não é fruto da razãoNem ele, menos ainda a almaTanto quanto diríamos o prazer.

Estes todos vêm da emoçãoQue apenas a liberdade os acalmaE presos estão prestes a adoecer.

Me ganhe, para ao paraíso padecerMas ao me prender, tentarei te esquecer.

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Solidão

Acordei, sentindo o frionada de novo, espaço vazio.

Na cama? Não.No coração!

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Poetizei

Pela necessidade de não saber dizer tudo que sentiaPercebi que entre meus dedos, meus sentimentos, no que não seiPoderia produzir idéias,construir conceitos,mudar pensamentosQue para isso, por não saber o que poderia saber, poetizei.

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Soneto de tua ausência

Quero procurar vocêmas já iste embora,fico triste pois logo agoraque poderiamos nos entender.

Tua ausência me faz percebero porque meu peito choracada segundo parece que demorana tua falta não sei o que fazer.

A tua importância me negatodo amor que antes tivee agora estou sozinho.

O nosso fim agora me cegaapenas olho por dentro, não estou livreme perdi por não te achar no caminho.

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Quanto dura?

Quanto dura?O amor que não curae corroe meus sentimentose que a todo momento,meus olhar a ti procura. Ninguem se cuida,e eu procurando você.Não consigo entenderporque perdura. Este sentimento que do nada,me invade, me fura.Entre o amor, o vazio,entre a saudade, a vontadee a loucura. Quanto dura?querer ter a junçãode minha almacom a alma tua.

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Quase pecado

Vem do nadaE eu caladoPresentía em teu olharEm teus gestosTeus passosO pecado que ao teu ladoIria probar.Porem, nada tu prometes-teMas ao lembrar destePossível ex acontecidoNão me sentí reprimido.Mulher, fique com teu olhar,Teus passos e teus gestos.E eu, poeta me satisfaçoEm ficar com meus versos.

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Sem destino e sentido

Que compromisso é esteDe olhar tão vazio,Causa-me certo arrepioO modo de luta que escolheste

Não tem compromissoCom o povo, e querMe dizer que do meu ladoLutará contra a desigualdadeQue o mundo tem pontuado?

Palavras vazias de lutaAções de muita repressão.No fim a luta de classeDo meu lado não estarias não.

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Cotidiano

No meu rosto toca a brisaDo mar que fala mais forteE que no fim me angustiaOh, não tive muita sorte.

Vou vivendo a cada diaSei que nasci a seguir ao norteVou deixando para a poesiaMe diferenciar entre vida e morte.

Como em minas, antes tardiaNa cicatriz me marcam os cortesRenego toda e qualquer liturgiaQue busque comparar por parteAs coisas que se vivencia.

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A parada

A cada estação que passoVejo você na parada,Mas continuo no tremVou seguindo minha jornada.Meu peito “trupica” de saudadeMe causa suor aflição.Da vontade de descerDe ir na tua estação lhe falarDo que causas a meu coraçãoGostaria de ouvir muitos simE apenas um único não.Os sim são de comigo Para sempre ficarE o não é que não iriasMe abandonaráPois tenho medo da solidão.

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Tarde em Ipanema

São momentos como esteQue para sempre vou eternizarAbaixo da sobra da árvoreSentido a brisa leve que passaE tendo aos olhos a pintura do mar.

E ter ao lado um grande amorQue todos os meus desejosA figura dela vão se encontrarNem se tivesse mil vidas esqueceriaEste pôr-do-sol que está a começar.

Nada mais agora queroApenas que meus pensamentosNeste retrato possa estar.Imagem tão viva que nesta poesiaJamais deixaria de aqui contemplar.

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Quando morro

A morte é algo engraçado,Pois ao longo dos tempos pelos artistas é algo eternizado.No nosso casoé mais interessante,Não sou artista, mas estes versos me permitem descerverOs nossos instantes.

Quando chegas a mim ao ver o clarão do dia,Morro de tanto louvor.Encanto com teus olhos e morro por tanta sensibilidade.

Mas iste embora. Morro de tanta ansiedade.Daí o telefone toca, a novidade. Só por ouvir sua voz, morro de amorE quando o telefone desliga, volto ao zero, morro de saudade.

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A chegada das rosas

A chegada de uma pessoa queridaAlegra a vida, a deixa mais bonitaQue como se fossem rosasPerfumariam nosso jardim.

E é neste teu perfumeEscrevo assim.

Alegre e cantando a glóriaDe mais um dia eternizar nossa históriaVou vivendo esperando você para mim.

Mesmo que falem que as rosas não falamPor mais que apenas perfumes exalamNão as deixarei sozinhas enfim.

Esperaremos juntos uma nova expressãoEternizada em nosso coraçãoComo o poema sugere no fim.

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Ateu

Se você acredita na força coletivaQue nenhum ser é tão grande a ponto de ser maior do que todos os outros.Que o destino é mudado pelas relaçõesconstruídas no cotidiano e transformadashistoricamente.

Além disso tudo,que as coisas não caemdo céu.Se não percebeu.

És Ateu.

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Ousada

Ousada,ah, como és ousada,que tira suspirose me da vontadedo nada.

Que me desorientae me deixa com a emoção abalada.

Que no teu corpo gostosoe teus suspirosme perco.E te deixo atordoada.

Ousada,neste olhar,como és safada.

Que em poucos gemidosarrepio e nossos atritosme deixa a face calada.

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Das fantasias ao dia a dia

Não consigo esquecere não paro de pensarneste dia.

Não importa o tomda canção que tocano fundo de nossas palavras.

Dos gestos, teu jeito,da vida que antes queria.

Das fantasiasao dia a dia.

No ritmo das batidasdo meu coraçãoque nesta cançãoeu tanto queria.

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Soneto de Curitiba

Foi no momento em que caísteCom todo calor em meus braçosQue entendi o que havia mudadoTu transformaste meu coração.

O sentimento de vazio está acabadoE eu, ao sentir tuas lágrimas caladoNão preciso dizer o que sintoPois já me entrego numa calma respiração.

Como não contemplar teu beijoQue ganhei depois do sorriso e do olharNuma noite profundamente linda.

Perdi o juízo e me encostei-me a este desejoE que por mais que tente expressarVenho a toda noite esperando tua vinda.

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Carpinteiro

Em forma de carpinteiroMeu universo terreiroE o planeta terraA minha quase perfeição.

Pois se não fosse à desigualdadeAs relações de não paridadeSeria uma esculturaMas não.

Ainda moldo, a talhoPara que nesta poesiaEu como carpinteiroPossa com meu ofícioLhe desejar um ótimo dia.

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Permamente

Você tem exatamenteA dose certa de emoçãoQue reviva a poesiaE antes que tardiaCada gota bate no coração.

Neste mundo que criampaixão

Mas certamente marcadoPela cruel opressãoNa dualidade entre trabalhadorE patrão.

Cada dia me convenço da revolução tão esperada.Na qual trabalhadores não mais viveriamCom as migalhas deixadas.

mosDotado de temor e co

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Instante

Não pergunteO porquê meus olhosPararam nos teus.Nem queiras saberO porquê neste momentoTamanho foi o sentimentoQue meu coração,Até parou de bater.

Até parou de bater.

Não lhe responderiaMas ao decorrerDa nossa poesiaEstes dois minutosPararam a minha vidaE nos deixaramMudos.

E você foi embora.

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Proporção

E meu coração continuaNo aperto do pensamento,Pequeno que neste momentoEsconde de mim.

Tão pequeno que nem sintoQue está chegando ao fim.

Porem é tão vasta minhaEsperança que tudo passe,Imensa a vontade deAssim não mais ficar.

Entre um pequeno coraçãoE uma grande vontade.A tristeza se torna inspiradoraE tão não menos encantadoraDo que a saudosa felicidade.

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Amores Obscuros

Eu te amo e tu não sabesmas eu canto e tu não ouves.Te amo secretamente,para que ninguém saibao porque dos meus humildes versos.

Só o silêncio revela este ritmode minhas estrofes aonde traduzemo infinito do meu coração.

Fico disfarçando, mas te olho,isso tudo acontece para que todosnão percebam essa sutil contemplaçãoque traz a mim teu perfume.

Acho que pareço a Lua que ama o Sol,na aparente distância que nos uni.

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No que se esconde

Passarei grande parte da minha vidaBuscando entender os meus desejosEscondidos pelo tempo concretoDe tudo que eu não vejo. Existe sim, alguma coisa escondidaQue na utopia busquei encontrarMuito além do arredor do meu lar Nada que está aos olhos já me satisfaziaDeveria ser além da métrica de qualquer poesia. Não perdi a vontade da transformaçãoQue no desconhecido descobri a mudançaConcretiza o movimento eternizadoDe que vale o estável se nada é parado. Quando sonhamos muito além de dormindo.Sonhamos acordados. Pelo movimento, desejo no lugar do ventoAlgum momento, um grande tufão,Na calmaria dos rios, correntezasQue me levem para além da razãoPara que a racionalidade,Se eu posso na minha intensidadeDeixar bater mais forte meu coração. Além das coisas do dia a dia,

Sou crédulo em minhas utopias.

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Tempos

Do que valeriase não fosse o fim do diao nascer da Lua tirandoo brilho do Sol.

Se não fosse na sua companhiao pôr-do-sol não teriaseu olhar alaranjadoe menos aindaseria a mimtão observado.

Seus olhos sim,com o tempo me fazem verminha face esmaecere para dentro de timeus sentimentos entrarem.

Não podem nunca negaremnossos olharesmesmo aquelesque não nos deixam amaros que insistem em nos dizem não.

Somente os tempos traduzemo novo dia, uma nova vida,e até na poesia a intenção.

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O poder do dinheiro

E assim me vi sozinho,Percebendo que a humanidadeNão tem si quer fraternidadePois ninguém percorre junto No mesmo caminho.

Poético, fraterno,De que vale o custoDo seu terno.

Não vem em minha menteAcreditar no teu olhar inocenteEsconde sujeiras queSe enriquece, alma demente.

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Todos os sentidos

Um pequeno versoBrinca com seus sentidos.Se eu poetizasseUsaria os ouvidos.

Se eu fosse visualizá-loO enxergaria a dança Das rimas.

Sem o seu perfume,Não teria o porquê de escrevê-lo.

Porem, sem sentir tua alma,Pensar na tua voz calma.Interesse não teria.

E se meus olhos não a enxergasse?O tato eu certamente iria utilizar.Para que com as mãos o braile visualizasseE pudesse ao longo do poemaTe imaginar.

Se não fosse isso.Ou se tivesse Te esquecido;Não teria sentido.

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Não sei dançar

Eu não sei dançar,Assim começa minha agoniaLhe ver dançando, e eu sentadoCom cara de apaixonado,No olhar dos seus movimentosFico calado.

Dizer o que, o que poderia falar,Se ao contratempo não sei dançarQueria aprender alguns passosQue mexessem com o ritmoDo seu coração.

Continuo aqui, parado.E não perdendo tempoEntre a caneta e o guardanapoEscrevo que não sei dançar,Mas farei questão de lhe acompanharAo sair deste salão.

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Entre o chão e as estrelas

Entre o chão e as estrelasMuitos caminhos eu tenho a percorrer,Ao olhar do chão, o sentimentoDe poder vê-las.Mas como seria se pudesseOlhar para o chão das estrelas.

Agora que voei mais altoPude de perto percebê-las.Não tem mais nada,Nem fronteiras.Como se pode caminharApenas no chão?Se não existe fimSó barreiras.

As estrelas são mais livres,Caminhos abertosA cada movimento.Não se pode ir muito longeAndando pelo chão,Mas voando pelas estrelasPercebemos queDiferente do chãoTudo é todo momento.Ainda eu não consegui voar,Enquanto não vôo, Levo este ensinamento,Guardo comigoEm meu pensamento.

Quando desejar caminhar,No chão se continuar a olharPouco conseguirei perceber.Porem se quando andarSe nas estrelas eu me guiarPoderei ultrapassarE percorrer os caminhosDo meu sentimento.

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Em dias secretos de escondidos versos

E sai correndo do que estava sentindoNão era mentira nem mesmo descasoMas senti-me acabado, um tanto deslocadoDe um coração que não me cabe. Eu sei que você não sabe,Mas as noites que esperei e não viesteOs dias que me arrumei e não vieste despir.E sem jogar a tua face às vezes que me caleiPara não contar a todas que só te olheiNem mesmo a contar ao mundo os diasQue contigo escondido passei. Mas de uma coisa você tem noçãoQue tudo isso foi na intençãoDe seus lábios não abandonar. Nem mesmo o som da mais triste cançãoIrá apagar a estrela que a esperança a de ficar. Que se não for este nosso amorNão terei alguém para que nunca possa saberAs noites que perderei ainda lembrando os dias secretosQue de tantas palavras doces transformam em versosDe decretam nada mais do que você.

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Marcas

As marcas que encontram em minha peleÉ mais profunda, me atordoa.Rompe toda condição e não se limpaCom nenhum tecido enobrecido.

São cicatrizes que nessa hora afloraA saudade que eu sintoO caminho das lágrimasQue percorrem meu peitoE não tem jeitoNunca tive algo parecido.

Essas marcas em mimTem a forma de seus olhosLembram-me teus gemidosE apenas faz sentidoPor não ter fim.Por você estar nelas assimAs marcas não são apenas minhasPois te desenham em mim.

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Raio de Sol

Não preocupes com meus olhosQuando enxergo com o coraçãoE ele so lhe ve a dois.

Não guio a minha caminhadaPelo olhar, mas caminho por pensamentos.

Do que adianta enxergar estradasSe as mesmas não fazem sentidoTe olhei por dentro,Por ter a dois um so sentimento.Por termos em um só existido.

Então lhe coloco um desafio,Como conseguira enxergarSe olhaste apenas com os olhosSem antes ao coração perguntar.

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Um só

Queria a habilidade De mudar o mundo.Queria a sabedoriaDe fazê-lo melhor.

Se não tiver tamanhasDesenvolturasQue ao menos Uma só habilidadeDe dar a nós a felicidade.

No desejo profundoSentimento únicoDe ao menos transformarNós dois em um só.

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Sensível

No cair da chuva descobriO quanto é bom você comigoNo frio meus braços te encobertamTão bom você aqui.Perto de mim.

O escuro la fora apenas esclareceQue enquanto o dia acabaSeus olhos tomam minha atençãoE nem percebo a lentidãoEm que anoitece.

Se acreditasse em alguma preceOu se ao menos esse amorEu entendesseMas apenas conheço de flor.

Deixei para chuva levarToda dor que insistiu em nos rodiarDeixei a chuva todo mal limparE nos seus braços explicito intenções.

No seu calor fico sensívelAo conjunto de sensaçõesDe crer que ser feliz é transformarO distante em possível.

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Soneto de um dia ser pouco

Faria de tudo para que um dianão pudesse te perder e tudovocê é algo mais valioso do mundopresa mais rara, exposta em poesia.

Queria lhe ter perto, e tardianão sei pensar em ti sem ver o futurodo que adianta olhar um minutose tenho você em minhas fantasias.

Sentir sua falta, um minuto é poucopara quem eternamente quer sua companiana saudade que me faz sua despedia.

E ja começa do acenar do fim do diaquando me deixa e meu corpo soltosente falta, delira a distância, fico louco.

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O pescoço de uma mulher

O pescoço de uma mulher está na mediana de tê-la toda ou apenas sua boca, de arrepiar pela nuca ou apenas dizer pela orelha algo secreto que não se pode dizer ao corpo todo.

Do sentir o cheiro do perfume ou marcar com a mordida algo que desaparece, porque são apenas marcas mas não podem deixar de serem esquecidas pelo momento porque está entre os seios e os ombros e aos olhos, mas sempre acima do coração.

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Nosso amor já não cabe mais no papel!

1 de Novembro de 2012

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Poesia é saudade e amor descritos,em versos e prosas, que cheiram a rosase assustam como gritos.Do que pensas meu coração nasce a poesia,da tristeza que encaro nasce a esperança..De que vale tudo ser positivo nesta vida..Se a saudade é amor misturado com lembrança.

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Descrito

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No tamanho vazioQue se entende a falta de pioNo silêncio que me crioSó me resta lembrar.

Essa falta não mais é estranhaMas a saudade que na ausênciaSe espalha, me ganha.

Não.Não posso me acostumar.

Na esperançaA coragem se apega.Toda a solidão se nega,Para não desanimar.

Tudo é bem mais que um retrato.Que quando humanizado,Deixa de decorar o vazio do quartoPara sonhar em mais um dia,Na espera de teu lugar ocupar..

Retraído

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Flores,o que seriam das flores sem o jardim.O que seriam dos jardins sem a natureza.E para que natureza se nela existem pessoas,que não podem viver.

Não seriam Flores!

sem poesia e sem amor

Flores

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5065

Eu não consigo imaginar qualquer caminho se não estiver segurando sua mão.

Eu não consigo perceber qualquer ritmo se não for contigo ouvindo alguma canção.

Eu não me imagino dormindo sozinho sem você acompanhando meus sonhos.

E eu aqui e você ai.Quando me vejo sozinho no espelho, vejo a solidão que somos.

Ando pensando no plural, nós, Porém ecoa apenas, minha voz.

O que nos resta

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Por mais que eu façaE mesmo que não o faça,Nunca vi tantodescontentamento.

Eu, amo-te ao eterno,E seu olhar não nego,Vigia até meusPensamentos.

Ciumes não está em fazer,Não está nas minhas atitudesOu no meu olhar.

Ciumes,Como de costumeNão está nas minhas açõesE sim no seu imaginar.

Ciumes

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Mãe e Filho

Que sinto de mais puro e belo,o sentimento mais sincero,o olhar que tanto me emociona,e no me satisfazer apenas espero,um amor assim sempre contemplar.

Contemplo,Mãe e Filho, não aguento,poesias são meus argumentospara este amor admirar.

Não seria proteção, mas sim cuidado.Família, como esta resguardoao livre desabafo do abraçoe do lado de quemqueremos para sempreestar.

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©Todos os direitos reservados ao autor: Leonardo Koury Martins

Lei nº 9610 de 1998

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