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CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA CRISTIANE FERNANDES JOÃO GABRIEL OLIVO LUCAS ZILNEYK MIKUSKA ESTUDO DE VIABILIDADE TCNICA E ECONO ̂ MICA PARA IMPLANTAÇÃ O DE SISTEMA DE REÚSO DE GUA PLUVIAL NO CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA CURITIBA 2018

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA

CRISTIANE FERNANDES JOÃO GABRIEL OLIVO

LUCAS ZILNEYK MIKUSKA

ESTUDO DE VIABILIDADE TECNICA E ECONOMICA PARA IMPLANTACAO DE SISTEMA DE REÚSO DE AGUA PLUVIAL NO CENTRO UNIVERSITÁRIO

CURITIBA

CURITIBA 2018

CRISTIANE FERNANDES JOÃO GABRIEL OLIVO

LUCAS ZILNEYK MIKUSKA

ESTUDO DE VIABILIDADE TECNICA E ECONOMICA PARA IMPLANTACAO DE SISTEMA DE REÚSO DE AGUA PLUVIAL NO CENTRO UNIVERSITÁRIO

CURITIBA

Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil do Centro Universitário Curitiba. Orientador: Prof.º Esp. Celso Valério Antunes

CURITIBA 2018

CRISTIANE FERNANDES JOÃO GABRIEL OLIVO

LUCAS ZILNEYK MIKUSKA

ESTUDO DE VIABILIDADE TECNICA E ECONOMICA PARA IMPLANTACAO DE SISTEMA DE REÚSO DE AGUA PLUVIAL NO CENTRO UNIVERSITÁRIO

CURITIBA

Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em

Engenharia Civil do Centro Universitário Curitiba, pela Banca Examinadora formada

pelos professores:

___________________________________ Prof.º Orientador – Esp. Celso Valério Antunes

___________________________________ Prof.º – Me. Marcelo Ludvich

___________________________________ Prof.ª – Me. Patrícia Fontana

Curitiba, 29 de novembro de 2018.

Aos nossos Pais e Familiares, por

estarem sempre presentes.

AGRADECIMENTOS

Ao longo desta grande caminhada, chegou-se ao término do trabalho, com a

contribuição de muitas pessoas e, neste momento, são lembradas com gratidão.

Aos funcionários do UNICURITIBA, em especial ao Julio Cesar

de Lara por estar sempre disposto e presente quando acionado;

Ao Engenheiro da SANEPAR Eduardo Massaki Ivamoto, por

contribuir com sua atenção e conhecimento técnico;

Aos Professores Edson Mantovan e Karime Smaka Barbosa

Rodrigues, por contribuírem com conteúdos e informações essências

para o desenvolvimento do estudo;

Ao Professor Orientador Celso Valério Antunes, pela dedicação, esforço

e empenho para a realização deste trabalho.

“Que todos os nossos esforços estejam sempre focados no desafio

à impossibilidade. Todas as grandes conquistas humanas

vieram daquilo que parecia impossível”.

(CHARLES CHAPLIN)

RESUMO

O uso de sistemas de aproveitamento de água pluvial vem sendo utilizado cada vez mais. Com os evidentes problemas de escassez, enchentes e aumento de tarifas esses sistemas se tornam ainda mais atrativos. O UNICURITIBA possui um grande potencial para a implantação deste sistema, devido a alta intensidade de chuvas na cidade e a sua grande área de captação. O presente estudo é com ênfase no reúso de água pluvial para fins não potáveis. Atualmente, para o consumo de água não potável a Instituição possui um sistema de abastecimento de água de poços de drenagem, existentes no subsolo -2 do bloco E. A SANEPAR é responsável pelo abastecimento de água potável e pela cobrança da água utilizada dos poços de drenagem. Desenvolvendo o estudo, inicialmente, levantou-se o consumo de água não potável utilizada pela Instituição através das faturas da SANEPAR, na sequência determinou-se os volumes do reservatório principal, reservatório de autolimpeza e reservatório superior, sendo que os três reservatórios irão suprir todo abastecimento de água não potável para a Instituição. Prosseguindo o estudo, dimensionou-se o sistema de bombeamento e o orçamento de todo o sistema. Para análise econômica, partiu do pressuposto que a implantação do sistema se inicie em janeiro de 2019 e termine em abril do mesmo ano, durando aproximadamente quatro meses, outra consideração é que a Instituição realiza o pagamento do sistema à vista. Com essas considerações encontrou-se a Taxa Interna de Retorno, Valor Presente Líquido e o Período de Retorno do Investimento. Com os resultados obtidos, chegou-se a conclusão que o sistema é viável tecnicamente e economicamente.

Palavras-chave: Água pluvial. Reúso. Viabilidade Técnica. Viabilidade Econômica.

ABSTRACT

The use of rainwater harvesting systems has been increasing. Due to the evident problems of shortages, floods, and the increasing in rates, these systems become even more attractive. UNICURITIBA has got a great potential for the implementing of this system, due to the high rainfall amounts in the city, and due to its large catchment area. The present study focuses on the nonpotable reuse of rainwater. Currently, there is a water supply system of drainage wells for nonpotable water on the -2 level, on the underground of the E building. SANEPAR is responsible for supplying potable water and for charging the water that is used from the drainage wells. During the development of this study, it was first verified the nonpotable water consumption of UNICURITIBA through checking SANEPAR invoices. After that, the capacity of the main reservoir were determined, as well as the capacity of the self-cleaning reservoir, and that of the upper reservoir. These three reservoirs are to supply all of the nonpotable water for the Institution. Continuing with the study, the pumping system was dimensioned, as well as the budgeting of the entire system. For the economic analysis it was considered that the implementing of the system will start in January 2019, and will be finished by April of the same year, taking about four months to be completed. It was also considered that UNICURITIBA will pay for this work all at once. Taking all this into account, we arrived at an Internal Return Rate, Present Net Value, and the Investment Return Period. Analysing the results it was concluded that the system is feasible both technically and economically.

Key words: Rainwater. Reuse. Technical Viability. Economic Viability.

LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Volume total de água no mundo ............................................................... 16

Figura 2 - Disponibilidade de água doce por cidadão ............................................... 17

Figura 3 - Ciclo Hidrológico ....................................................................................... 18

Figura 4 - Reservatório de autolimpeza com boia de nível ....................................... 26

Figura 5 - Rugosidade Relativa ................................................................................. 35

Figura 6 - Diagrama de Moody .................................................................................. 35

Figura 7 - Diagrama do Fluxo de Caixa ..................................................................... 47

Figura 8 - Vista Superior do UNICURITIBA ............................................................... 52

Figura 9 - Número de pessoas que frequentam o UNICURITIBA ............................. 55

LISTAS DE TABELAS Tabela 1 - Produção hídrica do mundo por região .................................................... 16

Tabela 2 - Coeficientes médios de Runoff ................................................................ 22

Tabela 3 - Coeficientes de rugosidade de Manning .................................................. 24

Tabela 4 - Capacidade de condutores horizontais .................................................... 24

Tabela 5 - Condutores verticais ................................................................................. 25

Tabela 6 - Comprimento equivalente para tubos (m) ................................................ 33

Tabela 7 - Exigências mínimas para o uso da água não potável .............................. 38

Tabela 8 - Critérios para uso não potável da água .................................................... 39

Tabela 9 - Frequência de manutenção do sistema ................................................... 40

Tabela 10 - Precipitação em Curitiba de 2007 a 2017 .............................................. 54

Tabela 11 - Consumo de água não potável em 2017 no UNICURITIBA ................... 54

Tabela 12 - Quantidade de Funcionários, Alunos e Docentes do UNICURITIBA...... 55

Tabela 13 - Precipitação média mensal em (mm) ..................................................... 56

Tabela 14 - Reservatório: Método de Rippl ............................................................... 57

Tabela 15 - Reservatório: Método da Simulação ...................................................... 58

Tabela 16 - Reservatório: Método Prático Australiano .............................................. 59

Tabela 17 - Descrição de Órgãos e Tabelas para orçamentos ................................. 61

Tabela 18 - Taxa de BDI ........................................................................................... 61

Tabela 19 - Tarifas do consumo não potável em 2017 ............................................. 62

Tabela 20 - Fluxo de Caixa ....................................................................................... 63

LISTA DE SIGLAS

ANA – Agência Nacional de Águas

BDI – Benefícios e Despesas Indiretas

CNRH – Conselho Nacional de Recursos Hídricos

NBR – Norma Brasileira

ONU – Organização das Nações Unidas

PAYBACK – Período de Retorno do Investimento

PURAE – Programa de Conservação e Uso Racional da Água nas

Edificações

PVC – Policloreto de Vinila

SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná

TIR – Taxa Interna de Retorno

TMA – Taxa Mínima de Atratividade

UNICURITIBA – Centro Universitário Curitiba

VPL – Valor Presente Líquido

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13 1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 14 1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 14 1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 14 1.4 LIMITAÇÃO DO ESTUDO ................................................................................... 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 16 2.1 ÁGUA DOCE ....................................................................................................... 16 2.2 CICLO HIDROLÓGICO ....................................................................................... 17 2.3 CAPTAÇÃO DA ÁGUA ....................................................................................... 21 2.3.1 Coeficiente de Runoff ....................................................................................... 22 2.3.2 Condução ......................................................................................................... 22 2.3.2.1 Dimensionamento de Calhas ........................................................................ 23 2.3.2.2 Dimensionamento de Condutores ................................................................. 24 2.4 DESCARTE DA PRIMEIRA CHUVA ................................................................... 25 2.4.1 Dimensionamento do Reservatório de Autolimpeza ......................................... 26 2.5 ARMAZENAMENTO ........................................................................................... 26 2.5.1 Dimensionamento do Reservatório Inferior ...................................................... 27 2.6 SISTEMA DE BOMBEAMENTO ......................................................................... 31 2.7 REÚSO DE ÁGUAS PLUVIAIS PARA FINS NÃO POTÁVEIS............................ 36 2.8 QUALIDADE DAS ÁGUAS PLUVIAIS ................................................................. 39 2.9 MANUTENÇÃO DO SISTEMA ............................................................................ 40 2.10 NORMAS E LEGISLAÇÕES ............................................................................. 40 2.11 ORÇAMENTO ................................................................................................... 44 2.12 ANÁLISE ECONÔMICA .................................................................................... 46 2.12.1 Fluxo de Caixa ............................................................................................... 46 2.12.2 Taxa Mínima de Atratividade .......................................................................... 48 2.12.3 Valor Presente Líquido ................................................................................... 48 2.12.4 Taxa Interna de Retorno ................................................................................ 50 2.12.5 Período de Retorno do Investimento .............................................................. 51 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS....................................................... 52 3.1 OBJETO DE ESTUDO ........................................................................................ 52 3.2 ÁREA DE ESTUDO ............................................................................................. 53 3.3 DADOS PLUVIOMÉTRICOS DE CURITIBA ....................................................... 53 3.4 HISTÓRICO DE CONSUMO ............................................................................... 54

3.5 CAPTAÇÃO E CONDUÇÃO ............................................................................... 55 3.6 RESERVATÓRIO INFERIOR .............................................................................. 56 3.7 RESERVATÓRIO DE AUTOLIMPEZA ................................................................ 60 3.8 RESERVATÓRIO SUPERIOR ............................................................................ 60 3.9 SISTEMA DE BOMBEAMENTO ......................................................................... 60 3.10 ORÇAMENTO DO SISTEMA ............................................................................ 61 3.11 ANÁLISE ECONÔMICA .................................................................................... 62 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 65 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 66 APÊNDICES ............................................................................................................. 73

13

1 INTRODUÇÃO

A utilização da água esta presente em todas as atividades desenvolvidas

necessárias para a evolução humana. É um recurso natural, vital e essencial para os

seres vivos. Com o crescimento populacional e o elevado índice de industrialização,

que agrava cada vez mais a poluição, o quadro de escassez se torna crítico nas bacias

hidrográficas com maiores índices de urbanização (GONCALVES, 2006). Segundo

May (2004), outros problemas que agravam a escassez de água são a periodicidade

do suprimento, a irregularidade do suprimento, o desmatamento, a poluição das

nascentes, falta de saneamento e má gestão.

Segundo Zatelli et al. (2008 apud ANDRADE, 2013) a Organização das Nações

Unidas (ONU) prevê que no ano de 2050 mais de 45% da população mundial não

poderá contar com a quantidade mínima individual de água para necessidades

básicas, pois à medida que as pessoas aumentam, a necessidade de abastecimento

também cresce, e o principal problema é que a quantidade de água no mundo não

aumenta.

Em termos globais, estima-se que o Brasil possui 12% da água doce disponível

no planeta, mas a má distribuição do recurso entre as diversas regiões brasileiras faz

com que o problema da falta de água não esteja ainda resolvido no país (ANA, 2018).

Em 2001 a população brasileira vivenciou um momento crítico de racionamento

de energia devido aos baixos níveis dos reservatórios de água de usina hidrelétricas.

Estima-se que a economia de água pode reduzir o consumo de energia em ate duas

vezes. Inicialmente, ha decréscimo de energia gasta nos processos de captação,

adução, tratamento e distribuição de água potável, e posteriormente, a menor

demanda permitiria que as hidrelétricas mantivessem seus reservatórios mais cheios

no período de estiagem (VIOLA, 2008).

Segundo o relatório pleno da ANA (2017), 48 milhões de pessoas foram

afetadas por secas ou estiagens no território nacional entre 2013 e 2016, ainda neste

período, foram registrados 4.824 eventos de seca com danos humanos.

Com o nítido problema da escassez hídrica no planeta, tornou-se fundamental

reduzir o seu consumo, utiliza-la racionalmente e priorizar formas sustentáveis. E de

suma importância gerenciar os recursos hídricos utilizados, para que estes atendam

às demandas, sem causar danos a saúde ambiental. Uma forma de se reduzir este

consumo é fazendo o reúso da água pluvial (DORIGON; TESSARO, 2010).

14

A concessionária que fornece água no UNICURITIBA é a Companhia de

Saneamento do Paraná (SANEPAR), que em 2017 reajustou a tarifa de água em

8,53% e informou que pelos próximos sete anos a tarifa terá um aumento de 2,11%

a.a. acrescidas de reajuste anual da inflação e correção monetária no período, com

base na taxa Selic (AGEPAR, 2017). Com este aumento da tarifa, fica ainda mais

evidente a importância de se implantar um sistema de reúso de água pluvial, evitando

consumos em que não há necessidade do uso de água potável, reduzindo custos com

a concessionária.

1.1 OBJETIVO GERAL

O presente trabalho tem como objetivo geral realizar um estudo de viabilidade

técnica e econômica visando implantar um sistema de reúso de água pluvial para fins

não potáveis no UNICURITIBA.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos da pesquisa são:

• Identificar o volume de água não potável utilizada pelo UNICURITIBA;

• Dimensionar os volumes de reservatórios e sistema de bombas;

• Analisar as plantas existentes para verificar a necessidade de redimensionar a

rede hidráulica;

• Realizar o orçamento do sistema de reúso;

• Avaliar se será economicamente viável a implantação do sistema e determinar

seu possível período de retorno de investimento.

1.3 JUSTIFICATIVA

Segundo Annecchini (2005), vários países enfrentam o problema da escassez

da água em decorrência do desenvolvimento desordenado das cidades, da poluição

dos recursos hídricos, do desperdício, do crescimento populacional e industrial, que

geram um aumento na demanda pela água, provocando o esgotamento desse

recurso.

15

O reúso da água pluvial minimiza o escoamento das mesmas nas zonas

impermeáveis como calçadas e ruas, evitando enchentes, além de não comprometer

o uso da água potável para finalidades menos exigentes, tais como: lavagens de piso,

calçadas, jardins, carros e sanitários (LOIOLA; KOTESKI, 2015).

Segundo Scherer (2003 apud MARINOSKI, 2007), os centros educacionais

apresentam um grande potencial para a implantação de sistemas de aproveitamento

de águas pluviais para fins não potáveis, pois geralmente apresentam grandes áreas

captação. Com os evidentes problemas de escassez e o aumento do custo da tarifa, a

implantação de um sistema de reúso pode ser benéfico tanto para o aspecto financeiro

quanto para o meio ambiente, contribuindo com a redução da extração da água doce.

Diante disso, percebe-se a importância de estudos que viabilizem tecnicamente e

economicamente a implantação de um sistema de captação e uso de água pluvial.

Além dos benefícios já citados, a iniciativa do Centro Universitário Curitiba

(UNICURITIBA) em implantar o sistema, pode melhorar a imagem da Instituição por

demonstrar interesse em ações sustentáveis, podendo assim, influenciar possíveis

grandes consumidores de água potável a implantar esse tipo de sistema.

1.4 LIMITAÇÃO DO ESTUDO

Ao desenvolver a presente pesquisa o estudo limitou-se a não analisar casos

como: o estudo estrutural para a implantação do reservatório superior, o estudo do

anexo do UNICURITIBA e os testes de qualidade da água pluvial.

16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 ÁGUA DOCE

A água doce disponível no mundo é cerca de 2,5%, os 97,5% restantes

correspondem a água salgada, conforme ilustra a figura 1. Dos 2,5% de água doce,

68,9% estão congeladas nas calotas polares do Ártico, Antártida e regiões

montanhosas, 29,9% correspondem a águas subterrâneas, somente 0,3% representa

toda a água dos lagos, rios e reservatórios. O restante da água doce está distribuído

na biomassa e atmosfera sob forma de vapor (TOMAZ, 2010).

Figura 1 - Volume total de água no mundo

Fonte: (TOMAZ, 2010)

A América do Sul corresponde a 23,1% da vazão média do mundo, sendo

somente superada pela Ásia com 31,6 % conforme ilustra a tabela 1.

Tabela 1 - Produção hídrica do mundo por região

Regiões do Mundo Vazão Média (m³/s) Porcentagem (%) Ásia 458.000 31,60 América do Sul 334.000 23,10 América do Norte 260.000 18,00 África 145.000 10,00 Europa 102.000 7,00 Antártida 73.000 5,00 Oceania 65.000 4,50 Austrália e Tasmânia 11.000 0,80

Total 1.448.000 100,00%

Fonte: (TOMAZ, 2010)

17

Como pode-se observar a figura 2, a disponibilidade de água doce per-capita

na região Sul, é cerca de 0,4%, uma porcentagem relativamente baixa em relação a

região Centro-Oeste, que é de 2,2%. Nota-se que a região Norte tem 68,0% da água

de todo o Brasil, embora a população seja relativamente pequena, sendo 8,0% da

população do país, ha, portanto, um desequilíbrio entre oferta e necessidade.

Figura 2 - Disponibilidade de água doce por cidadão

Fonte: (MESQUITA, 2015)

2.2 CICLO HIDROLÓGICO

O ciclo hidrológico, ou ciclo da água, é o movimento contínuo da água presente

nos oceanos, continentes (superfície, solo e rocha) e na atmosfera. Esse movimento

é alimentado pela força da gravidade e pela energia do sol, que provocam a

evaporação das águas dos oceanos e dos continentes. Na atmosfera, forma as

18

nuvens que, quando carregadas, provocam precipitações na forma de chuva, granizo,

orvalho e neve (BRASIL, 2012). A figura 3 ilustra o ciclo hidrológico.

Figura 3 - Ciclo Hidrológico

Fonte: (BRASIL, 2012)

Portanto o ciclo hidrológico é formado de uma série de processos na natureza

pelos quais a água inicia o seu caminho indo de um estagio inicial ate retornar à

posição primitiva. Estima-se que cerca de 10% do total de vapor seja reciclado

diariamente (SILVA; OLIVEIRA; MIRANDA, 2010).

Na superfície terrestre o ciclo hidrológico é compreendido por sete processos

distintos, os quais são descritos a seguir:

a) Evapotranspiração

Segundo Tucci e Beltrame (2000 apud SILVA; OLIVEIRA; MIRANDA, 2010),

evapotranspiração é definida como um conjunto de fenômenos físicos (evaporação) e

fisiológicos (transpiração), responsáveis pela transformação da água precipitada na

superfície terrestre, em vapor atmosférico.

19

Evaporação: processo de transformação da água em seu estado líquido ou

sólido, para seu estado gasoso (vapor), impulsionado pela radiação solar e por

processos de difusão molecular e turbulenta. Em superfícies líquidas, outros

elementos meteorológicos também interferem na evaporação, como a pressão do

vapor, o vento e a temperatura do ar (SILVA; OLIVEIRA; MIRANDA, 2010).

Transpiração: perda de água para a atmosfera na forma de vapor, através das

cutículas e estômatos das plantas, decorrente das ações fisiológicas e físicas dos

vegetais (SILVA; OLIVEIRA; MIRANDA, 2010).

Continua o autor descrevendo que através da evaporação e transpiração, cerca

de 70% do volume de água precipitada sobre a superfície terrestre retorna para a

atmosfera.

b) Precipitação

Na terra através da evapotranspiração, a água passa do seu estado líquido

para o estado gasoso, transferindo a água da superfície oceânica e continental para

a atmosfera. Na atmosfera, a água condensa-se, formando nuvens, que quando

carregadas ocasionam precipitações no sentido da superfície terrestre, na forma de

chuva, granizo ou neve. E assim ocorre o retorno da água mantida na atmosfera,

sendo um processo contrário à evapotranspiração (SILVA; OLIVEIRA; MIRANDA,

2010).

Silva, Oliveira e Miranda (2010), definem precipitação como sendo toda a água

na forma de chuva, granizo ou neve, que chegam até a superfície terrestre, originadas

do meio atmosférico.

c) Chuva

Na superfície terrestre a intensificação da evapotranspiração sobre as

superfícies quentes e úmidas, ocasiona as precipitações das águas em seu estado

líquido, provenientes do vapor de água atmosférico. O processo de resfriamento nas

massas de ar com alta umidade relativa, ocasionam a formação de nuvens, que estão

associadas a formação das chuvas (SILVA; OLIVEIRA; MIRANDA, 2010).

20

d) Interceptação das precipitações

A capacidade da vegetação em armazenar a água da chuva em suas copas,

denomina-se interceptação. É um processo que depende das condições climáticas,

das características das precipitações, da densidade da vegetação, e também da ação

fisiológica das plantas durante o ano (TUCCI, 2000 apud SILVA; OLIVEIRA;

MIRANDA, 2010).

Um relevante volume da água da chuva que retorna à atmosfera sem atingir o

solo, por evaporação, ocorre através da interceptação vegetal. Assim afeta a dinâmica

do processo de infiltração e escoamento superficial (SILVA; OLIVEIRA; MIRANDA,

2010).

e) Infiltração

Define-se como infiltração, o deslocamento da água penetrando o solo, sob a

ação da gravidade, até ser retida por uma camada suporte, e assim formando no solo

o seu teor de umidade. É uma das etapas mais relevantes no ciclo hidrológico, pois é

responsável pelo abastecimento dos aquíferos e também influencia no escoamento

superficial e na erosão hídrica (TUCCI; BELTRAME, 2000 apud SILVA; OLIVEIRA;

MIRANDA, 2010).

Silva, Oliveira e Miranda (2010), afirmam que a infiltração da água em um solo

depende:

Umidade do solo – quanto mais saturado estiver o solo, menor será a infiltração; Tipo do solo – a granulometria do solo condiciona a sua permeabilidade. Quanto mais fino for o solo menor será a infiltração; Ocupação da superfície - os processos de urbanização e devastação da vegetação diminuem drasticamente a quantidade de água infiltrada ocorrendo o contrário com a aplicação de técnicas adequadas de terraceamento e manejo do solo; Topografia - declives acentuados favorecem o escoamento superficial direto diminuindo a oportunidade de infiltração; Depressões - a existência de depressões provoca a retenção da água diminuindo a quantidade de escoamento superficial direto. A água retida infiltra no solo ou evapora.

21

f) Armazenamento da água no solo

Segundo Silva, Oliveira e Miranda (2010), a partir do momento em que o

processo de infiltração da água no solo torna-se desprezível e essa infiltração cessa,

a água é redistribuída e retida no solo, considerando o limite superior que o solo pode

reter e armazenar.

g) Escoamento Superficial

O processo em que a água proveniente das precipitações se desloca sobre a

superfície terrestre e sob efeito da gravidade, trata-se do escoamento superficial.

Abrange o volume de água precipitada sobre uma superfície impermeável ou solo

saturado, seguindo no sentido de maior declive de um curso de água mais próximo, e

assim desembocando nos oceanos. Sua duração está ligada à duração da

precipitação (TUCCI, 2000 apud SILVA; OLIVEIRA; MIRANDA, 2010).

2.3 CAPTAÇÃO DA ÁGUA

Os sistemas de coleta e aproveitamento de água de chuva em edificações são

formados por quatro componentes básicos: áreas de captação; condutores;

armazenamento e distribuição (MARINOSKI, 2007).

A área de captação e definida pelas áreas impermeáveis que contribuem com

o escoamento da água de chuva que será conduzida para o reservatório de

armazenamento (OLIVEIRA et al., 2007). A determinação desta área deve ser feita na

projeção horizontal da superfície impermeável, seguindo orientações da Norma

Brasileira (NBR) 15527/2007 - Aproveitamento de água de chuva para fins não

potáveis em áreas urbanas – Diretrizes.

Os telhados e lajes de cobertura são as superfícies mais utilizadas como área

de captação, pois por não sofrerem influência direta do tráfego de pessoas e veículos

proporcionam água de melhor qualidade (COSTA, 2011).

Segundo Costa (2011), as coberturas podem ser constituídas de diversos

materiais como telha cerâmica, fibrocimento, zinco, ferro galvanizado, concreto

armado, plástico, entre outros.

22

O funcionamento de um sistema de captação de água pluvial consiste na

captação da água da chuva que cai sobre as coberturas. A água e conduzida ate o

local de armazenamento através de calhas, condutores horizontais e verticais,

passando por equipamentos de filtragem e descarte de impurezas. Em alguns

sistemas e utilizado um dispositivo desviador das primeiras águas de chuva, por

serem mais impuras. Após passar pelo filtro, a água e armazenada geralmente em um

reservatório (cisterna), e bombeada a um segundo reservatório (elevado), do qual as

tubulações específicas de água pluvial irão distribui-lá para os pontos de consumo de

água não potável (MARINOSKI, 2007).

2.3.1 Coeficiente de Runoff

Para efeito de cálculo, o volume de água de chuva que pode ser aproveitado

não e o mesmo que o precipitado. Para isto usa-se um coeficiente de escoamento

superficial chamado de coeficiente de Runoff que e o quociente entre a água que

escoa superficialmente pelo total da água precipitada. Usa-se a letra C para o

coeficiente de Runoff. Portanto, a perda de água da chuva considerada, e devida a

limpeza do telhado, perda por evaporação, perdas na autolimpeza e outras (TOMAZ,

2010). O coeficiente de Runoff é descrito na tabela 2.

Tabela 2 - Coeficientes médios de Runoff

MATERIAL COEFICIENTE DE RUNOFF Telhas cerâmicas 0,80 a 0,90 Telhas esmaltadas 0.90 a 0.95 Telhas corrugadas de metal 0,80 a 0,90 Cimento amianto 0,80 a 0,90 Plástico 0,90 a 0,95

Fonte: (TOMAZ, 2010)

2.3.2 Condução

Após a captação, a água escoa através das calhas, sendo transportada ao

reservatório por condutores verticais. A inclinação deve ser contínua, sendo

recomendados valores de 1% a 1,5%, de forma a precaver a concentração de água e

consequentemente o acúmulo de detritos e o crescimento de algas (SACADURA,

2011).

23

De acordo com Carlon (2005 apud BARROS; MESSANY, 2014), os materiais

utilizados, devido a sua resistência a corrosão, são o alumínio e o aço galvanizado,

porém, estes materiais têm um investimento inicial maior, sendo assim, substituídos

em larga escala por produtos de Policloreto de Vinila (PVC).

De acordo com a NBR 15527/2007, as calhas e condutores devem atender a

NBR 10844/1989.

2.3.2.1 Dimensionamento de Calhas

As calhas do sistema de captação deverão obedecer a NBR 10844/1989. De

acordo com esta, para determinação da vazão de projeto utiliza-se a equação 1:

Q =

I xA60

(1)

Onde:

Q = vazão do projeto (L/min);

I = intensidade pluviométrica (mm/h);

A = área de contribuição (m2).

O dimensionamento das calhas deve ser feito através da fórmula de Manning-

Strickler, utilizando a equação 2:

Q = K x (S/n) x RH2/3 x i1/2 (2)

Onde:

Q = vazão do projeto (L/min);

S = área da seção molhada (m2);

n = coeficiente de rugosidade de Manning;

RH = raio hidráulico (m);

i = declividade da calha (m/m);

K = 60.000

24

O coeficiente de rugosidade de Manning varia conforme o material da calha,

sendo seus valores indicados na tabela 3.

Tabela 3 - Coeficientes de rugosidade de Manning

Material n Plástico, fibrocimento, aço, metais não-ferrosos 0,011 Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida 0,012 Cerâmica, concreto não alisado 0,013 Alvenaria de tijolos nao-revestida 0,015

Fonte: (NBR 10844/1989)

2.3.2.2 Dimensionamento de Condutores

De acordo com a NBR 10844/1989, o dimensionamento dos condutores

horizontais de seção circular deve ser feito para escoamento com lâmina de altura

igual a 2/3 do diâmetro interno (D) do tubo. As vazões para tubos de vários materiais

e inclinações usuais estão indicadas na tabela 4.

Tabela 4 - Capacidade de condutores horizontais

Fonte: (NBR 10.844/1989)

Na NBR 10844/1989 e exposto que o diâmetro mínimo de condutores verticais

de seção circular e de 70mm. Tomaz (2009) apresenta um método prático que

dimensiona o diâmetro do condutor vertical para chuvas críticas de 150 mm/h e 120

mm/h, conforme ilustra a tabela 5.

62

Diâmetro (mm)

Vazão (L/s)

Área do telhado (m²) Chuva de 150 mm/h Chuva de 120 mm/h

50 0,57 14 17 75 1,76 42 53

100 3,78 90 114 125 7,00 167 212 150 11,53 275 348 200 25,18 600 760

Quadro 12– Condutores verticais pluviais. Fonte: Adaptado de Tomaz, 2009.

De acordo com a NBR 10844/89, o dimensionamento dos condutores

horizontais de seção circular deve ser feito para escoamento com lâmina de altura

igual a 2/3 do diâmetro interno (D) do tubo. As vazões para tubos de vários materiais

e inclinações usuais estão indicadas na Tabela 4.

Tabela 4 – Capacidade de condutores horizontais de seção circular.

Fonte: ABNT NBR 10844/1989.

25

Tabela 5 - Condutores verticais

Fonte: (TOMAZ, 2010)

2.4 DESCARTE DA PRIMEIRA CHUVA

Segundo Gould (1999 apud ANNECCHINI, 2005) a chuva inicial e mais poluída,

pois esta e responsável por lavar a atmosfera contaminada por poluentes e a

superfície de captação, sendo telhados ou superfícies no solo.

Portanto, um procedimento simples de limpeza da água da chuva muito

utilizado e a remoção dos primeiros milímetros de chuva, através de sistemas de

aproveitamento que e o reservatório de eliminação da primeira chuva ou filtros de

descarte da primeira chuva (MAY, 2004).

Várias técnicas são empregadas para o descarte desta água de lavagem do

telhado. O tamanho da área de captação e, consequentemente, o volume descartado

determinam a melhor técnica a ser empregada (MAY, 2004).

Um sistema bastante utilizado para o descarte da primeira chuva são os

reservatórios de autolimpeza com torneira boia, que funcionam de forma que, ao

chegar a um nível pré-estabelecido, a boia fecha o condutor encaminhando a água de

chuva captada para uma cisterna e retém a primeira água de chuva em outro

reservatório. Após o término da precipitação, o registro de autolimpeza deste

reservatório devera ser aberto para retornar as condições iniciais de funcionamento

(TOMAZ, 2010). Pode-se observar um exemplo de reservatório de autolimpeza na

figura 4.

62

Diâmetro (mm)

Vazão (L/s)

Área do telhado (m²) Chuva de 150 mm/h Chuva de 120 mm/h

50 0,57 14 17 75 1,76 42 53

100 3,78 90 114 125 7,00 167 212 150 11,53 275 348 200 25,18 600 760

Quadro 12– Condutores verticais pluviais. Fonte: Adaptado de Tomaz, 2009.

De acordo com a NBR 10844/89, o dimensionamento dos condutores

horizontais de seção circular deve ser feito para escoamento com lâmina de altura

igual a 2/3 do diâmetro interno (D) do tubo. As vazões para tubos de vários materiais

e inclinações usuais estão indicadas na Tabela 4.

Tabela 4 – Capacidade de condutores horizontais de seção circular.

Fonte: ABNT NBR 10844/1989.

26

Figura 4 - Reservatório de autolimpeza com boia de nível

Fonte: (DACACH, 1990 apud MAY, 2004)

2.4.1 Dimensionamento do Reservatório de Autolimpeza

A NBR 15527/2007 aconselha que, na falta de dados, os primeiros 2mm de

chuva devem ser descartados e que a limpeza do dispositivo de eliminação da

primeira chuva deve ser realizada mensalmente.

Segundo Tomaz (2010), para o dimensionamento do reservatório de

autolimpeza utiliza-se 2,00 L/m2 de área de captação.

2.5 ARMAZENAMENTO

O reservatório de armazenamento tem a função de reter e acumular a água

captada e deve estar, preferencialmente, localizado próximo aos pontos de consumo,

para reduzir a distância de condução da água e, consequentemente, os custos de

instalação e manutenção. Em relação ao método construtivo, os reservatórios podem

ser apoiados sobre o solo, enterrados ou semienterrados e constituídos de diferentes

materiais, como alvenaria, concreto, fibra de vidro, polietileno, entre outros. As formas

comumente utilizadas são cilíndricas ou retangulares (HAGEMANN, 2009).

Os reservatórios devem ser construídos como se fossem para armazenamento

de água potável, devendo ser tomados os devidos cuidados para não contaminar a

água de chuva coletada dos telhados. Devem ser considerados no projeto do

27

reservatório: extravasor, descarga de fundo ou bombeamento para limpeza,

cobertura, inspeção, ventilação e segurança (TOMAZ, 2007).

Para se evitar a formação de algas ao longo do tempo, alguns pesquisadores

indicam o uso de cloradores, mesmo a água não tendo uso para fins potáveis. Estes

cloradores podem ser do tipo flutuante (de piscinas) com o uso de pastilhas de cloro.

(JABUR; SILIPRANDI; BENETTI, 2011).

2.5.1 Dimensionamento do Reservatório Inferior

De acordo a NBR 15527/2007 o volume dos reservatórios deve ser

dimensionado com base em critérios técnicos, econômicos e ambientais, levando em

conta as boas práticas da engenharia, podendo, a critério do projetista, ser utilizados

os métodos contidos na NBR 15527/2007, ou outro método, desde que devidamente

justificado.

Um dos métodos mais utilizados no dimensionamento de reservatórios de

acumulação de água de chuva, e o método de Rippl, que se encontra presente na

NBR 15527/2007. O método de Rippl é um método de diagrama de massas que

possibilita a regularização da vazão independente da estação do ano (AMORIM;

PEREIRA, 2008).

Este método consiste em obter uma referência máxima de dimensionamento,

ou seja, superdimensiona o volume do reservatório. Os dados utilizados como entrada

são a demanda mensal, a precipitação média mensal, a área de coleta, o coeficiente

de Runoff que ira gerar como dado de saída os volumes de chuva mensal e chuva

mensal acumulada, a diferença entre o volume de chuva e a demanda e o volume do

reservatório (TOMAZ, 2010).

Para o dimensionamento do reservatório de água de chuva, serão utilizados

todos os métodos sugeridos pela NBR 15527/2007.

a) Método de Rippl

O dimensionamento do reservatório pelo Método de Rippl pode ser feito

realizando a seguinte sequência:

28

S (t) = D (t) – Q (t) (3) Q (t) = C x P (t) x A (4) V = Σ S (t), somente para valores S (t) > 0 (5)

Sendo que: ΣD (t) < ΣQ (t)

Onde:

S (t) = Volume de água no reservatório no tempo t;

Q (t) = Volume de chuva aproveitável no tempo t;

D (t) = Demanda ou consumo no tempo t;

V = Volume do reservatório, em metros cúbicos;

C = Coeficiente de escoamento superficial;

P (t) = Precipitação média, em milímetros;

A = Área de captação, em metros quadrados.

b) Método da Simulação

O dimensionamento do reservatório pelo Método da Simulação, pode ser feito

realizando a seguinte sequência:

S (t) = Q (t) + S (t-1) – D (t) (6) Q (t) = C x P (t) x A (7)

Sendo que: 0 ≤ S (t) ≤ V

Onde:

S (t) = Volume de água no reservatório no tempo t;

S (t-1) = Volume de água no reservatório no tempo t – 1;

Q (t) = Volume de chuva no tempo t;

D (t) = Consumo ou demanda no tempo t;

V = Volume do reservatório fixado, em metros cúbicos;

C = Coeficiente de escoamento superficial;

P (t) = Precipitação média, em milímetros;

A = Área de captação, em metros quadrados.

29

Segundo a NBR 15527/2007, para este método duas hipóteses devem ser

feitas, sendo: o reservatório esta cheio no início da contagem do tempo “t” e os dados

históricos são representativos para as condições futuras.

c) Método Azevedo Neto

O dimensionamento do reservatório pelo Método prático do professor Azevedo

Neto, pode ser feito utilizando a equação 8:

V = 0,042 x P x A x T (8)

Onde:

P = Precipitação média anual, em milímetros;

T = Número de meses de pouca chuva ou seca;

A = Área de coleta, em metros quadrados;

V = Volume de água do reservatório, em litros.

d) Método Prático Alemão

Segundo a NBR 15527/2007 trata-se de um método empírico onde se toma o

menor valor do volume do reservatório; 6% do volume anual de consumo ou 6% do

volume anual de precipitação aproveitável. O dimensionamento do reservatório pode

ser feito utilizando a equação 9:

Vadotado = mín (V; D) x 0,06 (9)

Onde:

V = Volume aproveitável de água de chuva anual, em litros;

D = Demanda anual de água não potável, em litros;

Vadotado = Volume de água do reservatório, em litros.

e) Método Prático Inglês

30

O dimensionamento do reservatório pelo Método Prático Inglês, pode ser feito

utilizando a equação 10:

V = 0,05 x P x A (10)

Onde:

P = Valor numérico da precipitação média anual, em milímetros;

A = Área de coleta em projeção, em metros quadrados;

V = Volume de água do reservatório, em litros.

f) Método Prático Australiano

O volume de chuva é obtido pela equação 11:

Q (t) = A x C x (P (t) – I) (11)

Onde:

A = Área de coleta, em metros quadrados;

C = Coeficiente de escoamento superficial;

P (t) = Precipitação média mensal, em milímetros;

I = Interceptação da água que molha as superfícies e perdas por evaporação;

Q (t) = Volume mensal produzido pela chuva, em litros.

Segundo a NBR 15527/2007, o cálculo do volume do reservatório é realizado

por tentativas, utilizando a equação 12:

V (t) = V (t-1) + Q (t) – D (t) (12)

Onde:

V (t-1) = Volume de água que está no reservatório no inicio do mês;

Q (t) = Volume mensal produzido pela chuva;

D (t) = Demanda mensal;

V = Volume do reservatório fixado, em metros cúbicos;

V (t) = Volume de água que está no reservatório no final do mês.

31

Para o primeiro mês, considera-se o reservatório vazio. Quando (V (t-1) + Q (t) -

D (t)) < 0, então V (t) = 0.

2.6 SISTEMA DE BOMBEAMENTO

Segundo a NBR 15527/2007, para o dimensionamento do sistema de

bombeamento devem ser observadas as recomendações das tubulações de sucção

e recalque, velocidades mínimas de sucção e seleção do conjunto motor-bomba.

De acordo com Pierezan (2005 apud ROGGIA, 2007) o dimensionamento de

bombas pode ser feito conforme a sequência a seguir:

a) Vazão de recalque:

Qrec =

CDNF

(13)

Onde:

Qrec = Vazão de recalque (m3/h);

CD = Consumo diário de água não potável (m3/dia);

NF = Número de horas de funcionamento da bomba.

b) Diâmetro de recalque

O diâmetro de recalque pode ser determinado utilizando a fórmula de

Forchmeir:

Drec = 1,3 × (Qrec1/2) × X1/4 (14)

Onde:

Drec = Diâmetro de recalque (m);

Qrec = Vazão de recalque (m3/s);

X = Número de horas de funcionamento sobre 24 horas diárias.

32

A NBR 5626/1998 recomenda adotar o número 6 como o número de horas de

funcionamento da bomba. Para o diâmetro de sucção adota-se valor imediatamente

superior ao estabelecido para o recalque.

c) Altura manométrica total:

Hman = Hrec + Hsuc + PC (15)

Onde:

Hman = Altura manométrica total (m.c.a);

Hrec = Altura manométrica de recalque (m.c.a);

Hsuc = Altura manométrica de sucção (m.c.a);

PC = Perda de carga (m.c.a);

m.c.a = Metro de coluna de água.

As perdas de carga se dividem em perda de carga distribuída e perda de carga

localizada. Perda de carga distribuída é a perda que se dá ao longo da tubulação

retilínea, considerando seu comprimento total. Perda de carga localizada é a perda

ocasionada por pontos fixos como válvulas de retenção, registros, joelhos, etc

(CREMASCO, 2014). O comprimento equivalente para tubos é descrito na tabela 6.

33

Tabela 6 - Comprimento equivalente para tubos (m)

Fonte: (CREMASCO, 2014)

Para se determinar a perda de carga pelo método do comprimento equivalente

utiliza-se a equação universal, denominada equação de Darcy-Weisbach:

Pc =2 x 𝑓 x L x V²

D x g (16)

Onde:

PC = Perda de carga;

f = Fator de atrito;

L = Somatório dos comprimentos (m);

28

TABELA 6 – Tabela de perdas de carga localizadas em acessórios, considerando-se os comprimentos equivalentes em metros de canalização.

OBSERVAÇÕES:

a - Os valores acima estão de acordo com a NBR 5626/82 e Tabela de Perda de Targa da Tigre para PVC rígido e cobre, e NBR 92/80 e Tabela de Perda de Carga Tupy para ferro fundido galvanizado, bronze ou latão.

b - (*) Os diâmetros indicados referem-se à menor bitola de reduções concêntricas, com fluxo da maior para a menor bitola, sendo a bitola maior uma medida acima da menor.

Ex.: 1.1/4" x 1" - 1.1/2" x 1.1/4"

34

V = Velocidade do fluido (m/s);

D = Diâmetro interno da tubulação (m);

g = Aceleração da gravidade = 9,80 m/s².

Para se determinar o somatório dos comprimentos utiliza-se a equação 17:

L = Lreto + Leq (17)

Onde:

Lreto = Somatória dos comprimentos da tubulação retilínea (m);

Leq = Somatória dos comprimentos equivalentes dos pontos fixos (m).

Para se determinar a velocidade do fluido utiliza-se a equação 18:

V =QA

(18)

Onde:

Q = Vazão (m3/s);

A = Área da seção circular (m²).

O fator de atrito (f) depende do número de Reynolds (Re) e da rugosidade

relativa (e/D), sendo encontrado através do Diagrama de Moody. A rugosidade e o

diagrama de Moody encontram-se nas figuras 5 e 6.

35

Figura 5 - Rugosidade Relativa

Fonte: (MOODY, 1944 apud SILVA, 2015)

Figura 6 - Diagrama de Moody

Fonte: (MOODY, 1944 apud SILVA, 2015)

36

Para se determinar o número de Reynolds utiliza-se a equação 19:

Re =ρ x V x D

μ (19)

Onde:

𝜌 = Densidade do fluido (kg/m³);

V = Velocidade do fluido (m/s);

D = Diâmetro da tubulação (m);

𝜇 = Viscosidade do fluido (Pa.s).

Para a água, tem-se:

𝜌 = 997 Kg/m³

𝜇 = 1,003*10-3 Pa.s (a 20ºC)

Segundo Cremasco (2014), existem três tipos de fluxo de água:

Re ≤ 2100 → Fluxo laminar

2100 < Re < 4000 → Fluxo transitório

Re ≥ 4000 → Fluxo turbulento

d) Seleção da bomba

Com o valor da altura manométrica total e a vazão de recalque determinados,

utiliza-se o catálogo do fornecedor para a determinação do tipo e potência da bomba.

2.7 REÚSO DE ÁGUAS PLUVIAIS PARA FINS NÃO POTÁVEIS

O uso da água de chuva advém de mais de 2.000 anos onde a população já

captava a água para utilização na agricultura, para seus animais e para fins

domésticos (TOMAZ, 2010).

Segundo Gnadlinger (2000), existem relatos de que povos como Incas, Maias

e Astecas já utilizavam a água da chuva. No século X, na cidade de Oxkutzcab

37

(México), a agricultura era baseada na coleta da água da chuva, sendo a água

armazenada em cisternas com capacidade de 20 a 45 m³, chamadas de Chultuns

pelos Maias. Estas cisternas tinham um diâmetro de aproximadamente 5 metros e

eram escavadas no subsolo calcário, revestidas com reboco impermeável.

No Brasil a instalação mais antiga de aproveitamento da água da chuva foi

construída por norte-americanos em 1943, na ilha de Fernando de Noronha

(GHANAYEM, 2001 apud ANNECCHINI, 2005).

Existem vários aspectos positivos no uso de sistemas de aproveitamento de

água pluvial, pois estes possibilitam reduzir o consumo de água potável, diminuindo o

custo da água da concessionária, minimizando riscos de enchentes e preservando o

meio ambiente reduzindo a escassez de recursos hídricos (MAY, 2004).

Na Resolução Nº 54 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), são

estabelecidas as seguintes considerações sobre modalidades, diretrizes e critérios

gerais para a prática de reúso direto não potável de água:

Considerando que o reúso de água se constitui em prática de

racionalização e de conservação de recursos hídricos, [...] podendo tal prática ser utilizada como instrumento para regular a oferta e demanda de recursos hídricos;

Considerando a escassez de recursos hídricos observada em certas regiões do território nacional, a qual está relacionada aos aspectos de qualidade e quantidade;

Considerando a elevação dos custos de tratamento de água em função da degradação de mananciais;

Considerando que a prática de reúso de água reduz a descarga de poluentes em corpos receptores, conservando os recursos hídricos para o abastecimento público e outros usos mais exigentes quanto a qualidade;

Considerando que a prática de reúso de água reduz os custos associados a poluição e contribui para a proteção do meio ambiente e da saúde pública.

Está resolução abrange as seguintes modalidades para o reúso direto de água

não potável:

I - reúso para fins urbanos: utilização de água de reúso para fins de irrigação paisagística, lavagem de logradouros públicos e veículos, desobstrução de tubulações, construção civil, edificações, combate a incêndio, dentro da aérea urbana; II - reúso para fins agrícolas e florestais: aplicação de água de reúso para produção agrícola e cultivo de florestas plantadas; III - reúso para fins ambientais: utilização de água de reúso para implantação de projetos de recuperação do meio ambiente; IV - reúso para fins industriais: utilização de água de reúso em processos, atividades e operações industriais; e,

38

V - reúso na aquicultura: utilização de água de reúso para a criação de animais ou cultivo de vegetais aquáticos.

A prática do reúso de água devera ser informada, ao órgão gestor de recursos

hídricos, para fins de cadastro, devendo contemplar, no mínimo:

I - identificação do produtor, distribuidor ou usuário; II - localização geográfica da origem e destinação da água de reúso; III - especificação da finalidade da produção e do reúso de água; e IV - vazão e volume diário de água de reúso produzida, distribuída ou utilizada.

De acordo com a Sautchuk et al. (2005), o sistema hidráulico de reúso de água

pluvial deve ser independente e identificado, torneiras de água não potável devem ser

de acesso restrito, equipes devem ser capacitadas e devem ser previstos

reservatórios específicos. O autor descreve ainda as exigências mínimas para o uso

da água não potável, em função das diferentes atividades a serem realizadas nas

edificações, como descreve a tabela 7.

Tabela 7 - Exigências mínimas para o uso da água não potável

Água para irrigação, rega de jardim e

lavagem de pisos:

- não deve apresentar mau-cheiro; - não deve conter componentes que agridam as plantas ou que estimulem o crescimento de pragas; - não deve ser abrasiva; - não deve manchar superfícies; - não deve propiciar infecções ou a contaminação por vírus ou bactérias prejudiciais a saúde humana.

Água para descarga em bacias sanitárias:

- não deve apresentar mau-cheiro; - não deve ser abrasiva; - não deve manchar superfícies; - não deve deteriorar os metais sanitários; - não deve propiciar infecções ou a contaminação por vírus ou bactérias prejudiciais a saúde humana.

Fonte: (SAUTCHUK et al., 2005)

Segundo May (2004), no sistema de reúso de água de chuva, alguns cuidados

especiais deverão ser tomados com relação a instalação e a manutenção do sistema,

como:

- Evitar a entrada de luz do sol no reservatório para diminuir a proliferação de microrganismos; - Manter a tampa de inspeção sempre fechada;

39

- Saída do extravasor deverá conter grade para evitar a entrada de pequenos animais; - Pelo menos uma vez por ano deverá ser feita a limpeza no reservatório, removendo a lama que se acumula no fundo; - O reservatório de água de chuva deverá conter uma pequena declividade no fundo para facilitar a limpeza e retirada da lama; - É aconselhável localizar o reservatório de acumulação de água de chuva próximo ao condutor vertical, podendo ele ser elevado, enterrado ou apoiado; - A água coletada poderá ser utilizada somente para consumo não potável; - Deverão ser tomados os devidos cuidados para que a água de chuva não contamine o reservatório de água potável, caso o reservatório de água de chuva esteja ligado a ele; - Não deverá ser feita a conexão da rede de água potável com a rede de água de chuva no sistema de distribuição.

2.8 QUALIDADE DAS ÁGUAS PLUVIAIS

A qualidade das águas pluviais esta diretamente relacionada com a qualidade

do ar. De maneira geral, em grandes cidades, próximos às indústrias e tráfego intenso,

a contaminação do ar e maior. Dependendo de onde e coletada, as águas pluviais

podem apresentar diversas substâncias químicas dissolvidas e materiais particulados,

prejudiciais a saúde humana, que inviabilizam seu aproveitamento. Frequentemente,

a contaminação da água pode se dar por fezes de pássaros e de pequenos animais,

ou por óleo combustível, no caso de superfície de captação no solo (ROCHA et al.,

2006).

A tabela 8 mostra os parâmetros de qualidade de água de chuva para usos

restritivos não potáveis.

Tabela 8 - Critérios para uso não potável da água

Parâmetro Análise Valor Coliformes totais Semestral Ausência em 100 mL Coliformes termotolerantes Semestral Ausência em 100 mL Cloro residual livre a Mensal 0,5 a 3,0 mg/L

Turbidez Mensal < 2,0 uT b, para usos menos restritivos < 5,0 uT

Cor aparente (caso não seja utilizado nenhum corante, ou antes da sua utilização) Mensal < 15 uH c

Deve prever ajuste de pH para proteção das redes de distribuição, caso necessário Mensal pH de 6,0 a 8,0 no caso de tubulação de

aço carbono ou galvanizado Nota: Podem ser usados outros processos desinfecção além do cloro, como a aplicação de raio ultravioleta e aplicação de ozônio a No caso de serem utilizados compostos de cloro para desinfecção b uT é a unidade de turbidez c uH é a unidade Hazen

Fonte: (NBR 15527/2007)

40

2.9 MANUTENÇÃO DO SISTEMA

Segundo a NBR 15527/2007, deve-se realizar manutenção em todo o sistema

de aproveitamento de água pluvial de acordo com a tabela 9.

Tabela 9 - Frequência de manutenção do sistema

Componente Frequência de manutenção

Dispositivo de descarte de detritos Inspeção mensal Limpeza trimestral

Dispositivo de descarte do escoamento inicial Limpeza mensal Calhas, condutores verticais e horizontais Semestral Dispositivos de desinfecção Mensal Bombas Mensal Reservatório Limpeza e desinfecção anual

Fonte: (NBR 15527/2007)

2.10 NORMAS E LEGISLAÇÕES

É necessário se ter conhecimento de algumas Normas e Leis para se

desenvolver o estudo. Segue uma breve descrição das quais serão utilizadas:

• Lei Nº 9.433/1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria

o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos:

– assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; – a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; – a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. – incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de águas pluviais.

• Lei Nº 9.984/2000. Cria a Agência Nacional de Águas - ANA.

ANA é uma entidade federal de implementação da Política Nacional de

Recursos Hídricos, integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

41

Hídricos e responsável pela instituição de normas de referência nacionais para a

regulação da prestação dos serviços públicos de saneamento básico, e estabelece

regras para a sua atuação, a sua estrutura administrativa e as suas fontes de recursos.

Cabendo-lhe:

– supervisionar, controlar e avaliar as ações e atividades decorrentes do cumprimento da legislação federal pertinente aos recursos hídricos; – disciplinar, em caráter normativo, a implementação, a operacionalização, o controle e a avaliação dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos; – outorgar, por intermédio de autorização, o direito de uso de recursos hídricos em corpos de água de domínio da União; – fiscalizar os usos de recursos hídricos nos corpos de água de domínio da União; – elaborar estudos técnicos para subsidiar a definição, pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos, dos valores a serem cobrados pelo uso de recursos hídricos de domínio da União, com base nos mecanismos e quantitativos sugeridos pelos Comitês de Bacia Hidrográfica; – planejar e promover ações destinadas a prevenir ou minimizar os efeitos de secas e inundações, no âmbito do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, em articulação com o órgão central do Sistema Nacional de Defesa Civil, em apoio aos Estados e Municípios; – promover a elaboração de estudos para subsidiar a aplicação de recursos financeiros da União em obras e serviços de regularização de cursos de água, de alocação e distribuição de água, e de controle da poluição hídrica, em consonância com o estabelecido nos planos de recursos hídricos; – definir e fiscalizar as condições de operação de reservatórios por agentes públicos e privados, visando a garantir o uso múltiplo dos recursos hídricos, conforme estabelecido nos planos de recursos hídricos das respectivas bacias hidrográficas; – organizar, implantar e gerir o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos; – prestar apoio aos Estados na criação de órgãos gestores de recursos hídricos; – propor ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos o estabelecimento de incentivos, inclusive financeiros, à conservação qualitativa e quantitativa de recursos hídricos; – participar da elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos e supervisionar a sua implementação.

• Decreto Nº 24.643/1934. Cria o Código de Águas.

O Art. 103 do Decreto informa que “As águas pluviais pertencem ao dono do

prédio onde caírem diretamente, podendo o mesmo dispor delas a vontade, salvo

existindo direito em sentido contrário”.

Parágrafo único do Art. 108 “Não se poderão, porém, construir nestes lugares

ou terrenos, reservatórios para o aproveitamento das mesmas águas sem licença da

administração”.

42

• Decreto-Lei Nº 293/2006. Regulamenta a Lei nº 10.785/2003, que cria

no Município de Curitiba o Programa de Conservação e Uso Racional da

Água nas Edificações – PURAE.

A Lei Municipal nº 10.785, criada em setembro de 2003, é definida como

“Programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações - PURAE”, que

tem como finalidade instituir medidas que induzam à conservação, uso racional e

utilização de fontes alternativas para captação de água nas novas edificações, bem

como a conscientização dos usuários sobre a importância da conservação da água.

Os principais objetivos do programa são: propiciar economia de água, evitando

desperdícios; utilizar outras fontes de captação de água que não sejam do

abastecimento público; utilizar aparelhos hidráulicos que economizem água, ou seja,

aparelhos que tenham volumes reduzidos e fixos; reutilizar água da chuva;

conscientizar a população, do uso irracional e de como economizar, com campanhas

educativas, aulas em instituições de ensino público, dentre outras práticas.

Após 3 anos da criação da Lei, a prefeitura de Curitiba lançou o Decreto nº

293/2006, que regulamenta a Lei nº 10.785/2003 e dispõe sobre os critérios do uso e

conservação racional da água nas edificações e da outras providências.

O Decreto apresenta que, para o licenciamento de novas construções no

Município, fica obrigatório que no projeto de instalações hidráulicas seja prevista a

implantação de mecanismo de captação das águas pluviais, nas coberturas das

edificações, as quais deverão ser armazenadas para posterior utilização em

atividades que não exijam o uso de água tratada.

• Decreto Nº 176/2007. Dispõe sobre os critérios para implantação dos

mecanismos de contenção de cheias.

O Art. 1º do Decreto informa que o controle de cheias e alagamentos, consiste

em acumular o máximo possível os excedentes hídricos a montante, possibilitando

assim o retardamento do pico das enchentes, para as chuvas de curta duração e maior

intensidade.

De acordo com o Art. 3º, as bacias ou reservatórios de detenção deverão

obedecer aos seguintes requisitos:

43

I - apresentar volume adequado, compatível com a área contribuinte de montante e dimensionadas em conformidade com o físico, hidráulico e hidrológico da área de contribuição; II - o volume calculado para o reservatório de detenção devera ser aprovado pela Secretaria Municipal de Obras Públicas - SMOP.

Segundo o Art. 4º, será obrigatória a implantação de reservatórios de detenção

nos novos empreendimentos, ampliações e/ou reformas situados em ZC - Zona

Central, Setor Especial Histórico, Setor Especial Eixo Barão - Riachuelo, Setor

Especial Preferencial de Pedestres, Setor Especial Estrutural - Via Central e Vias

Externas, independente da área impermeabilizada.

De acordo com o Art. 5º, será obrigatória a implantação de reservatórios de

detenção:

I - nos novos empreendimentos, ampliações e/ou reformas, independente do uso e localização, que impermeabilizarem área igual ou superior a 3.000,00 m2 (três mil metros quadrados); II - nos novos empreendimentos, ampliações e/ou reformas independente do uso e localização, que apresentarem redução da taxa de permeabilidade de 25% (vinte e cinco por cento), estabelecida na Lei n. º 9.800/2000 e seus decretos complementares.

• Resolução Nº 54/2005 do Conselho Nacional de Recurso Hídricos.

Estabelece modalidades, diretrizes e critérios gerais para a prática de reúso

direto não potável de água, e da outras providências.

Esta resolução especifica as modalidades para o reúso direto de água não

potável e os documentos necessários para fins de cadastro a serem apresentados ao

órgão gestor de recursos hídricos, quando o consumidor solicitar o reúso de água.

• NBR 10844/1989: Instalações prediais de águas pluviais.

A NBR 10844/1989 tem como os seguintes objetivos:

Esta Norma fixa exigências e critérios necessários aos projetos das

instalações de drenagem de águas pluviais, visando a garantir níveis aceitáveis de funcionalidade, segurança, higiene, conforto, durabilidade e economia.

A Norma se aplica a drenagem de águas pluviais em coberturas e demais áreas associadas ao edifício, tais como terraços, pátios, quintais e similares. Esta Norma não se aplica a casos onde as vazões de projeto e as características da área exijam a utilização de bocas-de-lobo e galerias.

44

• NBR 5626/1998: Instalação predial de água fria.

A NBR 5626/1998 tem os seguintes objetivos:

Esta Norma estabelece exigências e recomendações relativas ao

projeto, execução e manutenção da instalação predial de água fria. As exigências e recomendações aqui estabelecidas emanam fundamentalmente do respeito aos princípios de bom desempenho da instalação e da garantia de potabilidade da água no caso de instalação de água potável.

As exigências e recomendações estabelecidas nesta Norma devem ser observadas pelos projetistas, assim como pelos construtores, instaladores, fabricantes de componentes, concessionárias e pelos próprios usuários.

A instalação objeto desta Norma podem estar integrados outros sistemas hidráulicos prediais para os quais devem ser observadas normas específicas existentes.

Esta Norma e aplicável a instalação predial que possibilita o uso doméstico da água em qualquer tipo de edifício, residencial ou não. O uso doméstico da água prevê a possibilidade de uso de água potável e de água não potável.

Esta Norma pode ser utilizada como referência técnica de procedimento de recebimento de uma instalação predial de água fria, podendo ser referida em contrato estabelecido entre o construtor e o usuário, ou entre o construtor e o projetista ou, ainda, entre o construtor e o instalador.

• NBR 15527/2007: Água de chuva – Aproveitamento de coberturas em

áreas urbanas para fins não potáveis.

A NBR 15527/2007 tem os seguintes objetivos:

Esta Norma fornece os requisitos para o aproveitamento de água de

chuva de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis. A concepção do projeto do sistema de coleta de água de chuva deve

atender as NBR 5626/1998 e NBR 10844/1989. No caso da NBR 10844/1989, não deve ser utilizada caixa de areia e sim caixa de inspeção.

No estudo devem constar o alcarice do projeto, a população que utiliza a água de chuva e a determinação da demanda a ser definida pelo projetista do sistema.

Incluem-se na concepção os estudos das séries históricas e sintéticas das precipitações da região onde será feito o projeto de aproveitamento de água de chuva.

2.11 ORÇAMENTO

Uma obra é uma atividade econômica, independente da localização, recursos,

prazos, cliente e tipo de projeto, e como tal, o aspecto custo é de suma importância.

45

Antes do início da obra já existe uma preocupação com os custos, iniciando na fase

de orcamentacao, onde e feita a determinação dos custos prováveis de execução da

obra. O primeiro passo de quem se dispõe a realizar um projeto e estimar quanto ele

ira custar (MATTOS, 2006).

Segundo o autor, a determinação dos custos é basicamente um exercício de

previsão e por basear-se em previsões, todo orçamento acaba sendo aproximado.

Muitos itens influenciam e contribuem para o custo de um empreendimento. A técnica

orçamentária envolve a identificação, descrição, quantificação, análise e valorização

de uma série de itens, requerendo atenção e habilidade técnica.

O autor descreve ainda que, um dos requisitos básicos para um bom

orçamentista e o conhecimento detalhado do serviço. Ter uma interpretação

aprofundada dos desenhos, planos e especificações ajudam a ter um orçamento mais

preciso, embora não exato. Ainda assim, alguns parâmetros não podem ser

determinados com exatidão, como e o caso de chuvas, condições do solo,

disponibilidade de materiais, variação na produtividade dos operários e paralisações.

Mattos (2006) afirma que, em geral, um orçamento e determinado somando-se

os custos diretos (mão-de-obra de operários, material, equipamento) e indiretos

(equipes de supervisão e apoio, despesas gerais do canteiro de obras, taxas, etc.), e

por fim adicionando-se impostos. Exemplificando os custos:

Mão-de-obra: - Produtividade das equipes; - Encargos sociais e trabalhistas - o percentual de encargos que incidem sobre a mão-de-obra leva em conta premissas tais como incidência de acidentes do trabalho, rotatividade para cálculo de aviso prévio, faltas justificadas e outros elementos arbitrados a partir de parâmetros estatísticos e históricos. Material: - Preço dos insumos - não se pode afirmar com certeza que os preços cotados durante a orcamentacao serão os praticados durante a obra; - Impostos - os impostos embutidos no preço de aquisição dos insumos podem variar durante a obra. Além disso, a base de cálculo de impostos como o ISS e estimada para fins de orçamento; - Perda - o percentual de perda e desperdício e arbitrado para cada insumo que entra no orçamento; - Reaproveitamento - consiste na quantidade de vezes que um insumo pode ser reutilizado. Equipamento: - Custo horário - o custo horário depende de parâmetros de cálculo como vida útil, custo de manutenção e operação, etc.; - Produtividade. Custos indiretos: - Pessoal - salários e encargos sociais das equipes técnica, administrativa e de apoio;

46

- Despesas gerais - contas de água, luz, telefone, aluguel de equipamentos gerais (grua, andaimes), seguros, fretes, etc. Imprevistos: - Os orçamentistas precisam incluir no orçamento alguma verba para os custos que não podem ser orçados com certeza ou explicitamente: retrabalho por causa de chuvas, refazimento de serviço por má qualidade, danos causados por fenômenos naturais ou por terceiros, danos causados pela construtora a terceiros, etc.

No caso de planilhas de concorrências, as propostas são baseadas nos

serviços nelas listados, e o construtor precisa diluir sobre esses itens todo o custo que

não aparece explicitado. Assim, sobre o custo direto e necessário aplicar um fator que

represente o custo indireto e o lucro, além dos impostos incidentes. Este fator de

majoração e o Benefícios e Despesas Indiretas (BDI), expresso em percentual

(MATTOS, 2006).

De acordo com o autor, o BDI pode ser aplicado uniformemente sobre todos os

serviços, entretanto, como forma de melhorar a situação econômica do contrato, o

construtor pode realizar a distribuição não uniforme do preço total nos itens da

planilha.

2.12 ANÁLISE ECONÔMICA

Segundo Parizzi e Silva (2016), o estudo de viabilidade econômica de um

projeto e apresentado no sentido de fornecer informações para o empreendedor

escolher se ira ou não aceitar os riscos e as possibilidades associadas a abertura de

um novo empreendimento.

No presente estudo são abordados quatro métodos de avaliação, mais

conhecidos como indicadores (TMA, VPL, TIR e PAYBACK), que serão estudados de

forma isolada, a fim de promover a análise de viabilidade do negócio a partir da

projeção futura. Assim, será determinado o fluxo de caixa que proporciona a base das

análises necessárias para o estudo de viabilidade econômica, orientando o

empreendedor para uma decisão mais assertiva. (DEGEN, 1989 apud PARIZZI;

SILVA, 2016).

2.12.1 Fluxo de Caixa

47

O fluxo de caixa e a ferramenta que possibilita ao empreendedor planejar,

organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros de sua empresa para

determinado período, com o objetivo de apurar os somatórios de entradas e saídas

financeiras da empresa. Pode ser elaborado em função do tempo de sua projeção,

sendo em curto prazo para atender às finalidades da empresa, principalmente, de

capital de giro e em longo prazo para fins de investimento em itens do ativo

permanente (MENDONÇA; MASSOTE, 2016).

O fluxo de caixa assume um papel importante no planejamento financeiro das

empresas, portanto, constitui-se num exercício dinâmico, que deve ser

constantemente revisto, atualizado e utilizado na tomada de decisões. Normalmente

a análise e realizada através de indicadores específicos, de acordo com cada projeto

ou situação analisada (CAMPOS FILHO, 1997 apud MENDONÇA; MASSOTE, 2016).

Segundo Hirshfeld (2000 apud SOUZA; ROCHA; DALFIOR, 2016), são

adotadas as seguintes convenções para a representação do diagrama de fluxo de

caixa, conforme ilustra a figura 7.

Figura 7 - Diagrama do Fluxo de Caixa

Fonte: (ALVES, 2018)

O eixo horizontal é representado como o tempo a partir do instante considerado

inicial ate o instante considerado final do prazo.

Nos diversos pontos que apresentam instantes ao longo do eixo do tempo, são

traçados: segmentos positivos, sendo do eixo horizontal para cima, representando

dividendos, receitas ou entradas; segmentos negativos, sendo do eixo horizontal

para baixo representando despesas, aplicações de dinheiro e saídas.

48

2.12.2 Taxa Mínima de Atratividade

Mantovan e Sviech (2013), afirmam que:

O requisito básico de um projeto de investimento e a geração de retorno econômico, e que este compense o custo de capital e os riscos envolvidos no investimento. Para tanto os métodos de análises de investimentos geralmente levam em consideração uma taxa de desconto denominada de taxa mínima de atratividade (TMA) para a comparação e ou análise deste retorno. Normalmente as empresas utilizam como TMA os custos dos financiamentos ou os índices econômicos, levando em conta também o risco dos projetos.

De acordo com Casarotto e Koppitke (2000 apud MANTOVAN; SVIECH, 2013),

a TMA representa a taxa atrativa que os investidores esperam obter de um projeto e

que seja equivalente a rentabilidade de outras aplicações realizadas. É uma taxa de

juros que representa o mínimo que um investidor se propõe a receber quando faz um

investimento.

Esta taxa segundo Damodaran (2010 apud ANDRADE et al., 2014), e formada

a partir de três componentes básicos:

a) custo de oportunidade: remuneração obtida em alternativas que não são

analisadas. Exemplo: caderneta de poupança, fundo de investimento;

b) risco do negócio: o ganho tem que pagar o risco inerente de uma nova ação.

Quanto maior o risco, maior a remuneração esperada;

c) liquidez: capacidade ou velocidade em que se pode sair de uma posição no

mercado para assumir outra.

2.12.3 Valor Presente Líquido

O Valor presente líquido (VPL) esta correlacionado ao valor presente do fluxo

de caixa, sendo o VPL de um fluxo de caixa igual ao valor presente de suas parcelas

futuras, somadas algebricamente com a grandeza colocada no ponto zero. O custo

de oportunidade de capital e também admitido como taxa de desconto ou taxa de

retorno (GONZALES; FORMOSO, 2001 apud SOUZA; ROCHA; DALFIOR, 2016).

Para Gitman (2002 apud MANTOVAN; SVIECH, 2013), o VPL e uma “técnica

de orçamento sofisticada, e o seu valor e determinado pela subtração do valor inicial

de um projeto, do valor presente dos fluxos de entrada de caixa, descontados a uma

taxa igual ao custo do capital da empresa”.

49

Segundo Mantovan e Sviech (2013) para o cálculo do VPL utiliza-se a equação

20:

VPL(i) = ∑FCj

(1 + i)j n

j=0

− I0 (20)

Onde:

VPL(i) = valor presente líquido descontado a uma taxa i;

i = taxa de desconto;

n = número de períodos do fluxo;

j = período genérico (j = 0 a j = n), percorrendo todo o fluxo de caixa;

FCj = fluxo genérico para t = [0... n] que pode ser positivo (ingressos) ou

negativo (desembolsos);

I0 = investimento inicial.

Para tomada de decisões como de, aceitar ou rejeitar um projeto utiliza-se o

seguinte critério: Se o VPL for positivo, ou seja, a somatória dos fluxos futuros

descontados a taxa mínima de atratividade e maior que o investimento inicial, aceita-

se o projeto; se for negativo, ou seja, a somatória dos fluxos futuros descontados a

taxa mínima de atratividade e menor que o investimento inicial, rejeita-se o projeto.

Esse critério garante que a empresa esteja pelo menos, recuperando o capital inicial

investido (MANTOVAN; SVIECH, 2013).

Mantovan e Sviech (2013) exemplificam três possíveis resultados do VPL:

VPL > 0: Significa que o investimento e economicamente atrativo, pois o valor presente das entradas de caixa e maior que o valor presente das saídas de caixa; VPL = 0: O investimento e indiferente, uma vez que o valor presente das entradas de caixa e igual ao valor presente das saídas de caixa; VPL < 0: Indica que o investimento não e economicamente viável, já que o valor presente das entradas de caixa e menor que o valor presente das saídas de caixa.

As principais vantagens encontradas no método do VPL são: usa fluxos de

caixa no lugar de lucro líquido; analisa o valor do dinheiro no tempo; identifica a

valorização do empreendimento; considera o risco embutido na TMA (EVANGELISTA,

2006).

50

2.12.4 Taxa Interna de Retorno

Segundo Evangelista (2006), a taxa interna de retorno (TIR) se caracteriza pelo

retorno financeiro que um empreendimento pode ter durante um período de tempo e

fluxo de caixa pré-estabelecido. Ela representa o lucro interno de um projeto, obtida

pelo desconto do fluxo de caixa observado nos períodos de análise e que anule o valor

do investimento inicial. Assim, a TIR obtida pelo projeto pode ser comparada a uma

TMA desejada, facilitando a tomada de decisão do investidor.

A TIR e utilizada para comparar alternativas de investimentos em projetos, desde que os períodos sejam equivalentes e os valores não sejam muito discrepantes, para que os resultados da análise não se mostrem distorcidos. Normalmente as empresas utilizam como TMA os custos dos financiamentos ou os índices econômicos, levando em conta também o risco dos projetos. O método prediz que se a TIR for maior que a TMA, o projeto deve ser aceito; se a TIR for igual a TMA significa que o projeto e indiferente ao projeto e quando a TIR for menor que a TMA, o projeto deve ser rejeitado (EVANGELISTA, 2006).

Para Gitman (2002 apud MANTOVAN; SVIECH, 2013) a TIR é o indicador mais

usado para a avaliação de alternativas de investimentos. Como a TIR e a taxa de

desconto que faz com que o VPL se iguale a zero, matematicamente, a TIR e obtida

resolvendo-se a equacao 22:

VPL(i) = ∑FCj

(1 + TIR)j n

j=0

− I0 (21)

0 = ∑FCj

(1 + TIR)j n

j=0

− I0 (22)

Onde:

TIR = Taxa interna de retorno;

n = tempo de desconto do último fluxo de caixa;

j = tempo de investimento;

FCj = é o valor presente das entradas de caixa;

I0 = investimento inicial.

51

Para tomada de decisões como de, aceitar ou rejeitar um projeto utiliza-se o

seguinte critério: se a TIR for maior que o custo de capital (TMA), aceita-se o projeto;

se for menor, rejeita-se o projeto. Esse critério certifica que a empresa esteja obtendo

no mínimo sua taxa requerida de retorno (MANTOVAN; SVIECH, 2013).

Mantovan e Sviech (2013) exemplificam três possíveis resultados da TIR:

TIR > TMA: Significa que o investimento e economicamente viável;

TIR = TMA: O investimento esta em uma situação econômica de

indiferença;

TIR < TMA: O investimento não e economicamente atrativo.

2.12.5 Período de Retorno do Investimento

O Período de Retorno do Investimento (PAYBACK), e o período de tempo

necessário para recuperar o valor investido, através do qual e possível estimar o

tempo necessário para que o capital investido seja retornado ao investidor (GITMAN,

2002 apud MANTOVAN; SVIECH, 2013).

Para Assaf Neto (2006 apud SOUZA; ROCHA; DALFIOR, 2016) payback é a

“determinação do tempo necessário para que o dispêndio de capital (valor do

investimento) seja recuperado por meio dos benefícios incrementais líquidos de caixa

(fluxos de caixa) promovidos pelo investimento”.

Segundo Mantovan e Sviech (2013), o método do payback descontado é

utilizado para calcular o prazo necessário para cobrir o capital investido, com a

aplicação de uma TMA desejada como desconto para atualizar o fluxo de caixa obtido

pelo projeto. É também considerado como um método simples e direto de avaliação,

que como principal objetivo, é especificar o tempo necessário para recuperação do

investimento, complementar aos métodos VPL e TIR.

Para o cálculo do payback descontado, deve-se primeiro aplicar o fluxo de caixa

descontado, descontando esses fluxos a uma taxa de juros que represente a TMA

exigida pela empresa na aceitação do projeto (ASSAF NETO; LIMA, 2017).

Calculando o fluxo de caixa descontado acumulado se terá o valor do payback, sendo

o primeiro valor positivo no somatório do período.

52

3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

3.1 OBJETO DE ESTUDO

O objeto de estudo do presente trabalho é o Centro Universitário Curitiba,

situado na Rua Chile, 1678 – Rebouças – Curitiba – Paraná.

Para desenvolvimento deste trabalho tomou-se como referência os projetos de

implantação, arquitetônicos e hidráulicos disponibilizados pelo UNICURITIBA.

Atualmente o UNICURITIBA é composto por uma área de captação de água da chuva

de 9.420,00 m2. A figura 8 ilustra uma vista superior do UNICURITIBA.

Figura 8 - Vista Superior do UNICURITIBA

Fonte: (EARTH, 2018)

53

3.2 ÁREA DE ESTUDO

O UNICURITIBA é composto pelos Blocos A, Bloco B, Bloco C, Bloco D, Bloco

E, e Estacionamento. Os principais locais onde será utilizado a água de reúso são:

bacias sanitárias, mictórios, limpeza, lavagem do estacionamento (2x ano), irrigação

de jardins e outros fins não potáveis.

Atualmente para o uso de água descrito acima, o UNICURITIBA conta com um

sistema de poço de drenagem, composto por dois poços devido a alta umidade do

solo em torno do UNICURITIBA. O uso desta água é cobrado pela SANEPAR, com

um hidrômetro exclusivo para seu uso.

Este sistema é independente do abastecimento de água potável, sendo um

reservatório inferior com volume de 125 m3 e dois superiores com volumes de 50,47

m3. Para o sistema de abastecimento de água potável fornecido pela SANEPAR, o

UNICURITIBA conta com um reservatório inferior com volume de 163,59 m3 e dois

superiores com volumes de 50,47 m3.

A proposta do presente estudo é que o sistema de reúso de água pluvial atue

como o sistema principal para fins não potáveis, e o sistema de poço de drenagem

seja um sistema auxiliar, sendo acionado apenas quando não houver água pluvial

disponível em reservatório.

3.3 DADOS PLUVIOMÉTRICOS DE CURITIBA

Para fins de dimensionamento dos reservatórios utilizou-se dados

pluviométricos no período de 10 anos.

Como pode-se observar na tabela 10, tem-se as precipitações na cidade de

Curitiba de 2007 a 2017. Nesse período de 10 anos houve uma variação na

precipitação chegando a 61%, sendo a menor média anual em 2008 com 1199,80mm

e maior média anual em 2015 com 1959,4mm.

54

Tabela 10 - Precipitação em Curitiba de 2007 a 2017

Fonte: (ÁGUASPARANÁ, 2018)

3.4 HISTÓRICO DE CONSUMO

O presente estudo levou em consideração o consumo mensal do UNICURITIBA

e como ano de referência o ano de 2017. O histórico de consumo foi obtido através

das faturas da SANEPAR, sendo este histórico referente ao consumo de água

utilizada do poço de drenagem, onde fica o hidrômetro nº 3-08N000149-5-2.

A tabela 11 ilustra o volume de água não potável consumida em cada mês do

ano de 2017 no UNICURITIBA.

Tabela 11 - Consumo de água não potável em 2017 no UNICURITIBA

Fonte: (SANEPAR, 2018)

Como só se teve acesso ao histórico de consumo do ano de 2017, é coerente

saber se o consumo do ano está dentro do padrão dos anos anteriores. Assim, pela

média de acadêmicos e funcionários chegou-se na tabela a seguir:

55

Tabela 12 - Quantidade de Funcionários, Alunos e Docentes do UNICURITIBA

Ano Funcionários Alunos Docentes Total Porcentagem 2011 326* 5510 268 5778 13,80% 2012 362 5521 239 6122 14,63% 2013 411 5400 233 6044 14,44% 2014 252 5237 222 5711 13,64% 2015 345 5775 247 6367 15,21% 2016 308 5500 251 6059 14,48% 2017 212 5324 241 5777 13,80% Soma 41858 100%

Fonte: Adaptado (INEP, 2018)

*Para o número de funcionários do ano de 2011, determinou-se uma média dos

anos seguintes, devido a falta do mesmo.

Com base na tabela 12 e na figura 9, pode-se observar que não teve uma

alteração significativa no número de pessoas do ano de 2017, assim, o histórico de

consumo de água não potável do ano de 2017 é válido para a elaboração do estudo.

Figura 9 - Número de pessoas que frequentam o UNICURITIBA

Fonte: Elaboração própria

3.5 CAPTAÇÃO E CONDUÇÃO

A captação e condução de água pluvial dos Blocos do UNICURITIBA são

constituídos dos seguintes materiais:

5778

6122

6044

5711

6367

6059

5777

5200

5400

5600

5800

6000

6200

6400

6600

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Pess

oas

Ano

56

➢ Bloco A: captação feita através de cobertura em telhas termoacústicas e

vidro, condução em calhas metálicas e condutores de PVC.

➢ Bloco B: captação feita através de cobertura em telhas termoacústicas,

condução em calhas metálicas e condutores de PVC.

➢ Bloco C: captação feita através de cobertura em telhas termoacústicas,

condução em calhas metálicas e condutores de PVC.

➢ Bloco D: captação feita através de cobertura em telhas termoacústicas,

condução em calhas metálicas e condutores de PVC.

➢ Estacionamento: captação feita através de piso em concreto, condução

em calhas metálicas e condutores de PVC.

Após a captação e condução das águas pluviais, as mesmas são retidas em

caixas de contenção com o objetivo de retardamento do pico das enchentes, após o

retardamento do fluxo as águas seguem como destino as galerias públicas. O

UNICURITIBA conta com quatro caixas de contenção, duas com volume de 35 m3,

uma com volume de 55 m3 e uma com volume de 60 m3.

3.6 RESERVATÓRIO INFERIOR

Para se encontrar o volume do reservatório, foi determinado o valor de

precipitação média mensal no período de 2007 a 2017, desconsiderando os anos

extremos do período de cada mês, indicados em vermelho na tabela 13.

Tabela 13 - Precipitação média mensal em (mm)

Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 2007 196,40 134,8 126 97,6 187,4 2,0 100 8,6 86,4 119,4 116,8 190 2008 155,4 125,8 176,6 141 44 100,2 26,4 110 30,8 195,4 51,6 42,6 2009 146,8 114,2 102,8 48,4 73,6 63 222,2 80,6 307,4 145,8 194,4 163,2 2010 350,0 135,6 162,6 157,4 77,6 83,6 132,4 47 49,4 154,4 93,8 336,2 2011 328,6 311,4 72 108,4 31,6 101,2 167,6 286,0 61,4 197,4 70,4 127 2012 128,2 172,8 46 183,6 59,2 219,8 105,8 31,4 60 151,6 64 245,6 2013 74,4 186,4 125 50,6 65,6 319,0 174,2 35 168,6 97,0 96,5 49,2 2014 242,5 110,2 232,0 80,8 87 210,4 49 62,7 176,6 116,8 203,2 155,6 2015 180,5 243,1 193,7 52,2 115,1 82,2 189,5 26 129,7 246,7 241,2 259,5 2016 164 295,8 92,8 142,7 142,3 130,9 117,1 172,3 95 172,1 102,7 76 2017 191 311,4 40,0 69 88,1 190,8 7,8 92,8 36,2 218,5 129,2 144,1

MÉDIA 192,60 168,74 121,94 99,97 83,61 131,34 118 73,09 95,92 163,49 119 156,69

Fonte: Adaptado (ÁGUASPARANÁ, 2018)

57

Realizando o dimensionamento do reservatório inferior pelos métodos

sugeridos pela NBR 15527/2007, chegou-se aos seguintes valores:

a) Método de Rippl

Para determinar o volume do reservatório pelo Método de Rippl, elaborou-se a

tabela 14.

Tabela 14 - Reservatório: Método de Rippl

Meses P (t) (mm) D (t) (m³) A (m²) C Q (t) (m³) S (t) (m³) V (m³) Janeiro 192,60 10 9420 0,85 1542 -1532 0,00

Fevereiro 168,74 357 9420 0,85 1351 -994 0,00 Março 121,94 518 9420 0,85 976 -458 0,00 Abril 99,97 554 9420 0,85 800 -246 0,00 Maio 83,61 612 9420 0,85 669 -57 0,00

Junho 131,34 514 9420 0,85 1052 -538 0,00 Julho 118,00 278 9420 0,85 945 -667 0,00

Agosto 73,09 551 9420 0,85 585 -34 0,00 Setembro 95,92 557 9420 0,85 768 -211 0,00 Outubro 163,49 525 9420 0,85 1309 -784 0,00

Novembro 119,00 544 9420 0,85 953 -409 0,00 Dezembro 156,69 219 9420 0,85 1255 -1036 0,00 Total Σ = 1524,39 5239,00 12206

Fonte: Elaboração própria

O volume do reservatório se dá pela soma dos valores positivos da coluna S(t),

como só há valores negativos, significa que há excesso de água, e o volume de água

disponível (Q(t)) é maior que o volume de demanda (D(t)). Portanto, esse e um método

de dimensionamento que não se aplica para a grande quantidade de água disponível.

b) Método da Simulação

Para determinar o volume do reservatório pelo Método da Simulação, elaborou-

se a tabela 15.

58

Tabela 15 - Reservatório: Método da Simulação

Meses P (t) (mm) D (t) (m³) A (m²) C Q (t) (m³) V (m³) S (t-1) (m³) S (t) (m³) O (m³) Janeiro 192,60 10,00 9420 0,85 1542,15 315 0 315 1217

Fevereiro 168,74 357,00 9420 0,85 1351,10 315 315 315 994 Março 121,94 518,00 9420 0,85 976,37 315 315 315 458 Abril 99,97 554,00 9420 0,85 800,46 315 315 315 246 Maio 83,61 612,00 9420 0,85 669,47 315 315 315 57

Junho 131,34 514,00 9420 0,85 1051,64 315 315 315 538 Julho 118,00 278,00 9420 0,85 944,83 315 315 315 667

Agosto 73,09 551,00 9420 0,85 585,23 315 315 315 34 Setembro 95,92 557,00 9420 0,85 768,03 315 315 315 211 Outubro 163,49 525,00 9420 0,85 1309,06 315 315 315 784

Novembro 119,00 544,00 9420 0,85 952,83 315 315 315 409 Dezembro 156,69 219,00 9420 0,85 1254,62 315 315 315 1036 Total Σ = 1524,39 5239,00 12205,79

Fonte: Elaboração própria

O volume fixo do reservatório foi de 315m3, como a coluna S (t) não teve valores

acima do volume fixado da coluna V, significa que o volume de 315m3 atende a

demanda. A coluna “O” significa o volume de água descartado, após atendida a

demanda.

c) Método Azevedo Neto

Determinando o volume do reservatório pelo Método Azevedo Neto chegou-se

no seguinte valor:

V = 0,042 x 1524,40 x 9420 x 1

1000 604 m3

d) Método Prático Alemão

Determinando o volume do reservatório pelo Método Prático Alemão chegou-

se no seguinte valor:

V = 1524,40 x 0,85 x 9420

1000 12206 m3

D = 5239 m3

Vadotado = mín (12206; 5239) x 0,06

59

Vadotado = 5239 x 0,06 315 m3

e) Método Prático Inglês

Determinando o volume do reservatório pelo Método Prático Inglês chegou-se

no seguinte valor:

V = 0,05 x 1524,40 x 9420

1000 718 m3

f) Método Prático Australiano

Para determinar o volume do reservatório pelo Método Prático Australiano,

elaborou-se a tabela 16.

Tabela 16 - Reservatório: Método Prático Australiano

Meses P (t) (mm)

D (t) (m³) C A (m²) I (mm) Q (t)

(m³) V

(m³) V (t-1) (m³)

V (t) (m³) O (m³)

Janeiro 192,60 10 0,85 9420 2,00 1526 315 0 315 1201 Fevereiro 168,74 357 0,85 9420 2,00 1335 315 315 315 978

Março 121,94 518 0,85 9420 2,00 960 315 315 315 442 Abril 99,97 554 0,85 9420 2,00 784 315 315 315 230 Maio 83,61 612 0,85 9420 2,00 653 315 315 315 41

Junho 131,34 514 0,85 9420 2,00 1036 315 315 315 522 Julho 118,00 278 0,85 9420 2,00 929 315 315 315 651

Agosto 73,09 551 0,85 9420 2,00 569 315 315 315 18 Setembro 95,92 557 0,85 9420 2,00 752 315 315 315 195 Outubro 163,49 525 0,85 9420 2,00 1293 315 315 315 768

Novembro 119,00 544 0,85 9420 2,00 937 315 315 315 393 Dezembro 156,69 219 0,85 9420 2,00 1239 315 315 315 1020 Total Σ = 1524,39 5239,00 12014

Fonte: Elaboração própria

O volume fixo do reservatório foi de 315m3, como a coluna V(t) não teve valores

acima do volume fixado da coluna V, significa que o volume de 315m3 atende a

demanda. A coluna “O” significa o volume de água descartado, após atendida a

demanda.

Após a determinação dos volumes do reservatório pelos 6 métodos, foi adotado

o volume de 315m3, obtido através do Método Prático Alemão e sendo verificado e

60

atendido pelos Métodos da Simulação e Prático Australiano. A escolha do método

adotado, foi com base no menor volume, por reduzir custos e ocupar menos espaço

no UNICURITIBA.

A proposta de reservatório é em concreto armado, tendo uma vida útil de no

mínimo 50 anos, conforme recomenda a NBR 15575-1/2013.

3.7 RESERVATÓRIO DE AUTOLIMPEZA

Para dimensionar o volume do reservatório de autolimpeza, basta multiplicar a

área de captação por 2 Litros.

Volume = 9420 x 2

1000 19 m3

3.8 RESERVATÓRIO SUPERIOR

O reservatório superior será dimensionado conforme a demanda diária do

consumo de água não potável.

Fazendo uma média de consumo com os meses do ano de 2017 e retirando

apenas os meses de férias, chega-se nos seguintes valores:

Consumo médio/mês = (518 + 554 + 612 + 514 + 551 + 557 + 525 + 544)

8

Consumo médio/mês = 546,875 m3

Dias úteis no mês = 21 dias

Volume do reservatório = 546,875

21 26 m3

3.9 SISTEMA DE BOMBEAMENTO

Realizando o dimensionamento do sistema de bombas (APÊNDICE A) chegou-

se nos seguintes resultados:

Vazão calculada = 3,13m³/h

Altura manométrica total = 29,24 m.c.a

61

Com base nos valores determinados, consultou-se o catálogo de bombas e

motobombas da SCHNEIDER (2018), e encontrou-se o modelo mais adequado para

o sistema:

• Schneider motobomba centrífuga série BC-92, Modelo SKID 2X BC-92,

motor elétrico IP-21 com flange incorporada, 2 polos, 60 Hz Caracol da

bomba de ferro fundido GG-15, rotor fechado de alumínio, potência 3

CV, Ø sucção 2.1/2”, Ø Recalque 2”, altura manométrica total 30 m.c.a

e vazão em 10,7 m3/h.

3.10 ORÇAMENTO DO SISTEMA

Para o desenvolvimento do orçamento foi usado como base os custos das

tabelas e órgãos descritos a seguir:

Tabela 17 - Descrição de Órgãos e Tabelas para orçamentos

SIGLA ÓRGÃO TABELA REFERÊNCIA IMEC Instituto Mineiro de Engenharia Civil Tabela de Edificações

CREA-PR Conselho Regional de Engenharia e Agronomia Taxas e Valores de ART 2018

SEIL/PRED Secretaria de Infraestrutura e Logística - Paraná Edificações Insumos de Edificações

SEIL/PRED Secretaria de Infraestrutura e Logística - Paraná Edificações Serviços de Edificações

COTAÇÃO Fornecedores de material - SANEPAR Companhia de Saneamento do Paraná Tabela de Preços Unitários Compostos

IEP Instituto de Engenharia do Paraná Tabela de Honorários Profissionais BDI Benefícios e Despesas indiretas Resolução Conjunta SEIL/PRED Nº 003/2014

Fonte: Elaboração própria

A taxa de BDI pode ser determinada com base no valor do custo direto. Na

tabela 18 são descritos os valores de cada taxa.

Tabela 18 - Taxa de BDI

CUSTO DIRETO Taxa (%) de BDI Até R$ 150.000,00 30%

De R$ 150.000,01 a R$ 1.500.000,00 30% a 25% De R$ 1.500.000,01 a R$ 150.000.000,00 25% a 20%

Acima de R$ 150.000.000,00 20%

Fonte: (PARANÁ EDIFICAÇÕES, 2014)

62

Realizando o orçamento com base nas tabelas de referência acima, e

adotando-se um BDI de 25%, chegou-se ao valor de R$ 594.362,09 para a construção

do sistema de reúso de água pluvial (APÊNDICE B).

3.11 ANÁLISE ECONÔMICA

Para a realização da análise econômica, foi definido através do orçamento que

o UNICURITIBA aporte integralmente o valor de R$ 594.362,09 e considerando que o

sistema de reúso de água pluvial abasteça totalmente a demanda mensal de água

não potável.

A tabela 19 demonstra as tarifas mensais do UNICURITIBA no ano de 2017,

referentes ao consumo de água não potável do poço de drenagem. Os valores dessas

tarifas foram utilizados como base para o cálculo do VPL e consequentemente obter

o payback.

Tabela 19 - Tarifas do consumo não potável em 2017

Tarifa SANEPAR 2017 Mês Valor Jan R$ 51,56 Fev R$ 2.069,02 Mar R$ 3.005,07 Abr R$ 3.214,38 Mai R$ 3.551,59 Jun R$ 3.358,06 Jul R$ 1.811,44 Ago R$ 3.600,55 Set R$ 3.639,88 Out R$ 3.430,18 Nov R$ 3.554,68 Dez R$ 1.424,78

Total R$ 32.711,19

Fonte: Adaptado (SANEPAR, 2018)

Estima-se um tempo de obra de 4 meses, tendo início em janeiro de 2019 e

término em abril do mesmo ano. Portanto, a partir de abril haverá uma projeção de

economia referente às tarifas cobradas atualmente.

Inicialmente, para a análise foi considerado que o UNICURITIBA realize o

pagamento do investimento do sistema à vista e com recurso próprio, isto é,

63

R$ 594.362,09 e por isto foi considerado uma TMA de 6,00% a.a. usando como base

a taxa da poupança da Caixa Econômica Federal (CAIXA, 2018). Caso contrário, seria

necessário considerar uma taxa de financiamento em uma instituição bancária, sendo

11,86% a.a. (BNDES, 2018).

A partir de 2018 a tarifa da SANEPAR terá um aumento de 2,11% a.a.

acrescidas de reajuste anual da inflação e correção monetária no período, com base

na taxa Selic, pelos próximos sete anos, ou seja, até 2024 (AGEPAR, 2017). Para a

análise econômica será feito uma projeção das tarifas do ano de 2018 até 2040,

incluindo uma perspectiva para a inflação de 4,00% a.a. (BCB, 2018). Segundo Castro

(2018), economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para os

próximos anos da taxa Selic de 8,00% a.a.. As projeções das tarifas estão detalhadas

no APÊNDICE C.

Realizando o cálculo do fluxo de caixa chegou-se nos valores da tabela 20.

Tabela 20 - Fluxo de Caixa

Ano Fluxo de caixa Fluxo de caixa

acumulado Fluxo de caixa

descontado

Fluxo de caixa descontado acumulado

0 -R$ 594.362,09 -R$ 594.362,09 -R$ 594.362,09 -R$ 594.362,09 DEZ/2019 1 R$ 32.057,30 -R$ 562.304,79 R$ 30.242,74 -R$ 564.119,35 DEZ/2020 2 R$ 49.348,33 -R$ 512.956,46 R$ 43.919,84 -R$ 520.199,52 DEZ/2021 3 R$ 56.597,58 -R$ 456.358,88 R$ 47.520,42 -R$ 472.679,10 DEZ/2022 4 R$ 64.911,73 -R$ 391.447,15 R$ 51.416,17 -R$ 421.262,93 DEZ/2023 5 R$ 74.447,23 -R$ 316.999,92 R$ 55.631,30 -R$ 365.631,62 DEZ/2024 6 R$ 85.383,50 -R$ 231.616,42 R$ 60.192,00 -R$ 305.439,63 DEZ/2025 7 R$ 88.798,84 -R$ 142.817,58 R$ 59.056,30 -R$ 246.383,33 DEZ/2026 8 R$ 92.350,79 -R$ 50.466,79 R$ 57.942,03 -R$ 188.441,30 DEZ/2027 9 R$ 96.044,82 R$ 45.578,03 R$ 56.848,78 -R$ 131.592,52 DEZ/2028 10 R$ 99.886,62 R$ 145.464,65 R$ 55.776,16 -R$ 75.816,35 DEZ/2029 11 R$ 103.882,08 R$ 249.346,73 R$ 54.723,78 -R$ 21.092,57 DEZ/2030 12 R$ 108.037,36 R$ 357.384,09 R$ 53.691,26 R$ 32.598,69 DEZ/2031 13 R$ 112.358,86 R$ 469.742,95 R$ 52.678,22 R$ 85.276,91 DEZ/2032 14 R$ 116.853,21 R$ 586.596,16 R$ 51.684,29 R$ 136.961,20 DEZ/2033 15 R$ 121.527,34 R$ 708.123,50 R$ 50.709,11 R$ 187.670,31 DEZ/2034 16 R$ 126.388,43 R$ 834.511,93 R$ 49.752,34 R$ 237.422,65 DEZ/2035 17 R$ 131.443,97 R$ 965.955,90 R$ 48.813,61 R$ 286.236,26 DEZ/2036 18 R$ 136.701,73 R$ 1.102.657,64 R$ 47.892,60 R$ 334.128,86 DEZ/2037 19 R$ 142.169,80 R$ 1.244.827,43 R$ 46.988,97 R$ 381.117,83 DEZ/2038 20 R$ 147.856,59 R$ 1.392.684,03 R$ 46.102,38 R$ 427.220,22 DEZ/2039 21 R$ 153.770,86 R$ 1.546.454,88 R$ 45.232,53 R$ 472.452,74 DEZ/2040 22 R$ 159.921,69 R$ 1.706.376,57 R$ 44.379,08 R$ 516.831,83

Fonte: Elaboração própria

64

Aplicando a equação (22) sobre a coluna “fluxo de caixa”, se obteve a taxa TIR,

resultando em um valor de 13,38% a.a., superando o valor da TMA que é de 6,00%

a.a..

A coluna “fluxo de caixa descontado acumulado”, ilustra o VPL ao final de cada

ano. Analisando a coluna, significa que o sistema começa a ser economicamente

atrativo a partir do ano de 2030.

O payback pode ser determinado observando a mesma coluna “fluxo de caixa

descontado acumulado”, onde seu primeiro saldo positivo se inicia durante o ano de

2030, ou seja, apenas a partir do 11º ano de funcionamento ele irá se pagar.

Determinando os meses e os dias do payback:

Anos: 11 anos;

Meses: R$ 21.092,57 R$ 53.691,26

= 0,39285 x 12 meses = 4,71 meses 4 meses;

Dias: 4,71 – 4 = 0,71 x 30 dias = 21,3 dias 22 dias.

65

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando a viabilidade técnica para a implantação do sistema, conclui-se que

é viável, pois como o UNICURITIBA já possui um sistema independente de

distribuição de água não potável, facilitaria a implantação do sistema de reúso de água

pluvial, mantendo o mesmo sistema sendo alterado apenas a fonte da água.

Analisando o APÊNDICE D, observa-se que o UNICURITIBA suportaria a implantação

dos reservatórios inferiores. Outro fator importante que contribui para a viabilidade

técnica, é o alto volume de chuva e a grande área de captação que o UNICURITIBA

possui.

Analisando a viabilidade econômica do sistema, pode-se concluir que a

implantação do sistema é viável, mesmo resultando um payback de 11 anos e 4

meses, pois a sua TIR atinge uma taxa de 13,38% a.a., sendo maior que o dobro da

taxa TMA considerada de 6% a.a.. Observa-se que no final do ano de 2030, o

UNICURITIBA terá um VPL positivo no valor de R$ 32.598,69 e em 2040 no valor de

R$ 516.831,83. É importante salientar que para a análise econômica, os valores de

taxas consideradas como inflação e Selic, são projeções futuras, podendo assim

serem alteradas e acabar alterando o payback do investimento.

Outro fator importante é o número de pessoas que frequentam o UNICURITIBA

e contribuem para o consumo de água não potável, a medida que o número de

pessoas aumentar, consequentemente o consumo de água e tarifa também iriam

aumentar, diminuindo assim o tempo de payback.

Como sugestão para estudos futuros, seria realizar um estudo de viabilidade

técnica e econômica para a implantação de sistema de reúso de água pluvial para o

bloco do Anexo do UNICURITIBA, visto que o mesmo não possui.

Pode-se ainda ser realizado um estudo para aproveitar o volume de água

excedente do reservatório de água pluvial, sendo usado como economia colaborativa.

Uma última sugestão, é realizar um estudo para fazer o tratamento de toda

água pluvial e utilizá-la como água potável no UNICURITIBA.

66

REFERÊNCIAS

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67

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73

APÊNDICES

74

APÊNDICE A – DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE BOMBAS

a) Vazão de recalque:

Qrec = CDNF = 25m3/dia

8h = 3,13m3

h = 8,69 ∗ 10−4m3/s

Qrec = Vazão de recalque (m³/h) = 3,13m³/h

CD = Consumo diário (m³/dia) = 25m³/dia

NF = Número de horas de funcionamento da bomba (h) = 8h

b) Diâmetro de recalque e sucção:

Drec = 1,3 ∗ (Qrec12) ∗ X

14 = 1,3 ∗ (8,69x10−4

12) ∗ 8

14 = 6,44x10−2m = 64,4mm

Drec = Diâmetro de recalque (m) = 6,44 x 10−2m = 64,4mm

Adotou-se o diâmetro padrão de 75mm.

Qrec = Vazão de recalque (m³/s) = 8,69 x1 0-4 m³/s

X = Número de horas de funcionamento sobre 24 horas diárias = 8h

O diâmetro de sucção será um diâmetro imediatamente superior ao

estabelecido para o recalque, portanto, 85mm.

c) Altura manométrica total:

Comprimento total da tubulação linear (Lreto):

L = 1,00 + 1,00 + 21,51 + 50,34 + 29,00 + 6,50 + 2,00 = 111,35m

Considerando que o sistema é composto por:

• 5 joelhos de 90º (Leq = 3,9m)

• 1 válvula de gaveta (Leq = 0,9m)

75

Calculando o comprimento equivalente para os pontos fixos (Leq) através da Tabela

15:

Leq = 5 ∗ 3,9m + 1 ∗ 0,9m = 20,40m

Portanto:

Lreto + Leq = 111,35m + 20,40m = 131,75m

Altura de sucção:

Hsuc = 1m

Altura de recalque:

Hrec = 28,01m

Diâmetro interno da tubulação de recalque:

D = 75mm − 2 ∗ 4,2mm = 66,6mm

Velocidade do fluido:

V =Q

π ∗ D²4

=Q ∗ 4

π ∗ D2 =3,13 ∗ 4

π ∗ 0,06662 =898,47m

h3600s

= 0,2495m/s

Rugosidade relativa:

𝜀𝐷

=0,0015mm

66,6mm= 2,25𝑥10−5 = 0,0000225

Número de Reynolds:

Para a água, temos:

𝜌 = 997 Kg/m³

76

𝜇 = 1,003*10-3 Pa.s (a 20ºC)

Re =ρ ∗ V ∗ D

μ=

997 ∗ 0,2495 ∗ 0,06661,003 ∗ 10−3 = 16517,29

Para um fluxo de água num tubo cilíndrico:

Re = 16517,29 > 4000 → Fluxo turbulento

Com os resultados do Número de Reynolds (Re) e da Rugosidade Relativa (𝜀/D),

pode-se obter o fator de atrito (f) através do Diagrama de Moody (figura 5).

O fator de atrito resultou em:

𝑓 = 0,009

Aplicando os valores obtidos na equação de Darcy-Weisbach:

PC =2 ∗ f ∗ L ∗ V²

D ∗ g=

2 ∗ 0,009 ∗ 131,75 ∗ 0,24952

6,66 ∗ 10−2 ∗ 9,80= 0,2261 m. c. a

Altura manométrica total:

Hman = Hman, rec + Hman, suc + PC

Hman = 28,01m + 1,00m + 0,23m = 29,24 m. c. a

d) Escolha da bomba

Com base na vazão mínima de 3,13m³/h, e na altura manométrica total de 29,24

m.c.a, basta escolher a bomba mais compatível com o sistema.

A bomba escolhida é da marca Schneider série BC-92, modelo SKID 2X BC-

92, com altura manométrica de 30 m.c.a e vazão de 10,7 m³/h.

77

APÊNDICE B – ORÇAMENTO DO SISTEMA

ITEM REF.CÓD. DO

SERVIÇODESCRIÇÃO DO SERVIÇO UN. QUANT. MATERIAL

MÃO DE

OBRA

CUSTO

UNITÁRIO CUSTO TOTAL BDI 25%

1 SERVIÇOS GERAIS

1.1 Serviços Técnicos

1.1.1 IMEC - Projeto de Instalações Hidráulicas m² 190,56 12,00R$ 2.286,72R$ 1.2 Serviços Legais

1.2.1 CREA - ART vb 1 218,54R$ 218,54R$ * 1.2.2 IMEC - Licenças, taxas de obra e registros em cartório vb 1 1.800,00R$ 1.800,00R$

1.3 Administração de Obra

1.3.1 SEIL/PRED 91678 Engenheiro sanitarista com encargoscomplementares

h 240 67,78R$ 67,78R$ 16.267,20R$

1.3.2 SEIL/PRED 90780 Mestre de obras com encargoscomplementares

h 320 35,40R$ 35,40R$ 11.328,00R$

1.3.3 SEIL/PRED 88309 Pedreiro com encargos complementares h 1600 15,24R$ 15,24R$ 24.384,00R$

1.3.4 SEIL/PRED 88267 Encanador ou bombeiro hidráulico comencargos complementares

h 320 15,20R$ 15,20R$ 4.864,00R$

1.3.5 SEIL/PRED 88248 Auxiliar de encanador ou bombeiro hidráulicocom encargos complementares

h 1600 11,42R$ 11,42R$ 18.272,00R$

1.3.6 SEIL/PRED 88264 Eletricista com encargos complementares h 40 15,44R$ 15,44R$ 617,60R$ 1.4 Serviços Externos

* 1.4.1 COTAÇÃO - Frete de materiais ud 1 500,00R$ 500,00R$ 500,00R$ 1.4.2 SANEPAR 030901 Transporte entulho com caminhão carroceria m³ 5 31,65R$ 158,25R$ 1.4.3 SEIL/PRED 9537 Limpeza final da obra m² 190,56 0,91R$ 1,51R$ 2,42R$ 461,16R$ 115,29R$

81.157,47R$ 115,29R$

2 SERVIÇOS DE INSTALAÇÕES

2.1 Instalações Hidráulicas

2.1.1 SEIL/PRED 20068 Tubo PVC, PBV, serie r, DN 50 mm, paraesgoto ou aguas pluviais predial (NBR 5688)

m 270 8,69R$ 8,69R$ 2.346,30R$ 586,58R$

2.1.2 SEIL/PRED 9839 Tubo PVC, PBV, serie r, DN 75 mm, paraesgoto ou aguas pluviais predial (NBR 5688)

m 126 11,06R$ 11,06R$ 1.393,56R$ 348,39R$

2.1.3 COTAÇÃO - Tubo 85mm PVC m 1 45,03R$ 45,03R$ 45,03R$ 2.1.4 COTAÇÃO - Tubo 150 mm para extravasor PVC m 25 20,30R$ 20,30R$ 507,50R$ 2.1.5 SEIL/PRED 3511 Joelho 90° 75mm soldavel marrom PVC ud 5 69,54R$ 69,54R$ 347,70R$ 86,93R$ 2.1.6 COTAÇÃO - Registro de esfera PVC soldavel 75mm ud 1 79,90R$ 79,90R$ 79,90R$ 2.1.7 SEIL/PRED 122 Adesivo plástico para PVC, frasco com 850 gr ud 1 50,58R$ 50,58R$ 50,58R$ 12,65R$

2.1.8 COTAÇÃO - Bomba KSID 2x BC-92, altura manometrica 30 m.c.a - vazão 10,7m³/h

ud 1 2.474,89R$ 2.474,89R$ 2.474,89R$

SUBTOTAL

78

2.1.8 COTAÇÃO -Bomba KSID 2x BC-92, altura manometrica 30 m.c.a - vazão 10,7m³/h ud 1 2.474,89R$ 2.474,89R$ 2.474,89R$

2.2 Instalações Elétricas

2.2.1 COTAÇÃO - Fiação trifásica 220-380v m 180 1,60R$ 1,60R$ 288,00R$

* 2.2.2 COTAÇÃO -Revisão do quadro elétrico conforme NBR 5410, e substituindo quando necessário os disjuntores

ud 1 1.180,00R$ 1.180,00R$ 1.180,00R$

8.713,46R$ 1.034,54R$

3 RESERVATÓRIO PRINCIPAL 315 m³3.1 Topografia e Geodésia

3.1.1 SANEPAR 020141 Locação da obra com auxílio de equipamento topográfico

m² 154 2,25R$ 346,50R$ 86,63R$

3.2 Cadastro de obras

3.2.1 SANEPAR 020705 Cadastro de obra localizada "as built" ud 1 67,50R$ 67,50R$ 16,88R$

3.4Escavação mecânica de valas em qualquer

tipo de solo, exceto rocha

3.4.1 SANEPAR 40203 Profundidade 0 m < h <= 6 m m³ 770 11,11R$ 8.554,70R$ 2.138,68R$ 3.5 Aterro/reaterro em valas e cavas

3.5.1 SANEPAR 041301 Manual m³ 38,5 8,08R$ 311,08R$ 77,77R$ 3.5.2 SANEPAR 041302 Mecânico m³ 770 1,30R$ 1.001,00R$ 250,25R$ 3.6 Compactação em valas

3.6.1 SANEPAR 041402 Mecânica m³ 92,4 4,45R$ 411,18R$ 102,80R$ 3.7 Carga e descarga de solos

3.7.1 SANEPAR 041801 Qualquer tipo de solo exceto rocha m³ 770 1,85R$ 1.424,50R$ 356,13R$ 3.8 Estaca pré-fabricada de concreto

3.8.1 SANEPAR 080402 Concreto armado ud 5 100,30R$ 501,50R$ 125,38R$ 3.9 Fôrma para laje

3.9.1 SANEPAR 080803 Chapa resinada e= 18 mm m² 528,32 56,77R$ 29.992,73R$ 7.498,18R$ 3.10 Fôrma para viga, pilar e parede

3.10.1 SANEPAR 80909 Plana em chapa resinada e= 21 mm m² 464,5 74,44R$ 34.577,38R$ 8.644,35R$ 3.11 Armadura

3.11.1 SANEPAR 081901 Em aço CA-50 kg 2713,2 8,07R$ 21.895,52R$ 5.473,88R$ 3.11.2 SANEPAR 081902 Em aço CA-60 kg 12387,05 8,50R$ 105.289,93R$ 26.322,48R$ 3.12 Concreto convencional

3.12.1 SANEPAR 082101 Não estrutural m³ 8,88 394,39R$ 3.502,18R$ 875,55R$ 3.13 Concreto usinado

3.13.1 SANEPAR 082221 fck = 40,0 MPa - slump 12 m³ 177,65 356,02R$ 63.246,95R$ 15.811,74R$ 3.14 Cura do concreto

3.14.1 SANEPAR 082701 Lâmina de água m² 3698,24 0,95R$ 3.513,33R$ 878,33R$ 3.14.2 SANEPAR 082702 Gotejamento contínuo m 203 4,84R$ 982,52R$ 245,63R$

3.15Proteção e impermeabilização das

estruturas de concreto

SUBTOTAL

79

3.15Proteção e impermeabilização das

estruturas de concreto

3.15.1 SANEPAR 083004 Impermeabilização com manta asfáltica m² 357,5 72,91R$ 26.065,33R$ 6.516,33R$ 3.16 Controle tecnológico do concreto

3.16.1 SANEPAR 083402 Controle de resistência do concreto ud 177 31,40R$ 5.557,80R$ 1.389,45R$ 3.17 Dispositivo de ventilação/extravasão

3.17.1 SANEPAR 160303 Tipo 3 - Módulo 500 ud 1 987,04R$ 987,04R$ 246,76R$ 3.18 Dispositivo de ventilação de teto

3.18.1 SANEPAR 160401 Ventilação de teto para reservatório ud 1 3.201,62R$ 3.201,62R$ 800,41R$ 3.19 Tampão em ferro dúctil

3.19.1 COTAÇÃO - Tampa de inspeção CL 50 DN600mm ud 2 318,26R$ 318,26R$ 636,52R$ 312.066,80R$ 77.857,57R$

4 RESERVATÓRIO SUPERIOR 26 m³4.1 Cadastro de obras

4.1.1 SANEPAR 020705 Cadastro de obra localizada "as built" ud 1 67,50R$ 67,50R$ 16,88R$ 4.2 Fôrma para laje

4.2.1 SANEPAR 080803 Chapa resinada e= 18 mm m² 23,12 56,77R$ 1.312,52R$ 328,13R$ 4.3 Fôrma para viga, pilar e parede

4.3.1 SANEPAR 80909 Plana em chapa resinada e= 21 mm m² 36,99 74,44R$ 2.753,54R$ 688,38R$ 4.4 Armadura

4.4.1 SANEPAR 081901 Em aço CA-50 kg 317,9 8,07R$ 2.565,45R$ 641,36R$ 4.4.2 SANEPAR 081902 Em aço CA-60 kg 975,8 8,50R$ 8.294,30R$ 2.073,58R$ 4.5 Concreto convencional

4.5.1 SANEPAR 082101 Não estrutural m³ 0,76 394,39R$ 299,74R$ 74,93R$ 4.6 Concreto usinado

4.6.1 SANEPAR 082221 fck = 40,0 MPa - slump 12 m³ 15,22 356,02R$ 5.418,62R$ 1.354,66R$ 4.7 Cura do concreto

4.7.1 SANEPAR 082701 Lâmina de água m² 161,84 0,95R$ 153,75R$ 38,44R$ 4.7.2 SANEPAR 082702 Gotejamento contínuo m 47,6 4,84R$ 230,38R$ 57,60R$

4.8Proteção e impermeabilização das

estruturas de concreto

4.8.1 SANEPAR 083004 Impermeabilização com manta asfáltica m² 52,68 72,91R$ 3.840,90R$ 960,22R$ 4.9 Controle tecnológico do concreto

4.9.1 SANEPAR 083402 Controle de resistência do concreto ud 15 31,40R$ 471,00R$ 117,75R$ 4.10 Dispositivo de ventilação/extravasão

4.10.1 SANEPAR 160303 Tipo 3 - Módulo 500 ud 1 987,04R$ 987,04R$ 246,76R$ 4.11 Dispositivo de ventilação de teto

4.11.1 SANEPAR 160401 Ventilação de teto para reservatório ud 1 3.201,62R$ 3.201,62R$ 800,41R$ 4.12 Dispositivo fechamento da vazão

4.12.1 COTAÇÃO - Torneira boia para caixa d'água ud 1 47,90R$ 47,90R$ 47,90R$ 4.13 Tampão em ferro dúctil

SUBTOTAL

80

4.13 Tampão em ferro dúctil

4.13.1 COTAÇÃO - Tampa de inspeção CL 50 DN600mm ud 1 318,26R$ 318,26R$ 318,26R$ 29.962,52R$ 7.399,09R$

5 RESERVATÓRIO AUTOLIMPEZA 19 m³5.1 Topografia e Geodésia

5.1.1 SANEPAR 020141 Locação da obra com auxílio de equipamento topográfico

m² 25 2,25R$ 56,25R$ 14,06R$

5.2 Cadastro de obras

5.2.1 SANEPAR 020705 Cadastro de obra localizada "as built" ud 1 67,50R$ 67,50R$ 16,88R$

5.3Escavação mecânica de valas em qualquer

tipo de solo, exceto rocha

5.3.1 SANEPAR 40202 Profundidade 0 m < h <= 4 m m³ 99,25 10,89R$ 1.080,83R$ 270,21R$ 5.4 Aterro/reaterro em valas e cavas

5.4.1 SANEPAR 041301 Manual m³ 4,96 8,08R$ 40,08R$ 10,02R$ 5.4.2 SANEPAR 041302 Mecânico m³ 99,25 1,30R$ 129,03R$ 32,26R$ 5.5 Compactação em valas

5.5.1 SANEPAR 041402 Mecânica m³ 15 4,45R$ 66,75R$ 16,69R$ 5.6 Carga e descarga de solos

5.6.1 SANEPAR 041801 Qualquer tipo de solo exceto rocha m³ 99,25 1,85R$ 183,61R$ 45,90R$ 5.7 Estaca pré-fabricada de concreto

5.7.1 SANEPAR 080402 Concreto armado ud 5 100,30R$ 501,50R$ 125,38R$ 5.8 Fôrma para laje

5.8.1 SANEPAR 080803 Chapa resinada e= 18 mm m² 73,12 56,77R$ 4.151,02R$ 1.037,76R$ 5.9 Fôrma para viga, pilar e parede

5.9.1 SANEPAR 80909 Plana em chapa resinada e= 21 mm m² 109,84 74,44R$ 8.176,49R$ 2.044,12R$ 5.10 Armadura

5.10.1 SANEPAR 081901 Em aço CA-50 kg 359,55 8,07R$ 2.901,57R$ 725,39R$ 5.10.2 SANEPAR 081902 Em aço CA-60 kg 2487,95 8,50R$ 21.147,58R$ 5.286,89R$ 5.11 Concreto convencional

5.11.1 SANEPAR 082101 Não estrutural m³ 1,68 394,39R$ 662,58R$ 198,77R$ 5.12 Concreto usinado

5.12.1 SANEPAR 082221 fck = 40,0 MPa - slump 12 m³ 33,5 356,02R$ 11.926,67R$ 2.981,67R$ 5.13 Cura do concreto

5.13.1 SANEPAR 082701 Lâmina de água m² 511,84 0,95R$ 486,25R$ 121,56R$ 5.13.2 SANEPAR 082702 Gotejamento contínuo m 70 4,84R$ 338,80R$ 84,70R$

5.14Proteção e impermeabilização das

estruturas de concreto

5.14.1 SANEPAR 083004 Impermeabilização com manta asfáltica m² 43,44 72,91R$ 3.167,21R$ 791,80R$ 5.15 Controle tecnológico do concreto

5.15.1 SANEPAR 083402 Controle de resistência do concreto ud 33 31,40R$ 1.036,20R$ 259,05R$ 5.16 Dispositivo de ventilação/extravasão

SUBTOTAL

81

5.16 Dispositivo de ventilação/extravasão

5.16.1 SANEPAR 160303 Tipo 3 - Módulo 500 ud 1 987,04R$ 987,04R$ 246,76R$ 5.17 Dispositivo de ventilação de teto

5.17.1 SANEPAR 160401 Ventilação de teto para reservatório ud 1 3.201,62R$ 3.201,62R$ 800,41R$ 5.18 Tampão em ferro dúctil

5.18.1 COTAÇÃO - Tampa de inspeção CL 50 DN600mm ud 2 318,26R$ 318,26R$ 636,52R$ 60.945,09R$ 15.110,27R$

492.845,34R$ 101.516,76R$

594.362,09R$

TOTAL

TOTAL GERAL

SUBTOTAL

82

APÊNDICE C – PROJEÇÕES DAS TARIFAS UTILIZADAS

Taxa Ano Mês Valor In

flaçã

o +

Tarif

a =

14,6

9%

2019

Jan R$ - Início da Construção

Fev R$ - Em Construção

Mar R$ - Em Construção

Abr R$ - Término da Construção Mai R$ 4.671,69

Jun R$ 4.417,12

Jul R$ 2.382,73

Ago R$ 4.736,09

Set R$ 4.787,82

Out R$ 4.511,99

Nov R$ 4.675,75

Dez R$ 1.874,12 Acumulado 2019 R$ 32.057,30

Infla

ção

+ Ta

rifa

= 14

,69%

2020

Jan R$ 77,78

Fev R$ 3.121,34

Mar R$ 4.533,47

Abr R$ 4.849,24

Mai R$ 5.357,95

Jun R$ 5.065,99

Jul R$ 2.732,75

Ago R$ 5.431,81

Set R$ 5.491,15

Out R$ 5.174,79

Nov R$ 5.362,62

Dez R$ 2.149,43 Acumulado 2020 R$ 49.348,33

Infla

ção

+ Ta

rifa

= 14

,69%

2021

Jan R$ 89,21 Fev R$ 3.579,86

Mar R$ 5.199,43

Abr R$ 5.561,59

Mai R$ 6.145,03

Jun R$ 5.810,18

Jul R$ 3.134,19

Ago R$ 6.229,75

Set R$ 6.297,80

Out R$ 5.934,97

Nov R$ 6.150,38

Dez R$ 2.465,18 Acumulado 2021 R$ 56.597,58

Infla

ção

+ Ta

rifa

= 14

,69%

2022

Jan R$ 102,32 Fev R$ 4.105,74

Mar R$ 5.963,23

Abr R$ 6.378,58

Mai R$ 7.047,74

Jun R$ 6.663,70

Jul R$ 3.594,60

Ago R$ 7.144,89

Set R$ 7.222,94

Out R$ 6.806,81

Nov R$ 7.053,87

Dez R$ 2.827,32 Acumulado 2022 R$ 64.911,73

83

Infla

ção

+ Ta

rifa

= 14

,69%

2023

Jan R$ 117,35

Fev R$ 4.708,87

Mar R$ 6.839,22

Abr R$ 7.315,59

Mai R$ 8.083,05

Jun R$ 7.642,59

Jul R$ 4.122,65

Ago R$ 8.194,47

Set R$ 8.283,98

Out R$ 7.806,73

Nov R$ 8.090,08

Dez R$ 3.242,65 Acumulado 2023 R$ 74.447,23

Infla

ção

+ Ta

rifa

= 14

,69%

2024

Jan R$ 134,58

Fev R$ 5.400,60

Mar R$ 7.843,90

Abr R$ 8.390,25

Mai R$ 9.270,44

Jun R$ 8.765,29

Jul R$ 4.728,26

Ago R$ 9.398,24

Set R$ 9.500,90

Out R$ 8.953,53

Nov R$ 9.278,51

Dez R$ 3.718,99 Acumulado 2024 R$ 85.383,50

Infla

ção

= 4,

00%

2025

Jan R$ 139,97

Fev R$ 5.616,63

Mar R$ 8.157,66

Abr R$ 8.725,86

Mai R$ 9.641,26

Jun R$ 9.115,90

Jul R$ 4.917,39

Ago R$ 9.774,17

Set R$ 9.880,93

Out R$ 9.311,68

Nov R$ 9.649,65

Dez R$ 3.867,75 Acumulado 2025 R$ 88.798,84

Infla

ção

= 4,

00%

2026

Jan R$ 145,57

Fev R$ 5.841,29

Mar R$ 8.483,97

Abr R$ 9.074,89

Mai R$ 10.026,91

Jun R$ 9.480,53

Jul R$ 5.114,09

Ago R$ 10.165,13

Set R$ 10.276,17

Out R$ 9.684,14

Nov R$ 10.035,63

Dez R$ 4.022,46 Acumulado 2026 R$ 92.350,79

84

Infla

ção

= 4,

00%

2027

Jan R$ 151,39

Fev R$ 6.074,94

Mar R$ 8.823,32

Abr R$ 9.437,89

Mai R$ 10.427,99

Jun R$ 9.859,75

Jul R$ 5.318,65

Ago R$ 10.571,74

Set R$ 10.687,22

Out R$ 10.071,51

Nov R$ 10.437,06

Dez R$ 4.183,36 Acumulado 2027 R$ 96.044,82

Infla

ção

= 4,

00%

2028

Jan R$ 157,44

Fev R$ 6.317,94

Mar R$ 9.176,26

Abr R$ 9.815,40

Mai R$ 10.845,11

Jun R$ 10.254,14

Jul R$ 5.531,40

Ago R$ 10.994,61

Set R$ 11.114,71

Out R$ 10.474,37

Nov R$ 10.854,54

Dez R$ 4.350,70 Acumulado 2028 R$ 99.886,62

Infla

ção

= 4,

00%

2029

Jan R$ 163,74

Fev R$ 6.570,66

Mar R$ 9.543,31

Abr R$ 10.208,02

Mai R$ 11.278,91

Jun R$ 10.664,31

Jul R$ 5.752,65

Ago R$ 11.434,39

Set R$ 11.559,30

Out R$ 10.893,34

Nov R$ 11.288,72

Dez R$ 4.524,72 Acumulado 2029 R$ 103.882,08

Infla

ção

= 4,

00%

2030

Jan R$ 170,29

Fev R$ 6.833,49

Mar R$ 9.925,04

Abr R$ 10.616,34

Mai R$ 11.730,07

Jun R$ 11.090,88

Jul R$ 5.982,76

Ago R$ 11.891,77

Set R$ 12.021,67

Out R$ 11.329,08

Nov R$ 11.740,27

Dez R$ 4.705,71 Acumulado 2030 R$ 108.037,36

85

Infla

ção

= 4,

00%

2031

Jan R$ 177,10

Fev R$ 7.106,83

Mar R$ 10.322,04

Abr R$ 11.040,99

Mai R$ 12.199,27

Jun R$ 11.534,52

Jul R$ 6.222,07

Ago R$ 12.367,44

Set R$ 12.502,53

Out R$ 11.782,24

Nov R$ 12.209,88

Dez R$ 4.893,94 Acumulado 2031 R$ 112.358,86

Infla

ção

= 4,

00%

2032

Jan R$ 184,19

Fev R$ 7.391,10

Mar R$ 10.734,92

Abr R$ 11.482,63

Mai R$ 12.687,24

Jun R$ 11.995,90

Jul R$ 6.470,95

Ago R$ 12.862,14

Set R$ 13.002,64

Out R$ 12.253,53

Nov R$ 12.698,28

Dez R$ 5.089,70 Acumulado 2032 R$ 116.853,21

Infla

ção

= 4,

00%

2033

Jan R$ 191,55

Fev R$ 7.686,74

Mar R$ 11.164,32

Abr R$ 11.941,94

Mai R$ 13.194,73

Jun R$ 12.475,73

Jul R$ 6.729,79

Ago R$ 13.376,62

Set R$ 13.522,74

Out R$ 12.743,67

Nov R$ 13.206,21

Dez R$ 5.293,29 Acumulado 2033 R$ 121.527,34

Infla

ção

= 4,

00%

2034

Jan R$ 199,22

Fev R$ 7.994,21

Mar R$ 11.610,89

Abr R$ 12.419,62

Mai R$ 13.722,52

Jun R$ 12.974,76

Jul R$ 6.998,98

Ago R$ 13.911,69

Set R$ 14.063,65

Out R$ 13.253,42

Nov R$ 13.734,46

Dez R$ 5.505,02 Acumulado 2034 R$ 126.388,43

86

Infla

ção

= 4,

00%

2035

Jan R$ 207,18

Fev R$ 8.313,98

Mar R$ 12.075,33

Abr R$ 12.916,40

Mai R$ 14.271,42

Jun R$ 13.493,75

Jul R$ 7.278,94

Ago R$ 14.468,16

Set R$ 14.626,20

Out R$ 13.783,55

Nov R$ 14.283,84

Dez R$ 5.725,22 Acumulado 2035 R$ 131.443,97

Infla

ção

= 4,

00%

2036

Jan R$ 215,47

Fev R$ 8.646,54

Mar R$ 12.558,34

Abr R$ 13.433,06

Mai R$ 14.842,28

Jun R$ 14.033,50

Jul R$ 7.570,10

Ago R$ 15.046,88

Set R$ 15.211,24

Out R$ 14.334,90

Nov R$ 14.855,19

Dez R$ 5.954,23 Acumulado 2036 R$ 136.701,73

Infla

ção

= 4,

00%

2037

Jan R$ 224,09

Fev R$ 8.992,40

Mar R$ 13.060,67

Abr R$ 13.970,38

Mai R$ 15.435,97

Jun R$ 14.594,84

Jul R$ 7.872,90

Ago R$ 15.648,76

Set R$ 15.819,69

Out R$ 14.908,29

Nov R$ 15.449,40

Dez R$ 6.192,40 Acumulado 2037 R$ 142.169,80

Infla

ção

= 4,

00%

2038

Jan R$ 233,05

Fev R$ 9.352,10

Mar R$ 13.583,10

Abr R$ 14.529,20

Mai R$ 16.053,41

Jun R$ 15.178,64

Jul R$ 8.187,82

Ago R$ 16.274,71

Set R$ 16.452,48

Out R$ 15.504,62

Nov R$ 16.067,37

Dez R$ 6.440,09 Acumulado 2038 R$ 147.856,59

87

Infla

ção

= 4,

00%

2039

Jan R$ 242,38

Fev R$ 9.726,18

Mar R$ 14.126,43

Abr R$ 15.110,36

Mai R$ 16.695,54

Jun R$ 15.785,78

Jul R$ 8.515,33

Ago R$ 16.925,70

Set R$ 17.110,58

Out R$ 16.124,81

Nov R$ 16.710,07

Dez R$ 6.697,70 Acumulado 2039 R$ 153.770,86

Infla

ção

= 4,

00%

2040

Jan R$ 252,07

Fev R$ 10.115,23

Mar R$ 14.691,48

Abr R$ 15.714,78

Mai R$ 17.363,36

Jun R$ 16.417,21

Jul R$ 8.855,95

Ago R$ 17.602,72

Set R$ 17.795,00

Out R$ 16.769,80

Nov R$ 17.378,47

Dez R$ 6.965,60 Acumulado 2040 R$ 159.921,69

RU

A B

ALT

AZA

R C

AR

RA

SC

O D

OS

RE

IS

ESTACIONAMENTO

BLO

CO

D

PAV

IME

NTA

ÇÃ

O A

SFÁ

LTIC

A

DESCOBERTO

³

³

³³

³

Endereço

Referência PranchaData

Plotagem

NOV/2018

Proprietário Assinatura

Assinaturas

Visto

Escala

PROJETO RESERVATÓRIOS

Autor do Projeto

Rua Chile, 1678 - Rebouças - Curitiba PR

CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA - UNICURITIBA

Implantação14/11/2018 Indicada 01/01

João Gabriel Olivo

UNICURITIBA

Cristiane Fernandes

Lucas Zilneyk Mikuska

APÊNDICE D – IMPLANTAÇÃO DOS RESERVATÓRIOS

ESCALA: 1:250

88

LEGENDA

Reservatórios à implantar.

Reservatórios existentes.