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Causas de Extinção do Crédito Tributário RUBENS KINDLMANN

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Page 1: Causas de Extinção do Crédito RUBENS KINDLMANN Tributário · 2020-06-03 · Recurso especial. Tributário. O parcelamento da dívida tributária nos embargos à execução não

Causas de Extinção do

Crédito Tributário

RUBENS KINDLMANN

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Precisa de Lei

Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo epassivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessõesmútuas, importe em determinação de litígio e consequente extinção de créditotributário.

Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar atransação em cada caso.

Transação

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Transação

Não se confunde com parcelamento

“(...) Mas também o parcelamento se afasta da transação, em primeiro lugarporque não extingue o crédito tributário como prevê o art. 171, in fine, do CTN.Em segundo, no acordo de parcelamento, não são previstas concessões: apenas aAdministração torna o pagamento mais viável para o devedor dividindo o seucrédito em prestações periódicas.”(STJ, Resp 39.020-6/SP, excerto do voto do Min. Milton Luiz Pereira, que ele próprio transcreve noResp 54.531/SP, de que foi relator, ago/95)

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Recurso especial. Tributário. O parcelamento da dívida tributária nos embargos à execuçãonão implica a extinção da execução, mas a sua suspensão. 1. O parcelamento do débito naexecução fiscal implica, tão somente, a suspensão do processo, conservando-se perene aCertidão da Dívida Ativa a sustentar a execução até que se extinga a dívida, podendooperar-se a continuidade da execução fiscal pelo saldo remanescente, se o parcelamentonão restar cumprido integralmente pelo sujeito passivo. 2. A figura do parcelamento não seconfunde com a transação extintiva do crédito. A autocomposição bilateral ou transação éforma de extinção do crédito tributário, consoante determina o art. 156, III do CTN,implicando no término do direito da Fazenda Pública de cobrar a obrigação tributária. 3.Considerando que a transação é a forma pela qual as partes previnem ou terminam litígiosmediante concessões mútuas, enquanto que o parcelamento é a mera dilação de prazo parao devedor honrar sua dívida, não há que falar em naturezas semelhantes. Ao revés, noparcelamento, a dívida ativa não se desnatura pelo fato de ser objeto de acordo deparcelamento, posto que não honrado o compromisso, retoma ela o os seus privilégios,incidindo a multa e demais encargos na cobrança via execução fiscal. 4. É novel regraassente no Código Tributário Nacional que o parcelamento do débito é meramentesuspensivo. 5. Recurso especial provido (STJ, Resp 200300231637, 1ª Turma, Luiz Fux, DJ 19.12.2003, p. 347).

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Lei 13.988 de 14 de abril de 2020Art. 1º Esta Lei estabelece os requisitos e as condições para que a União, as suasautarquias e fundações, e os devedores ou as partes adversas realizem transaçãoresolutiva de litígio relativo à cobrança de créditos da Fazenda Pública, de naturezatributária ou não tributária.

§ 1º A União, em juízo de oportunidade e conveniência, poderá celebrar transaçãoem quaisquer das modalidades de que trata esta Lei, sempre que, motivadamente,entender que a medida atende ao interesse público.

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Lei 13.988 de 14 de abril de 2020§ 4º Aplica-se o disposto nesta Lei:I - aos créditos tributários não judicializados sob a administração da Secretaria Especial daReceita Federal do Brasil do Ministério da Economia;II - à dívida ativa e aos tributos da União, cujas inscrição, cobrança e representaçãoincumbam à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, nos termos do art. 12 da LeiComplementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993; eIII - no que couber, à dívida ativa das autarquias e das fundações públicas federais, cujasinscrição, cobrança e representação incumbam à Procuradoria-Geral Federal, e aos créditoscuja cobrança seja competência da Procuradoria-Geral da União, nos termos de ato doAdvogado-Geral da União e sem prejuízo do disposto na Lei nº 9.469, de 10 de julho de1997.

§ 5º A transação de créditos de natureza tributária será realizada nos termos do art. 171 daLei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional).

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Modalidades de Transação na LeiArt. 2º Para fins desta Lei, são modalidades de transação as realizadas:I - por proposta individual ou por adesão, na cobrança de créditos inscritos na dívidaativa da União, de suas autarquias e fundações públicas, ou na cobrança de créditos queseja competência da Procuradoria-Geral da União;II - por adesão, nos demais casos de contencioso judicial ou administrativo tributário; eIII - por adesão, no contencioso tributário de pequeno valor.Parágrafo único. A transação por adesão implica aceitação pelo devedor de todas ascondições fixadas no edital que a propõe.

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Vedações na transaçãoArt. 5º É vedada a transação que:I - reduza multas de natureza penal;II - conceda descontos a créditos relativos ao:a) Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelasMicroempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), enquanto nãoeditada lei complementar autorizativa;b) Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), enquanto não autorizado pelo seuConselho Curador;III - envolva devedor contumaz, conforme definido em lei específica.

Devedor contumaz??? Projeto de Lei 1646/2019 (Art. 1º, §1º Considera-se devedorcontumaz o contribuinte cujo comportamento fiscal se caracteriza pela inadimplênciasubstancial e reiterada de tributos.)

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Transação nos créditos da União e AutarquiasArt. 11. A transação poderá contemplar os seguintes benefícios:I - a concessão de descontos nas multas, nos juros de mora e nos encargoslegais relativos a créditos a serem transacionados que sejam classificados comoirrecuperáveis ou de difícil recuperação, conforme critérios estabelecidos pelaautoridade fazendária, nos termos do inciso V do caput do art. 14 desta Lei;II - o oferecimento de prazos e formas de pagamento especiais, incluídos odiferimento e a moratória; eIII - o oferecimento, a substituição ou a alienação de garantias e de constrições.

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Vedações na transação dos créditos da União

Art. 11, § 2º É vedada a transação que:I - reduza o montante principal do crédito, assim compreendido seu valor originário,excluídos os acréscimos de que trata o inciso I do caput deste artigo;II - implique redução superior a 50% (cinquenta por cento) do valor total dos créditos aserem transacionados;III - conceda prazo de quitação dos créditos superior a 84 (oitenta e quatro) meses;IV - envolva créditos não inscritos em dívida ativa da União, exceto aqueles sobresponsabilidade da Procuradoria-Geral da União.

§ 3º Na hipótese de transação que envolva pessoa natural, microempresa ou empresa depequeno porte, a redução máxima de que trata o inciso II do § 2º deste artigo será de até70% (setenta por cento), ampliando-se o prazo máximo de quitação para até 145 (cento equarenta e cinco) meses, respeitado o disposto no § 11 do art. 195 da Constituição Federal.

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DA TRANSAÇÃO POR ADESÃOArt. 16. O Ministro de Estado da Economia poderá propor aos sujeitos passivos transação resolutiva de litígios aduaneiros ou tributários decorrentes de relevante e disseminada controvérsia jurídica, com base em manifestação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia.

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DA TRANSAÇÃO POR ADESÃOArt. 17. A proposta de transação por adesão será divulgada na imprensa oficial e nos sítios dos respectivos órgãos na internet, mediante edital que especifique, de maneira objetiva, as hipóteses fáticas e jurídicas nas quais a Fazenda Nacional propõe a transação no contencioso tributário, aberta à adesão de todos os sujeitos passivos que se enquadrem nessas hipóteses e que satisfaçam às condições previstas nesta Lei e no edital.§ 1º O edital a que se refere o caput deste artigo:I - definirá:a) as exigências a serem cumpridas, as reduções ou concessões oferecidas, os prazos e as formas de pagamento admitidas;b) o prazo para adesão à transação;II - poderá limitar os créditos contemplados pela transação, considerados:a) a etapa em que se encontre o respectivo processo tributário, administrativo ou judicial; oub) os períodos de competência a que se refiram;III - estabelecerá a necessidade de conformação do contribuinte ou do responsável ao entendimento da administração tributária acerca de fatos geradores futuros ou não consumados.

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TRANSAÇÃO POR ADESÃO NO CONTENCIOSO TRIBUTÁRIO DE PEQUENO VALOR

Art. 23. Observados os princípios da racionalidade, da economicidade e da eficiência, atodo Ministro de Estado da Economia regulamentará:I - o contencioso administrativo fiscal de pequeno valor, assim considerado aquele cujolançamento fiscal ou controvérsia não supere 60 (sessenta) salários mínimos;II - a adoção de métodos alternativos de solução de litígio, inclusive transação,envolvendo processos de pequeno valor.Art. 24. A transação relativa a crédito tributário de pequeno valor será realizada na pendência de impugnação, de recurso ou de reclamação administrativa ou no processo de cobrança da dívida ativa da União.Parágrafo único. Considera-se contencioso tributário de pequeno valor aquele cujo crédito tributário em discussão não supere o limite previsto no inciso I do caput do art. 23 desta Lei e que tenha como sujeito passivo pessoa natural, microempresa ou empresa de pequeno porte.

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TRANSAÇÃO POR ADESÃO NO CONTENCIOSO TRIBUTÁRIO DE PEQUENO VALORArt. 25. A transação de que trata este Capítulo poderá contemplar os seguintesbenefícios:I - concessão de descontos, observado o limite máximo de 50% (cinquenta por cento)do valor total do crédito;II - oferecimento de prazos e formas de pagamento especiais, incluídos o diferimento ea moratória, obedecido o prazo máximo de quitação de 60 (sessenta) meses; eIII - oferecimento, substituição ou alienação de garantias e de constrições.§ 1º É permitida a cumulação dos benefícios previstos nos incisos I, II e IIIdo caput deste artigo.

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- É o perdão da dívida atinente ao tributo devido e extingue o respectivo crédito. Não seconfunde com a anistia

- Depende de lei específica (art. 150, §6º)- A ultima lei federal que trouxe a remissão foi a Lei Nº 11.941/09

Remissão

Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado,remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:I - à situação econômica do sujeito passivo;II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;III - à diminuta importância do crédito tributário;IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso;V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quandocabível, o disposto no artigo 155.

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Conversão do depósito em renda-Se depositado em processo judicial – penas após o trânsito em julgado a favor dofisco

-Se depositado em processo administrativo: “... A conversão dar-se-á trinta diasapós a notificação do devedor, desde que não recorra ele ao Poder Judiciário”(Paulo de Barros Carvalho, Curso de Direito Tributário, 27ª edição, Ed. Saraiva,1996, p.443)

-E a correção do valor??

TRIBUTARIO. DEPOSITO JUDICIAL. CORREÇÃO MONETARIA. A CIRCUNSTANCIA DE QUEOS INDEXADORES DO DEPOSITO JUDICIAL SEJAM MAIORES OU MENORES DO QUE ODO CREDITO TRIBUTARIO NÃO INFLUI NO SEU REGIME JURIDICO, QUE ESTIPULADEVOLUÇÃO OU CONVERSÃO EM RENDA, CONFORME O DESFECHO DA LIDE, PELOSALDO DA CONTA. ORDEM DENEGADA. (TRF4, MS 93.04.04832-0)

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Pagamento antecipado e homologaçãoArt. 150 e parágrafos, CTN.

LC 118/05Art. 3º Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25 deoutubro de 1966 – Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre,no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamentoantecipado de que trata o § 1o do art. 150 da referida Lei.

Tema Repetitivo 137 e 138, STJ: “Para as ações ajuizadas a partir de 9.6.2005, aplica-seo art. 3º, da Lei Complementar n. 118/2005, contando-se o prazo prescricional dostributos sujeitos a lançamento por homologação em cinco anos a partir do pagamentoantecipado de que trata o art. 150, § 1º, do CTN.”

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Consignação em pagamentoArt. 164, CTN Cabimento:I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal;III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar.§ 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.

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Decisão administrativa irreformável

A decisão precisa reconhecer a inexistência do crédito tributário. Se adecisão reconhecer apenas vícios formais no lançamento e o anula,cabe à fazenda realizar novo lançamento, desde que dentro do prazodecadencial

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Decisão judicial irreformávelTem força extintiva a sentença proferida em ação anulatória,embargos à execução ou Exceção de pré-executividade quedesconstitua o crédito tributário.

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Dação em pagamento de bens imóveis•Entrega de bens pelo contribuinte para a quitação de débitos tributários,mediante avaliação do bem para realização da imputação do valor na dívida docontribuinte•Necessita ser estabelecida / criada por lei por cada ente tributante (sujeito ativo)•Formas e condições, caberão à lei

Lei 13.259/16-Deve ser precedida de avaliação do(s) bem(ns) ofertado(s) que devem estar livresde ônus

-Deve abranger a totalidade do(s) crédito(s) que se queira liquidar (com juros, mulase encargos) sem qualquer desconto

-Não se aplica a créditos decorrentes do SIMPLES

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Lei 13.259/2016Art. 4º O crédito tributário inscrito em dívida ativa da União poderá ser extinto, nos termosdo inciso XI do caput do art. 156 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código TributárioNacional , mediante dação em pagamento de bens imóveis, a critério do credor, na formadesta Lei, desde que atendidas as seguintes condições:I - a dação seja precedida de avaliação do bem ou dos bens ofertados, que devem estar livres edesembaraçados de quaisquer ônus, nos termos de ato do Ministério da Fazenda; eII - a dação abranja a totalidade do crédito ou créditos que se pretende liquidar com atualização,juros, multa e encargos legais, sem desconto de qualquer natureza, assegurando-se ao devedora possibilidade de complementação em dinheiro de eventual diferença entre os valores datotalidade da dívida e o valor do bem ou dos bens ofertados em dação.

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Lei 13.259/2016§ 1º O disposto no caput não se aplica aos créditos tributários referentes ao Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional.

§ 2º Caso o crédito que se pretenda extinguir seja objeto de discussão judicial, a dação em pagamento somente produzirá efeitos após a desistência da referida ação pelo devedor ou corresponsável e a renúncia do direito sobre o qual se funda a ação, devendo o devedor ou o corresponsável arcar com o pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios.

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Lei 13.259/2016§ 4º Não serão aceitos imóveis de difícil alienação, inservíveis ou que nãoatendam aos critérios de necessidade, utilidade e conveniência, a seremaferidos pela administração pública federal, condicionada a aceitação pelaProcuradoria-Geral da Fazenda Nacional e pelo Instituto do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional ao interesse público e à observância da normas eprocedimentos específicos para a avaliação do bem.

(Incluído pela Medida Provisória nº 915, de 2019)*ainda não convertido em LEI*

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Contatos

Professor Rubens Kindlmann

Kindlmann

[email protected]