ENTREVISTA:Fortalecendo o ciclo de confiança com seus clientes.

CFMinforma

Edição nº 52 | Outubro 2010

CFM Informa - A profissionaliza-ção que hoje atinge os diferentes elos da cadeia de produção da pecuária no Brasil, ao que parece é um processo que não tem mais volta. Na condição de empresá-rio do setor como você enxerga o cliente de pecuária?

[Miguel] - Eu acredito que o pecua-rista está cada vez mais profissional. Isso é um caminho sem volta. Ob-servamos isso no dia-a-dia do nosso trabalho. Cada vez há mais gente interessada em aprender, melhorar, avançar. A recente pesquisa desen-volvida pela ABMRA também com-provou isso. Até mesmo parcela im-portante de pecuaristas tradicionais estão buscando mais informação e mais eficiência.

CFM Informa - As tecnologias nas áreas de difusão e controle da informação dentro do ambiente corporativo fizeram da comunica-ção um ponto estratégico para a tomada de decisão das empresas, e isso não está sendo diferente no campo. O que você espera do fu-turo da comunicação entre empre-sas, clientes e fornecedores?

[Miguel] - Eu espero que a comu-nicação se torne cada vez mais rá-pida e onipresente. Há 15 anos era muito difícil ter uma fazenda com telefone. Era caro, sinal ruim, muito complicado. Hoje em praticamente todo o Brasil pega sinal de celular. É possível falar no telefone de cima de um cavalo. E a internet também chega onde temos celular. Isso vai ajudar muito, em especial os que es-tão mais distantes. Cada dia é mais fácil para um produtor do interior do Brasil estar tão bem informado como

alguém que mora na cidade de São Paulo. Ou seja, é possível estar mui-to bem informado e ainda aproveitar da qualidade de vida no campo.

CFM Informa - De maneira geral como está o grau de profissionali-zação das empresas do agronegó-cio e sua interação com os forne-cedores e parceiros? Comente.

[Miguel] - Eu acredito que está me-lhorando muito. Estamos evoluindo muito. A concorrência é o fator que mais acelera isso. E o homem do campo tem cada vez mais contato com a cidade. Não existe mais essa separação. Com isso, quem está no campo, tem mais contato com em-presas de outros setores que aten-dem muito bem o cliente. Nem todas é claro. Isso aumenta a exigência, eleva o padrão. Essa interação vai ser mais forte, pois será uma forma de aumentar a integração cliente e empresa. Facilitando a entrega de um produto que atende as deman-das do cliente. Com a maior facili-dade de comunicação, as empresas conseguem entender melhor o que o cliente quer e entregar isso.

CFM Informa - Se consideramos que as relações entre empresas e fornecedores estão cada vez mais complexas, o que muda em termos de necessidades para estabelecer um plano de comunicação eficien-te com o cliente? O que mudou nos últimos tempos?

[Miguel] - A quantidade de informa-ção é cada vez maior. Daí a necessi-dade de um filtro, de uma seleção do que é mais importante. Aqui no Be-efPoint não tentamos publicar tudo, mas apenas o que é mais importante e mais relevante. Do lado das empre-sas, essa avalanche de informação torna cada vez mais difícil fazer uma comunicação em que você se preo-cupa apenas em vender seu produto. Hoje, a melhor forma de promover é ensinar algo útil ao seu cliente. Ofe-recer conteúdo relacionado ao seu negócio e que interesse seu cliente. Oferecer informações que facilitem a vida do cliente e promovam melho-ra de desempenho. Eu tenho a CFM como um exemplo de sucesso nessa estratégia. A empresa vem oferecen-do, desde 2009, conteúdo de exce-lente qualidade sobre como melho-rar a produção de bezerros de corte. E faz isso contando sua própria ex-

periência na criação de bezerros. Eu acho que esse é um caminho muito promissor.

CFM Informa - O Beefpoint lançou o “My Point”, onde a CFM tem o espaço CFM My Point 2.0. Como tem sido sua experiência com esta nova ferramenta de comunicação eletrônica e qual tem sido a rea-ção do mercado?

[Miguel] - Esse é um produto inova-dor e como toda inovação tem uma curva de adoção. Há sempre quem é mais (ou menos) adepto a conhecer, provar e usar coisas novas. Quem usa sai na frente e obtém melhores resultados. Estamos muito satisfei-tos com o resultado atual. Hoje o MyPoint já é a seção mais visitada em todos os nossos quatro portais, isso nos surpreendeu muito. E me-lhor ainda, cada dia temos mais gen-te usando. E o feedback (retorno) de quem usa é muito bom. Isso nos ani-ma. E em breve vamos lançar mais novidades.

CFM Informa - De maneira geral o setor de pecuária de corte vive um ano de preços aquecidos e recu-peração nas vendas para o exte-rior. Qual a sua expectativa com relação a continuidade desse ce-nário nos próximos meses?

[Miguel] - Estou voltando de dois eventos internacionais sobre mer-cado mundial de carne bovina, no Uruguai e Argentina. As perspecti-vas para o Brasil não poderiam ser melhores. O mundo volta a crescer, deixando para trás a crise de 2008-9, e com esse crescimento da econo-mia, consome cada vez mais carne bovina. E a questão é que todos os países que produzem carne bovi-na estão com dificuldades de cres-cer sua produção. Ou seja, o Brasil está numa posição muito favorável de atender o mercado mundial. E essa situação de demanda crescen-do mais que oferta favorece preços firmes. Além de tudo isso, vemos o mercado interno muito aquecido, consumindo muito. O cenário para a pecuária é de preços firmes. É possí-vel que em dezembro-10 e janeiro-11 haja maior escassez de animais para abate, mas não acredito em grandes altas, mas acho altamente imprová-vel termos queda de preços. O pano-rama é de um mercado relativamen-te estável no patamar atual.

A onda tecnológica que transforma a vida e os negócios no campo

PALAVRA DO CLIENTE

O médico João Eduardo Mascia, desde 1988, está à frente dos negó-cios de duas fazendas da família: A Fazenda Vale da Represa, em Pa-ranaiguara (GO) e a Fazenda Flor da Mata, em Araguaína (TO), onde eram mantidos rebanhos das raças Angus e Nelore.Leitor assíduo de publicações (jor-nais, revistas, sites) especializadas em pecuária de corte, Mascia conta

que, no ano de 1997, olhava uma matéria sobre genética bovina, onde encontrou um trecho que falava so-bre o trabalho de seleção da Agro-Pecuária CFM. “O texto falava que a empresa tinha uma tradição de mais de 80 anos no mercado de pro-dução da pecuária de corte, espe-cialmente na seleção do gado Nelo-re”, relembra o produtor, que nesse momento diz ter decidido procurar a CFM para conhecer mais sobre o projeto. “Fiquei impressionado com o que li sobre o nível de profissiona-lismo e de seriedade da empresa e, desde o primeiro atendimento, senti que não me arrependeria de nego-ciar com a CFM”, relata.Já se passaram 14 anos desde o primeiro contato e João Eduardo pa-rece mesmo não ter se arrependido. Neste tempo, o produtor incorporou ao rebanho das duas fazendas, que trabalham a criação em regime de ci-clo completo (cria, recria e engorda), 118 touros Nelore CFM, tanto parti-cipando como comprador no Mega-leilão e na Megaloja, ou na venda di-reta nas fazendas da CFM. Entre os

Nós preferimos:

vários projetos em desenvolvimento, Mascia tem apreço especial pelo cru-zamento industrial que faz utilizando a moderna técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e no último ano, o médico adquiriu doses de sêmen do premiado 'CFM Liners', hoje em coleta na CRV Lagoa, cen-tral de coleta e venda de sêmen, em Sertãozinho (SP). O tratamento diferenciado, com téc-nicos especialistas que dão todo o suporte necessário para o parceiro, além da qualidade genética da CFM, comprovada pelo CEIP - Certificado Especial de Identificação e Produ-ção – outorgado pelo Mapa, fazem com que cada vez mais clientes pro-curem a empresa. João Mascia ad-mite, com orgulho, que, sempre que possível, indica a CFM para outros pecuaristas. “Sempre aparece um ou outro amigo pecuarista descontente ou interessado em investir no melho-ramento genético do rebanho. Quan-do acontece isso, não tenho dúvi-das. Sempre indico a CFM, porque sei que não tem erro. Até hoje, todos ficaram satisfeitos com a dica”.

“Sempre indico a CFM, porque sei que não tem erro”

João Mascia, pecuarista de Parainaiguara (GO), e Lourival (capataz da CFM)

0800 127111

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MERCADO

Miguel da Rocha Cavalcanti - BeefPoint

DICA DE MANEJO CFM

Após seis meses de forte estiagem e calor, o que trouxe grande dimi-nuição da reserva de pasto usado na alimentação do gado, os próxi-mos meses sinalizam a volta das chuvas e, com isso, o pecuarista já começa a planejar outra etapa de fundamental importância na criação: a estação reprodutiva. Qual a melhor maneira de se fazer isso? Para especialistas, a primeira coisa a ser feita é verificar as con-dições gerais dos lotes de fêmeas, onde se avalia, por exemplo, a condi-ção corporal das matrizes, que ainda passam pela recuperação do estres-se causado pela seca e precisam em-prenhar novamente.Gabriela Giacomini, coordenadora do Programa Montana, explica que, mesmo durante a amamentação as vacas não podem estar numa condi-ção corporal abaixo do normal, já que isso pode promover o aparecimento de problemas. Assim é preciso que se tenha um cuidado especial com o manejo nutricional dessas matrizes, a fim de se evitar problemas, como o não aparecimento de cio.Outra preocupação recai sobre os futuros pais da nova safra que será gerada, seja pelo método da insemi-nação artificial ou na monta natural. A inspeção nos touros para verificar sua condição física, idade, e, princi-

palmente, o exame andrológico é o primeiro passo, pois essa é a hora certa de refazer todos os exames para verificar se há ou não a necessi-dade de efetuar reposição.Ainda segundo Giacomini, feito o an-drológico, é possível precisar a quan-tidade de touros que cada proprie-dade precisa para trabalhar com a vacada ou para o repasse. Com esse número em mãos, o pecuarista deve procurar um fornecedor de touros confiável, com tradição no mercado, que produza touros verdadeiramente melhoradores, como a CFM. “Os tou-ros devem possuir avaliação genética

Cuidados na hora de preparar a próxima estação de monta

completa e CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção), que ga-rante o valor genético do animal. “Re-gistro de associação não é garantia de valor genético, apenas de fenótipo dentro dos padrões da raça”, diz. Isso porque, além de produtivo, um touro tem que ser provado, e isso apenas a avaliação genética e o CEIP podem garantir. “Quem quer encontrar o touro certo para atingir os objetivos deve entrar em contato com os técnicos da CFM. Eles sabe-rão analisar cada caso e indicar os melhores animais para cada proprie-dade”, finaliza Giacomini.

Depois de atravessar um período de baixas sistemáticas motivadas prin-cipalmente pelo fechamento do mer-cado por causa da crise mundial, as exportações brasileiras de carne bo-vina estão novamente retomando o caminho da recuperação. Entre janei-ro e julho de 2010 os embarques de carne bovina somaram mais de US$ 3,2 bilhões, número 25% maior que o registrando no mesmo período de 2009, quando as vendas contabiliza-ram US$ 2,6 bilhões.Outro dado que atesta essa reabertu-ra parcial do mercado mundial para os produtos brasileiros é o que mostra o volume de carne exportada em equi-valente carcaça. Até agosto de 2010 foram embarcadas 873 mil toneladas, volume 6% maior que as 821 mil tone-ladas exportadas em igual período do ano passado. Esses números estão ligeiramente acima da projeção feita para este ano, que apontava tendên-cia de crescimento de 20% no valor e 5% no volume exportado pela cadeia produtiva de carne brasileira.Segundo Fernando Sampaio, coor-denador de sustentabilidade da As-sociação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a curva ascendente das vendas exter-nas no primeiro semestre de 2010 é o reflexo do cenário mercadológico global favorável e da retração de al-guns ‘players’ mundiais que sofrem com problemas climáticos e o esgo-tamento da produção. “Entretanto, ainda falta muito para voltarmos ao patamar de exportação do período pré-crise mundial”, salienta.

Para Sampaio, 2008 foi um ano ex-cepcional que foi quebrado por causa da crise. Já 2010 está servindo para a recuperação do setor de maneira geral e já se pode ver um mercado voltando à estabilidade. “Isso projeta um mercado de crescimento em rit-mo moderado para o último trimestre deste ano e para 2011”, diz.José Vicente Ferraz, diretor técnico da consultoria AgraFNP, enxerga um cenário bastante animador para as exportações brasileiras. Para isso, ele se baseia na falta de concorren-tes à altura de competir com o produ-to brasileiro no mercado global. No entanto, o especialista alerta para a situação do câmbio desfavorável e a baixa procura do mercado europeu por carne importada. “Atualmente te-mos pouca concorrência lá fora. Pa-

Exportação de carne bovina reage, mas especialistas ainda pedem cautela ao produtor

íses tradicionalmente exportadores, como Argentina e Austrália, atraves-sam uma fase de baixa competitivi-dade no mercado externo devido a problemas climáticos, geográficos e até políticos”, afirma. Ferraz concorda com o colega da Abiec ao também prever um cres-cimento moderado nas vendas ex-ternas brasileiras, apesar da gran-de euforia que toma conta do setor quando alguns nichos de mercado sinalizam interesse em voltar a com-prar a carne brasileira. “Nossa gran-de consumidora, a Rússia, deu uma esfriada nas importações. Outros compradores nossos, como o Orien-te Médio, estão bem abastecidos. Sendo assim, ainda não temos mui-to espaço para mais um crescimento acelerado”, finaliza.

Fernando Sampaio - Coordenador de Sustentabilidade da (ABIEC)

Touros CFM na Fazenda São Francisco, Magda (SP)

Touros Nelore e Montana a venda

Leilão Virtual CFM 2010

AGENDA

Está aberta a temporada de venda direta de touros Nelore e Montana nas fazen-das da Agro-Pecuária CFM, maior proje-to especializado na produção de touros CEIP (Certificado Especial de Identifica-ção e Produção) do país. São mais de 1.000 touros, todos com altos índices CFM em oferta, classificados entre os TOP 25% da safra 2008 do programa de

seleção da CFM. A venda direta mantém um importante benefício comercial ofe-recido aos clientes do Megaleilão, que é o frete rodoviário gratuito para qualquer localidade do país na compra de cargas fechadas (16 ou 24 touros). Informações adicionais ou para agendar visitas ligue para o telefone 0800 127 111 ou e-mail: faleconosco@agrocfm.com.br.

Marque na sua agenda, dia 15 de no-vembro acontece o Leilão Virtual CFM 2010, com oferta de 150 touros pelo Canal do Boi a partir das 20:30hs. Mais informações sobre o Leilão Vir-tual CFM 2010 podem ser obtidas pela central de atendimento: telefo-ne 0800 127 111 ou ainda pelo e-mail faleconosco@agrocfm.com.br