clube corretores de seguro rj - ed 20

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i Os dias de vulnerabilidade dos 20 milhões de veículos com mais de cinco anos de uso que, segundo dados da FenSeg, circulam sem segu- ro no país, estão contados. Encerrada a consulta pública realizada pela Susep em janeiro, os corretores reúnem expectativas sobre a regulamen- tação do seguro popular de automóvel. As minhas são positivas: o novo produto, além de oferecer a tão negada cobertura a veículos mais antigos, permitirá a utilização de peças usadas nos consertos, o que pode dimi- nuir em até 30% o preço do seguro nesses casos. O mercado de seguros colhe os frutos da Lei do Desmonte, que asse- gura a origem legal dessas peças, e assim se acende uma luz no fim do túnel para a venda do seguro auto. Abre-se um novo nicho de consumi- dores em potencial, até então pouco atendidos e que, por falta de opção, acabavam nas garras das chamadas “associações de proteção veicular.” O setor dá, assim, mais um passo na direção do combate a essa prática, que oferece produtos fora das normas estabelecidas pela Susep e ilude o consumidor, já muito confrontada pela diretoria do Clube dos Corretores do Rio de Janeiro. O cenário conta ainda com a promessa de uma redução significativa nos casos de roubos e furtos no país, que chegaram a 505 mil veículos em 2015, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública. Com a fisca- lização dos desmontes, principal destino de veículos roubados antes da lei específica, e o repasse de peças usadas estimulado pelo seguro popular de automóvel, temos uma equação perfeita para um futuro próximo com menor sinistralidade. As boas notícias nos dão fôlego para continuar trabalhando em prol das boas práticas na venda de seguros, na qual nós, corretores e correto- ras, somos protagonistas. Jayme Torres Presidente do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro Seguro popular nformativo Ano 3 - Número 20 - Março de 2016 PÁGINA 3 PÁGINA 4 Clube Corretores de Seguros RIO DE JANEIRO PÁGINA 2 Amilcar Vianna representa os corretores em diretoria de saúde da Fenacor Está chegando o XXVI COPAPROSE Brasil 2016 Diretoria cria comissão de mulheres do CCS-RJ

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Informativo do Clube Corretores de Seguro do Rio de Janeiro, 20ª edição

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Page 1: Clube Corretores de Seguro RJ - ed 20

iOs dias de vulnerabilidade dos 20 milhões de veículos com mais de

cinco anos de uso que, segundo dados da FenSeg, circulam sem segu-ro no país, estão contados. Encerrada a consulta pública realizada pela Susep em janeiro, os corretores reúnem expectativas sobre a regulamen-tação do seguro popular de automóvel. As minhas são positivas: o novo produto, além de oferecer a tão negada cobertura a veículos mais antigos, permitirá a utilização de peças usadas nos consertos, o que pode dimi-nuir em até 30% o preço do seguro nesses casos.

O mercado de seguros colhe os frutos da Lei do Desmonte, que asse-gura a origem legal dessas peças, e assim se acende uma luz no fim do túnel para a venda do seguro auto. Abre-se um novo nicho de consumi-dores em potencial, até então pouco atendidos e que, por falta de opção, acabavam nas garras das chamadas “associações de proteção veicular.” O setor dá, assim, mais um passo na direção do combate a essa prática, que oferece produtos fora das normas estabelecidas pela Susep e ilude o consumidor, já muito confrontada pela diretoria do Clube dos Corretores do Rio de Janeiro.

O cenário conta ainda com a promessa de uma redução significativa nos casos de roubos e furtos no país, que chegaram a 505 mil veículos em 2015, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública. Com a fisca-lização dos desmontes, principal destino de veículos roubados antes da lei específica, e o repasse de peças usadas estimulado pelo seguro popular de automóvel, temos uma equação perfeita para um futuro próximo com menor sinistralidade.

As boas notícias nos dão fôlego para continuar trabalhando em prol das boas práticas na venda de seguros, na qual nós, corretores e correto-ras, somos protagonistas.

Jayme TorresPresidente do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro

Seguro popular

nformativoAno 3 - Número 20 - Março de 2016

PÁGINA 3

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Clube Corretores de SegurosRIO DE JANEIRO

PÁGINA 2

Amilcar Vianna representa

os corretores em diretoria de saúde da

Fenacor

Está chegando o XXVI

COPAPROSE Brasil 2016

Diretoria criacomissão

de mulheres do CCS-RJ

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CCS-RJ: Qual é o propósito da criação, pela Fenacor, de uma Diretoria voltada ao segmento?

Amilcar: O objetivo inicial da diretoria é interagir com a FenaSaúde e com a ANS, visando a correta defi-nição e regulamentação do corretor de seguros, essa im-portante figura que está presente em toda relação, mas ainda não foi devidamente apreciada pela reguladora. Além disso, os corretores podem contribuir no debate de todas as questões que afligem o setor.

CCS-RJ: Quais são, de maneira geral, as principais questões em debate sobre o segmento atualmente?

Amilcar: Em um mercado muito concentrado, o consumidor pode ficar fragilizado, portanto nossa pri-meira batalha é pela preservação do interesse do segu-rado. Outro ponto importante é o combate à fraude, que, muitas vezes, é a verdadeira responsável pelo au-mento excessivo dos custos.

CCS-RJ: Quais são os maiores desafios enfrentados, hoje, pelos corretores de seguro saúde, seja no mo-mento da venda ou no relacionamento com as segu-radoras?

Amilcar: O maior desafio de todo o setor é o au-mento crescente do custo da medicina. A inflação mé-dica sempre foi superior ao IPCA. Esse é um desafio mundial para o qual não se conhece solução. O ide-

al seria o setor médico ser remunerado por curar em pouco tempo com técnicas menos caras que sejam efi-cazes e pouco traumáticas para o paciente. Acho que esse, talvez, seja o sonho de todos nós.

CCS-RJ: A suspensão da comercialização dos planos de saúde pela ANS é motivo de preocupação da nova Diretoria? De que forma a questão atinge o trabalho dos corretores?

Amilcar: Toda vez que um plano é suspenso, o mercado sofre um golpe em sua credibilidade. O pro-fissional, que recomendou a determinada empresa ou família a compra de um plano que veio a ser cancelado, fica exposto. É importante que auxiliemos na busca de alternativas que deem amparo aos usuários, definindo forma de migração e garantindo atendimento.

CCS-RJ: Qual a responsabilidade de assumir esse novo cargo?

Amilcar: Quando desejamos uma coisa boa a al-guém que queremos bem ou quando celebramos com amigos em ocasiões festivas, dizemos: “saúde”. Esse é o nosso único bem de real valor. Ao criar essa diretoria, o presidente da Fenacor convoca os corretores a assu-mirem a missão de protetores do que temos de mais importante na vida. Sinto-me lisonjeado com o convite para assumir essa nobre tarefa.

Pela definição e regulamentação do corretor de saúde junto à ANS

Foco de Amilcar Vianna, novo diretor de saúde da Fenacor, são as fraudes e a proteção ao consumidor

Zika vírus, a ameaça do momentoAmilcar Vianna também deve enfrentar outras empreitadas. Uma delas é a epidemia do zika vírus e os consequentes casos de microcefalia e da Síndrome de Guillain-Barré. Para entender melhor o assunto que hoje aflige o país, o novo diretor da Fenacor participou do 21º Encontro de Líderes do

Mercado Segurador, realizado no final de fevereiro na Bahia, em que se debateu o assunto. “O zika, aparentemente, é menos letal, pois, ao contrário da dengue, não mata. No entanto, mostrou-se ainda

mais cruel por gerar essas doenças gravíssimas e de custo elevado, tanto para o sistema público quanto para o sistema privado de saúde. Os Jogos Olímpicos são outra preocupação.”

O diretor do Clube Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ), Amilcar Vianna, foi escolhido para comandar a nova diretoria de saúde suplementar criada pela Fenacor. Nesta entrevista, ele conta quais são os desafios e metas do novo cargo, já que é um setor considerado complexo por passar por frequentes mudanças de regulamentação feitas pela Agência Nacional de Saúde (ANS).

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Comissão dá voz e vez às mulheres do CCS-RJ

A comissão já está formada e fazem parte três veteranas do setor: Fátima Cristina Monteiro; Már-cia Safadi e Sonia Marra. Segundo Márcia, o objetivo do grupo será promover eventos voltados para a mulher corretora de seguros e co-laborar para a capacitação profis-sional dos corretores associados. “Haverá também articulação para trazer novas associadas, pois hoje há poucas mulheres. Esta é uma questão fundamental”, explica.

Sonia Marra faz coro com Márcia e alerta que “a participa-ção feminina é importante para dar visibilidade à sua represen-tatividade na área de seguros. Atualmente, a participação de mulheres no CCS-RJ é muito pe-

quena. Eu vejo essa questão no Clube como uma oportunidade para troca de experiências sobre a nossa profissão e fortalecimento da categoria no mercado”, analisa.

Há 18 anos na liderança da Flan-ci Corretora, Fátima Cristina afir-ma que a Comissão além de desta-car “o trabalho feminino como mão de obra qualificada, vai possibilitar uma articulação para trazer novas corretoras para o Clube. Este é um dos principais objetivos”, afirma. A executiva avalia que o setor de se-guros ainda é “muito conservador, com forte participação masculina”. Mas ela acredita que o contingen-te feminino será bem maior tanto no mercado como no Clube e que ambos irão se beneficiar da “cabeça

multifuncional da mulher”. Sobre a possibilidade de gal-

gar algum cargo de diretoria no CCS-RJ, ela comenta: “hoje está descartado, mas o futuro a Deus pertence”.

Sonia Marra observa que mes-mo as mulheres sendo maioria no mercado (57%), não existe um real reconhecimento dos papéis exerci-dos por elas. “Percebo como gran-de vantagem das mulheres para o exercício da nossa atividade sermos mais cuidadosas, sensíveis, hábeis em conciliar multitarefas, entre vá-rias outras qualidades mais eviden-tes no gênero feminino. Acredito no potencial do Clube para agregar valor ao mercado segurador e mu-dar esta realidade”, finaliza.

Mais uma prova do espírito democrático e de diversidade que predomina na organização fluminense: a diretoria do CCS-RJ acaba de criar a Comissão Especial da Mulher Corretora de Seguros. Uma iniciativa que visa dar mais espaço de participação ao aguerrido grupo feminino que hoje cerra fileiras com o Clube. Para o presidente Jayme Torres, é “um reconhecimento a toda

garra e contribuição da mulher corretora, que nos apoia e vem influenciando positivamente todas as ações e propostas da nossa diretoria. O objetivo é dar visibilidade a este trabalho valioso que elas fazem para o mercado de seguros. A criação da Comissão é uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Parabéns a todas”.

Sonia Marra: 13 anos de atuação, é especializada em Vida e Previdência, mas opera todos os ramos na Marra Corretora de Seguros

Fátima Cristina Monteiro: 18 anos no comando da Flanci Corretora e 27 anos de experiência no mercado financeiro

Marcia Safadi: 25 anos no mercado. Atualmente, na Massari Corretagem de Seguros

Dia Internacional da Mulher

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Expediente: Diretoria do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ)Jayme Torres (presidente); Amilcar Vianna (tesoureiro); Luiz Mário Rutowitsch de Araújo (secretário)Publicação do CCS-RJ: Reportagem: Diana Dantas, Laís Muniz e Vania Absalão; Diagramação: Sylvio Marinho; Edição: Vania Absalão/VTN Comunicação (MTB 13.702)

Refletindo sobre o mercadoAnote na agenda: acontecerá, nos dias 20, 21 e 22 de abril, o XXVI Congresso Panamericano COPAPROSE Brasil 2016. Nesta edição, que desembarca em terras cariocas, o tema será “Para onde caminha o Seguro na América Latina?”. A ideia é proporcionar uma reflexão sobre o futuro do mercado de seguros, que enfrenta uma economia em crise e inúmeras mudanças da sociedade. O congresso também pretende debater o papel dos intermediários, produtores e corretores de seguro no processo de ex-tensão da rede de proteção securitária. A conferência trará ainda a opor-tunidade de conhecer e trocar experiências com profissionais de diversos países da América Latina, Portugal e Espanha.O evento será realizado no Windsor Hotel Atlântica (Av. Atlântica, 1.020), em Copacabana. As inscrições devem ser feitas no site da Fenacor: www.fenacor.com.br.

O CCS-RJ prestará homenagem ao presidente da SulAmérica, Gabriel Portella, durante almoço a ser realizado com os associados. A segura-dora centenária comemora este ano mais um recorde de faturamen-to: registrou lucro líquido de R$734,3 milhões em 2015, com ganho de 32,2% no ano. A receita de seguros da companhia cresceu 13,4%, acumulando R$15,3 bilhões. O executivo é convidado do Clube para falar sobre a trajetória da companhia e quais são as expectativas para os próximos meses. Aguarde a divulgação da data e do local do encontro.

Radar CCS-RJA diretoria do CCS-RJ intercedeu, mais uma vez, a favor dos corretores de seguros, alertando sobre a atuação irregular das associações de proteção veicular. O presidente do Clube, Jayme Torres, enviou uma mensagem ao telejornal Bom Dia Brasil esclarecendo que o “seguro de cooperativa” citado em uma de suas reportagens não é um seguro. Outra mensagem foi encaminhada à Susep para que o assunto possa ser analisado e divulgado.“Os consumidores precisam saber exatamente do que se trata esse produto oferecido pelas chamadas “associações de proteção veicular” e que, se o contratarem, não terão respaldo garantido pelo órgão regulador do mercado de seguros”, afirma Jayme.

Homenagem