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CÂMARA DOS DEPUTADOS HOMENAGEM AO DO SUPREMO FEDERAL J f ! .'-d '1 J 04 Discursos pronunciados em homenagem ao centenário do Supremo Tribunal Federal, na sessão de 31 de outubro de 1991 . Centro de Documentação e Informação Coordenação de Publicações BRASÍLIA - 1992

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Page 1: ~CENTENÁRIO SUPREMO T~IBUNAL FEDERAL · bém os cem anos de instituição da Justiça Federal e da introdução das teses e doutrinas constitucionalistas em nosso País, cujo expoente

CÂMARA DOS DEPUTADOS

HOMENAGEM AO ~CENTENÁRIO DO SUPREMO T~IBUNAL FEDERAL

J f ~~ ! .'-d '1 J 04

H.f~S

t\c.~

Discursos pronunciados em homenagem ao centenário do Supremo Tribunal Federal, na sessão de 31 de outubro de 1991.

Centro de Documentação e Informação Coordenação de Publicações

BRASÍLIA - 1992

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PRESIDENTE (Ibsen Pinheiro) - Concedo a palavra ao último orador inscrito, Deputado Luiz Piauhylino, que falará pelo Partido Socialista Brasi­leiro.

LUIZ PIAUHYLINO (PSB - PE) - Exm9 Sr. Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Sidney Sanches; Exm9 Sr. Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Ibsen Pinheiro; Exm9S Srs. Ministros do Supremo Tribunal Federal, Octávio Galotti , José Carlos Moreira Alves , Néri da Silveira , Célio Borja, Paulo Brossard de Souza Pinto , José Paulo Sepúlveda Pertence, José Celso de Mello Filho , Carlos Mário da Silva Velloso , Marco Aurélio Mendes de Farias Mello e limar Galvão; Exm9 Sr. Procurador-Geral da Repú­blica , Aristides Alvarenga Junqueira; Exm9S Srs . Deputados, demais autori­dades presentes , magistrados, membros do Ministério Público, representantes do Corpo Diplomático , meus senhores , minhas senhoras, nesta sessão solene do Congresso Nacional , em nome do Partido Socialista Brasileiro , coube-nos a elevada honra de render as devidas e merecidas homenagens a essa data ímpar do calendário da História do Brasil : a passagem do primeiro centenário do Supremo Tribunal Federal.

A presente data , devemos realçar de imediato, é muito mais importante e significativa do que possamos inicialmente imaginar.

Comemora-se o centenário da mais alta Corte de Justiça da República , essa Suprema Instância que representa , dirige e orienta a estrutura orgânica do Poder Judiciário .

Mas , além do centenário do Supremo Tribunal Federal , lembramos tam­bém os cem anos de instituição da Justiça Federal e da introdução das teses e doutrinas constitucionalistas em nosso País , cujo expoente de destaque , nesse período, foi um dos maiores juristas brasileiros de todos os tempos: Rui Barbosa.

Ante a figura reverencial da mais alta Corte do País, Rui já se referia ao Supremo Tribunal como sendo "o oráculo da nova Constituição, a encar­nação viva das instituições federais".

Como são apropriadas essas palavras para a época atual! Estamos dentro , hoje , da turbulência de uma nova fase constitucional ,

com todas as conseqüências inevitáveis resultantes das mudanças na ordem jurídica ocorridas com a promulgação da Carta de 1988.

Necessitamos todos , nesta hora , mais do que nunca , que o Poder Judiciário e seu órgão máximo exerçam o controle do cumprimento da nossa Constituição ,

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'ante as veladas ameaças e mesmo os atos concretos de violação, por ação ou omissão, já ocorridos no âmbito dos demais poderes da União .

O Poder Judiciário da União, como expresso pela nossa Constituição, é um poder independente que deve atuar em harmonia com os outros dois poderes da República: o Executivo e o Legislativo. O Parlamento faz as leis , o Executivo cumpre as resoluções postas pelo interesse público, exercendo os atos próprios da Administração, e ao Judiciário compete resolver os conflitos que invariavelmente resultam desse processo dinâmico de positivização dos fatos sociais.

Aprendemos não só com as lições dos mais eméritos e eruditos, mas também com a prática política , que a independência dos Poderes, além de princípio fundamental da República , é pressuposto básico e essencial do regime democrático , em que o livre exercício dos direitos humanos , sociais e políticos constitucionalmente consagrados é autêntica condição sioe qua 000 para a existência e plenitude desse mesmo regime.

Em alguns momentos da história da nossa República , a harmonia entre os Poderes foi quebrada , e essa independência solapada pelo domínio da força. Assim ocorreu , notadamente , em 1893, 1930, 1937, 1964 e 1968, através de golpes de Estado ou de movimentos militares ditos revolucionários apenas na sua acepção jurídica, cujos representantes sempre se preocupavam , desde a primeira hora, em modificar o fundamento material de validez do Direito estatal.

Os regimes ditatoriais do Estado Novo de Vargas e , posteriormente, dos cinco Generais que se sucederam após 1964, como garantia ao exercício do seu livre arbítrio , subjugaram o Poder Legislativo, restringiram sua autono­mia e competência e , em situações de ruptura da ordem constitucional, chega­ram mesmo, por diversas vezes, a fechar as portas do Congresso Nacional, a última delas em 1977.

O autoritarismo impunha a sua própria ordem jurídica, assumindo o Poder Executivo as funções e competências que normalmente seriam do Poder Legislativo,

A hipertrofia de atribuições e a supremacia do Executivo sobre o Poder Legislativo, nos momentos de crise institucional, somente encontravam limites na altivez e na resistência da nossa Corte Suprema, que , mesmo assim , também experimentou ofensas e dissabores a cada período de instabilidade política no País. No entanto, cumpre relevar, jamais deixou o Supremo Tribunal de funcionar ao longo de todos os anos da República, jamais teve cerradas suas portas pela imposição dos sabres ou das baionetas.

Não podemos, nesta ocasião, olvidar os graves e tormentosos momentos por que passaram as instituições republicanas nesse período, e , em especial, o Poder Judiciário. A memória histórica da Nação sempre trará à lembrança os episódios em que o autoritarismo tentou restringir a independência e a autonomia da nossa Suprema Corte de Justiça.

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Assim ocorreu no início da República, quando , em 1892, o então Presi­dente Marechal Floriano Peixoto procurou desmoralizar o então nascente Supremo Tribunal Federal , insatisfeito que estava o Ditador com a concessão dos primeiros habeas corpus em favor de presos políticos desterrados, inclusive de Marechais , Generais , Senadores , Deputados e jornalistas. A certa altura dos acontecimentos , ainda pendente de julgamento os habeas corpus propostos por Rui Barbosa, Floriano chegou a assim ameaçar o Supremo Tribunal:

"Se os Juízes do Tribunal concederem habeas corpus aos políti­cos, eu não sei quem amanhã lhes dará habeas corpus de que , por sua vez, necessitarão."

Era a ameaça expressa, audaz e intolerante de um Poder contra outro Poder da República.

A história da Primeira República evidencia , ainda, outras crises institu­cionais dessa natureza, como aquelas ocorridas nos Governos de Prudente de Moraes e do Marechal Hermes da Fonseca.

Precisamente nessa fase inaugural da República brasileira é que as primei­ras teses constitucionalistas de defesa das liberdades individuais foram apresen­tadas e discutidas no Supremo Tribunal Federal. São páginas memoráveis da Jurisprudência do Supremo as dos leading cases do Habeas Corpus n9

300, dos presos do Vapor Júpiter e na célebre ação reivindicatória do Acre Setentrional , proposta pelo Estado do Amazonas , uma das principais obras de destaque de Rui Barbosa.

Foi durante essa época que o Supremo Tribunal, por breves períodos , deixou mesmo de funcionar , não em decorrência de uma intervenção direta do poder autoritário da Primeira República, mas por insuficiência de quorum mínimo para a realização das suas sessões , ante o comportamento despótico do Marechal Floriano , que postergava a nomeação de ministros para as vagas existentes .

O Supremo Tribunal Federal, na sua forma agora centenária , apesar de tudo , teve , no movimento republicano de 1889, a origem de sua confor­mação política às teses do federalismo e do constitucionalismo norte-ame­ricano , defendidas por figuras exponenciais como Hamilton, Marshall e Coo­lley .

Ainda que estruturado inicialmente pelo Decreto n9 848, de 1890, como sucedâneo do Supremo Tribunal de Justiça do Império , o Supremo Tribunal Fede.ral veio a incorporar , na sua competência , a grandiosa e fundamental tarefa de órgão superior de controle da constitucionalidade, hoje mais ainda realçada pela Carta Política de 1988.

Coube a Rui Barbosa a tarefa de moldar os alicerces da fundamental construção teórica do controle da constitucionalidade em nossa cultura jurídica e no nosso sistema judiciário.

Vale lembrar que , mesmo prevendo o Decreto n9 848 , de 1890, e a Constituição Republicana de 1891 a competência do Supremo Tribunal para

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decidir sobre questões inerentes à constitucionalidade ' das leis e de atos do Poder Executivo , somente em 1893 veio a Superior Corte de Justiça a exercer , ainda que de forma episódica, tal competência, graças à fervorosa e competente atuação de Rui Barbosa na pregação das teses oriundas do federalismo norte-a­mericano.

Até então , o Supremo ainda permanecia arraigado à experiência jurisdi- . cional do Império , em que lhe competia unicamente julgar os " casos de injus­tiça notória e de nulidade manifesta" , restritos ainda a litígios individuais . de natureza privada ou criminal. Nessa época, como citado em acórdão de 1892, que denegava habeas corpus a presos políticos, " não era da índole do Supremo envolver-se nas funções políticas do Poder Executivo ou Legis­lativo" .

O famoso caso da Suprema Corte norte-americana Marbury versus Madi­son , de 1803 , efetivamente inaugurou , no âmbito jurisdicional , o processo de controle da constitucionalidade dos atos do Poder Executivo , em que decisões de índole política poderiam ter seus efeitos sustados quando contrárias a direitos estabelecidos por norma constitucional.

Com relação a essa competência fundamental de controle constitucional , apesar dos quase cem anos de atraso para sua introdução na Jurisprudência brasileira , Rui já destacava:

" O direito de examinar a constitucionalidade dos atos legisla­tivos , ou administrativos, é a chave de nosso regime constitucional, seu princípio supremo."

Por isso , o sistema de controle da constitucionalidade é pressuposto mes­mo do regime constitucional e do ordenamento jurídico de Direito Positivo . Essa tese veio a ser definitivamente posta e esclarecida na magistral obra de Hanskelsen , dentro da sua concepção escalonada da ordem jurídica , e que foi definitivamente incorporada à jurisprudência do nosso Supremo Tribu­nal Federal a partir de 1898.

Aplicando de forma estritamente coerente a sua teoria , Kelsen foi respon­sável pela criação e estruturação da Alta Corte Constitucional da Áustria, instância apartada do sistema jurisdicional comum e com competência , unica­mente, para exercer o procedimento concentrado do controle da constitucio­nalidade .

Essa a diferença marcante entre os países europeus que seguiram esse sistema único do controle concentrado em uma corte especializada, como a Áustria , a Alemanha , a Itália e a França ,. e os países que . adotaram o sistema norte-americano e anglo-saxão , como o Brasil , em que a declaração de inconstitucionalidade tanto pode ser obtida pela via direta , como pela incidental.

A eclosão da Revolução de 1930 veio a reintroduzir , nas relações do Executivo com o Judiciário, como forma de intimidação , uma nefasta prática

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originária do Império: a aposentadoria compulsória de ministros do Supremo Tribunal Federal. Desde a heróica renúncia do Barão de Monserrat, em 1863, em solidariedade a membros-da Corte aposentados a bem do serviço público pelo Imperador Pedro 11, jamais o Executivo havia recorrido a medidas radicais dessa natureza.

De uma só penada, o regime revolucionário da Segunda República veio a afastar, em 1931 , seis Ministros do Supremo Tribunal Federal, mediante o artifício da redução de sua composição.

Com o golpe do Estado Novo e o endurecimento do regime em 1937, novas aposentadorias forçadas tornaram a coagir e a ameaçar a autonomia do Judiciário . Essa autonomia, ao mesmo tempo , também sofreu sérias restri­ções de natureza administrativa , na medida em que o regime ditatorial de Getúlio Vargas retirou do Supremo Tribunal até mesmo a competência para escolher seu Presidente e dispor sobre a estrutura interna da sua Secretaria.

Após a redemocratização de 1946, coube ao movimento militar e gol pista de 1964 procurar interferir na independência e na autonomia de nossa Suprema Corte . Não bastassem as aposent.adorias compulsórias de diversos membros da magistratura de primeiro e segundo graus , o regime da ditadura militar , ao ampliar a composição do Supremo Tribunal para 16 membros, buscava, desse modo, garantir para si uma pretensa e confortável maioria.

Mas a Justiça não se dobra a interesses políticos ocasionais . O Supremo Tribunal Federal permaneceu altivo em defesa da legalidade e dos direitos fundamentais do Estado de Direito e das liberdades democráticas .

Apesar das mudanças no sistema constitucional , operadas em 1965 e 1967 , tantos foram os reveses sofridos pelo regime autoritário nesse período que o Poder Executivo, em janeiro de 1969, brandindo o instrumento autori­tário do Ato Institucional n9 5, voltou a reduzir a composição do Supremo para 11 membros e ousou aposentar compulsoriamente três dos mais desta­cados de seus Ministros, Victor Nunes Leal , Hermes Lima e Evandro Lins e Silva. Em solidariedade , repetiu-se o gesto do Barão de Monserrat , mediante os pedidos de aposentadoria , a pedido , de seu Presidente , Antonio Gonçalves de Oliveira e de outro Ministro , Antonio Carlos Lafayette de Andrada .

Durante os quase vinte anos de ditadura e de crise das instituições demo­cráticas, e mesmo em face do regime de exceção estar garantido por uma Carta Constitucional de nítida inspiração autoritária, manteve o Supremo Tribunal Federal uma posição de manifesta independência e autonQmia nos seus julgados, consolidando uma jurisprudência respeitada e acatada por toda a doutrina pela sua coerência e profundidade, evidenciando a seriedade e o alto saber jurídico de todos os membros que por lá passaram e que hoje integram a nossa mais alta Corte de Justiça .

A história do Supremo Tribunal Federal é a história de seus próprios Ministros , de juristas e magistrados do porte de Pisa e Almeira, José Higino, Epitácio Pessoa, Carlos Maximiliano , Luiz Galotti , Pedro Lessa, Nelson Hun-

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gria, Aliomar Baleeir,ei, Antonio Gonçalves de Oliveira, Evandro Lins e Silva, Hermes Lima, MOácyr Amaral Santos ou de Themístocles Brandão Cavalcanti , responsáveis pelas màis brilhantes páginas de sua jurisprudência secular .

Diante de tais considerações , Sr. Presidente, Srs . Ministros e Srs . Depu­tados , renovamos aqui a idéia apresentada inicialmente da magnitude da pre­sente passagem histórica , pois ela significa não apenas o centenário do Supremo

" Tribunal Federal , mas principalmente o centenário do nosso sistema de con­trole da constitucionalidade , referencial maior do ordenamento de Direito Positivo .

A Constituição da República de 1988 representou para todos um imenso avanço no sentido da consolidação das nossas instituições democráticas, e no bojo desse processo de reconstitucionalização foram realçadas as funções do Supremo Tribunal Federal. Mesmo que ainda remanesçam competências jurisdicionais de natureza diversa, será o seu papel de guarda da Constituição e da ordem jurídica que se destacará perante a sociedade brasileira.

Para encerrar, não poderia deixar de citar , mais uma vez , o ínclito Rui Barbosa, na sua oração em homenagem e redenção ao fundamental papel exercido pelos nossos Tribunais de Justiça. Afirma Rui:

"A autoridade da justiça é a moral. O Judiciário sustenta-se pela morali­dade das suas decisões . O poder não a enfraquece , desatendendo-a; enfraque­ce-a, dobrando-a. A majestade dos Tribunais assenta na estima pública; e esta é tanto maior , quanto mais atrevida for a insolência oficial , que lhes desobedecer , e mais adamantina a inflexibilidade deles perante ela. De um lado, o Presidente , com o Exército; de outro, a magistratura, com a Consti­tuição. Pois esta potência inerme pode mais que todas as armas daquela. Quando a Justiça dispõe de menos elementos materiais de obediência para se impor, quando ela se vê solitária entre a sociedade degradada e o Governo insurgido, precisamente então é que mais sublime e mais necessário é o seu papel. O juiz que não compreender assim , em crises tais , a vocação do seu mandato, que não se sentir mais forte , quando for mais fraco , e que nessa fraqueza do direito desprezado não souber achar as vibrações da sua energia sagrada, fará política, inspirado talvez em móveis do mais alto e desinteressado patriotismo - fará política; mas não exercerá Justiça. "

PRESIDENTE (Ibsen Pinheiro) - Ao encerrar os nossos trabalhos , registro o agradecimento da Câmara dos Deputados a todos quantos compare­ceram a este ato , prestigiando-o. Aos ministros do Supremo Tribunal Federal , nossos homenageados, a reiteração do nosso apreço .

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