chamada da meia-noite - ano 38 - nº 9

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Mateus 25.6 da Meia-Noite www.chamada.com.br SETEMBRO DE 2007 • Ano 38 • Nº 9 • R$ 3,50

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• A Igreja de Jesus na Última Etapa do Caminho • A Igreja Emergente: a Laodicéia do Século 21? • Sua Misericórida Dura Para Sempre - Parte 2 • A comunidade global emergente • O restabelecimento de Israel

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Mateus 25.6da Meia-Noite www.chamada.com.br SETEMBRO DE 2007 • Ano 38 • Nº 9 • R$ 3,50

Índice4

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20

Prezados Amigos

Do Nosso Campo Visual• A comunidade global emergente

Aconselhamento Bíblico• O restabelecimento de Israel

Publicação mensal

Administração e Impressão:Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai90830-000 • Porto Alegre/RS • BrasilFone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385E-mail: [email protected]

Endereço Postal:Caixa Postal, 168890001-970 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil

Preços (em R$):Assinatura anual ................................... 31,50

- semestral ............................ 19,00Exemplar Avulso ..................................... 3,50 Exterior - Assin. anual (Via Aérea) US$ 35.00

Fundador: Dr. Wim Malgo (1922-1992)

Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf

Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake

Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann

INPI nº 040614Registro nº 50 do Cartório Especial

Edições InternacionaisA revista “Chamada da Meia-Noite” é pu-blicada também em espanhol, inglês, ale-mão, italiano, holandês, francês, coreano,húngaro e cingalês.

As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores.

“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro” (Mt 25.6).

A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite”é uma missão sem fins lucrativos, com o obje-tivo de anunciar a Bíblia inteira como infalívele eterna Palavra de Deus escrita, inspiradapelo Espírito Santo, sendo o guia seguro paraa fé e conduta do cristão. A finalidade da“Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é:

1. chamar pessoas a Cristo em todos os lugares;

2. proclamar a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo;

3. preparar cristãos para Sua segunda vinda;4. manter a fé e advertir a respeito de falsas

doutrinas

Todas as atividades da “Obra MissionáriaChamada da Meia-Noite” são mantidas atra-vés de ofertas voluntárias dos que desejamter parte neste ministério.

Chamada da Meia-Noite

www.Chamada.com.br

A Igreja de Jesus na ÚltimaEtapa do Caminho - Parte 2

12A Igreja Emergente: aLaodicéia do Século 21?

15Sua Misericórida Dura Para Sempre - Parte 2

4 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

As tristes e infindáveis notícias de escândalosque se repetem nas igrejas e denominações sãoassustadoras. O Diabo parece estar literalmentesolto, uma vez que ele é o causador de confusãopor excelência. A oração do apóstolo Paulo pelosefésios ainda hoje é útil e atual: “...fazendomenção de vós nas minhas orações, para que oDeus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai daglória, vos conceda espírito de sabedoria e derevelação no pleno conhecimento dele,iluminados os olhos do vosso coração, parasaberdes qual a riqueza da glória da sua herançanos santos” (Ef 1.16-18). Nessa oração, Paulopede ao Senhor que o olhar dos efésios sejadesviado deles mesmos e de suas circunstânciase se volte para o Pai da glória, que desejaconceder-lhes um conhecimento mais profundoe mais exato acerca de três objetos:

1. “para saberdes qual é a esperança do seuchamamento...” A esperança dos cristãos não éum assunto vago para Paulo, não é uma questãosuperficial ou corriqueira, do tipo “tomara queamanhã faça sol”, mas uma certeza inabalávelacerca do que está por vir. Uma esperança assimtraz força e alegria, transmite dinamismo à nossavida, e no meio do sofrimento e das privações nosproporciona consolo e paz.

2. “...qual a riqueza da glória da sua herança nossantos...” Que o Senhor nos permita reconhecer agrandiosa dimensão da glória da nossa herança! Járecebemos seu penhor, já somos detentores da garantiadessa herança futura, mas a plenitude dos bens eternose celestiais ainda está à nossa espera. Uma criança quetem um pai milionário entende bem pouco da riqueza aque terá direito um dia. Apenas o passar dos anos farácom que reconheça o verdadeiro valor de tudo o queherdou. Através da Bíblia Deus quer nos ensinar acercada nossa herança futura:

3. “e qual a suprema grandeza do seu poderpara com os que cremos, segundo a eficácia daforça do seu poder” (Ef 1.19). O alvo da oraçãode Paulo é que os efésios reconheçam aindescritível e suprema grandeza do poder deDeus, “o qual exerceu ele em Cristo,ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-osentar à sua direita nos lugares celestiais, acimade todo principado, e potestade, e poder, edomínio, e de todo nome que se possa referirnão só no presente século, mas também novindouro...” (Ef 1.20-21). Esse poder de Deus serevelou de diversas formas: na ressurreição eascenção de Jesus Cristo, na Sua instituiçãocomo Senhor sobre todos os poderes e sobre todoo universo. E então vemos mais uma revelação

do poder de Deus, umarevelação que faz nossoscorações bater maisdepressa quando lemos:

“E pôs todas as coisasdebaixo dos [seus] pés e, para ser o cabeça detodas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seucorpo, a plenitude daquele que a tudo enche emtodas as coisas” (Ef 1.22-23). Sim! Jesus Cristo,pelo poder de Deus, é o Senhor sobre todo oUniverso, sobre toda a criação. Ele a sustenta coma palavra do seu poder (Hb 1.3). Em relação àIgreja, porém, a posição de Jesus é a de Cabeça,pois tem com ela um relacionamento bemdiferente por se tratar da Noiva, comprada comSeu sangue, agora propriedade Sua. Cada membroestá diretamente ligado com o Cabeça, que éJesus, e Ele enche a Igreja com a glória de Deus!Isso significa que a maior demonstração do poderdivino não é a grandeza do Universo, mas que elaé encontrada na Igreja, que é um organismo vivo.Continuamente somos alimentados com a vida quevem de Deus, da mesma forma que o nosso corpofísico é constantemente suprido pelos alimentosque consumimos. O Cabeça também sabeexatamente o que cada membro precisa, eprovidencia seu suprimento: “...para que, segundoa riqueza da sua glória, vos conceda que sejaisfortalecidos com poder, mediante o seu Espíritono homem interior, e, assim, habite Cristo emvosso coração pela fé, estando vós arraigados ealicerçados em amor...” (Ef 3.16-17).

Assim como Paulo derramou diante do Senhoro seu desejo de ver os efésios reconhecendo tudoo que receberam em Cristo, toda a “riqueza daglória da sua herança”, nós da “Chamada daMeia-Noite” igualmente desejamos que os leitorese os participantes do Congresso Profético emÁguas de Lindóia/SP (de 17 a 20/10/07) sejamabençoados com espírito de sabedoria e derevelação no pleno conhecimento do Senhor etenham iluminados os olhos de seus corações.Unidos nAquele que é o Cabeça, que garantenossa herança nos céus, saúdo

Cordialmente,

Dieter Steiger

O Senhor exaltado mandou o se-guinte recado, entre outras coisas, àSua igreja em Filadélfia: “Ao anjo daigreja em Filadélfia escreve: Estas coi-sas diz o santo, o verdadeiro, aqueleque tem a chave de Davi, que abre, eninguém fechará, e que fecha, e nin-guém abrirá: Conheço as tuas obras –eis que tenho posto diante de ti umaporta aberta, a qual ninguém pode fe-char – que tens pouca força, entretanto,guardaste a minha palavra e não ne-gaste o meu nome. Eis farei que algunsdos que são da sinagoga de Satanás,desses que a si mesmos se declaram ju-deus e não são, mas mentem, eis que osfarei vir e prostrar-se aos teus pés e co-nhecer que eu te amei. Porque guardas-te a palavra da minha perseverança,também eu te guardarei da hora daprovação que há de vir sobre o mundointeiro, para experimentar os que habi-tam sobre a terra. Venho sem demora.Conserva o que tens, para que ninguém

tome a tua coroa. Ao vencedor, fá-lo-eicoluna no santuário do meu Deus, edaí jamais sairá; gravarei também so-bre ele o nome do meu Deus, o nome dacidade do meu Deus, a nova Jerusalémque desce do céu, vinda da parte domeu Deus, e o meu novo nome. Quemtem ouvidos, ouça o que o Espírito dizàs igrejas” (Ap 3.7-13).

Mas qual será a relação entreas sete igrejas em Apocalipse 2-3e a Igreja de Jesus na última eta-pa do caminho? Ao ler as sete car-tas com atenção, salta aos olhos ofato de que o Senhor precisou re-preender cinco igrejas. Só as igre-jas de Esmirna e Filadélfia não me-receram nenhuma crítica. Na épo-ca do apóstolo João, essas igrejaseram de fato sete igrejas locais; masa sua vida espiritual e, mais queisso, a mensagem do Senhor paraelas também têm um profundo sig-nificado profético para o nosso tem-

po. Dessa forma, a igreja de Lao-dicéia, por exemplo, fornece umaimagem assustadora da situaçãoatual de muitas igrejas locais – nes-ta etapa final do caminho. Já a igre-ja de Filadélfia mostra de formamuito expressiva como deveriamser as igrejas cristãs justamente ho-je, nesta última fase. Por esse mo-tivo vamos analisar agora essas se-te igrejas.

Na carta à igreja de Filadélfia,citada no começo deste artigo, oponto central está nos versículos 7,8 e 12: “Ao anjo da igreja em Filadél-fia escreve: Estas coisas diz o santo, overdadeiro,... Conheço as tuas obras...tens pouca força, entretanto, guardastea minha palavra e não negaste o meunome. ...Ao vencedor, fá-lo-ei colunano santuário do meu Deus...”.

Qual era o segredo da igreja deFiladélfia para que o Senhor nãoprecisasse criticar nada em seu pro-

5Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

Na primeira parte falamos sobre o fato de que os filhos deDeus – qualquer que seja a suasituação – estão a caminho doeterno lar celestial. Nesta segunda parte, o autor mostrapela Palavra de Deus o que oSenhor espera dos Seus nesteúltimo trecho do caminho.

cedimento? Essa resposta é extraor-dinariamente importante para nós.

O que importava e o que importa ao SenhorNa igreja de Filadélfia o Senhor Je-sus estava no centro, o que Ele ex-pressa com as seguintes palavras:“...tens pouca força, entretanto, guar-daste a minha palavra...” (Ap 3.8).A Edição Revista e Corrigida diz:“...tendo pouca força, guardaste a mi-nha palavra...”.

Que tremenda mensagem paranós cristãos que estamos percorren-do a última etapa do caminho!

Ao comparar cada uma das car-tas, chama a atenção que o Senhorexaltado especifica as obras de algu-mas igrejas, mas no caso de Filadél-fia apenas diz: “Conheço as tuas

obras”. Mas ele continua a frase,afirmando algo que não é possíveldizer a nenhuma outra igreja: “Tenspouca força, entretanto, guardaste aminha palavra e não negaste o meunome”. É justamente isso que im-porta ao Senhor. Essa é uma indi-cação clara de como podemos per-manecer vencedores em meio a tan-tas dificuldades nestes tempos dofim!

Quem é vencedor?Vencedores são pessoas renascidas,em cuja vida Cristo é o centro. Mascomo Cristo se torna o centro denossas vidas? Quando guardamos aSua Palavra. Quando a Palavra deDeus é o centro absoluto de nossasvidas, então Jesus está no centro.Afinal, as Suas palavras não passam(Mt 24.35), e Ele mesmo é a Pala-

vra, o Verbo (cf. Jo 1.1-2; Ap19.13).

Cristo em nós (Cl 1.27) não éuma questão de sentimentos, masde fé. Até que ponto vai nosso rela-cionamento com a Palavra reveladade Deus? Somos mais que merosleitores e ouvintes, passando a sertambém praticantes (cf. Tg 1.22-25)? Paulo nos exorta: “Habite, ri-camente, em vós a palavra de Cris-to...” (Cl 3.16). Quem levar isso emconsideração, terá ricas experiên-cias com Cristo!

A grande diferençaaos olhos do SenhorSe tivéssemos de julgar a igreja deÉfeso naquela época, com certezateríamos chegado à conclusão deque se tratava de uma congrega-ção praticamente perfeita. Afinal,exteriormente ela tinha tudo quese pode esperar de uma igreja lo-cal. Até mesmo o Senhor exaltadotestificou a seu respeito: “Conheçoas tuas obras, tanto o teu labor co-mo a tua perseverança, e que não po-des suportar homens maus, e que pu-seste à prova os que a si mesmos sedeclaram apóstolos e não são, e osachaste mentirosos; e tens perseveran-ça, e suportaste provas por causa domeu nome, e não te deixaste esmore-cer” (Ap. 2.2-3).

Em Éfeso os cristãos suportavamdificuldades em nome de Jesus,exercitavam a perseverança, não su-portavam a maldade na igreja, pra-ticavam com sucesso o dom do dis-cernimento de espíritos e desmasca-ravam os mentirosos. A igrejatambém suportava provas em nomede Jesus e não esmorecia diante detudo isso. Mas o Senhor sentiu faltado principal nessa igreja; Ele sentiufalta do amor por Ele. Por isso, Je-sus teve de advertir: “Tenho, porém,contra ti que abandonaste o teuprimeiro amor” (v. 4). O que é o

6 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

“Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá: Conheço as tuas obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome” (Ap 3.7-8).

“primeiro amor”? Qual é a diferença de fatoentre Éfeso e Filadélfia?

Nenhuma das boas características dos cris-tãos de Éfeso pode ser encontrada em Fila-délfia; pelo menos o Senhor não as menciona.Ao contrário: o Senhor exaltado fala apenasde “pouca força”. A diferença entre Éfeso eFiladélfia estava no fato de que o Senhor po-dia elogiar Filadélfia por ter guardado a SuaPalavra: “...guardaste a minha palavra”.Essa afirmação do Senhor exaltado destacaessa igreja e diferencia-a das outras congrega-ções. Por que, aos olhos do Eterno, é tão im-portante guardar a Sua Palavra? Porque issoestá relacionado a amá-lO de verdade! É oque o Senhor Jesus expressa, dizendo: “Sealguém me ama, guardará a minha pa-lavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele efaremos nele morada. Quem não me ama nãoguarda as minhas palavras” (Jo 14.23-24). Aoinverter as palavras, o sentido é: quem nãoguarda as palavras de Jesus, não pode amá-lO. Agora fica claro o que faltava à igreja deÉfeso, de resto praticamente perfeita, a saber,a aprovação do Senhor: “...guardaste a minhapalavra”.

O que faz parte dofundamento de um bomrelacionamento?Vamos pensar no relacionamento conjugalentre um homem e uma mulher. O fato deum pertencer ao outro é uma premissa bá-sica. Ambos devem ter a oportunidade dedizer ao outro o que passa em seu coração.O mesmo acontece com o Senhor. Se eurealmente O amo, tomo providências paraque Ele constantemente tenha oportunidadede me dizer o que passa em Seu coração.Em outras palavras: eu guardo, isto é, sigoa Sua Palavra à medida que permito que aPalavra de Cristo habite ricamente em mim(cf. Cl 3.16). Isso também inclui a oração– minha resposta ao que Ele me diz. Maso que será mais importante: que eu escuteo que Deus fala, ou que Ele ouça a mim?Não será necessário deixar que Deus faleprimeiro comigo pela Sua Palavra antes deeu poder falar, isto é, orar a Ele de formacorreta? Não é verdade que toda oração sé-

ria brota do ouvir e ler a Palavra deDeus?

Outras igrejas nasquais falta o essencialNão era só na igreja de Éfeso que Je-sus teve de revelar os defeitos, mastambém nas igrejas de Pérgamo eTiatira, de resto tão abençoadas. Po-rém, o Senhor exaltado não “entroude sola”, como nós muitas vezes faze-mos, pois primeiro destacou as virtu-des dessas igrejas. Por exemplo, Elemandou escrever a Pérgamo: “Conhe-ço o lugar em que habitas, onde está otrono de Satanás, e que conservas o meunome e não negaste a minha fé, aindanos dias de Antipas, minha testemunha,meu fiel, o qual foi morto entre vós, ondeSatanás habita” (Ap 2.13). E à igrejade Tiatira Ele mandou dizer: “Conhe-ço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, oteu serviço, a tua perseverança e as tuasúltimas obras, mais numerosas do que asprimeiras” (Ap 2.19).

Com certeza foi um encorajamen-to maravilhoso para igrejas que namaior parte do tempo eram persegui-das. Infelizmente, porém, em ambosos grupos espalhou-se o mesmo mal:eles toleravam os desvios doutriná-rios. Por isso, o Senhor envia a se-guinte mensagem a Pérgamo: “Tenho,todavia, contra ti algumas coisas, poisque tens aí os que sustentam a doutrinade Balaão, o qual ensinava a Balaque aarmar ciladas diante dos filhos de Israelpara comerem coisas sacrificadas aosídolos e praticarem a prostituição. Ou-trossim, também tu tens os que da mes-ma forma sustentam a doutrina dos ni-colaítas” (Ap 2.14-15). E a igreja deTiatira teve de ouvir: “Tenho, porém,contra ti o tolerares que essa mulher, Je-

7Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

“Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus...” (Ap 3.12).

zabel, que a si mesma se declara profe-tisa, não somente ensine, mas aindaseduza os meus servos a praticarem aprostituição e a comerem coisas sacrifi-cadas aos ídolos” (Ap 2.20).

Quando as seitas e heresias con-seguem se enraizar nas igrejas?Sempre que a Palavra é colocada delado! Talvez a Palavra de Deus ain-da esteja em primeiro plano, masquando ela é mal usada, quandoum texto é tirado do contexto paradar base a uma heresia, uma seita jáse formou dentro da igreja. Sóquando guardamos toda a Palavrade Deus, com todos os seus contex-tos e relações, as influências heréti-cas não serão toleradas.

Estar morto emvida – como issoacontece?Na igreja de Sardes a Palavra deDeus também não era mais guarda-da da forma correta. Por isso o Se-nhor exaltado precisou fazer uma sé-

ria advertência a essa igreja: “Conhe-ço as tuas obras, que tens nome de quevives e estás morto” (Ap 3.1). Quan-do uma igreja ou um indivíduo cris-tão está espiritualmente morto? Nomomento em que o Espírito Santo émantido em “fogo baixo” ou entãonem atua mais, quando Ele é abafa-do ou até entristecido. Por isso a Bí-blia adverte, com palavras muito sé-rias: “Não apagueis o Espírito” (1 Ts5.19). “E não entristeçais o Espírito deDeus, no qual fostes selados para o diada redenção” (Ef 4.30).

Quais são as conseqüências dedeixarmos que alguma coisa apaguea atuação do Espírito Santo emnossa vida? O que significa entriste-cer o Espírito Santo? Bem, trata-sede algo muito trágico! Pois, paraum filho de Deus isso significa quea Palavra de Deus lhe foi tirada, ouseja, ela não tem mais como habitarricamente nele! Portanto, aqueleque entristece ou apaga o EspíritoSanto por meio do pecado (“Tudo oque não provém de fé é pecado” Rm

14.23), rouba a Palavra de Deus desi mesmo. Por quê? Entre outrascoisas, o Senhor Jesus diz a respeitoda atuação do Espírito Santo:“...não falará por si mesmo, mas dirátudo o que tiver ouvido (...) há de re-ceber do que é meu” (Jo 16.13-14).Aqui aprendemos algo sobre o ins-trumento que o Espírito Santo usapara trabalhar naqueles que crêem.A saber: ele nunca se utiliza de umaferramenta que não seja a Palavrade Cristo! Por isso, o Senhor diz:“...não falará por si mesmo, mas dirátudo o que tiver ouvido”. É assim queo Espírito Santo trabalha até hoje!Ele usa a Palavra de Cristo – isto é,toda a Bíblia – para executar a Suaobra nos filhos de Deus.

Por isso, quem entristece ou apa-ga a atuação do Espírito Santo porcausa de algum pecado cometido,boicota o trabalho do Espírito deDeus, isto é, retira de si mesmo aSua atuação e assim Lhe fecha aporta. A conseqüência inevitável dis-so é a morte espiritual! Que as co-moventes palavras dirigidas à igrejade Sardes nos sirvam de advertência:“tens nome de que vives e estás morto”.

Quantos cristãos existem hoje nomundo sem nenhum relacionamen-to com a Palavra de Deus porqueapagaram ou entristeceram o Espí-rito Santo? Eles não têm comoguardar a Palavra de Jesus. Por isso:se houver qualquer coisa em sua vi-da que não possa subsistir diante doSenhor, então traga-a o mais rapi-damente possível para a cruz! Sevocê não fizer isso, com certeza aPalavra de Cristo não poderá maishabitar ricamente em você!

Uma das principaiscaracterísticas deuma pessoarenascidaO ponto absolutamente essencial naúltima etapa do caminho da Igreja

8 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

Num casamento, é imprescindível que o marido e a esposa escutem o seucônjuge. Ambos devem ter a oportunidade de dizer ao outro o que passaem seu coração.

de Jesus é que a Palavra de Cristoseja guardada em qualquer circuns-tância, deixando-a habitar ricamen-te em nós (Cl 3.16), mesmo que anossa força seja pequena. Foi sópor esse motivo que o Senhor nãoexortou a igreja de Filadélfia e lhedeu uma porta aberta, que ninguémpoderia fechar (Ap 3.8).

Só quando nos apegamos firme-mente à Palavra de Jesus é que pro-vamos que estamos vivendo o pri-meiro amor. É só assim que fica-mos protegidos contra influênciassectárias e temos uma das princi-pais características de um verdadei-ro filho de Deus! Em sua oração sa-cerdotal, o Senhor Jesus disse aoPai: “Manifestei o teu nome aos ho-mens que me deste do mundo. Eramteus, tu mos confiaste, e eles têmguardado a tua palavra” (Jo17.6). Você também apresenta essacaracterística?

Há muitas igrejas neste mundoque atribuíram a si mesmas – pormotivos compreensíveis – o nomede Filadélfia. Mas quanta responsa-bilidade isso traz consigo! Pois aigreja de Filadélfia naquela épocaestava disposta a apegar-se à Pala-vra de Deus e a guardá-la em qual-quer circunstância, em sua maiorfraqueza; o que representa muitomais do que podemos imaginar.Significa que recebemos a íntegrada Palavra de Deus, de A a Z, e aaceitamos como a Palavra reveladado Senhor. O Salmo 119.160 diz:“As tuas palavras são em tudo ver-dade desde o princípio, e cada umdos teus justos juízos dura para sem-pre”.

A igreja de Filadélfia daquelaépoca tinha guardado todo o con-teúdo da Palavra de Deus, mesmoque naquela tempo ainda não pos-suísse todo o texto bíblico de quedispomos hoje em dia; e por issonão foi preciso exortar essa igreja. APalavra de Deus a mantinha imacu-

lada, santificava-a. Paulo escreveu aTimóteo sobre a força santificadorada Palavra: “Toda a Escritura é ins-pirada por Deus e útil para o ensino,para a repreensão, para a correção,para a educação na justiça, a fim deque o homem de Deus seja perfeito eperfeitamente habilitado para toda boaobra” (2 Tm 3.16-17). Hebreus4.12 diz: “Porque a palavra de Deusé viva, e eficaz, e mais cortante do quequalquer espada de dois gumes, e pene-tra até ao ponto de dividir alma e espí-rito, juntas e medulas, e é apta paradiscernir os pensamentos e propósitosdo coração”. E o Senhor Jesus orouassim a Seu Pai: “Santifica-os naverdade; a tua palavra é a verdade”(Jo 17.17). Essas passagens das Es-crituras deixam claro que a perfei-ção da igreja de Filadélfia era pro-veniente do fato de que o EspíritoSanto conseguia santificá-la pormeio da Palavra.

Como filhos de Deus, com cer-teza todos nós queremos viver emsantificação! Mas isso significa quedevemos estar enraizados na Escri-tura e guardar a Palavra de Deus.Vamos permitir que sejamos apro-fundados a cada dia mais na santifi-

cação, deixando que a Escritura nosfale pessoalmente! O salmista já co-nhecia a absoluta necessidade disso:“Lâmpada para os meus pés é a tuapalavra e luz, para os meus cami-nhos” (Sl 119.105). E o Senhor Je-sus falou de forma inequívoca sobreaquilo que devemos ou não fazercom a luz em nosso caminho: “Nin-guém, depois de acender uma candeia,a põe em lugar escondido, nem debaixodo alqueire, mas no velador, a fim deque os que entram vejam a luz” (Lc11.33). Portanto, dê à Palavra deDeus, à Bíblia, uma posição centralem sua vida! Seja um cristão de Fi-ladélfia, guarde a Palavra!

Por que o Senhorusou nomesdiferentes nascartas para ummesmo remetente?Em cada uma das sete cartas o Se-nhor se apresenta com um outronome, relacionado ao conteúdo darespectiva carta. Na carta à igrejade Éfeso o remetente se apresentada seguinte forma: “Estas coisas dizaquele que [...] anda no meio dos sete

9Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

“Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).

candeeiros de ouro (= igrejas)”(Ap 2.1). Como o Senhor não eramais o centro em Éfeso, Ele teve deameaçar os cristãos de lá com oafastamento de seus candeeiros.

Como remetente da carta à igre-ja de Esmirna o Senhor se apresen-ta como o “que esteve morto e tornoua viver” (Ap 2.8). Por quê? Por-que Ele disse a essa igreja: “Sê fielaté à morte, e dar-te-ei a coroa davida” (Ap 2.10).

Já à igreja de Pérgamo o Senhorse apresentou da seguinte forma:“aquele que tem a espada afiada dedois gumes” (Ap 2.12). Ele escolheuessa designação porque os adeptosda seita dos nicolaítas foram avisa-dos de que Ele lutaria contra elescom a espada de Sua boca.

Ao escrever à igreja de Tiatira, oSenhor se apresenta como aquele“que tem os olhos como chama de fo-go” (Ap 2.18). Por quê? Todas asigrejas devem reconhecer que Ele équem sonda mentes e corações.

Na carta a Sardes o Senhor exal-tado se descreve como “aquele quetem os sete Espíritos de Deus” (Ap3.1). Afinal, o Espírito Santo não

podia mais agir ali, e a igreja estavaespiritualmente morta.

À igreja de Laodicéia Ele seapresenta como “a testemunhafiel e verdadeira” (Ap 3.14). Justa-mente essa igreja decaída e orgu-lhosa experimentou a grande fideli-dade de Deus quando Ele renovouo convite: “Eis que estou à porta ebato; se alguém ouvir a minha voz eabrir a porta, entrarei em sua casa ecearei com ele, e ele, comigo” (Ap3.20).

Portanto, cada designação de re-metente nessas seis cartas faz refe-rência a uma parte essencial da car-ta. O mesmo acontece na carta àigreja de Filadélfia, a quem o Se-nhor exaltado se apresentou como“o santo, o verdadeiro” (Ap 3.7). AEscritura Sagrada, Palavra de Deusdo começo ao fim, santifica: “Todaa Escritura é inspirada por Deus e útilpara o ensino, para a repreensão, paraa correção, para a educação na justi-ça, a fim de que o homem de Deus sejaperfeito e perfeitamente habilitado paratoda boa obra” (2 Tm 3.16-17). Aigreja de Filadélfia estava disposta ase deixar santificar. Ela guardou aPalavra de Jesus e não negou o Seu

nome. Assim,Ele, o Senhor,foi ao encontrodessa igreja co-mo “o santo, overdadeiro”.

É biblica-mente verdadeque às vezes –de acordo coma Sua vontadesoberana – oSenhor vai aonosso encontrode forma cor-respondente ànossa atitudeem relação aEle: “Para como benigno, benig-

no te mostras; com o íntegro, tambémíntegro. Com o puro, puro te mostras;com o perverso, inflexível (Sl 18.25-26).

Se o Senhor fosse encontrá-lohoje, como Ele o veria? Você sesantifica diariamente, guardando aPalavra de Deus, apegando-se a elae não negando o nome de Jesus,mesmo tendo pouca força?

No último livro da Bíblia lemospalavras muito sérias: “Continue oinjusto fazendo injustiça, continue oimundo ainda sendo imundo; o justocontinue na prática da justiça, e o san-to continue a santificar-se” (Ap22.11). Essa afirmação está dentrode um contexto bastante específico,que precisa ser considerado emuma interpretação mais profunda.Ainda assim, ela contém uma ad-vertência séria também para nós:chegará o dia em que não será maispossível mudar nada em nossa vida.Cada filho de Deus permanecerá nacondição em que for encontrado,seja no dia de sua morte, seja no diado arrebatamento. Quem não acei-tar a ajuda de Deus para se deixartransformar até esse dia, nuncamais terá oportunidade para isso!Haverá o dia em que todos os filhosde Deus estarão diante do tribunalde Cristo, quando todas as omis-sões e oportunidades perdidas serãoreveladas. Isso deve servir aindamais de estímulo para que vivamoscada dia em santificação verdadeira(cf. 2 Co 5.10).

Há mais do que asalvação?Muitos cristãos renascidos pensamestar em segurança porque dizem:estou salvo. Mas, atenção: os cris-tãos renascidos não podem espe-rar apenas bem-aventurança de-pois de sua chegada ao lar eter-no! Eles também poderão sofrerperdas: “Se a obra de alguém se

10 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

À igreja de Pérgamo o Senhor se apresentou da seguinte forma: “aquele que tem a espada afiada de dois gumes” (Ap 2.12). Ele escolheu essa designação porque os adeptos da seita dos nicolaítas foram avisados de que Ele lutaria contra eles com a espada de Sua boca.

queimar, sofrerá ele dano; mas essemesmo será salvo, todavia, como queatravés do fogo” (1 Co 3.15). Pro-vavelmente essa verdade é muitomais amarga do que imaginamos!Mas ainda é época de graça, in-clusive para nós, os filhos de Deus:com a ajuda do Senhor, ainda po-demos ser transformados pela SuaPalavra. O que importa é guardarintegralmente a Palavra de Deusnesta última etapa do caminho daIgreja de Jesus. Assim não perde-remos nada de nossa bem-aventu-rança (cf. 2 Jo 1.8)!

É muito significativo que o Se-nhor tenha de dizer, justamente àimaculada igreja de Filadélfia: “Ve-nho sem demora. Conserva o que tens,

para que ninguém tome atua coroa” (Ap 3.11). As-sim Ele fez com que essaigreja entendesse: “Ago-ra você está bem; mascuide para continuar as-sim!”

Umatremendapromessapara ovencedorO Senhor exaltado en-cerra a carta à igreja deFiladélfia com uma pro-messa sublime: “Ao ven-cedor, fá-lo-ei coluna nosantuário do meu Deus, edaí jamais sairá; gravareitambém sobre ele o nomedo meu Deus, o nome dacidade do meu Deus, a no-va Jerusalém que desce docéu, vinda da parte domeu Deus, e o meu novonome” (Ap 3.12).

Muitos filhos deDeus já se fizeram estapergunta: o que vou ficarfazendo na eternidade,

no céu? Mesmo não conseguindoimaginar nada específico, lendocom cuidado essa promessa ao ven-cedor podemos determinar umacoisa: nossa vida eterna, nossa exis-tência celestial, tem uma vocação

das mais elevadas: louvar a Deus, oPai, e a Jesus, o Cordeiro!

Os diferentes nomes nas colunasdo templo de Deus são cheios demistério. Mas um dia também po-deremos ser uma dessas colunas, sevencermos: “Ao vencedor, fá-lo-ei co-luna no santuário do meu Deus”.Basta lembrar do templo de Salo-mão: “Depois, levantou as colunas nopórtico do templo; tendo levantado acoluna direita, chamou-lhe Jaquim; e,tendo levantado a coluna esquerda,chamou-lhe Boaz” (1 Re 7.21). Ja-quim significa: “Aquele que fortale-ce, funda”, e Boaz: “Nele há for-ça”. Essas duas colunas foramconstruídas para a honra do Todo-Poderoso no templo de Salomão.Um dia os filhos de Deus tambémpoderão ser como aquelas colunas,se levarem uma vida vitoriosa: “Aovencedor, fá-lo-ei coluna no santuáriodo meu Deus”.

Quem não quer ser uma destascolunas, com o privilégio de carre-gar a glória de Deus e do Cordeiropor toda a eternidade? Mas é preci-so considerar: essa promessa só valepara os verdadeiros cristãos de “Fi-ladélfia”, que levam uma vida vito-riosa com a ajuda do Senhor, guar-dando a Palavra de Deus em qual-quer circunstância – especialmentena última etapa do caminho daIgreja de Jesus, que estamos percor-rendo agora. Você está disposto aisso?

11Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

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A igreja de Laodicéia experimentou a grande fidelidade de Deus quando Ele renovou o convite: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Ap 3.20).

12 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

Parece que cada geração tem suaprópria apostasia específica e, emalguns casos, até mesmo depois deum avivamento espiritual. A igrejado século 20 começou numa bata-lha pelos fundamentos da fé cristã.Durante aquele período, os evangé-licos (i.e., cristãos da atualidadeque crêem na Bíblia e que se consti-tuem de fundamentalistas, separa-tistas e outros apaixonados amantesda Bíblia) experimentaram um cres-cimento sem precedentes. Mas en-tão, muitos dos principais seminá-rios começaram a se comprometer,fazendo concessões à filosofia pós-moderna do humanismo secular denível superior. De 1920 a 1935,muitos líderes fundaram escolascristãs, institutos bíblicos e seminá-rios que geraram fiéis expositoresda Bíblia e igrejas evangelizadorasque ganhavam almas para Cristoem todo o mundo. Infelizmente,vários jovens educadores ingressa-ram nas universidades seculares afim de obter seu grau de PhD. De-pois de se graduarem, tornaram-se

professores de seminário no encar-go de ensinar os candidatos ao mi-nistério pastoral a pregarem as Es-crituras, sendo que eles mesmosnunca tinham exercido o pastorado,nem haviam se dedicado à prega-ção. Uma das máximas essenciaisdo processo educacional é a de que“não se pode partilhar aquilo quenão se possui”. O que se verificacom freqüência, nos dias atuais, éque pastores jovens se formam nosseminários, todavia conhecem mui-to pouco sobre a pregação expositi-va, sobre as doutrinas fundamen-tais, sobre a evangelização e nemmesmo possuem as ferramentas ne-cessárias para atuarem como pasto-res. Hoje em dia, é comum ver pas-tores, recém-formados num semi-nário, assumirem o ministériopastoral de uma igreja, sem nuncaterem sido alunos de um professorde seminário que realmente tenhaexercido o pastorado de uma igreja.

Além disso, a lavagem cerebralde nossos filhos feita dentro das es-colas públicas pelos humanistas se-

culares, desde a pré-escola até o en-sino superior (especialmente noscursos de pós-graduação) tem pro-duzido uma geração pós-modernaque é avessa aos absolutos morais,ao Evangelho que é o único cami-nho de salvação e à autoridade daPalavra de Deus. Muitos jovens queestudaram em faculdades cristãs jáforam influenciados por essa mo-derna filosofia secular [N. do T.:Nos Estados Unidos há instituiçõesde ensino fundamental, médio e su-perior que são mantidas por deno-minações e entidades evangélicas,cuja proposta de ensino e orienta-ção educacional baseia-se em prin-cípios bíblicos cristãos]. Até mesmoem algumas escolas cristãs de ensi-no fundamental e médio, é possívelencontrar professores com forma-ção acadêmica de orientação huma-nista, que propõem o ensino deuma filosofia secular dentro de umambiente cristão. É espantoso veri-ficar o grau de desconhecimento daBíblia que a maioria dos calourosdemonstra ao entrar numa faculda-

“...haverá tempo em que não

suportarão a sã doutrina; pelo

contrário, cercar-se-ão de

mestres segundo as suas

próprias cobiças, como que

sentindo coceira nos ouvidos”

(2 Timóteo 4.3).

de cristã. O único antídoto paraaqueles que sofreram essa lavagemcerebral humanista por muitos anosé uma genuína conversão a Cristo,acrescida de um tempo investido noestudo minucioso da Palavra deDeus.

A secularização da educaçãocristã fez com que muitos pastoresjovens e sinceros se tornassem vul-neráveis aos ensinos da igreja pós-moderna, ou como [seus membros]preferem se designar, “Igreja Emer-gente”. Esse movimento bebe daessência do antinomianismo, umafilosofia na qual os adeptos questio-nam mais a Bíblia e os fundamen-tos da fé do que o ensino e a in-fluência anticristãs de sua formaçãoeducacional secular. Eles contamcom o apoio de Hollywood, da mí-dia esquerdista e da música “heavybeat” que transmite mensagens an-tibíblicas num apelo às emoções,enquanto a mente é deixada de la-do. Tal música pode, muitas vezes,apelar aos impulsos da carne e jáinvadiu as igrejas, onde muitos líde-res eclesiásticos alegam que ela lhespresta um auxílio no processo de“crescimento da igreja”, tentando

provar, com isso,que estão no “ca-minho certo”.

Entre os falsosensinos que bro-tam da IgrejaEmergente en-contra-se umaforma não tão su-til de ataque à au-toridade da Bíblia– um claro sinalde apostasia. Elesnão mais afir-mam: “Assim dizo Senhor” (ape-sar do uso dessaexpressão pormais de duas milvezes na Bíblia),

por temerem que isso ofenda aque-las pessoas que apregoam a igualda-de de todas as opiniões quanto aoseu valor. A Palavra de Deus não émais interpretada por aquilo querealmente diz; em vez disso, é inter-pretada por aquilo que diz paravocê, desconsiderando, assim, o fa-to de que a formação educacional ea experiência de vida de uma pes-soa podem influenciar a maneirapela qual ela interpreta as Escritu-ras, a ponto de levá-la irrefletida-mente a um significado nunca pla-nejado por Deus para aquele texto.

Alguns dão a entender que Je-sus foi um “bom homem, até mes-mo um bom exemplo, mas Deus?”.Disso eles não têm certeza. Ou-tros relutam em chegar a tal pon-to de questionamento, porque seJesus não é Deus que “se fez car-ne”, então não temos um Salva-dor. Entretanto, há outros da Igre-ja Emergente que põem em dúvi-da o milagre da concepção virginalde Cristo, Sua morte substitutivae expiatória, Sua ressurreição cor-poral e, obviamente, questionammais de mil profecias bíblicas, tan-to as que já se cumpriram, quan-

to as que ainda estão por se cum-prir, as quais descrevem o mara-vilhoso plano de Deus para o nos-so futuro eterno. Uma indicaçãoda situação em que eles realmen-te se encontram é evidenciada pe-las declarações de um dos seusprincipais líderes (que é chamadode evangélico), “apesar dele agru-par a série de livros Deixados Pa-ra Trás na mesma categoria de OCódigo DaVinci”.1 Uma afirmaçãodessas, vinda de um dos líderes daIgreja Emergente, revela o grau deconfusão ou de dolo a que eles defato chegaram. Ou ele está confu-so (iludido) quanto às mentirasgnósticas ocultistas que dominamo enredo de O Códico Da Vinci,ou rejeita, intencionalmente, a in-terpretação literal da Bíblia que éo fundamento da série Deixados Pa-ra Trás, baseada no livro de Apo-calipse. Não temos nenhuma dú-vida ao afirmar que os líderes da“Igreja Emergente” não crêem noarrebatamento pré-tribulacionista,porque não aceitam a divina ins-piração e autoridade da Bíblia.

Os mestres pós-modernos que sedenominam “evangélicos”, emboraneguem a “fé que uma vez por todasfoi entregue aos santos” (Judas 3),são bem rápidos em falar o que elese outros filósofos heréticos pensam,porém, raramente dizem o queDeus deixou registrado por escritoem Sua biblioteca de sessenta e seislivros, a Bíblia. Eu, particularmen-te, creio que eles, na verdade, sãohereges, apóstatas e lobos “disfarça-dos em ovelhas”. Devido ao fato docristianismo liberal ter caído no vá-cuo do descrédito e das igrejas libe-rais terem ficado vazias, eles agorafazem uma tentativa de re-empaco-tar sua teologia sob a forma de pós-modernismo. Na realidade, a maiorparte desses conceitos não passadaquilo que costumava ser chama-do de modernismo ou liberalismo,

13Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

A lavagem cerebral de nossos filhos feita dentro das escolaspúblicas pelos humanistas seculares, desde a pré-escola atéo ensino superior (especialmente nos cursos de pós-gradua-ção) tem produzido uma geração pós-moderna que é avessaaos absolutos morais, ao Evangelho que é o único caminhode salvação e à autoridade da Palavra de Deus.

ainda que expressos com uma ter-minologia pós-moderna.

É difícil obter deles informaçõesquanto ao que realmente crêem,mas eles sabem, muito bem, que nãocrêem nos fundamentos da fé bíbli-ca. Já é hora de chamarmos a aten-ção das igrejas para o fato de quetais pessoas são hereges e falsos mes-tres que “não deram crédito à verdade;antes, pelo contrário, deleitaram-se coma injustiça” (2 Tessalonicenses 2.12),tal como Judas escreveu nos versícu-los 17 e 18 de sua epístola: “Vós, po-rém, amados, lembrai-vos das palavrasanteriormente proferidas pelos apóstolosde nosso Senhor Jesus Cristo, os quaisvos diziam: No último tempo, haveráescarnecedores, andando segundo assuas ímpias paixões”.

A mensagem do Espírito Santodirigida à igreja de Laodicéia se en-quadra perfeitamente à realidade de-les: “Ao anjo da igreja de Laodicéia es-creve: Estas coisas diz o Amém, a teste-munha fiel e verdadeira, o princípio dacriação de Deus. Conheço as tuas obras,que nem és frio nem quente. Quem derafosses frio ou quente! Assim porque ésmorno e nem és quente nem frio, estou aponto de vomitar-te da minha boca;pois dizes: Estou rico e abastado e nãopreciso de coisa alguma, e nem sabes quetu és infeliz, sim, miserável, pobre, cegoe nu. Aconselho-te que de mim compresoutro refinado pelo fogo para te enrique-ceres, vestiduras brancas para te vesti-res, a fim de que não seja manifesta a

tua nudez, e colí-rio para ungires osolhos, a fim de quevejas. Eu repreen-do e disciplino aquantos amo. Sê,pois, zeloso e arre-pende-te. Eis queestou à porta e ba-to; se alguém ouvira minha voz eabrir a porta, en-trarei em sua casa

e cearei com ele, e ele, comigo. Ao ven-cedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo nomeu trono, assim como também eu vencie me sentei com meu Pai no seu trono.Quem tem ouvidos, ouça o que o Espíri-to diz às igrejas” (Apocalipse 3.14-22).

Minha expectativa de que a ver-dadeira igreja evangélica assumissesua posição “em alto e bom som”contra essa nova forma pós-moder-na de apostasia, concretizou-se, re-centemente, num simpósio de nossoPré-Trib Study Group [Grupo dePesquisas Pré-Tribulacionistas],ocorrido no final de 2006. Foramproferidas várias palestras excelentesque expuseram os erros desse novomovimento. Quase que simultanea-mente recebi um exemplar do perió-dico The Master’s Seminary Journal[Jornal do Seminário Master’s] quetambém desmascarava esse movi-mento através de artigos escritos pe-lo Dr. John MacArthur e pelo Dr.Richard Mayhue, dentre outros arti-culistas. Em seguida,chegaram informaçõesde que o Dr. John Ma-cArthur está escreven-do um livro sobre o as-sunto. Certamente seráuma obra completa, demodo que nos ajudaráa confrontar essa here-sia moderna pelas Es-crituras, tal como so-mos expressamenteorientados a fazer nes-

tes últimos dias (i.e., “[provar] os es-píritos se procedem de Deus”, 1 João4.1). Pastores inexperientes e malalicerçados na Palavra de Deus es-tão sendo influenciados por essa for-ma atual de apostasia. Se tais pasto-res, porventura, comprarem essasidéias nitidamente heréticas, levarãosuas igrejas ao desvio da verdade,através de falsos ensinamentos. Selíderes cristãos proeminentes e bemconhecidos não se opuserem aberta-mente a essa distorção apóstata, émuito provável que se cumpram,negativamente, as palavras destaprofecia: “Contudo, quando vier o Fi-lho do Homem, achará, porventura, féna terra?” (Lucas 18.8).

Ao procurar uma igreja para suafamília, certifique-se de avaliá-la pe-la importância que dá à Palavra deDeus. Você se lembra daqueles ju-deus “de Beréia”? Eles pesquisavamdiariamente nas Escrituras para sa-ber se os ensinamentos de Paulo eSilas eram legítimos e coerentes:“Ora, estes de Beréia eram mais nobresque os de Tessalônica; pois receberam apalavra com toda a avidez, examinan-do as Escrituras todos os dias para verse as coisas eram, de fato, assim”(Atos 17.11). (Pre-Trib Perspectives)

Nota:1. Jan Markell, “Other Observations on the

Condition of the Evangelical Movement”,publicado na revista Lamplighter Magazine,vol. XXVIII, edição jan/fev de 2007, p. 12.

14 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

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Os líderes da “Igreja Emergente” não crêem no arrebatamen-to pré-tribulacionista, porque não aceitam a divina inspiraçãoe autoridade da Bíblia.

15Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

Deus estende Sua misericórdia atodos aqueles que se arrependemsinceramente. Na Sua insondávelsabedoria, Ele distingue o fraco doforte, o humilde do orgulhoso, eprova os corações de todos os ho-mens. Em algum lugar ao longo docaminho, o Deus Supremo provouo coração de Bate-Seba e decidiuabençoá-la. E de fato a abençoou.

Deus tomou para si o meninoque foi concebido por Bate-Sebaem adultério. Ainda assim, na Suamisericórdia que dura para sempre,Ele deu-lhe outro filho. As Escritu-ras dizem que “Davi veio a Bate-Se-ba, consolou-a e se deitou com ela; teveela um filho a quem Davi deu o nomede Salomão; e o Senhor o amou” (2Sm 12.24).

Aqui, pela primeira vez, Deusdeclarou Bate-Seba mulher legítimado rei Davi, santificou seu casa-mento e o abençoou. Na Sua infini-ta misericórdia e amor, o Senhornão somente deu a Bate-Seba outrofilho, Ele deu ao seu filho a supre-macia sobre os irmãos mais velhos,declarando Salomão como herdeirodo trono de seu pai. Mais tarde,Davi iria dizer: “E de todos os meusfilhos, porque muitos filhos me deu oSenhor, escolheu ele a Salomão para

se assentar no trono do reino do Se-nhor, sobre Israel” (1 Cr 28.5).

Bate-Seba não somente tornou-se a rainha-mãe, ela tornou-se an-cestral direta de Jesus, o Messias,através de Salomão, e também atra-vés de seu filho Natã (1 Cr 3.5; Lc3.31). Ela é uma das únicas quatromulheres listadas na genealogia deCristo (Mt 1.6).

Bate-Seba permaneceu junto aDavi pelo resto de sua vida (maisuns vinte anos) e deu a ele quatrofilhos (1 Cr 3.5). Era uma esposadentre muitas e testemunhou umtumulto familiar que hoje seria con-siderado uma das piores formas dedisfunção nas relações domésticas.Embora Deus amasse a Davi e o te-nha perdoado e abençoado, mante-ve a promessa dEle de que a espadanunca deixaria sua casa porque eletinha assassinado Urias, marido deBate-Seba, e tomado sua esposa.

Curiosamente, não existe conde-nação para Bate-Seba em qualquerparte da Escritura. O pecado é sem-pre descrito como sendo de Davisomente, principalmente porqueBate-Seba, uma mulher relativa-mente indefesa na época do VelhoTestamento, foi aprisionada na teiade uma outra pessoa, e submetida a

um relacionamento acreditandonão ter outra escolha. Davi, contu-do, teceu a teia quebrando delibera-da e indiferentemente três dos DezMandamentos: “Não matarás. Nãocometerás adultério... Não cobiçarás amulher do próximo” (Êx 20.13-14,17).

A Lei Mosaica não previa ne-nhum sacrifício para corrigir essa si-tuação. Davi merecia a morte. Mes-mo assim, Deus estendeu Sua mise-ricórdia enquanto providenciavaigualmente sua disciplina; e seusefeitos se espalharam pela famíliade Davi, incluindo sua esposa.

Primeiro, o filho mais velho deDavi, Amnon, estuprou sua pró-pria meia-irmã, Tamar. Esta ficoutão arrasada que passou o resto desua vida solteira na casa de seu ir-mão Absalão (2 Sm 13.20). Davi,contudo, não fez nada para punirAmnon, que merecia ser morto (Lv18.9,29). Conseqüentemente Absa-lão, que amava tanto sua irmã quedeu o nome dela à sua filha emsua homenagem (2 Sm 14.27), fezjustiça com suas próprias mãos (2Sm 13.29). Então ele fugiu para acasa de Talmai, rei de Gesur, avôdele e de Tamar (2 Sm 13.37; 1Cr 3.2).

Absalão voltou para casa trêsanos depois. Mas Davi, que não fo-ra rígido o suficiente com Amnon,foi bastante duro com Absalão e serecusou a restaurar seu relaciona-mento com ele. Como conseqüên-cia, Absalão fomentou uma rebeliãoque obrigou Davi a fugir para salvarsua vida.

Muito provavelmente Bate-Sebae seus filhos fugiram com ele, pois aBíblia diz: “Saiu o rei, e todos os desua casa o seguiram; deixou porém orei dez concubinas, para cuidarem dacasa” (2 Sm 15.16).

No final, Absalão morreu. Davi,atormentado pela dor e possivel-mente por seu miserável fracassocomo pai, chorou alto, clamando:“Meu filho Absalão, meu filho, meufilho Absalão! Quem dera que eu mor-rera por ti, Absalão, meu filho, meu fi-lho!” (2 Sm 18.33). Tudo isso porcausa do seu pecado com Bate-Se-ba.

Bate-Seba aparece novamentenas Escrituras logo antes da mortede Davi, quando ele estava comcerca de 70 anos. Ela continua sen-do aquela mulher submissa, que fazo que lhe mandam fazer; e Davi

ainda continua opai negligente.Adonias, irmãode Absalão e omais velho dorestante dos fi-lhos de Davi,começou a falarque seria o rei –mesmo sabendoque o reino iriapara Salomão,“porque do Se-nhor ele o rece-beu” (1 Rs2.15). Davi nãofez nada paraimpedi-lo. En-tão Adonias rea-lizou uma festa,

ostensivamente para celebrar suaascensão ao trono. Quando o profe-ta Natã percebeu o que estavaacontecendo, instruiu Bate-Seba acontá-lo a Davi, que agora já en-contrava-se velho e doente.

Bate-Seba obedeceu. Naquiloque foi um dos melhores momentoscom sua esposa, Davi declarou aBate-Seba: “Tão certo como vive oSenhor, que remiu a minha alma detoda a angústia, farei no dia de hoje,como te jurei pelo Senhor, Deus de Is-rael, dizendo: Teu filho Salomão rei-nará depois de mim e se assentará nomeu trono, em meu lugar” (1 Rs1.29-30).

Enquanto Adonias estava comseus convidados, Zadoque, o sacer-dote, e Natã, o profeta, coroaramSalomão. Aproximadamente 21anos depois que Deus tomou o fi-lho de Bate-Seba, que fora concebi-do em pecado, Ele coroou seu ou-tro filho como rei de Israel.

Bate-Seba aparece ainda maisuma vez. Davi havia morrido, eAdonias aparentemente continuavaalimentando esperanças de poderusurpar o trono. Adonias pediu aBate-Seba que convencesse seu fi-

lho Salomão a lhe dar Abisague,uma bonita jovem que havia servidoa Davi. Bate-Seba era evidentemen-te ingênua no que diz respeito aoscaminhos do mundo e não enten-deu que o pedido de Adonias erauma tentativa de desacreditar seufilho. Na cultura daquele tempo,Abisague era propriedade do rei. Seele não a quisesse, ninguém maispoderia tê-la. Irado, Salomão negouo pedido e solidificou seu reinadomandando matar Adonias (1 Rs2.24-25).

Mas a entrada de Bate-Seba napresença de Salomão revela um be-lo relance do relacionamento entremãe e filho. A Escritura diz: “O reise levantou a encontrar-se com ela e seinclinou diante dela; então, se assentouno seu trono e mandou pôr uma cadei-ra para sua mãe, e ela se assentou àsua mão direita” (1 Rs 2.19). Embo-ra Bate-Seba fosse agora apenasuma viúva entre tantas no palácio,ela era a única viúva que era mãedo rei.

Foi escrito no livro de Gálatas:“Não vos enganeis: de Deus não sezomba; pois aquilo que o homem se-mear, isso também ceifará” (Gl 6.7).Infelizmente, aquele que semeianão é o único que colhe. No instan-te em que Davi semeou sementesde pecado, as vidas de Bate-Seba ede seus filhos foram mudadas parasempre. Deus, mesmo sendo santo,reto e justo, também é misericor-dioso. Sua misericórdia dura parasempre e Ele a dispensa graciosa-mente para qualquer um que verda-deiramente se arrepende. (Israel MyGlory)

Lorna Simcox é editora-sênior de The Friendsof Israel.

16 Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que ohomem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).

17Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007

A Bíblia mostra que pelo menosnos três anos e meio finais do pe-ríodo de sete anos da Tribulaçãohaverá um governo global centrali-zado. Os capítulos 17 e 18 deApocalipse revelam que a globali-zação babilônica será estabelecidasobre três bases de sustentação:intercâmbio comercial, religião fal-sa e governo centralizado. Eviden-temente, ainda não estamos viven-do naquele período de sete anosda Tribulação, a qual é um eventofuturo. Vivemos, na verdade, numtempo em que Deus faz a monta-gem do palco para os aconteci-mentos que ocorrerão após o Ar-rebatamento da Igreja, durante aTribulação. A globalização é umdos elementos que caracterizarão aTribulação, contudo, podemosnotá-la diariamente em toda parteao nosso redor. No mundo inteiro,já se pode observar instituições,sejam públicas ou privadas, quedão passos rumo à globalização.

O modelo da União Européia

Os passos intermediários queatualmente têm sido dados pare-cem se alinhar à tendência de or-ganizar o mundo em blocos de de-senvolvimento, como tem sido du-rante estas últimas duas décadasna União Européia (UE). Robert

Congdon, que vi-ve na Escócia,apresentou umexcelente ensaiosobre a UniãoEuropéia no Pre-

Trib Study Group (Grupo de Pes-quisas Pré-Tribulacionistas) reuni-do em dezembro de 2005.1 Cong-don demonstrou por evidênciasque o objetivo final da União Eu-ropéia não é apenas o de unificar aEuropa, mas usar tal unificaçãocomo um trampolim para, final-mente, estabelecer um governoglobal exercido pelos europeus:

A União Européia se define, aberta-mente, como “uma família de países de-mocráticos europeus que têm o compro-misso de trabalharem juntos pela paz eprosperidade”. Desde o seu início, quan-do começou com seis nações, a UniãoEuropéia tem crescido e já conta com 25países. Os europeus, de acordo com osplanos de expansão da própria UniãoEuropéia, projetam, para um futuro pró-ximo, a ampliação da União para 80países, o que representaria uma popula-ção acima de 430 milhões de pessoas.Ao considerar as perspectivas futuras, odiretor de política externa do Centre forEuropean Reform [Núcleo Para a Refor-ma Européia] projeta a expansão totalda “União” renomeada para 109 na-ções – dentre as quais estariam tantopaíses da América do Norte quanto daAmérica do Sul. Sem dúvida, uma Uniãodesse porte se encaixa com a descriçãode “toda a terra” feita porDaniel (Dn 7.23).2

O alvo da União Euro-péia é unir toda a Europanuma única coalizão que

também terá a finalidade de promovera paz, a harmonia, a prosperidade e aprevenção de futuros conflitos mun-diais. Esse “sonho europeu”, como éfreqüentemente chamado, propõe acriação de um governo único que eli-minaria as rivalidades nacionais e osconflitos dentro da Europa. Concebidapelos sonhadores da Utopia nos idosde 1920, a União Européia da atuali-dade constitui-se numa instituição degoverno que exerce o controle sobre25 países da Europa. Muitos membrosdo governo prevêem uma configuraçãofinal de 109 nações debaixo do guar-da-chuva de uma “União” renomeada.O agente que faz com que essa uniãode 25 membros seja funcional é o seupoder único supranacional.3

Congdon assinala que o modelode gradualismo e regionalismo daUnião Européia foi projetado paraser aquele que muitos outros se-guiriam na busca do caminho paraa globalização final. Ele declara:

É impossível saber se a União Euro-péia é a forma embrionária de gover-no que se unirá à derradeira religiãomundial descrita em Apocalipse 17.Contudo, ela serve, no mínimo, comoum forte exemplo da maneira pelaqual uma aliança dessa natureza podese efetivar. Para se compreender comoum supergoverno global poderia firmaruma aliança com uma super-religiãomundial, é preciso entender, primeira-mente, o modo pelo qual a União Eu-ropéia se desenvolveu, desde aquele

A comunidade global emergente

É impossível saber se a União Européia é a forma embrionária de governoque se unirá à derradeira religião mundial descrita em Apocalipse 17.

Contudo, ela serve, no mínimo, como um forte exemplo da maneira pela qual uma aliança dessa natureza pode se efetivar.

sonho utópico de uns poucos homensda década de 1920 até a posição queatualmente ocupa, na qualidade deúnico governo supranacional que pro-cura unir 109 nações do mundo.4

Não é exagero quando, hojeem dia, muitos expositores daprofecia bíblica fazem menção deum ressurgimento do Império Ro-mano, como a descrição da faseinicial do reinado do Anticristodurante a primeira metade da Tri-bulação. Congdon comenta queesse é o lugar para o qual a UniãoEuropéia parece se encaminharno atual momento:

Uma análise da “política de boa vizi-nhança” da União Européia [...] revelaseu objetivo de encampar o Oriente Mé-dio, o Egito e o Norte da África (todasas nações que outrora faziam parte doantigo Império Romano). Soma-se a issoo trabalho embrionário da União Euro-péia junto ao Mercosul – o Mercado Co-mum do Sul – criado por quatro paísesda América do Sul em março de 1991.A União Européia caminha rapidamentepara se tornar o Império Romano mun-dial moderno com “o surgimento de ummundo formado por blocos regionais”.Ao substituírem países por blocos inter-nacionais governados por um podermundial, os mentores da globalizaçãoacreditam que as rivalidades e os confli-tos entre nações serão evitados. É possí-vel que essa seja a idéia descrita peloprofeta Daniel no texto de Daniel 7.24.5

O método Monnet

Um dos maiores colaboradorespara o desenvolvimento da atualUnião Européia foi um francês cha-mado Jean Monnet. Ele tornou-seum banqueiro nos idos de 1930 e ela-borou aquilo que, mais tarde, recebeuo designativo de “Método Monnet”ou engrenage [i.e., engrenagem].

Nesse método, cada novo avançoda visão supranacional é “considera-

do um meio de engrenar o próximoavanço”. O método Monnet propunhaum tratado ou acordo que parecia serde relevância secundária. Nos termosdesse tratado abrigava-se uma cláusu-la velada que, após tornar-se lei, abriuas portas para uma utilização maisefetiva e ampla do poder outorgado. Éa continuidade desse método utilizadopela União Européia que a levará aosucesso ou fracasso na concretizaçãodo sonho de se tornar um império glo-bal e, talvez, de cumprir duas caracte-rísticas da configuração do quarto rei-no humano mencionadas pelo profetaDaniel no capítulo 7.23.6

Essa espécie de gradualismopode ser aplicada a qualquer insti-tuição pública ou privada, e con-tribui para o processo de forma-ção gradativa de blocos regionais,que conduz à globalização.

A união norte-americana

Durante os últimos trinta ecinco anos, na qualidade de estu-dante da profecia bíblica, aprendi,desde o primeiro dia de estudo,que durante a Tribulação haveriaum governo mundial único sob aliderança do Anticristo. Eu sem-pre soube que no decorrer de mi-nha vida as coisas caminhariamno rumo da globalização e que omundo, às vésperas do Arrebata-mento, estaria cada vez mais pre-parado para essa mentalidade glo-bal. Minha tendência era a depensar que essas coisas acontece-riam lá na Europa, não nos Esta-dos Unidos. Inclinava-me a pen-sar que, nos Estados Unidos, osverdadeiros desdobramentos des-sa situação ocorreriam, provavel-mente, depois do Arrebatamento,ou seja, que os americanos, prin-cipalmente o grande número decristãos evangélicos, só abririammão de sua soberania nacional

depois de muito gritar e espernearem oposição. Apesar de aindaachar que os americanos oferece-rão certo grau de resistência aoavanço desse processo de globali-zação, parece que depois do fatí-dico 11 de setembro as coisas pas-saram a convergir mais rapida-mente nessa direção.

Não tenho condição de regis-trar todos os acontecimentos que,a partir do 11 de setembro de2001, têm concorrido para a glo-balização, porém, recentemente,Jerome R. Corsi, mais conhecidocomo um dos autores do livro quedava apoio à Swift Boat VeteransFor Truth (uma organização deex-combatentes da Guerra doVietnã) na sua luta contra a can-didatura de John Kerry, fez algu-mas revelações surpreendentes so-bre os esforços para unir os Esta-dos Unidos, o Canadá e o Méxiconum único bloco internacional, aUnião Norte-Americana. Quantosde vocês sabem alguma coisaacerca disso? Corsi declarou:“Apesar de não ter nenhuma au-torização do Congresso, o gover-no Bush iniciou uma ampla ativi-dade de grupos de trabalho paraimplementar um acordo trilateralcom o México e o Canadá”.7

A fusão entre esses países não ésimplesmente uma proposta; jáexiste um acordo assinado entre osgovernos. Corsi informa: “Os gru-pos que trabalham subordinadosao gabinete do North American FreeTrade Agreement [Tratado Norte-Americano de Livre Comércio],dentro do Departamento de Co-mércio, têm a responsabilidade depromover a Parceria da Segurançae Prosperidade ou SPP [a sigla ori-ginal em inglês],8 assinada em Wa-co, Texas, no dia 23 de março de2005, pelo presidente Bush, peloentão presidente Vincent Fox, do

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México, e pelo então primeiro-mi-nistro canadense, Paul Martin”.9

Qualquer pessoa pode ter acesso eaveriguar, por si mesma, a condutado governo americano, através dosite da SPP: www.spp.gov.

Eu me lembro que o governoClinton adotou a postura de nãolevar tratados e propostas multi-nacionais para a apreciação do Se-nado, conforme orienta a consti-tuição americana. Ele simples-mente implementava os detalhesdos acordos através da burocraciaadministrativa, como se o tratadotivesse sido ratificado. Atualmen-te, o governo Bush adota a mesmapostura dentro do Departamentode Comércio. Segundo Corsi, “orelatório da SPP endereçado aoschefes de governo dos EstadosUnidos, do México e do Canadá –publicado em 27 de junho de2005 – alista cerca de vinte gru-pos de trabalho diferentes abran-gendo uma ampla variedade deassuntos, desde comércio eletrôni-co até política de navegação aérea,questões de fronteira e imigração,numa atividade que envolve diver-sas agências do governo america-no”.10 Gabinetes semelhantestambém foram organizados pelosgovernos canadense e mexicano.

Tais artifícios burocráticos sãocriados à margem das prescriçõesconstitucionais e geralmente têm afinalidade de invalidar o legítimopoder das autoridades nacionais elocais em várias questões. Assim, atendência é a de criar esses novosâmbitos de jurisdição que simples-mente surgem no sistema e sobre-pujam o poder das autoridades de-vidamente eleitas para tratar de as-suntos como: problemasambientais, gerenciamento da utili-zação do solo, etc. Esse tipo de ma-nobra solapa nossas estruturas tradi-cionais de governo e as substitui por

burocratas que nem sequer forameleitos. Pode-se perceber como taisartifícios contribuem para um regio-nalismo de blocos e, no fim, para aglobalização, à medida que inseremgradativamente um novo método defazer as coisas, método esse que eli-mina paulatinamente o antigo.

Conclusão

Corsi faz a seguinte citação deum documento da Força Tarefa:

A Força Tarefa tem a satisfação deoferecer orientação específica acerca damaneira pela qual se pode buscar a par-ceria e concretizá-la. Para tanto, a ForçaTarefa propõe a criação de uma Comu-nidade Norte-Americana até 2010, afim de aumentar a segurança, a prospe-ridade e as oportunidades. Nossa pro-posta de uma comunidade baseia-se noprincípio enunciado pelos três chefes degoverno na Declaração Conjunta demarço de 2005, ao afirmarem que “nos-sa segurança e prosperidade são mutua-mente dependentes e complementares”.Seus limites serão definidos por uma ta-rifa alfandegária comum e por um perí-metro externo de segurança, dentro doqual o movimento de pessoas, produtose capital será lícito, tranqüilo e seguro.Seu objetivo é garantir uma América doNorte livre, segura, justa e próspera.

Eles propõem, até mesmo, acriação de uma nova moeda paraentrar em circulação em toda a

América do Norte, a partir de2010, cujo nome seria Amero, à se-melhança do Euro. Quando se temnotícia de que uma União Norte-Americana passará a existir, tam-bém não é de se admirar que sejaessa, talvez, a razão pela qual o go-verno Bush não esteja tão preocu-pado com o “problema” da imigra-ção ilegal. Toda essa questão podeficar em sigilo até 2010. O queconstatamos, no atual momento, éa forma pela qual o regionalismode blocos abre caminho para a glo-balização final. Maranata! (Tho-mas Ice, Pre-Trib Perspectives)

Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-TribResearch Center em Lynchburg, VA (EUA).Ele é autor de muitos livros e um dos editoresda Bíblia de Estudo Profética.

Notas:1.Robert Congdon, “The European Union

and The Supra-Religion”. Ensaio apresen-tado no 14º Annual Pre-Trib Study Group,reunido em Dallas, TX, em dezembro de2005, publicado no site www.pre-trib.org/article-view.php?id=253.

2.Congdon, “The European Union”, p. 10-11.3.Congdon, “The European Union”, p. 9.4.Congdon, “The European Union”, p. 7.5.Congdon, “The European Union”, p. 11.6.Congdon, “The European Union”, p. 9.7.Jerome R. Corsi, “Bush sneaking North

American super-state without oversight?”,publicado no WorldNetDaily em 13 de ju-nho de 2006: www.worldnetdaily.com/-news/article.asp?ARTICLE–ID=50618.

8.Pode-se ler o anúncio oficial do governoamericano sobre a assinatura desse acor-do no seguinte endereço da internet:h t t p : / / u s i n f o . s t a t e . g o v / i s / A r c h i -ve/2005/Mar/23-209281.html.

9.Corsi, “Bush sneaking”.10.Corsi, “Bush sneaking”.

Recomendamos:

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O restabelecimento de Israel

Resposta: A Bíblia fala clara-mente do retorno de Israel à suapátria e que o povo se inclinará pa-ra seu Messias no final dos dias.Com a mesma clareza, a Bíblia in-dica uma volta do povo judeu parasua pátria em, no mínimo, duas fa-ses: a primeira acontece ainda naincredulidade. A segunda ocorrerána fé em Jesus Cristo, o Messias. Arespeito, lembro três passagens:

• Encontramos o texto mais níti-do em Ezequiel 37. Ali o profeta vêo grande vale com os ossos secos.Ele descreve simbolicamente o re-torno dos judeus à sua pátria emtrês fases:

1. Ouve-se um forte ruído, umabalo, que leva ao ajuntamento dosossos (v.7). Isso representa o sionis-mo a partir de 1870. Em seguida,por conseqüência da I Guerra

Mundial e do caso Dreyfus, porexemplo, muitos judeus retornaramà sua pátria.

2. Os ossos ajuntados são cober-tos de tendões, carnes e pele. Issosimboliza a fundação do Estado deIsrael em 1948. Israel tornou-se umorganismo próprio entre as nações.Mas, no final do versículo 8 está di-to claramente que ainda “não havianeles o espírito.

3. Se continuarmos lendo o livrode Ezequiel, constataremos que Is-rael receberá esse espírito quando oMessias voltar, isto é, no momentoem que reconhecer que o Senhor éseu Deus. Lemos em Ezequiel39.29: “Já não esconderei deles o ros-to, pois derramarei o meu Espírito so-bre a casa de Israel, diz o SENHOR

Deus”. A partir do momento emque voltar em glória, o Senhor nãoesconderá mais Seu rosto de Israel.Essa será a hora do renascimentoespiritual de Israel.

Realmente, a volta dos judeusdurante a época do sionismo, de1870 até hoje, foi um retorno semrenascimento. Theodor Herzl e osoutros líderes do povo judeu nãoeram crentes no sentido bíblico.

• A segunda passagem que indi-ca a volta inicial de Israel na incre-dulidade é Oséias 3.4-5: “Porque osfilhos de Israel ficarão por muitos diassem rei, sem príncipe, sem sacrifício,sem coluna, sem estola sacerdotal ouídolos do lar. Depois, tornarão os filhosde Israel, e buscarão ao SENHOR, seuDeus, e a Davi, seu rei; e, nos últimosdias, tremendo, se aproximarão do SE-NHOR e da sua bondade”. Nesse casotambém encontramos três etapas:

1. Os filhos de Israel ficarão pormuitos dias sem rei e sem príncipe(= sem governo), sem sacrifício (=sem sacerdócio). Foi o que se cum-priu a partir do ano 70 d.C. até oretorno em 1948.

2. O texto prossegue: “Depois,tornarão os filhos de Israel”. Esse éum retorno puramente físico: o po-

vo judeu voltará da dispersão parasua pátria.

3. “...tornarão... e buscarão aoSENHOR, seu Deus, e a Davi, seurei”. Isso acontecerá quando JesusCristo voltar, ou melhor: pouco an-tes dEle voltar. No meu entendi-mento, isso se dará durante a Gran-de Tribulação, no final dos dias. Is-so, por sua vez, combina comZacarias 12.10-14: naquele dia, eles“olharão para aquele a quem traspas-saram” e cada família, cada tribo,em Israel se arrependerá.

• A terceira passagem relaciona-da ao tema é Jeremias 33.7-8.

1. O versículo 7 diz sobre o re-torno de Israel na incredulidade:“Restaurarei a sorte de Judá e de Is-rael e os edificarei como no princípio”.Também nesse texto temos a mes-ma situação: isso aconteceu desde aépoca do sionismo até nossos dias.

2. Lemos no versículo 8: “ Puri-ficá-los-ei de toda a sua iniqüidadecom que pecaram contra mim; e per-doarei todas as suas iniqüidades comque pecaram e transgrediram contramim”. Da mesma forma: primeiroacontece o retorno à terra na incre-dulidade e depois ocorre a purifica-ção espiritual, ou seja, o renasci-mento e o perdão dos pecados con-forme Romanos 11, quando oSenhor voltar a Sião e apartar asimpiedades do povo (v. 26). Nãovemos contradições bíblicas no re-torno dos judeus à sua pátria, quepresenciamos atualmente. Pelocontrário, ele revela um cumpri-mento admirável e grande precisão.

Aguardamos ansiosamente abreve volta do Senhor Jesus Cristo,para que essas verdades bíblicaspassem à história. (Norbert Lieth)

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Pergunta: “A questão do retorno de Is-rael à sua terra como povo secular ouconvertido ao Senhor tem levantadomuitas dúvidas. Pergunto se há umacontradição entre a profecia de Moisés(Deuteronômio 30.1-20) e as afirma-ções dos profetas Ezequiel (capítulo36.24-28 e capítulo 37) e Zacarias (ca-pítulo 12.9ss.). Considero que a restau-ração de Israel como Estado e comopovo na terra dos antepassados bíblicosé um milagre de Deus. Entretanto, emgrande parte Israel voltou como um po-vo secular, que pouco se distingue dasdemais nações. Isso não tem mudadosignificativamente desde a proclamaçãodo Estado em 1948. Mesmo assim,após a proclamação do juízo em Deute-ronômio 28, Deus anunciou Sua miseri-córdia e, em Deuteronômio 30, prome-teu uma nova aliança ao povo que retor-naria do exílio dentre todas as terras etodas as nações e, então, estaria dis-posto ao arrependimento. Podemosconcluir, portanto, que a disposição aoarrependimento é a condição estabele-cida por Deus para o restabelecimentode Israel e o retorno do povo?”