choque e distÚrbios hemodinÂmicos dr. vinício elia … dr. vinicius... · choque categorias...
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débito
Hgb
SaO2
arterial venoso
DO2
extração
ácido lático
VO2 = MRO2 36 ATP
< MRO2 2 ATP
metabolismo celular
débito
Hgb
SaO2
extração
metabolismo alterado
SvO2
SvO2
SvO2
SvO2
SvO2
......
......
......
......
......
repercussões sobre a SvO2
MRO2 ........ SvO2
débito
Hgb
SaO2
arterial venoso
DO2
extração
ácido lático
VO2 < MRO2 2 ATP
metabolismo celular
alterado
CHOQUE QUANDO VO2 < MRO2
DESENCADEAMENTO E PERPETUAÇÃO DA
SÍNDROME DE DISFUNÇÃO DE MÚLTIPLOS ORGÃOS
Choque
categorias funcionais
• hipovolêmico
• cardiogênico
• obstrutivo
• distributivo
via final comum de morte celular e disfunção
de mútiplos orgãos e sistemas
Choque cardiogênico
infarto agudo do miocárdio
• necrose e isquemia de VE
• necrose e isquemia de VD
• lesões estruturais
outras causas
• miocardite e cardiomiopatias
• contusão miocárdica
• arritmias
• depressão tóxica ou farmacológica
Choque cardiogênico
• condição comum e de extrema gravidade
• IAM é uma causa importante
• ocorre em 5% a 15% dos pacientes com IAM
• apesar dos recentes avanços a mortalidade
ainda é elevada (60% a 80%)
Causas de choque cardiogênico
infarto agudo do miocárdio
• necrose e / ou isquemia de VE significativas
• pequeno IAM em paciente com função de
VE previamente comprometida
• extensão e / ou expansão do infarto
• necrose e / ou isquemia de VD significativas
• lesões estruturais (IM, rotura do septo,
rotura cardíaca, aneurisma ventricular)
Causas de choque cardiogênico
outras causas
• miocardites, cardiomiopatias, contusão
• cirurgia cardíaca com circulação extra-
corpórea prolongada, disfunção após
parada cardíaca
• depressão da função miocárdica por
agentes tóxicos ou farmacológicos ou por
sepse grave
• EAo, hipertrófica, EM, mixoma, IM, Iao
• taquiarritmias, bradiarritmias
Fatores de risco
risco de choque cardiogênico no IAM
• idade avançada
• diabetes mellitus
• infarto prévio
• fração de ejeção deprimida, infarto extenso
• hipotensão, taquicardia, classe de Killip > I
Repercussões funcionais
extensão do comprometimento ventricular
• 8% .............. disfunção diastólica
• 15% .............. disfunção sistólica
• 25% .............. insuficiência cardíaca
• 40% .............. choque cardiogênico
AUTOR
Griffith
Killip
Mirowski
Goldberg
Kobayashi
Takano
GISSI-1
Gheorghiade
Jugdutt
Hands
TIMI-2B
International Study
Goldberg
ISIS-3
GUSTO-1
Soares
N
816
250
1246
1304
269
657
11806
2162
310
2931
3309
20768
4762
40775
41021
1168
INCIDÊNCIA
19,7 %
18,8 %
12,0 %
6,9 %
13,3 %
11,4 %
8,5 %
6,0 %
10,0 %
11,6 %
5,9 %
5,7 %
7,5 %
7,0 %
7,2 %
10,1 %
PUBLICAÇÃO
Circulation 1954
Am J Cardiol 1967
Arch Intern Med 1978
Johns Hopkins Med J 1979
Jpn Circ J 1984
Jpn Circ J 1984
Lancet 1988
Am Heart J 1988
Circulation 1988
J Am Coll Cardiol 1989
Circulation 1989
Lancet 1990
N Engl J Med 1991
Lancet 1992
N Engl J Med 1993
Revista da SOCERJ 1999
CHOQUE CARDIOGÊNICO NO IAM
AUTOR
Griffith
Binder
Killip
Mirowski
Goldberg
Kobayashi
GISSI-1
Hands
Goldberg
Hochman (SHOCK)
GUSTO-1
Soares
Goldberg
Hochman (SHOCK)
Urban (SMASH)
N
161
82
47
149
90
35
280
60
358
251
214
117
644
302
55
MORTALIDADE
80 %
83 %
81 %
87 %
62 %
60 %
70 %
65 %
78 %
66 %
56 %
67 %
72 %
51 %
74 %
PUBLICAÇÃO
Circulation 1954
Am J Med 1955
Am J Cardiol 1967
Arch Intern Med 1978
Johns Hopkins Med J 1979
Jpn Circ J 1984
Lancet 1988
J Am Coll Cardiol 1989
N Engl J Med 1991
Circulation 1995
J Am Coll Cardiol 1995
Revista da SOCERJ 1999
N Engl J Med 1999
N Engl J Med 1999
Eur Heart J 1999
CHOQUE CARDIOGÊNICO NO IAM
INFARTO DO MIOCÁRDIO
DISFUNÇÃO MIOCÁRDICA
diastólica sistólica
isquemia
hipoxemia
PDFVE
congestão pulmonar
disfunção
miocárdica
progressiva
MORTE
vasoconstrição
compensatória
hipotensão
pressão de
perfusão coronária
volume sistólico
débito cardíaco
vasodilatação
RVS
inflamação
sistêmica
citoquinas
inflamatórias
perfusão
sistêmica
iNOS
NOS
Choque cardiogênico
manifestações clínicas
• taquicardia, hipotensão, pulso filiforme
• enchimento capilar lento
• turgência jugular
• galope atrial (B4) e / ou ventricular (B3)
• sopro (IM, rotura do septo)
• taquipnéia, estertores pulmonares
(pulmões limpos no infarto de VD)
• palidez cutânea, pele fria e pegajosa
• oligúria, alteração do estado mental
Choque cardiogênico
perfil hemodinâmico na disfunção do VE
• PVC normal ou elevada
• POAP elevada (geralmente > 18 mmHg)
• débito reduzido (IC < 1,8 - 2,0 l/min/m2)
• aumento da resistência vascular
• redução do trabalho sistólico do VE
• redução do DO2, aumento da extração
de O2, redução da SvO2
Choque cardiogênico
critérios para diagnóstico
• evidências clínicas de hipoperfusão
• PAS < 80 / 90 mmHg
• POAP > 18 mmHg
• IC < 1,8 L/min/m2
• evidência de anormalidade cardíaca
Choque cardiogênico
perfil hemodinâmico na disfunção do VD
• PVC elevada (geralmente > 10 mmHg)
• POAP reduzida, normal ou elevada
• relação entre PVC e POAP > 0,7 ou 0,8
• X e Y proeminentes, sinal de Kussmaul
• pode haver equalização diastólica
• débito reduzido, aumento da resistência
• redução do DO2 , redução da SvO2
Choque cardiogênico
perfil hemodinâmico na regurgitação mitral
• PVC normal ou elevada
• POAP elevada
• onda V evidente
• POAP > PDFAP
• débito cardíaco reduzido
• aumento da resistência vascular
• redução do DO2
• pode haver aumento do SvO2
Choque cardiogênico
perfil hemodinâmico na rotura do septo
• PVC, PAP e POAP elevadas
• aumento da pressão de pulso de AP
• pode haver onda V evidente (fluxo)
• real débito cardíaco reduzido
(superestimado pela termodiluição)
• aumento da resistência vascular
• salto oximétrico
( de 10% na SO2 entre o AD e a AP)
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO
DISTÚRBIO HEMODINÂMICO
reposição volêmica
se não houver
congestão evidente
sem reposição
volêmica em
congestão evidente
vasopressores para
hipotensão
inotrópicos para
hipoperfusão
diuréticos e
vasodilatadores para
hipertensão
inotrópicos e
vasopressores para
hipotensão
ABORDAGEM ESCALONADA
1ª etapa - pressões de enchimento ?
1. PVC / POAP reposição volêmica
2. sem PVC / POAP próxima etapa
2ª etapa - débito cardíaco?
1. IC, sem PVC / POAP volume
2. IC, PVC / POAP inotrópico
3ª etapa - VO2 ?
1. IVO2 < 100 mL/min/m2 reposição volêmica, inotrópico, hemoterapia
2. IVO2 > 100 mL/min/m2 próxima etapa
4ª etapa - lactato ?
1. lactato < 4 mmol/L observar
2. lactato > 4 mmol/L + choque / SDMO VO2 > 160 mL/min/m2, sedação e relaxantes
3. IC, PVC / POAP, PA vasopressor
4. IC > 3 L/min/m2 próxima etapa
TRATAMENTO DO CHOQUE CARDIOGÊNICO
• uso de AAS, heparina
• suporte ventilatório ( hipoxemia, acidose )
• correção de distúrbios eletrolíticos e acido-base
• reversão de efeito inotrópico negativo de drogas
• correção de anemia
• controle de arritmias (drogas, cardioversão, marcapasso)
MEDIDAS DE ORDEM GERAL
FARMACOLÓGICO
• volume
• diuréticos
• vasodilatadores
• inotrópicos
• vasopressores
REPERFUSÃO
• fibrinolíticos
• angioplastia
• cirurgia
MECÂNICO
• contrapulsação
intra-aórtica
• novos
dispositivos
MEDIDAS ESPECÍFICAS DE SUPORTE
POAP ( mmHg ) - pressão de enchimento ventricular
IC (
l/m
in/m
2)
- d
esem
pen
ho
ven
tric
ula
r
congestão pulmonar 0 18
2,2
baix
o
déb
ito
I II
IV
3
4
5
6
7
III
2
1
2
1
3. diurético
vasodilatador (venoso)
4. vasodilatador (arterial)
1. reposição volêmica
2. diurético
vasodilatador (venoso)
5. inotrópico
6. inotrópico e
vasodilatador
7. vasopressor
Novos agentes não adrenérgicos
levosimendan
• sensibilização ao cálcio (inotrópico) e ação
em canais de potássio (vasodilatação)
• indicação clássica em insuficiência cardíaca,
recentes estudos em choque
vasopressina
• ação em receptor V1 da musculatura lisa
•RCP, choque séptico, choque cardiogênico
CONTRAPULSAÇÃO INTRA-AÓRTICA
DIÁSTOLE
( INFLAÇÃO DO BALÀO )
promove ganho diastólico
aumenta a pressão arterial média
aumenta a perfusão coronária
aumenta o MDO2
SÍSTOLE
( DEFLAÇÃO DO BALÀO )
reduz a pós-carga
reduz o trabalho cardíaco
aumenta o débito
reduz o MVO2
ganho diastólico
sístole sem assistência
diástole sem assistência
diástole assistida
sístole
assistida
sístole
assistida
Contrapulsação intra-aórtica
CHOQUE CARDIOGÊNICO
DAC 1 ou 2 vasos DAC moderada 3 vasos DAC grave 3 vasos DAC TCE
ICP ARI ICP ARI RMC imediata
estagiar ICP de
múltiplos vasos
estagiar RMC não pode ser
realizada
choque precoce, diagnóstico
na apresentação inicial
CATETERISMO CARDÍACO E
CORONARIOGRAFIA
BIA
fibrinolítico se presentes todas as
seguintes condições:
1. ICP com mais de 90 min
2. IAM com início há menos de 3
horas
3. sem contra-indicação para
fibrinolítico
rápida transferência para centro
qualificado para intervenção
rápida transferência para centro
qualificado para intervenção
início tardio do choque (eco para
descartar complicação mecânica)
ICP ou RMC precoce fortemente recomendadas para:
• pacientes com menos de 75 anos
• IAM com supra de ST, BRE
• choque nas 1as 36 horas do IAM
• ICP / RMC nas 1as 18 horas do choque
Infarto do ventrículo direito
tratamento
• otimização da pré-carga do VD
• suporte inotrópico
• redução da pós-carga do VD
(tratamento da IVE associada)
• terapia de reperfusão