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NOTA DE AULA PROF. JOSÉ GOMES RIBEIRO FILHO CIRCUITOS ELÉTRICOS 1 INTRODUÇÃO Os circuitos elétricos são a corrente sanguínea no equipamento do cientista e do engenheiro. Neste capítulo estudaremos os circuitos mais simples e veremos processos para analisá-los. Limitaremos nosso estudo ao caso em que o sentido da corrente é contínuo segundo uma direção - os circuitos de corrente contínua (CC). Os circuitos em que o sentido da corrente oscila para frente e para trás, chamados circuitos de corrente alternada (CA), não serão abordados nesse capítulo. 2 FORÇA ELETROMOTRIZ E CIRCUITOS Para que um condutor possua uma corrente estacionária, ele deve ser parte de uma trajetória fechada ou circuito completo. Explicaremos a seguir a razão disso. Quando um campo elétrico 1 E é aplicado no interior de um condutor isolado com resistividade ρ que não seja parte de um circuito completo, uma corrente começa a fluir com uma densidade de corrente J = E1/ρ (figura 1a). Em decorrência disso, uma carga positiva se acumula rapidamente em uma das extremidades e uma carga negativa se acumula na outra extremidade (figura 1b). Por sua vez, essas cargas produzem um campo elétrico 2 E em sentido oposto ao de 1 E , fazendo diminuir o campo elétrico e, portanto, a corrente. Em uma fração de segundo acumulam-se cargas nas extremidades do condutor de tal modo que o campo elétrico resultante 1 2 E E E 0 no interior do condutor. Então, também J = 0 e a corrente para de fluir. Logo, é impossível haver uma corrente estacionaria em tal circuito incompleto. FIGURA 1 (a) Quando um campo elétrico 1 E é aplicado no interior de um condutor que não faz parte de um circuito completo, uma corrente começa a fluir pelo menos temporariamente, (a) (b) b) Essa corrente produz um acúmulo de cargas nas extremidades do condutor criando um campo elétrico 2 E em sentido oposto ao de 1 E . O campo resultante 1 2 E E E é menor e a corrente diminui. Depois de um tempo muito curto, o módulo de E2 torna-se igual ao módulo de 1 E , de modo que o campo resultante E é igual a zero; a corrente para de fluir completamente. Para sabermos como manter uma corrente estacionária em um circuito completo, lembremos um fato básico sobre diferença de potencial: quando uma carga q percorre um circuito completo e retorna ao seu ponto de partida, a energia potencial no final da trajetória é igual à energia potencial no início da trajetória. Conforme descrito no Capítulo anterior, existe sempre diminuição da energia potencial quando as cargas se movem através de um material condutor normal com resistência. Portanto, deve existir alguma parte do circuito na qual a energia potencial aumenta. O problema é semelhante ao de uma fonte de água ornamental que recicla sua água. No topo da fonte, a água jorra através de aberturas, descendo os declives em sua trajetória (movendo-se no sentido da diminuição da energia potencial gravitacional), sendo coletada em um recipiente na base da fonte. A seguir, uma bomba eleva a água novamente para o topo da fonte (aumentando a energia potencial) para iniciar um novo ciclo. Se não houvesse a bomba, a água simplesmente fluiria para o recipiente na base, onde permaneceria em repouso. FORÇA ELETROMOTRIZ Em algum ponto de um circuito elétrico, deve existir um dispositivo que desempenhe um papel semelhante ao da bomba na fonte de água. Nesse dispositivo, a carga se desloca "para cima", de uma energia potencial mais baixa para uma mais elevada, embora a força eletrostática tente empurrá-la de uma energia potencial mais elevada para uma mais baixa. O sentido da corrente elétrica nesse dispositivo é do potencial mais baixo para o mais elevado, sentido

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Page 1: CIRCUITOS ELÉTRICOS - A Física de uma maneira fácil e ... Eletricos.pdf · NOTA DE AULA PROF. JOSÉ GOMES RIBEIRO FILHO CIRCUITOS ELÉTRICOS 1 INTRODUÇÃO Os circuitos elétricos

NOTA DE AULA PROF. JOSÉ GOMES RIBEIRO FILHO

CIRCUITOS ELÉTRICOS

1 INTRODUÇÃO Os circuitos elétricos são a corrente sanguínea no equipamento do cientista e do engenheiro. Neste capítulo

estudaremos os circuitos mais simples e veremos processos para analisá-los. Limitaremos nosso estudo ao caso em que o sentido da corrente é contínuo segundo uma direção - os circuitos de corrente contínua (CC). Os circuitos em que o sentido da corrente oscila para frente e para trás, chamados circuitos de corrente alternada (CA), não serão abordados nesse capítulo. 2 FORÇA ELETROMOTRIZ E CIRCUITOS

Para que um condutor possua uma corrente estacionária, ele deve ser parte de uma trajetória fechada ou

circuito completo. Explicaremos a seguir a razão disso. Quando um campo elétrico 1E é aplicado no interior de um

condutor isolado com resistividade ρ que não seja parte de um circuito completo, uma corrente começa a fluir com uma densidade de corrente J = E1/ρ (figura 1a). Em decorrência disso, uma carga positiva se acumula rapidamente em uma das extremidades e uma carga negativa se acumula na outra extremidade (figura 1b). Por sua vez, essas cargas

produzem um campo elétrico 2E em sentido oposto ao de 1E , fazendo diminuir o campo elétrico e, portanto, a corrente.

Em uma fração de segundo acumulam-se cargas nas extremidades do condutor de tal modo que o campo elétrico

resultante 1 2E E E 0 no interior do condutor. Então, também J = 0 e a corrente para de fluir. Logo, é impossível

haver uma corrente estacionaria em tal circuito incompleto.

FIGURA 1 (a) Quando um campo elétrico 1E é aplicado no interior de

um condutor que não faz parte de um circuito completo, uma corrente começa a fluir pelo menos temporariamente,

(a)

(b)

b) Essa corrente produz um acúmulo de cargas nas extremidades do

condutor criando um campo elétrico 2E em sentido oposto ao de 1E .

O campo resultante 1 2E E E é menor e a corrente diminui. Depois

de um tempo muito curto, o módulo de E2 torna-se igual ao módulo

de 1E , de modo que o campo resultante E é igual a zero; a corrente

para de fluir completamente. Para sabermos como manter uma corrente estacionária em um circuito completo, lembremos um fato básico

sobre diferença de potencial: quando uma carga q percorre um circuito completo e retorna ao seu ponto de partida, a energia potencial no final da trajetória é igual à energia potencial no início da trajetória. Conforme descrito no Capítulo anterior, existe sempre diminuição da energia potencial quando as cargas se movem através de um material condutor normal com resistência. Portanto, deve existir alguma parte do circuito na qual a energia potencial aumenta.

O problema é semelhante ao de uma fonte de água ornamental que recicla sua água. No topo da fonte, a água jorra através de aberturas, descendo os declives em sua trajetória (movendo-se no sentido da diminuição da energia potencial gravitacional), sendo coletada em um recipiente na base da fonte. A seguir, uma bomba eleva a água novamente para o topo da fonte (aumentando a energia potencial) para iniciar um novo ciclo. Se não houvesse a bomba, a água simplesmente fluiria para o recipiente na base, onde permaneceria em repouso. FORÇA ELETROMOTRIZ

Em algum ponto de um circuito elétrico, deve existir um dispositivo que desempenhe um papel semelhante ao da bomba na fonte de água. Nesse dispositivo, a carga se desloca "para cima", de uma energia potencial mais baixa para uma mais elevada, embora a força eletrostática tente empurrá-la de uma energia potencial mais elevada para uma mais baixa. O sentido da corrente elétrica nesse dispositivo é do potencial mais baixo para o mais elevado, sentido

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exatamente oposto ao que ocorre em um condutor comum. O agente que faz a corrente fluir do potencial mais baixo para o mais elevado denomina-se força eletromotriz (fem). Esse termo não é muito exato, pois a fem não é uma força, mas sim uma grandeza com dimensão de energia por unidade de carga, tal como o potencial. A unidade SI de fem é a mesma de potencial, o volt (1V = 1 J/C). Uma pilha típica de uma lanterna possui fem igual a 1,5V; isso quer dizer que a pilha realiza um trabalho de 1 J sobre cada coulomb de carga que passa através dela. Para designar uma fem, usaremos o símbolo ε (uma letra "E" manuscrita maiúscula).

Todo circuito completo por onde passa uma corrente estacionária deve possuir algum dispositivo que forneça uma fem. Tal dispositivo denomina-se fonte de fem. Pilhas, baterias, geradores elétricos, células solares, termopares e células de combustível são exemplos de fontes de fem. Todos esses dispositivos convertem algum tipo de energia (mecânica, química, térmica e assim por diante) em energia potencial elétrica e transferem essa energia para o circuito no qual o dispositivo esteja conectado. Uma fonte de fem ideal mantém uma diferença de potencial constante através de seus terminais, independentemente de a corrente passar ou não através do dispositivo. Definimos quantitativamente a fem como o módulo dessa diferença de potencial. Como veremos, tal fonte ideal é um mito, como o plano sem atrito e a corda sem massa. Mais adiante, mostraremos a diferença entre uma fonte de fem ideal e uma fonte real.

A figura 2 mostra um diagrama esquemático de uma fonte de fem ideal que mantém uma diferença de potencial constante entre os condutores a e b, chamados de terminais da fonte. O terminal a, marcado pelo sinal +, é mantido a um potencial mais elevado do que o potencial do terminal b, marcado pelo sinal -. Associado com a diferença

de potencial, existe um campo elétrico E na região em torno dos terminais, tanto no interior quanto no exterior da fonte. O campo elétrico no interior do dispositivo é orientado de a para b, como indicado. Uma carga q no interior da

fonte sofre a ação de uma força elétrica eF qE . Porém, a fonte também fornece uma influência adicional, que vamos

representar como uma força não-eletrostática nF . Essa força, agindo no interior do dispositivo, arrasta cargas "para

cima" em sentido contrário ao da força elétrica eF . Logo, nF é responsável pela manutenção da diferença de potencial

entre os terminais. Caso não existisse a força nF , as cargas se escoariam entre os terminais até que a diferença de

potencial se tornasse igual a zero. A origem da influência adicional de nF depende do tipo da fonte. Em um gerador

elétrico, ela decorre das forças magnéticas que atuam sobre cargas que se movem. Em uma bateria ou em uma célula de combustível, ela é associada com processos de difusão e com as variações de concentrações eletrolíticas produzidas por reações químicas.

FIGURA 2 Diagrama esquemático de uma fonte de fem para a situação de um "circuito aberto" no qual a fonte não está conectada a um circuito.

Indicamos a força elétrica eF qE e a força não-eletrostática nF que atuam

sobre uma carga positiva q. O trabalho realizado por nF sobre uma carga

positiva q que se move de a até b é igual a qε, onde ε é a fem. Para a

situação de um circuito aberto, eF e nF possuem módulos iguais.

Quando uma carga positiva q se move de b para a no interior de uma fonte, a força não-eletrostática nF realiza

um trabalho positivo Wn = qε sobre a carga. Esse deslocamento é oposto ao da força eletrostática eF , de modo que a

energia potencial associada com a carga cresce de qVab , onde Vab é o potencial de a (positivo) em relação ao ponto b.

Para uma fonte ideal de fem que descrevemos, eF e nF possuem o mesmo módulo e a mesma direção, porém sentidos

contrários, de modo que o trabalho realizado sobre a carga q é igual a zero; ocorre um aumento de energia potencial, porém nenhuma variação da energia cinética da carga. Isso é semelhante a levantar um livro com velocidade constante até o alto de uma estante. O aumento da energia potencial é exatamente igual ao trabalho não-eletrostático Wn, de modo que qε = qVab , ou seja, Vab = ε (fonte de fem ideal). [1]

Vamos agora fazer um circuito completo conectando um fio com resistência R aos terminais de uma fonte de tensão (figura 3). A diferença de potencial entre os terminais a e b cria um campo elétrico no interior do fio; isso produz uma corrente que flui de a para b no circuito externo, do potencial mais elevado para o mais baixo. Note que, nos locais onde o fio se encurva, surgem cargas de sinais contrários nas partes "internas" e "externas" das curvas. Essas cargas são responsáveis pelas forças que obrigam a corrente a seguir um caminho ao longo das curvas dos fios.

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FIGURA 3 Diagrama esquemático de uma fonte ideal em um

circuito completo. Os vetores eF e nF são as forças que atuam

sobre uma carga positiva q no interior da fonte. A corrente flui de a para b no circuito externo e de b para a no interior da fonte.

De acordo com a lei de Ohm, a diferença de potencial entre as extremidades do fio indicado na figura 3 é dada por Vab = IR. Combinando com a equação (1), obtemos ε = Vab = IR (fonte de fem ideal). [2]

Ou seja, quando uma carga positiva q flui em torno do circuito, o aumento de potencial através da fonte ideal é igual à queda de potencial Vab = IR quando a corrente passa pelo restante do circuito. Conhecendo-se os valores de ε e de R, pela relação anterior podemos determinar a corrente no circuito. RESISTÊNCIA INTERNA

Uma fonte real em um circuito não se comporta exatamente da maneira que descrevemos; a diferença de potencial entre os terminais de uma fonte real não é igual à fem, como indica a equação (2). A razão disso é que a carga que se move no interior do material de qualquer fonte real encontra uma resistência chamada de resistência interna da fonte e designada pela letra r. Quando essa resistência segue a lei de Ohm, r deve ser constante e independente da corrente I. À medida que a corrente se desloca através de r, ela sofre uma queda de potencial igual a Ir. Logo, quando uma corrente flui através de uma fonte do terminal negativo b até o terminal positivo a, a diferença de potencial Vab entre os terminais é dada por Vab = ε - Ir (voltagem nos terminais da fonte com resistência interna). [3]

A diferença de potencial Vab, chamada de voltagem nos terminais, é menor do que a fem ε em virtude do termo Ir, que representa a queda de potencial através da resistência interna r. Expressando de outra maneira, o aumento da energia potencial qVab que ocorre quando a carga q se desloca de b até a no interior da fonte é menor do que o trabalho

qε realizado pela força não-eletrostática nF , visto que uma certa energia potencial se perde quando a carga atravessa a

resistência interna. Uma pilha de 1,5 V possui fem igual a 1,5 V, porém a voltagem Vab nos terminais da pilha é igual a 1,5 V somente

quando nenhuma corrente flui através dela, de modo que I = 0 na equação (3). Quando a pilha faz parte de um circuito completo pelo qual passa uma corrente, a voltagem nos terminais da pilha é menor do que 1,5 V. A voltagem nos terminais de uma fonte de fem real possui valor igual ao da fem somente quando nenhuma corrente flui através da fonte. Portanto, podemos descrever o comportamento de uma fonte com base em duas propriedades: uma fem ε, que fornece uma diferença de potencial constante independente da corrente, e uma resistência interna r ligada em série com a fonte.

A corrente que passa no circuito externo conectado com os terminais a e b da fonte é ainda determinada pela relação V=IR que, combinada com a equação (3), fornece ε - Ir = IR, ou

IR r

(corrente, fonte com resistência interna). [4]

Ou seja, a corrente é obtida dividindo-se o valor da fem da fonte pela resistência total do circuito (R + r). SÍMBOLOS USADOS NOS DIAGRAMAS DE CIRCUITOS

Uma etapa importante na análise de qualquer circuito consiste em desenhar um diagrama do circuito esquemático. A Tabela 1 mostra os símbolos geralmente empregados nesses diagramas. Usaremos muito esses símbolos neste capítulo.

Geralmente, supomos que os fios que conectam os elementos de um circuito possuem resistência desprezível; pela equação V = IR, concluímos que a diferença de potencial nas extremidades desses fios é igual a zero. A Tabela 1 inclui dois instrumentos de medida usados nas medidas das propriedades dos circuitos. Um medidor ideal não perturba o circuito no qual ele está conectado. Um voltímetro mede a diferença de potencial entre os pontos nos quais seus terminais são conectados; um voltímetro ideal possui resistência interna infinita e, quando mede uma diferença de potencial, nenhuma corrente é desviada para ele. Um amperímetro mede a corrente que passa através dele; um

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amperímetro ideal possui resistência igual a zero e não apresenta nenhuma diferença de potencial entre seus terminais. Como esses instrumentos de medida fazem parte do circuito no qual estão conectados, é importante lembrar essas propriedades.

Condutor com resistência desprezível Resistor Fonte de fem (a linha vertical mais longa indica o terminal positivo, geralmente o potencial mais elevado) Fonte de fem com resistência interna r (a resistência interna r pode ser colocada em qualquer lado) Voltímetro (mede uma diferença de potencial entre seus terminais) Amperímetro (mede uma corrente que passa através dele)

Tabela 1 Símbolos empregados nos diagramas deste capítulo. 3 APARELHOS DE MEDIDA

São colocados nos circuitos para indicar correntes e tensões em determinados aparelhos que se pretende monitorar.

De modo geral, denominamos amperímetro, ou amperômetro, o aparelho destinado a medir intensidades de correntes elétricas. Neste item vamos analisar também o aparelho chamado voltímetro, ou voltômetro, destinado a medir a tensão ou ddp entre dois pontos de um circuito elétrico.

Devemos ressaltar que ao colocarmos esses instrumentos de medida em um circuito elétrico, geralmente buscamos fazê-lo de modo que a inserção dos aparelhos não modifique a intensidade das correntes elétricas ou as diferenças de potencial. Entretanto, essa é uma situação apenas teórica, ideal, pois, pelo fato de esses instrumentos serem constituídos por condutores, a simples colocação dos aparelhos no circuito provoca, inevitavelmente, modificações nas intensidades de corrente e nas tensões.

Dizemos que o aparelho de medida é ideal quando sua inserção no circuito não provoca alterações nas intensidades de corrente ou nas diferenças de potencial.

Vamos, então, analisar as características que esses medidores ideais devem apresentar. 3.1 Amperímetro

Aparelho destinado a medir corrente elétrica. Para não interferir na medição do circuito em questão deve ter resistência interna nula que é o ideal. Deve ser ligado em série com o ponto desejado para verificar a intensidade de corrente.

FIGURA 4 Amperímetro de fundo de escala de 50 A.

Num circuito elétrico, um amperímetro (A) será representado por um símbolo como na figura 5.

FIGURA 5 Representação simbólica do amperímetro.

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O amperímetro deve ser introduzido no circuito de modo que o aparelho seja atravessada corrente elétrica cuja intensidade i se deseja medir. Para que isso aconteça, o amperímetro deve ser associado em série com o elemento de circuito.

Numa situação ideal, na qual a intensidade de corrente elétrica não sofre modificação, a resistência elétrica do amperímetro deve ser nula, como na figura 6. Nesse caso, logicamente, a ddp terminais do amperímetro ideal será nula. Observe ainda que, se tivéssemos conectado o amperímetro ideal em paralelo com qualquer um dos dois resistores, estaríamos provocando um curto-circuito.

FIGURA 6 Amperímetro com resistência elétrica nula.

3.2 Voltímetro Aparelho destinado a medir tensão elétrica. Ele não interfere na medição do circuito em questão. Tem

resistência interna infinitamente grande, o que é ideal. Usado para verificar U (d.d.p.), liga-se em paralelo com o aparelho estudado ou trecho de circuito.

FIGURA 7 Voltímetro.

Num circuito elétrico, também representaremos um voltímetro (V) por um símbolo.

FIGURA 8 Representação simbólica do Voltímetro.

Para medirmos a ddp U entre dois pontos de um circuito elétrico, devemos ligar os terminais do voltímetro a esses pontos. Naturalmente, para que não se introduzam alterações no circuito original, o voltímetro ideal não deve permitir nenhum desvio de corrente elétrica através de si. Portanto, o voltímetro ideal tem resistência elétrica infinitamente grande (Rv —> ∞).

FIGURA 9 Voltímetro com resistência elétrica infinita.

Na figura 9, o voltímetro ideal está sendo usado para medir a ddp no resistor de resistência elétrica R2 e para tanto foi ligado em paralelo a tal. Observe que, se tivéssemos conectado o voltímetro ideal em série no circuito, isto impediria a passagem de corrente elétrica, e o voltímetro estaria medindo a ddp entre os terminais da associação.

Deste ponto em diante, a menos que se diga algo em contrário, admitiremos que os aparelhos de medi utilizados sejam ideais.

Os amperímetros e voltímetros reais, para que possam ser considerados de boa qualidade, devem se aproximar o máximo possível do instrumento ideal. Um bom amperímetro deve ter resistência elétrica muito pequena, da ordem de 0,1Ω, enquanto um bom voltímetro deve ter resistência elétrica bastante elevada, da ordem de 10 kΩ.

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3.3 Ponte de Wheatstone Podemos medir a resistência elétrica R de um resistor, medindo a corrente elétrica I e a ddp U nos seus

terminais. Pela lei de Ohm:

R = V/I Ocorre que os valores de I e U, medidos com amperímetro e voltímetro não ideais, não são precisos, gerando,

dessa forma, imprecisão no cálculo da resistência elétrica R. Uma maneira bastante precisa de se medir o valor de R é montando o circuito abaixo, denominado ponte de

Wheatstone, constituído de um gerador, um galvanômetro, um reostato (resistor de resistência arbitrariamente variável) e dois outros resistores de resistências elétricas conhecidas.

FIGURA 10 Ponte de Wheatstone.

Variando-se o valor da resistência R1 do reostato, varia-se o valor da corrente ig no galvanômetro. Quando a

corrente elétrica no galvanômetro se anula (ig = 0), dizemos que a ponte está em equilíbrio e, nesse caso, UCD = 0. Assim: UAC = UAD R1.i1 = R2.i2 (I) UBC = UBD R4.i'1 = R3.i'2 (II) Como i1 = i'1 e i2 = i'2 pois ig = 0, dividindo membro a membro as igualdades (I) e (II), temos:

1 1 2 2 1 2

4 1 3 2 4 3

R .i R .i R R

R .i' R .i' R R

ou seja, R4.R2 = R1.R3 [5] e, dessa forma, temos medido o valor de R = R4. 3.4 Ponte de Fio

Substituindo-se os resistores R2 e R3 por um fio homogêneo de secção transversal constante, sobre o qual desliza um cursor P conectado ao galvanômetro, obtemos uma variante da ponte de Wheatstone, conforme a figura 11.

FIGURA 11 Ponte de fio.

Sendo:

322 3R e R

A A (segunda lei de Ohm).

Na posição D do cursor, a ponte atinge o equilíbrio e, nesse caso:

324 1R . R .

A A R4.ℓ2 = R1.ℓ3 (produto em cruz) [6]

4 REDE ELÉTRICA

Os circuitos elétricos que estudamos até este ponto, por mais complicados que nos pareçam, são circuitos simples, pois podem ser reduzidos a um circuito contendo um gerador, um resistor e um receptor, com um único caminho fechado através do qual circula corrente elétrica como ilustrado na figura 12.

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FIGURA 12 Representação de um circuito simples.

A resolução desse tipo de circuito elétrico, ou seja, a determinação de todas as suas variáveis, envolve basicamente a aplicação da lei de Ohm. Algumas vezes, entretanto, poderemos encontrar um circuito elétrico mais complexo, denominado rede elétrica, contendo vários caminhos fechados, e a resolução desse tipo de circuito usando aquelas leis torna-se complicada.

FIGURA 13 Rede elétrica complexa.

A resolução desse tipo de circuito pode ser feita com a utilização de algumas regras simples, denominadas leis

de Kirchhoff, em homenagem ao físico alemão Gustav Rupert Kirchhoff (1824-1887), que as estabeleceu em meados do século XIX. 5 NÓ, RAMO E MALHA EM UM CIRCUITO ELÉTRICO

Consideremos a rede elétrica mostrada abaixo, constituída por geradores, receptores e resistores. Numa rede elétrica qualquer, podemos definir os seguintes elementos:

FIGURA 14 Exemplo de uma rede elétrica.

Nó: é o ponto onde a corrente se divide. Na rede elétrica acima, os pontos F e C constituem os nós do circuito. Ramo: é o nome dado ao trecho de circuito entre dois nós consecutivos. Na rede elétrica que estamos considerando

temos três ramos: FABC, FC e FEDC. Observe que a cada ramo do circuito corresponde uma intensidade de corrente elétrica.

Malha: é a denominação dada ao conjunto de ramos que delimitam um percurso fechado. Na rede elétrica dada acima temos três malhas: FABCF, FEDCF e ABCDEFA.

6 REGRAS DE KIRCHHOFF E CIRCUITOS SIMPLES DE CORRENTE CONTÍNUA

Como foi indicado na seção precedente, os circuitos simples podem ser analisados usando-se ΔV = IR e as regras para combinações em série e em paralelo dos resistores. Entretanto, os resistores podem ser conectados de modo que os circuitos formados não possam ser reduzidos a um único resistor equivalente. O procedimento para analisar tais circuitos complexos é bastante simplificado pelo uso de duas regras simples, chamadas regras de Kirchhoff:

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• A soma das correntes que entram em qualquer nó é igual à soma das correntes que saem desse nó. (Essa regra é frequentemente chamada de regra dos nós ou o Lei das Correntes de Kirchhoff - LCK). • A soma das diferenças de potencial em todos os elementos de uma malha fechada do circuito é igual a zero. (Essa regra é chamada geralmente de regra das malhas ou Lei das Tensões de Kirchhoff - LTK).

As regras de Kirchhoff geralmente são usadas para determinar a corrente em cada elemento do circuito. Ao usar essas regras, primeiramente desenhamos o diagrama de circuito e adotamos uma direção para a corrente em cada dispositivo do circuito. Desenhamos uma seta representando essa direção ao lado do dispositivo e designamos um símbolo para cada corrente independente, como I1, I2 e assim por diante. Lembre-se de que as correntes nos dispositivos conectados em série são as mesmas, então as correntes nesses dispositivos serão designadas pelo mesmo símbolo.

A regra dos nós é um enunciado da conservação da carga. Qualquer que seja a corrente entrando em um ponto dado em um circuito, ela deve sair desse ponto porque a carga não pode acumular-se ou desaparecer em um ponto. Se aplicarmos essa regra ao nó na figura 15a, teremos I1 = I2 + I3

A figura 15b representa um análogo hidráulico a essa situação, em que a água flui através de um cano ramificado sem vazamentos. A taxa de fluxo entrando no cano é igual à taxa de fluxo total para fora das duas ramificações.

FIGURA 15 (a) Um diagrama esquemático ilustrando a regra dos nós de Kirchhoff. A conservação da carga requer que qualquer corrente que entra em um nó tenha de deixar esse nó. Portanto, neste caso, I1 = I2 + I3. (b) Um análogo mecânico da regra dos nós: A quantidade de água saindo das ramificações à direita tem de ser igual à quantidade entrando pela única ramificação à esquerda.

A segunda regra é equivalente à lei de conservação da energia. Suponha que uma carga se movimenta ao redor de qualquer malha fechada em um circuito (a carga começa e termina no mesmo ponto). Nesse caso, o circuito deve ganhar tanta energia quanto perde. Esse é o modelo de sistema isolado para o sistema do circuito - nenhuma energia atravessa a fronteira do sistema, mas ocorrem transformações de energia dentro do sistema (desprezando-se a transferência de energia pela radiação e pelo calor para o ar a partir dos elementos quentes no circuito). A energia do circuito pode diminuir devido a uma queda de potencial -IR à medida que uma carga atravessa um resistor ou em consequência do movimento da carga na direção oposta através de uma fem. No último caso, a energia potencial elétrica é convertida em energia química enquanto a bateria é carregada. A energia aumenta quando a carga atravessa uma bateria na mesma direção que a fem.

Outra abordagem para compreender a regra das malhas é recordar a definição de força conservativa visto em Mecânica. Um dos comportamentos matemáticos de uma força conservativa é que o trabalho realizado por esse tipo de força quando um membro do sistema percorre uma trajetória fechada é zero. Uma malha em um circuito é uma trajetória fechada. Se imaginarmos uma carga percorrendo uma malha, o trabalho total realizado pela força elétrica conservativa tem de ser nulo. O trabalho total é a soma dos trabalhos positivo e negativo enquanto a carga atravessa os vários elementos do circuito. Como o trabalho está relacionado com as variações de energia potencial e como as variações da energia potencial estão relacionadas com as diferenças de potencial, o fato de a soma de todos os trabalhos ser nula é equivalente ao fato de a soma de todas as diferenças de potencial ser nula, que é regra das malhas de Kirchhoff.

Ao aplicar a lei das malhas, precisamos de algumas convenções de sinais. Sempre supomos um sentido para a corrente elétrica e marcamos o sentido escolhido no diagrama do circuito. A seguir, partindo de qualquer ponto do circuito, percorremos o circuito e adicionamos os termos IR e cada fem, à medida que passamos através dos elementos. Quando atravessamos uma fonte de tensão no sentido do - para o +, a fem deve ser considerada positiva. Quando atravessamos uma fonte de tensão no sentido do + para o -, a fem deve ser considerada negativa. Quando atra-vessamos um resistor no mesmo sentido que escolhemos para a corrente, o termo IR é negativo porque a corrente está fluindo no sentido dos potenciais decrescentes. Quando atravessamos um resistor no sentido contrário ao sentido da corrente, o termo IR é positivo porque isso corresponde a um aumento de potencial.

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As convenções de sinal para diferenças de potencial para os resistores e para as baterias baseadas nessas duas direções estão resumidas na figura 16, onde se considera que o deslocamento é do ponto a para o ponto b: • Se um resistor for atravessado na direção da corrente, a diferença de potencial no resistor é - IR (figura 16a). • Se um resistor for atravessado na direção oposta à da corrente, a diferença de potencial no resistor é + IR (figura 16b). • Se uma fonte de fem for atravessada na direção da fem (do terminal - para o terminal +), a diferença de potencial é +ε (figura 16c). • Se uma fonte de fem for atravessada na direção oposta à da fem (do terminal + para o terminal -), a diferença de potencial é - ε (figura 16d).

FIGURA 16 Regras para a determinação das diferenças de potencial em um resistor e em uma bateria. (A bateria é considerada sem resistência interna.) Cada elemento do circuito é percorrido de a para b.

Os usos da regra dos nós e da regra das malhas têm limitações. Você pode usar a regra dos nós quantas vezes forem necessárias, desde que, cada vez que escreva uma equação, inclua nela uma corrente que não tenha sido usada em uma equação precedente da regra dos nós. Em geral, o número de vezes em que a regra dos nós pode ser usada é um a menos do que o número de nós no circuito. A regra das malhas pode ser usada tão frequentemente quanto for necessário, desde que um novo elemento do circuito (um resistor ou uma bateria) ou uma nova corrente apareça em cada equação nova. Em geral, o número de equações independentes de que você precisa deve igualar o número de correntes desconhecidas a fim de resolver um problema de circuito particular.

Em geral, a parte mais trabalhosa da solução não é o entendimento dos princípios básicos envolvidos, porém o uso correto dos sinais algébricos! EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 01. Na figura a seguir, está representado um elemento de circuito elétrico:

Sabendo que os potenciais em A e B valem, respectivamente, 2 V e 13 V, calcule a intensidade de corrente nesse elemento, especificando seu sentido. SOLUÇÃO VA - 0,5i + 12 = VB 2 - 0,5i + 12 = 13 - 0,5i = - 1 i = 2A de A para B 02. No circuito a seguir, tem-se um gerador ligado a um conjunto de resistores.

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Determine: a) a intensidade de corrente elétrica que percorre o gerador AB; b) a diferença de potencial entre os pontos C e D; c) a intensidade de corrente nos resistores de resistências R2 e R3. SOLUÇÃO a) Os resistores de resistências R2 e R3 estão em paralelo. Assim:

2 3CD CD

2 3

R .R 3.6R R 2

R R 3 6

Podemos, então, redesenhar o circuito, como segue:

Como os elementos do circuito estão todos em série (circuito de “caminho” único), podemos usar a equação do circuito simples: ε = Req i1 Como ε = 30 V e Req = 2 Ω + 6 Ω + 2 Ω = 10 Ω (série), temos: 30 = 10 i1 ⇒ i1 = 3 A b) A diferença de potencial entre C e D é obtida aplicando-se a Primeira Lei de Ohm a RCD: UCD = RCD i1 = 2 · 3 ⇒ UCD = 6 V c) Aplicando a Primeira Lei de Ohm aos resistores de resistências R2 e R3 do circuito original, temos: UCD = R2 i2 ⇒ 6 = 3 i2 ⇒ i2 = 2 A UCD = R3 i3 ⇒ 6 = 6 i3 ⇒ i3 = 1 A 03. Usando seis lâmpadas iguais e duas baterias iguais, foram montados os dois circuitos a seguir:

Considerando as baterias ideais e desprezando a influência da temperatura na resistência elétrica, compare o brilho da lâmpada L2 com o da lâmpada L5. SOLUÇÃO Sendo R a resistência elétrica de cada lâmpada, temos: • No circuito da esquerda:

1

eq

2i

RR 3RR2

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i2 =i1/2⇒ i2 = ε/3R • No outro circuito: i5 = ε/Req= ε/3R • i2 = i5 ⇒ Brilhos iguais 04. No circuito a seguir, qual deve ser o valor da resistência x, para que o galvanômetro G indique zero?

SOLUÇÃO O circuito fornecido é uma típica ponte de Wheatstone em equilíbrio (a corrente elétrica no galvanômetro é nula). Assim, podemos redesenhar esse circuito na forma convencional:

Uma vez que a ponte encontra-se em equilíbrio, vale a igualdade entre os produtos das resistências opostas: 12 (x + 5) = 15 · 20 x + 5 = 25 ⇒ x = 20 Ω 05. O circuito A foi ligado ao circuito B pelo fio MN:

Determine a intensidade de corrente no circuito A, no circuito B e no fio MN. SOLUÇÃO No circuito A:

A A

11i i 0,1A

100 10

No circuito B:

B B

36 12i i 1A

9 4 5 6

No fio MN: iMN = 0 06. Calcule as intensidades das correntes elétricas nos ramos do circuito a seguir:

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SOLUÇÃO

Aplicando a Lei das Tensões de Kirchhoff – LTK, teremos I: 70 = 6 + 18 i1 – 11 i2 II: 6 = 0 + 18 i2 + 11 i1 Resolvendo, temos: i1 = 6 A e i2 = 4 A Assim:

07. No circuito visto na figura, as baterias são ideais, suas fem são dadas em volts e as resistências em ohms. Determine, em volts, a diferença de potencial Vab, isto é, Va – Vb.

SOLUÇÃO

Aplicando a Lei das Tensões de Kirchhoff – LTK, teremos I: 13 = 4 i1 – 1 i2

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II: 11 = 3 + 4 i2 – 1 i1 Resolvendo, temos: i1 = 4 A e i2 = 3 A

08. No circuito esquematizado, determine o potencial no ponto D:

SOLUÇÃO Aplicando a Lei das Tensões de Kirchhoff – LTK, teremos No circuito I: 6 = (2 + 2 + 2) i1 ⇒ i1 = 1 A (sentido horário) No circuito II: 12 = (2 + 1 + 1) i2 ⇒ i2 = 3 A (sentido horário)

VA = 0 VB – VA = R i1 ⇒ VB – 0 = 2 · 1 ⇒ VB = 2 V VC – VB = ε1 ⇒ VC – 2 = 10 ⇒ VC = 12 V VD – VC = ε2 – r2 i2 ⇒ VD – 12 = 12 – 2 · 3 VD = 18 V 09. No circuito mostrado na figura abaixo:

a) Encontre as correntes I1, I2 e I3. b) Encontre a diferença de potencial entre os pontos b e c.

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SOLUÇÃO a)Escolhemos as direções das correntes como na figura. A aplicação da Lei das Correntes de Kirchhoff - LCK ao nó c fornece I1 + I2 = I3 (1) O circuito tem três malhas: abcda, befcb e aefda (a malha mais externa). Necessitamos somente de duas equações de malha para determinar as correntes desconhecidas. A terceira equação de malha não daria nenhuma informação nova. Aplicando a Lei das Tensões de Kirchhoff - LTK para as malhas abcda e befcb e percorrendo essas malhas no sentido horário, obtemos as expressões Malha abcda: 10 - 6I1 - 2I3 = 0 (2) Malha befcb: - 14 - 10 + 6I1- 4I2 = 0 (3) Observe que na malha befcb um sinal positivo é obtido ao se atravessar o resistor de 6,0Ω porque a direção da trajetória é oposta à direção de I1. Uma terceira equação de malha para aefda fornece 14 - 2I3 - 4I2= 0, que é exatamente a soma de (2) e de (3). As expressões (1), (2) e (3) representam três equações independentes com três incógnitas. Podemos resolver o problema da seguinte maneira: A substituição de (1) em (2) fornecem 10 - 6I1 - 2(I1 + I2) = 0 10 = 8I1 + 2I2 (4) A divisão por 2 de cada termo de (3) e o rearranjo da equação fornecem - 12 = - 3I1 + 2I2 (5) A subtração (5) de (4) elimina I2, dando 22 = 11I1 I1 = 2A O uso desse valor de I1 em (5) fornece um valor para I2: 2I2 = 3I1 - 12 = 3(2) - 12 = -6 I2 = - 3 A Finalmente, I3 = I1 + I2 = - 1 A. Logo, as correntes têm os valores I1 = 2 A I2 = - 3 A I3 = - 1 A O fato de I2 e I3 serem negativas indica somente que escolhemos as direções erradas para essas correntes. Contudo, os valores numéricos estão corretos. b)Seguindo de b a c ao longo do ramo central, temos Vc - Vb = + 10 - 6I1 = +10 - 6.2 = -2V 10. No circuito esquematizado, calcule as intensidades de correntes i1, i2 e i3.

SOLUÇÃO Este problema só pode ser resolvido usando as regras de Kirchhoff, embora apresente poucos elementos e os sentidos da corrente já sejam conhecidos. Assim, usando a LCK para o nó A (ou para B), teremos: i3 = i1 + i2 (1) Para usar a regra das malhas, vamos redesenhar cada uma das duas malhas independentes, já polarizando os diversos bipolos. Para a malha à direita, que chamaremos de α:

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Percorrendo a malha no sentido anti-horário, teremos, partindo do nó A: + R3 i3 - E2 + r2 i2 = 0 2,5 i3 - 5 + 5 i2 = 0 Simplificando e reordenando (dividindo por 2,5): i3 + 2i2 = 2 (2) Para a malha à esquerda, chamada de β:

Percorrendo essa malha no sentido horário, a partir do nó A, teremos: + R3 i3 - E1 + r1 i1 = 0 2,5 i3 - 3 + 5 i1 = 0 Simplificando e reordenando (x 2): 5 i3 + 10 i1 = 6 (3) Reescrevendo as três equações obtidas: i3 = i1 + i2 (1) i3 + 2 i2 = 2 (2) 5 i3 + 10 i1 = 6 (3) Exprimindo i2 e i1 em função de i3, obtém-se: de [2]

32

2 – ii

2

de [3]

31

6 – 5ii

10

Substituindo em [1]:

3 33

2 – i 6 – 5ii

2 10

10 i3 = 10 - 5 i3 + 6 - 5 i3 20 i3 = 16 i3 = 0,8 A Substituindo:

2

2 – 0,8i 0,6A

2

1

6 – 5.0,8i 0,2A

10

Assim, obteve-se: i1 = 0,2 A i2 = 0,6 A e i3 = 0,8 A EXERCÍCIOS PARA RESOLVER 01. Na figura abaixo, o potencial elétrico do ponto M é 36 V. De M para N circula uma corrente elétrica de intensidade 2,0 A.

Determine o potencial elétrico do ponto N. 02. Para o circuito esquematizado abaixo, determine:

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a) a intensidade da corrente que o atravessa; b) a tensão elétrica entre os pontos A e B; c) a tensão elétrica entre os pontos A e C. 03. A figura a seguir mostra uma parte de um circuito.

As resistências são R1 = 2,0 Ω, R2 = 4,0 Ω e R3 = 6,0 Ω, e a corrente indicada é i = 6,0 A. A diferença de potencial entre os pontos A e B que ligam o conjunto ao resto do circuito é VA - VB = 78 V. a) O elemento representado como "?" está absorvendo energia do circuito ou cedendo energia ao circuito? b) Qual é a potência absorvida ou fornecida pelo elemento desconhecido? 04. O diagrama representa, esquematicamente, o circuito de uma lanterna: três pilhas idênticas ligadas em série, uma lâmpada e uma chave interruptora.

Com a chave Ch aberta, a diferença de potencial entre os pontos A e B é 4,5 V. Quando se fecha a chave Ch, a lâmpada, de resistência RL = 10 Ω, acende- se e a diferença de potencial entre A e B cai para 4,0 V. Responda: a) Qual é a força eletromotriz de cada pilha? b) Qual é a corrente que se estabelece no circuito quando se fecha Ch? c) Qual é a resistência interna de cada pilha? d) Qual é a resistência equivalente do circuito? 05. No circuito representado a seguir, calcule a resistência do reostato para que se anule a diferença de potencial entre os pontos A e B:

06. É dado o circuito a seguir:

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Determine: a) a diferença de potencial entre os pontos Q e P; b) a diferença de potencial entre os pontos Q e P, se o circuito for cortado no ponto S. 07. Considere o circuito a seguir, em que o potencial da Terra é tomado como referência (0 V) e o gerador é ideal:

Determine os potenciais nos pontos B, C, D e E. 08. O circuito elétrico indicado na figura seguinte contém duas baterias, cada uma delas com uma fem e uma resistência interna, ligadas em série a dois resistores.

Calcule a) a corrente no circuito (módulo e sentido); b) a voltagem Vab nos terminais da bateria de 16 V; c) Usando a figura como modelo, faça um gráfico do aumento e da queda de potencial no circuito. 09. Observe o circuito abaixo:

a) Qual é a diferença de potencial Vad no circuito? b) Qual é a voltagem nos terminais da bateria de 4 V? c) Uma bateria com fem igual a 10 V é inserida no circuito no ponto d, com seu terminal negativo conectado ao terminal negativo da bateria de 8 V. Qual é agora a diferença de potencial Vbc nos terminais da bateria de 4 V? 10. Determine os módulos das correntes elétricas nos ponto A, B e C do circuito, mostrado na figura abaixo, em todas as situações em que apenas duas das chaves S1, S2 e S3 estejam fechadas.

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11. Nos circuitos 1 e 2 representados a seguir, o amperímetro A e as baterias de forças eletromotrizes ε1 e ε2 têm resistências internas desprezíveis. Do circuito 1 para o 2, a única mudança foi a inversão da polaridade da bateria de fem ε2. Observe as intensidades e os sentidos das correntes nos dois casos e calcule ε2.

12. Com relação ao circuito dado a seguir, determine: a) a intensidade e o sentido da corrente elétrica; b) os potenciais nos pontos A, B, C, D, E, F e G, supondo nulo o potencial da Terra (potencial de referência); c) a diferença de potencial entre os pontos C e G (UCG = Vc - VG).

13. No trecho de circuito elétrico mostrado abaixo, os geradores de tensão são ideais.

Determine a ddp entre os terminais A e B. 14. No circuito esquematizado, determine a intensidade de corrente i.

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15. Em uma lanterna com duas pilhas, elas são geralmente conectadas em série. Por que não ligá-las em paralelo? Qual seria uma possível vantagem na conexão de pilhas idênticas em paralelo? 16. Calcule a fem ε1 e a fem ε2 no circuito da figura e a diferença de potencial do ponto b em relação ao ponto a.

17. No circuito indicado na figura:

Calcule a) a corrente no resistor de 3 Ω; b) a fem ε1 e a fem ε2; c) a resistência R. Observe que foram fornecidas três correntes. 18. Quando se acendem os faróis de um carro cuja bateria possui resistência interna ri = 0,050 Ω, um amperímetro indica uma corrente de 10 A e um voltímetro, uma voltagem de 12 V. Considere desprezível a resistência interna do amperímetro. Ao ligar o motor de arranque, observa-se que a leitura do amperímetro é de 8,0 A e que as luzes diminuem um pouco de intensidade. Calcular a corrente que passa pelo motor de arranque quando os faróis estão acesos.

19. Determine a intensidade da corrente elétrica total nos circuitos a seguir:

20. No circuito visto na figura, as baterias são ideais. Determine, em volts, o módulo da diferença de potencial entre os pontos a e b.

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21. Calcule a maior intensidade de corrente elétrica no circuito a seguir, em que estão presentes quatro baterias.

22. As 3 baterias do circuito abaixo são inteiramente idênticas. As duas lâmpadas também são idênticas. Quando o interruptor S está aberto, as duas lâmpadas têm a mesma luminosidade. Se o interruptor for fechado, o que acontece?

a) A lâmpada de cima fica mais brilhante que a de baixo. b) A lâmpada de baixo fica mais brilhante que a de cima. c) As duas ficam com o mesmo brilho de antes. 23. Determine o módulo e o sentido da corrente no resistor de 2 Ω da figura abaixo:

24. Determine a voltagem entre os extremos do resistor de 5 Ω da figura abaixo. Qual extremidade do resistor está no potencial mais elevado?

25. Determine a corrente no resistor de 4 Ω da figura abaixo. Especifique o sentido da corrente.

26. Oito pilhas de lanterna em série fornecem uma fem aproximada de 12 V, igual à fem da bateria de um carro. Você pode usar essas pilhas para dar a partida do motor quando a bateria do carro está descarregada?

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27. A energia que pode ser extraída de uma bateria com acumuladores é sempre menor do que a energia fornecida para carregá-la. Por quê? 28. No circuito esquematizado na figura, sabemos que I = 2 A, determine o valor de R e a potência dissipada na resistência de 20 Ω.

29. Determine o módulo e o sentido da corrente no resistor de 2 Ω do circuito abaixo:

30. Num circuito elétrico, uma fonte, de força eletromotriz 18V e resistência elétrica 0,50Ω, alimenta três resistores, de resistências 1,0Ω, 2,0Ω e 6,0Ω, conforme abaixo representado.

Determine as leituras dos amperímetros ideais A1 e A2, em ampères. 31. No circuito apresentado na figura abaixo:

Determine a corrente I5, R2 e R3. 32. O circuito esquematizado a seguir contém duas baterias consideradas ideais e três resistores R1, R2 e R3, de resistências iguais a 6 Ω, 3 Ω e 2 Ω, respectivamente.

Calcule as intensidades e os sentidos das correntes elétricas em R1, R2 e R3.

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33.

Um perigo para os mergulhadores em rios e oceanos é o contato com peixes elétricos. Sabe-se que essa espécie produz eletricidade a partir de células biológicas (eletro-placas) que funcionam como baterias elétricas. Certos peixes elétricos encontrados na América do Sul contêm um conjunto de eletro-placas organizadas de forma análoga ao circuito elétrico representado na figura. Existem, ao longo do corpo deles, 150 linhas horizontais, com 5 000 eletroplacas por linha. Cada eletroplaca tem uma força eletromotriz — ε — de 0,15 V e uma resistência elétrica — R — interna de 0,30 Ω. A resistência da água — Rágua — em torno do peixe deve ser considerada igual a 740 Ω. Com base nessas informações, calcule: a) O número total de eletroplacas do peixe elétrico, expressando a quantidade calculada em milhares de eletroplacas. b) A resistência equivalente em cada linha de eletroplacas, em ohms. c) A resistência equivalente do peixe elétrico, observada entre os pontos A e B, em ohms. 34. O sentido da corrente de uma bateria pode ser invertido conectando-a a uma segunda bateria com fem mais elevada, ligando o pólo positivo de uma com o pólo positivo da outra. Quando o sentido da corrente da bateria é invertido, sua fem também se inverte? Por quê? 35. O amperímetro mostrado na figura indica 2,00 A. Encontre I1, I2 e ε.

36. Determine a corrente em cada resistor do circuito mostrado na figura abaixo:

37. Se R = 1,00 Ω e ε = 250 V na figura, determine a direção e o módulo da corrente no fio horizontal entre a e e .

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38. Uma bateria de força eletromotriz de 12 V e resistência interna desprezível alimenta o circuito resistivo indicado na figura:

a) Quais os potenciais nos pontos A e B, referidos à Terra? b) Qual a resistência que deve ser adicionada ao circuito, entre os pontos C e D, para que o potencial no ponto A, referido à Terra, torne-se igual a 6 V? 39. No circuito dado a seguir, determine as intensidades e os sentidos de todas as correntes elétricas.

40. Calcule a DDP VAB = VA - VB no circuito a seguir:

41. No circuito esquematizado, determine o potencial no ponto C:

42. No circuito da figura, determine a resistência do resistor R, para que a potência nele consumida seja máxima.

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43. No circuito abaixo, calcule a intensidade da corrente no resistor de 4,0 Ω para os seguintes valores de R:

a) 2,0 Ω b) 3,0 Ω 44. Com relação ao circuito a seguir, determine a corrente que atravessa a bateria de 2,0 V.

45. O poraquê (Electrophorus electricus) é um peixe provido de células elétricas (eletrocitos) dispostas em série, enfileiradas em sua cauda. Cada célula tem uma fem ε = 60 mV (0,060 V). Num espécime típico, esse conjunto de células é capaz de gerar tensões de até 480 V, com descargas que produzem correntes elétricas de intensidade máxima de até 1,0 A. a) Faça um esquema representando a associação dessas células elétricas na cauda do poraquê. Indique, nesse esquema, o número n de células elétricas que um poraquê pode ter. Justifique a sua avaliação. b) Qual a potência elétrica máxima que o poraquê é capaz de gerar? 46. No circuito representado na figura, os voltímetros V, V1, V2 e V3 são digitais e considerados ideais.

Sabendo que o voltímetro V indica 6,0 V e que as resistências R1, R2 e R3 dos três resistores são respectivamente iguais a 1 Ω, 0,5 Ω e 2,5 Ω, determine as indicações dos voltímetros V1, V2 e V3. 47. No circuito, determine a indicação UAB do voltímetro, suposto ideal.

48. A figura abaixo representa um circuito elétrico constituído de um voltímetro (V) e um amperímetro (A) ideais, cinco resistores e uma bateria. A bateria fornece uma tensão de 12,0 V e o voltímetro registra 6,0 V.

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a) Qual a leitura no amperímetro? b) Qual a diferença de potencial no resistor de 1,5 Ω? c) Qual a potência dissipada no resistor situado entre os pontos X e Y? 49. Na figura seguinte, R1 = 2,0 Ω, R2 = 4,0 Ω e R3 = 6,0 Ω:

a) Determine a leitura do amperímetro para = 5,0 V (fonte ideal). b) Mostre que se a fonte for colocada na posição do amperímetro e vice-versa, a leitura do amperímetro será a mesma. 50. No circuito abaixo é nula a corrente no fio de resistência R. Qual é o valor, em ohms, da resistência X?