chamada da meia-noite_06-2009

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JUNHO DE 2009 | ANO 40 | Nº 6 | RS 3,50 DAS CRISES MUNDIAIS AO GIGANTE MUNDIAL

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Page 1: Chamada da meia-noite_06-2009

J U N H O d e 2 0 0 9 | A N O 4 0 | N º 6 | R S 3 , 5 0

Das Crises MunDiais ao GiGante MunDial

Page 3: Chamada da meia-noite_06-2009

Índice0504

10

14

18

20

dA S C R I S e S M U N d I A I S A O G I G A N T e M U N d I A L

A p R O f e C I A R e v e L A O S S e G R e d O S d O f U T U R O

O S “ H A b I TA N T e S dA T e R R A” M e N C I O N A d O S e M A p O CA L I p S e

d O N O S S O CA M p O v I S UA LPor que tantos focos de conflitos?

A C O N S e L H A M e N TO b í b L I C Oé v e R dA d e q U e O S U b C O N S C I e N T e d I R I G e N O S S O S ATO S ?

p R e z A d O S A M I G O S

www.chamada.com.br

Pu bli ca ção men sal

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Fun da dor: Dr. Wim Mal go (1922-1992)

Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf

Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake

Layout: Julia Wiesinger

Diagramação & Arte: Roberto Reinke

IN PI nº 040614Re gis tro nº 50 do Car tó rio Es pe cial

Edi ções In ter na cio naisA revista “Cha ma da da Meia-Noi te” é pu bli ca-da tam bém em es pa nhol, in glês, ale mão, ita-lia no, ho lan dês, fran cês, co rea no, húngaro e cin ga lês.

As opi niões ex pres sas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores.

“Mas, à meia-noi te, ou viu-se um gri to: Eis o noi vo! saí ao seu en con tro” (Mt 25.6).

A “Obra Mis sio ná ria Cha ma da da Meia-Noi te” é uma mis são sem fins lu cra ti vos, com o ob je ti vo de anun ciar a Bí blia in tei ra co mo in fa lí vel e eter na Pa-la vra de Deus es cri ta, ins pi ra da pe lo Es pí ri to San to, sen do o guia se gu ro pa ra a fé e con du ta do cris tão. A fi na li da de da “Obra Mis sio ná ria Cha ma da da Meia-Noi te” é:

1. cha mar pes soas a Cris to em to dos os lu ga res;2. pro cla mar a se gun da vin da do Se nhor Je sus Cris to;3. pre pa rar cris tãos pa ra Sua se gun da vin da;4. man ter a fé e ad ver tir a res pei to de fal sas dou tri nas

To das as ati vi da des da “Obra Mis sio ná ria Cha ma da da Meia-Noi te” são man ti das atra vés de ofer tas vo-lun tá rias dos que de se jam ter par te nes te mi nis té rio.

chamadada meia-noite

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dIeTeRSTeIGeR

prezadosamigosRoney nos escreveu por e-mail: “O problema é que não consigo aceitar os pastores de várias igrejas

que na maior parte dos seus cultos se preocupam em ficar pedindo dinheiro de várias formas. Se fosse apenas o dízimo... Mas não é apenas isso. Ficam tentando vender produtos e águas, fazem rituais que prometem nos fazer vencer e virar grandes empresários, só falam em carros e casas e viagens”. Recebemos mensagens desse tipo com muita freqüência. Em evidente contraste, o Mestre Jesus declarou a Seus discípulos: “As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20). O apóstolo Pedro disse ao homem coxo de nascença: “Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (At 3.6). Sem dúvida isso era válido para todos os apóstolos, conhecidamente pobres em bens materiais. Mas dos falsos mestres a Bíblia nos diz o contrário: “...homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1 Tm 6.5).

Chama a atenção que se espera que os anciãos e diáconos sejam “não avarentos”, “não cobiçosos de sórdida ganância” (1 Tm 3.3,8). O mesmo se esperava do bispo da ilha de Creta: que ele não fosse “cobiçoso de torpe ganância” (Tt 1.7). O apóstolo Pedro escreveu aos anciãos: “pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não... por sórdida ganância” (1 Pe 5.2). Estamos bem conscientes de que o amor ao dinheiro, o desejo de lucro e o anseio por bens materiais que se alastra dentro do cristianismo de hoje pode se apossar de nós também. Ter dinheiro não é pecado, mas ai de nós quando o dinheiro nos comanda, quando ele domina nosso pensar e nosso agir. O apóstolo alerta: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e na perdição” (1 Tm 6.9).

A Bíblia nos fornece três exemplos assustadores de pessoas que foram tomadas pela ganância:

Acã, que na tomada de Jericó escondeu em sua tenda despojos que, segundo ordens bem claras de Deus através de Josué, deveriam ser destruídos. Esse pecado único causou uma terrível derrota ao povo de Israel diante de Ai, pois o Senhor não podia mais estar com eles. Acã confessou: “Verdadeiramente, pequei contra o Senhor, Deus de Israel, e... vi entre os despojos uma capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma barra de ouro do peso de cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os...” (Js 7.20-21). Ele foi apedrejado.

Balaão, o profeta gentio a quem o rei moabita Balaque fez uma proposta tentadora e vantajosa se amaldiçoasse Israel. O Novo Testamento usa-o como exemplo negativo, falando de homens que “abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça” (2 Pe 2.15). Os corações cheios de cobiça daqueles que prestam serviços religiosos visando o lucro pessoal são “movidos de ganância” e “se precipitaram no erro de Balaão” (Jd 11). Balaão era um profeta mercenário e símbolo do dolo e da cobiça, segundo a Bíblia Anotada Expandida. Mais tarde ele foi morto pelos soldados de Josué.

Geazi, servo do profeta Eliseu. Ele correu atrás de Naamã, que havia sido curado da lepra, e mentiu, pedindo “um talento de prata e duas vestes festivais” (2 Rs 5.23). Pelo visto, ele não queria deixar passar essa grande chance de, como servo do grande profeta, finalmente conseguir algum lucro. O profeta o repreendeu, dizendo: “...Era ocasião para tomares prata e para tomares vestes, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas?” (2 Rs 5.26). Geazi foi castigado com a lepra de Naamã pelo resto de sua vida.

A Palavra diz que não tem herança no reino de Cristo e de Deus “nenhum... avarento, que é idólatra” (Ef 5.5). “Uma pessoa avarenta é idólatra, pois coloca as coisas antes de Deus” (ABA). O Senhor Jesus diz na parábola do semeador: “O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação da riqueza ofuscam a palavra, e fica infrutífera” (Mt 13.22). É hora de vigiar e orar para que o amor ao dinheiro e por tudo aquilo que o dinheiro pode comprar não encontre lugar em nossos corações. Como antídoto, peçamos com mais fervor que o Senhor abra nossos olhos espirituais para os valores eternos, orando sempre: “Inclina-me o coração aos teus testemunhos e não à cobiça” (Sl 119.36).

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A R T I G O

01

n tes de tra tar mos de um te ma po lê mi co, se guin do a orien ta­ção de Tia go 5.1­9, que ro en fa­

ti zar que, em prin cí pio, a ri que za não é proi bi da pe la Bí blia. Co nhe ce mos ho­mens da Bí blia que eram ri cos, co mo o bem­su ce di do Fi le mom, os ri cos pa­triar cas e o bi lio ná rio Da vi. Se meus cál cu los es ti ve rem cor re tos, o rei Da vi, por exem plo, pos suía cer ca de 3.400 to­ne la das de ou ro e 34.000 to ne la das de pra ta, que co lo cou à dis po si ção pa ra a cons tru ção do tem plo (1 Cr 22.14). E ele não fi cou mais po bre por is so. A Bí­blia não proí be a ri que za, mas ad ver te acer ca dos pe ri gos que ela re pre sen ta e la men ta seu uso fo ra da von ta de de Deus (Mc 4.19; Lc 12.15; At 5.4; Cl 3.5­6; 1 Tm 6.9­10,17; 2 Pe 2.14­15).

1. Um sinal dos últimos dias

“Te sou ros acu mu las tes nos úl ti mos dias” (Tg 5.3).

men te. Fi lhi nhos, já é a úl ti ma ho ra; e, co mo ou vis tes que vem o an ti cris to, tam bém, ago ra, mui tos an ti cris tos têm sur gi do; pe lo que co nhe ce mos que é a úl ti ma ho ra” (1 Jo 2.15-18).

Nos sa épo ca, co mo ne nhu ma ou tra, é de ter mi na da por emo ções, ima gens e pe la os ten ta ção de ri que za e po der. Heinz Schu ma cher, na sua tra du ção da Bí blia [pa ra o ale mão], traz a se guin te ex pli ca ção so bre “so ber ba da vi da” (v.16): “Van glo riar­se da qui lo que a pes soa é, do que tem e do que po de em sua vi da ter re na”.[1] O co men tá rio bí­bli co de Men ge diz que a “so ber ba da vi da” é “or gu lho co mo pos tu ra de vi da (ou: ga bar­se da for tu na, exi bir­se com di nhei ro, a pom pa ter re na)”.

Com cer te za, é mui to sig ni fi ca ti vo o fa to de João li gar o mun do fi nan cei ro e sua der ro ta fu tu ra com a “úl ti ma ho ra” e o “An ti cris to” que vi rá. Ele o faz de mo do se me lhan te a Tia go, que fa la dos “úl ti mos dias” nes se con tex to. João tam­bém é o es cri tor do Apo ca lip se, e jus ta­men te quan do tra ta da união mun dial

A pa la vra pro fé ti ca de Deus co nec­ta os tem pos fi nais com o mun do fi­nan cei ro. Es te é um si nal dos úl ti mos tem pos. O se tor fi nan cei ro te rá um pa­pel sig ni fi ca ti vo nes tes dias e se rá um te ma do mi nan te. Não creio que Tia go 5 tra te ape nas de in di ví duos ri cos, que sem pre exis ti ram, mas de um mun do en ri que ci do e de na ções eco no mi ca­men te ri cas, co mo as de ho je. O ce ná­rio pre di to na Bí blia con diz com o mun do fi nan cei ro dos úl ti mos dias.

Al guns exem plos:

a úl ti ma ho ra“Não ameis o mun do nem as coi sas

que há no mun do. Se al guém amar o mun do, o amor do Pai não es tá ne le; por que tu do que há no mun do, a con cu-pis cên cia da car ne, a con cu pis cên cia dos olhos e a so ber ba da vi da, não pro-ce de do Pai, mas pro ce de do mun do. Ora, o mun do pas sa, bem co mo a sua con cu pis cên cia; aque le, po rém, que faz a von ta de de Deus per ma ne ce eter na-

a

Das Crises MunDiais ao GiGante MunDial

TRêS TI pOS de CRI SeS MUN dIAIS fOR çAM A UNI dA de dAS NA çõeS: A CRI Se AM bIeN TAL, O TeR RO RIS MO IN TeR NA CIO NAL e AS CRI SeS eCO Nô MI CAS. NeS Se SeN TI dO, AL GUéM de CLA ROU: “eS TA MOS SeN dO AR RAS TA dOS eM dI Re çãO à NO vA OR deM MUN dIAL, eM pUR RA dOS pe LA HIS Te RIA CLI Má TI CA, eS MA GA dOS pe LAS fI NAN çAS”. A CRI Se MAIS Re CeN Te qUe NOS ATIN GIU fOI A CRI Se fI NAN CeI RA MUN dIAL...

norbert lieth

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an ti cris tã e da der ro ca da da Ba bi lô nia fi nan cei ra, ele re pe ti da men te men cio na es ta ho ra (Ap 18.10,17,19).

Je ro boãoA his tó ria de Je ro boão é re la ta da a

par tir de 1 Reis 11. Ele le vou o po vo a des ca mi nhos co mo ne nhum ou tro an­tes de le. Por is so ele é um ti po de An ti­cris to. E o Is rael do seu tem po exem­pli fi ca um po vo que, nos úl ti mos dias, dei xar­se­á se du zir no va men te. Je ro­boão pro vo cou uma re vol ta, di vi diu o rei no e to mou dez tri bos pa ra si. Con­se guiu ser de cla ra do rei so bre Is rael (dez tri bos). Eri giu um be zer ro de ou­ro em Be tel e ou tro em Dã, uma con­tra po si ção ao ser vi ço a Deus no tem­plo em Je ru sa lém. Je ro boão ins ti tuiu um sa cer dó cio fal so e mu dou até mes­mo as da tas da fes ta dos Ta ber ná cu los. “ Pois, quan do ele ras gou a Is rael da ca-sa de Da vi, e eles fi ze ram rei a Je ro boão, fi lho de Ne ba te, Je ro boão apar tou a Is-rael de se guir o Se nhor e o fez co me ter gran de pe ca do” (2 Rs 17.21).

Os atos de Je ro boão fo ram tão ter rí­veis que a Bí blia re pe ti da men te fa la do “pe ca do de Je ro boão”. Po rém, é in te res­san te ler o se guin te a res pei to des se ho­mem: “Ora, ven do Sa lo mão que Je ro-boão era ho mem va len te e ca paz, mo ço la bo rio so, ele o pôs so bre to do o tra ba lho for ça do da ca sa de Jo sé” (1 Rs 11.28).

Um “úl ti mo Je ro boão” se le van ta rá so bre Is rael e so bre o mun do, e ele tam bém fa rá com que tu do gi re em tor no de fi nan ças.

a ira de deus por cau sa do di nhei ro“Fa zei, pois, mor rer a vos sa na tu re-

za ter re na: pros ti tui ção, im pu re za, pai-xão las ci va, de se jo ma lig no e a ava re za, que é ido la tria; por es tas coi sas é que vem a ira de Deus so bre os fi lhos da de-so be diên cia” (Cl 3.5-6).

Es sa ira de Deus não se re fe re ao Dia do Juí zo, mas à Tri bu la ção fu tu ra men cio na da no Apo ca lip se, al go que Isaías tam bém li ga com a Ba bi lô nia dos úl ti mos tem pos (Is 13.1,9­13; cf Sf 2.2­3; Rm 1.18; Ap 6.16­17).

O que se rá es sa “ido la tria” da qual o Apo ca lip se tan to fa la, e da qual as pes­

soas não se ar re pen de rão (Ap 9.20­21)? Ha ve rá no va men te ído los de pe dra ou ma dei ra pa ra se rem ado ra dos, ou o ob­je to de cul to se rá al go mais mo der no? Bas ta lem brar que a car ta aos Co los­sen ses cha ma a ava re za de ido la tria e en fa ti za que, por sua cau sa, a ira de Deus vi rá so bre o mun do de so be dien te (Cl 3.5­6) e que o Apo ca lip se des cre ve es sa ira de Deus – en tão sa be re mos que ido la tria é es sa: a dan ça ao re dor do be­zer ro de ou ro (o mun do fi nan cei ro) nos tem pos fi nais. “As sim, fa çam mor-rer tu do o que per ten ce à na tu re za ter-re na de vo cês: imo ra li da de se xual, im-pu re za, pai xão, de se jos maus e a ga nân-cia, que é ido la tria” (Cl 3.5; NVI).

Pe lo vis to, acu mu lar di nhei ro, es­ban já­lo e exi bi­lo se rá um fe nô me no ca rac te rís ti co dos tem pos fi nais.

2. a atUalidade das afirmações

proféticas“Te sou ros acu mu las tes nos úl ti mos

dias... Ten des vi vi do re ga la da men te so-bre a ter ra; ten des vi vi do nos pra ze res; ten des en gor da do o vos so co ra ção, em dia de ma tan ça; ten des con de na do e ma ta do o jus to, sem que ele vos fa ça re-sis tên cia” (Tg 5.3,5-6).

O cum pri men to to tal do ver sí cu lo 6 es tá re ser va do pa ra a Gran de Tri bu­la ção fu tu ra, mas o que es tá des cri to nos ver sí cu los 3 e 5 já é per fei ta men te vi sí vel nos dias de ho je. A re gião da an ti ga Ba bi lô nia es tá se trans for man do nu ma no va Ba bi lô nia – bas ta ver o de­sen vol vi men to de Du bai. Es sa re gião mos tra ao mun do in tei ro o quan to a Bí blia é atual.[2]

As cha ma das “oli gar quias” tam bém vol ta ram a ter des ta que des de a dé ca da de 90. O ter mo oli gar quia de ri va do gre go do tem po de Pla tão (427­347 a.C.), e des cre ve o “go ver no sem lei dos ri cos que só pen sam em seu pró prio be ne fí cio. As sim co mo a aris to cra cia, é o go ver no de pou cos, com a di fe ren ça de que a aris to cra cia, ao con trá rio da oli gar quia, é con si de ra da co mo um go­ver no le gal, vol ta do ao bem co mum”. É in te res san te con si de rar que, des de a dé­ca da de 90, es sa pa la vra vol tou a ser sig ni fi ca ti va na Rús sia. Ela re fe re­se a

OS GRAN deS bAN COS, qUe Ob TI-ve RAM LU CROS bI LIO Ná RIOS, AIN dA AS SIM de MI TI RAM e eS-TãO de MI TIN dO MI LHA ReS de eM pRe GA dOS.

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em pre sá rios “que em ge ral são sus pei­tos de te rem ob ti do gran de ri que za e in fluên cia po lí ti ca por meios es cu sos du ran te o pe río do caó ti co que se se­guiu ao fim da União So vié ti ca”.[3]

A res pei to, li:...em ape nas 10 anos, al guns rus sos

en tra ram, da noi te pa ra o dia, pa ra o clu be mun dial dos hi per-ri cos. Sem es-crú pu los, ti ra ram pro vei to da tran si ção do sis te ma co mu nis ta pa ra um no vo sis-te ma ca pi ta lis ta, ga ran tin do pa ra si, a pre ço de ba na na, o fi lé da eco no mia rus sa. Es tes as sim cha ma dos “oli gar-cas” são os ven ce do res de um enor me “Ban co Imo bi liá rio” (...) Os an ti gos ad-mi nis tra do res so vié ti cos mos tra ram-se ex tre ma men te adap tá veis, des car tan do ra pi da men te a sua ideo lo gia e pri va ti-zan do as es ta tais pa ra den tro de seus pró prios bol sos. (...) Os ban quei ros da pri mei ra ho ra ga nha ram mi lhões em di nhei ro pú bli co com es pe cu la ção e câm bio, sem cor rer gran des ris cos. Ape nas, não con ce diam mui tos em prés-ti mos. Na pri mei ra me ta de da dé ca da de 90, os ban quei ros eram a eli te da oli gar quia. (...) Na fa se ini cial, a pro-prie da de das es ta tais foi dis tri buí da am pla men te en tre a po pu la ção, por meio de cer ti fi ca dos de par ti ci pa ção. Es sa dis tri bui ção foi teó ri ca, pois lo go os an ti gos ad mi nis tra do res e os no vos ri cos ti nham ga ran ti do es sas em pre sas pa ra si. Is so foi pos sí vel gra ças à hi pe-rin fla ção e à cri se”.[4]

“Te sou ros acu mu las tes nos úl ti mos dias!”.

o ma nu seio in jus to de dinhei ro e po der“Eis que o sa lá rio dos tra ba lha do res

que cei fa ram os vos sos cam pos e que por vós foi re ti do com frau de es tá cla man-do; e os cla mo res dos cei fei ros pe ne tra-ram até aos ou vi dos do Se nhor dos Exér ci tos” (Tg 5.4).

• A ren da men sal mé dia dos ci da­dãos de Du bai é de 2.400 eu ros; já o sa lá rio dos tra ba lha do res es tran gei ros, que cum prem jor na das de 15 ho ras por dia, sob uma tem pe ra tu ra de 40 graus à som bra, é de ape nas 100 eu ros. Es ses são os es cra vos de ho je.[5]

• A oli gar quia, no me pa ra um go­ver no sem lei exer ci do pe los ri cos, só

pres são se tor na ram os as sun tos do dia nos paí ses mais ri cos. Bi lio ná rios e suas fa mí lias per de ram gran des for tu­nas em pou cos dias. A eco no mia mun­dial e to do o sis te ma fi nan cei ro es tão aba la dos. Mas tu do is so é ape nas o co­me ço, pois o juí zo da pró pria Tri bu la­ção ain da es tá por vir.

3. a volta do senhor está

próximaO re tor no imi nen te do Se nhor é

men cio na do três ve zes em re la ção di­re ta com as cri ses eco nô mi cas mun­diais:

“Se de, pois, ir mãos, pa cien tes, até à vin da do Se nhor” (Tg 5.7).

“Se de vós tam bém pa cien tes e for ta-le cei o vos so co ra ção, pois a vin da do Se nhor es tá pró xi ma” (Tg 5.8).

“Ir mãos, não vos quei xeis uns dos ou tros, pa ra não ser des jul ga dos. Eis que o juiz es tá às por tas” (Tg 5.9).

Pri mei ro é di to duas ve zes que o re tor no do Se nhor es tá pró xi mo, e em se gui da le mos que o juiz es tá às por tas. Je sus vi rá pa ra ar re ba tar os Seus e de­pois vi rá co mo Juiz. Os acon te ci men­tos da Tri bu la ção já se rão os juí zos ini­ciais des se Juiz.

A re be lião do mun do con tra Deus e o seu Un gi do é ca da vez maior (Sl 2). As pes soas não que rem sa ber de Cris to nem do cris tia nis mo. Os cris tãos são re­jei ta dos com fre qüên cia ca da vez maior.

tem seu pró prio be ne fí cio em vis ta, e não se im por ta com o bem co mum.

• Os gran des ban cos, que ob ti ve­ram lu cros bi lio ná rios, ain da as sim de­mi ti ram e es tão de mi tin do mi lha res de em pre ga dos.

• No fi nal de no vem bro de 2008, a União Eu ro péia (UE) de ci diu re du zir dras ti ca men te as sub ven ções pa ra os agri cul to res eu ro peus, pri van do­os de uma re cei ta im por tan te pa ra a ma nu­ten ção de seus em preen di men tos.

o co lap so eco nô mi co foi predi to“Aten dei, ago ra, ri cos, cho rai la men-

tan do, por cau sa das vos sas des ven tu ras, que vos so bre vi rão. As vos sas ri que zas es tão cor rup tas, e as vos sas rou pa gens, co mi das de tra ça; o vos so ou ro e a vos sa pra ta fo ram gas tos de fer ru gens, e a sua fer ru gem há de ser por tes te mu nho con-tra vós mes mos e há de de vo rar, co mo fo go, as vos sas car nes. Te sou ros acu mu-las tes nos úl ti mos dias” (Tg 5.1-3).

O re pen ti no co lap so fi nan cei ro é um exem plo pa ra o Dia do Se nhor, que so bre vi rá ao mun do co mo um la drão à noi te. Jus ta men te no meio de um pi co eco nô mi co, quan do to dos es ta vam oti­mis tas, veio o crash, a cri se fi nan cei ra atual. A mi sé ria e a afli ção li te ral men te de sa ba ram so bre o mun do das fi nan­ças. Gran des se to res in dus triais (in­dús tria au to mo bi lís ti ca) ruíram, e os ban cos se tor na ram de ve do res. De uma ho ra pa ra ou tra, a re ces são e a de­

eM pRIN Cí pIO, A RI qUe zA NãO é pROI bI dA pe LA bí bLIA. O ReI dA vI eRA bI LIO Ná RIO; eN TRe OU TROS beNS, eLe pOS SUíA CeR CA de 3.400 TO Ne LA dAS de OU RO.

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ho ra. Têm es tes um só pen sa men to e ofe re cem à bes ta o po der e a au to ri da de que pos suem” (Ap 17.12-13).

Dian te de tu do is so, não é sur­preen den te que o pre si den te ale mão, Horst Köh ler, afir mou que de se ja ria que os go ver nos es co lhes sem “al guns sá bios” pa ra re gu la men tar o mun do glo ba li za do.[7] Ou que Ko fi An nan (ex­Se cre tá rio­Ge ral da ONU) te nha en fa ti za do o fa to de que a cri se só po­de rá ser re sol vi da de for ma glo bal.[8]

Já nos acos tu ma mos a ex pres sões co mo “cú pu la eco nô mi ca mun dial”, “sis te ma fi nan cei ro mun dial”, “or dem fi nan cei ra mun dial”, “con tro le fi nan­cei ro mun dial”, “fó rum eco nô mi co mun dial”. Ul ti ma men te, tam bém ou ve­se fa lar ca da vez mais de uma “en ti da­de ou ban co cen tral mun dial”.

Fi ca cla ro que os even tos des cri tos no úl ti mo li vro da Bí blia te rão de se cum prir e que is so acon te ce rá de for­ma re pen ti na e rá pi da. Os ru mos es tão sen do es ta be le ci dos ho je. É pre ci so for mar uma pla ta for ma pa ra o fu tu ro rei no mun dial an ti cris tão e seu lí der. Pa ra is so é pre ci so que ha ja uni da de e, atra vés de ma no bras de en ga no em mas sa, tam bém de ve rá ser pro du zi da uma no va pros pe ri da de.

E, vo cê quer sa ber de uma coi sa? O pró­prio Deus vai ti rá­los do meio das pes­soas! O Ar re ba ta men to ex trai rá o ver­da dei ro cris tia nis mo do mun do, pa ra que o an ti cris tia nis mo te nha seu es pa ço (2 Ts 2.5­12). Deus da rá ao mun do o que ele de se ja; Saul em vez de Da vi, Bar ra bás em vez de Je sus, o An ti cris to em vez de Cris to. O re tor no do Se nhor es tá pró xi mo, e o Juiz es tá às por tas.

As cri ses am bien tais, o ter ro ris mo in ter na cio nal e a cri se fi nan cei ra mun­dial em pur ram o mun do pa ra a uni da­de e na di re ção de um úl ti mo “gi gan te mun dial” pro fe ti za do na Bí blia. A re­vis ta fac tum pu bli cou um ar ti go que di zia: “...Os si nais dos tem pos cha mam a aten ção e lem bram que es ta mos na úl ti ma eta pa da his tó ria da hu ma ni da­de. Os seis pri mei ros juí zos dos se los do Apo ca lip se pre vêem rup tu ras po lí ti­cas, so ciais, eco nô mi cas e mi li ta res que re me tem ao que já vi ve mos ho je”.[6]

A Bí blia é cla ra quan do fa la de uma reu ni fi ca ção mun dial, li de ra da por um “gi gan te” an ti cris tão, a quem o dra gão da rá sua for ça, seu tro no e seu po der ab so lu to (Ap 13.2). “Os dez chi fres que vis te são dez reis, os quais ain da não re-ce be ram rei no, mas re ce bem au to ri da de co mo reis, com a bes ta, du ran te uma

A de pres são na dé ca da de 1930 na Ale ma nha se lou o fim da de mo cra cia par la men ta ris ta. Hi tler su biu ao po­der. Com men ti ras, en ga nos, se du ção e uma no va pros pe ri da de eco nô mi ca o país ga lo pou em di re ção à ca tás tro fe da di ta du ra, da Se gun da Guer ra Mun­dial, da per se gui ção aos ju deus e, fi­nal men te, da der ro ca da to tal do “Ter­cei ro Reich”. As cri ses atuais pa re cem ser vir pa ra pre pa rar os acon te ci men­tos do Apo ca lip se. Elas cla mam por se gu ran ça con fiá vel, por uma no va or dem mun dial, im pe lem a glo ba li za­ção e exi gem um ho mem for te, um gi gan te mun dial.

exem plos da mí dia• Ro ma no Pro di (ex­pri mei ro­mi­

nis tro da Itá lia) dis se: “Não te mos al­ter na ti va se não for mar os Es ta dos Uni­dos da Eu ro pa”.[9]

• Em um ar ti go, a re vis ta Die Zeit la­men tou que não ha ja um “lí der glo bal” ade qua do em vis ta e con si de rou Ba rack Oba ma co mo “o pre si den te mun dial cer to pa ra o sé cu lo 21”.[10] O no ti ciá rio suí ço 10 vor 10 tra tou do te ma “Ba rack, o sal va dor”. Em to do o mun do, os meios de co mu ni ca ção com pe ti ram pa­ra pu bli car re la tos eu fó ri cos a res pei to de le. Ele foi cha ma do de “Mes sias” com fre qüên cia ca da vez maior. No Por tão de Bran den bur go (em Ber lim) 200.000 pes soas o acla ma ram, mes mo sem co­nhe cer seu pro gra ma de go ver no. O en­tão pre si den te Geor ge W. Bush, que se de cla ra va cris tão, era de mo ni za do e odia do, mas as mes mas mas sas acla ma­ram um ho mem que mal co nhe ciam. Is so tu do é um bom exem plo pa ra o fu­tu ro. In di vi dual men te, as pes soas po­dem ser in te li gen tes, mas as mas sas sem pre es tão su jei tas à se du ção. A his­tó ria pro va is so, e as con se qüên cias são as sus ta do ras.

• O ex­se cre tá rio da Eco no mia dos EUA, Prof. N. Coo per, já di zia em 1984: “Pa ra o pró xi mo sé cu lo su gi ro uma al­ter na ti va ra di cal: a cria ção de uma moe da co mum pa ra to das as de mo cra­cias in dus triais, com uma po lí ti ca cam­bial co mum e um ban co co mum pa ra a fi xa ção de uma es tra té gia mo ne tá ria (...) Co mo paí ses in de pen den tes po­dem con se guir is so? Pre ci sa rão en tre­

NO pOR TãO de bRAN deN bUR GO (eM beR LIM) 200.000 peS SOAS ACLA MA RAM bA RACk ObA MA, MeS MO SeM CO NHe CeR SeU pRO GRA MA de GO veR NO.

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gar o con tro le da po lí ti ca cam bial a uma cor po ra ção su pra na cio nal”.[11]

• Nes te con tex to uma de cla ra ção do pre si den te fran cês Ni co las Sar kozy não cau sa qual quer es pan to: “Du ran te anos ten ta mos al can çar al go. A cri se de ve ser apro vei ta da co mo a opor tu ni­da de pa ra que ela não se re pi ta. Pre ci­sa mos de uma eco no mia de mer ca do hu ma na que fun cio ne. Is so só é pos sí­vel com re gras. Es sas re gras pre ci sam ser de fi ni das em âm bi to glo bal (...) pre ci sa mos de uma res pos ta glo bal pa­ra uma cri se glo bal...”[12]

• A re vis ta Ve ja la men tou a fal ta de um lí der po lí ti co ade qua do pa ra o mun­do, que pre ci sa do es ta dis ta cer to.[13]

As cri ses eco nô mi cas pre pa ram o mun do pa ra o gi gan te mun dial que vi rá.

4. o JUiz está diante da porta, e Um dia o homem estará

diante do JUiz“Ir mãos, não vos quei xeis uns dos

ou tros, pa ra não ser des jul ga dos. Eis que o juiz es tá às por tas” (Tg 5.9).

Ca da ho mem se rá jul ga do, e na da se rá es que ci do dian te de Deus: “Por que im por ta que to dos nós com pa re ça mos pe ran te o tri bu nal de Cris to, pa ra que ca da um re ce ba se gun do o bem ou o mal que ti ver fei to por meio do cor po” (2 Co 5.10). “Os pe ca dos de al guns ho-mens são no tó rios e le vam a juí zo, ao pas so que os de ou tros só mais tar de se ma ni fes tam” (1 Tm 5.24).

ní vel nes te lo cal é mais al to que o ní vel in fe rior da fos sa”.

Es se não é um bom exem plo pa ra os se res hu ma nos? Por fo ra mui tos são um “Va le do Sol”, mas por den tro es tá es con di da uma fos sa ne gra. Por fo ra as apa rên cias são óti mas, mas in te rior­men te a pro fun da fos sa dos pe ca dos ain da não foi lim pa. Os pe ca dos cor­roem nos sa vi da e po dem cau sar gran­des da nos. Po rém, quem per mi te que Je sus a lim pe e de pois a preen cha com seus dons, ex pe ri men ta rá a ver da de bí­bli ca: “Se, po rém, an dar mos na luz, co-mo ele es tá na luz, man te mos co mu nhão uns com os ou tros, e o san gue de Je sus, seu Fi lho, nos pu ri fi ca de to do pe ca do. Se dis ser mos que não te mos pe ca do ne-nhum, a nós mes mos nos en ga na mos, e a ver da de não es tá em nós. Se con fes sar-mos os nos sos pe ca dos, ele é fiel e jus to pa ra nos per doar os pe ca dos e nos pu ri-fi car de to da in jus ti ça” (1 Jo 1.7-9).

No tas: 1. NT, Heinz Schu ma cher, Häns sler, pg 916, co men tá rio 28. 2. “Blick feld”: “Das Seien de, das ver geht, und das Blei­

ben de, das kommt”. 3. http://de.wi ki pe dia.org/wi ki/Oli gar chie. 4. www.nets tu dien.de/Russ land. 5. is rael heu te, abril de 2008, PF. 28. 6. fac tum 4/2008, p. 44. 7. Reu ters.com, 11 de ou tu bro de 2008, 12h40. 8. w w w . 2 0 m i n . c h / n e w s / k r e u s – u n d – q u e r /

story/15873676, 11 de ou tu bro de 2008. 9. NZZ, 20 de no vem bro de 2008, In ter na tio nal, pg. 7. 10. fac tum 8/2008, p. 6. 11. TO PIC, ou tu bro de 2008, p. 5. 12. www.bun des re gie rung.de “Mits chrift Pres se kon fe renz:

Pres se kon fe renz Bun des kanz le rin Mer kel und Prä si­dent Sar kozy”, 12 de ou tu bro de 2008.

13. Ve ja, 1 de ou tu bro de 2008.

Dian te do pré dio da nos sa mis são na Suí ça há um ho tel mui to bo ni to, cha­ma do Son nen tal (= Va le do Sol). Ele foi re for ma do e par cial men te re cons truí do por den tro e por fo ra, com no vas de­pen dên cias e be la de co ra ção. As co res são lin das e o aten di men to é excelente. Há ne le um gran de spa e um res tau ran­te de pri mei ra li nha. O Son nen tal des­fru ta de uma boa re pu ta ção. Há al gum tem po acon te ceu al go es tra nho: uma par te do pi so do es ta cio na men to afun­dou. O bu ra co era tão gran de que um ca mi nhão po de ria ter caí do ne le. O mo­ti vo era a exis tên cia de uma fos sa ne gra na que le lo cal, da qual nin guém ti nha co nhe ci men to e que não apa re cia em ne nhum do cu men to ou plan ta.

Uma ca ma da de ter ra de 2 me tros de es pes su ra co bria a fos sa. O ní vel in­fe rior da fos sa es ta va 4,5 m abai xo do pi so do es ta cio na men to. Ela ti nha si do de sa ti va da há mui to tem po sem ter si­do lim pa. Co mo o con teú do é mui to áci do, com o tem po ele cor roeu a co­ber tu ra de con cre to e cau sou o de sa ba­men to. Cer ca de 70m3 de es go to que ain da es ta vam na fos sa ti ve ram de ser as pi ra dos por uma fir ma es pe cia li za da e le va dos em bo ra em dois ca mi nhões­tan que. No lu gar do es go to o bu ra co foi preen chi do com 70m3 de bom ma­te rial e as sim o pro ble ma foi re sol vi do.

Um en ge nhei ro co men tou: “O fa to de a fos sa não ter si do es va zia da na épo ca foi um gra ve cri me am bien tal, e as con se qüên cias es tão se mos tran do ho je. Nin guém sa be quan to es go to pe­ne trou no len çol freá ti co, já que o seu

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A R T I G O

02

os seGreDos Do

Futuroa ProFeCia revela

tim laHaye

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na edi ção pas sa da cha mei a aten ção pa ra aque la que con si de ro uma das pas sa gens pro fé ti­cas mais ig no ra das das Es cri tu ras. Es­

se tex to pro fé ti co me re ce uma con si­de ra ção es pe cial por par te da que les que de se jam uti li zar o cum pri men to das pro fe cias bí bli cas pa ra com pro var as prin ci pais dou tri nas da Bí blia. Elas vão des de a Cria ção por um ato di re to de Deus, pas san do pe la exis tên cia do pró prio Deus, pe la Sua na tu re za e Seus atri bu tos, pe la cre di bi li da de das Es cri­tu ras, pe la di vin da de de Je sus em pes­soa, até a cer te za de que a sal va ção em Cris to é eter na, en tre mui tas ou tras dou tri nas. Em mi nha opi nião, es sa pas sa gem pro fé ti ca é uma das mais im­por tan tes pro vas da ve ra ci da de do pró­prio Cris tia nis mo e, quan do usa da de mo do ade qua do, tor na­se uma tre­men da mo ti va ção es pi ri tual.

Quan do Deus pro cu rou cha mar a aten ção dos is rae li tas pa ra que re co nhe­ces sem que só Ele é Deus – não aque les ído los pa gãos da Ba bi lô nia que eles ti­nham ado ra do – o Se nhor fez a se guin­te de cla ra ção atra vés do pro fe ta Isaías:

“Lem brai-vos das coi sas pas sa das da an ti gui da de: que eu sou Deus, e não há ou tro, eu sou Deus, e não há ou tro se-me lhan te a mim; que des de o prin cí pio anun cio o que há de acon te cer e des de a an ti gui da de, as coi sas que ain da não su ce de ram; que di go: o meu con se lho per ma ne ce rá de pé, fa rei to da a mi nha von ta de” ( Isaías 46.9-10).

Es sa é uma ad moes ta ção cla ra e de sa fia do ra de Deus aos fi lhos de Is­rael, pa ra que sou bes sem que so men­te Ele é Deus, dig no de ser ado ra do – e a pro va que lhes da va era o cum pri­men to das pro fe cias. Deus é o úni co que po de pre di zer o fu tu ro com exa­ti dão! Já cons ta ta mos [no ar ti go an­te rior] que Ele pre dis se o fu tu ro por mais de 500 ve zes no An ti go Tes ta­men to. Lem bre­se que a de fi ni ção mais sim ples de pro fe cia é es ta: “Pro­fe cia bí bli ca é o fa to his tó ri co es cri to an tes que acon te ça”. Ain da que mui­tos se res hu ma nos te nham ten ta do, so men te Deus é ca paz de pre di zer os fa tos com ab so lu ta exa ti dão.

A de cla ra ção de que es se Deus é o úni co Deus ver da dei ro não se com­pro va ape nas pe lo fa to de que Ele pre diz o fu tu ro, mas, so bre tu do, pe lo fa to de que o fu tu ro real men te se cum pre co mo Ele pre dis se. Ao fa zer­mos um exa me cui da do so, exa ta­men te co mo as Es cri tu ras nos en si­nam, cons ta ta mos que não há na da que cer ti fi que mais a nos sa fé. Vo cê lem bra da que la si tua ção ocor ri da após a res sur rei ção de Je sus, quan do Ele se en con trou com dois dis cí pu los que es ta vam no ca mi nho pa ra Emaús? Aque les dis cí pu los es ta vam de pri mi dos pe la de ses pe ran ça, por­que o ho mem que eles criam ser o Mes sias de Is rael ti nha si do cru ci fi­ca do e, ago ra, tu do es ta va per di do. Eles ha viam ou vi do que “al gu mas mu lhe res” (cf. Lc 24.22) en con tra ram o se pul cro va zio e ti ve ram “uma vi-são de an jos, os quais afir mam que ele vi ve” (Lc 24.23). Evi den te men te, eles não de ram cré di to a es se re la to e es­ta vam a ca mi nho de sua al deia, de vol ta pa ra sua ca sa. Je sus, con fron ta­do na que le mo men to por uma das con cep ções mais di fí ceis de ser ex­pli ca da, in da gou: “Por ven tu ra, não con vi nha que o Cris to pa de ces se e en-tras se na sua gló ria?” (Lu cas 24.26). Os ju deus es pe ra vam que seu Mes­sias vies se pa ra li ber tá­los do ju go opres sor dos ro ma nos. Aque les que não ti nham es tu da do as Es cri tu ras Pro fé ti cas (as quais con ti nham pro­fe cias acer ca do Mes sias e de Sua obra re den to ra) não co nhe ciam (ou, em mui tos ca sos, nem se im por ta­vam com) o fa to de que era ne ces sá­rio ha ver duas vin das do mes mo Mes sias; uma vin da com a fi na li da de de so frer pe los pe ca dos da hu ma ni­da de e ou tra vin da em po der e gló ria pa ra li ber tar Seus se gui do res e rei nar aqui na Ter ra.

En tão o que Je sus fez na que la ho ra? “...co me çan do por Moi sés, dis-cor ren do por to dos os Pro fe tas, ex pu-nha- lhes o que a seu res pei to cons ta-va em to das as Es cri tu ras” (Lu cas 24.27). Je sus fez uso das pro fe cias do An ti go Tes ta men to re fe ren tes ao Mes sias, a res pei to dE le mes mo, pa­ra con ven cê­los acer ca de quem Ele era e do que vie ra fa zer nes te mun­

TO dO pAS TOR pRe CI SA eN SI NAR AOS CReN TeS de SUA IGRe JA ACeR-CA dAS pRO fe CIAS qUe Je SUS CUM pRIU, Re fe ReN TeS A SI MeS-MO CO MO MeS SIAS.

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do. Que ex po si ção bí bli ca sen sa cio­nal! Je sus uti li zou o cum pri men to pro fé ti co pa ra con ven cer aque les ho mens acer ca da ver da de so bre Sua iden ti da de e Sua mis são. Não é de ad mi rar que, mais tar de, eles dis ses­sem: “Por ven tu ra, não nos ar dia o co ra ção, quan do ele, pe lo ca mi nho, nos fa la va, quan do nos ex pu nha as Es cri tu ras?” (Lu cas 24.32). Que “Es­cri tu ras” eram es sas? Eram pro fe cias do An ti go Tes ta men to que, a par tir dos li vros de Moi sés e em to dos os pro fe tas, re fe riam­se ao Mes sias e à Sua mis são. Eram pro fe cias que já ti nham se cum pri do! O co ra ção tam bém “nos ar de” quan do es tu da­mos as mui tas pro fe cias que Je sus cum priu du ran te Sua vi da nes te mun do, as quais, sem som bra de dú­vi da, com pro vam que Ele é o úni co e ver da dei ro Sal va dor. O cum pri­men to pro fé ti co pro por cio na es sa cer te za, pois nos con ven ce de que Je sus é o úni co Sal va dor, con for me Ele mes mo dis se (cf. João 14.6).

To do pas tor pre ci sa en si nar aos cren tes de sua igre ja acer ca das pro fe­cias que Je sus cum priu, re fe ren tes a Si mes mo co mo Mes sias. Mes mo nos dias atuais, es sa prá ti ca fa ria com que a con gre ga ção dos sal vos de sen vol ves se um “co ra ção ar den te” por Deus e lhes pro por cio na ria uma con vic ção re so lu­ta de que não es ta mos “...se guin do fá-bu las en ge nho sa men te in ven ta das, mas nós mes mos fo mos tes te mu nhas ocu la-res da sua ma jes ta de” (2 Pe dro 1.16). Um es tu do das pro fe cias que já se cum pri ram for ta le ce nos sa con fian ça em Deus, pois nos le va a en ten der quem Ele é, de mons tran do a ra zão por que to das as pes soas de vem acei tar a Je sus Cris to.

Nu ma épo ca em que a pre ga ção de Je sus co mo úni co ca mi nho de sal va ção ge ral men te é ta xa da de pre ga ção “bi to­la da” por aque les que su ge rem ha ver mais de um ca mi nho pa ra o céu, pre ci­sa mos al go que nos as se gu re que Ele é ver da dei ra men te o úni co ca mi nho. O cum pri men to das pro fe cias é a pro va que cer ti fi ca tal rea li da de, pois nin­guém na his tó ria des te mun do cum­priu se quer meia dú zia das 109 pro fe­cias mes siâ ni cas. Je sus, po rém, cum­priu to das elas!

as coisas encobertas

pertencem ao senhor

Sa lien tei na edi ção pas sa da que Da­niel, um dos maio res pro fe tas ju deus, ao ser cha ma do à pre sen ça do rei Na­bu co do no sor, de cla rou: “O mis té rio que o rei exi ge, nem en can ta do res, nem ma gos nem as tró lo gos o po dem re ve lar ao rei; mas há um Deus no céu, o qual re ve la os mis té rios, pois fez sa ber ao rei Na bu co do no sor o que há de ser nos úl-ti mos dias” (Da niel 2.27-28). Após di­zer is so, Da niel re lem brou o so nho que o rei ti ve ra e ex pôs a in ter pre ta ção dos “tem pos dos gen tios”, pe río do es se que já es tá em an da men to há 2.500 anos.

Deus é o úni co que po de re ve lar pre via men te os se gre dos do fu tu ro e le vá­los ao ple no cum pri men to – co­mo pro fe ti zou. No co ra ção hu ma no há um ina cre di tá vel an seio de co nhe cer o fu tu ro. Es sa é a ra zão pe la qual mi­lhões de pes soas pro cu ram adi vi nhos, car to man tes, as tró lo gos, gu rus, vi den­tes e fal sos pro fe tas, na vã es pe ran ça de ob te rem in for ma ções pré vias acer ca do fu tu ro, pa ra tra ça rem o cur so de suas vi das a par tir do que elas pen sam que vai acon te cer. Tu do is so não pas sa de fal sa es pe ran ça, pois a Pa la vra de Deus afir ma que “as coi sas en co ber tas per-ten cem ao Se nhor, nos so Deus” (Deu-te ro nô mio 29.29a). Aqui es tá a ra zão pe la qual de ve mos in ves ti gar cui da do­sa men te as Es cri tu ras, bus can do iden­ti fi car as pro fe cias que já se cum pri ram e aque las que ain da não se cum pri ram na his tó ria, a fim de en con trar mos mo ti va ção e en co ra ja men to pa ra ser vir dia ria men te ao Se nhor, à luz dos ma­ra vi lho sos pla nos que Ele tem pa ra nós, pre pa ra dos pa ra se cum pri rem no fim dos tem pos.

Ao ler no va men te o li vro de Deu­te ro nô mio jun to com mi nha es po sa, achei in te res san te a cons ta ta ção de que Deus in sis ten te men te re co men­dou aos fi lhos de Is rael que se lem­bras sem da Sua pre sen ça, dos mi la­gres e li vra men tos que Ele efe tua ra, co mo uma mo ti va ção pa ra guar da rem Seus “...man da men tos, e os es ta tu tos, e os juí zos” (Deu te ro nô mio 7.11). Deus lhes pro me teu que, se fos sem fiéis em

“O MIS Té RIO qUe O ReI exI Ge, NeM eN CAN TA dO ReS, NeM MA-GOS NeM AS TRó LO GOS O pO deM Re ve LAR AO ReI; MAS Há UM deUS NO CéU, O qUAL Re ve LA OS MIS Té RIOS, pOIS fez SA beR AO ReI NA bU CO dO NO SOR O qUe Há de SeR NOS úL TI MOS dIAS” (dA NIeL 2.27-28).

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obe de cer ao que Ele or de na ra, eles se­riam aben çoa dos mui to além dos so­nhos que mais aca len ta vam e Deus lhes con ce de ria “lon ga vi da”. Con tu­do, se eles Lhe de so be de ces sem, prin­ci pal men te ado ran do fal sos deu ses dos po vos pa gãos cir cun vi zi nhos, Ele os amal di çoa ria. Em su ma, eles de­viam ser en co ra ja dos à fi de li da de no fu tu ro, olhan do pa ra os atos do amor leal de Deus no pas sa do, quan do Ele os guia ra pe lo de ser to com uma co lu­na de nu vem du ran te o dia e uma co­lu na de fo go du ran te a noi te; quan do ma ni fes ta ra Sua pro vi são fiel fa zen do com que as rou pas de les du ras sem qua ren ta anos; quan do Ele pro vi den­cia ra água da ro cha e o ma ná que des­cia do céu a ca da dia. Por que Deus não re que reu que eles se for ta le ces­sem na fé pe la con si de ra ção das pro­fe cias que já ti nham se cum pri do? Eles não ti nham uma Bí blia à qual re­cor rer e, até en tão, pou cas pro fe cias já cum pri das es ta vam es cri tas de mo do que pu des sem apren der atra vés de las (tal vez ain da não hou ves se ne nhu ma pro fe cia es cri ta). Moi sés foi o seu pri­mei ro gran de pro fe ta a es cre ver.

Em Seu pla no, Deus já ti nha es ta­be le ci do pro fe tas ex traor di ná rios que po diam re ve lar “as coi sas en co ber tas [que] per ten cem ao Se nhor, nos so Deus”, bem co mo aque las coi sas “re ve-la das [que] nos per ten cem, a nós e a nos sos fi lhos, pa ra sem pre, pa ra que cum pra mos to das as pa la vras des ta lei” (Deu te ro nô mio 29.29). Por con se guin­te, em bo ra na que la épo ca (apro xi ma­

cum pra mos to das as pa la vras des ta lei” (Dt 29.29; gri fo do au tor). Co mo já vi mos, das mais de 1.000 pas sa­gens pro fé ti cas que pre di ziam o fu tu­ro quan do fo ram es cri tas, no mí ni mo 500 de las já se cum pri ram. As pro fe­cias que não se cum pri ram di zem res pei to a um mo men to ain da fu tu­ro, po rém mui tas de las já es tão se cum prin do du ran te nos so tem po de vi da nes te mun do, o que nos le va a crer que nos sa ge ra ção po de mui to bem ser a ge ra ção que ve rá o ple no cum pri men to das pro fe cias que se re fe rem ao fim dos tem pos. Nos con­gres sos que or ga ni za mos so bre a pro­fe cia bí bli ca, sem pre pro cu ro lem brar aos par ti ci pan tes que a nos sa ge ra­ção, mais do que qual quer ou tra ge­ra ção an te rior, tem mo ti vos de so bra pa ra crer que a Se gun da Vin da de Cris to acon te ce rá du ran te os dias de nos sa vi da.

Is so nos pro por cio na ra zão, mais do que su fi cien te, pa ra acor dar a ca da ma nhã e di zer: “Tal vez nos so Se nhor vol te ho je!”. Um dia is so vai se tor nar rea li da de e po de ocor rer mui to em bre ve. Mi nha mãe, uma es tu dan te de­di ca da da Bí blia e das pro fe cias bí bli­cas, cos tu ma va di zer o se guin te: “Man te nha os olhos er gui dos!”. (Pre- Trib Pers pec ti ves)

Tim La Ha ye es cre veu mais de 40 li vros e é co­au tor dos best­sel lers da sé rie Dei xa dos Pa ra Trás. Ele tam bém é um dos edi to res da Bí blia de Es tu do Pro fé ti ca e um dos fun da­do res do Pre­ Trib Re search Cen ter (Cen tro de Es tu dos Pré­Tri bu la cio nais).

da men te 1500 a.C.) não ti ves sem aces­so a um re gis tro es cri to, eles ti nham re cor da ções su fi cien tes da pro vi são de Deus pa ra sus ten tar­ lhes a fé de que Ele man te ria Sua Pa la vra e os aben çoa­ria, SE e so men te SE, não ado ras sem aos deu ses dos po vos pa gãos cir cun vi­zi nhos. In fe liz men te, a maio ria foi in­fiel, trans gre diu o pri mei ro man da­men to, ado rou fal sos deu ses e so freu as con se qüên cias da mal di ção que, se­gun do a ad ver tên cia de Deus, lhes so­bre vi ria pe la de so be diên cia.

Du ran te o pe río do de 1.500 anos que se se guiu, o Se nhor lhes en viou “ho mens san tos”, de no mi na dos pro fe­tas, os quais pro cla ma ram a men sa­gem de Deus “mo vi dos pe lo Es pí ri to San to”. Pou cos des ses pro fe tas fo ram es cri to res; te mos al guns de seus es cri­tos pre ser va dos e clas si fi ca dos no câ­non he brai co co mo Pro fe tas Maio res e Pro fe tas Me no res do An ti go Tes ta­men to. Nos es cri tos des ses pro fe tas há mui tas pro fe cias que pre di zem o fu tu­ro, des de as 109 pro fe cias (ou mais) re la ti vas à pri mei ra vin da do Mes sias, bem co mo as 321 pro fe cias re la ti vas à Sua Se gun da Vin da, até pro fe cias que di zem res pei to a Is rael e a seus mais fer re nhos ini mi gos.

Ho je em dia, te mos em nos sas mãos as pro fe cias da par te de Deus que nos fo ram dei xa das por es cri to, men cio na das por Da niel e re fe ri das por Moi sés co mo “...coi sas en co ber tas [e... coi sas] re ve la das [que] nos per-ten cem, a nós e a nos sos fi lhos, pa ra sem pre, pa ra [nos mo ti var a] que

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O tex to de Apo ca lip se 3.10 é cor re ta­men te co nhe ci do co mo uma das pas sa­gens bí bli cas que apóiam a dou tri na do Ar re ba ta men to pré­tri bu la cio nis ta. En tre­tan to, a se gun da par te des se ver sí cu lo men cio na a ex pres são “ha bi tan tes da Ter­ra” pe la pri mei ra vez no li vro de Apo ca­lip se, con for me se lê: “Por que guar das te a pa la vra da mi nha per se ve ran ça, tam bém eu te guar da rei da ho ra da pro va ção que há de vir so bre o mun do in tei ro, pa ra ex pe-ri men tar os que ha bi tam so bre a ter ra”. Nes se ver sí cu lo en con tra­se a pri mei ra ocor rên cia do que de no mi no de “ha bi­tan tes da Ter ra”, uma ex pres são que ge ral­men te é tra du zi da por “os que ha bi tam so-bre a ter ra”. Es sa fra se ocor re on ze ve zes em no ve ver sí cu los do li vro de Apo ca lip se (Ap 3.10; Ap 6.10; Ap 8.13; Ap 11.10, 2 ve zes; Ap 13.8,12,14, 2 ve zes; Ap 14.6; Ap 17.8). “Ha bi tan tes da Ter ra” é um de sig­na ti vo pa ra as pes soas des cren tes que per­sis ti rem na sua in cre du li da de du ran te o pe río do da Tri bu la ção vin dou ra.

o contexto do antigo

testamentoCo mo a maior par te da ter mi no lo­

gia neo tes ta men tá ria, a ex pres são “ha­

bi tan tes da ter ra” ori gi na­se no An ti­go Tes ta men to. Al gu mas for mas de la ocor rem cer ca de 50 ve zes no An ti go Tes ta men to he brai co[1], sem in cluir a ex pres são se me lhan te “ha bi tan tes do mun do”, que ocor re cin co ve zes.[2] A es ma ga do ra maio ria das ocor rên cias des sa ex pres são “ha bi tan tes da ter ra” no An ti go Tes ta men to é cor re ta men te tra du zi da por “ha bi tan tes da ter ra” ou “os que ha bi tam na ter ra”, uma vez que o con tex to ime dia to faz re fe rên cia a um de ter mi na do ter ri tó rio ou a al­gum país, co mo, por exem plo, Is rael. En tre tan to, num con tex to glo bal, a mes ma ex pres são he brai ca é tra du zi­da com mais pro prie da de por “mo ra­do res da ter ra” (cf., Sl 33.14; Is 18.3; Is 24.6,17; Is 26.21; Jr 25.30; Jl 2.1; Sf 1.18). To das as cin co ocor rên cias da ex pres são “ha bi tan tes [ou mo ra do res] do mun do” pa re cem se en qua drar nes se con tex to glo bal (cf., Sl 33.8; Is 18.3; Is 26.9,18; Lm 4.12) e, com ex ce­ção de uma ocor rên cia (Lm 4.12), to­das apa re cem no mes mo con tex to em que se men cio na a ex pres são “ha bi­tan tes da ter ra”. Quan do as ex pres sões “ha bi tan tes [ou mo ra do res] do mun­do” e “ha bi tan tes da ter ra” são usa das no mes mo con tex to, for ta le ce­se a con cep ção de que não se re fe rem a

um con tex to lo cal, mas a um con tex to glo bal ou mun dial.

To das as ocor rên cias glo bais da ex­pres são “ha bi tan tes da ter ra” no An ti­go Tes ta men to apa re cem num con tex­to de jul ga men to e é pro vá vel que to­das as afir ma ções re la cio na das a ela se cum pram no fu tu ro, du ran te o Dia do Se nhor, tam bém co nhe ci do co mo pe­río do da Tri bu la ção. Um fa to re le van te é que tan to a ex pres são “ha bi tan tes da ter ra” quan to a ex pres são “ha bi tan tes [ou mo ra do res] do mun do” são usa das por di ver sas ve zes nos ca pí tu los 24­27 de Isaías, uma se ção do li vro fre qüen­te men te de no mi na da de “o Apo ca lip se de Isaías”. O ca pí tu lo 24 nos in for ma que o juí zo mun dial de Deus so bre vi rá a to da a hu ma ni da de por cau sa dos pe­ca dos es pe cí fi cos dos “mo ra do res da ter ra” (Is 24.5,6,17). O tex to de Isaías 26.9b de cla ra: “...por que, quan do os teus juí zos rei nam na ter ra, os mo ra do-res do mun do apren dem jus ti ça”. Os dois úl ti mos ver sí cu los do ca pí tu lo 26 re fe rem­se ao pe río do da Tri bu la ção. O ver sí cu lo 20 men cio na que Is rael se es con de rá e se rá pro te gi do “...até que pas se a ira”. Se o re ma nes cen te de Is­rael se rá pro te gi do du ran te a Tri bu la­ção, qual se rá, en tão, o pro pó si to de Deus em exe cu tar juí zo du ran te es se

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A R T I G O

03

os “Habitantes Da terra” aaPoCaliPseMenCionaDos eM

thomas ice

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“pOR qUe GUAR dAS Te A pA LA vRA dA MI NHA peR Se ve RAN çA, TAM béM eU Te GUAR dA ReI dA HO RA dA pRO vA çãO qUe Há de vIR SO bRe O MUN dO IN TeI RO, pA RA ex pe RI MeN TAR OS qUe HA bI TAM SO bRe A TeR RA”. (ApOCALIpSe 3.10)

pe río do? O ver sí cu lo 21 res pon de a es­sa in da ga ção nos se guin tes ter mos: “ Pois eis que o Se nhor sai do seu lu gar, pa ra cas ti gar a ini qüi da de dos mo ra do-res da ter ra; a ter ra des co bri rá o san gue que em be beu e já não en co bri rá aque les que fo ram mor tos” (Is 26.21). As sim, per ce be mos que o pro pó si to da Tri bu­la ção vin dou ra é o de “cas ti gar” os ha­bi tan tes da ter ra. Is so se as se me lha mui to à afir ma ção en con tra da em Apo ca lip se 3.10, na qual o Se nhor de­cla ra que usa rá a “pro va ção que há de vir so bre o mun do in tei ro” [i.e., a Tri bu­la ção] com o pro pó si to de “ex pe ri men-tar os que ha bi tam so bre a ter ra”. Pa re­ce evi den te que os ca pí tu los 24­27, es­pe cial men te o tex to de Isaías 26.21,

pro por cio nam o pa no de fun do pa ra que se pos sa en ten der o sig ni fi ca do de Apo ca lip se 3.10, bem co mo com preen­der o uso que o após to lo João faz da ex pres são “ha bi tan tes da ter ra” ao lon­go de to do o li vro de Apo ca lip se.

“para experimentar os

qUe habitam sobre a terra”Já que um dos prin ci pais pro pó si tos

dos juí zos da Tri bu la ção é o de “cas ti­gar” (Is 26.21) ou “ex pe ri men tar” (Ap 3.10) os ha bi tan tes da ter ra[3], é fun da­men tal que sai ba mos o que is so sig ni fi­

ca. O ter mo gre go tra du zi do por “ex pe­ri men tar” é pei ra zo, que quer di zer “es­for çar­se pa ra des co brir a na tu re za ou ca rá ter de al gu ma coi sa por meio de tes te; tes tar, ex pe ri men tar, sub me ter à pro va”.[4] É im por tan te que se te nha em men te o fa to de que um dos prin ci pais pro pó si tos dos juí zos da Tri bu la ção des cri tos em Apo ca lip se ( caps. 4­19) é o de tes tar os ha bi tan tes da ter ra sob as cir cuns tân cias mais ex tre mas, a fim de com pro var a re jei ção de les ao Cor dei ro (i.e., Je sus) e à Sua men sa gem (i.e., o Evan ge lho). Ape sar da se ve ri da de dos jul ga men tos que são des fe ri dos do céu, nem ao me nos um mo ra dor da ter ra se ar re pen de (ve ja Ap 6.15­17; Ap 9.20­21; Ap 16.9,11,21).

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É pos sí vel que o tex to de Isaías 26.21 te nha em pre ga do o ter mo vin­di ca ti vo “cas ti gar” pe lo fa to de que, se gun do o re la to de ta lha do de Apo ca­lip se, nem se quer um ha bi tan te da ter ra se ar re pen de rá du ran te a Tri bu­la ção. A pro fe cia de Isaías re tra ta uma re so lu ção de fi ni ti va to ma da após ava­lia ção, ao pas so que o após to lo João se re fe re ao pro pó si to an tes que o mes mo pro du za de ter mi na do efei to. En tre tan to, os acon te ci men tos sub se­qüen tes de Apo ca lip se não dei xam a me nor dú vi da de que os ha bi tan tes da ter ra, após se rem sub me ti dos às pro­vas da Gran de Tri bu la ção, me re cem o jus to juí zo de Deus.

qUem são “os qUe habitam sobre a

terra”?Quan do se faz um le van ta men to

das on ze ocor rên cias da ex pres são “ha­

bi tan tes da ter ra” em Apo ca lip se, per­ce be­se um com po nen te in te res san te e re ve la dor. Es ses ha bi tan tes não ape nas pre ci sam ser ex pe ri men ta dos pa ra re­ve lar sua ver da dei ra con vic ção (Ap 3.10), mas tam bém são iden ti fi ca dos cla ra men te co mo aque les que per se­guem e ma tam os cren tes du ran te a Tri bu la ção (Ap 6.10). Mui tos dos juí­zos da Tri bu la ção têm co mo al vo “os ha bi tan tes [ou mo ra do res] da ter ra” (Ap 8.13). São os “ha bi tan tes de ter ra” que se ale gra rão e en via rão pre sen tes uns aos ou tros quan do as duas tes te­mu nhas fo rem mor tas em Je ru sa lém na me ta de do pe río do da Tri bu la ção (Ap 11.10). Quan do a bes ta (i.e., o An­ti cris to) é apre sen ta da em Apo ca lip se 13, ob ser va­se que “...ado rá-la-ão to dos os que ha bi tam so bre a ter ra” (Ap 13.8,12). Por tan to, cem por cen to dos que “ha bi tam so bre a ter ra” re ce be rão a mar ca da bes ta em seus cor pos e pas­sa rão a eter ni da de sob con de na ção no La go de Fo go. Co mo se gui do res da

bes ta, os “ha bi tan tes da ter ra” se rão en ga na dos pe los si nais e mi la gres rea­li za dos pe lo fal so pro fe ta du ran te a Tri bu la ção e eri gi rão uma ima gem da bes ta, pro va vel men te no in te rior da­que le que se rá o tem plo dos ju deus (Ap 13.14). Em bo ra o pú bli co­al vo da pre ga ção do Evan ge lho pro cla ma da por um men sa gei ro an ge li cal se jam os “ha bi tan tes da ter ra” (Ap 14.6), ne­nhum dos ou vin tes se gui rá o Cor dei ro; pe lo con trá rio, to dos se ma ra vi lha rão com a bes ta (Ap 17.8).

Tony Gar land faz uma cor re ta su­po si ção de que a ex pres são “ha bi tan tes da ter ra” trans mi te um sig ni fi ca do “so­te rio ló gi co­es ca to ló gi co[5] no li vro de Apo ca lip se por que de sig na os per di dos [i.e., não­sal vos] no tem po do fim, os quais con ti nuam em sua fir me re jei ção a Deus”.[6] Por tan to, em vez de ser uma de sig na ção geo grá fi ca, a ex pres­são “ha bi tan tes da ter ra” é uma de sig­na ção mo ral, ain da que a fra se te nha co no ta ção geo grá fi ca. A ex pres são “ha­

AO CON TRá RIO dOS fIéIS A deUS qUe SãO eS TRAN GeI ROS e pe Re GRI NOS NA TeR RA, CU-JA eS pe RAN çA Se eN CON TRA NO CéU, eS SeS qUe HA bI TAM SO bRe A TeR RA põeM SUA CON fIAN çA NO HO MeM e NO MeIO-AM bIeN Te.

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bi tan tes da ter ra” pa re ce ser uma fi gu­ra de lin gua gem de no mi na da si né do­que, na qual o to do (i.e., os ha bi tan tes da ter ra) é usa do pa ra de sig nar uma de suas par tes (os des cren tes do pe río do da Tri bu la ção).[7]

A rea li da de dos “ha bi tan tes da ter­ra” é con tras ta da com o le gí ti mo cen­tro das aten ções do li vro de Apo ca lip se que é o tem plo ce les tial, do qual são ex pe di das as or dens di vi nas pa ra o es­ta be le ci men to do Rei no de Deus na ter ra. Por ou tro la do, o cen tro das aten ções e am bi ções dos “ha bi tan tes da ter ra” li mi ta­se à ter ra, nu ma des con si­de ra ção com a von ta de de Deus pro fe­ri da do céu e de cre ta da na ter ra. Gar­land co men ta que “es se fa to ex pli ca a ra zão pe la qual os acon te ci men tos de Apo ca lip se en vol vem gran des juí zos der ra ma dos so bre os sis te mas na tu rais da ter ra, vis to que a Ter ra se tor nou um ído lo ado ra do pe los que ne la ha bi­tam”.[8] Ao con trá rio dos fiéis a Deus que são es tran gei ros e pe re gri nos na ter ra (Lv 25.23; Nm 18.20,23; 1 Cr 29.15; Sl 39.12; Sl 119.19; Jo 15.19; Jo 17.14,16; Fp 3.20; Hb 11.13; 1 Pe 2.11), cu ja es pe ran ça se en con tra no céu (Hb 11.13­16; Ap 13.6), es ses que ha bi tam so bre a ter ra põem sua con fian ça no ho mem e no meio­am bien te”.[9] Re­nald Sho wers de cla ra: “To das es sas re­fe rên cias do li vro de Apo ca lip se aos “que ha bi tam so bre a ter ra” são uma cla ra in di ca ção de pes soas não­sal vas do fu tu ro pe río do de pro va ção, as quais nun ca se rão sal vas [...] Ape sar dos de vas ta do res hor ro res da sex ta

trom be ta, que cau sa rão a mor te de um ter ço da hu ma ni da de, os ha bi tan tes da ter ra não se ar re pen de rão de suas obras per ver sas (Ap 9.20­21)”.[10]

oUtras referências

O tex to de Lu cas 21.35, que é par te do dis cur so so bre o fim dos tem pos pro fe ri do por nos so Se nhor no mon te das Oli vei ras, faz a se guin te ad ver tên­cia: “ Pois há de so bre vir a to dos os que vi vem so bre a fa ce de to da a ter ra”. Nes se ca so em ques tão, os “ha bi tan tes da ter ra” são aque les que se rão pe gos de sur pre sa pe los juí zos do pe río do da Tri bu la ção. A mes ma te má ti ca do des­pre pa ro se en con tra em 1 Tes sa lo ni­cen ses 5 na re fe rên cia aos “fi lhos das tre vas” (1 Ts 5.1-11). Eles es ta rão des­pre pa ra dos por que não cre rão em Je­sus Cris to co mo seu Sal va dor.

Uma ou tra pas sa gem bí bli ca que não usa a ex pres são “ha bi tan tes da ter­ra”, mas que mui to pro va vel men te faz alu são aos “ha bi tan tes da ter ra” por ou tro de sig na ti vo (i.e., “os que não aco-lhe ram o amor da ver da de pa ra se rem sal vos” – cf. 2 Ts 2.10b), nos pro por cio­na uma com preen são mais am pla des­sa ques tão: “É por es te mo ti vo, pois, que Deus lhes man da a ope ra ção do er ro, pa ra da rem cré di to à men ti ra, a fim de se rem jul ga dos to dos quan tos não de-ram cré di to à ver da de; an tes, pe lo con-trá rio, de lei ta ram-se com a in jus ti ça” (2 Ts 2.11-12). Tal de cla ra ção re for ça a

idéia de que um tes te e um jul ga men to dos “ha bi tan tes da ter ra” es tão in cluí­dos no pro pó si to es ta be le ci do por Deus pa ra a Tri bu la ção. Nes se con tex­to de 2 Tes sa lo ni cen ses, Deus é vis to co mo Aque le que per mi te ao “ho mem da ini qüi da de” [i.e., o An ti cris to] rea li­zar fal sos si nais e pro dí gios da men ti ra pe lo fa to de que os “ha bi tan tes da ter­ra” não amam a ver da de. Ma ra na ta! (Pre- Trib Pers pec ti ves)

Tho mas Ice é di re tor­exe cu ti vo do Pre­ Trib Re search Cen ter em Lynchburg, VA (EUA). Ele é au tor de mui tos li vros e um dos edi to res da Bí blia de Es tu do Pro fé ti ca.

NO TAS: 1. Ob ti do por pes qui sa ele trô ni ca atra vés do pro gra ma

de com pu ta ção Ac cor dan ce, ver são 7.4.2. 2. Ob ti do por pes qui sa ele trô ni ca atra vés do pro gra ma

de com pu ta ção Ac cor dan ce, ver são 7.4.2. 3. O ou tro pro pó si to prin ci pal da Tri bu la ção é o de le var

o po vo de Is rael à con ver são e acei ta ção de Je sus co­mo seu Mes sias (Is 26.11­20; Jr 30.1­24; Ez 20.33­44; Ez 22.17­22; Dn 12.1­13; Zc 12.10­13.1, etc).

4. Wal ter Bauer, A Greek­En glish Le xi con of the New Tes ta­ment and Other Chris tian Li te ra tu re, tra du zi do e adap­ta do por Wil liam F. Arndt e F. Wil bur Gin grich, Chi ca go: The Uni ver sity of Chi ca go Press, 1957, p. 793.

5. So te rio ló gi co re la cio na­se com o es tu do da dou tri na da sal va ção, en quan to es ca to ló gi co diz res pei to ao es tu do da dou tri na das úl ti mas coi sas.

6. (Os ter mos em itá li co são ori gi nais) Tony Gar land, A Tes ti mony of Je sus Christ: A Com men tary on the Book of Re ve la tion, 2 vols., Ca ma no Is land, WA: Spi ri tAnd­Truth.org, 2004, vol. 1, p. 264­5.

7. Ve ja, Ethel bert W. Bul lin ger, Fi gu res of Speech Used in The Bi ble, Grand Ra pids: Ba ker Book Hou se, (1898), 1968, p. 637­8.

8. Gar land, Re ve la tion, vol. 2, p. 281, no ta ex pli ca ti va nº 77. 9. (Os ter mos em itá li co são ori gi nais) Gar land, Re ve la­

tion, vol. 2, p. 265. 10. Re nald E. Sho wers, Ma ra na tha, Our Lord Co me, Bell­

mawr, NJ: The Friends of Is rael Gos pel Mi nistry, 1995, p. 265, ci ta do na obra de Gar land, Re ve la tion, p. 265.

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O ano de 2008 trou xe mais guer-ras ao mun do, mas tam bém trou xe um si nal de es pe ran ça. Foi re gis tra do um au men to de con fli tos vio len tos e, com a lu ta en tre a Rús sia e a Geór gia no iní cio de agos to, a guer ra re tor nou à Eu ro pa. Mas um even to do ano pas sa-do ani ma os ana lis tas: a elei ção de Ba rack Oba ma co mo pre si den te dos Es ta dos Uni dos. Com ele au men ta riam as chan ces de so lu ções di plo má ti cas e di mi nui ria o uso das ar mas por par te dos ame ri ca nos – pré-re qui si to im por-tan te pa ra um mun do mais pa cí fi co, mes mo que o fim de to das as guer ras con ti nue sen do uma es pe ran ça ir real.

Anual men te, o Ins ti tu to Pa ra a So-lu ção In ter na cio nal de Con fli tos (de Hei del berg/Ale ma nha), es ta be le ce uma “es ca la de con fli tos” di vi di da em ca te go rias. Nos dois ní veis mais gra-ves, o ano pas sa do te ria re gis tra do au men to em re la ção ao ano an te rior: o nú me ro de guer ras su biu de 6 pa ra

9 e os con fli tos re gio nais au men ta ram de 26 pa ra 30... (N-tv)

Re pe ti da men te nos per gun ta mos co mo po de ha ver tan ta bru ta li da de, tan to ter ror, opres são, ódio, ini mi za de e guer ra no nos so mun do. O glo bo es­tá cheio de fo cos de con fli tos. Pe lo vis­to, o mun do não apren deu ab so lu ta­men te na da do pas sa do.

A ex pli ca ção é en con tra da na Bí­blia. O mun do con ti nua li dan do com o mes mo ini mi go de sem pre, tan to mais quan to avan ça mos nos tem pos fi nais.

“ele ( Deus) vos deu vi da, es tan do vós mor tos nos vos sos de li tos e pe ca­dos, nos quais an das tes ou tro ra, se­gun do o cur so des te mun do, se gun do o prín ci pe da po tes ta de do ar, do es­pí ri to que ago ra atua nos fi lhos da de so be diên cia” (ef 2.1­2). É uma ver­da de as sus ta do ra per ce ber que po de­se es tar mor to ain da em vi da. O ver sí cu lo 5 des cre ve o mes mo em ou tras pa la­vras: “es tan do nós mor tos em nos sos

de li tos”. E 1 Ti mó teo 5.6 tam bém fa la da pos si bi li da de de, mes mo vi vo, al­guém es tar mor to.

O ho mem vi ve fi si ca men te, mas des de a que da em pe ca do seu es pí ri­to es tá mor to. Is so traz con se qüên­cias a to dos os seus atos e, por ex ten­são, a to dos os acon te ci men tos no mun do. Efé sios 2.12 nos diz por que é as sim: “na que le tem po, es tá veis sem cris to, se pa ra dos da co mu ni da de de is rael e es tra nhos às alian ças da pro mes sa, não ten do es pe ran ça e sem deus no mun do”.

Es se é um ba lan ço real men te de so­la dor: sem Cris to, sem es pe ran ça, sem Deus e sem vi da! Quem não tem a Cris to, tam bém não tem a Deus. Por is so, Efé sios 4.18 diz acer ca das pes soas que vi vem cons cien te men te sem Deus: que elas têm seu “en ten di men to obs­cu re ci do” e es tão “ alheias à vi da de deus”, que vi vem em “ig no rân cia”, “pe la du re za do seu co ra ção”. Mes mo

Por que tantos FoCos De ConFlitos?O HO MeM de ve RIA TOR NAR-Se MAIS Sá bIO COM O pAS SAR dOS MI Lê NIOS, MAS NA pRá TI CA NãO SO MOS MUI TO dI fe ReN TeS dOS NOS SOS AN Te pAS SA dOS. AS peS SOAS NãO Me LHO RA RAM; SeUS AR MA MeN TOS, SIM, pOIS COM eLeS é pOS Sí veL MA TAR CA dA vez MAIS GeN Te eM Me NOS TeM pO.

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N O T í c I A s

01

Do nossoCaMPo visual

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sen do tão trá gi ca, es sa afir ma ção é a mais pu ra ver da de. Pes soas sem Je sus não co nhe cem a Deus e es tão ex cluí­das da vi da dE le e, por tan to, mor tas es pi ri tual men te.

Nes sa si tua ção de mor te es pi ri tual, o ho mem não é do mi na do por Deus, mas por aque le que trou xe o pe ca do e a mor te ao mun do, pe lo prín ci pe des te mun do. A Bí blia nos ex pli ca que exis te um cur so des te mun do se gun do o prín ci pe da po tes ta de do ar, se gun do o es pí ri to que ago ra atua nos fi lhos da de so be diên cia. Em Efé sios 6, Pau lo ex­pli ca que nos so mun do é do mi na do por Sa ta nás e seus de mô nios a par tir do cos mo: “por que a nos sa lu ta não é con tra o san gue e a car ne, e sim con­tra os prin ci pa dos e po tes ta des, con­tra os do mi na do res des te mun do te­ne bro so, con tra as for ças es pi ri tuais do mal, nas re giões ce les tes” (ef 6.12). A pa la vra gre ga pa ra “do mi na­dor do mun do” é “kos mo kra tor”, da qual de ri va a pa la vra cos mo.

Uma hu ma ni da de de so be dien te a Deus, que re jei ta Seu Fi lho Je sus Cris to, es tá de pen den te do prín ci pe (ou do mi­na dor), que age en tre o céu e a ter ra e da li in fluen cia o mun do. Mas Sa ta nás e seus de mô nios não ape nas in fluen ciam, eles tam bém do mi nam os po vos da ter­ra. É ób vio que is so tem con se qüên cias ter rí veis so bre os in di ví duos, so bre as fa mí lias, as so cie da des e as na ções. Os fo cos de con fli tos e as cri ses são cau sa­dos por Sa ta nás e fa zem par te de sua lu­ta con tra Deus. E, quan to mais avan ça­mos nos tem pos fi nais, maio res se tor­nam os con fli tos. Is so acon te ce jus ta men te nas re giões que de sem pe­nham al gum pa pel im por tan te no ce ná­rio bí bli co­pro fé ti co. É li te ral men te per­cep tí vel que “al go pai ra no ar”.

O Apo ca lip se fa la de um tem po fu­tu ro em que Sa ta nás se rá lan ça do so­bre a ter ra (Ap 12.7­12), que en tão se rá to ma da pe lo ter ror, de mo nis mo, do mí­nio da vio lên cia e guer ras.

Aqui lo que acon te ce em es ca la glo­bal tam bém ex pli ca os con fli tos na vi da pes soal. In sa tis fa ção e bri gas, ódio e vio­lên cia, de sen ten di men tos e se pa ra ções são cons tan tes e con ti nuam au men tan­do. Mes mo que o ho mem não quei ra ser co mo é e so nha com amor e har mo nia, é jus ta men te a vi da co ti dia na que mos­

tra o quan to es ses so nhos es tão dis tan tes da rea li da de. Mi lha res de ve zes so nha­se com mu dan ças, e mi lha res de ve zes na­da acon te ce – até que che ga a gran de vi­ra da, quan do al guém se vol ta pa ra Aque le que mu dou tu do, que po de al te­rar tu do e que vai trans for mar tu do. Em Sua mor te na cruz e em Sua res sur rei ção den tre os mor tos Je sus trou xe a gran de vi ra da. E es ta se tor na uma rea li da de bem atual pa ra ca da um que se abre pa­ra Ele. E quan do Je sus vol tar, tra rá a gran de mu dan ça pa ra o mun do in tei ro. O im pos sí vel se tor na rá pos sí vel atra vés de Je sus! Ca da um que es tá mor to sem Cris to tor na­se vi vo com Ele!

Deus é um Deus da vi da e quer dar a vi da a uma hu ma ni da de caí da em pe ca dos e, por tan to, mor ta. Por is so Je sus veio, mor reu por nós, res sus ci tou den tre os mor tos e foi ele va do aci ma dos céus – pa ra tra zer vi da.

“(O po der de Deus), o qual exer­ceu ele em cris to, res sus ci tan do­o den tre os mor tos e fa zen do­o sen tar à sua di rei ta nos lu ga res ce les tiais, aci ma de to do prin ci pa do, e po tes ta­de, e po der, e do mí nio, e de to do no­me que se pos sa re fe rir não só no pre sen te sé cu lo, mas tam bém no vin dou ro. e pôs to das as coi sas de­bai xo dos pés e, pa ra ser o ca be ça so bre to das as coi sas, o deu á igre ja, a qual é o seu cor po, a ple ni tu de da­

que le que a tu do en che em to das as coi sas” (ef 1.20­23).

Je sus es tá ele va do aci ma de qual­quer ou tro po der e tu do Lhe es tá su jei­to. As sim, Je sus es tá mui to aci ma da­que le que, se gun do Efé sios 2.2, do mi­na nos ares e de mo ni za es te mun do. To do aque le que crê em Je sus re nas ce es pi ri tual men te, sua po si ção “em Je­sus” pas sa a ser nas re giões ce les tiais. Por is so, não es tá mais sob a es fe ra de ação de Sa ta nás, mas sob o po der do Es pí ri to (Cl 1.13).

“mas deus, sen do ri co em mi se ri­cór dia, por cau sa do gran de amor com que nos amou, e es tan do nós mor tos em nos sos de li tos, nos deu vi­da jun ta men te com cris to, – pe la gra ça sois sal vos, e, jun ta men te com ele, nos res sus ci tou, e nos fez as sen­tar nos lu ga res ce les tiais em cris to Je sus” (ef 2.4­6).

Sa ta nás é o prín ci pe des te mun do (Jo 12.31; Jo 14.30; Jo 16.11), e por is so to do o mal vem de le. Mas se vo cê es tá em Cris to, Sa ta nás não é mais o seu prín ci pe. O do mí nio mu dou. Je sus, o Prín ci pe da Paz, (Is 9.6) é ago ra o seu Prín ci pe, no lu gar de Sa ta nás. E Je sus é mui to maior do que aque le que es tá no mun do (1 Jo 4.4). Es sa mu dan ça de do mí nio já foi ex pe ri men ta da por mui tos, o que é uma pro va evi den te do po der de Je sus. (Nor bert Lieth).

IN SA TIS fA çãO e bRI GAS, ódIO e vIO LêN CIA, de SeN TeN dI MeN TOS e Se pA RA çõeS SãO CONS TAN TeS e CON TI NUAM AU MeN TAN dO.

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Page 20: Chamada da meia-noite_06-2009

Res pos ta: Em pri mei ro lu gar, a men te, que é a se de dos nos sos pen sa men tos, é uma par te não­fí si ca da nos sa cons ti tui ção. Ela não de ve ser con fun di da com o cé re bro, que é um ór gão fí si co per ten cen te ao cor po. Co mo a men te não tem pro prie da des fí si cas, ela es tá fo ra do al can ce da in ves ti ga ção cien tí fi ca ob je ti va.

A idéia de que nos sa men te tem uma par te sub cons cien te ou in cons cien te, que de­ter mi na ou in fluen cia nos so com por ta men to, é um mi to cria do por Sig mund Freud que, se gun do al guns, for mu lou a teo ria quan do es ta va sob o efei to da co caí na. Es sa era a dro­ga que ele usa va pa ra tra tar de sua pró pria de pres são e que re co men da va aos ou tros com in sis tên cia. Mes mo que al go acon te ces se num cam po hi po té ti co cha ma do in cons cien te, não há ne nhum meio de dis cer nir, de for ma cien ti fi ca men te vá li da, quais te riam si do es ses pen sa men tos. De ve ria ser ób vio pa ra to do mun do que es sa su pos ta re gião in cons­cien te que de ter mi na nos sos pen sa men tos e ações cons cien tes não pas sa de es pe cu la ção em be ne fí cio pró prio.

Em seu li vro in ti tu la do The rapy’s De lu sions: The Myth of the Un cons cious and the Ex-ploi ta tion of To day’s Wal king Wor ried (Ilu sões da Te ra pia: O Mi to do In cons cien te e a Ex plo­ra ção dos An sio sos de Ho je, em tra du ção li vre), Ri chard Ofs he e Ethan Wat ters es cre vem:

Em bo ra se ja ób vio que to dos nós te mos pro ces sos men tais dos quais não es-ta mos ple na men te cons cien tes, a idéia do in cons cien te di nâ mi co pro põe a exis-tên cia de uma po de ro sa men te ocul ta que, sem o co nhe ci men to de seu hos pe dei-ro, in fluen cia in ten cio nal men te os mais ín fi mos pen sa men tos e com por ta men tos. Não exis te ne nhu ma evi dên cia cien tí fi ca da exis tên cia des se ti po de in cons cien te do ta do de in ten ção e nem de que os psi co te ra peu tas te nham mé to dos es pe ciais pa ra des ven dar real men te os pro ces sos men tais dos quais não te mos cons ciên-cia. No en tan to, a ale ga ção dos te ra peu tas de que têm con di ções de ex por e mo di fi car a men te in cons cien te con ti nua sen do a pro mes sa se du to ra de mui tas te ra pias ba sea das na in te ra ção ver bal.

Os cris tãos têm si do le va dos a acre di tar nes sa fal sa idéia de sub cons cien te de vi do à in­fluên cia do acon se lha men to psi co ló gi co na igre ja, prin ci pal men te en tre os cha ma dos psi­có lo gos cris tãos e os pra ti can tes da cu ra in te rior. O re sul ta do prá ti co des se con cei to pseu­do cien tí fi co com ple ta men te an ti bí bli co é que o in di ví duo não po de ser res pon sa bi li za do por suas ações pe ca mi no sas, por que elas fo ram de ter mi na das sem o seu en vol vi men to cons cien te. Além dis so, é um pra to cheio de des cul pas pa ra a nos sa na tu re za pe ca mi no sa.

A no ção de in cons cien te, ou sub cons cien te, é es tra nha ao en si no bí bli co. A Pa la vra de Deus tra ta da hu ma ni da de com ba se no com por ta men to cons cien te so bre o qual to dos nós te mos con tro le, o que nos faz, por tan to, res pon sá veis por nos sos atos. Com cer te za, exis tem áreas que são um mis té rio pa ra nós; áreas re la cio na das com o co ra­ção, a men te, a von ta de, as emo ções e o que a Bí blia cha ma de “o mis té rio da ini qüi da­de”, ou pe ca do. Mas es sas áreas es tão fo ra do al can ce da in ves ti ga ção hu ma na e só Deus as co nhe ce: “Ou ve tu dos céus, lu gar da tua ha bi ta ção, per doa e dá a ca da um se-gun do to dos os seus ca mi nhos, já que lhe co nhe ces o co ra ção, por que tu, só tu, és co nhe-ce dor do co ra ção dos fi lhos dos ho mens. En ga no so é o co ra ção, mais do que to das as coi-sas, e de ses pe ra da men te cor rup to; quem o co nhe ce rá? Eu, o Se nhor, es qua dri nho o co-ra ção [...]” (2 Crô ni cas 6.30; Je re mias 17.9-10). (Da ve Hunt, The Be rean Call)

É verdade que o subconsciente

dirige nossos atos?

Per gun ta: “A afir ma ção de que nos sa men te é com pos ta de duas par tes, o cons cien te e o sub cons cien te, tem com-pro va ção cien tí fi ca? É ver da de que é o sub cons cien te que re ge a maio ria das nos sas ações e que ele tam bém con tro la nos sos com por ta men tos apren di dos?”

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aConselHaMento bíblico

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