chamada da meia-noite - ano 37 - nº 9

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Mateus 25.6 da Meia-Noite www.chamada.com.br SETEMBRO DE 2006 • Ano 37 • Nº 9 • R$ 3,50

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• O Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • Falsos profetas • Tão grande é o perdão • Quem comete suicídio perde a salvação?

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Page 1: Chamada da Meia-Noite - Ano 37 - Nº 9

Mateus 25.6da Meia-Noite www.chamada.com.br SETEMBRO DE 2006 • Ano 37 • Nº 9 • R$ 3,50

Page 3: Chamada da Meia-Noite - Ano 37 - Nº 9

Índice4

5

17

20

Prezados Amigos

O Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo

Do Nosso Campo Visual• Falsos profetas - 17

• Tão grande é o perdão - 19

Aconselhamento Bíblico• Quem comete suicídio

perde a salvação?

Publicação mensal

Administração e Impressão:Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai90830-000 • Porto Alegre/RS • BrasilFone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385E-mail: [email protected]

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Preços (em R$):Assinatura anual ................................... 31,50

- semestral ............................ 19,00Exemplar Avulso ..................................... 3,50 Exterior - Assin. anual (Via Aérea) US$ 28.00

Fundador: Dr. Wim Malgo (1922-1992)

Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf

Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake

Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann

INPI nº 040614Registro nº 50 do Cartório Especial

Edições InternacionaisA revista “Chamada da Meia-Noite” é pu-blicada também em espanhol, inglês, ale-mão, italiano, holandês, francês, coreano,húngaro e cingalês.

As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores.

“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro” (Mt 25.6).

A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite”é uma missão sem fins lucrativos, com o obje-tivo de anunciar a Bíblia inteira como infalívele eterna Palavra de Deus escrita, inspiradapelo Espírito Santo, sendo o guia seguro paraa fé e conduta do cristão. A finalidade da“Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é:

1. chamar pessoas a Cristo em todos os lugares;

2. proclamar a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo;

3. preparar cristãos para Sua segunda vinda;4. manter a fé e advertir a respeito de falsas

doutrinas

Todas as atividades da “Obra MissionáriaChamada da Meia-Noite” são mantidas atra-vés de ofertas voluntárias dos que desejamter parte neste ministério.

Chamada da Meia-Noite

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Page 4: Chamada da Meia-Noite - Ano 37 - Nº 9

4 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2006

“A Realidade da Profecia” é o tema do VIIICongresso Internacional Sobre a Palavra Proféticaque realizaremos em Poços de Caldas (de 18 a21/10/06). Será que a profecia bíblica é real?Atualmente uma verdadeira avalanche de ataquesse abate sobre a Bíblia, com críticas eridicularização de seu conteúdo. Será que Deusdisse apenas o que temos por escrito nasSagradas Escrituras, ou Ele escondeu algumasinformações secretas? Deus realmente queriadizer o que está escrito ou os cristãos primitivosfalsificaram alguns relatos? “Há uma organizaçãosecreta responsável por guardar documentos que,se trazidos a público, destruiriam o cristianismocomo o conhecemos!”, afirma Dan Brown em OCódigo da Vinci. Na Alemanha, uma nova versãoda Bíblia está dando o que falar. Trata-se daVolxBibel (Bíblia Popular), uma espécie deparáfrase do Novo Testamento em linguagempara jovens, com muitas expressões de baixonível. Martin Dreyer, líder dos “Jesus Freaks”,afirma ter recebido do próprio Deus aincumbência desse projeto.

Nos Estados Unidos foi publicada uma Bíbliade estudo pelo fundador do Movimento Renovaré,Richard J. Foster. O alvo principal dessemovimento é o retorno às origens místicas daigreja católica. Essa obra representa umatentativa de solapar massivamente a confiançaque a Palavra de Deus merece. Esse mesmopropósito é perseguido por uma Bíblia feministaque também foi lançada recentemente nos EUA.No livro Judith Christ of Nazareth (“Judite Cristode Nazaré”) alguns trechos do Novo Testamentosão reescritos, apresentando Jesus como mulher.Críticos evangélicos consideram o livro blasfemoou simplesmente uma grande bobagem.

Quem está por trás dessa onda de ataques àPalavra de Deus? “...a antiga serpente, que sechama Diabo e Satanás, o sedutor de todo omundo” (Ap 12.9). Deus ama este mundo eentregou Seu Filho para que os homens fossemsalvos. Satanás engana este mundo e lheimpingirá o Anticristo. Essa é uma das fortesrazões que nos levam, como missão, a proclamarem alto e bom som a realidade da Palavra deDeus. E com esse intuito almejamos que oCongresso anual continue sendo uma ferramentaabençoada.

Nosso desejo é que muitos cristãos em nossopaís se fortaleçam e se equipem para o bomcombate da fé nestes tempos finais! Para nosso

Senhor Jesus eraextremamente importantefirmar Seus discípulos naeterna e imutável Palavra de Deus. Comoressurreto Ele lhes disse: “...importava que secumprisse tudo o que de mim está escrito na Leide Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (Lc24.44). “...aparecendo-lhes durante quarentadias e falando das coisas concernentes ao reinode Deus” (At 1.3). Jesus lhes expôs as profeciassobre Sua primeira vinda e sobre Sua volta – paraos ouvintes isso foi como um Congresso Proféticode 40 dias! Hoje temos Suas palavras registradasna “apostila” chamada Bíblia, onde podemosaprender e nos informar.

Aproximamo-nos da volta de Jesus de formainexorável. Por essa razão, fazemos bem em nosocupar sistematicamente com a Palavra Profética.Vivenciamos o alastramento de um cristianismoorientado quase que exclusivamente para ossentidos (ver, ouvir, sentir). Quando o rico seencontrava no inferno e pediu a Abraão queenviasse Lázaro de volta do reino dos mortos paraservir de evangelista para seus irmãos, este lherespondeu com muita firmeza: “Eles têm Moisése os Profetas; ouçam-nos” (Lc 16.29). E oapóstolo Paulo escreveu aos coríntios: “Osjudeus pedem sinais... mas nós pregamos aCristo crucificado... a palavra da cruz” (1 Co1.22,23,18).

Essas palavras deveriam nos incentivar asermos ainda mais diligentes no estudo daPalavra, a fazermos como os bereanos, queexaminavam as Escrituras para conferir se ascoisas eram de fato assim. O próximo Congressocertamente será uma boa oportunidade nessesentido! Orem para que Deus abençoe o evento,e, se possível, venham estar conosco!

Unidos em Jesus, que é o Autor da Profecia,saúdo cordialmente,

Dieter Steiger

LANÇAMENTO

104 págs.Formato: 13,5 x 19,5 cmPedidos: 0300 789.5152

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Maomé, o fundador do Islamis-mo, nasceu em Meca, na tribo doscoraixitas, por volta do ano 570 d.C.Não se conhecem fontes não-islâmi-cas de sua biografia, e só há duas fon-tes islâmicas principais: A História daVida de Maomé, de Ibn-Ishaq (768d.C.), editada por Ibn-Hisham (833d.C.); e As Expedições de Maomé, deAl-Waqidi (822 d.C.). As várias ha-diths (os ditos e feitos de Maomé,narrados por seus companheiros maispróximos) também nos dão umaidéia da vida do Profeta do Islã.

Os coraixitas de Meca tinham umempreendimento lucrativo comoguardiões da Caaba, um templo deídolos contendo cerca de trezentas esessenta imagens que representavamas diversas divindades tribais adora-das por qualquer um que porventuraestivesse viajando numa das imensascaravanas comerciais que passavampor Meca. Allá (uma contração deAl-Ilah, literalmente “o deus princi-pal”) era reconhecido como o maisimportante dentre os ídolos da Caa-ba. Vários séculos antes do nascimen-to de Maomé, ele já era o deus oficialde sua tribo.

Maomé começou a receber “reve-lações” sob circunstâncias tão estra-nhas e aterradoras que ele temia estarsendo enganado por Satanás. Deacordo com fontes islâmicas, ele pen-sava estar possuído por um demônioe, às vezes, agia como se estivesse.Sua mulher, Khadija, o consolava, as-segurando-lhe de que Alá estava fa-lando com ele. Ibn Ishaq registrouque, quando o espírito veio outra vez

sobre ele, Khadija o submeteu a umteste:

Ela disse ao apóstolo de Alá:– Ó filho do meu tio, tu poderias me

avisar quando teu visitante vier a ti?Ele respondeu que sim, e ela pe-

diu-lhe que o fizesse.Então, quando Gabriel apareceu,

como estava acostumado, o apóstolodisse a Khadija:

– Este é Gabriel, que acaba de vira mim.

– Levanta-te, ó filho do meu tio –disse ela – e senta-te ao lado da mi-nha coxa esquerda.

O apóstolo fez isso, e ela disse:– Tu o estás vendo?– Sim – respondeu ele.Então dá a volta e senta-te à minha

direita.Ele fez assim, e ela perguntou:– Ainda o vês?– Quando ele respondeu que sim,

ela pediu-lhe que mudasse de lugar ese sentasse em seu colo.

Depois que ele fez isso, ela per-guntou-lhe novamente se aindaconseguia vê-lo; quando elerespondeu que sim, ela desco-briu suas formas [i.e., tirou aroupa] e pôs de lado o véu.Com o apóstolo sentado emseu colo, ela perguntou:

– Ainda o vês?Ele respondeu:– Não.

Então ela disse:– Ó filho do meu tio, regozija-te e

tem bom ânimo, por Alá, ele é um an-jo e não um demônio.[1]

Maomé então concordou que suainspiração vinha de Alá, através do“anjo Gabriel”. Essas revelações(com exceção de algumas que foramperdidas) compõem hoje o Corão.

Entretanto, as dúvidas continua-ram a assolar Maomé, e ele tentou osuicídio várias vezes, nos anos que seseguiram.[2] Depois de receber a no-nagésima sexta surata, a “inspiração”ficou suspensa por vários meses. De-primido com isso, Maomé novamen-te pensou em suicídio. Suas tendên-cias suicidas, reconhecidas por todasas autoridades islâmicas, não pare-cem ser a marca de um grande líderespiritual que está debaixo da inspira-ção divina.

Essas supostas inspirações (no to-tal, foram cento e quatorze suratas)apresentavam uma idéia revolucioná-ria: Alá não era simplesmente o deus

5Chamada da Meia-Noite, setembro de 2006

A Caaba, em Meca.

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principal da Caaba, mas o único deusexistente em toda parte; Maomé erao único profeta de Alá, e o mundo in-teiro tinha que ser levado à submis-são a Alá. Naturalmente, essa novadoutrina encontrou oposição por par-te dos habitantes de Meca. Eles nãoachavam boa idéia desfazer-se de to-dos os deuses, exceto Alá – isso dimi-nuiria drasticamente a lucratividadede seus negócios na Caaba.

Diante da crescente oposição àssuas “revelações”, e tendo apenas umpunhado de seguidores, Maomé fugiude Meca em 622 d.C. Essa fuga échamada de Hégira, e sua data marcao início do calendário muçulmano. Aabreviatura A.H. (anno Hegirae, anoda Hégira, i.e., ano da era iniciadacom a Hégira) é semelhante à latinaA.D. (anno Domini, ano do Senhor,i.e., ano da era iniciada com o nasci-mento do Senhor). Ele se estabeleceuna cidade de Iatrib, hoje chamadaMedina. Essa cidade tornou-se seuquartel general até sua volta triunfalcomo conquistador de Meca, oitoanos depois.

Após fugir para Iatrib, à medidaque ganhava poder e o número deseus seguidores aumentava, as revela-ções que Maomé recebia de Alá fo-ram se tornando cada vez mais belige-rantes. O mundo inteiro não só preci-sava se submeter a Alá (Islã significa“submissão”), mas devia ser forçado a

fazer isso pela espada, sob ameaça demorte aos que se recusassem a reco-nhecer que somente Alá era deus eque Maomé era seu profeta.

Fundando uma “Religião de Paz”

Desafiado a realizar milagres co-mo Jesus, Maomé não conseguiu fa-zer nenhum – mas ele era um hábilestrategista. Em 16 de março de 624,como profeta de Alá e para a glóriade Alá, Maomé liderou trezentosguerreiros num violento ataque pertode Badr contra uma grande caravanaque vinha de Meca carregada de ri-quezas e escoltada por oitocentos ho-mens. Cerca de quarenta membrosda caravana foram mortos e sessentaforam aprisionados, contra uma per-da de apenas quatorze muçulmanos.Essa vitória contra um exército supe-rior foi vista como um milagre daparte de Alá – aquele de que Maoménecessitava para sua confirmação. Apartir desse momento, as fileiras demuçulmanos se encheram de homensávidos pelos lucros que Alá prometianesta vida e no Paraíso. Uma revela-ção conveniente afirmava: “Que com-batam pela causa de Deus aquelesdispostos a sacrificar a vida terrenapela futura, porque a quem combaterpela causa de Deus, quer sucumba,quer vença, concederemos magníficarecompensa”.[3]

Tendo provado sua superioridademilitar, Maomé consolidou seu po-der assassinando mais de vinte e cin-co pessoas que se opunham a ele. Oprimeiro foi al-Nadr, um velho ini-migo de Meca. Capturado na batalhade Badr, ele lembrou a Maomé queos coraixitas não matavam seus pri-sioneiros. Sem nenhuma misericór-dia, Maomé mandou decapitá-lo namesma hora, dando a seus seguido-res o exemplo que seria adotado nomassacre impiedoso de milhões depessoas. Ele justificou seu ato acres-centando outra chocante “revelação”ao Corão: “Não é dado a profeta al-gum fazer cativos, antes de lhes ha-ver subjugado inteiramente a re-gião”.[4] Alá enviava “revelações”convenientes sempre que Maomé

precisava, geralmente para seu pró-prio benefício.

Por exemplo: um dia, Maomé foivisitar seu filho adotivo, Said. A es-posa dele, Zaynab, prima de Maomé,foi até a porta para dizer que Saidnão estava em casa, e convidou oprofeta a entrar. Ela estava com pou-quíssima roupa, e Maomé ficou fas-cinado com sua beleza e desejou-adesesperadamente. Ele recusou oconvite para entrar, mas exclamoupara Alá, em voz alta: “Como real-mente mudas o coração dos ho-mens!” Mais tarde, Zaynab repetiuas palavras do profeta para Said, queobedientemente se prontificou a di-vorciar-se de sua esposa para queMaomé pudesse tê-la. Zaynab estavavibrando com a perspectiva de casar-se com o profeta de Alá. De início,Maomé declinou, mas não conseguiaaplacar sua paixão por ela. QuandoMaomé estava sentado ao lado deAisha, sua esposa favorita, comquem havia se casado quando ela ti-nha apenas nove anos, veio sobre eleuma súbita inspiração para ser acres-centada ao Corão, afirmando queAlá exigia que ele se casasse comZaynab – supostamente para mostraraos muçulmanos que não era pecadocasar-se com a mulher de um filhoadotivo, mesmo que ela fosse sua pri-ma.[5] Said, é claro, foi obediente àrevelação. Nem ele nem ninguém ti-nha o direito de questionar a vontadede Alá. Assim, Zaynab juntou-se aonúmero cada vez maior de esposasde Maomé.

Muitas das vítimas dos assassina-tos de Maomé foram poetas que ha-viam zombado dele em verso. A pri-meira foi a poetisa Asma bint Mar-wan, apunhalada enquantoamamentava o filho caçula, e assimsilenciada. O poeta Abu Afak (que,segundo consta, tinha mais de cemanos de idade) foi assassinado em se-guida. Para justificar esses assassina-tos, outra revelação acrescentada aoCorão explicava que todos os poetaseram inspirados por Satanás.[6] Naspalavras de um ex-muçulmano: “Osassassinatos, mortes, crueldades etorturas precisam ser levados em con-ta em qualquer julgamento sobre ocaráter moral de Maomé”.[7]

6 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2006

Maomé consolidou seu poder assassinando mais de vinte e cinco pessoas que se opunham a ele.

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Não há Liberdade deExpressão no Islã

Longe de tentarem esconder oque uma consciência normal reco-nheceria como uma maldade inomi-nável, os muçulmanos falam aberta-mente dessa selvageria como algonormal no Islã – o exemplo elogiáveldado pelo próprio Maomé e digno deser repetido hoje em dia. Ao mesmotempo, é claro, eles afirmam que o Is-lamismo é uma religião pacífica queestabelece o mais alto padrão para aproteção dos direitos humanos.

Em outubro de 2004, Magdi Ah-mad Hussein, secretário-geral do Par-tido Trabalhista egípcio, defendeu oterrorismo através da TV Al-Jazeera.Ele enalteceu os homens-bombas,que procuram atingir mulheres ecrianças, e também elogiou a decapi-tação de prisioneiros. Em resposta aoque esperamos que seja uma reaçãonegativa cada vez maior por parte demuitos muçulmanos em relação àsnumerosas ações bárbaras praticadasem nome do Islã, Hussein usou oexemplo de Maomé para dar apoio oterrorismo:

Como é que alguns elementos den-tro do movimento islâmico e alguns re-ligiosos nos dizem que matar prisio-neiros não é próprio do Islamismo? Aocontrário, tanto o Corão quanto a bio-grafia do profeta permitem a execu-ção de prisioneiros. Isso existe na nos-sa lei islâmica... Por que os religiososdo governo ignoram a execução deprisioneiros na época do Profeta? Cer-ca de 600-700 prisioneiros forammortos no ataque à tribo [judia] Curai-za [na verdade, foram 900, que serenderam sob a promessa de teremsua segurança garantida, mas foramdecapitados]. Por que eles escondemisso? Por que eles escondem o fato deque o Profeta deu ordem para assassi-nar alguns poetas – assassinar! Nãoem operações militares, mas em assas-sinatos individuais.[8]

Entre os assassinados estava opoeta judeu Ka’b bin al-Asraf. Longede constituir qualquer embaraço paraos muçulmanos de hoje, o assassinatode Ka’b ainda é justificado como fun-damental para o Islã (não admira queum certo autor tenha dado ao seu li-

vro sobre terrorismo islâmico o títulode Monstros de Maomé![9]). Exami-nando o ocorrido sob a luz mais favo-rável possível, com alguns detalhesfictícios, um popular site islâmico re-vela a peculiar definição de “paz” e“justiça” do Islã:

Ka’b tornara-se uma ameaça realao estado de paz e mútua confiançaque o Profeta estava lutando para al-cançar em Medina... O Profeta ficoumuito irritado com ele... Tudo isso fezparte do grande processo... que aju-dou a propagar o Islamismo e o esta-beleceu em bases de justiça e pieda-de.[10]

Assassinato e mutilação são “justi-ça e piedade” no Islamismo! Não ha-via direitos humanos. Os que se opu-nham ou até mesmo questionavam oprofeta tinham que ser eliminados. Eo mesmo acontece hoje. Levantar umquestionamento legítimo sobre o Co-rão ou sobre Maomé em qualquerpaís onde os muçulmanos estejam nopoder significa sentença de morte. Naépoca não muito distante em que oPaquistão tinha apenas um canal detelevisão, este sempre iniciava o diaalertando os telespectadores de que oIslamismo não era para ser questiona-do. E mesmo hoje ninguém ousariaquestionar coisa alguma.

Em 1988, o escritor Salman Rus-hdie (juntamente com seus simpati-zantes) recebeu uma sentença demorte por escrever um livro que reli-giosos muçulmanos consideraram umataque ao Islã e ao seu profeta. Rus-hdie ainda se esconde temendo porsua vida, e sua cabeça continua a prê-mio. O fato de uma religião precisarrecorrer a ameaças e homicídios parase manter, ao invés de contar sim-plesmente com a crença voluntária ea lealdade espontânea de seus adep-tos em resposta à verdade, é algo quenão depõe a seu favor.

Não é necessário pesquisar muitopara descobrir que os muçulmanostêm uma definição peculiar e todaprópria para determinadas palavras, oque lhes permite ter um discurso pa-cífico, enquanto a prática é bem dife-rente. Por exemplo, a seguinte cita-ção atribuída a Maomé, encontradatanto na hadith Bukhari quanto naMuslim, é usada para “provar” que o

Islã é contrário ao terrorismo: “PorAlá, aquele cujos vizinhos não se sen-tem a salvo de suas maldades não éum verdadeiro crente”.[11] Entretan-to, os vizinhos de Maomé não po-diam se sentir a salvo – ele podiamandar matá-los a qualquer momen-to, principalmente se eles fossempoetas ou judeus. Do mesmo modo,as cidades vizinhas ou caravanas iti-nerantes também não podiam se sen-tir a salvo de seus ataques, nem se-quer durante o Ramadã, um períodode paz para os pagãos! As palavras deMaomé parecem transmitir seguran-ça, mas com certeza têm um signifi-cado especial. O único modo dos vi-zinhos assegurarem a paz era se sub-metendo ao Islamismo e nãoantagonizando seu ditador-profeta.

As Antigas Raízes do Moderno

Terrorismo IslâmicoO modo como Maomé estabele-

ceu sua nova religião na Arábia – ata-cando caravanas e cidades, passandoos conquistados ao fio da espada paracausar medo e impor sua vontade so-bre os outros árabes – era simples-mente terrorismo. Não existe outrapalavra no vocabulário moderno paradescrever isso. Em seus Pensées, Blai-se Pascal fez uma comparação:“Maomé fundou uma religião matan-do seus inimigos; e Jesus Cristo, or-denando Seus seguidores a entrega-rem suas vidas”. Como diz um outroautor: “A Jihad (Guerra Santa) foi...

7Chamada da Meia-Noite, setembro de 2006

Religião de paz? Uma mãe islâmicaensina seu filho a vestir-se como

homem-bomba.

Page 8: Chamada da Meia-Noite - Ano 37 - Nº 9

aceita [a partir do] Corão como umaordem direta de Deus [Alá]. Nin-guém tinha nenhuma dificuldade deconciliar religiosidade e rapinagem.Maomé não só facilitou isso para elescomo transformou essa atitude numavirtude, apresentando a pilhagem e aguerra como caminhos piedosos parao Paraíso”.[12]

O terrorismo é endêmico no Islãporque, durante séculos, foi parte in-tegrante da sociedade árabe pagã emque Maomé nasceu e de onde se ori-ginou o Islamismo. Um ex-professorde história islâmica na UniversidadeAl-Azhar, no Cairo, capital do Egito(construída em torno da mesquita deAl-Azhar e considerada como omaior centro de autoridade em dou-trina islâmica do mundo), descreve asociedade da Arábia no século sétimoda seguinte forma:

Só os fortes sobreviviam... a lutaconstante dessas tribos entre si era seumodo de viver. Essa mentalidade semanifestava num estilo de vida básico:Saquear os bens dos derrotados... in-vadir para obter posição e riqueza...Quando invadiam um país inimigo,eles matavam todos os homens e leva-vam as mulheres e crianças como es-cravos.

O Islamismo não mudou nenhumadessas características nem influenciouo comportamento dos árabes. Em vezdisso, o Islã adotou a mentalidade dosárabes e usou-a para atingir seus ob-jetivos. A Jihad (lutar contra os inimi-gos de Alá até a morte), como crençacentral do Islamismo, entrou na menta-lidade árabe não como um comporta-

mento novo, mas como algo a queeles já estavam acostumados... Mao-mé nasceu numa cultura onde a con-quista e o derramamento de sangueeram a norma, e foram incorporadosao Islamismo através do conceito deJihad.[13]

O cidadão ocidental padrão imagi-na que o terrorismo é algo novo, quecomeçou na década de 1990 com aIntifada em Israel e vem piorandodesde então, espalhando-se pelomundo todo. Muitos acreditam que oterrorismo se justifica quando usadocontra os israelenses, por causa dosmaus-tratos que eles supostamenteimpõem aos palestinos; mas o terro-rismo é visto como um crime hedion-do quando cometido em qualqueroutro lugar. Os muçulmanos vêmpraticando o terrorismo, especial-mente contra judeus (e até contraeles mesmos), há séculos, mas a in-tensidade aumentou assim que asNações Unidas dividiram a Palestinaem novembro de 1947.

Nos distúrbios antijudaicos de de-zembro de 1947, multidões enfureci-das incendiaram a maioria das sina-gogas em Alepo, na Síria, destruíramcento e cinqüenta casas de judeus,cinco escolas judaicas, cinqüenta lo-jas e escritórios, um orfanato e umclube de jovens. Rolos de pergami-nho foram destruídos e um antigomanuscrito do Antigo Testamento,de valor incalculável, foi queimado,enquanto os bombeiros assistiam im-passíveis e os policiais “ajudavamabertamente os arruaceiros”.[14]Uma carta escrita por vários rabinos

de Alepo, datada de 28 deabril de 1948 (duas sema-nas antes de Israel declararsua independência), e en-tregue à congregação Ma-gen David, no Brooklyn,Nova York, implorava:“Este é o terceiro dia emque estamos nos escon-dendo. As turbas de ára-bes estão em fúria e amea-çam nossa vida. Orem pornós. Façam alguma coisapor nós junto ao seu go-verno. Nossa vida estácorrendo perigo total...ajudem-nos!”

Usando o Corão ParaJustificar AssassinatosSerá que os muçulmanos de hoje

se incomodam com o fato de que as-sassinatos, estupros, saques e escravi-dão de pessoas inocentes eram o mo-do de vida aprovado a que Maoméconduzia seus seguidores, e no qual oIslamismo se baseou e opera até hoje?A maioria dos muçulmanos não co-nhece a história do Islã; e muitos dosque conhecem a verdade cruel pare-cem ter orgulho dela. Como todos ossistemas opressivos, o Islã baseou-seno princípio de que “a força faz o di-reito”. E é deste modo que ele semantém hoje, sempre que possível,matando todos os que se recusam ase submeter.

Iatrib foi fundada por judeus.Maomé contou suas “revelações” aeles, e também aos cristãos que vi-viam nas vizinhanças. Quando elesnão aceitaram Alá (que sabiam ser oprincipal ídolo da Caaba) comoDeus, nem Maomé como seu profeta,ele se voltou contra os cristãos e ju-deus, matando todos os que se recu-saram a se tornar muçulmanos e nãoconseguiram fugir. Depois de se ren-derem diante da superioridade doexército muçulmano, com a promes-sa de que a vida deles seria poupada,todos os homens judeus de Iatribcom idade de pegar em armas forammassacrados, e seus corpos foram en-terrados na praça principal. As mu-lheres e crianças foram tomadas co-mo “esposas” ou escravizadas. O no-me da cidade foi mudado paraMedina, que significa “cidade doprofeta”. O próprio Maomé foi enter-rado ali, onde seu túmulo permaneceaté hoje.

No final, cada um dos judeus daArábia tinha sido morto ou havia fu-gido. Até hoje permanece em vigor alei de que nenhum judeu pode pôr ospés na Arábia Saudita – e nenhum ju-deu ousaria entrar (o secretário deEstado Henry Kissinger e o senadorJoseph Lieberman foram as duas úni-cas exceções). Todo judeu encontra-do na Arábia Saudita deve ser morto– uma pena que os sauditas aplica-riam na “praça corta-corta”, emRiad, sem o menor pudor, diante do

8 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2006

Terrorista libanês preso na Alemanha. Ele e outrosuspeito deixaram malas-bombas em dois trensregionais. Felizmente, os artefatos não explodiram.

Page 9: Chamada da Meia-Noite - Ano 37 - Nº 9

mundo de hoje. A decapitação é a pe-na oficial decretada por Maomé, eainda é aplicada a qualquer muçul-mano que se converta a uma outrareligião. Por ordem de Maomé, só oIslamismo pode ser praticado na Ará-bia Saudita – e o mesmo estaria ocor-rendo no mundo inteiro, se o Islãconseguisse levar a cabo a conquistamundial pela qual todos os muçulma-nos devem lutar até que seja alcança-da, como ordenou Alá.

Quando a Arábia Saudita pediuproteção aos americanos contra o ata-que dos exércitos de Saddam Hussein(mais uma vez, “a força faz o direi-to”), que tinha invadido o Kuwait epretendia conquistar o restante dospaíses do Golfo, os sauditas estipula-ram que nenhum judeu podia entrarna Arábia. Os americanos responde-ram que os judeus eram parte inte-grante de suas forças armadas e iriampara lá, quer os sauditas gostassemou não. Depois, percebeu-se que, seas tropas iraquianas capturassem umsoldado americano e suas placas deidentificação mostrassem que ele erajudeu, ele seria, literalmente, esfoladovivo. Então foi inventada uma novacategoria: “Protestante B”. Desde en-tão, essa designação foi estampadanas placas de identificação dos milita-res judeus mandados para áreas mu-çulmanas.

O fato de o Islamismo ser uma re-ligião violenta (que, para atingir seuobjetivo, requer que todos os judeussejam mortos) não preocupa os líde-res mundiais. A política não tem apretensão de ser moral. Atualmente,muitos agentes da OLP continuamtrabalhando para o serviço secretobritânico. Ainda favorecendo os mu-çulmanos às custas de Israel, e fazen-do jogo duplo por baixo dos panos, aGrã-Bretanha continuava descarada-mente fornecendo materiais e equipa-mentos a Saddam Hussein para a fa-bricação de munições, seis semanasapós ele ter invadido o Kuwait.

Combatendo o TerrorismoNum Estado de NegaçãoTodos os não-muçulmanos são

considerados pagãos pelos muçulma-

nos. O que não se consegue entenderé por que pagãos que ainda não sesubmeteram ao Islamismo, a religiãopacífica, são chamados para pacificarduas nações muçulmanas em guerrauma com a outra. Poderíamos acredi-tar que o Islamismo é uma religiãopacífica, como o presidente Bush eoutros líderes políticos e religiosos doOcidente insistem em afirmar, se osmuçulmanos parassem de brigar en-tre si e desistissem de nos matar. Naverdade, Alá e o Corão forçam o mu-çulmano a dizer a um não-muçulma-no: “Esta é uma religião de paz! E sevocê não concordar que ‘o Islã é paz’,eu o matarei para provar!”

Em 1990, com o intuito de per-mitir que as tropas americanas en-trassem na Arábia Saudita para pro-teger aquele país da invasão do exér-cito do Iraque, o sheik Abdul Azizbin Baz, principal autoridade religio-sa saudita, emitiu esta fatwa: “Embo-ra os americanos... não sejam muçul-manos, eles merecem nosso apoioporque estão aqui para defender o Is-lã”.[15] Defender o Islã, a religião depaz, contra muçulmanos que estãopraticando a religião de paz parecealgo contraditório. Não menos ina-creditável é o fato de o Islã ser defen-dido por pessoas consideradas peloIslã como inimigos que devem sermortos. As tropas americanas certa-mente não consideram que essa sejaa sua missão. No entanto, seus líde-res continuam a chamar essa religiãoviolenta de pacífica.

Nenhum líder mundialexpressa sua compreensão arespeito do terrorismo e suadeterminação em erradicá-lode forma mais clara e ho-nesta que o presidenteBush. Entretanto, ao mes-mo tempo, ele ingenuamen-te (ou de propósito, para ser“politicamente correto”) in-siste em dizer que o Islamis-mo é uma religião pacífica etem todo o cuidado de evi-tar mencionar essa religiãojunto com o terrorismo. Aomissão contraditória é gri-tante, como podemos verneste trecho de seu discur-so, proferido em 29 de ja-

neiro de 2002, em sua mensagemanual ao Congresso sobre a situaçãodo país:

As descobertas que fizemos noAfeganistão... mostraram o verdadeiroescopo da tarefa que temos diante denós... [que] a profundidade do ódiodos nossos inimigos... é igualada pelaloucura da destruição que eles plane-jam. Descobrimos diagramas de usi-nas nucleares americanas e de siste-mas de abastecimento de água, instru-ções detalhadas para a produção dearmas químicas, mapas de vigilânciade cidades americanas e descriçõesminuciosas de pontos de referêncianos Estados Unidos e em todo o mun-do.

O que descobrimos no Afeganistãoconfirma que... nossa guerra contra oterrorismo está apenas começando...Milhares de homicidas perigosos, trei-nados nos métodos de assassinato,muitas vezes apoiados por regimesproscritos, estão agora se espalhandopelo mundo como bombas-relógioprontas para detonar sem aviso.

Centenas de terroristas foram pre-sos. Contudo, dezenas de milhares...ainda estão à solta. Para esses inimi-gos, o mundo inteiro é um campo debatalha, e precisamos persegui-losonde quer que estejam. Enquantohouver campos de treinamento funcio-nando, enquanto houver países quedão guarida a terroristas, a liberdadeestará em perigo. E os Estados e seusaliados não podem permitir isso, enão permitirão.

9Chamada da Meia-Noite, setembro de 2006

A descoberta de um plano terrorista demuçulmanos ingleses que pretendiam explodiraviões a caminho dos EUA provocou caos nos

aeroportos de todo o mundo. Na foto: viajantesesperam no aeroporto de Gatwick, em Londres.

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Nossa nação continuará a perse-guir dois grandes objetivos, de mo-do firme, paciente e persistente. Pri-meiramente, vamos fechar os acam-pamentos dos terroristas, frustrar seusplanos e levá-los aos tribunais. Emsegundo lugar, precisamos impedirque terroristas e regimes que queremproduzir armas químicas, biológicasou nucleares ameacem os Estados Uni-dos e o mundo.

Nossas forças militares desativa-ram os campos de treinamento de ter-roristas no Afeganistão, mas aindaexistem campos como esses em pelomenos uma dúzia de países. Um sub-mundo terrorista – incluindo gruposcomo o Hamas, o Hezbollah, a JihadIslâmica, o Jaish-i-Mohammed – ope-ra em selvas e desertos remotos, e seesconde nos centros das grandes ci-dades...

Os países [que apóiam o terroris-mo] e seus aliados terroristas consti-tuem um eixo do mal que se arma pa-ra ameaçar a paz mundial. Ao procu-rar produzir armas de destruição emmassa, esses regimes representam umperigo grave e crescente. Eles pode-riam fornecer essas armas aos terroris-tas, suprindo-lhes os meios de dar va-zão ao seu ódio. Eles poderiam atacarnossos aliados ou tentar chantagear osEstados Unidos. Em qualquer dessescasos, o preço da negligência seriacatastrófico.

Trabalharemos em estreita colabo-ração com nossa coalizão para ne-gar aos terroristas e a seus patroci-nadores os materiais, a tecnologia eo conhecimento específico para pro-duzir e distribuir armas de destrui-ção em massa. Iremos desenvolver epôr em operação sistemas eficazesde defesa antimísseis para protegeros Estados Unidos e seus aliados con-tra ataques-surpresa. E todas as na-ções devem estar cientes disso: os Es-tados Unidos farão o que for neces-sário para garantir sua segurançanacional.

Não faz sentido perseguir terroris-tas e, ao mesmo tempo, ignorar a raizde onde provém o terrorismo e quelhe dá a vida. Suas raízes não estãoocultas; elas estão aí para quem qui-ser ver, numa religião árabe pagã cha-mada Islamismo.

Muçulmanos e Pagãos Lado a Lado

Em 628 d.C. (6 A.H.), Maoméaproximou-se de Meca com algunsde seus seguidores – todos eles re-cém-convertidos à nova religião doIslã. Eles queriam participar do Haj,a peregrinação anual à Caaba cheiade ídolos, onde um deles, em posiçãodestacada, ainda representava Alá co-mo o deus principal entre centenasde outros. Maomé e seus seguidoresmuçulmanos desejavam renovar osmesmos rituais supersticiosos que ha-viam praticado antes de se tornaremmuçulmanos, e que seus ancestraishaviam seguido durante séculos.Aquela era a primeira vez que Mao-mé tentava participar do Haj desdeque fugira de Meca.

Os guerreiros de Meca ainda eramfortes demais para Maomé, e o expul-saram. Porém, ansiosos em obter apaz com o poderoso e violento inimi-go, eles entraram num dos mais im-portantes acordos da história islâmi-ca, o Tratado de Hudaybiya, umatrégua de dez anos, denominadaHudna. Esse documento instituiu alei de guerra e paz do Islã e estabele-ceu o precedente para a futura políti-ca islâmica, em vigor até hoje. Ne-nhum líder muçulmano tem autori-dade para passar por cima de Maomée fazer uma paz genuína com não-muçulmanos. Só é possível fazer umaHudna, e por um prazo não superiora dez anos. O objetivo, seguindo oexemplo de Maomé, não é pôr fim àshostilidades sinceramente, mas enga-nar o inimigo com a promessa de paza fim de ganhar tempo e vantagempara, finalmente, conquistar o “par-ceiro no processo de paz”, que nãosuspeita de nada. Este sempre foi oplano de Arafat e, após sua morte,continua sendo o plano da OLP nochamado “processo de paz” com Is-rael.

Esse tratado permitiu que Maomée seus seguidores muçulmanos sejuntassem ao Haj no ano seguinte,sob a condição de que Maomé reco-nhecesse que não era o profeta deAlá. Maomé engoliu seu orgulho eassinou o documento. Assim, em629, ele entrou em Meca com seus

companheiros muçulmanos e juntou-se aos árabes pagãos, dando as setevoltas em torno da Caaba, beijando apedra negra em um dos cantos e to-cando a outra pedra no canto Yama-ni, a cada volta. Os novos muçulma-nos, com Maomé na liderança, parti-ciparam de todos os outros rituaispagãos, subindo o Monte as-Safa, lo-calizado ali perto, e depois descendode lá correndo até o topo do as-Mar-wah; isso era repetido sete vezes, su-postamente para lembrar o tempo emque Agar vagava em busca de água.Eles subiram o Monte Arafat e depoisapressaram-se para chegar a Muzdali-fa, um lugar entre Mina e Arafat, atempo da oração do pôr do sol.

No dia seguinte, os novos muçul-manos, juntamente com uma multi-dão de pagãos, seguiram para o uádiMina, onde cada um deles atirou setepedras em cada um dos três pilaresque representam Satanás. E os rituaisprosseguiram (a quantidade de deta-lhes é muito grande para que os cite-mos aqui). Esses antigos rituais pagãosforam todos transpostos para o Islamis-mo e são praticados até hoje durante oHaj, que a maioria das pessoas, mu-çulmanos ou não, acreditam ingenua-mente ter sido criado por Maomé co-mo parte do Islamismo, em obediên-cia a “revelações” recebidas de Alá.Nada poderia estar mais longe da ver-dade.

O Que Maomé Mudou?Em 630 d.C., dois anos após a as-

sinatura do Tratado de Hudaybiya, oexército de Maomé estava forte obastante para conquistar Meca. E elefez isso, destruindo as imagens daCaaba, inclusive a de Alá, mas man-tendo este último, sem a imagem, co-mo o deus do Islamismo. Duranteum tempo, ele permitiu que os pa-gãos continuassem a praticar o Haj,juntando-se aos novos muçulmanosem seus tradicionais rituais pagãos.Depois ele lhes deu um prazo de qua-tro meses para que se convertessemao Islamismo, ou seriam mortos. Daíem diante, só muçulmanos podiam seaproximar de Meca e da Caaba, regraque continua valendo até hoje. O úl-

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timo ato público de Maomé, poucoantes de sua morte, foi liderar qua-renta mil seguidores nesses mesmosrituais, estabelecendo perpetuamenteessas práticas pagãs seculares como aparte mais importante do Islamismo.

O Corão afirma que a Caaba foi“o primeiro santuário designado paraa humanidade... onde Abraão se le-vantou para orar; e... A peregrinação[Haj] à Casa é um dever para comDeus, por parte de todos os seres hu-manos, que estão em condições deempreendê-la”.[16] Ele também afir-ma que Abraão e Ismael construírama Caaba.[17] Na verdade, Abraão vi-veu em Hebrom, em Canaã (Ismaeljá não estava com ele, pois tinha sidobanido juntamente com sua mãe,Agar). A idéia de que ele teria em-preendido a árdua jornada atraves-sando quilômetros do deserto da Ará-bia até Meca – e teria construído umtemplo idólatra para ser usado porárabes pagãos – é uma invenção ul-trajante, contrária ao bom senso e atudo o que a Bíblia diz sobre Abraão,além de não ter nenhuma evidênciahistórica que lhe dê suporte.

Por muito tempo, a lealdade fami-liar tinha sido a regra entre os árabes,cujo estilo de vida era lutar contra tri-bos rivais e saquear caravanas. Mao-mé transformou a lealdade tribal emdevoção ao Islã. O Corão ordenavaaos muçulmanos que impusessem aomundo inteiro a submissão a Alá, exi-gindo que os que se recusassem a sesubmeter fossem mortos. Os comba-tes e pilhagens costumeiros, pratica-dos há muito tempo pelas tribos ára-bes, continuaram ocorrendo comoantes, mas agora em nome de Alá epara propagar a “nova” religião quetodos deveriam adotar, ou morre-riam. Ninguém jamais imaginou cha-mar o Islamismo de “religião pacífi-ca”, até essa mentira ser inventadacomo parte da correção política denossa época.

Muito apropriadamente, existeuma espada na bandeira da ArábiaSaudita. A mesquita mais sagrada pa-ra os muçulmanos sunitas é a GrandeMesquita de Meca. Seu Imã, nomea-do pelo governo saudita, é “o corres-pondente mais próximo à figura doPapa, no Islamismo”. Seus sermões

“exigem que os judeus sejam ‘aniqui-lados’ e insistem na destruição da ci-vilização ocidental”. A página princi-pal do Departamento de Assuntos Is-lâmicos da embaixada da ArábiaSaudita em Washington declara, sema menor cerimônia: “Os muçulmanostêm o dever de levantar a bandeira dajihad a fim de tornar a Palavra de Alásuprema neste mundo”.[18]

Uma Estrada de Mão-Únicapara a Rendição

Essas ousadas declarações de queo Islã deve conquistar o mundo, des-pejadas quase diariamente por líderesmuçulmanos em suas críticas ao Oci-dente, parecem passar despercebidas,já que líderes ocidentais continuam aenaltecer o Islamismo como uma reli-gião de paz – e chegam até a recebercordialmente em seus gabinetes ini-migos declarados, que estão determi-nados a nos destruir. Em 19 de mar-ço de 2004, o Institute of Peace dosEstados Unidos (financiado peloCongresso) realizou uma mesa-re-donda a respeito das propostas de re-formar o Islamismo. Um dos debate-dores convidados era Muzammil Sid-diqi, ex-presidente da SociedadeIslâmica da América do Norte. Noentanto, num comício anti-Israel rea-lizado do lado de fora da Casa Bran-ca, em 28 de outubro de 2000, Siddi-qi havia ameaçado os Estados Unidospor causa de seu apoio a Israel: “AAmérica tem que aprender... se vocêspermanecerem ao lado da injustiça[i.e., apoiando Israel], a ira de Alá vi-rá”. Ele requereu que a sharia passas-se a valer nos Estados Unidos e temenaltecido os homens-bomba, queconsidera mensageiros da justiça. Oinacreditável é que Siddiqi tem sidoconvidado para eventos do governocom a presença do presidente Bush, efoi convidado para dirigir a prece nocafé de oração nacional, após os ata-ques de 11 de setembro de 2001.[19]Como podemos ser tão tolos?!

Por muitos anos, os Estados Uni-dos têm feito todo o possível para de-monstrar seu desejo de ter paz comos árabes. Em 21 de junho de 1979,o Congresso e o Senado emitiram

uma resolução conjunta reconhecen-do “a rica contribuição religiosa,científica, cultural e artística que o Is-lã tem dado à humanidade, desde suafundação”. A Resolução 43 do Sena-do dos Estados Unidos declarava, emparte:

Considerando que o dia 21 de no-vembro de 1979 marca os mil e qua-trocentos anos da fundação do Isla-mismo [data errada – Maomé só tinhanove anos de idade]...; e

Considerando que o Islamismo éuma das grandes religiões da humani-dade... abrangendo todas as princi-pais regiões do mundo; e

Considerando que a palavra “Islã”deriva da disposição de Abraão emaceitar todas as ordenanças deDeus...; e

Considerando que o Islã trabalhaem prol de uma comunidade mundialque... não reconhece as diferenças su-perficiais de raça...

Resolve o Senado (com a concor-dância da Câmara de Representan-tes):

O Congresso destaca a contribui-ção do Islã e deseja sucesso à come-moração do décimo quarto centená-rio... [e] promete empenhar-se por ummelhor entendimento, pela reduçãodas tensões e pela busca de melhoresrelações com todas as nações do mun-do, [e] solicita que o Presidente envieuma cópia desta resolução ao Chefede Estado de cada país onde o Islã te-nha um número significativo de segui-dores.

A esta altura, o leitor tem infor-mações suficientes para saber o quan-to essa declaração feita por motivos

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Manifestantes muçulmanos em Londres.O cartaz diz: “O islã dominará o mundo”.

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políticos (embora inútil) enganou osamericanos, e o mundo como um to-do. A “comunidade mundial” que oIslã quer construir é pela força, sobameaça de terrorismo e morte. É ver-dade que ele não reconhece “diferen-ças superficiais de raça” – mas só en-tre muçulmanos. Ele não tolera as re-ligiões de raças diferentes. É umafalta de escrúpulos enaltecer o Isla-mismo por suas contribuições sem re-conhecer também o massacre, a es-cravidão e a opressão de milhões depessoas. A correção política é inimigada verdade e da justiça.

E Quanto ao Ramadã?Assim como o Haj, o Ramadã foi

transportado para o Islamismo deforma quase inalterada em relação aomodo como vinha sendo praticadodurante séculos pelas tribos árabesidólatras. Para os pagãos, o Ramadã

sempre começava (como começa pa-ra os muçulmanos) com o surgimen-to da lua nova, no nono mês do ca-lendário lunar. A lua crescente, tãoproeminente nos minaretes e nasbandeiras dos países muçulmanos,remete à adoração de Alá pelos ára-bes, no período pré-islâmico, como odeus da lua. Embora Alá não tenhafilho, como afirma o Corão, acredita-va-se tradicionalmente que esse deustinha três filhas: al-Lat, Manat, e al-Uzza.

Os pagãos tinham um acordo anti-go de não lutarem entre si durante oRamadã (um período de jejum que seestende do nascer ao pôr do sol – em-bora, de fato, o consumo de alimentosaumente), separando um período detrinta dias durante o ano em que nãohaveria guerras tribais. Depois de trêsataques fracassados contra caravanas,outra “revelação” conveniente adicio-nada ao Corão deu aos muçulmanos apermissão de Alá para guerrear duran-

te aquele “mês sagra-do”.[20] Isso lhes deu avantagem da surpresa, per-mitindo que Maomé fizes-se o primeiro assalto bem-sucedido a uma rica cara-vana (perto de Badr), aque já nos referimos ante-riormente. A partir daquelemomento, o Islã começoua crescer, à medida queoutros se juntavam para re-partir o prêmio que Alá ti-nha prometido aos que lu-tassem por sua causa.

Hoje, o Ramadã é co-memorado como se fosseum feriado que teve iníciocom o surgimento do Isla-mismo. Mas isso não éverdade, nem em relaçãoao Ramadã, nem em rela-ção ao Haj. Ele foi cele-brado pelas tribos árabesdurante séculos, antes queMaomé nascesse, e é se-guido pelos muçulmanosde hoje praticamente damesma maneira. Comodiz o próprio Corão: “Omês do Ramadã foi o mêsem que o Corão foi reve-lado...”[21]

Honrando o PaganismoA celebração que marca o fim do

Ramadã é chamada de Eid al-Fitr.Em 1 de setembro de 2001 (exata-mente dez dias antes que dezenovemuçulmanos atacassem os EstadosUnidos, em Nova York e Washing-ton, para glória de Alá), o Correiodos Estados Unidos lançou um selocomemorativo do Eid, no valor de 34centavos, na convenção anual da So-ciedade Islâmica da América do Nor-te, em Des Plaines, Illinois. Tais ges-tos de boa vontade e conciliação sóencorajam os muçulmanos em suadeterminação de conquistar o mundopara Alá. O selo do Eid comemora osdois mais importantes festivais, ouEids, do calendário islâmico: Eid al-Fitr, a festa do Ramadã, e o Eid al-Adha, o Festival do Sacrifício. Esteúltimo comemora o suposto ato deAbraão oferecendo Ismael no altar –em vez de Isaque, como a Bíblia afir-ma.

Em seu discurso no Centro Islâ-mico de Washington, em 10 de de-zembro de 2002, o presidente Bushdisse: “Sinto-me feliz de estar aquicom vocês hoje, na celebração doEid, o clímax do Mês Sagrado do Ra-madã... A origem do Islamismo re-monta à chamada de Abraão porDeus. E o Ramadã comemora a reve-lação da palavra de Deus ao profetaMaomé, no Corão Sagrado”.

Como o presidente Bush, um cris-tão professo, tem coragem de exaltarMaomé como profeta de Deus e cha-mar o Corão de “santa palavra deDeus”? O Corão é totalmente anti-cristão, contradizendo a Bíblia emquase todos os pontos principais, in-clusive negando a divindade de Cris-to, Sua morte na cruz para remissãodos nossos pecados, Sua ressurreição,e declarando que os que crêem naTrindade vão para o inferno. Seráque Bush já não está indo longe de-mais, em nome da “correção políti-ca”? Ocultar a verdade para não ofen-der os muçulmanos é algo muitoruim; mas blasfemar do Deus verda-deiro associando-O com o paganismoé muito pior.

Os presidentes dos Estados Uni-dos há muito vêm tratando com todaa reverência o Ramadã como mês sa-

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O Ramadã foi transportado para o Islamismo de forma quase inalterada em relação ao modo comovinha sendo praticado durante séculos pelas tribos árabes idólatras.

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grado do Islamismo, inclusive ofere-cendo um jantar especial de Iftaar naCasa Branca para líderes políticosamericanos e estrangeiros, juntamen-te com líderes religiosos muçulma-nos, ao final dos trinta dias de jejumdo Ramadã. Em 14 de outubro de2004, o presidente Bush enviou “ca-lorosas saudações aos muçulmanosdos Estados Unidos e de todo o mun-do por ocasião do início do Ramadã,o período mais sagrado para sua reli-gião [comemorando] a revelação doCorão a Maomé”. Semelhantemente,em 1967, o Vaticano incentivou oscristãos a desejarem felicidades aosmuçulmanos ao final do jejum do Ra-madã “de genuíno valor religioso”.

O discurso do presidente Bush nojantar de Iftaar, em 10 de novembrode 2004, continha o seguinte trecho:“Quando nos reunimos neste mês sa-grado... honramos as tradições deuma grande fé... Nos últimos anos, osamericanos... têm aprendido mais arespeito de nossos irmãos e irmãsmuçulmanos... Temos em comum acrença na justiça de Deus e na res-ponsabilidade moral do homem.Compartilhamos a mesma esperançanum futuro de paz. Temos muito emcomum, e muito a aprender uns comos outros. Mais uma vez, quero dese-jar-lhes um abençoado Ramadã. Eagradecer-lhes por estarem aqui co-nosco na Casa Branca neste Iftaar, eque Deus abençoe a todos”.[22]

Será que Bush acreditou mesmoque este sincero gesto de boa vontadeseria aceito pelos muçulmanos ao re-dor do mundo e comoveria o coraçãodeles em relação a nós? Será que eleesperava que isso pudesse fazer com

que os muçulmanos traíssem Mao-mé, Alá e o Corão, deixando de cum-prir a ordem de fazer a jihad paraconquistar a humanidade? Será queele não percebeu que sua declaraçãode que o Islamismo é uma religiãoaceitável por Deus seria vista apenascomo um gesto apaziguador, e iriaencorajar os terroristas a acreditaremque, não importa quantas atrocidadeseles cometam, o Islamismo ainda seráconsiderado no Ocidente como uma“religião pacífica”? Ou será que acorreção política está simplesmentesaindo do controle?

Isso é Palavra de Deus?Com certeza, Bush deve saber que

o Alá do Islã não é o Javé da Bíblia.Nem o Islã tem qualquer relação com“a chamada de Abraão por Deus”. Achamada de Abraão o levou a umaterra que “o Deus de Israel”[23] pro-meteu a seus descendentes através deIsaque e Jacó. Maomé odiava e mata-va esses descendentes, a quem Deuschama de Seu povo escolhido – “amenina dos olhos”.[24] A Bíblia adver-te: “Aquele que tocar em vós toca namenina do seu olho”.[25] É o Islamis-mo que faz com que os muçulmanosbusquem a destruição de Israel e aposse daquela terra para os descen-dentes de Ismael! Como o presidenteBush pode honrar, em sinceridade, aoposição do Corão em relação à infa-lível doutrina bíblica?

Será que o Corão, supostamenteinspirado por Alá através de Gabriel,é a Palavra de Deus? Ao contrário daBíblia, da qual existem milhares demanuscritos antigos, o Corão foi ano-tado em folhas de palmeira, gravetos,pedras, cascas de árvore ou qualquermaterial que estivesse à mão quandoMaomé começava a ditar. Algumasrevelações eram recitadas de memó-ria, sem nenhum texto escrito que assustentasse. A esposa favorita deMaomé, Aisha, disse que, só em umcapítulo, faltavam mais de cem ver-sos, que tinham sido comidos poranimais domésticos quando estavamem sua guarda.

Os quatro califas que sucederamMaomé imediatamente são denomi-

nados “os quatro califas bem guia-dos”. O Corão (que foi “revelado” aolongo de um período de dezesseisanos) não foi compilado enquantoMaomé era vivo, mas muitos anosdepois, na época de Uthman Ibn Af-fan, o terceiro desses quatro califas.Quando propuseram a Abu Bakr, so-gro e primeiro sucessor de Maomé,que organizasse uma versão oficial doCorão, ele foi contra a idéia, porqueMaomé não tinha dito nada sobre is-so. Algumas pessoas que haviam me-morizado o Corão enquanto Maoméainda era vivo protestaram dizendoque a versão de Uthman não estavacorreta. Ele reagiu a essas preocupa-ções justas mandando destruir todasas compilações que discordavam dasua.

Várias Suratas do Corão[26] têmtítulos tão estranhos que nem mesmoos estudiosos do Corão sabem o queeles significam: “Taha”, “Ya Sin”,“Sad”, “Caf”, “Nun”. Outras têmnomes inexpressivos, como “As For-migas”.[27] Esse capítulo descreveuma batalha entre o exército de Salo-mão, composto por gênios (seres es-pirituais, que podem ser bons, masgeralmente são maus), homens e pás-saros, e um exército de formigas. Sa-lomão ouve uma formiga chamadaTahina a cinco quilômetros de dis-tância. Existe uma poupa (pássaro)que está atrasada porque esteve coma rainha de Sabá. Salomão a envia devolta para pregar o “evangelho”. Eessa é uma revelação de Alá!

Grande parte do Corão se parececom histórias infantis árabes. “O Ele-fante” fala sobre uma batalha entreelefantes e abutres. “A Vaca” conta ahistória de judeus que foram transfor-mados em macacos por desrespeita-rem o sábado (por isso os muçulma-nos freqüentemente chamam os ju-deus de “macacos”), e fala de doisanjos que seduzem pessoas em Babi-lônia através de magia, e de um judeuassassinado por seu primo. Deusmanda Moisés matar uma vaca e ba-ter com um pedaço dela na cabeça domorto. O morto revive, denuncia seuassassino e morre de novo.

Maomé, sob inspiração de Alá,disse que, ao acordar, a pessoa deve-ria lavar o nariz e expelir a água com

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O presidente Bush recebendo depresente um exemplar do Corão de Muzammil Siddiqi, ex-presidente da Sociedade Islâmica da América do Norte.

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força, três vezes, para se livrar doDiabo, que passa a noite nas narinasdas pessoas.[28] Isso é a Santa Pala-vra de Deus, o fundamento da únicareligião verdadeira? De fato, cair nosono pode ser muito perigoso paraum muçulmano. Maomé disse que “obocejo é de Satanás”.[29] Quanto aosmuçulmanos que adormecem duran-te a oração, Maomé disse que Sata-nás urina em suas orelhas.[30] Aspessoas também devem tomar cuida-do para não olhar para cima quandoestiverem orando. Abu Huraira ouviuo profeta dizer: “As pessoas devemevitar levantar os olhos em direção aocéu quando estiverem suplicando emoração, senão seus olhos podem serarrancados e levados embora”.[31]Além disso, Alá aparentemente nãoaceita a oração de pessoas que estãocom mau hálito por terem comidocebola crua ou alho. Sobre isso, te-mos a palavra do profeta, que dissemais de uma vez: “Quem tiver comi-do alho ou cebola... não deve se apro-ximar de nossa mesquita”.[32]

O ponto positivo é que Maométem remédio até para os que estão noinferno. Certo dia, ao passar por doistúmulos, o profeta fundador do Isla-mismo parou, pegou uma folha verdede tamareira, partiu-a ao meio e pôsuma metade em cada túmulo. “Óapóstolo de Alá! Por que fizeste isso?– as pessoas perguntaram. Maomérespondeu: Espero que o castigo de-les [no inferno] possa ser amenizadoaté que elas [as folhas de palmeira]sequem”.[33] No entanto, são as mu-lheres que deveriam ficar particular-mente preocupadas, porque Maoméafirmou que tinha podido contemplaro inferno, e a maioria de seus habi-tantes era de mulheres.[34]

Cristãos Dando Honra a Alá e ao Islã

A maioria dos cristãos ignora oque seja o Islamismo. Mas, apesardisso, muitos o elogiam mesmo sementender nada. Billy Graham afir-mou, ingenuamente: “O Islamismo émal compreendido... Maomé tinhaum grande respeito por Jesus, a quemconsiderava o maior dos profetas, de-

pois dele mesmo. Eu acho que temosmais coisas em comum com o Isla-mismo do que pensamos...” Sim, es-tamos tão próximos deles quanto océu do inferno – e os muçulmanosconcordariam comigo! Como já vi-mos, o Islamismo é totalmente anti-cristão. A crença na Trindade mandaa pessoa para o inferno.

Billy Graham é amigo e admira-dor de Robert Schuller há muito tem-po. Foi Graham que disse a Schuller,em 1969, que ele deveria transmitiros cultos de sua igreja pela televisão.Graham até sugeriu que o programadeveria se chamar A Hora do Poder.Billy ficou contente quando Schullerlhe disse que havia mais de um mi-lhão de muçulmanos por semana as-sistindo seu programa.[35] O grandeevangelista pareceu não se incomodarcom o fato de a Hora do Poder deSchuller ser tão popular entre os se-guidores de uma religião totalmenteanticristã e anti-Israel.

No programa Larry King Live daCNN, Schuller (que estava no Orien-te Médio no momento da entrevista)contou entusiasmado a King que ti-nha feito três maravilhosas visitas àcasa do “principal pensador e lídermuçulmano do mundo, o grão-muftida grande mesquita de Damasco”.Schuller foi para o Oriente Médioatendendo a um convite do mufti pa-ra discursar em sua mesquita. Inacre-ditavelmente, Schuller estava exul-tante: “Poucas vezes encontrei umhomem com quem sentisseuma afinidade espiritual eharmonia de fé e filosofia tãograndes quanto senti com ogrão-mufti da fé”.[36] Maistarde, Schuller recebeu o filhodo Imã (também um Imã) emseu programa Hora do Poder,e ficou emocionado (assimcomo sua audiência) quandoo jovem declarou que todosos muçulmanos acreditam emJesus Cristo e que todos os sí-rios são cristãos. Pode havermentira maior?

Schuller tem patrocinadoem sua Catedral de Cristal,em Garden Grove, na Cali-fórnia, um Instituto para aPaz Cristão-Muçulmano.

Schuller disse ao Imã Alfred Moham-med que se todos os seus descenden-tes se tornassem muçulmanos ele nãose importaria, contanto que não fos-sem ateus. Será que ele não percebe oque está dizendo?

Dois meses depois do 11 de se-tembro, Schuller, que apresenta to-dos os domingos de manhã o maiorprograma religioso de televisão domundo, se regozijava com a calorosaaclamação que recebeu de muçulma-nos numa mesquita de Villa Park, emIllinois. Schuller era co-anfitrião da-quela “Noite de Solidariedade Reli-giosa”, juntamente com o Imã W. D.Mohammed. Um dos convidados dedestaque, o pseudomuçulmano LouisFarrakhan, elogiou Schuller, chaman-do-o de “poderoso gigante espiri-tual”, e disse que já fazia cerca detrinta anos que assistia seu programade televisão, A Hora do Poder, comaprovação.[37]

Farrakhan é o sucessor de ElijahMuhammad, que foi o presidente daorganização negra americana Nationof Islam (NOI). Apesar do nome, aNOI tem pouca relação com o Isla-mismo. Quando Malcolm X (quefundou diversos templos da NOI ecuja posição hierárquica era inferiorapenas a Elijah Muhammad) perce-beu a diferença, converteu-se ao Isla-mismo ortodoxo. Em abril de 1964,ele foi a Meca, na Arábia Saudita, fezseu primeiro Haj, e mudou seu nomepara El-Hajj MalikEl-Shebazz. Ele

14 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2006

O pseudomuçulmano Louis Farrakhan elogiou Robert Schuller, chamando-o de

“poderoso gigante espiritual”.

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desmascarou a NOI como uma orga-nização que estava longe do verdadei-ro Islamismo, e foi marcado paramorrer. Ele e sua família sobrevive-ram a um atentado com bomba-in-cendiária contra sua casa em NovaYork, em 14 de fevereiro de 1965.Então, uma semana depois, quandoele estava começando um discurso noSalão de Baile Audubon de Manhat-tan, foi assassinado a tiros por trêsmembros da NOI. Os assassinos fo-ram presos e condenados por homicí-dio em primeiro grau. É claro quehouve boatos de que Farrakhan esta-va por trás de tudo, mas isso nuncaficou provado.

Farrakhan afirma ter consultadoseu predecessor, Elijah Muhammad,numa gigantesca nave espacial em ór-bita da terra (a precursora de umafrota de OVNIs que virá a este plane-ta para destruir os brancos). Essa fic-ção óbvia não faz diferença paraSchuller, que declarou generosamen-te que “pedir às pessoas que mudemsua fé era absolutamente ridículo”.Saindo em defesa da mais cruel e vio-lenta religião da história, Schuller in-siste: “Estamos numa época em quedevemos evitar atacar a religião dosoutros... Tive a honra de conhecerpessoalmente os líderes do poder doIslamismo positivo. E existe muitapropaganda anti-islâmica correndopelo mundo”.[38] Islamismo positivo?Maomé nunca ouviu falar disso! Pro-paganda anti-islâmica? Ninguém po-deria dar pior reputação ao Islamis-mo do que o próprio Maomé, o Co-rão e os séculos de massacres deramdesde o início – e isso não é propa-ganda!

Religião AnticristãEm contraste com isso, Jerry Fal-

well (que já se manifestou publica-mente muitas vezes em defesa de Is-rael[39]) declarou em 60 Minutes queMaomé foi um terrorista,[40] assimcomo Franklin Graham também dis-se que o Islamismo é “mau e perver-so”[41]. Por essas declarações, a re-vista Christianity Today os censurou,dizendo que “o Islamismo não teriase tornado a segunda maior religião

do mundo sefosse... com-p l e t a m e n t emau como es-ses comentá-rios suge-rem”.[42] En-tão o mal nãopode prosperarpor meio daespada, comofoi o caso doIslã? Jesus dis-se algo sobre ocaminho espa-çoso[43], e Sa-lomão falousobre o “cami-nho que parecedireito ao ho-m e m ” [ 4 4 ] ,ambos os quaislevam à perdição.

Num artigo intitulado “Alá nãoPertence ao Islamismo”, o ChristianResearch Journal de Hank Hanegraaffdeclarou: “Alá é o Deus adorado pe-los cristãos que falam árabe. A Bí-blia em árabe está repleta da pala-vra Alá, de Gênesis a Apocalipse.Jesus Cristo é até chamado de Fi-lho de Alá nas Escrituras árabes...Alá é simplesmente a palavra ou ter-mo que traduz Deus em outra lín-gua [árabe]... equivalente ao inglêsGod... ao francês Dieu... ao espa-nhol Dios... Podemos nos juntar anossos irmãos e irmãs em Cristo deorigem árabe, que dizem ‘Alá sejalouvado!”’[45]

Na ânsia de apaziguar os muçul-manos, alguns líderes cristãos dizemas tolices mais absurdas sob uma ca-pa de “erudição”. Como vimos,“Alá” não é um termo genérico, massim o nome de uma divindade pagãespecífica – o ídolo principal da anti-ga Caaba. O termo genérico para“Deus” é ilah, encontrado em todo oCorão, como em: “Alá! Não há outroilah além d’Ele... Alá é o únicoilah”.[46] A confissão que a pessoaprecisa fazer para não ser morta – “Alilaha i’ Allah, Muhammadan RasouluAllah” – declara que “Não há ilah ex-ceto Alá”.[47]

A respeito de Alá, diz o Corão:“Crede, pois, em Alá... e não digais:

Trindade! Abstende-vos disso, queserá melhor para vós; sabei que Alá éUno. Glorificado seja! Longe está ahipótese de ter tido um filho”.[48]Então, como pode a Bíblia em árabechamar Jesus de “Filho de Alá”? OCorão nega dezesseis vezes que Alátenha um filho. Que blasfêmia é, por-tanto, usar “Alá” para traduzir“Deus” na Bíblia em árabe! Qual se-ria o significado de: “Porque Aláamou o mundo de tal maneira quedeu o seu Filho unigênito... Alá en-viou o seu Filho ao mundo para queo mundo fosse salvo por ele”?[49]

Além disso, Alá não tem nenhumadas características de Javé, o Deus daBíblia. Alá é incognoscível, enquantoo Deus da Bíblia se revela aos quesão dele. Cristo afirmou até que a vi-da eterna é só para aqueles que co-nhecem a ele e ao Pai. Alá muda deopinião e altera suas revelações[50],enquanto o Deus da Bíblia não mudanunca,[51] assim como Sua Pala-vra.[52] Alá exige que os muçulma-nos morram por ele, mas o Deus daBíblia veio a esta terra através de umnascimento virginal e morreu pornós, pagando na cruz todo o preçopelos nossos pecados. Alá não temnenhum fundamento justo para operdão dos pecados do homem, maso Deus da Bíblia tem. Ele perdoa ospecados com justiça porque a penali-dade por todos os pecados da huma-

15Chamada da Meia-Noite, setembro de 2006

O Rev. Robert Schuller, Jr. (quinto da esquerda para direita)com Muzammil H. Siddiqi (de barba) e outros participantes de

um diálogo cristão-muçulmano.

Page 16: Chamada da Meia-Noite - Ano 37 - Nº 9

nidade foi integralmente paga porCristo.

Obviamente, essa repugnante he-resia de que Alá e Javé são a mesmapessoa vem sendo promovida há anospela Igreja Católica Romana. O Con-cílio Vaticano Segundo declarou:“Mas o plano da salvação também in-clui aqueles que reconhecem o Cria-dor, entre os quais, em primeiro lu-gar, estão os maometanos... junta-mente conosco, eles adoram o únicoe misericordioso Deus...”.[53] Em1969, na Universidade Muçulmanade Al-Azhar, no Cairo, o cardealKoenig afirmou que muçulmanos ecatólicos crêem no mesmo Deus. Em24 de abril de 1974, o cardeal Pigne-doli, presidente do Escritório do Vati-cano para Assuntos Relativos aosNão-Cristãos, fez uma visita oficial àArábia Saudita, levando “a Sua Ma-jestade o Rei Faissal, na qualidade delíder supremo do mundo Islâmico...as saudações de Sua Santidade [PapaPaulo VI], movido por uma profundacrença na unificação dos mundos is-lâmico e cristão, na adoração de umúnico Deus”.[54]

Igualar o Deus da Bíblia com a di-vindade pagã chamada Alá é um in-sulto blasfematório. No entanto, mui-tos cristãos professos mostram essatípica disposição de atropelar a verda-de, na ânsia de apaziguar os muçul-manos. Essa bajulação servil não vaiacalmar o Islã, mas sim encorajar seuterrorismo e a conquista pela força.Da mesma forma, essa confusão con-descendente não vai ajudar os muçul-manos a conhecerem o verdadeiro

Deus, o que é essencial para a salva-ção. Já citamos o trecho do Corãoque diz que o verdadeiro Deus é oDeus dos judeus – e Ele, com certeza,não é Alá! (extraído do livro “O Diado Juízo”)

Notas:1. Ibn Ishaq, The Life of Muhammad, tr. Guil-

laume, 1967, p. 107.2. Sahih Al Bukhari, Vol. 9, número 111, e

outras fontes muçulmanas como Ibn Is-haq, Ibn Sa’d,Tabari, etc.

3. Surata 4.74.4. Ibid., 8.67.5. Ibid., 33.36-38.6. Ibid., 26.221-27.7. Ibn Warraq, Why I Am Not A Muslim (Am-

herst, NY: Prometheus Books, 1995), p.99.

8. Middle East Media Research Institute, 18de outubro de 2004.

9. David Bukay, ed., Muhammad’s Monsters:A Comprehensive Guide to Radical Islamfor Western Audiences (Green Forest,AR: Balfour Books, 2004).

10. www. is lam101.com/people /compa-nions/maslamah.htm.

11. http:/ /www.islamfortoday.com/terro-rism.htm.

12. Paul Fregosi, Jihad in the West: MuslimConquests from 7th to 21st Centuries(Amherst, NY:Prometheus Books, 1998),p. 61.

13. Mark A. Gabriel, Islam and Terrorism:What the Quran really teaches aboutChristianity, violence, and the goals of theIslamic jihad (Lake Mary Florida: Charis-ma House, 2002), pp. 67, 75.

14. Jewish Agency Digest of Press andEvents, 28 de dezembro de 1947.

15. Dore Gold, Hatred’s Kingdom: How SaudiArabia Supports the New Global Terro-rism (Washington, D.C.: Regnery Publis-hing, Inc., 2003), p. 159.

16. Surata 2.125; 3.96-99; 5.97.

17. Ibid., 2.127.

18. Anthony Browne, “The triumph of the

East” , The Sunday Mail (Brisbane, Aus-

tralia), 5 de setembro de 2004, p. 54.

19. Worldnetdai ly.com/news/asp?ARTI-

CLE–ID=37660.

20. Surata 2.217.

21. Ibid., 2.185.

22. h t tp : / /wh i tehouse .gov /news/ re lea-

ses/2004/11/20041110-9.html.

23. Êxodo 5.1; 24.10; 32.27; 34.23; Josué

7.13; Juízes 4.6; 1 Samuel 1.17; Esdras

6.22; Salmos 69.6; Isaías 37.21; Mateus

15.31; Lucas 1.68; e 191 outras referên-

cias.

24. Deuteronômio 32.10.

25. Zacarias 2.8.

26. Surata 36; 38.50; 68; etc.

27. Ibid., 27.

28. Sahih Bukhari, IV.516; Muslim I.462.

29. Bukhari IV.509.

30. Ibid., II.245.

31. Muslim I.863.

32. Bukhari, 1.812-15; VII.362-63.

33. Ibid., II.443.

34. Ibid., I.28, 301; II.161.

35. De uma transcrição do programa Hour ofPower, 1 e 8 de junho de 1997.

36. De uma transcrição do programa LarryKing Live, Véspera de Natal, 1999.

37. FinalCall.com, 14 de novembro de 2001.

38. Ibid.

39. Merrill Simon, Jerry Falwell and the Jews(Middle Village, NY: Jonathan David Publis-

her, Inc., 1984).

40. CBS, 60 Minutes, 6 de outubro de 2002.

41. MSNBC Nightly News, em:

www.msnbc.com/news/65907.asp.

42. “Muslim Phobic No More”, Editorial, Chris-

tianity Today, 9 de dezembro de 2002, p. 28.

43. Mateus 7.13-14.

44. Provérbios 16.25.

45. Helen Louise Herndon, Christian Re-search Journal, vol. 25, n. 1 (2002).

46. Surata 2.255; 4.171; 6.102; 10.69-70; etc.

47. Ibid., 5.73.

48. Ibid., 4.171; etc.

49. João 3.16-17.

50. Surata 2.106; 16.101.

51. Malaquias 3.6; etc.

52. Salmos 119.89; etc.

53. Austin Flannery, O.P., Gen. Ed., VaticanCouncil II: The Conciliar and Post ConciliarDocuments (Northport, NY: Costello Publis-

hing Company, 1988), Vol 1, p. 367.

54. Le Monde, 25 de abril de 1974.

16 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2006

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Page 17: Chamada da Meia-Noite - Ano 37 - Nº 9

17Chamada da Meia-Noite, setembro de 2006

Desde a queda no pecado existembrigas, ódio, assassinatos, homicídios,inveja, falsidade e engano. O autor dolivro de Eclesiastes escreveu com ra-zão: “...nada há que seja novo de-baixo do sol” (Ec 1.9).

Já na época de Jeremias havia pro-fetas pouco sóbrios, irrealistas e fal-sos, que desencaminhavam o povocom profecias enganosas. Mesmoquando as nuvens da tempestade dojuízo se ajuntavam mais densas doque nunca sobre Jerusalém, eles acal-mavam o povo. Suas declaraçõeseram muito positivas e soavam edifi-cantes, até mesmo encorajadoras aosouvidos das pessoas. Eles prometiammuito, inclusive a vitória.

Em comparação, os ouvintes rece-biam as mensagens de Jeremias comodestrutivas, austeras e deprimentes, esó percebiam nelas a perspectiva dojuízo. Tratava-se da justiça de Deus eda injustiça do povo, da sua falta dearrependimento e conversão. ComoJeremias deve ter se sentido diantedeles?

O falso profeta Hananias apresen-tava uma “mensagem maravilhosa” etinha a ousadia, e até mesmo a inso-lência, de proclamá-la abertamente:“No mesmo ano, no princípio doreinado de Zedequias, rei de Ju-dá, isto é, no ano quarto, no quin-to mês, Hananias, filho de Azur eprofeta de Gibeão, me falou naCasa do SENHOR, na presença dossacerdotes e de todo o povo, di-zendo: Assim fala o SENHOR dosExércitos, o Deus de Israel, di-zendo: Quebrei o jugo do rei daBabilônia. Dentro de dois anos,eu tornarei a trazer a este lugartodos os utensílios da Casa do SE-NHOR, que daqui tomou Nabuco-donosor, rei da Babilônia, levan-do-os para a Babilônia. Tambéma Jeconias, filho de Jeoaquim, reide Judá, e a todos os exilados deJudá, que entraram na Babilônia,

eu tornarei a trazer aeste lugar, diz o SE-NHOR; porque quebrei ojugo do rei da Babilô-

nia” (Jr 28.1-4). A isso Jeremias res-pondeu: “Disse, pois, Jeremias, oprofeta: Amém! Assim faça o SE-NHOR; confirme o SENHOR as tuaspalavras, com que profetizaste, etorne ele a trazer da Babilônia aeste lugar os utensílios da Casa doSENHOR e todos os exilados. (...)O profeta que profetizar paz, sóao cumprir-se a sua palavra, seráconhecido como profeta, de fato,enviado do SENHOR” (vv. 6,9). Ha-nanias não ficou nem um pouco im-pressionado, mas fez o seguinte:“Então, o profeta Hananias to-mou os canzis do pescoço de Jere-mias, o profeta, e os quebrou; efalou na presençade todo o povo:Assim diz o SE-NHOR: Deste modo,dentro de doisanos, quebrarei ojugo de Nabucodo-nosor, rei da Babi-lônia, de sobre opescoço de todasas nações. E Jere-mias, o profeta, sefoi, tomando o seucaminho” (vv. 10-11). Para Jeremias aúnica opção era oafastamento. Mas oSenhor orientou-opara que voltasse atéHananias e lhe dis-sesse, entre outrascoisas: “...O SE-NHOR não te en-viou, mas tu fizes-te que este povoconfiasse em men-tiras. Pelo que as-sim diz o SENHOR:Eis que te lançareide sobre a face daterra; morreráseste ano, porquepregaste rebeldia

contra o SENHOR. Morreu, pois, oprofeta Hananias, no mesmoano...” (vv. 15-17). Todas as profe-cias mentirosas de Hananias foramsoterradas pela areia da fantasia, poisJerusalém foi definitivamente con-quistada e todos os utensílios foramretirados do templo.

Em uma carta, Jeremias teve deescrever o seguinte aos líderes de Is-rael e a todo o povo que Nabucodo-nosor tinha levado para a Babilônia:“Porque assim diz o SENHOR dosExércitos, o Deus de Israel: Nãovos enganem os vossos profetasque estão no meio de vós, nem osvossos adivinhos, nem deis ouvi-dos aos vossos sonhadores, quesempre sonham segundo o vossodesejo; porque falsamente vosprofetizam eles em meu nome; eu

Falsos profetas

A mensagem de exortação do evangelho não é mencionada, e em vez disso espalha-se um

evangelho do “sentir-se bem”.

Page 18: Chamada da Meia-Noite - Ano 37 - Nº 9

não os enviei, diz o SENHOR” (Jr29.8-9). É interessante a proximida-de significativa entre as falsas profe-cias e a adivinhação.

A situação hoje não é muito dife-rente: profecias bíblicas estão para secumprir. A princípio as perspectivasnão são boas, pois as nuvens da tribu-lação que se aproxima estão cada vezmais densas. Estamos cercados pormás notícias. Indo de encontro a isso,prega-se em muitos lugares um evan-gelho puramente “positivo”, que ig-nora esses fatos e é recebido comatenção crescente:

– Avivamentos e curas são prome-tidos em larga escala. E embora, de-pois das reuniões, os doentes sejamtirados dos palcos ainda nas mesmascadeiras de rodas nas quais chega-ram, quase ninguém nota isso. O im-portante é o show!

– Faz-se do pecado algo inofensi-vo e fortalece-se a fé em si mesmo.

– A mensagem de exortação doEvangelho não é mencionada, e emvez disso espalha-se um evangelho do“sentir-se bem”.

Menciono alguns paralelos:As advertências dos apóstolos são

claras em relação aos últimos tempos,e não podemos negar que elas sejamcada vez mais pertinentes aos nossosdias:

“Porque os tais são falsosapóstolos, obreiros fraudulentos,transformando-se em apóstolos

de Cristo” (2 Co11.13).

“Assim como,no meio do povo,surgiram falsosprofetas, assimtambém haveráentre vós falsosmestres, os quaisintroduzirão, dis-simuladamente,heresias destrui-doras...” (2 Pe2.1).

“Amados, nãodeis crédito aqualquer espírito;antes, provai osespíritos se pro-cedem de Deus,

porque muitos falsos profetas têmsaído pelo mundo fora” (1 Jo 4.1).

“Porque esses tais não servema Cristo, nosso Senhor, e sim aseu próprio ventre; e, com suavespalavras e lisonjas, enganam ocoração dos incautos” (Rm16.18).

Mas não devemos apontar para osoutros sem olhar para nós mesmos,antes queremos aceitar essas exorta-ções para nossa própria vida.

É claro que o Senhor pode falarde forma muito pessoal conosco pormeio de uma palavra qualquer; pro-vavelmente todo cristão pode teste-munhar que isso acontece, alegrando-se com esse fato. Ainda assim não po-demos aplicar os versículos bíblicosde forma aleatória e tola à nossa pró-pria situação. Um exemplo: há algumtempo precisei ir com urgência à ci-dade de Hannover para conduzir umfuneral. A previsão do tempo era apior possível, havia alerta de tempes-tade, fortes nevascas, as ruas estavamescorregadias e os vôos estavam mui-to atrasados ou eram até cancelados.Alguns irmãos na fé aconselharam-me a não voar de jeito nenhum; seriamuito melhor se eu viajasse com otrem noturno. Quanto mais eu pres-tava atenção aos amigos e ao meupróprio amedrontamento, mais inse-guro ficava. Naquela noite tivemosuma reunião de oração. Alguns mi-nutos antes do início abri minha Bí-

blia na esperança de, talvez, encon-trar uma resposta ali. Meu olhar caiusobre Lamentações 1.1-2: “...Tor-nou-se como viúva... Chora echora de noite, e as suas lágrimaslhe correm pelas faces; não temquem a console...” Lembrei da mi-nha esposa – e fiquei ainda mais inse-guro. Será que eu deveria viajar deavião? Conversei com ela em casa eela disse que, em sua opinião, eu de-veria voar despreocupadamente, poisvoltaria são e salvo para casa. E, gra-ças a Deus, foi o que aconteceu.

Essa insegurança pode surgirquando arrancamos as passagens deseu contexto. É preciso estar atentopara que tudo aquilo que ensinamos,pregamos ou aprendemos em nossa“hora silenciosa” corresponda ao fun-damento bíblico e não seja arrancadode seu contexto. A Palavra de Deusnão pode ser simplesmente moldadaa fim de confirmar nossa opinião pré-concebida. Infelizmente, algumas tra-duções, versões ou comentários daBíblia não raro são adaptadas a certastradições. Tenta-se manter e endure-cer opiniões tradicionais próprias pormeio de versículos bíblicos. Mas as-sim a Bíblia é rebaixada a objeto enós mesmos nos elevamos à condiçãode sujeitos. Basta lembrar da questãodo sábado, da observação das festas eferiados judaicos, da ingestão de ali-mentos, do batismo e de outros te-mas semelhantes. Não importa se pa-rece positivo ou negativo: se não cor-responder ao ensino geral daEscritura Sagrada, não vale nada.Mesmo o diabo tentou fazer com queJesus caísse usando versículos da Pa-lavra de Deus arrancados de seu con-texto (Mt 4.3ss). E, como ele fazia eainda continua fazendo isso, tudo oque ele diz é mentira, mesmo se refe-rindo à Palavra de Deus.

As maiores heresias, opiniõesequivocadas e seitas surgiram pela in-terpretação errada da Palavra deDeus.

Mais um exemplo de como não sedeve agir: um filho de Deus queridoe devotado às vezes sofre com pensa-mentos depressivos. Durante umadessas fases ele teve dúvidas acercada certeza de sua salvação. Ele con-

18 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2006

Do Nosso Campo Visual

As maiores heresias, opiniões equivocadas e seitas surgiram pela interpretação errada da Palavra de Deus.

Page 19: Chamada da Meia-Noite - Ano 37 - Nº 9

ta que pensou várias vezes nos versí-culos de Hebreus 12.16-17, que di-zem: “nem haja algum impuro ouprofano, como foi Esaú, o qual,por um repasto, vendeu o seu di-reito de primogenitura. Pois sa-beis também que, posteriormen-te, querendo herdar a bênção, foirejeitado, pois não achou lugar dearrependimento, embora, com lá-grimas, o tivesse buscado”. Masno caso de Esaú não se tratava de umfilho de Deus que tinha pecado, mos-trado contrição e, ainda assim, seperdido. Não: Esaú era antes de maisnada um ímpio, que vivia dessa for-ma e tinha desprezado consciente-mente o seu direito à primogenitura.Esaú estava muito próximo da pro-messa destinada a ele, mas a rejeitoucom desprezo, não a considerou enem tomou posse dela. Mais tardeele também quis herdar uma bênção,mas não era a bênção de Deus. Aslágrimas de Esaú não foram derrama-das em contrição. Ao contrário, eletentou obter a bênção por meio delágrimas – sem arrependimento. Ocaso de Judas foi parecido, pois elesentiu remorso, mas não se arrepen-

deu (Mt 27.3-5, veja também 2 Co7.10).

Em outro trecho, a Bíblia diz arespeito de Esaú: “Como está es-crito: Amei Jacó, porém me abor-reci de Esaú” (Rm 9.13). Isso sig-nifica que não havia nada em Esaúque o Senhor pudesse ter amado: ne-nhuma sinceridade, nem um pingode integridade ou de busca pelo favordo Senhor, bem ao contrário de Jacó,que no auge do sofrimento de sua al-ma orou: “...Não te deixarei ir seme não abençoares” (Gn 32.26). Éassim que a ira de Deus se manifes-tou contraEsaú e per-manece sobrequalquer pes-soa que rejei-ta a fé em Je-sus (cf Jo3.36).

Portanto,a questão nãoé se um nasci-do de novopode se per-der, mas queuma pessoa

que não nasceu de novo, que vivesem Deus, que está perto da reden-ção (como Esaú) e tem a promessa,perde a salvação porque, em últimainstância, rejeita a opção e não a acei-ta para si. Muitos judeus, a quem aEpístola aos Hebreus fora dirigida, sóse importavam com as bênçãos, istoé, as vantagens do cristianismo (Hb10.29), mas não com Jesus. Aqueleque permanece indiferente a JesusCristo, a indizível dádiva de Deus,comete um erro que não poderá serperdoado nem na eternidade! (Nor-bert Lieth)

19Chamada da Meia-Noite, setembro de 2006

Do Nosso Campo Visual

Certa vez Jesus contou uma histó-ria muito tocante para ilustrar como égrande o perdão de Deus. Encontra-mos o relato em Mateus 18.23-27:

“Por isso, o reino dos céus é seme-lhante a um rei que resolveu ajustar con-tas com os seus servos. E, passando a fa-zê-lo, trouxeram-lhe um que lhe deviadez mil talentos. Não tendo ele, porém,com que pagar, ordenou o senhor quefosse vendido ele, a mulher, os filhos etudo quanto possuía e que a dívida fossepaga. Então, o servo, prostrando-se re-verente, rogou: Sê paciente comigo, e tu-do te pagarei. E o senhor daquele servo,compadecendo-se, mandou-o embora eperdoou-lhe a dívida.”

Um talento equivalia a 6.000 de-nários, e um denário era o saláriode um dia de trabalho. Numa se-mana de cinco a seis dias, um ta-lento era o que um trabalhador re-

ceberia em 20 anos de trabalho.Mas a dívida do servo era de10.000 talentos, ou seja, o equiva-lente a seis milhões de dias de tra-balho, portanto, o salário de200.000 anos.

Hoje em dia, uma dívida tão gran-de seria impagável para um trabalha-dor comum. Mas por que Jesus usouum valor tão alto para simbolizar a dí-vida do servo? Certamente para de-monstrar como é grande o perdão deDeus. Isso também ilustra a grandezada obra que Jesus Cristo consumou nacruz por nós. Ele saldou integralmentea dívida que tínhamos com Deus.

Podemos chegar ao Senhor comtoda a nossa culpa, com todo o fardodo nosso pecado, que muitas vezes émaior do que a nossa própria vida – eEle nos perdoará. Seríamos tolos senão aceitássemos essa oferta.

Eu pergunto a você: “E agora,por que te demoras? Levanta-te,...e lava os teus pecados, invocan-do o nome dele” (At 22.16). (Nor-bert Lieth)

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o salário de 200.000 anos.

Page 20: Chamada da Meia-Noite - Ano 37 - Nº 9

Resposta: Judas Iscariotes nãofoi recebido no reino celestial! Opróprio Jesus disse que ele se per-deu, e por isso chamou-o de filhoda perdição: “Quando eu estava comeles, guardava-os no teu nome, que medeste, e protegi-os, e nenhum deles seperdeu, exceto o filho da perdição, pa-ra que se cumprisse a Escritura” (Jo17.12). Mas Judas não se perdeupor causa de seu suicídio nem porter negado a Jesus. Ele perdeu-seporque rejeitou a Jesus Cristo comoseu Salvador e Senhor.

Suicídio é pecado – ecomo a origem da palavra indica,é assassinato – uma interferêncianão-permitida no plano que Deustem para o ser humano. Suicídiotambém é pecado porque provocaprofundo sofrimento dos familiares.O lado mais trágico do suicídio éa impossibilidade do suicida se ar-repender de seu ato. Mas um cris-tão renascido que, num momentode grande escuridão psíquica, sobpressão emocional ou em profun-do desespero, põe fim à sua vida,não se perde. Jesus diz que “nin-guém as arrebatará da minha mão”(Jo 10.28). Portanto, nem mesmoa própria pessoa pode arrancar-seda mão do Senhor através do sui-cídio. O desespero, por maior queseja, é sempre uma expressão defalta de confiança no Deus vivo.Por isso, um renascido que age pordesespero será “salvo, todavia, co-mo que através do fogo”. Leia aten-

tamente 1 Coríntios 3.11-15 e 2Coríntios 5.10. (Marcel Malgo)

Quem comete suicídioperde a salvação?Pergunta: “Durante uma reunião de ora-ção, um irmão contou que um parenteseu, ativo na igreja, havia cometido sui-cídio. Ele está convicto de que seu pa-rente foi recebido na glória pelo Pai ce-lestial, assim como Judas, o traidor. Écoerente crer assim?”

Um cristão renascido que comete suicídio em um momento de extremo

desespero não se perde.