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Marta Maria Noccioli Sanches Enfermeira Divisão de Vigilância Sanitária Checklist prático da RDC 15/2012 19ª JORNADA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Ribeirão Preto, 12 de setembro de 2014

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Marta Maria Noccioli SanchesEnfermeira

Divisão de Vigilância Sanitária

Checklist prático da RDC 15/2012

19ª JORNADA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Ribeirão Preto, 12 de setembro de 2014

Novas tecnologias exigem novas abordagens . . .

Todos os estabelecimentos, sem exceção merecem uma abordagem cuidadosa:Serviços novos;Serviços com histórico de conformidade exemplar;

DESAFIO:Os profissionais (administrativose até mesmo técnicos) resistem em sairDa área de conforto...

Formas de fiscalizaçãoObservação sistematizada

Roteiro ou ‘Check-list’

Envolve conhecimento teórico e experiência na áreaAvaliação do riscoConsidera evolução do serviço

Fácil aplicação mesmo para técnicos com pouca experiência na áreaLimitado (questões fechadas)

COMBINAR

Check-lists existentes para CMEA Anvisa através da Gerência Geral de

Tecnologia em Serviços de Saúde, Unidade de Tecnologia de Organização em Serviços de Saúde estabelece em 2002 o INAISS: Instrumento Nacional para Inspeção de Serviços de Saúde

O INAISS fornece parâmetros para a avaliação das condições sanitárias e a qualidade dos Serviços de Saúde

INAISS, Anvisa, 2002• Módulo 03 – APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO

A - Central de Material Esterilizado

Itens evidenciados no INAISS para CME

Área físicaRecursos HumanosManuaisRegistrosInstrumentaisEquipamentos de proteção individual

Check-list do INAISS para CME

Em fase de validação

Foi proposto antes da RDC 15/2012

Nova visão regulatória em Serviços de Saúde (Anvisa, GGTES 2011)

ANTES ATUAL

Regulamentos prescritivos Regulamentos contendo diretrizes

Como fazer O que deve ser feito

Serviço de Saúde cumpre o prescrito nos protocolos estabelecidos

Serviço de Saúde cria os seus próprios protocolos

Vigilância Sanitária exige o prescrito

Vigilância Sanitária avalia o risco

Vigilância Sanitária realiza inspeção

Vigilância Sanitária audita o “Sistema de Qualidade”

RDC 15 de 15/03/2012“Dispõe sobre requisitos de boas

práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras

providências.”

• Vigente desde 15/03/2014

Itens evidenciados na RDC 15/2012 para CME• Boas práticas• Segurança do paciente• Infraestrutura• Condições organizacionais :• RT, RL, Comitê de Processamento de Produtos para Saúde

– CPPS (serviços com mais de 500 cirurgias/mês)• Processo de trabalho/ tecnologia• POPs • Define EPPS (Empresa Processadora de Produtos para

Saúde)• Regulamenta relações de terceirização• Saúde do trabalhador• Transporte• Gerenciamento de resíduos

Tecnologia e assistênciaPassado:Valorização do

improviso.Confiança irrestrita

nos equipamentos. Pouco ou nenhum

foco na prevenção de eventos adversos

Presente:Tecnologia apropriadaValidaçãoGestão do riscoGarantia da qualidade

Sanches,MMN- 2014

O QUE É O ROTEIRO:

O roteiro é a RDC 15/12 que foi transformada em itens para checagem.

RDC 15/12 Roteiro da RDC 15/12

Como usamos o roteiro para CME:

Reunião com os técnicos para apresentação do roteiroTempo para autoinspeção. Discussão do roteiro.A inspeção sanitária propriamente dita

pode ser feita antes, durante ou após o roteiro e complementa o processo.

Nossas observaçõesOs serviços passam a adotar a postura de

correção de inconformidades com mais dinamismo.

Como as questões são numeradas, é fácil criar um índice de adequação referente a cada área abordada na RDC. O Serviço passa a refletir: Como eu estou?

A área administrativa do Estabelecimento percebe facilidade em distribuir as atribuições de cada setor.

A discussão dos técnicos da CME com a Vigilância Sanitária é muito enriquecedora.

Como é “a cara” do roteiro?

Aspectos desafiadores:Ainda encontramos alguns materiais não

regularizados junto à Anvisa.Os critérios de aceitabilidade para produtos não

pertencentes ao Serviço ainda não estão formalmente estabelecidos

A Capacitação Periódica dos trabalhadores da CME ainda não ocorre de forma sistematizada.

Nem sempre os funcionários de limpeza são exclusivos para a CME.

Os Comitês de Processamento de Produtos para Saúde CPPS (serviços com mais de 500 cirurgias/mês) ainda estão em fase de implantação.

Muitos trabalhadores não possuem o hábito de usar óculos e máscara de proteção na recepção de materiais. (interface SCIH)

Resistência no uso de protetor auricular no setor de limpeza. (interface CIPA)

Ainda encontramos o uso de aventais de mangas curtas na recepção e limpeza.

As leitoras de indicadores biológicos e seladoras e sua calibração: Várias situações.

Nem sempre há salas exclusivas para desinfecção química (quando aplicável).

Em fase de execução as adequações como temperatura ambiente, vazão mínima de ar, diferenciais de pressão, sistemas de exaustão forçada, etc.

(RESUMINDO: “ESTAMOS EM REFORMA!”)

Secadoras de produtos e pistolas de ar comprimido para secagem de materiais ainda estão sendo providenciados.

A ergonomia parece ser algo novo em CME. As salas de armazenamento, de modo geral necessitam

ser redimensionadas. Os outros serviços com local para limpeza e desinfecção

só estão se submetendo à definições técnicas e supervisão da CME após relatório de inspeção sanitária.

Dificuldades no Plano com critérios de substituição de campos de tecido.

Rotulagem incompleta.

“Nem sempre há tempo” para a liberação da carga após leitura negativa de indicadores biológicos.

O transporte de material nem sempre é realizado em carros/recipientes fechados.

O enxágue dos implantes com água purificada...

O descarte dos explantes.

As validações implicam em pessoas diferentes acessando a CME: Como este pessoal está sendo recebido/ orientado???

Nossa experiência com o roteiro/checklist para CME:

Nem todas as equipes adotaram, por considerá-lo muito grande e desnecessário, uma vez que “seguir a RDC 15/12 já é suficiente”.

A condução da inspeção, é facilitada, uma vez que permite abordar todos os pontos, sem esquecer de nada.

Atualmente os bons Serviços tem se interessado por autoinspeção, e este instrumento tem sido muito útil.

“É necessário cuidar da ética para não anestesiarmos a nossa consciência e

começarmos a achar que tudo é normal”.Mario Sergio Cortella

Marta Maria Noccioli [email protected]