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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.fomiguinhasdovale.org A Associação tem como princi- pal objetivo interferir nas mudanças com- portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien- tal, sustentabilidade e paz social, refloresta- mento, incentivo à agricultura orgânica, hor- tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta- gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul- gado através deste veículo de interação. Projetos integrados: Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula- res de cada região. Inicialmente iremos for- mar turmas que terão a finalidade de multi- plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti- vas comunidades. Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ- nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci- mento adquirido em cada comunidade. Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali- dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for- mação de cooperativas ou grupos preserva- cionistas em suas comunidades. Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res- ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos. # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org Este veículo. transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa Edição 43 Ano IV Junho 2011 Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê Uma rádio diferente. Onde a Educação, a Cultura, as tradições populares e a cidadania são prioridade. 100% Brasil Acesse, Prestigie... www.gazetavaleparaibana.com Existe todo um cuidado que se deve ter com o paciente com SD no que se refere a um tratamento odontológico, o cirurgião-dentista deve estar atento, primeiramente, às limi- tações desse paciente. De- pois, é preciso conhecer as diferenciações que esses pa- cientes apresentam, principal- mente quando falamos dos aspectos craniofaciais e bucais Lei mais >>>>>>>> Página 11 Se construímos a sociedade da forma como está, podemos também desconstruí-la e reconstruí-la, através de nossas ações individuais e coletivas. O Maranhão é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no oeste da região Nordeste e tem como limites ao norte o Oceano Atlântico, a leste o Piauí, a sul e sudeste o To- cantins e o Pará ao oeste. Um pouco maior que a Itália e um pou- co menor que a Alemanha, o Estado ocupa uma área de 331.935,507 km², sendo o 2º maior Estado em extensão do Nor- deste e o 8º do País. É o 4º Estado mais rico (PIB) do Nordeste e a 16ª maior economia (PIB) do Brasil. Leia mais: >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 8 O conceito de bem comum supõe uma sociedade organi- zada a partir do sentido de comunidade. Não há compre- ensão sobre bem comum onde não há comunidade. Em um mundo no qual cada pessoa existe apenas para si mesma, só há lugar para a propriedade privada, a compe- tição e o mercado. Leia mais: >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 4 AGROTÓXICOS - Estamos sendo envenenados ! Educação e fiscalização. Esses, de acordo com o pesquisador da Ensp - Josino Costa Moreira, são os dois principais aspectos pa- ra conter os danos provocados pela utilização dos agrotóxicos na agricultura brasileira. O pesquisador, que coordenou estudos so- bre o impacto dos agrotóxicos na saúde e ambiente na região centro-oeste e nordeste do país, revelou que as consequências são diversas. “Os agrotóxicos contaminam os alimentos, o ambi- ente e selecionam as espécies mais resistentes em determinado local. Leia mais: >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 12 Sobra de medicamentos ou medicamentos vencidos. Quase todo mundo já comprou medicamentos um dia, e so- brou um pouco de xarope no vidro ou alguns comprimidos na cartela e até ampolas de injetáveis que não foram mais usa- das. Leia mais: >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 13 É curioso, mas a gente raramente vê na grande mídia falatório sobre as fraudes dos empresários granda- lhões, assim como não se exibe os corruptores ao lado dos corrompidos – e, como qualquer rapazote sabe, no ritual da corrupção um não existe sem outro. Leia mais: >>>>>>>>>>>>> Página 14

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Meio Ambiente

Formiguinhas do Vale www.fomiguinhasdovale.org

A Associação tem como princi-pal objetivo interferir nas mudanças com-portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien-tal, sustentabilidade e paz social, refloresta-mento, incentivo à agricultura orgânica, hor-tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta-gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul-gado através deste veículo de interação.

Projetos integrados: • Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula-res de cada região. Inicialmente iremos for-mar turmas que terão a finalidade de multi-plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti-vas comunidades.

• Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ-nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci-mento adquirido em cada comunidade.

• Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali-dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for-mação de cooperativas ou grupos preserva-cionistas em suas comunidades.

• Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res-ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos.

# SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco

0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org

Este veículo. transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins

lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa

Edição 43 Ano IV Junho 2011 Distribuição Gratuita

Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

Uma rádio diferente. Onde a Educação, a Cultura, as tradições

populares e a cidadania são prioridade.

100% Brasil Acesse, Prestigie...

www.gazetavaleparaibana.com

Existe todo um cuidado que se deve ter com o paciente

com SD no que se refere a um tratamento odontológico, o

cirurgião-dentista deve estar atento, primeiramente, às limi-

tações desse paciente. De-pois, é preciso conhecer as

diferenciações que esses pa-cientes apresentam, principal-

mente quando falamos dos aspectos craniofaciais e

bucais Lei mais >>>>>>>> Página 11

Se construímos a sociedade da forma como está, podemos também desconstruí-la e reconstruí-la, através de nossas ações individuais e coletivas.

O Maranhão é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no oeste da região Nordeste e tem como limites ao norte o Oceano Atlântico, a leste o Piauí, a sul e sudeste o To-cantins e o Pará ao oeste. Um pouco maior que a Itália e um pou-co menor que a Alemanha, o Estado ocupa uma área de 331.935,507 km², sendo o 2º maior Estado em extensão do Nor-deste e o 8º do País. É o 4º Estado mais rico (PIB) do Nordeste e a 16ª maior economia (PIB) do Brasil. Leia mais: >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 8

O conceito de bem comum supõe uma sociedade organi-zada a partir do sentido de comunidade. Não há compre-ensão sobre bem comum onde não há comunidade. Em um mundo no qual cada pessoa existe apenas para si mesma, só há lugar para a propriedade privada, a compe-tição e o mercado. Leia mais: >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 4

AGROTÓXICOS - Estamos sendo envenenados ! Educação e fiscalização. Esses, de acordo com o pesquisador da Ensp - Josino Costa Moreira, são os dois principais aspectos pa-ra conter os danos provocados pela utilização dos agrotóxicos na agricultura brasileira. O pesquisador, que coordenou estudos so-bre o impacto dos agrotóxicos na saúde e ambiente na região centro-oeste e nordeste do país, revelou que as consequências são diversas. “Os agrotóxicos contaminam os alimentos, o ambi-ente e selecionam as espécies mais resistentes em determinado local. Leia mais: >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 12

Sobra de medicamentos ou medicamentos vencidos.

Quase todo mundo já comprou medicamentos um dia, e so-brou um pouco de xarope no vidro ou alguns comprimidos na cartela e até ampolas de injetáveis que não foram mais usa-

das. Leia mais: >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 13

É curioso, mas a gente raramente vê na grande mídia falatório sobre as fraudes dos empresários granda-lhões, assim como não se exibe os corruptores ao lado dos corrompidos – e, como qualquer rapazote sabe, no ritual da corrupção um não existe sem outro.

Leia mais: >>>>>>>>>>>>> Página 14

Junho 2011 Gazeta Valeparaibana Página 02

Gazeta Valeparaibana é um jornal gratuito distribuído mensalmente em mais de 80 cidades, do

Cone Leste Paulista, que é composto pelas seguintes regiões:

Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê.

Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J

Diretora Administrativa: Rita de Cássia A. S. Lousada

Diretora Pedagógica dos Projetos: Elizabete Rúbio

Tiragem mensal: Distribuído por: “Formiguinhas do Vale”

Filiados à FENAI - Federação Nacional de Imprensa

Gazeta Valeparaibana é um MULTIPLICADOR do Projeto Social

“Formiguinhas do Vale” e está presente

mensalmente em mais de 80 cidades do Cone

Leste Paulista, com distribuição gratuita em

cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de

Ensino Fundamental e Médio.

“Formiguinhas do Vale” Uma OSCIP - Sem fins lucrativos www.formiguinhasdovale.org

Crônica - Valores “O pecado está no desejo de quem deseja o desejo do outro.” Vivemos numa sociedade capitalista e globalizada, com isso os tabus vão perdendo espaço e como conseqüência a moral tam-bém.

Tudo tem um preço. Vende-se de tudo, até pedaços do céu. E em busca do lucro instiga-se à sociedade o desejo de consu-mir... ”nunca o desejo e o imaginário deram tanto lucro.” Infelizmente os valores ficaram para o segundo plano. Hoje já não é tão importante o ser, mas, sim o ter.

Tudo é descartável. A amizade, o companheirismo, até mesmo o sentimento mais sublime como o Amor. Ah, o amor... Este então está se perdendo. O dinheiro fala mais alto que o amor, daí a máxima “Quando a pobreza entra pela porta o amor sai pela janela”, ou seja, dura apenas o tempo que durar o interesse.

Estamos passando por um processo de revitalização de valores, já que a moral está sendo corroída.

Estamos no século do modernismo consumista, portanto, quem tem valores, moral coloca o viver bem acima do consumismo, é bizarro.

Francisca Alves

Rádio web CULTURAonline

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós. A Rádio web CULTURAonline, prioriza a Educação, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania e as te-máticas: Educação, Escola, Professor e Família. Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, a E-ducação se discute num debate aberto, crítico e livre. Acessível nos links: www.gazetavaleparibana.com www.formiguinhasdovale.org

Esse assunto já foi e ainda é muito comentado,mas re-solvi escrever o que foi e está sendo para mim ser u-ma quarentona.

Acredito que quase todas as mulheres ,imaginam e lêem a respeito de como é chegar ao 40 anos de ida-de.Uma idade tão comenta-da na qual passamos por tantas mudanças.

A impressão que passa em nossas cabeças ,pelo menos foi a que passou na minha é que chegamos na metade da vida,olhamos pra trás e temos a sensação de nada ter fei-to,mas fizemos sim,muito.

Existem as mudanças visíveis que são as físicas,mesmo se tomando todo cuidado e sendo escravo dos excessivos “exercícios para a eterna juventude”,como os caríssimos cremes para amenizar os sinais da idade,os temidos pés de galinha,malhação dia após dia para manter a muscula-tura rígida , uma alimentação rica em tudo o que se imagi-na fazer bem a saúde,não perder noites de sono com bala-das,enfim seguir o que manda a bula de como ter 18 anos eternamente.Amigas! não se iludam,a mudança vem,e vem de uma vez.

Tornamo-nos mais lentas, as rugas aparecem mesmo, nossa pele de uma maneira em geral se torna mais flácida, temos a infeliz tendência a aumentar drasticamente o pe-so, os braços engrossam tanto que sinceramente, deve ter uma explicação científica, a impressão que se tem é que a gordura se concentra tanto na porção superior desse mem-bro que começamos a andar de braços meio abertos.

Eu tive um sério problema quando completei 40 anos. Entrei numa tristeza tão grande,que mais parecia que eu estava ficando doente.Não sei se todas passam por is-so,mas cheguei a chorar,me bateu uma angústia muito profunda.Hoje vejo que foi uma grande bobeira,melhor eu ter feito meus 40 ; que ter partido bem antes de contemplar idade tão bela.

As mudanças psicológicas vão de pessoa para pessoas, mas em modo geral, pelo que vejo em mim e nas mulhe-res com as quais convivo,nos tornamos mais corajo-sas,mais decididas,mais sábias e donas de uma beleza raríssima.Nos tornamos mais receptivas ao a-mor.Passamos a descobrir que podemos amar e ser ama-das mais do que nunca.

Passamos a ser mais calmas e deixamos de agir por im-pulso. Adquirimos uma visão que nos permite ver melhor o interior das outras pessoas.Estamos mais suscetíveis ao perdão.Guardar rancor,começa a não fazer parte de nos-sas regras.

Descobri que existem mais maneiras de contemplarmos essa idade que nos sentirmos tristes,se estamos mais se-renas com certeza a beleza externa vem junto.

Agora vejo que posso passar a borracha em coisas ruins que ficaram em meu passado e que a partir de agora pos-so me reinventar e traçar uma nova história. Vejo-me no espelho e sei me admirar por me ver feliz e assim me sen-tir a mais bela de todas.

Tenho ma is conf iança em mim,acredito mais que daqui adiante serão só vitórias.De cabeça erguida sempre, me considero vitoriosa : te-nho 40 anos. Flávia Cristina Rodrigues da Silva

Para pensar - Valores “Um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e propôs uma brincadei-ra pras crianças que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e gulosei-mas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou de-baixo de uma árvore. Aí, ele chamou as cri-anças e combinou que elas deveriam sair correndo até o cesto e a que chegasse pri-meiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças esperaram e, quando ele disse "Já!", todas se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais do-ces. Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"

Ubuntu significa: Sou quem sou, por quem somos todos nós. Filipe de Sousa

Ser uma mulher de 40

Junho 2011 Gazeta Valeparaibana Pagina 03

Utilidade pública

Pessoas com menor grau de educação envelhecem mais rápido, sugere estudo

Uma pesquisa britânica realizada com 400 homens e mulheres sugere que pessoas com menos educação tem tendência a envelhecer mais ra-pidamente. Análises do DNA dos pesquisados sugerem que o envelhecimento celu-lar é mais avançado em adultos sem qualificações comparados com aque-les que tem um diploma universitário. A instituição de caridade britânica para problemas do coração, British Heart Foundation, afirmou que o es-tudo, realizado em Londres e publica-do na revista especializada Brain, Behaviour and Immunity, reforça a necessidade de enfrentar as diferen-ças sociais. "Não é aceitável que o local onde você vive ou o quanto você ganha - ou a menor bagagem acadêmica - possam significar um risco maior de doenças", afirmou o professor Je-remy Pearson, diretor médico associ-ado da instituição. A ligação entre boa saúde e status socioeconômico já foi estabelecida em outras pesquisas. As pessoas mais pobres tem mais probabilidade de fumar, fazer menos exercícios e ter menos acesso aten-dimento de saúde de boa qualidade, quando comparadas as pessoas mais ricas. Mas, o novo estudo sugere que a e-ducação pode ser um fator determi-nante mais preciso da saúde no lon-go prazo do que o status social e a renda. Além do University College de Lon-dres, também participaram especia-listas da University of Wales Institute, em Cardiff, e da Universidade da Ca-lifórnia, em San Francisco.

Decisões Os pesquisadores sugerem que uma educação melhor permite que as pessoas tomem decisões melhores que afetam a saúde no longo prazo. Os cientistas também especulam que as pessoas mais qualificadas pode-rão sofrer menos com o estresse no longo prazo ou então ter mais habili-dade para lidar com o estresse. "Educação é um marcador de classe social que as pessoas adquirem logo no início da vida e nossa pesquisa sugere que é a exposição no longo prazo às condições de um status mais baixo que promove o envelheci-mento celular acelerado", afirmou o professor Andrew Steptoe, do Univer-sity College de Londres, que liderou o estudo. A equipe de Steptoe pegou amostras de sangue de mais de 400 homens e mulheres com idades entre 53 e 75 anos e então mediram o comprimen-to de partes do DNA encontrado na extremidade dos cromossomos. Estas partes, chamadas telômeros, protegem os cromossomos de danos. Os cientistas acreditam que telôme-ros mais curtos podem ser um indica-dor de envelhecimento mais rápido. Os resultados da nova pesquisa do University College de Londres mos-traram que pessoas com menos edu-cação tinham telômeros mais curtos, o que indica que elas podem enve-lhecer mais rapidamente. Estes resultados também indicaram que o comprimento dos telômeros não foi afetado pelo status social e econômico de uma pessoa em um período mais tardio de sua vida, co-mo se pensava anteriormente. Para o professor Stephen Holgate, presidente do Conselho de Pesquisa Médica e da Diretoria de Sistemas de Medicina, as experiências de uma pessoa no início da vida "podem ter influências importantes na saúde". "Assim como em todas as pesquisas de observação, é difícil estabelecer as causas destas descobertas, mas este estudo fornece provas de que ter uma educação em um nível mais alto pode trazer mais benefícios do que apenas no mercado de trabalho", afirmou.

Da redação

Ilha Comprida História: No Brasil, a riqueza das regiões cos-teiras e o desafio de do-minar o sertão povoado por índios e animais es-tranhos, mas repleto de madeiras nobres, ouro e pedras preciosas que po-deriam ser transformadas em lucro levaram os pri-meiros colonizadores a estabelecer postos de for-tificação e aldeamentos em pontos da costa. Mestre Cosme Fernandes Pessoa ou Duarte Peres foi um destes coloniza-dores. Era um homem letrado, falava bem, pois teria sido formado em Coimbra e com grande prestígio na Corte de D. Manuel, antes de cair em desgraça e ser degredado. O “Bacharel” chega à Ilha do Bom Abrigo, ao sul de Ilha Comprida, na Armada do Espanhol Américo Vespúcio. Explorando a regi-ão, “Bacharel” desembarca em Ilha Comprida, onde é aprisionado pelos índios Tupis. Acaba ganhando a confiança deles e casa com a filha do cacique. Em 1531, a esquadra de Martim Afonso de Sou-za chega à Ilha do Bom Abrigo. O na-vegador Português, conhecendo Ilha Comprida, escolhe a Vila de Marataya-ma ou Vila dos Tupis, para ser a sede da primeira vila. O povoado de Mara-tayama permaneceu por cerca de 80 anos. Por volta de 1534, chega à Ilha Com-prida um refugiado espanhol, Rui Gar-cia de Mosquera, que constrói um for-te que leva o seu nome, na Ponta de Trincheira, assim chamado pela natu-reza das operações de piratarias e saques que o aventureiro realizou com o seu amigo “Bacharel”. No início do século XVII, a Coroa Portuguesa divi-de suas terras através das “Cartas de Sesmarias”. Novas vilas foram surgindo. Por volta de 1770, é fundada a Vila de Nossa

Senhora da Conceição da Marinha. A vila chegou a ter Câmara e corpo de vereadores, igrejas e cemitérios. No começo do século XX, a Vila de Pedri-nhas começou a ser formada através da pesca e do extrativismo. Em 1938, o território de Ilha Comprida é dividido em 70% para Iguape (45 Km) e 30% para Cananéia (29 Km). O desenvolvi-mento imobiliário se dá no início dos anos 50. Em 1987, Ilha Comprida é declarada Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual. O movimento pela emanci-pação ganha força em 1990, com um grupo de pessoas buscando melhores condições a vila. Em 27 de outubro de 1991, o plebiscito dá a vitória com 8-7% dos votos à emancipação, que é promulgada em 5 de março de 1992, data oficial da fundação do município. Elevada à condição de Estância Bal-neária em 07 de dezembro do mesmo ano. Denominações A Ilha Comprida, ao longo de sua hís-tória, recebeu diversas denominações: Ilha do Mar, Ilha do Mar Pequeno, Ilha Grande da Costa do Mar, Ilha do Can-dapuí e Ilha Branca. Ilha Comprida é como foi batizada por seu extenso comprimento e largura reduzida. Não se tem conhecimento de dados oficiais que detalhem com exatidão a data do batismo. Fonte: www.ilhacomprida.sp.gov.br

Todos sabemos que programas so-bre educação onde se abordem ver-dades e se discuta o assunto de forma imparcial, suprapartidaria-mente e com ética são raros na mí-dia convencional. São raros porque infelizmente não dão IBOPE e a mídia convencional

busca imagem e IBOPE, pois so-mente assim conseguirá patrocina-dores e valorizará seus espaços publicitários.

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Nosso programa no ar todos os

Sábados, das 18;00 às 20;00 horas e, o ouvinte poderá interagir com

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Ilha Comprida Bimunicipal investe em prevenção de

acidentes com laudo técnico sobre a situação da ponte

Ilha Comprida - Ao completar onze anos de tráfego na ligação entre Iguape e Ilha Comprida, a ponte prefeito Laércio Ribeiro ganhou como presente um

detalhado laudo técnico sobre sua situação estrutural. A administração da ponte contratou, nesse primeiro semestre, empresa especializada para ava-liar a atual estrutura, a pavimentação e análise das colunas da obra. Para isso, em abril, mergulhadores realizaram vistoria das partes submersas da ponte, houve o uso de guindastes para análise do interior da obra, a per-furação do pavimento para análise da situação e outros procedimentos de alta tecnologia. De acordo com a direção da Bimunicipal, o resultado dessa avaliação técnica deverá estar finalizada dentro de 90 dias e subsidiará os trabalhos de manutenção da segurança no local. A direção explica que o investimento na prevenção de acidentes é a devolu-ção em serviços dos recursos pagos no pedágio. Entre os novos serviços implantados, estão guincho 24 horas, bicicletário e câmeras digitais interliga-das aos comandos das Polícias Civil e Militar.

Fonte: Assessoria de Imprensa - Bimunicipal

Junho 2011 Gazeta Valeparaibana Pagina 04

Comunidades Marcelo Barros

O conceito de bem co-mum supõe uma socie-dade orga-nizada a partir do sentido de comunida-de. Não há compreen-são sobre

bem comum onde não há comuni-dade. Em um mundo no qual cada pessoa existe apenas para si mesma, só há lugar para a propri-edade privada, a competição e o mercado. Entretanto, já em 1854, um caci-que dos índios Seattle escrevia ao presidente dos Estados Unidos : “Como se pode comprar ou ven-der o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o bri-lho da água, como é possível comprá-los?Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinhei-ro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo. A sei-va que percorre o corpo das árvo-res carrega consigo as lembran-ças do homem vermelho”.

Atualmente, no mundo inteiro, vá-rios movimentos e organizações civis trabalham para que o Ar, a Água, a Saúde, o Conhecimento e a Energia renovável sejam consi-derados como bens comuns, patri-mônio de todo ser vivo e dos quais a humanidade é guardiã e administradora, não para dilapi-dar, mas para partilhar com os ou-tros seres de modo harmonioso e justo. Entretanto, esta compreensão tem encontrado barreiras nas legisla-ções nacionais. A própria ONU tem encontrado dificuldades para aprovar uma carta dos direitos da Terra, da Água, do Ar e de outros recursos dados pelo Criador para uso comum da humanidade e de todo ser vivo. Se estes bens são necessários, indispensáveis e in-substituíveis para a vida de todas as pessoas, ninguém deveria ter o direito de se apropriar deles. Uma empresa pública faz o tratamento da água potável e a transporta à nossa casa. É justo pagar por este serviço, mas não pela água. Se um norte-americano se sente com direito de usar, em média, 44 litros de água por dia, enquanto a maioria dos africanos não tem acesso nem a um único litro, pode-se pedir que os maiores consumidores paguem

pelo seu excesso, para custear o acesso a quem não pode ter nem o necessário. Mas, a quantidade mínima neces-sária às pessoas durante um dia seria garantida gratuitamente a todos. Do mesmo modo, a huma-nidade toda tem direito aos bens indispensáveis à vida. Uma Rede de organizações de solidariedade na Europa definiu: “Os bens co-muns podem ser definidos como o conjunto de recursos, meios e prá-ticas que permitem a um grupo se constituir como comunidade, ca-paz de assegurar a todos o direito a uma vida digna” (revista Nigrizia, gennaio 2011, p. 79). A partir deste critério, as organiza-ções sociais podem lutar pela á-gua como bem público, pela defe-sa da terra (biodiversidade, sobe-rania alimentar), pela superação da dependência dos combustíveis fósseis, pelo livre acesso à comu-nicação, ao saber e à saúde. Esta compreensão e gestão dos bens comuns é incompatível com uma sociedade na qual o mercado é o ídolo absoluto da vida e tudo é considerado mercadoria e objeto de lucro. Todas as sociedades, mesmo as mais tradicionais, têm alguma forma de mercado, mas tudo não é mercadoria e, como diria Jesus, o mercado deve ser

em função do ser humano e da sua vida e não tudo a serviço do mercado. Apesar de que, no mundo inteiro, esta campanha por uma socieda-de dos bens comuns tem crescido e se fortalecido, ainda não tomou no Brasil expressões muito visí-veis. Ora, a Campanha da Frater-nidade deste ano é justamente sobre o cuidado com a vida no planeta. Este trabalho em defesa da sus-tentabilidade supõe a compreen-são de que formamos, como diz a “Carta da Terra”, uma “comunidade da vida”. O cacique Seattle que, no século XIX, escre-veu ao presidente dos Estados Unidos, concluía sua carta, afir-mando: “Ensinem as suas crian-ças o que ensinamos as nossas que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, a-contecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos. A terra não pertence ao homem. O ser humano pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas es-tão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. Via: 3º.Setor

Desafios

Agrotóxicos comprometem saú-de dos consumidores e matam 220 mil por ano no mundo Proibição do uso destas subs-tâncias é a única saída para acabar com o problema Sabe aquela dor de barriga ou aquela virose aparentemente inexplicada que resolve te visi-tar depois de uma saborosa sa-lada? Então, pode ter certeza de que ela é fruto do uso de al-gum agrotóxico. Os agrotóxicos chegaram ao Brasil na década de 1970, épo-ca em que a utilização desses produtos era obrigatória para quem quisesse obter crédito

rural do governo. Atualmente todos os produtores agrícolas utilizam algum tipo de pesticida fazendo com que o Brasil seja um dos campeões mundiais de consumo de agrotóxicos. O que o consumidor não vê, é que muitos alimentos comuns na mesa dos brasileiros, como pimentão, cenoura, morango e uva, contêm altos índices de resíduos de agrotóxicos que colocam em risco a vida das pessoas. Só para se ter uma idéia do absurdo, ocorrem em média 80 mil casos de câncer por contaminação de agrotóxico por ano e mais ou menos 220 mil mortes. É muita gente mor-rendo por contaminação! Diante de tantos dados a única saída plausível para reverter este quadro é a proibição irres-trita de todo e qualquer tipo de substância agrotóxica no mundo e o incentivo ao cultivo natural, que além de mais saudável, pe-sa menos no bolso do pequeno agricultor. O problema, é que a indústria do agronegócio, que financia a dos agrotóxicos, tem uma base muito forte no gover-no e fica difícil combater esta

praga com tantos representan-tes no Congresso. Temos que acabar com isso já. Se você também é contra o uso dos agrotóxicos, faça um boico-te geral e tire verduras, frutas e legumes de seu cardápio. Com a queda do consumo, a produ-ção ficará encalhada e os pro-dutores deixarão de investir nestas substâncias. O Brasil, um dos países mais desiguais e com uma das maio-res concentração de terras do mundo, ganhou o posto de mai-or consumidor de agrotóxicos do planeta. Lugar conquistado pelo segundo ano consecutivo, superando os Estados Unidos, segundo dados da Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgados recente-mente. APROVEITE também e convide seus amigos a participarem da ação: quanto mais pessoas no boicote, maior a repercussão! Espalhe esta ideia: a indústria do agrotóxico não vai ter outra alternativa senão fechar as por-tas!

Da redação

Comunicação Comunicar-se é sempre um

desafio!

Às vezes, precisamos usar métodos diferentes para alcançar os resulta-dos que buscamos e a-tingir o público alvo es-colhido de uma forma objetiva e, que ao mes-mo tempo, se apresente

perante o ouvinte ou o leitor como hones-ta e verdadeira, a informação ou a opini-ão.

Por quê?

Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade;

Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência;

Porque a serenidade que nunca se des-mancha não é serenidade: é indiferença;

Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade"

- Porque a verdade tem que ser norma. Filipe de Sousa

Junho 2011 Gazeta Valeparaibana Página 05

Educação - no Brasil

Criança, entre livros e TV Os bichos homem e mulher nas-cem com cérebros incompletos. Graças ao aleitamento, em três meses as proteínas dão acaba-mento a este órgão que controla os nossos mínimos movimentos e faz o nosso organismo secretar substâncias químicas que assegu-ram o nosso bem-estar. Ele é a base de nossa mente e dele ema-na a nossa consciência. Todo o nosso conhecimento, consciente e inconsciente, fica arquivado no cé-rebro. Ao nascer, nossa malha cerebral é tecida por cerca de 100 bilhões de neurônios. Aos seis anos, metade desses neurônios desaparecem como folhas que, no outono, se desprendem dos galhos. Por isso, a fase entre zero e 6 anos é cha-mada de "idade do gênio". Não há exagero na expressão, basta cons-tatar que 90% de tudo que sabe-mos de importante à nossa condi-ção humana foram aprendidos até os 6 anos: andar, falar, discernir

relações de parentesco, distância e proporção; intuir situações de conforto ou risco, distinguir sabo-res etc. Ninguém precisa insistir para que seu bebê se torne um novo Mozart que, aos 5 anos, já compunha. Mas é bom saber que a inteligên-cia de uma pessoa pode ser ampli-ada desde a vida intra-uterina. Ali-mentos que a mãe ingere ou rejei-ta na fase da gestação tendem a influir, mais tarde, na preferência nutricional do filho. O mais impor-tante, contudo, é suscitar as sinap-ses cerebrais. E um excelente re-curso chama-se leitura. Ler para o bebê acelera seu de-senvolvimento cognitivo, ainda que se tenha a sensação de perda de tempo. Mas é importante fazê-lo interagindo com a criança: deixar que manipule o livro, desenhe e colora as figuras, complete a histó-ria e responda a indagações. Uma criança familiarizada desde cedo com livros terá, sem dúvida, lin-guagem mais enriquecida, mais facilidade de alfabetização e me-lhor desempenho esco lar . . A vantagem da leitura sobre a TV é que, frente ao monitor, a criança permanece inteiramente receptiva, sem condições de interagir com o filme ou o desenho animado. De certa forma, a TV "rouba" a capaci-

dade onírica dela, como se so-nhasse por ela. .A leitura suscita a participação da criança, obedece ao ritmo dela e, sobretudo, fortalece os vínculos afetivos entre o leitor adulto e a criança ouvinte. Quem de nós não guarda afetuosa recordação de a-vós, pais e babás que nos conta-vam fantásticas histórias? . Enquanto a família e a escola que-rem fazer da criança uma cidadã, a TV tende a domesticá-la como consumista. O Instituto Alana, de São Paulo, do qual sou conselhei-ro, constatou que num período de 10 horas, das 8h às 18h de 1º de outubro de 2010, foram exibidos 1.077 comerciais voltados ao públi-co infantil; média de 60 por hora ou 1 por minuto! . Foram anunciados 390 produtos, dos quais 295 brinquedos, 30 de vestuário, 25 de alimentos e 40 de mercadorias diversas. Média de preço: R$ 160! Ora, a criança é visada pelo mercado como consu-mista prioritária, seja por não pos-suir discernimento de valor e quali-dade do produto, como também por ser capaz de envolver afetiva-mente o adulto na aquisição do ob-jeto cobiçado. Há no Congresso mais de 200 pro-jetos de lei propondo restrições e até proibições de propaganda ao público infantil. Nada avança, pois

o lobby do Lobo Mau insiste em não poupar Chapeuzinho Verme-lho. E quando se fala em restrição ao uso da criança em anúncios (observe como se multiplica!) logo os atingidos em seus lucros fazem coro: "Censura!" Concordo com Gabriel Priolli: só há um caminho razoável e demo-crático a seguir, o da regulação legal, aprovada pelo Legislativo, fiscalizada pelo Executivo e arbi-trada pelo Judiciário. E isso nada tem a ver com censura, trata-se de proteger a saúde psíquica de nos-sas crianças. O mais importante, contudo, é que pais e responsáveis iniciem a regu-lação dentro da própria casa. De que adianta reduzir publicidade se as crianças ficam expostas a pro-gramas de adultos nocivos à sua formação? Erotização precoce, ambição con-sumista, obesidade excessiva e mais tempo frente à TV e ao com-putador que na escola, nos estu-dos e em brincadeiras com amigos são sintomas de que seu ou sua querido(a) filho(a) pode se tornar, amanhã, um amargo problema. Frei Betto é escritor, autor de "Maricota e o mundo das le-tras" (Mercuryo Jovem), entre outros livros.

Da redação via 3º.Setor

VIOLÊNCIA ESCOLAR e INDISCIPLINA NAS

ESCOLAS E SALAS DE AULA

Há 30 anos atrás este problema

praticamente não existia. As es-

colas do passado seguiam um

sistema tradicional, exigindo dos

alunos um comportamento quase

militar. Quando ocorriam atitu-

des de indisciplina, os castigos,

muitos deles físicos, eram aplica-

dos.

Porém, muita coisa mudou nestes

30 anos e hoje a escola não adota

mais uma postura repressiva e

violenta. Estamos numa época de

valorização da democracia, cida-

dania e respeito. Cabe a escola

levar estes princípios à sério den-

tro do seu projeto pedagógico.

Então, como acabar ou diminuir

a indisciplina em sala de aula,

objetivando melhorar as condi-

ções de aprendizado dos alunos?

Primeiramente, o professor deve

identificar os motivos da indisci-

plina. Observar os alunos e esta-

belecer um diálogo pode ajudar

muito neste sentido. Muitas ve-

zes, a indisciplina ocorre porque

os alunos não entendem o conte-

údo ou acham as aulas cansati-

vas. Nestes casos, o professor

pode modificar suas aulas, ado-

tando atividades estimulantes e

interativas. Esta atitude costuma

gerar bons resultados.

Em outras situações, a indiscipli-

na ocorre a partir de uma situa-

ção de conflito e enfrentamento

entre alunos e professor. Neste

caso, o professor deve buscar

conversar e ouvir os alunos. Ca-

be ao professor desfazer o clima

de conflito e solucionar a situa-

ção.

Uma outra boa sugestão é criar

algumas regras comuns para o

funcionamento das aulas. O pro-

fessor pode fazer isso com a aju-

da dos próprios alunos. Dentro

destas regras podem constar: le-

vantar a mão e aguardar a sua

vez antes de perguntar ou falar,

fazer silêncio em momentos de

explicação, falar num tom de voz

adequado, etc.

Com estas e outras atitudes, o

professor vai ganhar o respeito

de seus alunos. Este respeito é

uma porta aberta para, através do

diálogo com os estudantes, bus-

car soluções adequadas para me-

lhorar as condições de aula na

escola.

Da redação

Violência escolar

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Junho 2011 Gazeta Valeparaibana Página 06

CANAL ABERTO Se construímos a

sociedade da forma como está, podemos também

desconstruí-la e reconstruí-la, através de

nossas ações individuais e coletivas.

Filipe de Sousa

A nova novela do SBT, Amor e Re-

volução, tem como temática a dita-dura militar brasileira, os chamados anos de chumbo, de 1964 a 1985. Foram 20 longos anos de persegui-ção, censura, repressão, torturas, muito sangue e dor. Todo sofrimento impingido pela elite brasileira e mun-dial (EUA), com apoio dos militares, visava sufocar qualquer outra forma de organização social que não a capi-talista, qualquer pensamento que não visasse o lucro e a exploração do ou-tro em benéfico próprio. O final do regime repressivo marca também o início da consolidação do capitalismo no Brasil. A escola, a mí-dia, o trabalho alienante e o medo cercaram as pessoas por todos os lados. Mutilaram uma geração de ide-alistas revolucionários que sonhavam com a utopia de um mundo livre do mercado, da exploração e do dinhei-ro; esforçam-se por criar gerações de

estúpidos, que como gado aceitam, insossos, o pesado fardo de terem toda a existência manipulada: do nas-cimento ao abate. O período da ditadura passa quase em branco pelas salas de aula, quan-do passa por lá geralmente é de for-ma superficial, tendenciosa e acrítica. Na mídia aqui e ali pipocam, vez ou outra, reportagens e artigos sobre o assunto, mas raramente vão além da superficialidade. Ouso dizer que a ditadura brasileira começa a ser es-quecida, imersa na irrelevância do trabalho mecânico e do consumismo. Nesse momento o Governo brasileiro usa de todos os meios para negar justiça ao povo e, principalmente, às famílias das vítimas da cruel ditadura militar/capitalista brasileira. Esforça-se para não julgar os milicos crimino-sos por suas atrocidades. Mesmo tendo sido condenado pela OEA Organização dos Estados America-nos, o Brasil continua priorizando os direitos do capital em detrimento dos direitos humanos. O estado de ignorância em que vive boa parte da população faz com que a novela Amor e Revolução surja co-mo um ponto brilhante que pode, ao menos, iluminar um pouco algumas sangrentas páginas de nossa história, pois as atrocidades dos militares em

nome do capital atingem através da TV todo o território nacional, entram nas casas das pessoas, invadem seu cotidiano, mostrando um pouco da-quilo que alguns se esforçam muito para que esqueçamos. É preciso, porém, considerar alguns pontos para que não sejamos iludidos por nenhuma falácia hipócrita e ideo-logicamente formatada: 1 - A novela é um produto. Idealizado para ser vendido e ajudar a vender outros tantos produtos. O lucro é o objetivo final de uma novela, o mes-mo lucro que foi a razão da ditadura militar. 2 - As empresas midiáticas defendem interesses próprios. Filtram ideologi-camente todo o conteúdo veiculado para que este não fira seus propósi-tos. Muitas vezes formam conglome-rados empresariais que fabricam e vendem de entretenimento, comida e brinquedos a cosméticos. 3 - Mega empresários controlam as mídias do mundo por onde circulam milhares de milhões em dinheiro. Mí-dias essas que são peças fundamen-tais do aparado de controle das mas-sas orquestrado pelo capital. 4 - Esses empresários mantêm um estreito laço com os Governos institu-

ídos (seja financiando campanhas, alardeando interesses do Estado ou mesmo omitindo e/ou distorcendo fatos), sempre recebendo em troca facilidades, favores e benefícios. Bas-ta lembrar que recentemente uma empresa do conglomerado do qual faz parte o SBT, especificamente o banco Panamericano, recebeu uma robusta ajuda do Governo Federal para evitar a bancarrota causada por fraudes. 5 - Por mais que num país dominado por uma elite cruel que faz de tudo para infantilizar seu povo, levando-o ao esquecimento de suas próprias raízes, a novela Amor e Revolução signifique, no mínimo, que a história será contada e não esquecida, que o povo terá a oportunidade saber al-guns passos que o levaram a estar aqui, hoje e dessa forma, é preciso ter em mente que a história é contada pelos "vencedores", que temos que procurar as informações em várias fontes além da TV (livros, filmes, do-cumentários, pesquisas, artigos, estu-dos, etc.), e, acima de tudo, refletir sobre as informações recebidas, pesá-las, medi-las, compará-las e contex-tualizá-las para que não sejamos pre-sos em mais teias de ilusões e es-quecimentos.

Lucas Mani Jordão Professor de português, mora em Ri-beirão Preto, São Paulo

Mapa da Violência 2011? A violência en-tre jovens na faixa etária de 15 anos aos 24 anos cresceu no período 19-98/2008. Nesta década, en-quanto 1,8% das mortes en-

tre adultos foram causadas por ho-micídios, no grupo jovem a taxa chegou a 39,7%. Este é apenas uma das informações contidas na pesqui-sa “Mapa da Violência 2011 – Os jovens do Brasil”, elaborado pelo Instituto Sangari, em parceria com o Ministério da Justiça. O estudo traz um diagnóstico sobre como a violên-cia tem levado à morte brasileiros, especialmente os jovens, nos gran-des centros urbanos e também no interior do país. O estudo coordenado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz servirá de subsídio a políticas públicas de en-frentamento à violência. Esta pes-quisa, que tem como fonte os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, aponta o crescimento das mortes de jovens por homicídio, aci-dentes de trânsito e suicídio. Trata-se de uma minuciosa radio-grafia da evolução da mortalidade no Brasil com parâmetros estabele-cidos pelas Organizações Pan-

Americana de Saúde (OPS) e Mundi-al de Saúde (OMS). A pesquisa apu-rou informações no âmbito nacional e também aponta o cenário que in-clui as grandes regiões, os 27 esta-dos, 10 regiões metropolitanas, 27 capitais e 5.564 municípios. Os resultados do “Mapa da Violência 2011? são debatidos seminário “Juventude, Prevenção da Violência e Territórios da Paz”, aberto nesta quinta-feira (24/2), em Brasília, pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O evento termina amanhã (25/2) resultada de iniciativa do go-verno brasileiro, por meio do Minis-tério da Justiça em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pú-blica (FBSP). Este projeto, que incluiu diferentes levantamentos, foi realizado pelo FBSP no período de janeiro de 2009 a fevereiro de 2011 com recursos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). A iniciativa do governo federal oferece subsídios para a formulação de polí-ticas públicas de prevenção da cri-minalidade entre adolescentes e jo-vens, além de construir referenciais metodológicos para auxiliar nas in-tervenções do poder público em ter-ritórios com elevados níveis de vio-lência.

O mapa da violência Segundo a pesquisa, a proporção de jovens no Brasil já foi maior há al-

gumas décadas: “…para o ano de 2008 o país contava com um contin-gente de 34,6 milhões de jovens na faixa dos 15 aos 24 anos de idade. Esse quantitativo representa 18,3% do total dos 189,6 milhões de habi-tantes que a instituição projetava para o país. A proporção já foi mai-or. Em 1980, existia menor quanti-dade absoluta de jovens: 25,1 mi-lhões mas, no total dos 118,7 mi-lhões de habitantes, representavam 21,1%” O documento relata ainda que os jovens da década de 80 tinham as epidemias e doenças infecciosas co-mo as principais ameaças às suas vidas. Atualmente, essas causas fo-ram substituídas pelas chamadas “causas externas” representadas, principalmente, pelos acidentes de trânsito e homicídios. Esses fatores externos têm números alarmantes se ligados à população jovem: “Em 1980, as ‘causas externas’ já eram responsáveis por aproximada-mente a metade (52,9%) do total de mortes dos jovens do país. Vinte e oito anos depois, em 2008, dos 46.154 óbitos juvenis registrados no SIM/SVS/MS, 33.770 tiveram sua origem em causas externas, pelo que esse percentual elevou-se de forma drástica: em 2004, quase ¾ de nossos jovens (72,1%) morreram por causas externas.” O estudo informa ainda que 62,8%

das mortes de jovens em todo o pa-ís ocorreram por homicídios, aciden-tes de transportes e suicídios. O mesmo documento aponta que, em 2004, foi detectada queda expressi-va, por dois anos consecutivos, nos índices de homicídios e atribui essa baixa significativa ao “Estatuto e à Campanha do Desarmamento” lan-çados naquele ano. Alguns estados também tem reduzi-do a média de homicídios nas res-pectivas regiões, com tendência a diminuir seus índices, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, enquanto Pará, Alagoas e Goiás pra-ticamente dobraram os seus núme-ros. A pesquisa sugere que essa in-versão nos índices dos estados pos-sa ter sido provocada pelo Plano Na-cional de Segurança Pública e pelo Fundo Nacional de Segurança que canalizaram seus recursos para o aparelhamento das regiões de maior incidência, o que dificultou a ação e provocou a migração para locais de menor risco, provocando o aumento de homicídios na região. Alguns acontecimentos observados em pesquisas anteriores continuam intactos como a quase totalidade das vítimas de homicídios ser do se-xo masculino e ainda os elevados níveis de vítimas de cor preta nes-ses casos, morrendo mais que o do-bro de cor branca.

Da redação, via 3º.Setor

Junho 2011 Gazeta Valeparaibana Página 07

Sustentabilidade na saúde Segundo R. Braun, “o desenvolvimen-to sustentável representa um proces-so voltado para a busca do equilíbrio interior de cada um de nós rumo a um mundo melhor, e para galgarmos pa-tamares superiores de consciência coletiva e estruturação social teremos que exercitar o crescimento interior de indivíduo para indivíduo”. Para tanto, consideramos de importância funda-mental que possamos ter o direito de reivindicar um atendimento mais hu-manizado em Saúde, com resultados menos iatrogênicos. Isto só será pos-sível por meio da conscientização de alguns aspectos do modelo oficial de Saúde: 1º- Estudar, discutir e ter uma clara compreensão da atual visão dominan-te do mundo, a qual é determinada por paradigmas sociais que represen-tam os valores, crenças, hábitos e normas coletivas que formam o qua-dro de referência para a sociedade (Devall e Sessions –1985). 2º- Estudar, discutir e ter uma clara compreensão das ações e pensamen-tos do mainstream (fluxo principal do sistema em que vivemos ) 3º- Corrigir a atual visão restrita do mundo, a qual tem levado a um dese-quilíbrio de nossos pensamentos e sentimentos, valores e atitudes e de nossas estruturas sociais e políticas (Capra, 1982) Na saúde, o Paradigma Básico ado-tou como definição oficial de Saúde uma sensação de bem- estar físico, mental e social, a ausência de sensa-ções de mal-estar, ou seja, ausência de sintomas, e com este princípio pro-move toda a atuação voltada à cura em todas as instâncias, instituições e ministérios de saúde. Este conceito surgiu nas suposições gerais da Europa medieval, onde, por desconhecimento do ser humano, SINTOMAS como a dor, a febre e ou-tros passaram a ser considerados co-mo doenças. Buscaram-se intuitiva-mente, então, elementos para elimi-nar estes sintomas, cujos desdobra-mentos resultaram na identificação da saúde como a ausência destes.

Do final do século XIX ao início do século XX, com o desenvolvimento e crescimento da indústria química, dos subprodutos do petróleo, a poderosa e multimilionária indústria petrolífera começou a desenvolver químicos ca-da vez mais potentes que bloqueas-sem sintomas. Baseado nesta verda-de esta nascente vertente da indústria petroquímica (a partir daí denominada farmacêutica) criou padrões e normas baseados em técnicas e raciocínios exclusivamente químicos e com expe-rimentações baseadas em intoxica-ções repetíveis em animais de labora-tório, as quais podiam confirmar os seus - e apenas os seus – experimen-tos. A seguir impôs-se economica-mente (e não cientificamente) estas técnicas como a base ou verdade ci-entífica sobre as quais todas as ou-tras técnicas deveriam se reportar e comprovar. Como resultado desta APROPRIA-ÇÃO INDÉBITA DA VERDADE, te-mos atualmente consideradas não científicas e desqualificadas como curandeirismo ou esoterismo todas as técnicas vibracionais ou frequenciais que para atuar utilizam-se de princí-pios da Física, e não da Química, as-sim como todas as técnicas que não podem sofrer experimentação em ani-mais de laboratório, como as que de-pendem de sensações ou emoções exclusivamente humanas e que, ape-sar de não passarem por testes com milhares de cobaias, apresentam uma experiência clínica estatisticamente comprovável com milhares de pesso-as. O PARADIGMA OFICIAL DE SAÚDE É totalmente anti-humanitário, anti-recuperação das funções orgânicas e antieconômico (para as pessoas, os profissionais da área de Saúde e os governos, mas não para a indústria de medicamentos e aparelhagem di-agnóstica e cirúrgica) hoje baseado no poder das grandes indústrias far-macêuticas com seus lucros exorbi-tantes e sua influência em investimen-tos pesados, em mídia, e a sua influ-ência sobre os profissionais de Saúde determinando as medicações e tera-

pêuticas que devem ser utilizadas quando em pesquisas feitas por elas mesmas, o que, obviamente, significa resultados parciais. O NOVO PARADIGMA em Saúde deve ser discutido e decidido levando em consideração as terapias sistêmi-cas, integrais, complementares, vibra-cionais, energéticas ou sutis que tra-tam e resgatam valores, filosofias, estilos de vida e saberes que são pró-prios de cada um e de todo habitante de Gaia, pensado numa relação da interconectividade com os outros se-res que habitam o planeta. Também considerando a estimativa dos cientis-tas que 79 % da população mundial depende de fontes exclusivamente naturais para o tratamento de enfer-midades elencamos alguns pontos prioritários para alcançarmos o tão almejado desenvolvimento sustentá-vel: 1º- Que Saúde é o funcionamento a-dequado, equilibrado, do organismo e do ser, em harmonia – ecologia inter-na -, sem intoxicações exógenas ou endógenas, sem estresses químicos, mecânicos, eletromagnéticos, econô-mico-culturais, que possamos viver em um ambiente sócio-cultural que permita ao indivíduo um crescimento interior e a busca pela alegria de vi-ver. 2º- O tratamento das doenças deve se dar por meio de técnicas que pro-piciem uma correção das funções ce-lulares e orgânicas, de desintoxicação orgânica, do desbloqueio e modula-ção (regulação) das estruturas e fun-ções das células, órgãos e sistemas além da correção e das suas funções interativas e integrativas. 3º- Que o ser humano seja considera-do como um ser com estruturação e múltiplos sistemas de controles e ho-meostases (químico – hormonal, elé-trico–neurológico,eletro-magnético, órgãos dos sentidos e meridia-nos,além dos fatores mentais, emo-cionais, memoriais, arquetípicos etc.) e que todos estes fatores devem ser levados em consideração e avaliados pelo profissional de Saúde, com co-nhecimento, para determinar a(s) téc-

nica(s) que o paciente necessita para sua recuperação. 4º- Desenvolver e implementar uma formação inter e transdisciplinar dos profissionais de Saúde para que estes possam se habilitar da melhor forma possível dentro do Novo Paradigma para tratar o seu paciente. 5º- Patrocinar o desenvolvimento de pesquisas científicas fora dos pressu-postos reducionistas presentes no dualismo cartesiano, utilizando-se pa-drões múltiplos, e integrando técnicas como a Homeopatia, Medicina Tradi-cional Chinesa, Fitoterapia, Homotoxi-cologia, Antroposofia, Ayurvédi-ca,Terapia Floral, Bioressonância, Psicoterapias (todas as abordagens), técnicas vibracionais, técnicas mani-pulativas, técnicas naturistas, técnicas corporais, nutrição) além da Alopatia. 6º - Respeitando a particularidade de cada indivíduo e seu meio étnico e geográfico. 7º- Criar sistemas públicos de saúde e estruturas clínico-hospitalares a par-tir de pesquisas e discussões basea-das nestes novos Paradigmas. Finalmente, a distribuição dos recur-sos monetários, humanos e tecnológi-cos para o estudo e implementação das ações definidas acima devem ser realizados segundo princípios inter e transdisciplinares, ou seja, pela parti-cipação com igual direito de discus-são, participação, pesquisas e com-provação de TODAS as técnicas tera-pêuticas ou associadas que existam, e não apenas aquela denominada A-lopática, como atualmente é feito. Este artigo é uma síntese do relatório da Oficina no II Fórum Social Mundial de 2002 em Porto Alegre-RS intitula-da “Outro Mundo/ Outras Terapias”, organizada pelo IPETRANS – Instituto de Pesquisas Transdisciplinares com a coordenação do autor e relatoria da antropóloga e Profª da UNESP, Elda Rizzo de Oliveira, a quem agradece-mos de coração. Eduardo Sejanes Cezimbra, cirurgião-dentista homeopata

O Sonho de Jonas

de Emílio Carlos Tem gente que sonha de olhos aber-tos. Tem gente que só sonha de olhos fechados. Mas o Jonas não sonhava. Deitava à noite tão cansado que desligava, des-maiava, acordava na manhã seguinte parecendo que nem tinha dormido. A ciência diz que todo mundo sonha.

• Besteira – dizia Jonas – eu não sonho.

Todo mundo ficava espantado ao ou-vir isso. As crianças mais ainda. Mas o Jonas não dava bola. Ele não sonhava em pronto. Se ele tinha vontade de sonhar?

• Eu não penso nisso – respon-dia Jonas.

Numa noite como outra qualquer o Jonas se deitou e desligou. Já sabia como seria: ele desligaria e acordaria na manhã seguinte parecendo que não dormiu. Mas nessa noite foi diferente. Ele se viu fazendo as coisas do dia a dia. E sonhou que estava trabalhando, en-frentando as pessoas más de sempre, lutando pela vida. Ao lado dele havia um homem de ca-belos compridos, manto vermelho, barba, túnica branca. Esse homem

estava ali, sempre ao lado de Jonas, em cada situação que ele atravessa-va. O homem não dizia nada, só acompa-nhava Jonas. Em todo lugar que Jo-nas estava o homem estava ali, sor-rindo e observando tudo. Jonas enfrentava os mesmos proble-mas de todos os dias. Mas agora ele estava mais confiante, mais calmo. A presença daquele homem ali do lado lhe paz para continuar. O homem não disse seu nome. Ele nem ao menos falou com Jonas. Mas Jonas sabia que era Jesus.

Jonas acordou sentindo que tinha dormido uma boa noite de sono. Ele se lembrava do sonho. E se pergun-tou: - O que significa? Os próximos dias responderam essa pergunta. Os problemas aumentaram na casa e no serviço de Jonas – o suficiente para ele se desesperar. Mas ele manteve a calma e superou os problemas. Porque ele sabia que ao seu lado estava aquele homem de manto vermelho e sorriso de paz. Fonte: Grupo "ICGUEDES Pedagogia"

Junho 2011 Gazeta Valeparaibana Página 8

O Maranhão é uma das 27 unida-des federativas do Brasil. Está lo-calizado no oeste da região Nor-deste e tem como limites ao norte o Oceano Atlântico, a leste o Pi-auí, a sul e sudeste o Tocantins e o Pará ao oeste. Um pouco maior que a Itália e um pouco menor que a Alemanha, o Estado ocupa uma área de 331.935,507 km², sendo o 2º maior Estado em ex-tensão do Nordeste e o 8º do Pa-ís. É o 4º Estado mais rico (PIB) do Nordeste e a 16ª maior econo-mia (PIB) do Brasil.

A origem do Maranhão tem por base a luta entre povos, a luta pe-lo território. No ano do descobri-mento do Brasil, os espanhóis fo-ram os primeiros europeus a che-garem à região onde hoje se en-contra o Maranhão. Somente trin-ta e cinco anos depois, que os portugueses tentaram ocupar o território, sem êxito. E a partir dis-so, em 1612, os franceses ocupa-ram definitivamente o Maranhão, originando a França Equinocial. A ocupação foi num cenário de lutas e tréguas entre portugueses e franceses durante três anos e, no ano de 1615, os franceses reto-maram definitivamente a colônia.

Localizado entre as regiões Norte e Nordeste, o Maranhão tem o privilégio de possuir, devido a e-xuberante mistura de aspectos da geografia, a maior diversidade de ecossistemas de todo o País. São 640 quilômetros de extensão de praias tropicais, floresta Amazôni-ca, cerrados, mangues, delta em mar aberto e o único deserto do mundo com milhares de lagoas de águas cristalinas. Essa diversida-de está organizada em cinco pó-los turísticos, cada um com seus atrativos naturais, culturais e ar-quitetônicos, muitos ainda por se-rem descobertos. São eles: O Pó-lo turístico de São Luís, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhen-ses, O Parque Nacional da Cha-pada das Mesas, O Delta do Par-

naíba e o Pólo da Floresta dos Guarás.

Sua capital é São Luís e outros importantes municípios são Impe-ratriz, Caxias, Timon, Codó, Santa Inês, Bacabal, Balsas, Chapadi-nha, e Barra do Corda, além de outras cidades da Região Metro-politana do Sudoeste Maranhense como Açailândia, que possui o segundo PIB do estado.

Etimologia Não há só uma hipótese para a origem do nome do estado do Ma-ranhão. A teoria mais aceita é que Maranhão era o nome dado ao Rio Amazonas pelos nativos da região antes dos navegantes eu-ropeus chegarem ou que tenha alguma relação com o rio Marañón no Peru. Mas há outros possíveis significados como: gran-de mentira ou mexerico segundo o português antigo. Outra hipóte-se seria pelo fato do Estado ter um emaranhado de rios. Também pode ser referente ao caju, fruta abundante no litoral ou ainda mar grande ou mar que corre.

No contexto da história do Brasil, porém, o nome deriva dos tempos coloniais em que o Brasil esteve dividido entre apenas duas entida-des administrativas: o Estado do Maranhão, ao norte, e o Estado do Brasil, ao sul. Com o fraciona-mento do antigo Estado do Mara-nhão-Grão Pará, formou-se a ca-pitania e logo província do Mara-nhão, que até então incluía o terri-tório do hoje vizinho Estado do Piauí.

História Início da colonização do

território maranhense

Em 1534, D. João III divide a Co-lônia Portuguesa no Brasil em Ca-pitanias Hereditárias, sendo o Ma-ranhão parte de quatro delas (Maranhão primeira seção, Mara-nhão segunda seção, Ceará e Rio Grande), para melhor ocupar e proteger o território colonial.

Porém, a ocupação no Maranhão aconteceu a partir da invasão francesa à Ilha de Upaon-Açu (Ilha de São Luís) em 1612, lide-rada por Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière, que tentava fundar colônias no Brasil.

Os franceses chegaram a fundar um núcleo de povoamento cha-mado França Equinocial e um for-

te chamado de "Fort Saint Louis". Esse foi o início da cidade de São Luís.

Entretanto, os portugueses expul-saram os franceses em 1615 na batalha de Guaxenduba, sob o comando de Jerônimo de Albu-querque Maranhão, e passaram a ter controle das terras maranhen-ses. Nesse episódio, foi importan-te a participação dos povos indí-genas que somaram forças a am-bos os lados e estendendo o ta-manho da batalha.

Ocupação holandesa Depois de terem ocupado a maior parte do território do Nordeste da Colônia portuguesa na América, os holandeses dominaram as ter-ras da Capitania do Maranhão em 1641. Eles desembarcaram em São Luís e tinham como objetivo a expansão da indústria açucarei-ra com novas áreas de produção de cana-de-açúcar. Depois, ex-pandiram-se para o interior da Ca-pitania.

Os colonos, insatisfeitos com a presença holandesa, começaram movimentos para a expulsão dos holandeses do Maranhão em 1642, sendo o primeiro movimen-to contra a dominação holandesa. As lutas só acabaram em 1644 e nelas se destaca Antônio Texeira de Melo como um dos líderes do movimento.

Revolta de Beckman Em 1682, a Coroa Portuguesa de-cidiu criar a Companhia de Co-mércio do Maranhão. Tal Compa-nhia tinha o dever de enviar ao Estado do Maranhão um navio por mês carregado de escravos e alimentos como azeite e vinho. Assim, Portugal pretendia incre-mentar o comércio da região.

Mas a estratégia não surtiu efeito: a Companhia abusava nos preços e, por vezes, atrasava os navios. Isso, somado às difíceis condi-ções de vida à época, fizeram com que, entre os colonos, se cri-asse um clima de hostilidade con-tra a Metrópole.

Liderada por Manuel Beckman (Bequimão) em 1684, começou uma revolta nativista conhecida como a Revolta de Beckman.

Os revoltosos queriam o fim da Companhia de Comércio do Ma-ranhão e a expulsão dos jesuítas, pois a Companhia de Jesus era

contra a escravidão indígena, principal fonte de mão-de-obra na região, à época.

Em São Luís, os revoltosos che-garam a aprisionar o capitão-mor e outras autoridades, assim como expulsaram os jesuítas, mas fo-ram derrotados pelas forças da Coroa. Manuel Beckman foi con-denado à morte e enforcado em praça pública, apesar de seu ir-mão, Tomás Beckman ter ido a Portugal para expor diretamente ao rei o motivo da revolta.

O movimento conseguiu fazer com que a Companhia fosse ex-tinta mas não foram atendidos so-bre a expulsão dos jesuítas.

Marquês de Pombal e o Maranhão Adotando ao modelo de déspota esclarecido, D. José I nomeou a Primeiro-Ministro, em Portugal, o Marquês de Pombal que teve im-portante papel na História do Ma-ranhão.

Pombal fundou o Vice Reino do Grão-Pará e Maranhão com capi-tal em Belém e subdivido em qua-tro capitanias (Maranhão, Piauí, São José do Rio Negro e Grão-Pará). Além disso, expulsou os jesuítas e criou a Companhia Ge-ral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão cuja atuação desenvol-veu a economia maranhense.

Na fase pombalina, a Companhia de Comércio do Grão-Pará e Ma-ranhão incentivou as migrações de portugueses, principalmente açorianos, e aumentou o tráfico de escravos e produtos para a re-gião. Tal fato fez com que o culti-vo de arroz e algodão ganhasse força e logo colocou o Maranhão dentro do sistema agroexportador.

Essa prosperidade econômica se refletiu no perfil urbano de São Luís, pois nessa época foi cons-truída a maior parte dos casarões que compõem o Centro Histórico de São Luís que hoje é Patrimô-nio Mundial da Humanidade. A região enriqueceu e ficou forte-mente ligada à Metrópole, quase inexistindo relação comercial com o sul do país.

Mas os projetos do Marquês de Pombal foram abalados quando subiu ao trono D. Maria I que ex-tinguiu a Companhia de comércio e muitas outras ações do Mar-quês na Colônia. CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE

Maranhão

Junho 2011 Gazeta Valeparaibana Página 9

Adesão do Maranhão à Indepen-dência do Brasil No Maranhão, as elites agrícolas e pecuaristas eram muito ligadas à Metrópole e a exemplo de outras províncias se recusaram a aderir à Independência do Brasil. À época, o Maranhão era uma das mais ri-cas regiões do Brasil. O intenso tráfego marítimo com a Metrópole, justificado pela maior proximidade com a Europa, tornava mais fácil o acesso e as trocas comerciais com Lisboa do que com o sul do país.

Os filhos dos comerciantes ricos estudavam em Portugal. A região era conservadora e avessa aos comandos vindos do Rio de Janei-ro.

Foi da Junta Governativa da Capi-tal, São Luís, que partiu a iniciativa da repressão ao movimento da In-dependência no Piauí. A Junta controlava ainda a região produto-ra do vale do rio Itapecuru, onde o principal centro era a vila de Caxi-as.

Esta foi a localidade escolhida pelo Major Fidié para se fortificar após a derrota definitiva na Batalha do Jenipapo, no Piauí, imposta pelas tropas brasileiras, compostas por contingentes oriundos do Piauí e do Ceará. Fidié teve que capitular, sendo preso em Caxias e depois mandado para Portugal, onde foi recebido como herói.

São Luís, a bela capital e tradicio-nal reduto português, foi finalmen-te bloqueada por mar e ameaçada de bombardeio pela esquadra do Lord Cochrane, sendo obrigada a aderir à Independência em 28 de julho de 1823. Os anos imperiais que seguiram foram vingativos com o Maranhão; o abandono e descaso com a rica região levaram a um empobrecimento secular, a-inda hoje não rompido. A Balaiada Foi o mais importante movimento popular do Maranhão e ocorreu entre Período Regencial e o pri-meiro ano do império de D. Pedro II. Os revoltosos exigiam melhores condições sociais e foram influen-ciados pelas lutas partidárias da aristocracia rural.

Como líderes tiveram: Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (O Balaio), Raimundo Gomes e Cos-me dos Santos. Eles ainda conse-guiram tomar a cidade de Caxias e estender o movimento até o Piauí, porém, as tropas do imperador li-deradas por Luís Alves de Lima e Silva (que mais tarde receberia o título de Duque de Caxias) reprimi-ram o movimento. Os envolvidos foram anistiados e Manuel dos An-jos Ferreira e Negro Cosme foram mortos.

Geografia

O oeste maranhense está dentro da área de atuação do clima equa-torial com médias pluviométricas e térmicas altas. Já na maior parte do Estado, se manifesta o clima tropical com chuvas distribuídas nos primeiros meses do ano, mas o estado não sofre com períodos de seca.

Do ponto de vista ecológico, o Ma-ranhão apresenta uma grande di-versidade de espécies de plantas e animais. Na região oeste do es-tado estão demarcados de 300 mil hectares de terra referentes à Re-serva Biológica do Gurupi, que é o que restou da floresta amazônica no Maranhão.

Amazônica: Predominante no oes-te do Estado e encontra-se muito devastada em consequência das siderúrgicas de ferro gusa.

Mata de Cocais: Mata característica do Maranhão onde predomina o babaçu e carna-úba. Cobre a parte central do Esta-do.

Campos: Próxima ao Golfão Maranhense, tem como característica vegetação herbácia alagável pelos rios e la-gos da Baixada Maranhense.

Mangues: Predominam no litoral maranhense desde a foz do Guru-pi até a foz do Periá.

Cerrado: vegetação predominante no Maranhão. Formada por árvo-res de porte médio e vegetação rasteira.

O Maranhão possui o segundo maior litoral do Brasil com 640 km de extensão, indo desde o Delta do rio Parnaíba até a foz do rio Gurupi. Ao longo de sua extensão, podem ser encontradas diversas praias além de regiões de man-gues.

Rios limítrofes: Tocantins, Gurupi, Parnaíba e Manuel Alves Grande. Rios que nascem e deságuam em território maranhense: Mearim, Pindaré,Turiaçu, Itapecuru, Munim e Grajaú.

Relevo Com altitudes reduzidas e topogra-fia regular, apresenta um relevo modesto, com cerca de 90% da superfície abaixo dos 300 metros. Apresenta duas regiões distintas: a planície litorânea e o planalto tabu-

lar.

A primeira delas, ao norte, com-preendendo toda região litorânea, é formada por planícies de baixas altitudes marcadas por extensas praias, tabuleiros e baixadas ala-gadiças. Destaca-se em especial as grandes extensões de dunas e as baías de São Marcos e São Jo-sé. Nesta região encontra-se uma das três ilha-capitais do Brasil, a Ilha de São Luís (ou Upaon-Açu na língua tupinambá), onde estão lo-calizados os municípios de São Luís (capital do estado), Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar.

Ao nordeste do estado maranhen-se encontra-se uma interessante formação geológica de dunas e lagoas de água doce sobre uma área de 155 mil hectares, os Len-çóis Maranhenses, também conhe-cida como deserto brasileiro.

No centro-sul nota-se a predomi-nância do relevo de planaltos e chapadas com formação de serras e abrangendo uma porção do Pla-nalto Central brasileiro.

Economia A economia maranhense foi uma

das mais prósperas do país até a metade do século XIX. Mas após o fim da Guerra Civil Americana, quando perdeu espaço na exporta-ção de algodão, o estado entrou em colapso, agravado pelo aban-dono gerado pelos governos impe-rial e republicano; somente após o final da década de 1960 no século XX o estado passou a receber in-centivos e saiu do isolamento, com ligações férreas e rodoviárias com outras regiões.

A inauguração do Porto do Itaqui, em São Luís, um dos mais profun-dos e movimentados do país, ser-viu para escoar a produção indus-trial e de minério de ferro vinda de trem da Serra dos Carajás, ativida-de explorada pela Vale.

A estratégica proximidade com os mercados europeus e norte-americanos fez do Porto uma atra-ente opção de exportação, mas padece de maior navegação de cabotagem. A economia estadual atualmente se baseia na indústria de transformação de alumínio, ali-mentícia, madeireira, extrativismo (babaçu), agricultura (soja, mandi-oca, arroz, milho), na pecuária e nos serviços.

São Luís concentra grande parte do PIB do estado; a capital passa por um processo marcante de crescimento econômico, sediando mais de três universidades (duas públicas e uma privada), além de uma dezena de centros de ensino e faculdades particulares.

A expansão imobiliária é visível, mas o custo de vida ainda é bas-tante elevado e a exclusão social acentuada. Há grande dependên-cia de empregos públicos.

Demografia O Maranhão possui 217 municí-pios distribuídos em uma área de 331.983,293 km², sendo o oitavo maior estado do Brasil, um pouco menor que a Alemanha.

Sua população estimada em 2007 é de 6.118.995 habitantes, sendo o décimo estado mais populoso do país, com população superior à da Jordânia. Cerca de 70% dos mara-nhenses vivem em áreas urbanas.

O Maranhão possui 18,43 habitan-tes por km², sendo o décimo sexto na lista de estados brasileiros por densidade demográfica.

Indicadores Sociais O Maranhão é um dos estados mais pobres do Brasil, com um Ín-dice de Desenvolvimento Humano (IDH) igual a 0,683, comparável ao do Brasil em 1980 e superior ape-nas ao de Alagoas na lista dos es-tados brasileiros por IDH. O estado possui a segunda pior expectativa de vida do Brasil, também superior apenas à de Alagoas. Segundo o livro Honoráveis Bandi-dos, a família Sarney, através do seu envolvimento na política, fez com que o estado empobrecesse e as pessoas migrassem da região. CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE

Maranhão ( continuação )

ATENÇÂO

A Gazeta Valeparaibana, um veículo da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, so-mente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de au-las, tais como: educação, cultura, tradições, história, meio ambiente e sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental, além da transmis-são de conhecimento.

Assim, pública algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cida-dão deve ser um multiplicador do conhecimento adquirido e, que nes-sa multiplicação, no que tange a Cul-tura e Sustentabilidade, todos deve-mos nos unir, na busca de uma soci-edade mais justa, solidária e conhe-cedora de suas responsabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e ima-gens serão creditadas a seus edito-res, desde que adjudiquem seus no-mes nas matérias publicadas. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato.

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Junho 2011 Gazeta Valeparaibana Página 10

Educação

De acordo com dados divulgados pe-lo IBGE em 2009, o Maranhão possui o maior número de crianças entre oito e nove anos de idade analfabetas. Quase 40% das crianças do estado nessa faixa etária não sabem ler e escrever, enquanto que a média na-cional é de apenas 11,5%.

Os dados do IBGE, porém, não ofere-cem um diagnóstico completo da situ-ação, pois se baseiam somente na informação de pais sobre se seus filhos sabem ler e escrever um bilhete simples.

Em 2006, os alunos Maranhão obti-veram a quarta pior nota na prova do ENEM de língua portuguesa. Em 2007, obtiveram a sétima pior, que foi mantida na avaliação de 2008. Na redação, os alunos se saíram um pouco melhor, apresentando a sexta pior nota em 2006 e subindo seis po-sições em 2007.

Mortalidade Infantil O Maranhão apresenta o segundo maior índice de mortalidade infantil do Brasil, inferior apenas ao de Ala-goas.

De acordo com dados do IBGE, de cada mil nascidos no Maranhão por ano, 39 não sobreviverão ao primeiro ano de vida.

Vários fatores contribuem para o alto índice de mortalidade infantil no esta-do, dentre eles o fato de que metade da população tem acesso à rede de esgoto e quase 40% não tem acesso a água tratada.

Etnias O Maranhão é um dos estados mais miscigenados do país, o que pode ser demonstrado pelo número de 68,8% de pardos auto-declarados ao IBGE, resultado da grande concentra-ção de escravos indígenas e africa-nos nas lavouras de cana-de-açúcar, arroz e algodão; os grupos indígenas remanescentes e predominantes são dos grupos linguísticos Jê e Tupi.

No tronco Macro-Jê destaca-se a fa-mília Jê, com povos falantes da lín-gua Timbira (Mehim), Kanela (Apanyekra e Ramkokamekra), Krika-ti, Gavião (Pukobyê), Kokuiregatejê, Timbira do Pindaré e Krejê. No Tron-co Tupi a família tupi-guarani, com os povos falantes das línguas Tenetehá-ra: Guajajara, Tembé e Urubu-Kaapor, além dos Awá-Guajá e e um pequeno grupo Guaranis, concentra-dos principalmente na pré-Amazônia, no Alto Mearim e na região de Barra do Corda e Grajaú.

Houve forte tráfico negreiro entre os séculos XVIII e XIX, que trouxe milha-res de negros da Costa da Mina e da Guiné, mas precisamente do Benin, antigo Daomé, Ghana e Togo, mas também em levas não menos impor-tantes de africanos do Congo, Cabin-da e Angola.

Muitas das tradições maranhenses tem a forte marca das culturas africa-nas: culinária (Arroz de Cuxá), religi-ão (Tambor de Mina e Terecô), festas (Bumba-Meu-Boi e Tambor de Criou-la) e músicas (Reggae). Atualmente,

o Maranhão conta muitas comunida-des quilombolas em toda região da Baixada, rio Itapecuru e Mearim.

A população branca, 24,9% é quase exclusivamente composta de descen-dentes de portugueses, dada a pe-quena migração de outros europeus para a região.

Ainda no início do século XX a maior parte dos imigrantes portugueses era oriunda dos Açores e da região de Trás-os-Montes. Também no século XX vieram contingentes significativos de sírios e libaneses, refugiados do desmonte do Império Otomano e que hoje têm grande e tradicional presen-ça no estado.

A proximidade com a cultura portu-guesa e o isolamento do estado até a metade do século XX gerou aqui um sotaque próprio e ainda bastante si-milar ao português falado em Portu-gal, praticando os maranhenses uma conjugação verbal e pronominal vizi-nha àquela lusitana.

Cultura Pindaré Mirim. O município de Pinda-ré é um município rico em Cultura, conhecido como berço da Cultura Maranhense, Pindaré Mirim trás no período junino a maior festividade dos seus arraiais, como apresenta-ções de várias atrações Folclóricas, mas o principal foco dos Pindareen-ses e Turistas é o Bumba - Meu - Boi, que durante esse período, nos quatro cantos da cidade ouve-se as batuca-das dos tambores que aquecem-se até amanhecer o dia com as danças e uma festividade jamais vista. Sendo que o Bumba - Meu Boi é Cultura típi-ca do povo maranhense e em especi-al dos pindareense, já foi até intensifi-cadas em Culturas de Gênero como é o caso do Boi - Bumbá no estado do Amazonas, onde essa cultura se aprimorou com as lendas da amazô-nia e se intensificou, sendo levada pra lá por nordestinos, e que já é uma Cultura Mundial.

Em Pindaré existe um Grupo Folclóri-co que faz alusão a essa Cultura de Gênero Maranhense oriunda do Bum-ba-Meu-Boi, que são as apresenta-ções das Danças Indígenas na cida-de e no Estado.

O Grupo Upaon-Açú é o principal gru-po da região que exerce essa cultura no Estado com o primor e a exube-rância de suas apresentações, e são muito conhecidos pelo figurino apre-sentado durante suas danças, são roupas total e artesanalmente confec-cionadas e cheias de riquezas nas suas combinações e transfigurando seus personagens. O fundador do Grupo é o Senhor Lo-bo da Cultura, como é conhecido, é um dos principais artesãos do Grupo e sem falar que é cantor e compositor de toadas de Bumba-Meu-Boi, onde já gravou alguns cd´s, é sem dúvida um homem conservador da Cultura Pindareense e por que não dizer tam-bém da Maranhense.

Turismo São Luís. É rica em manifestações culturais, como: o Bumba-Meu-B o i , T a m b o r d e C r i o u -la,Cacuriá,Dança Portuguesa, Qua-

drilhas Juninas, Reggae e outras. Possui o maior conjunto arquitetônico de azulejos portugueses da América Latina. Possui uma vasta área de praias salgadas. Possui uma culinária peculiar da cidade, como: o cuxá, o arroz de cuxá, o peixe frito e a famo-sa torta de camarão. A cidade possui uma vida noturna muito movimenta-d a , p o s s u i n d o m u i t o s b a -res,restaurantes,clubes de fes-tas,teatros,cinemas e muios shows de artistas locais, nacionais e interna-cionais. A vida noturna funciona de 2ª feira a Domingo. É uma cidade com muitas opções de lazer e divertimen-tos. É conhecida como uma cidade festeira. Alcântara. É uma cidade histórica. Tem como principal atração a festa do Divino Espírito Santo no mês de maio. A Base de lançamento de fo-guetes esta localizada nesse municí-pio. Possui muitos prédios em ruínas que foram tombados pelo Patrimônio Histórico Estadual.

Barreirinhas. É o município portal dos lençóis maranhenses. Possui um grande rio chamado Preguiças que é uma das atrações do município. Pos-sui vários bares, restaurantes e ho-téis de ótimas qualidades que rece-bem os milhares de turistas que vêm conhecer os lençóis.

Pindaré Mirim. Conhecido como ber-ço da cultura maranhense, Pindaré Mirim trás no período junino a maior festividade dos seus arraiais, como apresentações de várias atrações folclóricas, mas o principal foco dos pindareenses e turistas é o Bumba - Meu - Boi, que durante esse período, nos quatro cantos da cidade ouve-se as batucadas dos tambores que a-quecem-se até amanhecer o dia com as danças e uma festividade jamais vista. Sendo que o Bumba - Meu Boi é Cultura típica do povo maranhense e em especial dos pindareense, já foi até intensificadas en Culturas de Gê-nero como é o caso do Boi - Bumbá no estado do Amazonas, onde essa cultura se aprimorou com as lendas da amazônia e se intensificou, sendo levada pra lá por nordestinos, e que já é uma cultura mundial. Em Pindaré existe um Grupo Folclórico que faz alusão a essa cultura de gênero ma-ranhense oriunda do Bumba-Meu-Boi, que são as apresentações das Danças Indígenas na cidade e no Es-tado. O Grupo Upaon-Açú é o princi-pal grupo da região que exerce essa cultura no Estado com o primor e a exuberância de suas apresentações, e são muito conhecidos pelo figurino apresentado durante suas danças, são roupas total e artesanalmente confeccionadas e cheias de riquezas nas suas combinações e transfigu-rando seus personagens. O fundador do Grupo é o Senhor Lobo da Cultu-ra, como é conhecido, é um dos prin-cipais artesãos do Grupo e sem falar

que é cantor e compositor de toadas de Bumba-Meu-Boi, onde já gravou alguns cd´s, é sem dúvida um ho-mem conservador da cultura pindare-ense e por que não dizer também da maranhense.

Carolina. Tem como atrações as ca-choeiras. Está na região das águas maranhenses. As principais cachoei-ras turísticas mais frequentadas são: Pedra Caída e Itapecuruzinho.A cida-de possui também aspectos local his-tórico,pois suas ruas são todas calça-das de pedras sabão, assim como possui um conjunto de casario coloni-al.

Caxias. É conhecida como a Prince-sa do Sertão Maranhense por ser u-ma bela cidade. No passado concorri-a de perto com a capital São Luís em termos de economia. Atualmente, possui uma economia modesta. A principal atração turística é o balneá-rio Veneza que é um local de rio.

São José de Ribamar. É um municí-pio da ilha de São Luís. É uma cidade balneária de águas salgadas. Possui como atrações:a Procissão de São José no mês de setembro, o lava pra-tos(o carnaval fora de época mais antigo do Brasil)que acontece no do-mingo seguinte do domingo de carna-val,o lava boi que acontece no mês de julho. A cidade é conhecida pela culinária do peixe pedra frito nos ba-res e restaurantes. CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE

O Programa

Cidade Educadora

foi criado com o

objetivo de despertar nas

pessoas e nas

autoridades

a consciência de uma

cidadania

Ampla e ativa.

Conheça mais:

Maranhão ( continuação )

Junho 2011 Gazeta Valeparaibana Página 11

A Odontologia e a Síndrome de Down Existe todo um cuidado que se deve ter com o paciente com SD no que se refere a um tratamento odontológico, o cirurgião-dentista deve estar atento, primeiramen-te, às limitações desse paciente. Depois, é preciso conhecer as diferenciações que esses pacientes apresentam, principal-mente quando falamos dos aspectos cra-niofaciais e bucais

Se o paciente S.D. freqüentar o consul-tório dentário desde a infância, o trata-mento torna-se mais simples . Eles costu-mam ser amorosos e fáceis de lidar, pos-sibilitando um tratamento odontológico tranqüilo. Quando a criança está acostu-mada com o seu dentista, quase não há necessidade de anestesia geral para a realização de procedimentos.

Quando levar a criança com Síndrome de Down ao dentista? A resposta é: o mais cedo possível, já no primeiro ano de vida da criança, antes mesmo antes de aparecerem os primeiros dentinhos na boca, tenha ela SD ou não. Na maioria das vezes, o dentista só é lembrado quando já existe dor de dente ou altera-ção bucal visível, necessitando de trata-mento curativo (restaurações, extra-ções...), procedimentos complexos que exigem colaboração da criança e que seriam facilmente evitados com procedi-

mentos preventivos simples e cuidado dos pais em casa.

O profissional deve ficar atento a algu-mas alterações comuns nesses pacien-tes, pois elas podem servir, inclusive, para diagnosticar a Síndrome de Down. Entre as alterações de ordem geral, den-tal e craniofacial presentes nesses paci-entes, podemos citar o atraso na erupção dos dentes, abaixa incidência de cáries e a alta suscetibilidade a doenças perio-dontais.

A baixa incidência de cárie pode estar ligada segundo alguns estudos, com a erupção tardia dos dentes, a morfologia diferenciada desses, notando-se uma menor quantidade de fóssulas e fissuras (provenientes de uma disfunção temporo-mandibular conhecida com bruxismo) e a composição salivar.

O paciente S.D. apresenta em sua maio-ria uma alta incidência de doenças perio-dontais, isso podendo ser conseqüência de uma coordenação motora e neurológi-ca deficientes. Outro ponto extremamen-te importante para o aparecimento des-sas periodontopatias é a deficiência imu-nológica comprovada, o que dificulta o organismo combater as bactérias presen-tes no biofilme dental (placa bacteriana). Esse tipo de doença bucal afeta tanto a dentição decídua quanto a permanente, podendo causar mobilidade dentária, pre-

sença de cálculo dental, reabsorção ós-sea severa ou, ainda, perda precoce dos dentes.

O tratamento odontológico de uma crian-ça portadora de SD é praticamente reali-zado da mesma forma que nos demais pacientes pediátricos. Deve-se ter aten-ção especial para pacientes com SD que apresentam problemas cardíacos os quais requerem cobertura antibiótica pro-filática para ser evitado uma possível en-docardite bacteriana e em alguns proce-dimentos odontológicos mais evasivos como, por exemplo, uma exodontia.

Um outro ponto importante a ser coloca-do aqui é sobre a língua que encontra-se anormal, apresentando-se aumentada. Entretanto, a macroglossia é relativa. A cavidade oral nestes pacientes é peque-na, havendo pouco espaço para seu po-sicionamento. Indivíduos com essa condi-ção anatômica se sentem mais confortá-veis com a boca aberta e a língua protuí-da, dando a ilusão de língua aumentada. Daí a necessidade da utilização da placa palatina em bebês com S.D.

A placa palatina de memória é um apa-relho que possui estimuladores para lín-gua e lábios induzindo o vedamento labi-al e a manutenção da língua dentro da boca levando a uma melhora da muscu-latura orofacial da criança e o desenvolvi-mento da respiração nasal.

A estimulação precoce é muito importan-te. O primeiro ano de vida é o período de maior desenvolvimento do Sistema Ner-voso Central e da região bucal.

É essencial a colaboração e a dedicação dos pais para a utilização da placa palati-na de memória em casa.

Objetivos da utilização da placa palatina: contração da língua para dentro/trás/cima. A língua toca o palato melhorando o desenvolvimento da maxila, estimula o vedamento labial e desenvolvimento da respiração nasal (deve-se observar antes se não há obstrução nasal; avaliação com otorrino). Ocorre uma aproximação do padrão fisiológico de sucção e degluti-ção devido à melhora da postura dos lá-bios e da língua. Redução da protrusão da mandíbula, pois a língua não se apóia mais sobre o lábio inferior e fica dentro da boca.

Enfim a minha participação nesse proje-to como cirurgiã dentista é além de pro-mover a saúde é tentar ajudar na orienta-ção da reabilitação morfológica, funcional e estética, objetivando uma maior inte-gração do S.D. À sociedade. Flávia Rodrigues Cirurgião Dentista Coordenadora de saúde do projeto social Formiguinhas do Vale

Síndrome de Down

Cidadão brasileiro, Sociedade,

Direitos e deveres.

Amanda lança campanha "10% do PIB já!"

A professora Amanda Gurgel acaba de encer-rar sua participação no Programa do Faustão, na Rede Globo, conclamando o público a en-tupir a Internet com uma mensagem - "10% do PIB, já!".

A campanha visa sensibilizar o Poder Execu-tivo e o poder Legislativo a destinarem à edu-cação 10% do Produto Interno Bruto do país. Em sua participação no programa do Faus-tão, Amanda afirmou que a notoriedade que conquistou não mexeu na sua vaidade. Mas, destacou que a assume com responsa-bilidade, entendendo que, agora, é seu dever e sua obrigação usar a sua voz para externar os pleitos e reivindicações de sua categoria profissional no Brasil inteiro. Para justificar sua atuação como militante em defesa da educação, a professora assinalou entender que faz parte da missão do profes-sor ensinar as pessoas a lutarem pelos seus direitos.

O Brasil inteiro apóia o discurso de Amanda Gurgel

O resultado da enquete sobre o índice de a-provação ao discurso da professora Amanda Gurgel. Foram dadas respostas pelo telefone, no au-ditório e pelo site da GLOBO, no programa do Faustão do último domingo. SIM - 98% NÃO - 2%

Cidadania x Educação Maranhão ( continuação - Final ) Raposa. É um municí-pio da Ilha de São Luís. Destaca-se por suas praias. Possui um co-mércio de rendas, toa-lhas,cobertores,etc., fei-tas por mulheres de descendência cearen-se.Possui muitos bares que servem peixes deli-ciosos. Ultimamente, o

município tem se destacado nas pequenas dunas existen-tes,chamadas de fronhas maranhenses. Estas fronhas es-tão localizadas principalmente na Ilha de Carimã. A cidade oferece passeios de barcos,banhos em rios e passeio em trilhas.É uma grande opção quem vem a São Luís e se diri-gir até o município de Raposa.

Pinheiro. É conhecida como a Princesa da Baixada Mara-nhense por ser a mais bonita dessa região.Possui como atrações turísticas os campos onde ficam os búfalos. Es-ses campos são pântanos, por essa razão é também co-nhecida como a cidade do pantanal maranhense. São Bento. É conhecida por seus belíssimos campos (regiões alagadas ode pode-se observar inúmeras espé-cies de aves), pelo seu artesanato (redes e confecções feitas a partir do babaçu),manifestações culturais nos perí-odos juninos, além dos Festejos Religiosos que acontecem durante o ano.

São João dos Patos. Tem um dos melhores carnavais do estado. Cidade festeira, destacando eventos como Expo-sertão em maio, Festejos de São João e São Francisco e Patos Folia em julho considerada a melhor micareta do in-terior. Atrativos naturais e de aventura visita ao Moro da Cruz à Estátua de São Francisco com uma bela vista para o Açude Grande, Morro do Chapéu no povoado giló des-lumbrante por sua forma natural e por último uma visita nos balneários de água doce Piqui e Mandacaru com água azul cristalina com pequenas ondas e visita na Barragem Hidrelétrica de Boa Esperança, na extremidade com o mu-nicípio de Guadalupe, este no estado do Piauí.

Fontes: Biblioteca da Redação e Wikipédia Av. Beira Mar, 13.050 (Balneário Britaria) - Ilha Comprida - SP

Junho 2011 Gazeta Valeparaibana Página 12

Meio Ambiente - Agrotóxicos *Agrotóxicos impactam saúde

do homem e ambiente*

Educação e fiscalização. Esses, de acordo com o pesquisador da Ensp - Josino Costa Moreira, são os dois principais aspectos para conter os danos provocados pela utilização dos agrotóxicos na agri-cultura brasileira. O pesquisador, que coordenou estudos sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde e ambiente na região centro-oeste e nordeste do país, revelou que as consequências são diversas. “Os agrotóxicos contaminam os ali-mentos, o ambiente e selecionam as espécies mais resistentes em determinado local. Esse impacto chega ao homem tanto pela exposição direta nas lavouras como pelas alterações que ele provoca no ambiente”, a-lertou. A reportagem é da *Ensp/Agência Fiocruz de Notícias* e publicada por * EcoDebate*, 23-05-2011. De acordo com *Josino*, o Brasil compõe a lista dos principais con-

sumidores de agrotóxicos. Em vo-lume, é o maior do mundo, sendo também, um dos primeiros quando se observa o consumo por hectare plantado. Dessa forma, o pesqui-sador direcionou uma de suas pesquisas à região que mais pro-duz soja e grãos no país. “O Esta-do do *Mato Grosso* foi o que mais consumiu pesticidas no Bra-sil em 2008 e 2009. É o que mais produz soja, e isso traz um grande impacto no ambiente, pois lá te-mos biomas importantes, e essa utilização vem acompanhada de vários riscos, já que o cerrado e mesmo a floresta estão sendo substituídos por áreas de cultivo. A pesquisa evidenciou grande contaminação em pessoas, seg-mentos ambientais, ar e animais. “Observamos contaminação em águas de rios, chuva e de poços artesianos, por exemplo. Outro resultado obtido foi em relação à contaminação de anfíbios. Animais que habitam as áreas contamina-das apresentaram alterações mor-fológicas mais frequentes quando comparadas às mesmas espécies que habitam áreas não contamina-das. Achamos um aumento de mais de 50% de deformações nes-sas áreas”, justificou. O estudo também observou as minhocas. “Comparamos a situação dessas espécies nos dois ambientes. Fi-cou comprovado que os herbicidas estudados, 2,4 D e glifosato, quan-do não matam, impedem a repro-dução da minhoca. Também foram encontrados resíduos de agrotóxi-

cos no leite materno. Apesar de estarem em níveis muito baixos, podem, eventualmente, comprometer o desenvolvimento normal ou a saúde dos bebês.” O crescimento do agronegócio no país é preocupante, segundo o pesquisador. Porém, deve ser enfrentado com duas ações. “O primeiro fator para solucionar esse problema é a edu-cação! Conscientizando a popula-ção de que os agrotóxicos conta-minam os alimentos, o ambiente, o homem, além de selecionarem as espécies mais resistentes em de-terminado ambiente, fica mais fácil trabalharmos. Por conta disso, nossa linha de ação busca focali-zar a educação em todos os ní-veis, mas, principalmente, na es-cola primária. O trabalhador ficará mais sensibilizado se a informação vier pela fala de seu filho, pois, para eles que já trabalham há mui-to tempo com a substância, é difí-cil relacionar seus problemas de saúde ao uso dos agrotóxicos. Outra linha de ação, na opinião do pesquisador, deve ser a fiscaliza-ção. Nesse aspecto, ainda de acordo com ele, o Brasil vem deixando a desejar. “O governo tem de ser ativo na fiscalização e orientação das pessoas, particularmente dos trabalhadores rurais. Eles acabam sendo os responsáveis pela mani-pulação dessas substâncias que

são tóxicas em alguma extensão. A falta de suporte técnico e cientí-fico a estes trabalhadores na utili-zação dos produtos é uma das fa-lhas que estamos cometendo.” Em relação à pesquisa no Nordes-te, *Josino* afirmou que o trabalho está na fase final de tratamento dos dados. Nessa região, as pesquisas con-temp lam o munic íp io de *Arapiraca*, em Alagoas, com o impacto dos agrotóxicos sobre o homem e o ambiente como resul-tado da fumicultura; para os im-pactos resultantes da produção de frutas na região do *São Francis-co* bem como de mulheres que trabalham na plantação do tomate em Pernambuco.

*O terreno difícil dos agrotóxi-

cos* "Já somos os maiores importado-res de agrotóxicos do planeta, com um consumo médio anual de 14 litros por hectare cultivado, mais 180 mil toneladas anuais de fertilizantes", escreve *Washington Novaes*, jornalista, comentando a proibição do uso do metamidofós, inseticida usado em lavouras de lavouras de soja, algodão, feijão, batata, trigo, tomate e amendoim, em artigo publicado no jornal *O Estado de S. Paulo*, 27-05-2011. Editado Por: Filipe de Sousa

A beleza da língua portuguesa! O que falta no texto abaixo?

NÃO OLHE A RESPOSTA. VEJA SE VOCÊ DESCOBRE O QUE

ESTÁ FALTANDO NO TEXTO....

A resposta está no final. "Sem nenhum tropeço, posso es-crever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em re-cursos diversos, tudo permitindo, mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impos-sível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, como se isto fosse mero ovo de Colombo. Desde que se tente sem se pôr inibido, pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e pere-grino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, ins-trumento que nos legou monu-mentos dignos de eterno e honro-

so reconhecimento. Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo, esgrime-se sem limi-tes com este divertimento instruti-vo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelec-to, pois escrevemos o que quiser-mos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclu-sivo desejo, escolherei outro, dis-co r ren do l i v rem en te , po r exemplo, sem o "P", "R" ou "F", ou o que quiser escolher. Podemos, em estilo corrente, repetir sempre um som ou mesmo escrever sem verbos. Com o concurso de termos esco-lhidos, isso pode ir longe, escre-vendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernós-tico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo

modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século, inconscientemente esque-cerem e oprimirem nosso portu-guês, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê? Cultivemos nosso polifônico e fe-cundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cis-nes e de condores. Honremos o que é nosso, ó mo-ços estudiosos, escritores e pro-fessores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo hu-milde, porém viril e cheio de senti-mentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos." Descobriu? No texto não tem letra "A".

Lusofonia, ou portuguesofoni-a, é o conjunto de identidades culturais existentes em países, regiões, estados ou cidades falantes da língua portuguesa como Angola, Brasil, Cabo Ver-de, Guiné-Bissau, Macau, Mo-çambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e por diversas pessoas e comunida-des em todo o mundo. Firmado o espaço continental português com a conquista do Algarve, os últimos reis da pri-meira dinastia dedicaram-se ao ordenamento do território na-cional: promoveram o povoa-mento, a exploração agrícola, a criação de estruturas de co-mércio, a criação de defesas, já não tanto a sul como a leste, etc. Deste modo, a dinastia de Avis pôde empenhar-se em novo processo de expansão territori-al, que teve início em 1415 com a tomada de Ceuta.

Lusofonia

Junho 2011 Gazeta Valeparaibana Página 13

Sobra de medicamentos ou medicamentos vencidos.

Quase todo mundo já comprou medica-mentos um dia, e sobrou um pouco de xarope no vidro ou alguns comprimidos na cartela e até ampolas de injetáveis que não foram mais usadas. Tempos depois percebeu que o prazo de validade venceu e o medicamento não pode mais ser consumido. O que fazer com os re-médios vencidos? Será que o jeito é jogar fora, tudo no lixo comum ou no vaso sanitário? Enviamos mensagens para várias em-presas farmacêuticas, inclusive algumas multinacionais bastante conhecidas, questionando-as sobre a existência de material educativo para a população. Nenhuma empresa tinha literatura dispo-nível e nem material promocional que tratasse do problema. Resolvemos, então, investigar o que as escolas de farmácia estão dizendo para seus alunos sobre como orientar a popu-lação a descartar seus medicamentos. O resultado foi semelhante, professores alertam para o perigo de se jogar medi-camentos no lixo comum ou no vaso sa-nitário, mas ninguém orienta objetiva-mente como fazer o descarte caseiro de medicamentos. O próximo passo foi investigar os órgãos públicos responsáveis pela saúde e meio-ambiente e encontramos o seguinte: Aos medicamentos com prazo de valida-de expirado, de acordo com a legislação sanitária em vigor, aplica-se o seguinte: 1. Farmácias e drogarias: devem ter am-biente ou local de segregação devida-mente identificado e seguro, fora da área de dispensação para a guarda dos pro-dutos violados, vencidos, sob suspeita de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração da sua composição, de modo a evitar sua entrega ao consumo (art. 38 da RDC 44/2009). As farmácias informarão aos fabricantes a lista de medicamentos com prazo de validade vencido (art. 4° Lei Estadual 2517/02). 2. Empresas e Serviços de saúde: são os responsáveis pelo correto gerenciamento de todos os seus resíduos por eles gera-dos, atendendo às normas e exigências legais, desde o momento de sua geração até a sua destinação final (RDC n° 306, de 7 de dezembro de 2004). 3. Indústria e empresas distribuidoras de medicamentos: são responsáveis quanto ao destino final dos medicamentos venci-dos, bem como a responsabilidade de recolhê-lo (art. 1º da a Lei Estadual 2.517/2002). 4. Distribuidoras de medicamentos: tem o dever de devolver ao titular do registro, os produtos com prazo de validade ven-cido, e os produtos com prazo de valida-de vencidos devem ser identificados e segregados em área específica e posteri-

ormente, devolvidos ao produtor, por meio de operação com nota fiscal, visan-do o objetivo de descarte (art. 13 inc. VIII e art. 20 da Portaria 802/98). 5. Substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial: considerando suas peculiaridades, os riscos de consumo indevido e de desvios, os medicamentos podem ser entregues diretamente a VISA local para posterior inutilização. Concluindo... Os medicamentos vencidos em posse das drogarias e farmácias são de inteira responsabilidade dos seus proprietários, em respeito ao princípio do gerador-pagador e às determinações do Conama e Anvisa. Estes deveriam se reunir e se organizar em associação ou cooperativa, contratar empresa especializada e devidamente licenciada para dar-lhes a destinação final mais adequada a esta classe de produto como é a incineração ou a dispo-sição final em aterro químico classe II, soluções disponíveis hoje apenas fora do Estado de Mato Grosso do Sul. É importante diferenciarmos o procedi-mento de queima realizado em fornos de tijolos do processo de incineração reali-zada em usina de incineração ou em inci-neradores. A simples queima é um procedimento onde a combustão da matéria ocorre em fornos convencionais, sem controle de combustível-comburente, sem controle da emissão de gases poluentes e com baixa eficiência, onde se observa muitas vezes a chamada combustão incompleta. Na combustão incompleta não há o su-primento de oxigênio adequado para que a queima ocorra de forma completa, pro-duzindo inúmeros subprodutos, grande quantidade de gás carbônico e outros gases nocivos ao homem e ao meio am-biente. A incineração é um processo de combus-tão controlada para transformar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos em dióxido de carbônico, gases e água, reduzindo significativa os volumes e pesos iniciais. O processo de incineração é realizado em incineradores industriais cujas câma-ras de combustão operam em torno de 900ºC (800 a 1300ºC) sob rigoroso con-trole, ocorrendo combustão completa produzindo um número limitado de pro-dutos, resultando em carbonização com-pleta dos compostos químicos, reduzindo toda a matéria a cinzas de carbono, gás carbônico, dióxido de nitrogênio e vapor d’água. Além disso, não polui a atmosfe-ra pela presença de filtros nas saídas de gases. As cinzas resultantes ficam confinadas no equipamento e periodicamente são depositadas em aterros sanitários classe II licenciados para receber resíduos quí-micos. Muitos órgãos de vigilância sanitária mu-nicipais, desprovidos de recursos ou de qualquer alternativa, adotam como práti-ca a inutilizarão de medicamentos (recolhidos ou apreendidos) em auto-fornos de olarias e frigoríficos, onde são realizadas queimas em pequenas quanti-dades durante repetidas operações. Tal conduta adotada pelo poder público, além de improvisada, expõe agentes pú-blicos e funcionários de empresas parcei-ras à inalação de gases tóxicos com re-percussões à saúde ainda desconheci-das e a riscos de graves acidentes com fragmentos de vidro incandescentes libe-rados nas explosões das embalagens de

vidro dos medicamentos como justamen-te ocorre nas apresentações comerciais de ampola e frasco ampola. Além disso, a simples queima do medicamento em fornos convencionais é um método pou-co seguro e de baixa eficiência, e dife-rentemente da incineração, libera gran-des volumes de fumaça tóxica pela pre-sença de compostos farmacêuticos asso-ciados entre si e combinados com a grande quantidade de material plástico presente nas embalagens dos medica-mentos. Vale mencionar que, excetuando-se os medicamentos ditos psicotrópicos ou controlados que são os regidos pela Por-taria Federal N° 344/1998 da extinta Se-cretaria Nacional de Vigilância Sanitária, substituída hoje pela ANVISA, e os medi-camentos apreendidos durante a fiscali-zação, os órgãos de vigilância sanitária não tem a incumbência de recolher ou receber medicamentos vencidos, até por-que o gerenciamento, a guarda e a desti-nação final dos resíduos estão sob a res-ponsabilidade da empresa geradora ou daquela que tem a posse, principio do gerador-pagador, responsabilidade que pode até ser compartilhada com as de-mais empresas envolvidas na cadeia de distribuição do medicamento como distri-buidoras de medicamentos e indústria farmacêutica. É em última análise, a aplicação do prin-cipio da coresponsabilidade ou da res-ponsabilidade solidária, princípio implícito em toda legislação ambiental e explicita-mente contido na lei estadual nº 2.517/2002. Para que deixe de ser letra mor-ta ou como dizemos "lei que não pegou", a lei precisa ser cumpri-da pelo segmento far-macêutico – empresas privadas que exploram atividade econômica altamente rentável, e que tem know-how, tecnologia e logística para tal – ou ser revo-gada pelo legislativo de cada Estado para que possamos sair da atual inércia e omis-são adotando outra saída capaz de ofere-cer uma destinação ecologicamente corre-ta aos resíduos quími-co-farmacêuticos, pe-rigosos por sua pró-pria natureza. A população tem uma consciência ecológica, o que não tem é o lo-cal adequado para descartar seus remé-dios velhos. Descobriu-se que grande parte da popu-lação descarta no lixo comum e no vaso sa-nitário. Grande parte dessa farmacinha caseira são remédios que atu-am no SNC (sistema nervoso central), anti-bióticos e muitas ou-tras substâncias. Po-demos imaginar os impactos negativos desses produtos quí-micos na natureza, nos rios, nos solos, nos animais.

Se houvessem postos de coleta, temos absoluta certeza de que a população iria aderir facilmente. Mas o que podemos fazer exatamente? Qual é o lugar adequado? Não há ninguém trabalhando para resol-ver esse enorme problema ecológico, embora ele se agrave dia a dia e coloque a saúde da população em risco.

Comprar medicamentos

fraciona dos, apenas a quantidade

necessária, pode reduzir o problema, mas não resolve totalmente.

Criação de postos de coleta que encami-nhem os medicamentos para o destino adequado, como incineração, seria uma forma melhor de dar um destino aos me-dicamentos oriundos das farmacinhas caseiras. A sensação que tivemos após essa pes-quisa é que consumidores, farmácias, postos de saúde, vigilâncias sanitárias e indústrias, todos sabem que não se pode jogar no lixo comum, mas ninguém faz nada porque o problema não é de nin-guém.

Você acha que se a população começar a cobrar soluções do poder público, é possível que os responsáveis pela saúde do país comecem a buscar respostas satisfatórias para o descarte correto da farmacinha caseira?

Da redação

Saúde da Família

JUNTOS

Gazeta Valeparaibana &

CULTURAonline A Gazeta Valeparaibana, um veículo da OS-CIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, somente publica maté-rias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de aulas, tais como: educação, cultura, tradi-ções, história, meio ambiente e sustentabili-dade, responsabilidade social e ambiental, além da transmissão de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias seleciona-das de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplica-dor do conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sus-tentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidá-ria e conhecedora de suas responsabilida-des sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens se-rão creditadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes nas matérias publi-cadas. Caso não queira fazer parte da cor-rente, favor entrar em contato.

[email protected]

Junho 2011 Gazeta Valeparaibana Página 14

Dinheiro sujo e a Corrupção

O Projeto Social “Formiguinhas do Vale” mantém na rádio web através de seu veículo de comunicação CULTURAonline, dois programas de divulgação de seus projetos, a saber:

EDUCAR - Uma janela para o mundo: Neste programa são abordadas as questões sociais mais importantes, tais co-mo Educação, Sustentabilidade Social, Meio Ambiente, Culturas e as tradições populares como fator de preservação de costumes e história.

No ar todos os Sábados das 18;00 às 20;00 horas > acesse: www.gazetavaleparaibana.com

RAÍZES & MATRIZES: Este programa é dedicado á Comunidade Lusófona Internacional e nele abordamos a Cultura, Turismo e História de cada país, além de servir como um prestador de serviços e de apoio a todo o cidadão das Comu-nidades Lusófonas em dificuldades, quer seja de Documentação ou outra dificuldade pontual.

Vai ao ar todas as Sextas-Feiras das 18;00 às 20;00 horas. Acesse: www.gazetavaleparaibana.com NÂO PERCA TAMBÉM

PONTO FINAL e AMOR e AMIZADE - Consulte nossa programação /// www.gazetavaleparaibana.com/programacao.htm

É curioso, mas a gente raramente vê na grande mídia falatório sobre as fraudes dos empresários grandalhões, assim co-mo não se exibe os corruptores ao lado dos corrompidos – e, como qualquer ra-pazote sabe, no ritual da corrupção um não existe sem outro.

Está claro que a corrupção é um cancro que se espalha sob formas variadas. Mas a amplitude de sua genealogia é restrita a alguns especialistas cujas revelações são confinadas no âmbito de alguns cír-culos intelectuais.

Raymond Baker talvez tenha sido quem mais se aprofundou na devassa dos cri-mes de dilapidação do dinheiro público.

Autor de “Capitalism’s Achilles Heel: Dirty Money and How to Renew the Free-

Market System” (O Calcanhar-de-Aquiles do Capitalismo: O Dinheiro Sujo e Como Reavivar o Sistema de Livre Mercado), ele hoje está á frente da Força-Tarefa

sobre Integridade Financeira e Desenvol-vimento Econômico, que reúne entidades

da sociedade e cerca de 50 governos, ligados na investigação e análise do uso criminoso do dinheiro público e da sone-

gação institucionalizada.

Radiografia da grande corrupção

Em outubro de 2005, Baker escreveu:

“Ao longo das últimas quatro décadas, foi sendo aperfeiçoada uma estrutura que facilita as transações financeiras interna-cionais ilegais. Essa estrutura de “dinheiro sujo” consiste em paraísos fis-cais, jurisdições sigilosas, cobrança de preços por transferências, empresas de fachada, fundações anônimas, contas secretas, solicitação de lucros obtidos de fontes ilegítimas, propinas e brechas re-manescentes nas leis dos países ociden-tais que encorajam a entrada de dinheiro criminoso e decorrente da sonegação de impostos.

Apenas o esboço dessa estrutura já exis-tia em 1960, por exemplo. Hoje, aproxi-madamente metade do comércio entre

países envolve partes deste sistema, que frequentemente é usado para gerar, transferir e ocultar dinheiro ilegal.

Muitas multinacionais e bancos interna-cionais fazem uso rotineiro dessa estrutu-ra, que funciona ignorando ou desviando-se das tarifas, dos impostos, das leis fi-nanceiras e da legislação contra a lava-gem de dinheiro. O resultado é pura e simplesmente a legitimação da ilegalida-de”.

Trabalhando com base nos estudos de Raymond Aron, John Christensen, do Secretariado internacional da Rede pela Justiça Fiscal, observou:

“A sonegação de impostos corrompe os sistemas fiscais do Estado moderno e solapa a capacidade de prover serviços exigidos por sua cidadania. Isso repre-senta a forma mais alta de corrupção, pois priva diretamente a sociedade de recursos públicos legítimos.

Entre os sonegadores estão instituições e indivíduos que desfrutam de posições sociais privilegiadas, porém se conside-ram uma elite separada da sociedade e rejeitam “quaisquer obrigações intrínse-cas à cidadania numa sociedade nor-mal” (Reich, 1992)

Esse grupo inclui indivíduos ricos e pes-soas de renda alta, além de uma infra-estrutura de colarinho branco de banquei-ros profissionais, advogados e contado-res, acompanhados de uma infra-estrutura extraterritorial de paraísos fis-cais com sistemas de governo, judiciários e autoridades regulatórias quase inde-pendentes.

Portanto, esse tipo de corrupção envolve um conluio entre atores do setor privado e público que exploram seu status privile-giado para solapar os regimes fiscais na-cionais.”

No caso da sonegação, esses estudiosos não se referem às empresas e às pesso-as que são massacradas por um fisco insaciável, mas a quem mexe como mui-ta grana, como os banqueiros, e pagam percentualmente muito menos do que pequenos e médios contribuintes pelas razões detectadas por eles.

Os grandes vilões do dinheiro sujo

É o que demonstrou Carlos Drummond, jornalista e professor da FACAMP: “Longe de ser atributo apenas de algu-mas pequenas corretoras, de distribuido-ras de valores obscuras, de escritórios de

doleiros e de comerciantes e industriais isolados que se envolvem com sonega-ção, falsificações contábeis, contrabando, roubo de cargas, mercado negro e adul-teração de produtos, a transgressão dis-seminou-se no mundo dos negócios a ponto de estar presente hoje em grande parte das transações entre empresas”.

E deu exemplo:

“O quadro geral dos negócios denota um fenômeno profundo, como indicou um banqueiro paquistanês entrevistado por Baker: "Nós perdemos a distinção entre o que é legal e o que é ilegal. Ninguém o-deia as pessoas que obtêm dinheiro atra-vés de meios ilegais. A sociedade não está agindo como uma coibidora”.

E disse mais:

“As evidências do problema são abun-dantes. Fraudes, roubos, práticas corrup-tas, irregularidades contábeis, reduções fictícias de valores de ativos, crimes tribu-tários, conflitos de interesses e outras transgressões cometidas por ícones co-mo Citigroup, J.P. Morgan Chase, Enron, WorldCom, Bank of America, Bankers Trust, Bank of New York, Bankers Trust, Halliburton, Global Crossing, Arthur An-dersen e mais de uma centena de outras grandes empresas de renome mundial no passado recente provocaram perdas para milhões de contribuintes, consumidores, aposentados e pequenos acionistas, tudo noticiado amplamente pela imprensa.

O restante da América coleciona exem-plos semelhantes, tanto na área financei-ra como na indústria, no comércio e nos serviços”.

Onde o dinheiro roubado faz falta

Quando se fala no Brasil em corrupção, os cálculos de seus danos se limitam às patifarias dos políticos, o que por si já causa enormes estragos, apesar de re-presentaram apenas 3% do banquete das fraudes.

Em maio de 2010, O Decomtec (Departamento de Competitividade e Tecnologia) da FIESP divulgou um estu-do que deu uma dimensão dos prejuízos econômicos e sociais que a corrupção causa ao País.

Segundo dados de 2008, o custo médio anual da corrupção no Brasil gira em tor-no de R$ 41,5 bilhões a R$ 69,1 bilhões, o que representa de 1,38% a 2,3% do PIB (Produto Interno Bruto).

O estudo também mostrou que, se o Bra-sil estivesse entre os países menos cor-ruptos do mundo, a renda per capita do País entre 1990 e 2008 - que foi US$ 7.954 - subiria para US$ 9.184, aumento de 15,5% na média do período, ou o e-quivalente a 1,36% ao ano.

O levantamento ainda traz simulações de quanto a União poderia investir, em diver-sas áreas econômicas e sociais, caso a corrupção fosse menos elevada.

Educação - O número de matriculados na rede pública do ensino fundamental saltaria de 34,5 milhões para 51 milhões de alunos. Um aumento de 47,%, que incluiria mais de 16 milhões de jovens e crianças.

Saúde - Nos hospitais públicos do SUS (Sistema Único de Saúde), a quantidade de leitos para internação, que hoje é de 367.397, poderia crescer 89%, que signi-ficariam 327.012 leitos a mais para os pacientes.

Habitação - O número de moradias po-pulares cresceria consideravelmente. A perspectiva do PAC (Programa de Acele-ração do Crescimento) é atender 3-.960.000 de famílias; sem a corrupção, outras 2.940.371 poderiam entrar nessa meta, ou seja, aumentaria 74,3%.

Saneamento - A quantidade de domicí-lios atendidos, segundo a estimativa atual do PAC, é de 22.500.00. O serviço pode-ria crescer em 103,8%, somando mais 23.347.547 casas com esgotos. Isso di-minuiria os riscos de saúde na população e a mortalidade infantil.

Infraestrutura - Os 2.518 km de ferrovi-as, conforme as metas do PAC, seriam acrescidos de 13.230 km, aumento de 525% para escoamento de produção. Os portos também sentiriam a diferença, os 12 que o Brasil possui poderiam saltar para 184, um incremento de 1537%. A-lém disso, o montante absorvido pela corrupção poderia ser utilizado para a construção de 277 novos aeroportos, um crescimento de 1383%

Esses cálculos, repito, só tratam das per-das no uso do dinheiro público. Imagine se tais estudos contabilizassem o ralo da sonegação apontado nas investigações de Raymond Baker.

Extraído do Porfírio Livre

Editado: Filipe de Sousa

Maio 2011 Gazeta Valeparaibana Página 15

Nossas crianças - Educar

Muitas são as discussões a res-peito do papel da escola em nos-sa educação, mas será que o pa-pel da escola se resume unica-mente em transmitir conhecimen-tos aos alunos.

Certamente que não é somente o papel de transportar os conheci-mentos, mas além do que isso ensinar os alunos a pensarem so-bre o mundo, onde vivem, ou se-ja, o mundo das diferenças.

Já que na escola mesmo existem diversos alunos, uns com mais

facilidade de aprenderem e outros com um pouco de dificuldade.

Principalmente a escola, esta tem que realizar a função de sa-nar as possíveis dificuldades co-mo também saber lidar com os inúmeros alunos que possam ser encontrados na escola.

E uma peça chave para que este papel da escola seja cumprido são os professores, já que estes mestres passam a maior parte de seus dias tentando ao menos transmitir algum conhecimento a estes alunos, ou seja, indo muito além desta transmissão de sabe-res ensinando os alunos o respei-to que todos nós devemos ter, portanto é necessário que o do-cente sinta vontade de cativar o aluno, para que ele possa se sen-tir interessado pelo conteúdo que esta sendo lhe passado.

Portanto a função da escola para a educação é muito além de mé-todos tradicionais, que se resu-mem em conseguir aplicar todo o conteúdo necessário aos alunos,

ou seja, entupindo seus alunos com matérias que não serão úteis ao futuro dos aprendizes, mas têm que ter a perspectiva de sim-plesmente educar os seus alunos para a igualdade, já que vivemos numa sociedade amplamente de-sigual.

E com esta perspectiva sendo praticada em todas as escolas de nossas sociedades, educando pa-ra um mundo mais igual, ou seja, fazendo o seu papel mais impor-tante na educação, talvez assim a escola possa mudar um pouco de nossa realidade já que sem a e-ducação não conseguimos modifi-car muita coisa.

Mas para que esta mudança a-conteça e que a escola exerça seu papel é necessário que todos caminhem juntos como diretores, professores e, principalmente os alunos, deixando a escola exercer seu papel que o principal deles é formar seres que possam pensar a respeito de tudo o que fazem.

Filipe de Sousa

Competência = ética, estética e política

“É preciso ler o mundo pa-ra ler a palavra com com-

petência”

Essa é a tese básica de Paulo Freire no entendimento de Moacyr Gadotti, diretor do Instituto Paulo Freire, que apresentou várias outras teses do educador pernambucano durante o I Seminário de Educação: Paulo Freire na Contemporaneidade, nos dias 4 e 5 de julho, na UERJ (São Gonçalo, RJ). Gadotti vê a competência subordina-da à ética, à estética e à política. “Não é competente o educador que não é comprometido porque ele tra-balha em função de um mundo a ser construído, de um outro mundo pos-sível; portanto de uma utopia”, expli-cou. Disse ainda que, em função do futuro, voltamos para o presente. Pa-ra ele, é preciso entender essa con-cepção de Paulo Freire sobre a com-petência para compreender a sua pedagogia. Outra tese apresentada por Gadotti mostra que ensinar não é transferir conhecimento. “O papel da escola, que era de transmitir conhecimentos porque era um dos poucos espaços do saber elaborado, nesse momento, diante desses novos espaços de in-formação, a escola e o professor passam a ter uma outra característi-ca que é a de gerenciar, de dar senti-do ao conhecimento e a escolher o conhecimento, já que a sociedade

está impregnada de informação pelos jornais”, argumentou. Diante dessa constatação, a profis-são de educador deixa de ser a de transmitir conhecimento para assumir a tarefa de organizador do conheci-mento e do trabalho do aluno. O atestado de contemporaneidade de Paulo Freire teria sido dado há três anos no relatório da Unesco “Educação – Um tesouro a desco-brir”, coordenado pelo francês Jac-ques Delors e editado pela Cortez. O trabalho concebe o conceito de edu-cação durante toda a vida como base da educação do futuro sustentado por quatro pilares incontestáveis, se-gundo Gadotti. O primeiro pilar fala da necessidade de aprender a aprender e Paulo Frei-re dedicou toda a sua vida à questão de aprendizagem. “No momento em que a informação envelhece, não adi-anta deter informação”, advertiu Ga-dotti, enfatizando a importância de capacidades básicas como a leitura, a escrita, o pensar, o decidir, o co-nhecer, o domínio de linguagens e metodologias. O segundo pilar seria o aprender a conviver. O terceiro seria conhecido como aprender a fazer, hoje mais cognitivo do que manual. O quarto pilar seria aprender a ser, que trabalha a idéia de sensibilidade. Todas essas idéias estão presentes

nos textos de Paulo Freire, garantiu Gadotti. O diretor do Instituto Paulo Freire concluiu sua palestra trazendo à me-mória a última entrevista de Paulo Freire, quando disse que gostaria de ser lembrado como o homem que amou as plantas, as praias, o calor do mar, Recife, o ar puro, andar na rua... “Lembrado como alguém que amou a terra”, recordou Gadotti, par-tindo deste fato para pensar uma pe-dagogia da educação para a susten-tabilidade. “Nossos filhos e netos po-dem não ter mundo algum se conti-nuarmos com o modo de vida que levamos de degradação do meio am-biente”, alertou. Para fazer frente a esse contexto, propôs uma formação de professores que considere um ensinar a viver glo-balmente, que eduque os sentidos, que sinta o outro e a terra, que esti-mule uma identidade terrena, que eduque para a compreensão, para a ética e para a sustentabilidade. Lamentando a violência cotidiana e sua aproximação da sala de aula, sentida pelo excesso das grades e pelo medo desmedido, lembrou o que Paulo Freire dizia a respeito da escola: “não são paredes, alunos, bibliotecas ou professores; a escola é o conjunto de relações sociais huma-nas”. Edição: Filipe de Sousa

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Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o ci-dadão deve ser um multiplicador do conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, to-dos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, so-lidária e conhecedora de suas responsabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes nas matérias publica-das. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em con-tato.

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Eu sou Brasil

EEEEu sou Brasil de cabo a rabo sou um louco apaixonado pela terra onde eu nasci Tenho o perfume da floresta e estampado aqui na testa o quanto eu já sofri Eu já andei todos os caminhos Lá no norte foi espinho e o sol forte queima o chão Tenho na alma terra preta E um punhado de Tietas dentro do meu coração Sou mineiro,sou goiano Frutapão do Ceará Sou pimenta da Bahia de São Paulo a alegria sou Castanha do Pará Sou gaúcho e pantaneiro Lampião Pernambucano Sou de Santa Catarina Terra de mulher bonita

Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável

A tragédia dos comuns

Em 1968, um pesquisador ameri-cano da Universidade da Califór-nia, Garrett Hardin (1915-2003), publicou um artigo sob o título de “A Tragédia dos Comuns”. O texto faz uma criteriosa análise dos pro-blemas que surgem sempre que usamos um bem comum. Na verdade, é um estudo sobre traços do comportamento humano, cujo resumo é o seguinte: a maiori-a das pessoas, sempre que puder beneficiar-se de um bem comum será incentivada a fazer o mínimo de esforço para preservá-lo, ao mesmo tempo em que será tenta-do a extrair o máximo de vantagem desse bem. No texto do artigo, o exemplo utili-zado é o das pastagens, pois era comum em diversos países euro-peus (e especialmente na Inglater-ra), que as terras fossem explora-das de forma coletiva por um grupo de pessoas. Assim, nas mesmas terras todos plantavam, e também criavam ga-do, utilizando-se das pastagens comuns.

O termo “comum”, do título original do artigo, provém da expressão inglesa “commons”, que era utiliza-da para designar as pastagens, as florestas e os campos compartilha-dos livremente por uma comunida-de rural. Porém, esse sistema dava margem ao surgimento da super-exploração: frequentemente um pastor descobria que, se ele au-mentasse o seu rebanho, somente ele teria mais lucro, ao passo que o custo disso seria suportado por todos. A tragédia sobreviria assim que todos passassem a agir da mesma forma. Quando todos os pastores aumentassem os seus rebanhos desproporcionalmente, a terra logo se esgotaria e, em pouco tempo, todos perderiam. Daí o sen-tido da tragédia. Há um outro exemplo clássico e real, sempre incluído nos livros de Economia Política: no início da co-lonização americana, por volta do ano de 1621, desembarcou na re-gião de Massachusetts um grupo de imigrantes peregrinos vindos da Europa, que formaram uma colônia chamada de Plymouth. De acordo com o contrato, as pro-priedades e as terras seriam admi-nistradas e cultivadas de forma co-mum por todos os colonos. Porém, em pouco tempo, ainda no final do segundo ano da chegada, a colô-nia afundou em miséria e penúria, fome e frio, pois sua produção não era suficiente nem para alimentar as famílias ali estabelecidas. Logo se concluiu que o sistema de exploração comum não funciona-va, pois cada colono esperava que o outro trabalhasse mais que ele

próprio. O sistema comunal foi en-tão abolido, e cada um dos colonos passou a cuidar de suas próprias terras. A partir daí a colônia cres-ceu e prosperou, confirmando a-quilo que o filósofo grego Aristóte-les já havia concluído há muito tempo: quanto mais donos tiver a coisa, menor o cuidado. Em tudo. Esse comportamento predatório se revela em várias outras oportunida-des. Por exemplo, nos condomí-nios em que o consumo de água não é medido individualmente, a conta costuma ser bem mais alta do que quando se instala medido-res que indicam o consumo de ca-da família. Questões ambientais também so-frem o mesmo impacto. Se a pesca é liberada, todos procurar retirar o máximo de peixe das águas, ainda que isso, ao final, vá prejudicar a todos. Infelizmente, isso faz parte da na-tureza humana: a idéia de “se dar bem”, de levar vantagem em tudo, de obter sempre o máximo de lu-cro; tudo, logicamente, sem pensar nos outros. E como mudar isso? Como sugeriu Gustavo Cerbasi (Folha de S. Paulo, 21/6/2010), no mundo atual, dominado pelo con-sumo e pelos valores materiais, uma maneira de se evitar a forma-ção de jovens gananciosos e ego-ístas seria que as escolas, desde cedo, transmitissem às crianças os valores da ética e da cidadania, ao lado das vantagens de uma vida coletiva e solidária. Não tenham dúvida: esses ensina-mentos seriam bem mais importan-

tes do que muita coisa inútil que hoje enche os cadernos, a cabeça e a paciência de nossos jovens e crianças. João Francisco Neto Agente Fiscal de Rendas, mestre e doutor em Direito Econômico e Finan-ceiro pela Faculdade de Direito da USP

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Cidadania (do latim,civitas, "cidade") é o con-junto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em rela-ção à sociedade em que vive. O conceito de cidadania sempre esteve fortemente "ligado" à noção de direitos, especialmente os direi-tos políticos, que permitem ao indi-víduo intervir na direção dos negó-cios públicos do Estado, participan-do de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua ad-ministração, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a um cargo públi-co (indireto). No entanto, dentro de uma demo-cracia, a própria definição de Direi-to, pressupõe a contrapartida de deveres, uma vez que em uma cole-tividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumpri-mento dos deveres dos demais componentes da sociedade Cidada-nia, direitos e deveres. Ouça: CULTURAonline www.gazetavaleparaibana.com

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Edição nº. 43 Ano IV - 2011