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i A expectativa do mercado segurador brasileiro é de ter fechado 2015 com crescimento nominal de 11%. Com o apoio dos 94 mil corretores de seguros em todo o país, o segmento que mais se destacou foi o de saúde suplementar, com R$ 106 bilhões em vendas, seguido pelo de pessoas, com R$ 91,5 bilhões, segundo a CNseg. Os dados revelam uma tendência que promete se manter em 2016: a diversificação das carteiras. Os corretores sentiram na pele o encolhimento da indústria automo- tiva, que assistiu ao fechamento de montadoras e à queda acentuada em suas vendas em 2015. O próximo ano não conta com projeções otimis- tas para esse mercado, mas deve trazer maior estabilidade. A recente lei de desmanche legal também tem potencial para reduzir o número de roubos e furtos de veículos, o que diminui a sinistralidade e, em segun- do momento, o preço do seguro, tornando-o mais atrativo. O queridinho seguro auto é capaz e deve voltar a render, mas, com certeza, terá de dividir espaço com outros produtos que ganharam força nos últimos meses. De acordo com a CNseg, hoje, existem no Brasil 188,6 milhões de pessoas sem previdência complementar, 45 milhões que não possuem plano de saúde e 70 milhões de trabalha- dores sem cobertura odontológica. Sem tirar os pés do chão, acredito que 2016 será um período oportuno para que os corretores busquem alcançar todo esse público com inegável potencial para segurado. Com o otimismo típico desta época de transição, desejo, em nome da diretoria do CCS-RJ, que as perspectivas de crescimento, projetadas em aproximadamente 10% frente a uma inflação mais baixa, se concretizem. O ano de 2016 já começa com uma boa notícia: a nomeação de nosso dedi- cado diretor e ex-presidente, Amilcar Vianna, para titular da recém criada Diretoria de Saúde Suplementar da Fenacor. Parabéns ao Amilcar, a quem desejo sucesso na nova missão. Por fim, é claro, que o novo ano seja repleto de felicidades e realizações para todos nós. Jayme Torres Presidente do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro Oportunidades para 2016 nformativo Ano 3 - Número 19 - Janeiro de 2016 PÁGINA 3 PÁGINA 2 Clube Corretores de Seguros RIO DE JANEIRO PÁGINA 4 ENTREVISTA: Altair Santos, o veterano do Clube Confraternização mostra união e vigor do grupo As conquistas dos associados no balanço da diretoria

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Informativo do Clube Corretores de Seguro do Rio de Janeiro, 19ª edição

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Page 1: Clube Corretores de Seguro RJ - ed 19

iA expectativa do mercado segurador brasileiro é de ter fechado 2015

com crescimento nominal de 11%. Com o apoio dos 94 mil corretores de seguros em todo o país, o segmento que mais se destacou foi o de saúde suplementar, com R$ 106 bilhões em vendas, seguido pelo de pessoas, com R$ 91,5 bilhões, segundo a CNseg. Os dados revelam uma tendência que promete se manter em 2016: a diversificação das carteiras.

Os corretores sentiram na pele o encolhimento da indústria automo-tiva, que assistiu ao fechamento de montadoras e à queda acentuada em suas vendas em 2015. O próximo ano não conta com projeções otimis-tas para esse mercado, mas deve trazer maior estabilidade. A recente lei de desmanche legal também tem potencial para reduzir o número de roubos e furtos de veículos, o que diminui a sinistralidade e, em segun-do momento, o preço do seguro, tornando-o mais atrativo.

O queridinho seguro auto é capaz e deve voltar a render, mas, com certeza, terá de dividir espaço com outros produtos que ganharam força nos últimos meses. De acordo com a CNseg, hoje, existem no Brasil 188,6 milhões de pessoas sem previdência complementar, 45 milhões que não possuem plano de saúde e 70 milhões de trabalha-dores sem cobertura odontológica. Sem tirar os pés do chão, acredito que 2016 será um período oportuno para que os corretores busquem alcançar todo esse público com inegável potencial para segurado.

Com o otimismo típico desta época de transição, desejo, em nome da diretoria do CCS-RJ, que as perspectivas de crescimento, projetadas em aproximadamente 10% frente a uma inflação mais baixa, se concretizem. O ano de 2016 já começa com uma boa notícia: a nomeação de nosso dedi-cado diretor e ex-presidente, Amilcar Vianna, para titular da recém criada Diretoria de Saúde Suplementar da Fenacor. Parabéns ao Amilcar, a quem desejo sucesso na nova missão. Por fim, é claro, que o novo ano seja repleto de felicidades e realizações para todos nós.

Jayme TorresPresidente do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro

Oportunidades para 2016

nformativoAno 3 - Número 19 - Janeiro de 2016

PÁGINA 3

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Clube Corretores de SegurosRIO DE JANEIRO

PÁGINA 4

ENTREVISTA: Altair Santos,

o veterano do Clube

Confraternização mostra união e vigor do grupo

As conquistas dos associados

no balanço da diretoria

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A união e a parceria entre os corretores de seguros fluminenses garantiu uma confraternização animada para os associados do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ). Últi-mo evento realizado pela entidade em 2015, o almoço aconteceu em dezembro e teve como cenário a privilegiada vista do restaurante do Iate Clube do Rio, na Urca: a Baía de Guanabara.

Relembrando as ações do CCS-RJ no ano passado, o pre-sidente, Jayme Torres, garantiu que 2016 contará com ainda mais dedicação por parte da diretoria. “Seguiremos defen-dendo os direitos dos corretores e trabalhando em prol de seu bom relacionamento com as se-guradoras”.

O destaque do evento foi a homenagem ao corretor Altair Humberto Santos, o associado mais velho do Clube. “É uma honra ser homenageado pelo Clube dos Corretores do Rio de Janeiro”, agradeceu, emocio-nado, o presidente do SOSAI.

O veterano é também o entre-vistado desta edição do infor-mativo do Clube (página 4). Quem entregou a placa foi o

sócio Renato Rocha, ex-presi-dente da Aconseg-RJ e diretor da Nova Fortaleza Assessoria de Seguros.

Associados unidos e em sintonia

Confraternização dos corretores de seguros do Rio

Altair Santos recebe homenagem

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O ano recém-encerrado poderia ser resumido em uma palavra: desafio. Em meio a uma crise econômica e incertezas políticas, os corretores de seguros precisaram se reinventar para continuar

lucrando, ainda que o setor tenha obtido desempenho satisfatório em relação à economia nacional. A diretoria do CCS-RJ trabalhou duro para apoiá-los e cumprir, mais uma vez, sua missão.

Balanço 2015 revela ação eficaz

Em março, o Clube recebeu as corretoras associadas em um al-moço de boas vindas que contou com palestra do diretor comercial da Admix, Carlos Renato Quei-roz, sobre os segmentos odonto-lógico e de saúde. Mais tarde, as carteiras se apresentariam como importantes alternativas diante da retração do mercado automo-tivo, que reduziu a venda de segu-ros de automóveis.

Após decisão do STJ favorável às corretoras de seguros, a enti-dade promoveu palestra com o advogado tributarista Luiz Gui-lherme Ourofino, que esclareceu detalhes sobre as novas regras de restituição e redução de tributos federais para essas empresas. O Clube também realizou, em maio, um passeio ciclístico pelo centro histórico do Rio em parceria com a Porto Seguro, além de participar de reunião com a Associação dos Corretores de Seguros da Baixada Fluminense (ACS-BF) e diversos seguradores.

O encontro teve como obje-tivo buscar soluções para pro-blemas na região, uma das mais populosas do estado. Entre eles, estava a forte atuação das associa-ções de proteção veicular. As em-presas irregulares, que possuem até mesmo convênios e polos de venda, foram denunciadas pelo Clube junto à Fenacor. O presi-dente da entidade, Armando Ver-

gílio, foi um dos que condenaram a prática ilegal. Ele recebeu, do CCS-RJ, homenagem e distintivo em comemoração aos 50 anos da profissão de corretor de seguros, graças aos esforços empreendidos em prol da categoria, em especial, a inclusão da categoria no Super-Simples.

Também foi homenageado o diretor geral de Auto/Re da Bradesco Seguros, José Sergio Bordin, em almoço que reuniu cerca de 50 pessoas. Em abril, o CCS-RJ ganhou um novo site, mais interativo, que facilitou o contato direto de seus associados. Importantes conquistas se segui-ram ao longo dos meses: a obriga-toriedade da carteira profissional do corretor de seguros, pleiteada inicialmente pelo Clube; e o en-quadramento do corretor pessoa física como Microempreendedor Individual (MEI), iniciativa do

deputado Lucas Vergílio apoiada pelo presidente Jayme Torres.

Para fechar o ano, mais uma corajosa denúncia, desta vez contra a intenção da diretoria do Sincor-RJ de dirigir também a au-torreguladora em constituição no estado. Após o pedido de impug-nação feito pelo Clube junto à Su-sep, a autarquia, os sindicatos de corretores do Rio e de São Paulo, a Fenacor e a CNseg assinaram protocolo que define o Ibracor como única entidade de autorre-gulação do setor.

O CCS-RJ comemorou ainda o Dia do Securitário e o Dia do Corretor em almoço que reservou homenagem também aos jorna-listas especializados em seguros, cuja atuação contribui para que as ações do Clube provoquem de-bates tão democráticos e transpa-rentes entre todos os segmentos da indústria securitária.

PalestraCiclismo

HomenagemSecuritários

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Expediente: Diretoria do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ)Jayme Torres (presidente); Amilcar Vianna (tesoureiro); Luiz Mário Rutowitsch de Araújo (secretário)Publicação do CCS-RJ: Reportagem: Laís Muniz; Diagramação: Sylvio Marinho; Edição: Vania Absalão/VTN Comunicação (MTB 13.702)

CCS-RJ: Quando o senhor resolveu se juntar ao Clube e por que tomou esta decisão?

Altair: Tornei-me associado do Clube há apro-ximadamente um ano e meio, após ter sido indica-do. Acredito muito no ditado que diz que a união faz a força, e esse foi o meu objetivo ao me juntar a este seleto grupo de corretores de seguros. Além disso, tenho amigos que também são sócios e, as-sim, trabalhando juntos, vamos muito mais longe.

O CCS-RJ promove não só a aproximação en-tre os próprios corretores de seguros como entre eles, as seguradoras e seus executivos, trabalho que garante um relacionamento muito mais saudável entre todas as partes. Se você liga para uma dessas companhias e diz que é associado do Clube, o se-gurador já terá uma referência e você, com certeza, contará com um atendimento diferenciado.

Receber uma homenagem no último encontro foi uma grande surpresa para mim, e penso que a diretoria levou em consideração a minha longa ex-periência no mercado de seguros, uma área muito técnica, que demanda conhecimento aprofundado.

CCS-RJ: Conte um pouco sobre a sua trajetó-ria no mercado segurador.

Altair: Comecei como auxiliar de escritório em uma agência do grupo inglês Yorkshire, especializa-do em ramos alimentares, seguro de vida e seguro de acidente de trabalho. Fui chefe das áreas de aciden-te de trabalho, automóveis e transportes na extinta Piratininga Companhia de Seguros durante cinco anos. Mas foi na Nacional Companhia de Seguros, na época pertencente ao Banco Nacional, que passei 25 anos de minha carreira, atuando como inspetor de produção, gerente de produção nas áreas comer-cial e de manutenção de seguros de vida. Ao longo desse tempo, fui membro das Comissões Técnicas de Automóveis, RC e Acidentes Pessoais na então Fenaseg (atual CNseg), que alicerçaram meu conhe-cimento sobre o mercado. Depois de aposentado, ingressei na corretagem de seguros.

Em quase 55 anos de carreira, assisti a inúme-

ras mudanças na indústria de seguros e confesso que sou um pouco saudosista. Identifico hoje uma visão muito comercial do seguro, tratado como produto. Algumas seguradoras utilizam aspectos subjetivos para avaliar e precificar as propostas en-viadas pelos corretores. Sou defensor do contrário: um perfil único de aceitação, de modo que, a partir das informações pessoais fornecidas pelos clientes, as seguradoras calculem seu preço de acordo com tarifas oficiais. Isso facilitaria o entendimento do segurado e a atuação do corretor.

Além de conhecer bem os produtos com que trabalha, portanto, o corretor precisa escolher bem a seguradora para atender ao risco a ser segurado. Costumo dizer: primeiro, tranquilize-se; depois, tranquilize o cliente.

CCS-RJ: Como o senhor avalia o ano de 2015 e quais são as suas perspectivas para 2016?

Altair: Em 2015, os corretores souberam se pro-teger de maneira satisfatória da crise. Em geral, as vendas não caíram tanto quanto em outros setores da economia. Neste ano que se inicia, as perspec-tivas são inconstantes, mas acredito que a retração começará a cair. Ainda precisamos, porém, de uma disseminação mais forte de informações sobre o que é o seguro e quais são as suas vantagens, saberes que ainda não fazem parte da cultura brasileira.

O veterano no mercado de seguros Altair Humberto Santos, sócio do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro há cerca de um ano e meio, foi homenageado durante a confraternização da entida-de, em dezembro de 2015. Nesta entrevista, o tricolor de coração conta um pouco sobre a sua carreira e o que o levou a se associar ao Clube. Ele clama ainda por uma relação mais objetiva entre correto-res e seguradoras, defendendo um perfil único de aceitação de propostas para todas as companhias.

Entrevista | Altair Humberto Santos

Perfil único e mais informação sobre seguro

“Ainda faltam informações sobre o seguro para criar cultura do setor entre os brasileiros”, diz Altair Santos