centros de compra[1]

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO PS-GRADUAO EM ILUMINAO E DESIGN DE INTERIORES

ILUMINAO DE CENTROS DE COMPRAS E NVEIS DE ILUMINNCIA RECOMENDADOS PELA NORMA ABNT NBR 5413

CRISTIANO DE SOUSA NASCIMENTO

BRASLIA MARO 2006

CRISTIANO DE SOUSA NASCIMENTOAluno do Curso de Ps-graduao em Iluminao e Design de Interiores da Universidade Castelo Branco

ILUMINAO DE CENTROS DE COMPRAS E NVEIS DE ILUMINNCIA RECOMENDADOS PELA NORMA ABNT NBR 5413

Trabalho monogrfico de concluso do curso de especializao em iluminao e design de interiores, apresentado UCB como requisito para a obteno do ttulo de Especialista em Iluminao e Interiores, sob a orientao do Prof. Nelson Alexandre Ruscher, MSc.

BRASLIA MARO 2006

ILUMINAO DE CENTROS DE COMPRAS E NVEIS DE ILUMINNCIA RECOMENDADOS PELA NORMA ABNT NBR 5413

Elaborado por Cristiano de Sousa Nascimento Aluno do Curso de Ps-graduao em Iluminao e Design de Interiores da UCB

Foi analisado e aprovado com grau:

Braslia ,

de

de 2006.

Prof. Jos Valdez F. de Souza, Esp. - Co-orientador

Prof. Glucia Yoshida, MSc.

Prof. Nelson Alexandre Ruscher, MSc. Orientador

Braslia, junho de 2006 ii

Dedico este trabalho minha famlia, principalmente aos meus pais, que sempre estiveram presentes me apoiando na

formao pessoal e profissional.

iii

Agradecimentos

minha famlia que sempre me apoiou, dando todas as condies para a elaborao desta pesquisa;

Aos

professores

do

curso

que

ao

compartilhar os seus conhecimentos nos auxiliaram a trilhar o caminho da pesquisa;

Aos colegas sempre presentes e combativos, pelo companheirismo e auxlio durante o curso, em especial Ivana e Bianca. iv

"A coisa mais indispensvel a um homem reconhecer o uso que deve fazer do seu prprio conhecimento. Plato (427-347 A.C.) v

RESUMO

O projeto de iluminao artificial em centros de compras no vem sendo tratado na arquitetura contempornea brasileira com a merecida importncia enquanto elemento fundamental na qualificao de espaos que

necessariamente revestem-se de carter cnico ao criar atmosfera propcia a compras, lazer e permanncia prolongada. Esse trabalho uma contribuio no estudo da iluminao artificial comumente adotada na prtica profissional em ambientes de Shopping Centers, tratados sob a denominao de Centros de compras, de forma comparativa ao disposto pela norma ABNT NBR 5413. Objetivou-se identificar os tipos de dispositivos de iluminao bem como os nveis de iluminamento adotados nestes estabelecimentos. Para isso foram realizadas medies de iluminncia in loco de quatro Centros de compras na rea de influncia do Plano Piloto de Braslia, Distrito Federal, seguindo o disposto na norma ABNT NBR 5382, contextualizando o papel da luz frente ao espao arquitetnico dos centros de compras atuais.

Palavras-chave: ergonomia, luminotcnica, iluminao, iluminao artificial, shopping center, centro de compras, NBR 5413.

NASCIMENTO, Cristiano de Sousa Ttulo Orientador . Braslia: UCB/Ps-graduao em iluminao e design de interiores, 2006. Dissertao (Especialista em Iluminao e Design de Interiores).

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ABSTRACTThe artificial lighting design in shopping centers has not been addressed in the contemporary brazilian architecture with the importance it deserves. As a fundamental element in the qualification of spaces, the artificial lighting design necessarily has a cenical personality that creates a proper atmosphere for shopping, leasure and prolonged staying. This paper focus the artifical lighting commonly adopted in the professional practice regarding Malls' environment, addressed here as Shopping Centers, as determined by ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) NBR (Norma Brasileira) 5413. It aims to identify the types of lighting mechanisms and the levels of illuminance adopted in these facilities. In order to do this, we have measured the

illuminance in four Shopping Centers in the Plano Piloto area, in Braslia, Distrito Federal, according to the dispositions of ABNT NBR 5382, by putting the role of the light into perspective in terms of Shopping Centers' architectural space known these days.

vii

SUMRIORESUMO ABSTRACT LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS vi vii x xi

1-INTRODUO 1.1- JUSTIFICATIVA 1.2- OBJETIVO 1.3- DELIMITAO DA PESQUISA 1.4- ESTRUTURA DA PESQUISA 2- LUMINOTCNICA 2.1- LUZ E GRANDEZAS 2.2 LUZ E FISIOLOGIA 2.3- LUZ E SENSAES 2.4- LUZ E EQUIPAMENTOS 2.5- PROJETOS LUMINOTCNICOS 3- CENTROS DE COMPRAS 3.1- HISTRICO 3.2- TIPOLOGIAS 3.3- ILUMINAO COMERCIAL 4- NORMAS ABNT 4.1- NORMAS ABNT E ILUMINAO 5- METODOLOGIA PROPOSTA 5.1- DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES viii

01 02 03 04 04 05 05 18 24 27 42 45 45 47 49 55 57 61 63

6- ANLISE DOS LEVANTAMENTOS 6.1- BRASLIA SHOPPING 6.2- CONJUNTO NACIONAL DE BRASLIA 6.3- PARK SHOPPING 6.4- PTIO BRASIL SHOPPING 7- CONSIDERAES FINAIS REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ANEXOS

67 67 69 71 73 76 81 83

ix

LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - ESPECTRO ELETROMAGNTICO 05

FIGURA 2 - CURVA INTERNACIONAL DE LUMINOSIDADE ESPECTRAL RELATIVA 08 FIGURA 3 - COMPOSIO DAS CORES RGB FIGURA 4 TEMPERATURA DE COR FIGURA 5 NDICE DE REPRODUO DE COR E LMPADAS OSRAM FIGURA 6 - FLUXO LUMINOSO FIGURA 7 INTENSIDADE LUMINOSA FIGURA 8 ILUMINNCIA FIGURA 9 LUMINNCIA 09 10 11 12 13 14 14

FIGURA 10 - CURVA FOTOMTRICA NOS PLANOS TRANSVERSAL E LONGITUDINAL 15 FIGURA 11 EFICINCIA LUMINOSA FIGURA 12 ESTRUTURA DO OLHO HUMANO FIGURA 13 NVEIS DE CONTRASTES FIGURA 14 GLNDULA PINEAL FIGURA 15 LMPADA INCANDESCENTE FIGURA 16 LMPADAS HALGENAS FIGURA 17 LMPADAS FLUORESCENTES E FLUORESCENTES COMPACTAS FIGURA 18 LMPADAS DE DESCARGA (ALTA E BAIXA POTNCIA) FIGURA 19 NOVAS SOLUES DE ILUMINAO EM LEDs FIGURA 20 NOVAS SOLUES DE ILUMINAO EM FIBRA TICA FIGURA 21 CONTROLES DE AUTOMAO DE ILUMINAO FIGURA 22 - APROVEITAMENTO DE ILUMINAO NATURAL DIFUSA FIGURA 23 - CONCEITO DE BIO-LIGHT FIGURA 24 LUXMETRO x 33 36 38 38 41 52 54 63 16 18 19 22 28 31

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 NDICE DE REPRODUO DE COR (IRC) TABELA 2 - RADIAES ULTRAVIOLETAS TABELA 3 EFEITOS PSICOLGICOS DAS CORES TABELA 4 ILUMINNCIAS POR CLASSE DE TAREFAS VISUAIS TABELA 5 FATORES DETERMINANTES DA ILUMINNCIA ADEQUADA

06 11 24 58 58

xi

1.INTRODUOA arquitetura contempornea brasileira tem avanado tecnicamente nos ltimos anos, buscando diminuir a distncia entre a prtica nacional e os projetos elaborados em pases mais desenvolvidos. Nessa busca pela qualidade e utilizao de tecnologias atuais e novas solues, os projetos de iluminao artificial infelizmente no tm recebido a mesma ateno, especialmente na iluminao de espaos comerciais. Iniciativas pontuais comeam a surgir por meio principalmente das indstrias de iluminao que vislumbram na formao do profissional luminotcnico o melhor caminho para a divulgao dos seus produtos. Contudo necessrio que o valor da iluminao, tanto artificial quanto natural, seja reconhecido e resgatado no processo de projetos comerciais, notadamente no caso de centros de compras que objetivam por sua natureza a criao de atmosfera quase teatral, propcia a compras, lazer e permanncia prolongada. A luz deve ser entendida como meio de composio e caracterizao dos espaos, uma ferramenta importante de ambientao e de interferncia nas solues arquitetnicas adotadas, diante da sua capacidade de influenciar cenicamente as cores, volumes, materiais e a percepo do espao de forma geral.

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1.1.JUSTIFICATIVAA importncia do estudo da iluminao artificial em centros de compras ou shopping centers pode ser entendida ao se perceber estes espaos como o lugar cada vez mais consolidado de convivncia da sociedade urbana contempornea, tentando se apropriar do valor simblico antes ocupado pelas praas das cidades tradicionais. Em que pese a polmica da criao de espaos de segregao social, as cidades modernas cada dia prezam mais espaos que ofeream segurana e exclusividade classe mdia e alta. nesse contexto que os centros de compras acabam por cumprir o papel do local de encontro e lazer, alm da funo primordial de centro de compras, destacando-se como conseqncia os longos perodos de permanncia nesses ambientes, com potencial ainda no devidamente estudado de interferncias psicolgicas e fisiolgicas no usurio de longa permanncia. importante destacar que a iluminao artificial pode ser analisada por meio de trs aspectos fundamentais: tcnico, psicolgico e fisiolgico. Tcnico enquanto utilizao dos equipamentos e recursos disponibilizados pela indstria com ateno para a eficincia energtica e nveis de iluminncia adequados, psicolgico enquanto forma de influenciar na percepo do ambiente, interferindo no estado emocional do usurio, e fisiolgico, enquanto atendimento do conforto visual e componente importante no funcionamento do ritmo biolgico do ser humano, notadamente no aspecto do ciclo circadiano.

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Assim a adoo de metodologias e tcnicas eficientes de projetao luminotcnica em centros de compras reflete-se na otimizao dos equipamentos utilizados a partir de um processo de especificao coerente e bem direcionado, na utilizao de nveis de iluminncia adequados ao ambiente, na economia energtica, no dilogo entre as solues adotadas, expectativas dos usurios e demandas dos proprietrios, influenciando psicologicamente de forma positiva a atividade desenvolvida no mbito das compras, vendas e lazer.

1.2.OBJETIVOEste trabalho tem como objetivo contribuir na anlise destes aspectos na iluminao artificial em ambientes de centros de compras ou shopping centers, de forma a identificar-se a existncia de algum padro de iluminao adotada na prtica profissional. Para isso foi realizado estudo de casos na rea do Plano Piloto de Braslia, comparando de forma crtica os resultados obtidos com as recomendaes tcnicas da norma ABNT NBR 5413, observando-se a sua validade ou a necessidade de modificaes dos parmetros tcnicos existentes.

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1.3.DELIMITAO DA PESQUISAA pesquisa de campo realizada para a realizao deste trabalho baseou-se no estudo de casos de reas comuns de quatro centros de compras de grande porte localizados na rea do Plano Piloto de Braslia. A concentrao dos levantamentos nas reas comuns sem incluso das lojas em si objetivou a melhor apreenso dos padres de utilizao utilizados e viabilizar uma anlise comparativa das solues adotadas pelos diversos empreendimentos.

1.4.ESTRUTURA DA PESQUISAA pesquisa desenvolvida est organizada em seis captulos temticos. Nos trs primeiros captulos abordada a fundamentao terica discorrendo sobre o fenmeno da luz e seus aspectos fisiolgicos, psicolgicos e tcnicos, os projetos de iluminao, os sistemas de iluminao, histrico, tipologias e tendncias de iluminao de centros de compras, alm de consideraes sobre a ABNT. Os captulos seguintes trazem a metodologia de trabalho proposta, o desenvolvimento das atividades e a anlise dos resultados obtidos. O stimo captulo trata das consideraes finais acerca do levantamento de campo em contraposio ao disposto pela norma ABNT NBR 5413, incluindo recomendaes quanto convenincia de permanncia ou alterao de aspectos da norma, ou ainda a adequao dos sistemas de iluminao atualmente utilizados pelos empreendimentos.

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2.LUMINOTCNICAA aplicao satisfatria dos princpios luminotcnicos depende da compreenso dos fenmenos de formao e percepo da luz nos seus aspectos fisiolgicos, psicolgicos e de aplicao tcnica.

2.1.LUZ E GRANDEZASA norma NBR 5413 define a luz como uma potncia radiante que produz sensao visual ao estimular o olho humano (ABNT,1991). Luz tambm a designao dada radiao eletromagntica que ao penetrar no olho humano produz a sensao de claridade, sendo responsvel pelo transporte de todas as informaes visuais que recebemos (NETO,1982). Dentre as infinidades de tipos de ondas produzidas na natureza a faixa localizada entre 380 e 780 nanmetros, acima da radiao ultravioleta e abaixo da radiao infravermelha, que tm a capacidade de estimular a retina do olho humano produzindo a sensao luminosa (MOREIRA, 2001).

FIGURA 1 - ESPECTRO ELETROMAGNTICOFonte: OSRAM (2003), P.2

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As radiaes infravermelhas, invisveis ao olho humano, se caracterizam pela sua carga trmica, tendo uso na medicina, na preparao de alimentos e em sistemas militares de rastreamento trmico. As radiaes ultravioletas, tambm invisveis ao olho humano, por sua vez caracterizam-se pela elevada atividade qumica, interferindo na estabilidade cromtica de tintas, tecidos e plsticos e na excitao fluorescente de algumas substncias e classificada como UV-A, UV-B e UV-C (MOREIRA, 2001). A radiao ultravioleta do tipo UV-A (luz negra) no age perniciosamente sobre a pele humana mas possui grande efeito em material fotogrfico, de reproduo e heliogrfico. A radiao ultravioleta do tipo UV-B (ultravioleta intermediria) possui alta atividade pigmentria na pele humana e participa nos processos metablicos de formao da vitamina D. A radiao ultravioleta do tipo UV-C (ultravioleta remota ou germicida) afeta a viso humana produzindo irritao nos olhos e tem ao germicida. DENOMINAO COMPRIMENTO DE ONDA 310 a 400 OBTENO Luz solar e Vapor Mercrio Alta Presso Vapor de Mercrio Alta Presso Lmpada vapor Mercrio Lmpada Fluorescente Tubo Quartzo sem Fsforo

(UV-A) prximo

(UV-B) intermedirio

280 a 310

(UV-C) remoto

200 a 300

TABELA 1 - RADIAES ULTRAVIOLETAS Fonte: ALVES (2001), P.5.

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2.1.1.Reflexo, transmisso e absoro da luzAo se iluminar uma superfcie opaca, por exemplo, uma parte do fluxo luminoso refletida, outra atravessa a superfcie transmitindo-se ao outro lado, e outra parte absorvida pela prpria superfcie. Portanto o fluxo luminoso pode dividir-se em trs partes, definindo trs fatores: refletncia, transmitncia e fator de absoro. A refletncia (fator de reflexo) a relao entre o fluxo luminoso refletido por uma superfcie e o fluxo luminoso incidente sobre ela, sendo um valor dado em porcentagem. A transmitncia (fator de transmisso) a relao entre o fluxo luminoso transmitido por uma superfcie e o fluxo luminoso incidente. Analogamente, o fator de absoro a relao entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfcie e o fluxo luminoso incidente (MOREIRA, 2001).

2.1.2.Espectro de coresA radiao visvel percebida como impresso luminosa e como impresso de cor, mas o olho humano no igualmente sensvel a todas as cores do espectro visvel. Pode-se observar na curva internacional de luminosidade espectral relativa (figura 2) que a maior acuidade visual do olho humano para altos nveis de iluminncia (viso diurna ou fotpica) se d prximo da faixa de onda de 555 nanmetros, que corresponde ao amarelo-esverdeado. Para a faixa de onda do violeta e vermelho a acuidade do olho humano bastante reduzida. J para baixos nveis de iluminncia (viso

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noturna ou escotpica), h deslocamento da melhor acuidade para a faixa de 500 nanmetros, ou seja, para a cor verde.

FIGURA 2 - CURVA INTERNACIONAL DE LUMINOSIDADE ESPECTRAL RELATIVA - Fonte: OSRAM (2003), P.2

2.1.3.Luz e CoresDiferentemente do sistema cromtico de pigmentos, que considera como cores primrias o azul, amarelo e vermelho, a composio cromtica da luz se d pelas trs cores primrias vermelha, verde e azul, conhecido como sistema RGB (red, green, blue). A combinao das trs cores bsicas de luz permite a obteno da luz branca. A combinao de duas cores primrias produz as cores secundrias - magenta, amarelo e cyan e as trs cores primrias dosadas em diferentes quantidades permite obtermos outras cores de luz.

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As cores so formadas por trs atributos: matiz, saturao e luminncia subjetiva. Matiz o atributo que permite distinguir uma cor da outra, a sensao visual. A saturao a pureza de determinado matiz, que diminui medida que se tende ao branco. A luminncia subjetiva o atributo pelo qual um corpo parece ser mais ou menos luminoso que outro de mesmo matiz (MOREIRA,2001). Da mesma forma que surgem diferenas na visualizao das cores ao longo do dia (diferenas da luz do sol ao meio-dia e no crepsculo), as fontes de luz artificiais tambm apresentam diferentes resultados. As lmpadas incandescentes oferecem uma luz com baixa temperatura de cor (luz quente), reproduzindo melhor os tons de vermelho e amarelo do que as lmpadas fluorescentes de alta temperatura de cor (luz fria), que tendem a reproduzir com maior fidelidade as cores verde e azul.

FIGURA 3 - COMPOSIO DAS CORES RGB Fonte: OSRAM (2003), P.2

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2.1.4.Grandezas utilizadas em iluminaoA constatao, a aferio e o estudo comparativo de fontes de luz levam em considerao a sensibilidade espectral do olho humano e devem estar de acordo com os parmetros e definies pr-estabelecidos conforme a norma ABNT NBR 5461 Vocabulrio de Iluminao Terminologia. Seguem as principais grandezas e unidades utilizadas pela luminotcnica atual.

2.1.3.1.Temperatura de Cor (K) a medida cientfica do equilbrio dos comprimentos de onda encontrados em qualquer luz branca. A temperatura de cor ou cromatricidade expressa em Kelvins (K) e costuma-se considerar que uma temperatura de cor mais alta (cerca de 6000 K ou mais) descreve uma fonte de luz azulada, visualmente fria. A temperatura de cor de aproximadamente 3000 K corresponde a luz quente, de aparncia amarelada. A luz branca natural emitida pelo sol em cu aberto ao meio dia aproxima-se de uma temperatura de cor de 5800 K.

FIGURA 4 TEMPERATURA DE CORFonte: OSRAM (2003), P.7

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2.1.3.2.ndice de Reproduo de Cor (IRC ou RA)Pode ser entendido como um ndice utilizado para avaliar a capacidade da lmpada para representar com fidelidade a cor dos objetos. medida como um nmero abstrato variando de 0 (pior ndice) a 100 (melhor ndice). A capacidade da lmpada de reproduzir cores com fidelidade independe de sua temperatura de cor (K).

IRC Nvel 1 100 Nvel 2 80 60 40 20 Nvel 3 Nvel 4

Classificao / nvel 1a: 90